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APOSTILA PAS 2º ANO GEOGRAFIA ocupação do territorio brasileiro

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	Formação Territorial e Ocupação do Espaço Brasileiro
A história do Brasil, que se iniciou em 1500, estava diretamente ligado aos acontecimentos europeus no final do século XV: a expansão marítimo-comercial européia e o inicio do capitalismo.
Vale lembrar que quando os portugueses chegaram ao atual território brasileiro em 1500, cerca de 5 milhões de indígenas já ocupavam este espaço. Os índios brasileiros estavam dispersos pelo território e divididos em várias tribos que, em geral, praticavam uma agricultura de subsistência (baseada na caça, pesca e coleta de alimentos).
Já os espanhóis encontraram os Astecas e Maias na América Central e México e os incas nos Andes. Estas sociedades pré-colombianas possuíam grande desenvolvimento econômico, social e político, sendo que alguns autores consideram-nas mais avançadas que os próprios europeus.
	Forma de Colonização
Somente trinta anos após a descoberta é que o nosso território começou a ser efetivamente ocupado com a produção de cana-de-açúcar na Zona-da-Mata nordestina, pois a coroa portuguesa temia perder suas posses definidas pelo Tratado de Tordesilhas para outras potências européias (Holanda. Inglaterra etc.).
Como a ocupação do nosso território foi conseqüência do inicio do capitalismo europeu, o caráter da colonização ibérico foi meramente exploratório, caracterizando-se pelo PACTO COLONIAL, ou seja, a colônia tinha função de enriquecer a metrópole por meio do fornecimento de mercadorias (açúcar, tabaco, algodão, ouro e café). Em outras palavras, a economia da colônia era complementar a da metrópole.
A colonização de exploração 
deixou como herança:
Concentração populacional no litoral: onde se localizaram os portos e se tornava mais fácil o comércio com a metrópole.
Os melhores solos eram/são utilizados para a prática de uma agricultura voltada para a exportação; ficando os piores para a produção de gêneros alimentícios para o mercado interno.
Desigualdade social: uma minoria detém a maior parte da renda, ficando a maioria da população mal-remunerada e passando por várias dificuldades.
Concentração fundiária: historicamente foi negado aos portugueses pobres, aos escravos e aos novos imigrantes o acesso a terra.
Dependência econômica: o país chega a independência política, porém. continua dependente economicamente.
	A Divisão inicial do Território
As terras americanas reivindicadas por Portugal e Espanha tiveram sua primeira divisão definida pelo Papa Alexandre VI na BULA INTERCOETERA (1493). Segundo a BULA todas as terras localizadas a 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde e Açores pertenceriam à Espanha e aquelas localizadas a leste a Portugal.
A proposta do Papa (que era espanhol) foi recusada, pois devido aos seus conhecimentos marítimos os portugueses sabiam que lhes sobraria apenas água.
Em 1894, assinado o TRATADO DE TORDESILHAS que aumentava de 100 para 300 léguas a proposta inicial.
Apos tomarem posse de suas terras (a leste do meridiano de Tordesilhas) em 1500, a colonização efetiva só começa em 1531 com a expedição de Martin Afonso de Souza, que distribuiu as primeiras sesmarias que deveriam ser usadas na produção agrícola. Como essas unidades produtivas eram muito grandes, apenas o trabalho familiar seria insuficiente para garantir a produção; o que leva os colonos com mais recursos a escravizar os indígenas (que por questões culturais não se adaptaram ao trabalho escravo) e posteriormente os negros africanos.
As sesmarias fracassaram e foram substituídas pelo sistema de CAPITANIAS HEREDITÁRIAS. Cada dono de capitania ficava encarregado de protegê-la, povoá-la e aproveita-la agricolamente com seus próprios recursos.
Como a maioria das capitanias não desempenhou sua função, elas foram substituídas pelo GOVERNO GERAL, onde finalmente a colônia passou a gerar riquezas para a metrópole graças ao cultivo de cana-de-açúcar na Zona-da-Mata nordestina. À utilização intensa de mão-de-obra escrava e indígena.
A União Ibérica (1580-1640) e a Ocupação de Novas Terras
Em 1580, devido a um problema na sucessão do trono português, a Espanha passa a dominar Portugal, este período ficou conhecido como União Ibérica e com ele desapareceu os limites divisórios estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas. Como conseqüência da União Ibérica os portugueses avançaram sobre os territórios espanhóis não ocupados.
	Bandeirismo ou Bandeiralismo
Movimento de penetração para o interior, originário principalmente de São Paulo e que contribuiu para a expansão dos domínios territoriais portugueses sobre áreas espanholas.
A causa do bandeirantismo foi à busca dos “paulistas” por metais preciosos e por indígenas que seriam vendidos como escravos.
Na prática a ação dos bandeirantes “foi despovoadora e não povoadora” pois o número de pessoas que se dirigiu para o interior foi menor que a quantidade de índios mortos.
A ação dos bandeirantes e a descoberta de metais preciosos nas Minas Gerais mudou o centro econômico do país do nordeste para a região central (MG. GO e MT). Quando ciclo da mineração entrou em decadência, houve um refluxo populacional para o litoral e áreas de São Paulo, Minas e Rio.
A Ocupação do Sertão Nordestino 
e Vale do São Francisco com 
a Pecuária de Corte
Durante os séculos XVII e XVIII, devido à proibição da Coroa Portuguesa de se criar gado na zona da mata nordestina o sertão semi-árido e o vale do Rio São Francisco passaram a ser ocupados pela pecuária de corte que se desenvolve razoavelmente bem e juntamente com a agricultura de subsistência do a este passaram a atender a demanda de alimentos do litoral canavieiro.
	A Conquista da Amazônia
A ocupação da região Amazônica só começou no século XVII com as missões religiosas (encarregadas de catequizar os indígenas) e com as tropas de captura (responsáveis por capturar indígenas para o trabalho nas lavouras).
No Norte do país a presença do negro foi pouco significativa (pois seu custo relacionado à produção era oneroso), com isto, predominou o cruzamento dos portugueses com os índios, dando origem ao caboclo amazônico.
A ocupação da Amazônia fez-se por meio dos rios que são navegáveis; este fator juntamente com a falta de vias terrestres na região fez com que a maioria das cidades se localizassem ao longo dos rios.
No século XX devido ao ciclo houve novo impulso de ocupação na região. O fluxo, principalmente de nordestinos, foi intenso, mas com a concorrência da borracha asiática e da borracha sintética, a economia entrou em crise e houve um refluxo populacional.
Durante o “ciclo da borracha” milhares de coletores de látex invadiram áreas do território boliviano e acabaram entrando em conflito com cobradores de impostos. Para solucionar a questão o governo brasileiro anexou o acre da Bolívia e em troca pagou 2 mi1hões de libras esterlinas, cedeu parte do nosso território e prometeu construir a Estrada de Ferro Madeira-Marmoré que garantiria o acesso da Bolívia ao Oceano At1ântico. Toda essa negociação ficou definida no Tratado de Petrópolis.
Na década de 70 houve um “repovoamento” da Amazônia com a descoberta de minérios e exploração da madeira, e com o estabelecimento de empresas agropecuárias do sudeste e estrangeiras, gerando vários conflitos entre latifundiários, posseiros, garimpeiros, seringueiros e indígenas.
O Povoamento do Sul do Brasil e sua Expansão
A Região Sul passou a ser ocupada de fato com a chamada colonização moderna, ou seja, com a chegada de imigrantes europeus, principalmente, alemães, italianos e eslavos.
Uma grande característica dessa colonização foi à estrutura fundiária baseada na pequena propriedade; “como as famílias eram muito numerosas, na hora de dividir a herança entre os herdeiros, a parte que cabia a cada um não compensava a exploração. Assim, a solução foi a procura de novas terras pelos descendentes, para se evitar a divisão das propriedades”. (VESENTINE, 1996).
Essa procura e desbravamentode novas terras que não se limitou ao descendentes de europeus, mas que também incluiu a expansão da cafeicultura para o oeste paulista e norte do Paraná ficou conhecido como “frentes pioneiras”.
Exercícios
1 - A respeito da colonização e ocupação inicial do território brasileiro. Julgue os itens.
(0) Os europeus assim que chegaram no continente americano encontraram forte resistência dos indígenas que já ocupavam de forma homogênea este território.
(1) O único interesse dos países ibéricos nas novas terras estava no fato dos indígenas serem admiradores dos manufaturados europeus. Funcionando assim, como novo mercado consumidor.
(2) Logo após a descoberta, os portugueses encontraram os tão desejados metais preciosos, o que provou um intenso e homogêneo povoamento do atual território brasileiro.
(3) Desde a divisão das terras americanas em 1494, todos os limites propostos pelo Tratado de Tordesilhas foram respeitados.
2 - Sobre a ocupação do território brasileiro. Julgue os itens.
(0) A ocupação e povoamento do nosso território foram feitos paulatinamente de acordo com acontecimentos que se desenrolavam no Brasil e na Europa.
(1) Semelhante ao que aconteceu na América do Norte, a colonização do Brasil foi de povoamento, podendo ser observada no grande contingente de portugueses que para cá se dirigiu.
(2) A ocupação efetiva do Brasil deu-se trinta anos após o descobrimento, com a insta1ação das primeiras áreas produtoras de cana-de-açúcar na zona da mata nordestina.
(3) Durante a União Ibérica (1580-1640) que fez desaparecer os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas, houve um avanço para o interior do país, principalmente com a ação dos Bandeirantes.
3 - São conseqüências da colonização de exploração no Brasil. Exceto.
a) Os melhores solos são usados para produtos de exportação, enquanto os piores destinam-se a produção de gêneros alimentícios para a população.
b) Concentração populacional no litoral, fruto da política mercantilista do Pacto colonial.
c) Divisão eqüitativa da terra, pois historicamente a todos foi dado acesso.
d) Dependência econômica e tecnológica.
4 - Assinale a alternativa incorreta.
a) a ocupação do Sertão nordestino deu-se com o avanço da pecuária de corte e passou a funcionar como economia complementar à da Zona da Mata açucareira, fornecendo alimento àquela região.
b) As terras conquistadas pelos portugueses ao término da União Ibérica, só passaram a ser reconhecidamente brasileiras devida a medida diplomática do “Uti Possidetis”, que diz que só é dono quem ocupa.
c) A ocupação inicial da Amazônia deu-se com a entrada de missões religiosas (para catequizar os indígenas) e de tropas de captura de indígenas.
d) A ocupação da região central do nosso território foi estimulada pela descoberta de metais preciosos, e mesmo após o esgotamento destes metais, toda a população permaneceu na região praticando uma agricultura de subsistência.
e) No século XX a Amazônia recebeu um grande contingente populacional devido ao “ciclo da borracha”, mas com a sua decadência, houve um refluxo populacional.
	População Brasileira
A população de um país pode aumentar de duas formas:
( da diferença entre o número de pessoas que saem (imigrantes) e o número de pessoas que entram (emigrantes).
( e do crescimento vegetativo ou natural, ou seja, a relação entre o número de mortes e nascimentos.
No caso do Brasil, o crescimento vegetativo é que é relevante quando analisamos a evolução da população, pois os imigrantes só são expressivos na região sul e no período que vai de 1850 à 1930.
O crescimento populacional brasileiro pode ser dividido em 2 períodos:
1° período (1500-1572) ( caracteriza-se pela falta de dados oficiais sobre o contigente populacional brasileiro.
	Crescimento estimado da população 
brasileira entre 1500-1872
	Ano
	População
	1.500
	15.000
	1600
	100.000
	1660
	184.000
	1750
	1.500.000
	1808
	4.000.000
	1850
	7.100.000
	1872
	9.900 000
* Não estão incluídos os indígenas
2° período (1872-dias atuais) ( caracterizado por recenseamentos oficiais pela chegada dos imigrantes europeus (1850-1930) e por um grande salto populacional; de cerca de 10 milhões em 1872 para 160 milhões em 1997.
	ANO
	POPULAÇÃO
	TAXAS MÉDIAS ANUAIS
	1872
	10.000.000
	
	1890
	14.000.000
	
	1900
	17.000.000
	
	1920
	31.000.000
	
	1940
	41.000.000
	
	1950
	52.000.000
	2,39%
	1960
	70.000.000
	2,99%
	1970
	93.000.000
	2,89%
	1980
	119.000.000
	2,49%
	1991
	147.000.000
	1,90%
	1997
	157.000.000
	
	2000
	172.000.000
	
Fonte IBGE *estimativa
O Brasil observou até década de 60 taxas crescentes na população e isto se deve principalmente, a diminuição das taxas de mortalidade. As causas da menor mortalidade são:
( Desde o final do século passado as taxas de mortalidade já vinham diminuindo em virtude da “disseminação de antibióticos e inseticidas que permitiu o controle de muitas doenças simples, mas que matavam muita gente. Eram as chamadas “doenças de pobre” (tuberculose, pneumonia, malária, etc.);
( Melhoria nas condições sanitárias e higiênicas, principalmente, com a ampliação das redes de esgoto e água encanada e a vacinação em massa da população.
Vale ressaltar que em todos os países do mundo ocorre primeiro uma diminuição das taxas de mortalidade e somente duas ou três décadas depois é que ocorre uma diminuição das taxas de natalidade. Esse período em que a natalidade e a mortalidade não diminuem paralelamente e conhecido como “transição demográfica”.
No Brasil a diminuição das taxas de natalidade está diretamente relacionada ao processo de urbanização.
( No meio urbano, as pessoas casam-se mais tarde que no meio rural, com isto o período fértil da mulher é menor.
( Nas cidades o custo de criação do indivíduo é maior que no campo. No campo predominavam os seguintes ditados:
“Onde come um, comem dez”
“Quem tem oito tem quatro, quem tem quatro tem dois e quem tem dois tem um...”
“Quanto mais filhos, mais mão-de-obra para a lavoura”
Na cidade a criança custa mais para os pais, pois têm que gastar com escola, saúde, segurança, ou seja, tem que investir no futuro do filho.
( Nos últimos anos disseminou-se o uso de anticoncepcionais.
( Houve um grande aumento no número de aborto, chegando a números entre 500 mil e três milhões por ano.
Vale lembrar que apesar de ter declinado bastante, as taxas de natalidade no Brasil ainda continuam altas se comparadas às dos países desenvolvidos, que em alguns casos chegam a ser negativas.
	A Estrutura Etária do Brasil
As mudanças ocorridas no crescimento vegetativo brasileiro podem ser melhor compreendidas a partir do estudo da pirâmide etária.
	JOVENS
	0 a 19 anos
	ADULTOS
	20 a 59 anos
	IDOSOS
	60 anos em diante
FIGURA A
velhos
adultos
jovens
Pirâmide de país desenvolvido
( taxas de natalidade e mortalidade são baixas;
( a expectativa de vida é elevada;
( predominam os adultos e velhos.
FIGURA B
velhos
adultos
jovens
Pirâmide de país subdesenvolvido
( elevadas taxas de natalidade e mortalidade;
( baixa expectativa de vida;
( os jovens são a maioria.
O Brasil como país subdesenvolvido apresentará uma pirâmide etária semelhante a da figura B, mas, vale lembrar que com as transformações recentes na reprodução da população brasileira (diminuição das taxas de natalidade) o país já se encontra em um período de transição, deixando paulatinamente de ser um “pais jovem” para se tomar um “país adulto”.
	As Teorias Demográficas
A - Teoria Malthusiana ( Esta teoria toma por base dois princípios fixos:
1° - “A população cresce de período em período, segundo uma “Progressão Geométrica”.
2° - “Os alimentos, nas condições mais favoráveis, crescem. no mesmo período segundo uma “Progressão Aritmética”.Segundo Malthus se a população não parasse de crescer ela se duplicaria a cada 25 anos e conseqüentemente, muita gente morreria de fome.
Obstáculos ao crescimento natural da população epidemias, doenças, fome, guerra, catástrofes naturais e sujeição moral do homem (casamentos tardios, abstinência sexual e número de filhos compatível com os recursos dos pais). E portanto, uma teoria antinatalista.
	Equívocos da teoria Malthusiana.
( Malthus considerava a terra fértil (cultivável) um fator fixo, quando na verdade é variável.
( Malthus ignorou o desenvolvimento científico e tecnológico, pois com a mecanização do campo e a evolução da genética a produção de alimentos passou a ser suficiente par a suprir as necessidades da humanidade.
( a paulatina emancipação da mulher e a Revolução feminista com a pi lula anticoncepcional fez com que as taxas de natalidade caíssem sensivelmente.
B - Teoria Neoma1thusiana ( Surgiu após a 2a Guerra Mundial quando se mostraram mais claramente as enormes disparidades entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos.
Os neomalthusianos baseavam-se nos seguintes argumentos:
O crescimento demográfico acelerado dificulta o desenvolvimento econômico.
As grandes taxas de natalidade formam uma população jovem numerosa.
A população jovem numerosa exige grandes investimentos em escolas, hospitais e em outros investimentos demográficos. Assim diminui a possibilidade desse país em aumentar os investimentos produtivos (transportes, energia, siderurgia, indústrias em geral), dificultando assim, o seu desenvolvimento.
A população sendo numerosa e os investimentos produtivos sendo modestos, a renda per capita da população torna-se baixa; o país não se desenvolve.
Sendo a renda per capita o quociente da divisão da renda nacional pelo contingente populacional, para que a renda aumente, há necessidade de se diminuir a população. Paia tanto, há necessidade do controle da natalidade.
Os neomalthusianos não defendem a sujeição moral como solução para o crescimento populacional, e sim programas rígidos e oficiais de controle de natalidade (“planejamento familiar”), que empregam diversos métodos, tais como pílulas anticoncepcionais, ligadura das trompas, DIU (Dispositivo Intra-uterino), aborto e vasectomia.
C - Teoria Reformista ou Marxista ( Os neomalthusianos consideram o grande crescimento populacional um obstáculo ao desenvolvimento e também responsável pela miséria dos países subdesenvolvidos, já os reformistas consideram a própria miséria como sendo a responsável pelo rápido crescimento da população.
Os reformistas propõem mudanças sociais e econômicas em nível mundial a fim de distribuir mais eqüitativamente os recursos ocasionando uma elevação no nível de vida e, conseqüentemente uma diminuição nas taxas de natalidade. Assim, haveria um controle espontâneo ou natural da população.
Transformações Recentes na Agricultura Brasileira (Modernização e Industrialização da Agricultura).
A agricultura brasileira vem sendo atingida, nas últimas décadas, por um processo de grande magnitude e fortes implicações territoriais. A paisagem agrária brasileira modificou-se pela modernização (uso de maquinaria, insumos, fertilizantes, agrotóxicos, grandes lavouras homogêneas) e pela industrialização (crescimento da agroindústria no Brasil, com o campo gerando matéria-prima para as indústrias de alimentos).
A agricultura assumiu novas funções interligadas à indústria, ao setor financeiro, consumidora de inovações tecnológicas introduzidas na produção, estabelecendo-se uma nova dinâmica rural-urbana no Brasil.
A ampliação da ocupação do Território em área juntamente com a modernização tecnológica, capitalização da base econômica, novas relações de trabalho e a industrialização da agricultura geraram uma mudança no padrão da produção agrária brasileira.
A expansão territorial e a modernização caracterizaram a reestruturação do espaço agrário brasileiro e propiciaram a mobilidade espacial da força de trabalho no meio rural brasileiro.
	Estrutura Fundiária
Consiste na forma como as propriedades agrárias de urna área ou país estão organizadas, ou seja, seu número, tamanho e distribuição social.
No Brasil, a estrutura fundiária apresenta. de um lado, poucos proprietários com muita terra (os latifundiários), de outro, muitos milhões de pequenos proprietários de terras agrícolas, que possuem pequenas propriedades (minifúndios), insuficientes até mesmo para propiciar a sobrevivência das famílias. Muitas terras no Brasil não são usadas para a geração de produção agrícola, mas sim para a valorização no mercado.
O Estatuto da Terra de 1964 classifica a estrutura agrária por meio da noção de módulo rural, que consiste numa propriedade que garanta a subsistência e o progresso social e econômico. Ele é variável de tamanho de acordo com a região onde é estabelecido.
Com base nesse conceito de módulo rural, o Estatuto da Terra dividiu os imóveis rurais do Brasil em quatro categorias:
1 - Minifúndio: é inferior a um módulo rural fixado para a região onde se localiza. No geral, possuem menos que 50 hectares de extensão, tendo por média 20 hectares e respondendo por cerca de 72% das propriedades rurais.
2 - Latifúndio por dimensão: corresponde às propriedades agrárias 600 vezes superior ao módulo rural. Representa menos que 0,1% do número total de imóveis.
3 - Latifúndio por exploração: imóveis de até 600 módulos rurais, com a terra inexplorada, com fins especulativos de exploração deficiente e inadequada.
4 - Empresa rural: imóvel explorado de forma econômica e racional, com uma área que, no máximo, chega a 600 módulos rurais. Corresponde a cerca de 5% do número total de imóveis.
O que prevalece no espaço agrário brasileiro é a extrema concentração de terras, enquanto um grande número de pequenos proprietários com áreas ínfima e insuficiente para a sobrevivência.
Relações de Produção no Campo
As relações de produção no campo e a remuneração, no geral, seja em dinheiro ou produtos é bastante baixa, proporcionando ao trabalhador rural um nível de vida muito precário.
	As relações de produção no meio rural se classificam em:
Pequenos proprietários: agricultores que trabalham em base familiar, correspondem a cerca de 40% da força de trabalho permanente na agropecuária brasileira, cultivam gêneros agrícolas e criam alguns animais. Consomem grande parte da produção e vendem o excedente. No geral, vivem com grandes dificuldades.
Parceiros: trabalham numa parte das terras de um proprietário a quem pagam com a metade da produção (meeiros) ou com a Terça parte do que é produzido (terceiros). Os parceiros não são empregados, pois não possuem a carteira assinada, são pobres e produzem em base familiar.
Arrendatários: arrendam ou alugam a terra e pagam ao proprietário em dinheiro. No geral, o lucro é pequeno, sendo proporcional às terras arrendadas.
Assalariados permanentes: são empregados que recebem salários e normalmente trabalham para grandes proprietários de terras, representam 10% da mão-de-obra rural do país.
Assalariados temporários: trabalham em grandes fazendas em épocas de maior necessidade, principalmente nas colheitas, representam 25% da mão-de-obra empregada na agropecuária. Podem se dividir em pequenos proprietários (trabalham alguns meses fora de suas propriedades por não garantirem seu sustento) e os volantes ou bóias-frias: são trabalhadores rurais que imigram de uma região para outra atrás de trabalho e tem crescido bastante no Brasil. Eles saem bastante cedo de suas casa nos subúrbios e se atinientam de marmitas frias, por isso são chamado bóias-frias.
	Novas Fronteiras Agrícolas
	No Centro-Oeste, paralelamente à ampliação da fronteira houve o crescimento da área de lavouras e principalmente das pastagens plantadas.
	Nos anos 80, surge o Nordeste como nova fronteira, superando o Centro-Oeste em total de terras acrescido. Nessa região,a ampliação de área vem acompanhada de reduzida mecanização, menor concentração de terras e com lavouras.
	No Norte, a fronteira se revigora como o Polonoroeste, sendo ocupadas áreas de mata com pequenos produtores, principalmente em Rondônia.
	De maneira geral, a estruturação de espaço agrário se encontra concentrada no Sul e Sudeste (80% a 85%), tendo como fronteiras a Região Centro-Oeste para a produção de grãos e pastagens para a pecuária. Possuindo ainda reservas agricultáveis no Nordeste e Centro-Oeste e a Região Norte constitui um grande estoque de terras a ser incorporado ao espaço da produção agropecuária brasileira.
Movimentos Sociais e Violência no Campo
	Apesar de existir no Brasil enormes extensões de áreas devolutas e não cultivadas, fruto da concentração fundiária que prevalece no Brasil em todas as regiões, são bastante freqüentes os conflitos de terras.
	Assim, os movimentos sociais que ocorrem no meio rural têm como objetivo a democratização do acesso à terra, ou seja, o direito a áreas agricultáveis para trabalhar e criar suas famílias. Lutam, em última instância, contra a concentração de terras no meio rural.
	Os conflitos no campo envolvem principalmente posseiros e grilheiros. Posseiros são lavradores que com suas famílias, ocupam um pequeno pedaço de terra, sem o título de propriedade. E grilheiros são, em geral, grandes empresas ou fazendeiros que contratam jagunços (capangas ou seguranças), para invadirem terras devolutas ou ocupadas por posseiros. Os grilheiros muitas vezes conseguem títulos falsos de propriedades e expulsam os posseiros.
	Esses trabalhadores rurais, fruto da violência no campo, acabam se tornando sem terra e vão integrar o mais importante movimento social do Brasil que é o MST (Movimento dos Sem-Terra).
	Os conflitos no campo culminam, muitas vezes, com a luta armada e chegam a assumir trágicas proporções, como o massacre dos sem-terra em Eldorado dos Carajás – PA.
	Os indígenas, seringueiros e pequenos proprietários também sofrem violência no meio rural brasileiro, perdem suas terras e meio de vida pelo avanço das grandes propriedades agropecuárias que derrubam florestas e destroem espaços naturais.
	Os movimentos sociais e a violência no campo só evidenciam uma estrutura fundiária bastante concentrada nas mãos de poucos, com uma significativa injustiça que repete a da distribuição social da renda no Brasil.
	Reforma Agrária
	A modificação da estrutura agrária de um país ou região, com vista a uma distribuição mais eqüitativa da terra e da renda agrícola, consiste numa usual definição de reforma agrária.
	Se trata de uma intervenção deliberada do Estado nos alicerces do setor agrícola. Ela é resultado de pressões sociais contrárias e, ao mesmo tempo, é limitada por essas mesmas pressões, depende da evolução da conjuntura política de um país.
	O que mais dificulta o acesso à terra no Brasil é justamente a concentração da propriedade fundiária nas mãos das oligarquias agrárias (poucas famílias ricas, influentes e poderosas que controlam grandes propriedades rurais).
	As tentativas de reforma agrária no Brasil sempre foram frustradas por posturas autoritárias e violentas das classes dominantes.
O que é necessário para a efetivação da reforma agrária é uma real democratização da sociedade brasileira, onde o Estado deve propiciar uma política social que beneficie concretamente o conjunto dos trabalhadores, em especial os rurais.
	Produção Agropecuária e Agribusiness
	A produção agropecuária brasileira é bastante influenciada pelo mercado externo. Assim, é bastante comum que certos produtos, cujas exportações aumentam bastante, acabem tendo seu cultivo expandido em detrimento de produtos usados na alimentação dos brasileiros.
	Durante as duas últimas décadas houve um aumento da produção de soja (10,5% ao ano), de laranja (7,5% ao ano) e de cana-de-açúcar (4,8% ao ano). Por outro lado, o feijão cresceu apenas 2,3%, a mandioca 0,5% e o arroz 1,2% ao ano, sendo que nesse mesmo período a população brasileira de 1970 a 1980 (2,4% ao ano) e de 1980 a 1991 (1,8% ao ano). Por esse motivo que na atualidade importa-se alimentos básicos para a mesa do brasileiro.
	De modo geral, com a urbanização e industrialização do Brasil, as atividades agropecuárias ficaram com uma tripla função. Primeiro: gerar divisas por meio da exportação para pagar os juros da dívida externa, segundo: fornecer matérias-primas ou combustíveis para as indústrias e em terceiro lugar: alimentar os grandes contingentes populacionais que se concentram nas áreas urbanas. Como a terceira atividade não é muito lucrativa acaba sendo desempenhada mais precariamente.
	A modernização do campo é bem restrita aos produtos que visam ao mercado externo: soja, café, laranja e outros em menor escala; sendo o feijão, arroz, mandioca, milho e batata cultivados rudimentarmente. Tendo como exceção o trigo, que aumentava bastante as importações brasileiras.
	Desse modo, as grandes agriculturas visam ao mercado internacional, e os alimentos básicos para a mesa do brasileiro são produzidos pelos pequenos agricultores, reforçando ainda mais a importância desses trabalhadores rurais para a economia nacional.
	População Brasileira e Urbanização
O processo de urbanização ocorre quando a população urbana cresce mais velozmente que a população rural. No Brasil, o processo de urbanização conheceu uma aceleração notável a partir de 1950.
A partir de 1990, a população urbana brasileira ultrapassava a marca de 110 milhões de habitantes (75% pop. urbana) dos 150,4 milhões de habitantes que o Brasil apresentava.
A população rural brasileira começou a diminuir a partir da década de 70. O Brasil conheceu um dos mais acelerados processos de urbanização de todo o mundo.
O processo de urbanização é um fato mundial, proveniente da disseminação do Capitalismo (da economia de mercado e da divisão do trabalho cada vez mais intensa).
A economia urbana subordina e transforma a economia rural, integrando a agricultura às necessidades de consumo do mercado urbano. A agropecuária é modernizada, substituindo o trabalho humano pela tecnologia e liberando mão-de-obra para as cidades. O êxodo rural é a mola principal da urbanização.
No Brasil, a aceleração da urbanização ocorreu no período de intensa industrialização do pós-guerra, impulsionada pelas indústrias implantadas no Sudeste.
Transformações Demográficas e Distribuição Espacial da População Brasileira
De 1890 a 1940, a população brasileira apresentou taxas de crescimento próximas a 1,8% ao ano, quando predominava altas taxas de mortalidade e de natalidade.
Esse padrão de crescimento populacional foi rompido nos anos 40, quando as taxas de mortalidade começaram a diminuir no Brasil. Nessa época, iniciaram-se as campanhas nacionais de erradicação de doenças epidêmicas e o sistema de saneamento básico começou a melhorar nas grandes cidades brasileiras.
Houve, então, um declínio da mortalidade não acompanhado pelo declínio da natalidade. Esse fato gerou em 30 anos um crescimento de 130% da população brasileira.
No final da década de 60 a natalidade brasileira começou a cair de forma generalizada.
Essa rápida alteração do comportamento reprodutivo da população se relaciona com as transformações estruturais que se operam na economia brasileira nas últimas décadas. O Brasil se transformou num país urbano-industrial e a concentração populacional nas cidades alteraram profundamente os comportamentos reprodutivos.
O alto custo de vida nas cidades para a formação dos filhos, associado às mulheres trabalhando fora de casa, contribuíram para a diminuição de filhos por família.
Estimativas recentes indicam que a população brasileira deve crescer a uma taxa anual média de 1,6% até o final de século, e que o Brasil chegará ao ano 2.000 com 179,9 milhões de habitantes.
	Distribuição Espacial da População Brasileira
As cidades mais populosas doBrasil são: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Belém. Ou seja, grande parte são cidade litorâneas.
População, Emprego e Distribuição da Renda no Brasil
A população economicamente ativa de um pais (PEA) eqüivale a parcela da população de um pais que trabalha, ou que está procurando serviço (desempregados), desde que possuam mais de 10 anos de idade.
A PEA costuma ser dividida em três setores de atividade econômicas:
- primário: atividade primárias, pessoas empregadas na agricultura, pecuária e extrativismo;
- secundário: todos os empregos gerados nas indústrias;
- terciário: pessoas empregadas no comércio e na prestação de serviços.
Alguns pesquisadores e cientistas já trabalham com a existência do setor quaternário, que eqüivale as atividades mais sofisticadas.
Segundo dados do IBGE, em 1989 a PEA brasileira era de aproximadamente 50% da população.
Distribuição (em %) da População Ativa por Setores de Atividade no Brasil –1989
	Setor Primário
	Setor 
Secundário
	Setor Terciário
	23,2%
	23.8%
	53.0% 
(*) Inclui os que estão procurando trabalho.
Fontes: Tabela elaborada a partir de dados do IBGE, anuário Estatístico do Brasil, 1991.
VESENTINI, J. William. Sociedade e Espaço. Geografia do Brasil, 1996.
O setor primário é pequeno no Brasil, com pouca mecanização e baixa produtividade, além da expulsão de trabalhadores desse setor, por meio do êxodo rural.
O setor secundário é bastante desenvolvido no Brasil, mas ultimamente não tem gerado muitos empregos.
Já o setor terciário é bastante relevante em números, apesar de ser composto por poucas empresas modernas e muitas pequenas e arcaicas, além de subempregados comuns nesse setor.
A Distribuição da Renda Nacional
A distribuição de renda no Brasil é bastante concentrada, desse modo, uma minoria possui rendas bastantes altas e a grande maioria da população vive com baixa renda. O processo de industrialização e urbanização no Brasil agravou esse problema nas últimas décadas.
O aumento da concentração de renda deveu-se principalmente aos salários que em geral subiram menos que a inflação, havendo um declínio nos salários reais, enquanto os lucros ou os ordenados de capitalistas e altos funcionários de empresas públicas e privadas não pararam de crescer.
Sendo assim, em 1990 os 50% mais pobres do Brasil detinha 11,2% da renda nacional, enquanto o 1% mais rico detinha 17,3% da renda nacional.
Distribuição da Renda no Brasil
(entre a população economicamente ativa)
	
	Participação nos rendimentos(%)
	
	1960
	1970
	1980
	1990
	Os 50% mais pobres
Os 40% intermediários
Os 10% mais ricos
TOTAL
0,1% mais rico
	
17,4
43,0
39,6
100,0
11,9
	
14,9
38,4
46,7
100,0
14,7
	
12,6
36,5
50,9
100,0
16,9
	
11,2
37,5
51,5
100,0
17,3
Fontes: Tabela elaborada a partir de dados do IBGE, Censos de 1960 e 1970, e PNAD de 1990. VESENTINI, J. William. Sociedade e Espaço. Geogra​fia do Brasil, 1996.
Regiões Metropolitanas
	A metropolização é fruto do processo de urbanização que vem ocorrendo no Brasil desde a década de 50. Ela consiste na concentração demográfica nas principais áreas metropolitanas do pais, ou seja, nas grandes cidades brasileiras.
Desse modo, a população das nove principais cidades do pais — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba e Belém - juntamente com as cidades de suas respectivas regiões metropolitanas temos cerca de 30% da população total do Brasil.
O processo de imigração para esses grandes centros urbanos é bastante representativo, gerando muitas vezes processos de conurbação (crescimento de duas ou mais cidades vizinhas, que acabam por formar um único aglomerado urbano). Não só a imigração como também o próprio crescimento dessas cidades geram processos de conurbação nas regiões metropolitanas. Em conseqüência desse processo, surgiu a definição de áreas metropolitanas (um conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente a uma cidade central, com serviços públicos e infra-estrutura comuns). Assim, os problemas urbanos ligados a transportes, água, esgotos, uso do solo, hospitais, escolas são resolvidos seguindo os mesmos critérios para as cidades das áreas metropolitanas.
	As nove regiões metropolitanas brasileiras estão abaixo descritas:
�
	Regiões 
Metropolitanas
	População da região metropolitana
	População da cidade
	Área (km2)
	Densidade demográfica (hab./km2)
	Grande São Paulo
(São Paulo e mais 38 municípios: Santo André, Diadema, São Caetano do Sul, Guarulhos, São Bernardo do Campo, Osasco, Mauá, Mogidas Cruzes, Carapicuíba, Cotia, Embu, etc.)
	15.416.415
	9.926.894
	7.951
	1.938
	Grande Rio de Janeiro
(Rio de Janeiro e mais 12 municípios: Nova Iguaçu, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nilópolis, Niterói, São João de Meriti, Magé, etc).
	8.632.498
	5.473.909
	5.384
	1.603
	Grande Belo Horizonte
(Belo Horizonte e mais 12 municípios: Contagem, Betim, Sabará, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, etc.)
	3.431.755
	2.017.127
	5.824
	589
	Grande Recife
(Recife e mais 10 municípios: Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Cabo, São Lourenço da Mata, etc.)
	2.871.261
	1.296.995
	2.160
	1.329
	Grande Porto Alegre
(Porto Alegre e mais 21 municípios: Canoas, Novo Hamburgo, Viamão, São Leopoldo, Gravatuí, Alvorada, etc.)
	3.026.029
	1.263.239
	6.775
	44
	Grande Salvador
(Salvador e mais 9 municípios: Camaçari, Candeias, Simões Filho, Lauro de Freitas, etc.)
	2.493.224
	2.072.058
	2.213
	1.126
	Grande Fortaleza
(Fortaleza e mais 7 municípios: Maranguape, Caucaia, Aquiraz, Pacatuba, etc.)
	2.303.645
	1.765.794
	3.473
	663
	Grande Curitiba
(Curitiba e mais 13 municípios”São José dos Pinhais, Piraquara, Colombo, Campo Largo, Araucária, etc.)
	1.998.807
	1.313.094
	8.763
	228
	Grande Belém
(Belém e Ananindeusa)
	1.332.723
	1.244.688
	1.221
	1.091
Fontes: IBGE, Resultados do Censo de 1991.
�
Nota: Existem outras três cidades brasileiras que, apesar de ainda não serem oficialmente classificadas como regiões metropolitanas, possuíam cerca de 1 milhão de habitantes em 1991 e imensas aglomerações urbanas. São elas: Brasília (1.598.415): Manaus (1.010.544); Goiânia (920.840). Também a cidade de Campinas (SP), cuja previsão de mais de 1 milhão de habitantes não foi confirmada pelo Recenseamento de 1991 (ela tem 846 424), na realidade forma uma embrionária região metropolitana com outras cidade bastante próximas (Americana, Paulínia, Sumaré, Valinhos, Pedereira, Itatiba, Santa Bárbara d’Oeste e outras).
VESENTINI. J, William. Sociedade e Espaço. Geografia do Brasil. 1996.
Violência Urbana
A urbanização brasileira, fruto de urna industrialização tardia ou retardatária, trouxe urna série de problemas de cunho econômico, ambiental e principalmente social.
Um grave problema urbano da atualidade e a violência urbana, que se torna bastante visível nos grandes centros urbanos por meio dos acidentes de trânsito, com milhares de feridos e mortos a cada ano, apresentando índices altíssimos no Brasil. A violência policial, especialmente sobre a população mais pobre, é também muito freqüente no Brasil; e o número de assaltos, estupros e assassinatos cresce cada vez mais. Somando-se a esses problemas têm-se também a prostituição infantil, o tráfico de drogas e até mesmo a própria mendicância e miséria em que vive milhares de pessoas nos grandes centros urbanos.
De modo geral, a violência urbana surge ou é agravada pelo crescimento do desemprego, declínio dos salários reais, falta de assistência social as famílias pobres, dentre outros fatores.
As Migrações Internas
As migrações inter-regionais sempre foram constantes na história brasileira. Elas demonstram épocas históricas de sucessivosdeslocamentos espaciais no país.
A primeira região brasileira que funcionou como área de atração populacional foi a Região Nordeste. As lavouras de cana-de-açúcar atraíram milhares de colonos portugueses, vindos da metrópole ou das novas áreas de colonização do Sudeste.
O primeiro fluxo de migrações regionais aconteceu no século XVIII com a descoberta de metais preciosos na região das Minas Gerais, levando milhares de nordestinos às áreas mineradoras. Desde então, a Região Nordeste se transformou em área de repulsão populacional. Com o declínio das atividades mineradoras, nordestinos e mineiros iriam migrar para as áreas de expansão cafeeira do Planalto Ocidental Paulista.
Na Segunda metade do século XIX, os nordestinos migraram para a Região Norte para a extração da borracha natural amazônica, que se tornou um produto de exportação. Como a Região Nordeste se apresentava estagnada, a extração da borracha se mostrou uma forma alternativa de sobrevivência para os nordestinos.
No século XX, a industrialização (ocorrida após a década de 50) operou profunda transformação na economia brasileira. A economia brasileira passou a ser comandada pela atividade industrial concentrada na Região Sudeste. Os fluxos migratórios que ocorreram após a industrialização estiveram fortemente ligados à realidade do Brasil enquanto país urbano-industrial.
As Migrações Internacionais (Paraguai, EUA, Europa e Japão)
As migrações internacionais são fluxos de populações que atravessam fronteiras políticas, deslocando-se dos países de origem para fixar residência em países estrangeiros. As causas econômicas são as mais importantes nas migrações internacionais atuais, o que de fato ocorre, é a transferência geográfica de força de trabalho de uma economia para outra. Conflitos étnicos ou guerras também podem estimular a migração internacional, às vezes dramáticas.
O ponto de origem do movimento migratório corresponde a uma economia incapaz de absorver a força de trabalho.
O ponto de chegada do movimento migratório corresponde a uma economia que demanda força de trabalho. Desse modo, os imigrantes, normalmente, executam os trabalhos de baixa qualificação e menor remuneração, rejeitados pela mão-de-obra nacional
A imigração que acorre de brasileiros para o Paraguai se deve às atividades agropecuárias desenvolvidas por brasileiros no Paraguai e também à compra de importados (atividade do setor informal).
A imigração de brasileiros para os EUA, Europa e Japão se deve, justamente, à procura de novas oportunidades, de trabalho para os brasileiros que muitas vezes estão desempregados no Brasil. Esses brasileiros, em grande maioria, sofrem problemas de discriminação e perseguição pelos órgãos oficiais desses países.
BIBLIOGRAFIA
-MAGNOLI, Demétrio e ARAÚJO, Regina. A Nova Geografia. Estudos de Geografia do Brasil. São Paulo, Editora Moderna. 1ª edição. Pp. 313 (33º ano) 1994.
-VESENTINI, J. William. Sociedade e Espaço. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo. Editora Ática. 25ª edição, pp. 263. 1996.
-VESENTINI, J. William. Sociedade e Espaço. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo. Editora Ática. 4ª edição pp. 320.
Exercícios
1 - No Brasil, a ocupação dos cerrados com lavouras comerciais, a modernização da pecuária e a criação de vias de acesso aos mercados, são transformações pelas quais passa a Região: 
a ( ) Centro-oeste	b ( ) Nordeste
c ( ) Sudeste		d ( ) Norte
e ( ) Sul
02 - Uma das condições que contribuiu para a industrialização de São Paulo após 1930 foi:
a ( ) crescente atuação e importância política desse Estado no âmbito federal.
b ( ) repentina valorização da moeda brasileira no mercado internacional.
c ( ) pressão de demanda e solicitação do mercado externo.
d ( ) eliminação e impedimento pelo governo federal de política protecionista.
e ( ) ampliação do mercado interno nacional e concentração de capitais.
03 - As regiões metropolitana que, relativamente, atraem menos migrantes de outros Estados são:
a ( ) Belém e Salvador
b ( ) Rio de Janeiro e São Paulo
c ( ) Rio de Janeiro e Belém
d ( ) Belo Horizonte e Porto Alegre
e ( ) Belo Horizonte e São Paulo
04 - Dentro da hierarquia urbana, a metrópole nacional apresenta-se como um grande centro, muito bem equipado, onde existem todos os tipos de serviços e produtos industriais. Sua influência abrange todo o país. Imediatamente subordinada à metrópole nacional, aparece a metrópole regional, distribuindo produtos industriais e serviços a uma vasta porção do país. Na Região Sudeste são exemplos de metrópoles nacional e regional, respectivamente as seguintes cidades:
a ( ) São Paulo e Rio de Janeiro
b ( ) São Paulo e Belo Horizonte 
c ( ) Rio de Janeiro e São Paulo
d ( ) Belo Horizonte e Rio de Janeiro 
e ( ) Belo Horizonte e São Paulo
05 - Fenômenos sócio-econômicos e culturais influenciaram a urbanização brasileira. A fase atual, com o desenvolvimento urbano, caracteriza-se pela:
a ( ) inexistência de excedentes populacionais urbanos, pois os fluxos migratórios intensos cidade — campo não são significativos.
b ( ) concentração em alguns pontos do território nacional devido à localização das industriais.
c ( ) igualdade na distribuição da renda pessoal urbana, pois a indústria determina urna melhor distribuição de renda.
d ( ) infra-estrutura dos serviços urbanos que se apresenta eficiente, dispondo de recursos para investimentos em todos os serviços.
e ( ) desconcentração industrial, pois a interiorização foi uma constante nos modos de utilização sócio-econômica do espaço geográfico.
06 - “Há, evidentemente, uma relação entre os fatos da história urbana e os fatos da história econômica. As transformações que ocorrem na estrutura urbana brasileira acompanham a substituição do sistema econômico-colonial tradicional por um sistema de economia nacional centrado na expansão do setor industrial. No Brasil contemporâneo, a urbanização é, direta ou indiretamente, reflexo e condição em relação ao processo de industrialização por que vem passando o país.
Deste texto deduz-se que:
a ( ) sempre houve no Brasil uma relação reciproca entre a cidade e a industrialização, já que os fatos históricos e econômicos se relacionam;
b ( ) foi graças à independência em relação a Portugal que o Brasil se urbanizou
c ( ) todos os núcleos urbanos brasileiros são no período contemporâneo, cidades industriais
d ( ) o processo de urbanização no Brasil contemporâneo não pode ser entendido à margem da industrialização e vice-versa.
e ( ) apesar de ter havido, no período colonial, relação estreita entre urbanização e industrialização, hoje isso não mais ocorre no Brasil.
07 - O plano de desenvolvimento econômico adotado no governo de Juscelino Kubitschek (1956-61) tinha como áreas prioritárias a indústria e os transportes. Esse plano de desenvolvimento econômico chamou-se:
a ( ) Plano de Indústria de Base.
b ( ) Plano de Desenvolvimento Econômico.
c ( ) Plano de Metas.
d ( ) Plano de Integração Nacional.
e ( ) Plano de Juscelino Kubitschek de Oliveira.
08 - “Antes, o silêncio e a vegetação rasteira dominavam a planura, monotonia quebrada apenas pelo caprichosas das árvores do cerrado. Mas, um dia, o barulho das máquinas e o vaivém incessante dos operários agitaram os chapadões, anunciando que novos tempos eram chegados: edifícios de linhas arrojadas ergueram-se no horizonte amplo; as águas do Paranoá foram represadas, formando o grande lago (...). A cidade e a vida se organizaram e as estradas se abriram: os palácios, os apartamentos, as escolas, tudo pouco a pouco surgiu no planalto.”
O texto se aplica à fundação da cidade planejada de:
a ( ) Belo horizonte, na zona metalúrgica de Minas Gerais.
b ( ) Goiânia, no sul de Goiás.
c ( ) São Paulo, no Planalto Paulistano.
d ( ) Brasília, no Planalto Central.
e ( ) Cuiabá, no limite norte do Pantanal Mato-Grossense.09 - “Ate lá pros idos de 1961, eu trazia todo dia carne de primeira, arroz sem marinheiro, salada de legumes, tudo fresquinho. E ainda comia laranja, banana e às vezes até doce. Não estou me gabando não, moço. É verdade. Agora, vê o que eu trago, aponta sua triste marmita. Na marmita do oficial-estucador Cícero Raimundo da Silva (...) hoje vem muito arroz de Segunda, misturado com macarrão, um pouquinho de cenoura e, aqui e ali, um pouquinho de carne-seca, ‘pra dar gosto’.
(Jornal do Brasil, de 31/08/80)
Assinale, dentre as afirmativas a seguir, aquela que melhor explica a situação apresentada no trecho lido.
a ( ) O abastecimento urbano deficiente se reflete na escassez ou aumento dos preços de alimentos básicos nas grandes cidades.
b ( ) O aumento do preço de certos produtos alimentares nas áreas urbanas decorre de um regime alimentar pouco variado dessas populações.
c ( ) A alimentação deficiente tornou-se um grande problema de quase todas as famílias residentes em áreas urbanas no Brasil.
d ( ) O problema de carência de alimentos atinge quase exclusivamente os trabalhadores e construção civil, que comem de marmita.
e ( ) A escassez de certos alimentos nas áreas urbanas é temporária, resultando de safras deficientes nos anos em que ocorre seca.
10 - Com o desenvolvimento industrial urbano no Brasil, a agropecuária passa a desempenhar importantes funções, como as que seguem abaixo. Identifique aquela que apresenta as mais difíceis condições de bom desempenho:
a ( ) fornecer combustível para o setor urbano-industrial;
b ( ) fornecer matérias-primas para as indústrias;
c ( ) produzir alimentos para a população urbana;
d ( ) gerar divisas cambiais através do aumento na produção de mercadorias para exportação;
e ( ) liberar a mão-de-obra necessária para o setor urbano- industrial.
11 - O produto agrícola que acusou uma rápida expansão nos últimos anos, estando entre os quatro mais importantes atualmente exportados pelo Brasil, é:
a ( ) o arroz, cultivado principalmente no Rio Grande do Sul e Goiás;
b ( ) o fumo, cultivado principalmente em Santa Catarina e Bahia;
c ( ) o amendoim, cultivado principalmente em São Paulo, Paraná e Mato Grosso;
d ( ) o milho, cultivado principalmente em São Paulo, Paraná e Minas Gerais;
e ( ) a soja, cultivada principalmente no Rio Grande do Sul e Paraná.
12 - A Campanha Gaúcha é área muito importante para a economia do Rio Grande do Sul. Essa região caracteriza-se por:
a ( ) predomínio extensivo da Mata de Araucária, possibilitando intensa atividade madeireira.
b ( ) domínio das coxilhas e planícies fluviais, onde dominam a atividade pastoril e as culturais irrigadas.
c ( ) produzir 85% da produção total do trigo do Rio Grande do Sul
d ( ) ser área de solos profundos, propícios para intensa atividade agrícola com culturas de soja e trigo, feitas em minifúndios sob o sistema de jardinagem.
e ( ) ser área de colonização italiana, dedicada à agricultura em minifúndios, sob o regime altamente intensivo.
13 - O quadro apresenta três regiões do Nordeste brasileiro, com suas principais características climáticas e agropecuárias.
Região Clima características da agropecuária.
I - semi-árido pecuária extensiva
II - subúmido policultura tradicional
III - úmido monocultura comercial
As regiões I, II e III, nessa ordem, são:
a ( ) Sertão, Agreste, Mata.
b ( ) Mata, Agreste, Sertão.
c ( ) Agreste, Mata, Meio-Norte.
d ( ) Sertão, Mata, Agreste.
e ( ) Meio-Norte, Sertão, Mata.
14 - “É certo que o próprio governo brasileiro construiu as grandes estradas Transamazônica e Perimetral Norte, cortando toda a Amazônia, ao norte e ao sul do rio Amazonas. Essas estradas, sem dúvida, facilitaram a extração de madeiras em regiões ainda inacessíveis e levara à implementação de grandes projetos agropecuários por empresas estrangeiras, com estímulo fiscal do governo.
KUCINSKI, Bernardo. “A Amazônia e a Geopolítica do Brasil”. In: Encontros com a Civilização Brasileira. nº 11, maio de 1979.
Assinale a alternativa que melhor resume a idéia do trecho acima:
a ( ) A construção das grandes rodovias de “integração nacional” foi um importante instrumento para a ocupação efetiva da Amazônia, pela descoberta de suas riquezas.
b ( ) A extração de minérios de ferro, estanho e manganês na região Norte se tornou possível após a construção das grandes estradas que cortam toda a região.
c ( ) Os deslocamentos de migrantes. especialmente do Nordeste e do Sul, acompanharam a construção das rodovias amazônicas, desenvolvendo-se a produção agrícola.
d ( ) A instalação de grandes empresas agropecuarias de capital estrangeiro na Amazônia foi estimulada, direta e indiretamente, pela ação do Estado.
e ( ) A extração de madeiras na Amazônia só se desenvolveu a partir da construção da Trans-amazônica e da Perimetral Norte, vias de escoamento da produção.
15 - De acordo com a classificação dada pelo Incra a partir da realização do cadastro fundiário, a definição do “imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente trabalho com ajuda de terceiros” aplica-se a:
a ( ) empresa rural;
b ( ) latifúndio por dimensão;
c ( ) latifúndio por exploração;
d ( ) minifúndio;
e ( ) módulo rural.
16 - Assinale a alternativa incorreta.
a ( ) Quanto à estrutura agrária brasileira, as categorias que predominam numericamente são os minifúndios e as pequenas propriedades.
b ( ) As categorias de propriedades rurais são explicadas não somente pela extensão, mas também pela capacidade produtiva.
c ( ) Uma propriedade rural de 10 hectares, com altos rendimentos, pode ser classificada de minifúndio.
d ( ) Pequenas ou médias propriedades rurais, com altos rendimentos, são mais comuns nos entornos urbanos das maiores cidades.
e ( ) Segundo o Incra, o latifúndio pode ser classificado em: latifúndio por dimensão e latifúndio por exploração.
17 – Sobre a situação fundiária do Brasil, podemos afirmar que:
I – Não há caso similar na América Latina, vista a posição dos produtos agrícolas brasileiros no mercado mundial.
II – É resultante de um passado colonial que atendia aos interesses da metrópole e da introdução de grandes unidades de produção, voltadas para o mercado externo.
III – Desempenha um papel marginalizante do pequeno produtor rural, que vai a cada dia sendo transformado em “bóia-fria” ou “volante” ou “avulso”, trabalhando a terra alheia sem vínculo empregatício e sem perspectiva de melhoria social e terminando fatalmente por engrossar as periferias marginais dos grandes centros urbanos.
A(s) proposição(ões):
a ( ) I, II e III estão corretas.
b ( ) I e II estão corretas.
c ( ) I e III estão corretas.
d ( ) II e III estão corretas.
e ( ) III é correta.
18 - Sobre a urbanização brasileira, julgue os seguintes itens:
0 ( ) A rede de relação hierarquizada que vai das metrópoles até as cidades locais, apresenta-se totalmente articulada em todo o território nacional.
1 ( ) Uma das formas de subordinação do campo à cidade é a utilização, cada vez mais intensa, do insumos oriundos do meio urbano, de crédito bancário e de máquinas agrícolas essenciais ao processo de desenvolvimento da agricultura.
2 ( ) Nas grandes áreas metropolitanas do país, a especulação imobiliária expulsa a população das áreas centrais para a periferia, deixando vazios esses terrenos, para a valorização do capital.
3 ( ) Brasília e Goiânia são exemplos de cidades criadas pelo processo urbano-industrial e planejadas pelo Estado.
4 ( ) As cidades brasileiras foram produzidas pelo processo de industrialização, e as modificações na organização do espaço são o resultado da intensificaçãoda atividade produtiva.
5 ( ) Os principais problemas urbanos no país são moradia, infra-estrutura e violência, porque a lógica que impulsiona o ordenamento interno das cidades é a viabilização dos fluxos de produção e não a satisfação dos anseios individuais.
19 - Sobre a urbanização, julgue os seguintes itens:
0 ( ) Nos países do Terceiro Mundo, a saída de pessoas do campo para a cidade ocorre devido à mecanização das atividades agrícolas e à oferta de empregos urbanos.
1 ( ) Nos países de economia planificada, a urbanização passou a ser controlada, atendendo aos interesses dos órgãos planificadores, gerando menos concentração no espaço.
2 ( ) A população, ao escolher um lugar para morar na cidade, tem como determinante o aslário que recebe, ou seja, a localização que cada um ocupa no processo produtivo.
3 ( ) A região que vai de Tóquio a Osaca, no Japão, é um exemplo de área conurbada.
4 ( ) Rede de esgotos, abastecimento de água, poluição da água e do ar, e habitação são alguns dos graves problemas oriundos do processo de urbanização e metropolização da América Latina.
20 – As questões demográficas sempre despertavam grande interesse dos cientistas sociais, por fornecer subsídios para a análise e planejamento de diversos aspectos relacionados à população. Julgue os itens:
0 ( ) A população brasileira vem crescendo a taxas cada mais elevadas e nas décadas de 70 e 80 registraram-se acréscimos nas taxas médias de fecundidade em todas as regiões do país.
1 ( ) Os países subdesenvolvidos apresentam pirâmide etária com uma base larga e um topo estreito de 1970 a 1980, a base da pirâmide da população brasileira estreitou-se e o topo alargou-se.
2 ( ) A política demográfica brasileira, instituída pela Constituição de 1988, determina que o Estado deve propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício do direito de livre decisão sobre o planejamento familiar.
3 ( ) A teoria de Malthus, fundamentada na relação entre crescimento populacional e meios de subsistência, revelou-se verdadeira, pois, decorridos quase dois séculos, suas previsões concretizam-se.
21 - A configuração de cada sociedade é determinada pelo modo como esta se organiza para viver e produzir. Com base nesta afirmativa, julgue os itens abaixo:
0 ( ) Como conseqüência mais diretas do fenômeno de urbanização da sociedade industrial, pode-se citar o aumento da população urbana, a concentração espacial das atividades e funções e o próprio aumento do número de cidades..
1 ( ) As grandes concentrações espaciais de atividades e funções na cidade pretendem garantir a diminuição dos custos de produção e facilitar a realização do ciclo produtivo.
2 ( ) As conseqüências ambientais das áreas conurbadas envolvem congestionamentos, poluição do ar e da água, falta de saneamento básico e falta de opções de lazer, atingindo indistintamente toda a população.
22 – Vários acontecimentos marcaram o Brasil nos últimos 50 anos destacando-se o elevado crescimento populacional a grande e rápida industrialização e o intenso processo de urbanização. Julgue os itens:
0 ( ) O critério para definir cidade no Brasil é quantitativo, pois consideram-se como cidade localidades com 20 mil ou mais habitantes.
1 ( ) A rede urbana brasileira, entendida como a distribuição das cidades pelo território e sua interligação com os eixos ferroviários e rodoviários, é caracterizada pela irregular e descontinua distribuição no espaço.
2 ( ) O termo conurbação corresponde a uma vasta área urbanizada, resultante do encontro de duas ou mais metrópoles, como por exemplo, a área compreendida entre São Paulo e Rio de Janeiro.
3 ( ) Pela primeira vez na história brasileira, registra-se, a partir da década de 70, uma diminuição da população rural em termos absolutos e relativos.
4 ( ) No Brasil, o processo de urbanização recente é descentralizador, gerando cidades de pequeno e médio porte, diferentemente dos países de industrialização antiga do Nordeste da Europa.
23 - A concentração da população em determinadas áreas é geralmente explicada pelas condições naturais. Conhecendo-se a distribuição mundial da população, julgue os itens:
0 ( ) As condições históricas culturais podem sobrepor-se às condições naturais, explicando muitas áreas ecúmenas.
1 ( ) As condições econômicas e tecnológicas são subordinadas às condições naturais para o estabelecimento do homem.
2 ( ) Em função das condições naturais, a população mundial registrou sempre a mesma taxa de crescimento, através dos tempos.
3 ( ) As grandes áreas de aglomerações humanas são metrópoles, onde existem locais densamente populosos em condições de extrema miséria.
24 – Com base no cálculo da taxa anual de crescimento demográfico, o IBGE estimou que, em 1991, o Brasil contaria com uma população de 170 milhões; a estimativa não se verificou e o recenseamento realizada em 91 registrou uma população de 140 milhões, evidenciando, portanto, na década de 80/90, uma queda na taxa anual de crescimento no país. Julgue os itens:
0 ( ) O Brasil entra na década de 90 com aproximadamente 90% da população vivendo nas cidades, em decorrência da modernização agrícola e da metropolização.
1 ( ) A concentração da população urbana no país tem gerado um grande mercado de consumo para os produtos industrializados.
2 ( ) A atual concentração urbana no país possibilita, dentro do subsistema da totalidade sócio espacial, a convivência entre elementos pertencentes tanto ao Primeiro, como ao Terceiro Mundo: o shopping center e o mercado informal, os condomínios fechados e as favelas.
3 ( ) A legitimidade conferida às cidades por meio da elaboração de Leis Orgânicas e Planos Diretores Municipais, valoriza o poder local e força a gestão administrativa e gerar soluções para seus problemas.
4 ( ) É defensável a tese de que “é possível mudar o país através das cidades”, tal a importância da gestão administrativa urbana para a federação brasileira.
25. A cidade, locus do cidadão e da cidadania, é mundo de transformação rápidas e vida agitada. Julgue os itens:
0 ( ) Na cidade realizam-se a gestão e a organização dos espaços urbanos e rurais.
1 ( ) Na cidade moderna o setor econômico dominante é o primário, agroexportador.
2 ( ) O dinamismo e a diversificação das atividades econômicas na cidade permitem maior oferta de empregos e maior número de profissões.
3 ( ) O crescimento físico das grandes cidades do Terceiro Mundo se dá de forma homogênea acompanhado de criteriosa e eficiente gestão administrativa municipal.
4 ( ) Entre as diversas atividades urbanas existe uma que se sobrepõe às demais, constituindo-se na base econômica da cidade.
26 - "A urbanização brasileira só começou a partir do momento em que a indústria passou a tornar-se o setor mais importante da economia nacional”.
É correto afirmar que:
0 ( ) O processo produtivo se apoia numa divisão territorial que envolve uma rede de cidades de variados portes, nas quais as várias etapas e funções de apoio se cumprem.
1 ( ) As grandes cidades, as metrópoles, crescem em um ritmo superior ao das pequenas e médias cidades.
2 ( ) A urbanização brasileira, fruto de um capitalismo dependente, é a matriz geradora dos conflitos urbanos presentes na maioria das cidades brasileiras.
3 ( ) A rede urbana brasileira está totalmente articulada em toda a extensão do território nacional.
4 ( ) A hipertrofia do setor terciário no Brasil, apresentando grande número de trabalhadores autônomos e enorme volume de pequenas empresas, diferencia a urbanização brasileira daquela ocorrida nos países desenvolvidos.
27 - Em relação à população no Brasil, julgue os itens:
0 ( ) A participação das mulheres na força de trabalho representa cerca de um terço da população economicamente ativa.
1 ( ) A região Sul possui um perfil muito semelhante ao do Nordeste, quanto à distribuição pelos vários setores da atividades, de sua populaçãoeconomicamente ativa.
2 ( ) A diferenciada expectativa de vida da população dos estados brasileiros é reflexo da distribuição pelos vários setores da atividade, de sua população economicamente ativa.
3 ( ) O crescimento natural da população brasileira tem-se mantido baixo, com significativas variações nos níveis, ao longo das últimas décadas.
4 ( ) Mais da metade das enfermidades endêmicas do Continente Americano ocorre na região amazônica.
28 - A dinâmica da sociedade dita as normas do processo de formação do espaço. Com base nesta afirmação e nos conhecimentos sobre urbanização brasileira, julgue os itens:
0 ( ) A fase inicial da urbanização abrandou os desequilíbrios regionais da fase colonial, fase ao crescimento de áreas urbanas no leste brasileiro.
1 ( ) A aceleração do processo de urbanização ocorreu, principalmente, a partir de 1949, sob o governo de Getúlio Vargas, com a intensificação da industrialização no Brasil.
2 ( ) O aumento do número de cidades e sua conseqüente concentração de população expressam qualitativamente o fenômeno da urbanização.
3 ( ) Em razão da elevada quantidade de atividades que estas cidades concentram, Rio de Janeiro e São Paulo são consideradas as únicas metrópoles de características nacionais.
4 ( ) As redes urbanas configuram-se como um conjunto articulado de cidades de tamanhos diferentes e diretamente proporcionais à quantidade de atividades que concentram.
29 - Nas cidades brasileiras, a população que vive em situações de miséria, definida pelo conjunto de pessoas com renda de até 1/4 do salário mínimo, tem aumentado significativamente, elevando-se de 9,4% em 1980, para 14,8% em 1990. Com relação às condições de vida nas cidades do Brasil, julgue os itens abaixo:
0 ( ) Verifica-se a existência de dois circuitos econômicos: parte da população urbana participa das atividades do setor formal da economia enquanto que a maioria vive das atividades relacionadas a um setor terciário informal.
1 ( ) Os bens e serviços urbanos, que têm seus custos pagos pela coletividade, com o recolhimento de impostos, são desigualmente distribuídos no espaço das cidades, existindo zonas extremamente carentes desses bens e serviços.
2 ( ) A especulação imobiliária é um processo sócio espacial resultante do mecanismo de valorização da terra privada a qual incorpora no seu valor os benefícios da instalação de infra-estrutura realizados pelo poder público.
30 - Com relação aos aspectos da população mundial, é correto afirmar-se que:
0 ( ) O crescimento das áreas urbanas com as migrações do campo para a cidade é um fato que ocorre no mundo inteiro.
1 ( ) O superpovoamento de um determinado país é um indicador obrigatório de sua baixa condição de vida.
2 ( ) Os índices de mortalidade global não diferem muito entre os vários países do globo.
3 ( ) A pirâmide etária nos países subdesenvolvidos pode ser caracterizada como tendo, geralmente, uma base mais estreita e um cume mais –longo.
4 ( ) O crescimento demográfico determina sempre o ritmo de crescimento econômico.
31 - No Brasil, sobretudo a partir da década de 70, o rápido crescimento urbano gerou o fenômeno da conurbação que pode ser identificado como a:
0 ( ) União espacial de dois ou mais municípios que são distintos em termos administrativos mas que possuem um fluxo comum de bens, serviços e pessoas.
1 ( ) Junção das áreas destinadas ao cinturão verde com vistas ao abastecimento de hortifrutigranjeiros à população dos grandes centros.
2 ( ) Ampliação da rede rodo-ferroviária local de modo a aumentar o intercâmbio da cidade com sua região.
3 ( ) Criação de parques industriais modernos capazes de absorver a mão-de-obra local e atender ao crescente mercado consumidor urbano.
4 ( ) Delimitação espacial das áreas destinadas a favelas submoradias de modo a preservar as áreas nobres e aquelas reservadas para especulação imobiliária.
32 - "As metrópoles regionais são definidas como aglomerações que exercem uma influência vasta que extrapola os limites do seu estado e que estão subordinadas economicamente apenas às metrópoles nacionais”.
No Brasil são exemplos de metrópoles regionais:
0 ( ) Belo Horizonte e Fortaleza.
1 ( ) Manaus e Curitiba.
2 ( ) Porto Alegre e São Luís.
3 ( ) Florianópolis e Salvador.
4 ( ) Campo Grande e Recife.
33 - Dentro da hierarquia urbana, a metrópole nacional apresenta-se como um grande centro, muito bem equipado, onde existem todos os tipos de serviços e produtos industriais. Sua influência abrange todo o país. Imediatamente subordinada à metrópole nacional, aparece a metrópole regional, distribuindo produtos industriais e serviços a uma vasta porção do país. Na região Sudeste são exemplos de metrópoles nacional e regional, respectivamente, as seguintes cidades:
0 ( ) São Paulo e Rio de Janeiro.
1 ( ) São Paulo e Belo Horizonte.
2 ( ) Rio de Janeiro e São Paulo.
3 ( ) Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
4 ( ) Belo Horizonte e São Paulo.
34 - Fenômenos sócio-econômicos e culturais influenciaram a urbanização brasileira. A fase atual, com o desenvolvimento urbano, caracteriza-se pela:
0 ( ) Inexistência excedentes populacionais urbanos, pois os fluxos migratórios intensos cidade – campo não são significativos.
1 ( ) Concentração em alguns pontos do território nacional devido à localização das indústrias.
2 ( ) Igualdade na distribuição da renda pessoal urbana, pois a indústria determina uma melhor distribuição de renda.
3 ( ) Infra-estrutura dos serviços urbanos que se apresenta eficiente, dispondo de recursos para investimentos em todos os serviços.
4 ( ) Desconcentração industrial, pois a interiorização foi uma constante nos modos de utilização sócio-econômica do espaço geográfico.
35 – Há evidentemente, uma relação entre os fatos da história econômica. As transformações que ocorrem nas estruturas urbanas brasileira acompanham a substituição do sistema econ6omico-colonial tradicional por um sistema de economia nacional centrado na expansão do setor industrial. No Brasil contemporâneo, reflexo e condição em relação ao processo de industrialização por que vem passando o país.
Deste texto deduz-se que:
0 ( ) Sempre houve no Brasil uma relação recíproca entre a cidade e a industrialização, já que os fatos históricos e econômicos se relacionam.
1 ( ) Foi graças à independência em relação a Portugal que o Brasil se urbanizou.
2 ( ) todos os núcleos urbanos brasileiros, são no período contemporâneo, cidades industriais.
3 ( ) O processo de urbanização no Brasil contemporâneo não pode ser entendido à margem da industrialização e vice-versa.
4 ( ) Apesar de ter havido, no período colonial, relação estreita entre urbanização e industrialização, hoje isso não mais ocorre no Brasil.
36 - O plano de desenvolvimento econômico adotado no governo de Juscelino Kubitschek (1956-61) tinha como áreas prioritárias a indústria e os transportes. Esse plano de desenvolvimento econômico chamou-se:
0 ( ) Plano de Indústria de Base.
1 ( ) Plano de Desenvolvimento Econômico.
2 ( ) Plano de Metas.
3 ( ) Plano de Integração Nacional.
4 ( ) Plano de Juscelino Kubitschek de Oliveira.
37 - “Antes, o silêncio e a vegetação rasteira dominavam a planura, monotonia quebrada apenas –pelo colorido das flores e pelas formas caprichosas das árvores do cerrado. Mas, um dia, o barulho das máquinas e o vaivém incessante dos operários agitaram os chapadões, anunciando que novos tempos eram chegados: edifícios de linhas arrojadas ergueram-se no horizonte amplo; as águas do Paranoá foram repressadas, formando o grande lago (...) A cidade e a vida se organizaram e as estradas se abriram: os palácios, os apartamentos, as escolas, tudo pouco a pouco surgiu no planalto.
O texto se aplica à fundação da cidade planejada de: 
0 ( ) Belo Horizonte, na zona metalúrgica de Minas Gerais.
1 ( ) Goiânia, no Sul de Goiás.
2( ) São Paulo, no Planalto Paulistano.
3 ( ) Brasília, no Planalto Central.
4 ( ) Cuiabá, no limite norte do Pantanal mato-grossense.
38 - Em relação à agricultura brasileira podemos afirmar que:
0 ( ) Existe, no Brasil, uma persistência do elevado padrão de concentração da propriedade da terra.
1 ( ) Nem toda a força de trabalho, no minifúndio, pode ser empregada em vista da exiguidade da terra e, assim sendo, gera subemprego ou mesmo desemprego.
2 ( ) A situação fundiária do Brasil contrapõe-se à da América Latina, pois enquanto aqui estabeleceu-se uma colonização de exploração, com base na grande propriedade rural, nos países da América Latina, com raras exceções, a colonização de povoamento realizou uma melhor estrutura fundiária.
3 ( ) Apesar de os minifúndios no Brasil ocuparem uma pequena área de terra, eles predominam numericamente e tal fato explica a usa grande participação na exportação brasileira de produtos agrícolas.
4 ( ) Outro problema da agricultura brasileira a ser enfrentado e resolvido é o da produtividade. Ele implica várias soluções: a seleção de sementes e mudas, técnicas agrícolas, adubação, educação agrícola e muitas outras.
39 - A tabela a seguir mostra a situação fundiária do Brasil em 1980.
	Categorias dimensionais dos estabelecimentos
	% do número de estabelecimentos
	% da área dos estabelecimentos
	Menos de ha
	50,4
	2,4
	De 1º a menos de 100 ha
	39,0
	17,4
	De 100 a menos de 1000 ha
	9,4
	34,4
	Mais de 1000 ha
	1,2
	45,8
Com base nesses dados podemos afirmar que:
0 ( ) Os estabelecimentos com área menor do que 10 há correspondem à cerca da metade do número total e há uma elevada concentração da terra nos grandes estabelecimentos (latifúndios).
1 ( ) Os grandes estabelecimentos (latifúndios) diminuíram em 0,9% de 1970 para 1980, demonstrando a tendência natural de distribuição das terras no país.
2 ( ) Os grandes estabelecimentos com menos de 10 hectares dominam a maior parte da área ocupada no Brasil.
3 ( ) Os estabelecimentos com mais de 1000 hectares ocupam a menor parte da área efetivamente explorada.
4 ( ) Os estabelecimentos de 100 a menos de 1000 hectares, são os que mais diminuíram em número e área de terras no país.
40 - Faça a associação correta:
	I – arrendamento
	II – pareceria
	III – exploração
	IV – ocupante
0 ( ) O trabalhador entrega ao proprietário a metade ou a Terça parte da sua produção, pelo uso da terra.
1 ( ) O indivíduo ocupa e produz em terras alheiras em nada pagar pelo seu usufruto.
2 ( ) A terra é explorada pelo próprio dono.
3 ( ) O proprietário cede (aluga) a terra a terceiros mediante o pagamento de uma quantia (geralmente em dinheiro) previamente combinada.
41 - Com referência ao processo de desenvolvimento brasileiro, destacam-se alguns aspectos populacionais de grande importância. Considerando este tema, julgue os itens seguintes:
0 ( ) No Brasil, os negros, que, em 1940, representavam 14,6% da população, tiveram sua participação reduzida para 3% em 1980, estando hoje concentrados geograficamente nas regiões Norte e Centro Oeste.
1 ( ) A partir da década de setenta, ocorreram modificações na dinâmica da natalidade no Brasil, atribuídas principalmente à maior adoção de práticas anticoncepcionais e do aborto, à rápida urbanização da população e a maior participação da mulher nas atividades fora do lar.
2 ( ) A redução da mortalidade infantil no Brasil, um indicador social do desenvolvimento, significa que o país passou da condição de subdesenvolvido para a de país desenvolvido.
42 - A urbanização é um fenômeno espacial que tem como causas transformações sociais e econômicas. Sendo assim, julgue os itens a seguir:
0 ( ) Quando a porcentagem da população urbana em relação à população total de um país ou de uma região aumenta, verifica-se a ocorrência do processo de urbanização.
1 ( ) A conurbação não é um fenômeno ligado à urbanização.
2 ( ) Uma rede urbana bem estruturada é decorrente do processo de urbanização com industrialização.
3 ( ) A mecanização do campo aliada à existência de grande oferta de empregos na indústria são apontadas como as principais causas da urbanização nos países subdesenvolvidos.
43 - As questões demográficas sempre foram objeto de preocupação por parte dos planificadores e estudiosos de todo o mundo em diversos períodos da história. Em relação ao tema, julgue os itens seguintes:
0 ( ) Os neomalthusianos atribuem ao crescimento populacional do Terceiro Mundo a causa do estado de pobreza e subdesenvolvimento e defendem a adoção de políticas oficiais de controle de natalidade.
1 ( ) Para os reformistas ou marxistas, a miséria seria uma forma natural de controle da superpopulação e o Estado não deveria intervir nesse mecanismo regulativo.
2 ( ) Países como Portugal e Uruguai encontraram o caminho do desenvolvimento por meio da manutenção de baixas taxas de crescimento populacional.
44 – Sobre a população brasileira, julgue os seguintes itens:
0 ( ) São fatores que explicam a concentração distributiva de renda no país: restrição ao direito de greve n final dos anos 60 e década de 70, pouca atuação dos sindicatos, aumento da rotatividade da força de trabalho e sistema de recolhimento de impostos.
1 ( ) Os fatores de mudanças (transformações ocorridas pela modernização da agricultura) são os responsáveis pelas migrações pendulares.
2 ( ) A política demográfica brasileira, apoiando o planejamento familiar com limite de filhos por casal, foi criada por lei nesta segunda metade de século.
3 ( ) A queda do nível salarial leva a população a fazer reivindicações, por meio de lutas em prol de reajustes que supram o alto custo de vida, e por moradia, assistência médica, escolas creches e transporte eficiente e barato.
4 ( ) A distribuição da população brasileira por setores de atividade mostra uma concentração no setor terciário, explicada pelo número significativo de subempregos e desempregos.
5 ( ) Os índices médios da mortalidade infantil no Brasil têm diminuído sensivelmente, face às melhorias das condições sanitárias e higiênicas do país.
45 - Sobre o espaço agrário brasileiro, julgue os seguintes itens:
0 ( ) O subaproveitamento da terra para a produção de alimentos é uma característica da questão agrária no Brasil, juntamente com a concentração de terras.
1 ( ) O governo, ao providenciar as culturais para exportação visa obter divisas ou financiar as importações de equipamentos para o desenvolvimento de outras atividades econômicas.
2 ( ) Os estabelecimentos rurais com menos de 100 há são altamente produtivos, sendo responsáveis não só pelas culturas do mercado interno, como também por uma parcela significativa de matérias primas para a indústria.
3 ( ) Os latifúndios por dimensão são propriedade onde a terra é mantida inexplorada, com fins especulativos ou é explorada de forma deficiente e inadequada.
4 ( ) Os pequenos arrendatários e parceiros, em número significativo no país, constituem o grupo das relações de trabalho capitalistas no campo.
	O Distrito Federal
Histórico/Introdução
Os inconfidentes mineiros foram os primeiros a esboçar a idéia da nova capital. O mais culto deles ‑ o Cônego Luís Vieira da Silva ‑ é quem formulou a idéia básica de situação da capital, quando se refere, com surpreendente antevisão, a "afastar a capital das agitações de um porto marítimo a das populações ambulantes, das minerações do ouro, onde parece que a terra evapora tumultos." Tiradentes a outros, um tanto equivocadamente sugeriam a capital em São João Del Rey-MG.
Durante o século XIX tal idéia vai avançando a aprimorando as considerações técnicas quanto a centralidade geográfica e a acessibilidade às bacias hidrográficas. Em quase dois séculos de idéias para interiorizar o poder a construir a nova capital surgiram nomes como: Nova Lisboa (William Pitt, 1805), Paraíso Terreal (Hipólito

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