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ORIENTAÇÕES GERAIS
 A seguir apresentamos um conjunto de arquivos que abordam aspectos teóricos e
metodológicos para o trabalho com os descritores 2, 12 e 17 (Inferir informação em texto
verbal; Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre
textos; Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por conjunções,
advérbios etc.), que se mantêm críticos na série histórica do Spaece 2010 – 2017.
 Começamos por um vídeo com orientações teóricas e metodológicas que vão contribuir
para o trabalho em sala de aula com esses descritores.
 Além disso, apresentamos um Plano de Aula que mostra como as aprendizagens
necessárias para desenvolver as habilidades previstas por esses descritores podem ser
sistematizadas, organizando, assim, suas aulas referentes ao trabalho com esses
descritores.
 Em seguida, desenvolvemos um texto que compreende um aporte teórico-metodológico,
no qual há explicações acerca dos descritores em análise assim como orientações para o
professor sobre como desenvolver atividades que visam a consolidar as habilidades
previstas por esses descritores nas aulas de Língua Portuguesa.
 Por fim, disponibilizamos um caderno de atividades composto por 20 questões com foco
nos descritores trabalhados nesta aula. Esse caderno compõe-se de uma versão
específica para o professor, na qual há orientações e comentários pedagógicos que
explicam cada item a ser trabalhado em sala; e de uma versão específica para o aluno,
elaborada para a sua resolução.
 Enfatizamos que você pode ter acesso a mais atividades que contemplam esses
descritores nos Cadernos de Práticas Pedagógicas. Esses são distribuídos
bimestralmente em PDF, também pelo site da SEDUC-CE, para todas as escolas do
Ceará.
1
PLANO ESTRUTURANTE DE LÍNGUA PORTUGUESA
Revisão - Aula com foco nos descritores:
D2 - Inferir informação em texto verbal;
D12 - Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação
entre textos;
D17 - Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por
conjunções, advérbios etc.
Anos Finais do Ensino Fundamental
Escola: ______________________________________________________________
Ano: ______ Turmas:_________ Turno:___________ 
Data: ______________________
Disciplina: Língua Portuguesa Professor (a): __________________________
Livro didático de apoio ou material de apoio: Boletim do Spaece, sistematização de aula com
foco nos descritores disponível em PDF e atividades do livro didático que contemplem os
descritores.
 AULA COM FOCO NA LEITURA E NA ANÁLISE LINGUÍSTICA 
Objetivos: 
Realizar inferências a partir dos textos lidos.
Reconhecer as diferenças e semelhanças entre textos de gêneros distintos.
Reconhecer as relações lógico-discursivas marcadas por conjunções, advérbios e etc.
Conteúdos: 
Níveis de compreensão leitora e inferências.
Semelhanças e diferenças de ideias e opiniões em textos. 
Relações lógico-discursivas marcadas por conjunções, advérbios e etc.
Avaliação: Escolha uma questão ou item de cada descritor e trabalhe individualmente. Analise as
respostas e tome os resultados como uma avaliação formativa do processo de ensino e de
aprendizagem.
 
Principais gêneros textuais contemplados: sinopse de livro, poema, cartaz, crônica, causo...
Metodologia
1º momento – Compreensão leitora e análise dos textos
05 min. Predição do poema “Minha bicicleta”.
10 min. Leitura coletiva do poema “Minha bicicleta”. 
Trabalhe a interpretação do texto com foco nas inferências. Utilize as questões, propostas no
material Sistematização de aulas com foco nos descritores, contemplando os níveis de
compreensão leitora. Aproveite e exponha para a turma o que é uma inferência e exemplifique a
partir do texto lido. Destaque, ainda, os principais aspectos para realização de uma inferência.
2º momento – Compreensão leitora e análise dos textos
10 min. Leia os textos 1 “Asa Branca” e o texto 2, de Marcos de Amorim Coelho. Em seguida, realize as
questões sobre os textos, propostas no material Sistematização de aulas com foco nos descritores.
2
05 min. Compare os textos 1 e 2, destacando as semelhanças e diferenças entre eles. Após a comparação,
produza um mural com as informações. Exponha para a turma sobre as semelhanças e/ou diferenças de
ideias e opiniões na comparação entre textos. Exemplifique e tire dúvidas!
3º momento – Análise linguística
05 min. Retome com a turma o que são as relações lógico-discursivas marcadas por conjunções,
advérbios... Aproveite para realizar uma exposição sintética exemplificando com questões ou
itens.
10 min. Leia o cartaz criativo e realize o passo a passo para estabelecer relações lógico-
discursivas, proposto no material Sistematização de aulas com foco nos descritores. Em seguida,
proponha um desafio para os alunos identificarem as relações lógico-discursivas a partir da
atividade proposta.
Avaliação: 
05 min. Retomar os principais aspectos das atividades de verificação da aprendizagem: questões
ou itens contemplando os descritores trabalhados no decorrer da aula.
Atividade para casa: 
Questões ou itens contemplando os descritores trabalhados.
Recursos:
Textos, material em PDF sobre os descritores, livro didático que complemente o assunto
trabalhado, pincel, papel A4, quadro...
Essa aula possibilitará revisar os DESCRITORES: D02, D12, D17 
Retomando: O Plano Estruturante configura-se como um conjunto de aulas que contempla os
eixos da língua, com melhor aproveitamento do tempo pedagógico. O ciclo de aulas abrangendo
todos os eixos pode variar de acordo com cada realidade.
Observação: Professor(a), planejamos uma aula de 50 minutos como ponto de partida.
Sugerimos que, a partir dos gêneros trabalhados no plano acima, você possa construir outras
aulas contemplando os eixos: oralidade, leitura, produção textual, análise linguística e semiótica,
construindo, assim, um ciclo de aulas que envolve todos os eixos, mantendo sempre o foco nos
descritores selecionados para o trabalhado pedagógico. Dessa maneira, você estará
oportunizando o trabalho com a língua em consonância com os propósitos de uma aprendizagem
interativa, conforme preconizam as bases do Plano Estruturante de Língua Portuguesa. 
3
SISTEMATIZAÇÃO DE AULA
COM FOCO NOS DESCRITORES
LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO
CEARÁ
2018
4º CICLO DE AULA
OBJETIVO: Retomar os descritores trabalhados na série de vídeos gravados nos ciclos
de aula anteriores.
D2 - Inferir informação em texto verbal.
D12 - Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre
textos.
D17 - Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por conjunções,
advérbios etc.
APRESENTAÇÃO
Nesta aula, abordamos os descritores 2, 12 e 17 da Matriz de Referência do
Spaece – 9º ano de Língua Portuguesa. O D2 está inserido no tópico 1 da matriz - quanto
à informação do texto verbal e/ou não verbal; o D12 está inserido no tópico dois da matriz
- quanto às relações entre textos; o D17 está inserido no tópico quatro da matriz – quanto
às relações de coesão e coerência.
Vamos iniciar relembrando... O que seria um descritor?
O descritor é o detalhamento de uma habilidade cognitiva, que está sempre
associada a um conteúdo que o estudante deve dominar na etapa de ensino em análise.
Esses descritores são expressos da forma mais detalhada possível, permitindo-se a
mensuração por meio de aspectos que podem ser observados.
Os descritores mostram as habilidades que são esperadas dos alunos em
diferentes etapas de escolarização e passíveisde serem aferidas em testes padronizados
de desempenho. No nosso caso, são as habilidades que são esperadas dos alunos ao
final do 9º ano, mas que devem ser trabalhadas em sala de aula no decorrer do ensino
fundamental. Essas habilidades são avaliadas no Spaece e no Saeb por meio de itens.
D2 - Inferir informação em texto verbal
O D2 está relacionado aos procedimentos de leitura, requer o trabalho com
habilidades linguísticas necessárias para realização da leitura e processamento de textos
de gêneros variados. O leitor competente domina as habilidades inerentes à inferência,
conseguindo ir além do nível literal, é um leitor crítico, capaz de formular hipóteses e
diferenciar as mais diversas informações. 
A habilidade de inferir está relacionada à capacidade de o aluno ir além das
informações claramente apresentadas no texto e, a partir delas, pode deduzir,
compreender características e comportamentos de um determinado personagem ou de
uma situação. As informações implícitas no texto são aquelas que não estão presentes
claramente na base textual, mas podem ser construídas pelo leitor por meio da realização
de inferências que as marcas do texto permitem. 
A compreensão de um texto pode ocorrer nos níveis literal, interpretativo e crítico.
Ao inferir informações em um texto verbal, o leitor está operando no nível interpretativo,
construindo sentidos de acordo com o que o texto sugere ou dá a entender, pois a
informação não está manifestadamente declarada. 
Trata-se de uma informação que conseguimos captar, mas nem sempre está
visivelmente apresentada, depende da nossa percepção, precisamos ir além da
materialidade do texto e considerar as informações de maneira contextualizada. 
Vejamos um exemplo.
Leia este poema: 
Minha bicicleta
 
Com minha bici, 
eu roubo a lua 
pra enfeitar 
a minha rua. 
Com minha bici 
dou nó no vento 
e até fantasma 
eu espavento.
Com minha bici
jogo o anzol
no horizonte 
e pesco o sol.
Com minha bici
caiu e não dói
eu sou um herói.
Com minha bici
eu vou a fundo
pelas estradas 
do fim do mundo.
Com minha bici...
CAPARELLI, Sergio.Tigres no quintal. Porto Alegre, Kuarup,1990.
Vejamos algumas questões inerentes ao texto. Após cada uma, apresentamos a
sugestão de resposta.
Compreensão literal
1. O que o eu lírico é capaz de fazer com sua bicicleta?
Roubar a lua, dar no vento, jogar o anzol...
2. Em que lugar o eu lírico joga o anzol?
No horizonte.
3. De acordo com o texto, o que é utilizado para enfeitar a rua?
A lua.
Compreensão interpretativa
4. O que representa o uso de reticências no final do poema?
Que as ideias estão inacabadas, de maneira que, de acordo com a imaginação de
cada leitor, será possível fazer inúmeras outras coisas “com minha bici”.
5. No poema, o que aparece como um elemento mágico? 
A bicicleta.
6. No poema, a repetição do verso “Com minha bici” reforça que sensação? 
A sensação de que a bicicleta é um objeto mágico para o eu lírico.
Compreensão crítica
7. Em sua opinião, o que o eu lírico utiliza para tornar mágico um objeto do cotidiano?
A imaginação... A fuga do real... A criatividade....
8. Quais aventuras você já vivenciou com sua bici?
Descer escadas... Descer grandes ladeiras... 
9. Que outros objetos permitem vivenciarmos aventuras?
Skate... Patins... Celular... Video game...
Sobre a compreensão interpretativa, é importante mencionar que, ao ler,
complementamos informações fornecidas pelos textos com outras informações de que
dispomos ou que inferimos a partir do que foi dito pelo próprio texto. Nem sempre os
textos trazem explícitos todos os elementos que participam da construção do sentido. O
que não é dito também faz parte da construção de sentidos.
Inferência é um procedimento de leitura, é um tipo de implícito. Ao inferir, estamos
“enxergando nas entrelinhas”. Além do implícito, temos os pressupostos e os
subentendidos. Podemos diferenciar implícito de explícito: implícito – não está
manifestado claramente no texto; explícito – está claramente expresso no texto.
Implícito, subentendido é um conteúdo que está relacionado às capacidades do
leitor, seus conhecimentos prévios, de mundo, percebendo as críticas inseridas nos
textos. A incapacidade de compreender os implícitos deixa a compreensão do leitor
restrita ao nível literal. De maneira clara, Inferir significa realizar um raciocínio com base
em informações já conhecidas a fim de se chegar a informações novas, que não estejam
explicitamente marcadas no texto.
 
D12 - Identificar semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação
entre textos
O D12 está relacionado ao desenvolvimento de competências que possibilitem atitudes
críticas e reflexivas ao reconhecer as diferentes ideias apresentadas sobre o mesmo tema
em um único texto ou em textos diferentes, assim como tratar uma informação de
diferentes maneiras na comparação de textos de um mesmo tema.
As atividades que envolvem a relação entre textos são essenciais para que o
aluno construa a habilidade de analisar o modo de tratamento do tema dado pelo autor e
as condições de produção, recepção e circulação dos textos. Essas atividades podem
envolver a comparação de textos de diversos gêneros, como os produzidos pelos alunos,
os textos extraídos da Internet, de jornais, revistas, livros e textos publicitários, entre
outros. Comparar é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as
situações do texto.
Análise 
O aluno deve ler os dois textos, indicando o conteúdo global. Depois, comparar as
sínteses e identificar semelhanças e diferenças. Ao final da atividade, deve construir um
mural, apontando a função social de cada gênero trabalhado na aula.
Orientações 
Exponha diferentes textos (de um mesmo gênero ou não) relacionados a um
único tema e com diferentes ideias. Discuta que, embora tratem do mesmo assunto, eles
podem expressar sentidos diferentes em função da intenção do autor.
Leia os textos e responda a questão:
Texto I 
Asa Branca
Quando oiei a terrra ardendo
Quá fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai,
Pur que tamanha judiação
Qui braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Pru farta da água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortá pro meu sertão
Quando os verde dos teus óio
Se espáia na prantação
Eu te asseguro, num chore não, viu?
Que eu vortarei, viu, meu coração.
Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
1. Os textos apresentam
a) Uma política favorecendo os fazendeiros.
b) A seca na região do Nordeste.
c) O combate aos efeitos da seca.
d) A tristeza do sertanejo
Comparando os textos 1 e 2:
Os dois textos apresentam como semelhança o tema – a seca na região Nordeste.
Podemos dizer que em ambos há o desenrolar desse tema.
Em relação à diferença, o primeiro é uma Canção e descreve a seca sob o olhar, o
ponto de vista do sertanejo; o outro é um Artigo de Opinião, um texto dissertativo-
argumentativo que faz uma reflexão crítica sobre as políticas adotadas para se enfrentar a
seca.
Agora, vamos comparar os dois textos e iniciar a construção de um mural:
Função social Gênero
Serve para refletir sobre o homem em sua
vida cotidiana, integrar e traduzir toda sorte de
experiências, ao mesmo tempo em que lida
com emoções e possibilita um espaço de
expressão subjetiva.
CANÇÃO
Serve para refletir acerca dos fatos cotidianos. ARTIGO DE OPINIÃO
Ao final, o aluno deverá fixar o texto no local correto do mural, iniciado na atividade
anterior.
A relação entre os textostambém pode ser percebida por meio da
intertextualidade, que pode ser entendida como um princípio inerente à comunicação
Texto II
[...] As secas que ocorrem no Sertão do Nordeste são conhecidas desde o século XVI. O governo
Federal, desde a grande seca de 1877-1879, vem adotando uma política de combate aos efeitos
da seca através, principalmente, de açudes e da distribuição de verbas aos prefeitos das áreas
atingidas pelas secas. Essa política, no entanto, tem servido muito mais para beneficiar os grandes
fazendeiros e os políticos locais do que para resolver os graves problemas que afligem os
sertanejos pobres: a destruição das lavouras, a fome, o êxodo rural, etc.[...]
Marcos de Amorim Coelho
humana. Todo texto é construído como resposta às exigências sociais que se impõem
para que haja interação, assim como são recorrentes, ou seja, baseiam-se em outros
gêneros já existentes.
Considerando a intertextualidade como um elemento de textualidade, ou seja, um
fenômeno que faz com que uma sequência discursiva seja um texto, é possível identificar
semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre textos distintos.
Analise os dois textos apresentados anteriormente e destaque aspectos da
intertextualidade.
D17 - Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por
conjunções, advérbios etc
O D17 está relacionado às ligações entre as partes do texto em função da
construção de sentidos, abordando os aspectos textuais em nível micro (coesão) e,
também, em nível macrotextual (coerência). Assim, é preciso entender como os recursos
gramaticais estabelecem, por exemplo, as relações de continuidade, de retomada, de
supressão, dêiticas etc em um texto.
Coesão e coerência são elementos constitutivos da textualidade, ou seja,
constroem a articulação entre as diversas partes de um texto para produzir sentidos a
partir da relação texto, leitor e contexto. 
A coerência, enquanto possibilidade de produção de sentidos, refere-se à lógica
entre as ideias expostas no texto. As ideias precisam estar relacionadas e vincular-se ao
todo textual, a partir do estabelecimento de sequências e progressões. A compreensão e
a atribuição de sentidos relativos a um texto dependem da adequada interpretação de
seus componentes ou da coerência pela qual o texto é marcado.
A coesão trata-se da organização entre os elementos que articulam as ideias de
um texto. As ideias são bem relacionadas por meio de conectivos adequados, ou seja,
vocábulos que têm a finalidade de ligar palavras, locuções, orações e períodos. Dessa
forma, os pronomes, as conjunções e as preposições interligam o texto, promovendo o
sentido entre as ideias. Diante disso, texto pode ser entendido como uma materialidade
linguística, constituída por um conjunto harmonioso em que há laços, interligações,
relações entre suas partes etc. Para além disso, podemos dizer que o texto é uma
unidade de sentido, um contínuo comunicativo contextual que se caracteriza por um
conjunto de relações responsáveis pela constituição de um todo significativo (FÁVERO;
KOCH, 1994, p. 25).
O desenvolvimento dessa habilidade (D17) refere-se ao papel que as diferentes
palavras exercem na língua. Trata-se de relação de coesão, delineando a ligação entre
partes do texto, visando à manutenção do sentido (coerência). Vale salientar que, de
acordo com o descritor em questão, as conexões são estabelecidas por palavras que
substituem outras, como, por exemplo, os advérbios e as conjunções. 
O foco recai sobre conjunções e advérbios, categorias morfológicas invariáveis,
que realizam papéis importantes no processo de construção textual, promovendo as
relações de coesão e de coerência e dando ao texto articulação (caso das conjunções) e
precisão (caso dos advérbios). 
É importante ter clareza também de que certos advérbios podem funcionar como
conectores (são, pois, articuladores) e que há conjunções (subordinativas adverbiais) que
introduzem orações que funcionam como advérbios. Por isso, são elementos que
contribuem para o estabelecimento de uma maior precisão. Além disso, as unidades
pertencentes a essas duas categorias linguísticas são portadoras de carga semântica
bem definida, o que muito influi na montagem do sentido dos textos.
Diante disso, não basta o estudante, por exemplo, apenas reconhecer o advérbio
de tempo, de modo ou de lugar, por exemplo, mas ele precisa entender como cada
advérbio une um parágrafo a outro, por exemplo, ou que relação de sentido se estabelece
entre uma ideia e outra dentro do parágrafo. Não basta apenas trabalhar o conteúdo
linguístico, é preciso também deter-se ao processamento textual (BRASIL, 2009).
Podemos trabalhar um texto e solicitar ao aluno a percepção e a identificação de
uma determinada relação lógico-discursiva, enfatizada, muitas vezes, pelas expressões
de tempo, de lugar, de comparação, de oposição, de causalidade, de anterioridade, de
posteridade, entre outros e, quando necessário, a identificação dos elementos que
explicam essa relação. Assim, é necessário trabalhar atividades que possibilitem o
reconhecimento das relações de coerência no texto em busca de uma concatenação
perfeita entre as partes do texto, as quais são marcadas por conjunções, advérbios, etc.,
formando uma unidade de sentido. 
Vejamos uma atividade de reconhecimento das relações lógico-discursivas.
Disponível em: http://www.labcriativo.com.br/cartazes-criativos-com-tipicas-frases-de-maes/. Acesso em:
09/02/2018.
O gênero textual é um cartaz. Veja mais atividades e orientações teóricas e
metodológicas no módulo cartaz do Caderno de Práticas Pedagógicas - 1º bimestre. 
A partir da informação que o cartaz traz, podemos questionar:
 Quem nunca ouviu essa frase?
Mesmo que achemos que ela “não tem nada a ver”, cedo ou tarde perceberemos
que essa frase significa que alguém se importa muito conosco. Desse modo, podemos
dizer que o locutor dessa frase é comumente associado às mães, pois é um discurso
culturalmente repetido por elas. 
Reconhecendo esse discurso culturalmente difundido em nossa sociedade, somos
capazes de responder a questão que segue:
1. O termo “mas” que introduz a oração “mas você não é todo mundo” imprime uma ideia
de
a) adição
b) dúvida
c) conclusão
d) oposição
Nessa questão, o termo “mas” corresponde a um advérbio de adversidade, de oposição,
pois contraria um discurso culturalmente construído em nossa sociedade. ITEM D.
Como vimos, as habilidades que podem ser avaliadas por este descritor
relacionam-se ao reconhecimento das relações de coerência no texto em busca de uma
concatenação perfeita entre as partes do texto, as quais são marcadas pelas conjunções,
advérbios, etc., formando uma unidade de sentido.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto a partir do qual é solicitada ao
aluno a percepção de uma determinada relação lógico-discursiva, enfatizada, muitas
vezes, pelas expressões de tempo, de lugar, de comparação, de oposição, de
causalidade, de anterioridade, de posteridade, entre outros e, quando necessário, a
identificação dos elementos que explicam essa relação (BRASIL, 2010).
REFERÊNCIAS
BRASIL . Ministério da Educação. Matriz de Referência de Língua 
Portuguesa – 8ª série (9º ano) - Documento com comentários dos tópicos e itens. MEC. Brasília, DF, 2009.
______. Ministério da Educação. Matriz de Referência de Língua Portuguesa – 4ª série (5º ano) -
Documento com comentários dos tópicos e itens. MEC. Brasília, DF, 2010.
CEARÁ. Secretaria de Educação do Ceará - SEDUC. Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de
Educação, CAEd. Boletim Pedagógico - Língua Portuguesa - 9º ano do Ensino Fundamental e EJA - 2º
segmento.V. 1 ( jan./dez. 2014), Juiz de Fora, 2015 – Anual.
_______________. Secretaria de Educação do Ceará - SEDUC. Universidade Federal de Juiz de Fora,
Faculdade de Educação, CAEd. Boletim Pedagógico - Língua Portuguesa - 9º ano do Ensino Fundamental
e EJA - 2º segmento. V. 1 ( jan./dez. 2014), Juiz de Fora, 2014 – Anual.
FAVERO, L. L.; KOCH, I. G. V. Linguística Textual: uma introdução. 3 o ed. São Paulo; Cortez, 2009.
Sites consultados:
http://www.lerecompreendertextos.com.br/2013/08/comparacao-entre-textos.html
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=27199
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/saep/portugues/saep_port_9ef/internas/d15.html#gab
arito
http://www.amimais.org.br/animais_perdidos.asp
http://www.contosfanta icos.com.brst
https://www.escritas.org/pt/t/1687/procura-se-um-amigo
http://www.rolandoboldrin.com.br/causos_aberto.asp?id=36&id_cat=1
http://vestibular.mundoeducacao.bol.uol.com.br/enem/intertextualidade-no-enem.htm
http://www.labcriativo.com.br/cartazes-criativos-com-tipicas-frases-de-maes
http://www.lerecompreendertextos.com.br/2013/08/comparacao-entre-textos.html
https://demonstre.com/5-atividades-para-entender-relacoes-logico-discursivas
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=12204
http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno4Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.
pdf
http://www.paic.seduc.ce.gov.br/index.php/component/content/article/54-spaece2017/923-2018-04-09-
18-53-14
AULA 4: REVISÃO
D02 – Habilidade: Inferir uma informação em texto verbal.
(SADEAM). Leia o texto abaixo.
LOBATO, Monteiro. O reformador do mundo. In: Obra Infantil Completa. São Paulo: Brasiliense, s.d.
01. Quando falou sobre a reforma da natureza, Américo estava
(A) num pomar.
(B) num rio.
(C) numa floresta.
(D) numa praça.
Leia o texto a seguir.
SEIESZKA, Jon. O patinho realmente feio e outras histórias malucas. São Paulo: Companhia das letrinhas, 1997.
02. O que deu origem aos fatos narrados nesse texto foi
(A) o beijo da princesa.
(B) o feitiço da feiticeira.
(C) o nojo da princesa.
(D) o pedido do sapo.
O REFORMADOR DO MUNDO
Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de pôr defeito em todas as coisas. O mundo para ele estava errado e 
a natureza só fazia asneiras.
– Asneiras, Américo?
– Pois então?!... Aqui mesmo, neste pomar, você tem a prova disso. Ali está uma jabuticabeira enorme 
sustendo frutas pequeninas, e lá adiante vejo colossal abóbora presa ao caule duma planta rasteira. Não era 
lógico que fosse justamente o contrário? Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por mim, eu trocaria as 
bolas, passando as jabuticabas para a aboboreira e as abóboras para a jabuticabeira. Não tenho razão?
O príncipe sapo
Uma feiticeira muito má transformou um belo príncipe num sapo, só o beijo de uma princesa 
desmancharia o feitiço.
Um dia, uma linda princesa chegou perto da lagoa em que o príncipe morava. Cheio de esperança de 
ficar livre do feitiço, ele lhe pediu um beijo. Como ela era muito boa, venceu o nojo e, sem saber de nada, 
atendeu ao pedido do sapo: deu-lhe um beijo. 
Imediatamente o sapo voltou a ser príncipe, casou-se com a princesa e foram felizes para sempre.
(SPAECE – 2011) Leia o texto abaixo
LISBOA, Henriqueta. Melhores poemas de Henriqueta Lisboa. Seleção de Fábio Lucas. São Paulo, Global, 2001. P.
162.
03. Nesse texto, o amor é tratado como um
(A) controle do sentimento alheio.
(B) desespero para quem o perde.
(C) peso quando se guarda para si.
(D) sentimento despertado no doador.
(SIMAVE) Leia o texto abaixo. 
Ziraldo. As últimas anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Melhoramentos, 2005, p. 39.
04. O homenzinho verde que estava dirigindo o foguete era um
(A) anão de jardim de roupa verde.
(B) astronauta em treinamento.
(C) ladrão roubando o foguete.
(D) marciano voltando para casa.
Leia o texto e depois responda o que se pede logo mais a seguir.
Pensamor
Como pesa pensamor
Moeda de ouro em minha palma
Sem que perceba o doador
Como é leve pensamor
ao peito que se abre em palma
para a seta que acertou.
E aí tem a do foguete espacial. O eletricista foi consertar o foguete. Demorou a achar o defeito. Quando 
terminou e ia sair, estava tudo fechado. Ele tentou se comunicar com a torre de comando, mas foi jogado ao chão 
com o impacto do foguete começando a subir. Correu para a cabine e viu um homenzinho verde dirigindo o 
foguete.
— Para onde estamos indo?
E o homenzinho: 
— Você eu não sei. Eu estou voltando pra casa.
(Esopo. In: O livro das virtudes – O compasso moral, 1996.)
05. O provérbio que pode ser associado ao texto é
(A) “Nem tudo que reluz é ouro.”
(B) “Água mole, em pedra dura, tanto bate até que fura.”
(C) “Quem tudo quer tudo perde.”
(D) “Em terra de cego, quem tem um olho é rei.” 
O AVARENTO
 
 Um avarento possuía uma barra de ouro, que mantinha enterrada no chão. Todos os dias ia lá dar uma 
olhada. 
Um dia, descobriu que a barra fora roubada, e começou a se descabelar e a se lamentar aos brados.
Um vizinho, ao vê-lo naquele estado, disse:
- Mas para que tanta tristeza? Enterre uma pedra no mesmo lugar e finja que é de ouro. Vai dar na 
mesma, pois quando o ouro estava aí você não o usava pra nada! 
Questões (D12)
 Habilidade –Reconhecer semelhanças e diferenças e/ou diferenças de ideias e opiniões na
comparação entre textos que tratem da mesma temática.
Leia os textos abaixo.
06. Esses dois textos apresentam ideias
(A) divergentes
(B) opostas
(C) semelhantes
(D) complementares
Leia os textos para responder a questão abaixo:
Texto 1
Sei lá… a vida tem sempre razão
Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída.
Como é, por exemplo, que dá pra entender:
A gente mal nasce, começa a morrer.
Depois da chegada vem sempre a partida,
Porque não há nada sem separação.
Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.
Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão.
De nada adianta ficar-se de fora.
A hora do sim é o descuido do não.
Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão.
Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão.
http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-
br/musica/cancoes/sei-la-vida-tem-sempre-razao
Texto 2
Canção do dia de sempre
Tão bom viver dia a dia…
A vida assim, jamais cansa…
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu…
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência … esperança…
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas…
https://portugues.uol.com.br/literatura/mario-
quintana.html
Vocabulário
“in” [inglês] – na moda
brioso – orgulhoso, vaidoso
onipresente – que está presente em todos os lugares.
07. Os textos divergem sobre o mesmo tema: a influência da televisão. A afirmação do texto 1 que
contradiz o texto 2 é
(A) “Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a baixaria, desancar o onipresente
eletrodoméstico.”
(B) “Feita à nossa imagem e semelhança, ela [a TV] é resultado do que somos […].”
(C) “E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é
especialista no assunto.”
(D) “Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres […].”
Leia os textos para responder a questão a seguir:
Texto 1
O ESPELHO
Marcello Migliaccio
Falar mal da TV virou moda. É “in” repudiar a 
baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico. E, num 
país em que os domicílios sem televisão são cada vez 
mais raros, o que não falta é especialista no assunto. Se 
um dia fomos uma pátria de 100 milhões de técnicos de 
futebol, hoje, mais do que nunca, temos um considerável 
rebanho de briosos críticos televisivos.[…]
Mas, quando os “especialistas” criticam a TV, 
estão olhando para o próprio umbigo. Feita à nossa 
imagem e semelhança, ela é resultado do que somos 
enquanto rebanho globalizado. […]
Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam 
pensamentos mais nobres e que não se sentem 
representados no vídeo.[…]
Folha de S. Paulo, 19/10/2003.
Texto 2
A influência negativa da televisão para as crianças
Jussara de Barros
Bem diziam os Titãs, grupo de rock nacional, 
quando cantavam que “a televisão me deixou burro 
demais”. A verdade é que, ao pé da letra dessa 
música, a televisão coloca-nos dentro de jaulas, 
como animais. Assim, paralisa o desenvolvimento 
de pensamentos críticos e avaliativos que se 
desenvolvem em outras formas de diversão, além 
de influenciar crianças e adolescentes com cenas 
de violência, maldade, psicopatia e sexo explícito a 
todo o momento e sem qualquer responsabilidade.
Fonte: 
http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao
08. Nos textos acima podemos dizer que
(A) há narração em 1ª pessoa no texto I e narração em 3ª pessoa no texto II.
(B) há narração em 3ª pessoa no texto I e há narração em 1ª pessoa no texto II.
(C) ambos são narrados em 1ª pessoa.
(D) ambos são narrados em 3ª pessoa.
(SAERO). Leia os textos a seguir e responda.
Texto I
Viagem ao centro da Terra
Não consigo descrever meu desespero. 
Nenhuma palavra em língua de gente daria conta de 
meus sentimentos. Eu estava enterrado vivo, com a 
perspectiva de morrer torturado pela fome e pela sede.
Minha primeira reação foi passar as mãos 
ansiosas pelo chão. Como aquela rocha me pareceu 
ressecada!
Mas como eu abandonara o curso do córrego? 
Sim, porque, afinal de contas, ele não estava mais lá! 
Compreendi então por que eu estranhara tanto o silêncio 
na última vez em que procurei escutar algum chamado 
de meus companheiros. Ao tentar apenas ouvir vozes, no 
momento em que dei o primeiro passo no caminho 
errado, não notei a ausência do córrego. É evidente que, 
naquele momento, devo ter entrado numa bifurcação, 
enquanto o Hansbach, obedecendo às exigências de 
outra rampa, partia com meus companheiros em rumo às 
profundezas desconhecidas!
Como voltar? Pistas não havia. Meu pé não 
deixava nenhuma marca naquele granito. Eu quebrava a 
cabeça tentando achar solução para um problema 
insolúvel. Minha situação podia ser resumida numa 
única palavra: perdido!
VERNE, Júlio.Viagem ao centro da Terra. 
Tradução de Cid Knipel Moreira, São Paulo: Ática, 1993.
Texto II
(…)
Encontraram muitas coisas 
maravilhosas, mas nada que fosse espantoso. 
Descobriram que a ilha tinha cerca de cinco 
quilômetros de comprimento por meio 
quilômetro de largura e que a praia mais 
próxima estava separada por um canal estreito 
de no máximo uns duzentos metros de largura. 
Ficaram nadando durante quase uma hora e só 
voltaram
Para o acampamento lá pelo meio da 
tarde. Estavam com fome demais para ir pescar, 
mas comeram presunto à vontade e depois se 
deitaram à sombra para conversar. Mas a 
conversa foi morrendo pouco a pouco.
Twain, Mark. As aventuras de Tom Sawyer. 
Tradução de Duda Machado, São Paulo: Ática, 
1995.
09. Esses dois textos falam sobre
(A) a repercussão do idioma entre os fãs.
(B) a criação de novos idiomas para filmes.
(C) o número de palavras criadas para os filmes.
(D) o uso do mesmo dialeto em filmes de ficção.
Leia os textos para responder a questão abaixo:
Texto 1
A língua de Avatar
[…] Em Avatar, o artifício mais engenhoso 
fica por conta do idioma concebido pelo linguista 
Paul Frommer para o planeta Pandora, palco dos 
conflitos entre humanos e os seres da raça Na’vi.
Em 2005, Cameron entregou a Frommer, 
então chefe do departamento de Linguística da 
University of Southern California, um roteiro que 
continha, entre outras coisas, 30 termos do que viria 
a ser a língua fictícia – em sua maioria nomes de 
personagens e animais – cuja sonoridade 
assemelhava-se à das línguas polinésias. A partir 
disso, o linguista criou um vocabulário alienígena 
composto por mil palavras, com estruturas sintáticas 
e morfológicas emprestadas de diversas línguas, 
com preferência pelas mais exóticas, como o persa e 
algumas africanas.
https://edgardm.wordpress.com/2010/03/18/a 
lingua-de-avatar/
Texto 2
Klingon
Já a língua Klingon, da clássica 
franquia, Jornada nas estrelas, ganhou até 
dicionário, com 2 mil verbetes e 800 mil 
exemplares vendidos. O idioma surgiu em 1984 
em Jornada nas Estrelas III: à procura de 
Spock. Mais tarde, o linguista Marc Okrand foi 
contratado para o seriado Nova Geração com a 
missão de elaborar uma estrutura sintática e 
lexical para a língua.
Para se ter uma ideia da repercussão do 
Klingon entre os fãs da série, foi criado um 
instituto com base no trabalho de Okrand – o 
Klingon Language Institute (www.kli.org) –, que 
conta com 600 membros, diálogos em linguagem 
extraterrestre e até traduções de clássicos da 
literatura.
Língua Portuguesa, mar. 2010. p. 16-17. Fragmento. 
Fonte: http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo346.shtml
Texto 2
10. Comparando os dois textos, pode-se dizer que tratam do mesmo tema, porém
(A) o texto 1 informa sobre o problema da anorexia e o 2, de forma humorística, faz uma crítica
à magreza das modelos.
(B) o texto 1 critica as modelos por seguirem a civilização da imagem e o 2 defende a
perspectiva da civilização da imagem.
(C) o texto 1 defende as modelos que sofrem de anorexia e o texto 2 indica os problemas mais
comuns das modelos.
(D) o texto 1 explica os problemas decorrentes da anorexia e o texto 2 elogia a magreza extrema
das modelos.
Texto 1
A moda e a publicidade
Ana Sánchez de la Nieta
[…]
Se antes os ídolos da juventude eram os desportistas e os atores de cinema, agora são as modelos. […]. 
Se, no passado, as mulheres queriam presidir Bancos, dirigir empresas ou pilotar aviões, hoje muitas só sonham 
em desfilar pela passarela e ser capa da "Vogue". 
A vida de modelo apresenta-se para muitas adolescentes como o cúmulo da felicidade: beleza, fama, 
êxito e dinheiro. […]
[…] Os aspectos relacionados com o físico são engrandecidos. Esta é uma constante da chamada 
civilização da imagem, imperante na atualidade.[...] O tipo de atração que hoje impera é o de uma magreza 
extrema. Esta é a causa principal de uma enfermidade que ganha cada vez mais importância na adolescência: a 
anorexia, uma perturbação psíquica que leva a uma distorção, a uma falsa percepção de si mesmo. Na maioria 
dos casos, esta enfermidade costuma começar com o desejo de emagrecer. Se alguém se julga gordo sente-se 
rejeitado por esta razão. Pouco a pouco deixa de ingerir alimentos e perde peso. No entanto, a pessoa continua a 
considerar-se gorda, persiste a insegurança e começa a sentir-se incapaz de comer. Esta enfermidade leva a 
desequilíbrios psíquicos que podem acompanhar a pessoa para o resto da sua vida e em não raras ocasiões 
provoca a morte.
(SAERS). Leia os textos abaixo.
Horas a mais, horas a menos
Está em tramitação no Senado, o projeto de Emenda Constitucional que propõe a redução da
jornada de trabalho das atuais 44 horas para 40 horas semanais.
11. Em relação à redução da jornada de trabalho, os dois textos apresentam opiniões
(A) contrárias.
(B) favoráveis.
(C) semelhantes.
(D) complementares.
(SAERJ). Leia os textos abaixo.
Texto 1
A Central Única de Trabalhadores e a Força 
Sindical estimam a geração de 3 milhões de postos 
de trabalho a partir da alteração da legislação. Para o 
professor de Sociologia da Unicamp, Ricardo 
Antunes, o projeto ampliaria as oportunidades de 
quem ainda não conseguiu emprego formal.
Texto 2
O professor José Pastori disse ao portal 
GI que “a redução da jornada de trabalho pode 
acelerar a automatização das linhas de produção e 
provocardemissões”.
Revista Semana. Ano 2, n. 24. 26 de junho de 
2008. p. 34. Adaptado.
Texto 1 
O chulé das pessoas nervosas é mais fedido
Todo mundo tem chulé?
Tem. Uns, lamentavelmente, mais do que 
outros. Indivíduos tensos, ansiosos e obesos suam mais 
e os pés cheiram pior. Diferenças raciais também 
interferem no chulé. Segundo o professor Luiz Cucê, 
dermatologista da Universidade de São Paulo, os povos 
mediterrâneos suam mais os pés. 
O chulé é causado por bactérias que 
decompõem o suor e resto de peles dos pés.. “Os 
micróbios só sobrevivem em ambientes ácidos”, diz 
Cucê. Para tirar o cheiro, basta neutralizar a acidez, 
usando uma substância alcalina, como o talco ou 
bicarbonato de sódio.
Outra solução é passar álcool, que mata 
bactérias e seca o suor. No verão, convém usar sapatos 
que deixem o ar circular. Se você adora o seu coturno, 
evite tirá-lo em público.
Superinteressante. São Paulo: Abril, ano 12, n. 1, jan.1998. 
p. 74-5.
Texto 2
Sai do meu pé, chulé!
Como evitar
• Enxugue muito bem os pés depois de lavá-
los.
• Não use o mesmo par de tênis durante 
vários dias seguidos.
• Depois de tirar os sapatos, nada de guardá-
los direto no armário.
• Coloque-os em um lugar arejado.
• No calor, prefira os calçados abertos. Deixe 
os pés respirarem!
• Use talcos para os pés. A casa Granato 
fabrica um ótimo desde os tempos da sua 
avó.
• Lave os pés uma vez por dia, ao menos!
Revista Veja Kid. São Paulo: Abril Jovem, ano
1, n.0, p. 74-5.
12. Comparando-se esses textos, observa-se que os dois
(A) explicam, cientificamente, a causa do chulé.
(B) fornecem dicas valiosas para evitar o chulé.
(C) são voltados exclusivamente ao público juvenil.
(D) utilizam palavras próprias de linguagem científica.
(SAERJ). Leia os textos abaixo.
13. Esses textos falam sobre
(A) preservação das borboletas.
(B) predação das borboletas.
(C) características das borboletas.
(D) alimentação das borboletas.
Texto 1
As Borboletas
Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam na luz
As belas borboletas
Borboletas brancas
São alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então…
Oh, que escuridão!
MORAES, Vinícius de. A arca de Noé. Companhia das 
Letrinhas, 1991.
Texto 2
Borboletas
As borboletas são insetos com dois 
pares de asas. Vive melhor em regiões tropicais 
pelo clima quente e alimento abundante.
Existem aproximadamente 200 mil 
espécies de borboletas, mas somente 120 mil 
estão registradas.
As borboletas se alimentam de vegetais 
e néctar. Pesam cerca de 0,3 gramas sendo que a 
maior pode pesar 3 gramas.
Chegam a ter 32 centímetros de asa a 
asa. As borboletas vivem em média duas 
semanas.
(http://www.brasilescola.com/animais/borboleta.htm
)
Questões (D17)
 Habilidade – Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por conjunções,
advérbios, etc.
Leia o texto e responda.
(Correio Braziliense, 10/02/2003, Gabarito. p. 2.)
14. Em “A comunidade poderia interagir e participar de atividades interessantes.” (ℓ. 5-6), a palavra
destacada indica:
(A) alternância.
(B) explicação.
(C) oposição.
(D) adição.
Leia o texto e responda.
(CARRIÈRE, Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos filosóficos do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.)
15. O uso do vocábulo “então”, que abre a fala final de Nasreddin, serve para que apresente ao seu
pai
(A) a conclusão que tirou da resposta.
(B) a hora de encerrarem aquela conversa.
(C) a justificativa para acordar mais tarde.
(D) a hipótese de que o pai estava com a razão.
Acho uma boa ideia abrir as escolas no fim de semana, mas os alunos devem ser supervisionados por 
alguém responsável pelos jogos ou qualquer opção de lazer que se ofereça no dia. A comunidade poderia 
interagir e participar de atividades interessantes. Poderiam ser feitas gincanas, festas e até churrascos dentro da 
escola.
(Juliana Araújo e Souza)
É preciso se levantar cedo?
A partir do momento em que a lógica popular desenrola diante de nós sua sequência de surpresas, é 
inevitável que vejamos surgir a figura do grande contador de histórias turco, Nasreddin Hodja. Ele é o mestre 
nessa matéria. Aos seus olhos a vida é um despropósito coerente, ao qual é fundamental que nós nos 
acomodemos.
Deste modo, quando era jovem ainda, seu pai um dia lhe disse:
– Você devia se levantar cedo, meu filho.
– E por quê, pai?
– Porque é um hábito muito bom. Um dia eu me levantei ao amanhecer e encontrei um saco de ouro no 
meu caminho.
– Alguém o tinha perdido na véspera, à noite?
– Não, não – disse o pai. – Ele não estava lá na noite anterior. Senão eu teria percebido ao voltar para 
casa.
– Então – disse Nasreddin –, o homem que perdeu o ouro tinha se levantando ainda mais cedo. Você 
está vendo que esse negócio de levantar cedo não é bom para todo mundo.
Leia o texto e responda.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei. Rio de Janeiro: Record, 1997.
16. No trecho “Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças” (2° parágrafo), o termo em
destaque refere-se ao seguinte termo do 1° parágrafo
(A) cravina (linha 3).
(B) gerânio (linha 4).
(C) girassol (linha 4).
(D) homem bonito (linha 5).
(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.
Época, 17/02/03. p. 451. 
17. Na frase “… disse que se o câmbio continuasse…”, a palavra em destaque estabelece uma
relação de
(A) tempo.
(B) consequência.
(C) causa.
(D) condição.
 
(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.
Maneira de amar
O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas 
a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não 
fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para 
não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. 
Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida. 
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, 
aparentemente não fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho. 
Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o 
girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do 
homem. “Você o tratava mal, agora está arrependido?” “Não, respondeu, estou triste porque agora não posso 
tratá-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso, e gostava”.
A ideia surgiu quando um amigo, Ken Marshall, dono de uma importadora de vinhos, disse que, se o 
câmbio continuasse disparando, voltaria para o antigo negócio de exportação de móveis artesanais brasileiros…
ROSA, Guimarães. Grande Sertão Veredas. Apud Estudos de Língua e Literatura. São Paulo: Moderna, 5 ed.
1998, p. 201.
18. O trecho que exprime uma circunstância de tempo é
(A) “Desde aquele dia é que somos amigos.”. (ℓ. 8)
(B) “Assim eu ouvi, era tão singular.”. (ℓ. 13)
(C) “Daquela mão, eu recebia certezas.”. (ℓ. 14-15)
(D) “Adivinhei o que nós dois queríamos”. (ℓ. 16)
Leia o texto.
“Amizade dada é amor”
– “Riobaldo, pois tem um particular que eu careço de contar a você, e que esconder mais não posso… 
Escuta: eu não me chamo Reinaldo de verdade. Este é nome apelativo, inventado por necessidade minha, carece de 
você não me perguntar por quê. Tenho meus fados. A vida da gente faz sete voltas – se diz. A vida nem é da 
gente…” 
Ele falava aquilo sem rompante e sem entonos, mas antes com pressa, quem sabe se com tico de pesar e 
vergonhosa suspensão.
– “Você era menino, eu era menino… Atravessamos o rio na canoa…nos topamos naquele porto. Desde 
aquele dia é que somos amigos.”
Que era, eu confirmei. E ouvi:
– “Pois então: o meu nome, verdadeiro, é Diadorim… Guarda este meu segredo.
Sempre, quando sozinhos a gente estiver, é de Diadorim que você deve me chamar, digo e peço, 
Riobaldo…”
Assim eu ouvi, era tão singular. Muito fiquei repetindo em minha mente as palavras, modo de me 
acostumar com aquilo. E ele me deu a mão. Daquela mão, eu recebia certezas. Dos olhos. Os olhos que ele punha 
em mim, tão externos, quase tristes de grandeza. Deu alma em cara. Adivinhei o que nós dois queríamos – logo eu 
disse:
– “Diadorim… Diadorim!” – com uma força de afeição. Ele sério sorriu.
(Revista Ciência Hoje das Crianças, número 200,
contracapa)
19. O verso do poema “O jardineiro” que indica a passagem do tempo é
(A) “Na lida sai janeiro, entra janeiro.”
(B) “trabalha com prazer e sem atalho .”
(C) “faz bem o seu dever, o jardineiro.”
(D) “As flores são os frutos do trabalho.”
(SPAECE – 2016) Leia o texto abaixo.
URBIM, Emiliano. Superinteressante. Dez. 2010. p. 64-65. Fragmento.
O JARDINEIRO
(Marcelo R. L. Oliveira)
Orquídeas, girassóis e margaridas,
perpétuas, amarílise, hortênsias
são flores bem cuidadas, coloridas,
tratadas com a maior das paciências.
De traços belos, raros e precisos,
é um quadro perfumado esse jardim.
Há lírios, rosas, dálias e narcisos,
begônias, buganvílias e um jasmim.
Na lida sai janeiro, entra janeiro,
trabalha com prazer e sem atalho,
faz bem o seu dever, o jardineiro.
As flores são os frutos do trabalho.
São elas tão vistosas e agradáveis
que todos querem ver as suas cores.
- Quem é o jardineiro? – Indagam, amáveis.
- Olindo Jardim das Flores!
Mercado do tempo
Natal já tá aí. O ano passou voando. É a vida, cada vez mais corrida. Vinte e quatro horas é pouco – 
precisava um dia maior para pôr tudo em dia. Contra esses lugares-comuns, boa parte dos manuais prescreve doses 
regulares de priorização, planejamento, marketing, lembretes, listas e agendas, analógicos e digitais. Mas a ciência 
tem uma receita diferente: você não vai aprender a controlar seu tempo encarando um calendário. Antes, é 
necessário olhar para outros lugares. [...] É no dia a dia que se revela nossa habilidade de cumprir planos.
Não é algo que você nasce sabendo. A forma como você gasta e às vezes ganha tempo é influenciada por 
fatores culturais, geográficos e econômicos. Tudo isso resulta na sua orientação temporal, uma fórmula pessoal de 
encarar passado, presente e futuro. Mas uma coisa vale para todos nós: o tempo passa. Melhor aprender seu ritmo, 
antes que ele acabe ultrapassando você.
20. Nesse texto, no trecho “Mas a ciência tem uma receita diferente:...” (ℓ. 5), a palavra destacada
estabelece relação de
(A) oposição.
(B) conclusão.
(C) explicação.
(D) adição.
AULA 4: REVISÃO
D02 – Habilidade: Inferir uma informação em texto verbal.
Questões Comentadas para auxiliar a atividade do professor 
A compreensão de um texto se dá não apenas pelo processamento de informações
explícitas mas, também, por meio de informações implícitas. Ou seja, a compreensão se dá
pela mobilização de um modelo cognitivo, que integra informações expressas com os
conhecimentos prévios do leitor ou com elementos pressupostos no texto.
Para que essa integração ocorra, é fundamental que as proposições explícitas sejam
articuladas entre si e com o conhecimento de mundo do leitor, o que exige uma identificação
dos sentidos que estão nas entrelinhas do texto (sentidos não explicitados pelo autor). Tais
articulações só são possíveis a partir da identificação de pressupostos ou de processos
inferenciais, ou seja, de processos de busca dos “vazios do texto”, isto é, do que não está dado
explicitamente no texto.
Para o exercício com este descritor, é aconselhável proceder à escolha de textos cujos
temas sejam atuais, com espaço para várias possibilidades de leitura, permitindo-se
desenvolver a interpretação tanto por meio do explícito como do implícito. Trabalhar com
situações do cotidiano é fundamental até porque são mais passíveis de interesse por parte dos
alunos. As informações implícitas exigem que o leitor construa seu sentido por meio de
inferências, pois elas não estão claramente presentes no texto. O leitor precisa observar
marcas no texto que lhe permitam chegar a essa informação. 
A seguir, sugerimos alguns itens que possibilitam a verificação da consolidação da
habilidade prevista pelo Descritor 02: Inferir uma informação em texto verbal.
(SADEAM). Leia o texto abaixo.
LOBATO, Monteiro. O reformador do mundo. In: Obra Infantil Completa. São Paulo: Brasiliense, s.d.
01. Quando falou sobre a reforma da natureza, Américo estava
(A) num pomar.
(B) num rio.
(C) numa floresta.
(D) numa praça.
O REFORMADOR DO MUNDO
Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de pôr defeito em todas as coisas. O mundo para ele estava errado e 
a natureza só fazia asneiras.
– Asneiras, Américo?
– Pois então?!... Aqui mesmo, neste pomar, você tem a prova disso. Ali está uma jabuticabeira enorme 
sustendo frutas pequeninas, e lá adiante vejo colossal abóbora presa ao caule duma planta rasteira. Não era 
lógico que fosse justamente o contrário? Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por mim, eu trocaria as 
bolas, passando as jabuticabas para a aboboreira e as abóboras para a jabuticabeira. Não tenho razão?
Resolução
1º passo
• Fazer a predição a partir do título do texto, levantando hipóteses acerca dos assuntos que o
permeiam.
2º passo
• Ler o texto em voz alta, retomar as hipóteses levantadas pelos alunos e, a partir delas,
interpretar o texto considerando também o significado das palavras desconhecidas pelos
alunos;
• Identificar as informações explícitas no texto, através de perguntas que podem ser
respondidas oralmente, após esse momento, formular inferências a partir dessas
informações;
• A partir das inferências das informações encontradas, reconhecer o propósito comunicativo
do texto;
• Questionar os alunos acerca do gênero que está sendo contemplado pelo texto, no caso,
trata-se de um Conto; 
• Explicar as características e a estrutura do gênero Conto;
• Analisar se o texto contempla as características e a estrutura do gênero Conto.
3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
que contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (A) num pomar.
A escolha das outras opções pelos alunos supõe que não houve a recuperação da informação
sobre o lugar onde se passa o diálogo. Essa informação é recuperada ao se observar a situação
descrita pelo texto. Como estão discutindo sobre plantas e seus frutos, os personagens observam
diretamente a realidade, logo, supõe-se se tratar de um lugar específico onde podemos encontrar
árvores e frutos. Essa informação, inicialmente inferida, é recuperada no corpo do texto, ao se
mencionar “Aqui mesmo, neste pomar” (l. 4).
A escolha pelos itens (B) num rio e (C) numa floresta pressupõe que o aluno levou em
consideração informações relacionadas ao campo semântico do termo “natureza”, referida no
primeiro parágrafo (l. 2).
Já a escolha pelo item (D) numa praça sugere que o aluno fez inferência levando em
consideração a situação discursiva que geralmente engloba um diálogo, ou seja, por se tratar de uma
conversa, ele inferiu que esta se passa numa praça, local genuinamente propício para tal atividade.
Leia o texto a seguir.
SEIESZKA, Jon. O patinho realmente feio e outras histórias malucas. São Paulo: Companhia das letrinhas, 1997.
02. O que deu origem aos fatos narrados nesse texto foi(A) o beijo da princesa.
(B) o feitiço da feiticeira.
(C) o nojo da princesa.
(D) o pedido do sapo.
Resolução
1º passo
• Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema e assunto;
• Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos alunos.
2º passo
• Fazer a leitura em voz alta do texto e selecionar as informações mais relevantes, sugeridas
oralmente pelos alunos, para uma compreensão mais profunda do texto; 
• Estabelecer relações entre as ideias do texto e, a partir das inferências propostas, refutar ou
confirmar as hipóteses levantadas pelos alunos;
• A partir das inferências das informações encontradas, reconhecer o propósito comunicativo
do texto;
• Questionar os alunos acerca do gênero que está sendo contemplado pelo texto, no caso,
trata-se de um Conto; 
• Explicar as características e a estrutura do gênero Conto;
• Analisar se o texto contempla as características e a estrutura do gênero Conto.
3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
que contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (B) o feitiço da feiticeira.
O príncipe sapo
Uma feiticeira muito má transformou um belo príncipe num sapo, só o beijo de uma princesa 
desmancharia o feitiço.
Um dia, uma linda princesa chegou perto da lagoa em que o príncipe morava. Cheio de esperança de 
ficar livre do feitiço, ele lhe pediu um beijo. Como ela era muito boa, venceu o nojo e, sem saber de nada, 
atendeu ao pedido do sapo: deu-lhe um beijo. 
Imediatamente o sapo voltou a ser príncipe, casou-se com a princesa e foram felizes para sempre.
A escolha das outras opções indica que os alunos não identificaram a situação inicial do
conto, aquela que dá origem às ações e ao desenrolar das ações. Todas as situações descritas nas
demais alternativas, (A) o beijo da princesa, (C) o nojo da princesa e (D) o pedido do sapo, de fato,
em algum momento, aparecem na história, mas não é nenhuma delas que desencadeia ou que dá
origem às ações. Em uma ordem cronológica de acontecimento dessas situações, temos: 1. o feitiço
da feiticeira – 2. o pedido do sapo – 3. o nojo da princesa – 4. o beijo da princesa.
A escolha do item (A) o beijo da princesa supõe que aluno atentou para a situação final, do
desfecho da história, e não a que deu origem aos fatos.
Já a escolha pelos itens (C) o nojo da princesa e (D) o pedido do sapo revela que ele atentou
para as situações de conflito, aquelas que se sobressaem por indicarem movimento, logo após a
situação inicial que é, geralmente, composta por trechos descritivos. A situação de conflito é aquela
em que aparecem as ações, por isso são mais evidentes e chamam mais a atenção dos interlocutores.
(SPAECE – 2011) Leia o texto abaixo
LISBOA, Henriqueta. Melhores poemas de Henriqueta Lisboa. Seleção de Fábio Lucas. São Paulo, Global, 2001. P.
162.
03. Nesse texto, o amor é tratado como um
(A) controle do sentimento alheio.
(B) desespero para quem o perde.
(C) peso quando se guarda para si.
(D) sentimento despertado no doador.
Resolução
1º passo
• Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema e assunto;
• Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos alunos.
2º passo
• Fazer a leitura em voz alta do texto e selecionar as informações mais relevantes, sugeridas
oralmente pelos alunos, para uma compreensão mais profunda do texto; 
• Estabelecer relações entre as ideias do texto e, a partir das inferências propostas, refutar ou
confirmar as hipóteses levantadas pelos alunos;
Pensamor
Como pesa pensamor
Moeda de ouro em minha palma
Sem que perceba o doador
Como é leve pensamor
ao peito que se abre em palma
para a seta que acertou.
• A partir das inferências das informações encontradas, reconhecer o propósito comunicativo
do texto;
• Questionar os alunos acerca do gênero que está sendo contemplado pelo texto, no caso,
trata-se de um Poema; 
• Explicar as características e a estrutura do gênero Poema;
• Analisar se o texto contempla as características e a estrutura do gênero Poema.
3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
que contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (C) peso quando se guarda para si.
A escolha dos outros itens revela que o aluno não reconheceu a metáfora estabelecida entre
o amor e a unidade de medida “peso”.
(SIMAVE) Leia o texto abaixo. 
Ziraldo. As últimas anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Melhoramentos, 2005, p. 39.
04. O homenzinho verde que estava dirigindo o foguete era um
(A) anão de jardim de roupa verde.
(B) astronauta em treinamento.
(C) ladrão roubando o foguete.
(D) marciano voltando para casa.
Resolução
1º passo
• Fazer a predição a partir do gênero do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema e
assunto;
• Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos alunos.
E aí tem a do foguete espacial. O eletricista foi consertar o foguete. Demorou a achar o defeito. Quando 
terminou e ia sair, estava tudo fechado. Ele tentou se comunicar com a torre de comando, mas foi jogado ao chão 
com o impacto do foguete começando a subir. Correu para a cabine e viu um homenzinho verde dirigindo o 
foguete.
— Para onde estamos indo?
E o homenzinho: 
— Você eu não sei. Eu estou voltando pra casa.
2º passo
• Fazer a leitura em voz alta do texto e selecionar as informações mais relevantes, sugeridas
oralmente pelos alunos, para uma compreensão mais profunda do texto; 
• Estabelecer relações entre as ideias do texto e, a partir das inferências propostas, refutar ou
confirmar as hipóteses levantadas pelos alunos;
• A partir das inferências das informações encontradas, reconhecer o propósito comunicativo
do texto;
• Questionar os alunos acerca do gênero que está sendo contemplado pelo texto, no caso,
trata-se de uma Anedota; 
• Explicar as características e a estrutura do gênero Anedota;
• Analisar se o texto contempla as características e a estrutura do gênero Anedota.
3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
que contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (D) marciano voltando para casa.
Para resolução e escolha correta desse item, o aluno tem de levar em consideração seu
conhecimento de mundo relacionado a várias marcas presentes no texto que apontam para a
inferência de que se trata de um habitante do planeta Marte. Se o aluno não possui esse
conhecimento de mundo, dificilmente fará essa inferência. Daí a importância do momento de
predição antes do momento de leitura, pois é na atividade predição que os alunos vão levantando
hipóteses, ou seja, ativando seu conhecimento de mundo, conhecimentos prévios, que serão
confirmados ou refutados conforme a leitura efetiva do texto. As marcas que identificam como
marciano o ser do qual se está falando no enunciado do item estão distribuídas ao longo do texto, e,
juntas, constroem um sentido específico. Podemos identificá-las: “foguete espacial” (l. 1), “torre de
comando” (l. 2), e a principal delas “homenzinho verde” (l. 3). Essas pistas guiam a interpretação
textual para um contexto discursivo específico, que envolve o espaço. E é nesse contexto que
“homenzinho verde” ganha o sentido de “marciano”, aquele quehabita o planeta Marte.
A escolha pela alternativa (A) anão de jardim de roupa verde supõe que o aluno relacionou o
o diminutivo “homenzinho” à característica de homem pequeno, logo, anão, e a cor verde foi
associada à vestimenta dele, e não à sua cor de pele.
O aluno que escolheu (B) astronauta em treinamento reconheceu o contexto discursivo
especificamente relacionado ao foguete, meio de transporte guiado por astronautas.
Por fim, a escolha por (C) ladrão roubando o foguete pressupõe que o aluno reconheceu
uma situação de furto, já que o foguete começou a subir inesperadamente, e atribuiu a autoria dessa
ação a um ladrão, pessoa que comete furtos.
Leia o texto e depois responda o que se pede logo mais a seguir.
(Esopo. In: O livro das virtudes – O compasso moral, 1996.)
05. O provérbio que pode ser associado ao texto é
(A) “Nem tudo que reluz é ouro.”
(B) “Água mole, em pedra dura, tanto bate até que fura.”
(C) “Quem tudo quer tudo perde.”
(D) “Em terra de cego, quem tem um olho é rei.” 
Resolução
1º passo
• Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca de seu tema e assunto;
• Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos alunos.
2º passo
• Fazer a leitura em voz alta do texto e selecionar as informações mais relevantes, sugeridas
oralmente pelos alunos, para uma compreensão mais profunda do texto; 
• Estabelecer relações entre as ideias do texto e, a partir das inferências propostas, refutar ou
confirmar as hipóteses levantadas pelos alunos;
• A partir das inferências das informações encontradas, reconhecer o propósito comunicativo
do texto;
• Questionar os alunos acerca do gênero que está sendo contemplado pelo texto, no caso,
trata-se de um Conto; 
• Explicar as características e a estrutura do gênero Conto;
• Analisar se o texto contempla as características e a estrutura do gênero Conto.
3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Interpretar com os alunos cada provérbio; 
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
que contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (C) “Quem tudo quer tudo perde.”
O AVARENTO
 
 Um avarento possuía uma barra de ouro, que mantinha enterrada no chão. Todos os dias ia lá dar uma 
olhada. 
Um dia, descobriu que a barra fora roubada, e começou a se descabelar e a se lamentar aos brados.
Um vizinho, ao vê-lo naquele estado, disse:
- Mas para que tanta tristeza? Enterre uma pedra no mesmo lugar e finja que é de ouro. Vai dar na 
mesma, pois quando o ouro estava aí você não o usava pra nada! 
A resolução desse item requer uma abstração a partir da qual o aluno faça a comparação
entre a situação descrita no texto e o provérbio correspondente a ele. Para isso, é interessante que
ele conheça os provérbios em análise e saiba interpretá-los. As pistas textuais que orientam o leitor
a relacionar a situação descrita no texto ao provérbio “Quem tudo quer tudo perde” podem ser
identificadas: “avarento”, “barra de ouro”, “a barra fora roubada” e finalmente a fala do vizinho
“pois quando o ouro estava aí você não o usava pra nada”, ligando todas essas informações à
característica da avareza (acumular sem usufruir). É o fato de a barra de ouro, que o avarento
mantinha enterrada, portanto, sem uso, ter-se usurpado que estabelece essa relação.
O aluno que escolheu a alternativa (A) “Nem tudo que reluz é ouro.” atentou para uma
interpretação literal do texto, reconhecendo que o vocábulo “ouro” está presente no corpo do texto e
no provérbio em análise. Ou seja, não procedeu a uma abstração para conseguir fazer a relação entre
o sentido do texto e o provérbio.
Já o aluno que optou pelas alternativas (B) “Água mole em pedra dura, tanto bate até que
fura.” e (D) “Em terra de cego, quem tem um olho é rei.” consegue fazer uma abstração do
significado do texto, entretanto ela não condiz com o esperado. 
Questões Comentadas (D12)
 Habilidade –Reconhecer semelhanças e diferenças e/ou diferenças de ideias e opiniões na
comparação entre textos que tratem da mesma temática.
Dois ou mais textos que desenvolvem o mesmo tema podem ser confrontados para se
procurar perceber os pontos em que tais textos divergem. Também pode acontecer de um
único texto apresentar opiniões distintas em relação a um mesmo fato. A habilidade para
estabelecer esses pontos divergentes é de grande relevância na vida social de cada um, pois,
constantemente, somos submetidos a informações e opiniões distintas acerca de um fato ou
de um tema.
O item que se destina a avaliar essa habilidade deve apoiar-se em um, dois ou mais
textos diferentes e focalizar os pontos em que esses textos divergem.
A habilidade avaliada por meio do descritor 12 relaciona-se, pois, à identificação, pelo
aluno, das diferentes opiniões emitidas sobre um mesmo fato ou tema. A construção desse
conhecimento é um dos principais balizadores de um dos objetivos do ensino de Língua
Portuguesa, qual seja, o de capacitar o aluno a analisar criticamente os diferentes discursos,
inclusive o próprio, desenvolvendo a prática de avaliação dos textos.
Leia os textos abaixo.
06. Esses dois textos apresentam ideias
(A) divergentes
(B) opostas
(C) semelhantes
(D) complementares
Texto 1
Sei lá… a vida tem sempre razão
Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída.
Como é, por exemplo, que dá pra entender:
A gente mal nasce, começa a morrer.
Depois da chegada vem sempre a partida,
Porque não há nada sem separação.
Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.
Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão.
De nada adianta ficar-se de fora.
A hora do sim é o descuido do não.
Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão.
Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão.
http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-
br/musica/cancoes/sei-la-vida-tem-sempre-razao
Texto 2
Canção do dia de sempre
Tão bom viver dia a dia…
A vida assim, jamais cansa…
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu…
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência … esperança…
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas…
https://portugues.uol.com.br/literatura/mario-
quintana.html
Resolução
1º passo
• Fazer a predição a partir dos títulos dos textos e levantar hipóteses acerca de seus temas e
assuntos;
• Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos alunos.
2º passo
• Ler os textos em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos, a partir delas,
interpretar os textos, elencando semelhanças e diferenças;
• Identificar as informações explícitas e implícitas nos textos, através de perguntas que podem
ser respondidas oralmente, após esse momento, estabelecer comparações entre eles a partir
dessas informações;
• Questionar os alunos acerca dos gêneros que estão sendo contemplados pelos textos, no
caso, trata-se de uma Canção e de um Poema; 
• Explicar as características e a estrutura da Canção e do Poema;
• Analisar se os textos contemplam as características e a estrutura desses gêneros.
3º passo
• Ler o enunciado e todas as alternativas de escolha propostas;
• Considerar as discussões dos alunos na resolução do item, conduzindo-os a estabelecer
relações de semelhanças e de divergências entre os textos;
• Retomar os trechos que correspondem à possível resolução da questão e considerar a
alternativa que apresenta a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas.
A alternativa de resposta correta é (C) semelhantes.Identificar semelhanças e diferenças entre textos é uma atividade de comparação a partir de
marcas linguísticas que dão identidade aos textos. Afirmar que esses dois textos são similares requer
que o leitor observe nos textos pistas que orientam interpretações semelhantes, não iguais, pois cada
texto tem sua particularidade, mas equivalentes, próximas em algum aspecto. Podemos começar
pela estrutura dos textos, apesar de pertencerem a gêneros distintos, Canção e Poema,
respectivamente, esses gêneros têm características estruturais em comum: a distribuição do texto em
rimas, sob um ritmo. Além disso, quanto à linguagem, são repletos de metáforas e de outras figuras
de linguagem que requerem uma leitura para além do nível literal. É preciso uma interpretação das
metáforas ou uma identificação da ideia central do texto. 
Na canção de Vinícius de Moraes, vale uma interpretação de que nada é maior que a própria
vida, ou seja, apesar dos problemas e das adversidades, viver a vida será sempre a melhor opção.
No poema de Mário Quintana, há um convite para se viver a vida, viver cada dia como se fosse o
único, mesmo que a rotina diária consiga transformar nossos dias em dias iguais, por exemplo.
Ressalta-se que a cada novo amanhecer, as nuvens são diferentes, a agǵ ua do rio já não é mais a
mesma em determinado local. 
O aluno que optou pelas alternativas (A) divergentes ou (B) opostas não identificou que,
apesar de suas particularidades, os textos assemelham-se quanto à ideia central, “viver a vida
mesmo com as adversidades do dia-a-dia”.
Já o aluno que optou pela alternativa (D) complementares entende que um texto completa, serve de
complemento para o outro. Não podemos considerá-los complementares, pois trata-se de textos
independentes, que não necessitam um do outro para fazerem sentido.
Leia os textos para responder a questão abaixo:
Vocabulário
“in” [inglês] – na moda
brioso – orgulhoso, vaidoso
onipresente – que está presente em todos os lugares.
07. Os textos divergem sobre o mesmo tema: a influência da televisão. A afirmação do texto 1 que
contradiz o texto 2 é
(A) “Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a baixaria, desancar o onipresente
eletrodoméstico.”
(B) “Feita à nossa imagem e semelhança, ela [a TV] é resultado do que somos […].”
(C) “E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é
especialista no assunto.”
(D) “Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres […].”
Resolução
1º passo
• Fazer a predição dos textos a partir de seus títulos e levantar hipóteses acerca do tema e dos
Texto 1
O ESPELHO
Marcello Migliaccio
Falar mal da TV virou moda. É “in” repudiar a 
baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico. E, num 
país em que os domicílios sem televisão são cada vez 
mais raros, o que não falta é especialista no assunto. Se 
um dia fomos uma pátria de 100 milhões de técnicos de 
futebol, hoje, mais do que nunca, temos um considerável 
rebanho de briosos críticos televisivos. 
[…]
Mas, quando os “especialistas” criticam a TV, 
estão olhando para o próprio umbigo. Feita à nossa 
imagem e semelhança, ela é resultado do que somos 
enquanto rebanho globalizado. […]
Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam 
pensamentos mais nobres e que não se sentem 
representados no vídeo.[…]
Folha de S. Paulo, 19/10/2003.
Texto 2
A influência negativa da televisão para as crianças
Jussara de Barros
Bem diziam os Titãs, grupo de rock nacional, 
quando cantavam que “a televisão me deixou burro 
demais”. A verdade é que, ao pé da letra dessa 
música, a televisão coloca-nos dentro de jaulas, 
como animais. Assim, paralisa o desenvolvimento 
de pensamentos críticos e avaliativos que se 
desenvolvem em outras formas de diversão, além 
de influenciar crianças e adolescentes com cenas 
de violência, maldade, psicopatia e sexo explícito a 
todo o momento e sem qualquer responsabilidade.
Fonte: 
http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao
assuntos que poderão fazer parte deles.
 2º passo
• Fazer a leitura em voz alta dos textos, selecionar as informações mais relevantes, sugeridas
oralmente pelos alunos, para que haja de fato, a compreensão do texto;
• Promover discussão entre os alunos sobre as experiências que cada um possui, explorando
os diferentes pontos de vista acerca do tema e do assunto dos textos;
• Identificar as informações explícitas nos textos por meio de perguntas que podem ser
respondidas oralmente; formular inferências a partir dessas informações;
• Inferir informações implícitas no texto baseando-se em aspectos sociais e culturais oriundos
dos alunos.
 3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
que contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (B) “Feita à nossa imagem e semelhança, ela [a TV] é
resultado do que somos […].” Esse trecho contradiz a ideia central do texto 2 na medida em que,
se a TV é um espelho da sociedade, ela não pode ser vista como negativa, como tendo uma
influência negativa, pois ela é o próprio reflexo desta sociedade.
A escolha das outras alternativas pressupõe que a leitura do aluno, possivelmente, tenha
ficado apenas no nível de interpretação literal, não apresentando a criticidade necessária à
compreensão do enunciado do item, que pedia uma comparação entre os textos na tentativa de
encontrar uma contradição, logo, esperava-se que o aluno se comportasse de forma crítica na
interpretação e na comparação dos textos.
Leia os textos para responder a questão a seguir:
08. Nos textos acima podemos dizer que
(A) há narração em 1ª pessoa no texto I e narração em 3ª pessoa no texto II.
(B) há narração em 3ª pessoa no texto I e há narração em 1ª pessoa no texto II.
(C) ambos são narrados em 1ª pessoa.
(D) ambos são narrados em 3ª pessoa.
Resolução
1º passo
• Fazer a predição a partir do título do texto 1, levantando hipóteses acerca dos assuntos que o
permeiam;
• Fazer a predição a partir do nome do livro em que se encontra o texto 2, levantando
hipóteses acerca dos assuntos que o permeiam.
2º passo
• Ler o texto 1 e o texto 2 em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos, a partir
delas, interpretar os textos considerando também semelhanças e diferenças entre eles;
Texto I
Viagem ao centro da Terra
Não consigo descrever meu desespero. 
Nenhuma palavra em língua de gente daria conta de 
meus sentimentos. Eu estava enterrado vivo, com a 
perspectiva de morrer torturado pela fome e pela sede.
Minha primeira reação foi passar as mãos 
ansiosas pelo chão. Como aquela rocha me pareceu 
ressecada!
Mas como eu abandonara o curso do córrego? 
Sim, porque, afinal de contas, ele não estava mais lá! 
Compreendi então por que eu estranhara tanto o silêncio 
na última vez em que procurei escutar algum chamado 
de meus companheiros. Ao tentar apenas ouvir vozes, no 
momento em que dei o primeiro passo no caminho 
errado, não notei a ausência do córrego. É evidente que, 
naquele momento, devo ter entrado numa bifurcação, 
enquanto o Hansbach, obedecendo às exigências de 
outra rampa, partia com meus companheiros em rumo às 
profundezas desconhecidas!
Como voltar? Pistas não havia. Meu pé não 
deixava nenhuma marca naquele granito. Eu quebrava a 
cabeça tentando achar solução para um problema 
insolúvel. Minha situação podia ser resumida numa 
única palavra: perdido!
VERNE, Júlio.Viagem ao centro da Terra. 
Tradução de Cid Knipel Moreira, São Paulo: Ática, 1993.
Texto II
(…)
Encontraram muitas coisas 
maravilhosas, mas nada que fosse espantoso. 
Descobriram quea ilha tinha cerca de cinco 
quilômetros de comprimento por meio 
quilômetro de largura e que a praia mais 
próxima estava separada por um canal estreito 
de no máximo uns duzentos metros de largura. 
Ficaram nadando durante quase uma hora e só 
voltaram
Para o acampamento lá pelo meio da 
tarde. Estavam com fome demais para ir pescar, 
mas comeram presunto à vontade e depois se 
deitaram à sombra para conversar. Mas a 
conversa foi morrendo pouco a pouco.
Twain, Mark. As aventuras de Tom Sawyer. 
Tradução de Duda Machado, São Paulo: Ática, 
1995.
• Analisar o foco narrativo dos textos, ou seja, a forma com que o narrador relata o discurso e
qual o papel desse elemento na construção do discurso;
• Explicar a diferença entre foco narrativo e ponto de vista.
3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
que contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (A) há narração em 1ª pessoa no texto I e narração em
3ª pessoa no texto II. Um texto narrativo é definido como aquele que conta uma história por meio
da sequenciação de fatos. É importante situar o leitor dentro da história, para tanto, faz-se
necessário mostrar quem são os envolvidos nessa ação, determinando, também, um tempo e um
espaço. O aluno, aos poucos, vai desenvolvendo suas habilidades de leitura, despertando a
sensibilidade para o texto literário e desenvolvendo, também, a habilidade de interpretação escrita.
O professor se vale de vários gêneros para explorar a sequência narrativa: romance, novela, conto,
fábula, parábola, lenda etc. Dentro desse leque de opções, é importante destacar os elementos
narrativos e sua importância na geração de sentido do texto: espaço, tempo, enredo, personagens e
narrador. O item em questão pede que o aluno identifique a voz do narrador, podendo ser ela 1ª ou
3ª pessoa do singular ou do plural. Para tanto, faz-se importante o trabalho de leitura em sala de
aula. A importância de se identificar o tipo de narrador não se limita, simplesmente, a reconhecer se
é em 1a ou em 3a pessoa, mas reconhecer a perspectiva a partir da qual os fatos são narrados.
Na narração em 1a pessoa, o personagem fica mais próximo do leitor. O narrador participa
da história e, portanto, narra as suas experiências, suas emoções, seus medos e suas indecisões.
Desse modo, torna-se mais fácil criar uma empatia com o personagem, pois, ao ter a história
contada do ponto de vista de apenas um personagem, muitas informações acabam sendo omitidas ao
leitor, que acaba mergulhando na mesma tensão em que o personagem se encontra, o que justifica a
escolha do autor do texto I.
Já na narração em 3a pessoa, o narrador fica um pouco mais distante dos personagens, mas o
escritor tem muito mais liberdade para abordar o que se passa na mente de outros personagens, ou
até mesmo descrever cenas que se passam em pontos distantes do protagonista. Alguma cena pode
ser de vital importância para o entendimento da história e se passa longe dos principais
personagens. Neste tipo de narração, o escritor tem muito mais liberdade para abordar praticamente
qualquer cena, em qualquer ângulo e a qualquer tempo, o que justifica a escolha do autor do texto
II.
A escolha das outras opções revela que, provavelmente, o aluno não adquiriu a habilidade de
reconhecer o foco narrativo de um texto, o que pode ser concretizado pelo reconhecimento de
marcas linguísticas que identificam as pessoas do discurso.
(SAERO). Leia os textos a seguir e responda.
09. Esses dois textos falam sobre
(A) a repercussão do idioma entre os fãs.
(B) a criação de novos idiomas para filmes.
(C) o número de palavras criadas para os filmes.
(D) o uso do mesmo dialeto em filmes de ficção.
Resolução
1º passo
• Fazer a predição dos textos a partir do título e levantar as hipóteses acerca do tema e dos
assuntos abordados nos textos.
2º passo
• Ler os textos em voz alta e retomar as hipóteses levantadas pelos alunos, comparando os
dois textos em suas semelhanças e diferenças;
• Estabelecer relações entre as ideias dos textos, analisando tema e assuntos dos textos.
• Promover discussão entre os alunos sobre as experiências que cada um possui, explorando
os diferentes significados que palavras ou expressões apresentam dentro de um contexto.
 3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
que contempla a resposta correta;
Texto 1
A língua de Avatar
[…] Em Avatar, o artifício mais engenhoso 
fica por conta do idioma concebido pelo linguista 
Paul Frommer para o planeta Pandora, palco dos 
conflitos entre humanos e os seres da raça Na’vi.
Em 2005, Cameron entregou a Frommer, 
então chefe do departamento de Linguística da 
University of Southern California, um roteiro que 
continha, entre outras coisas, 30 termos do que viria 
a ser a língua fictícia – em sua maioria nomes de 
personagens e animais – cuja sonoridade 
assemelhava-se à das línguas polinésias. A partir 
disso, o linguista criou um vocabulário alienígena 
composto por mil palavras, com estruturas sintáticas 
e morfológicas emprestadas de diversas línguas, 
com preferência pelas mais exóticas, como o persa e 
algumas africanas.
https://edgardm.wordpress.com/2010/03/18/a 
lingua-de-avatar/
Texto 2
Klingon
Já a língua Klingon, da clássica 
franquia, Jornada nas estrelas, ganhou até 
dicionário, com 2 mil verbetes e 800 mil 
exemplares vendidos. O idioma surgiu em 1984 
em Jornada nas Estrelas III: à procura de 
Spock. Mais tarde, o linguista Marc Okrand foi 
contratado para o seriado Nova Geração com a 
missão de elaborar uma estrutura sintática e 
lexical para a língua.
Para se ter uma ideia da repercussão do 
Klingon entre os fãs da série, foi criado um 
instituto com base no trabalho de Okrand – o 
Klingon Language Institute (www.kli.org) –, que 
conta com 600 membros, diálogos em linguagem 
extraterrestre e até traduções de clássicos da 
literatura.
Língua Portuguesa, mar. 2010. p. 16-17. Fragmento. 
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (B) a criação de novos idiomas para filmes.
Ambos os textos discorrem sobre idiomas que foram criados por linguistas para embasar
sociedades fictícias: no texto 1, a língua artificial do filme Avatar; e no texto 2, a língua artificial
Klingnon, do filme Jornada nas Estrelas.
O aluno que escolheu a alternativa (A) a repercussão do idioma entre os fãs atentou para a
leitura somente do texto II, já que essa informação é coerente somente com este, e não com o texto
I.
Já o aluno que escolheu a opção (C) o número de palavras criadas para os filmes atentou
para a leitura somente do texto I, já que essa informação é coerente somente com este, e não com o
texto II.
Por fim, aquele que optou pela alternativa (D) o uso do mesmo dialeto em filmes de ficção
não fez uma leitura atenta, comparando os dois textos, já que os dialetos são diferentes em cada
filme.
Leia os textos para responder a questão abaixo:
Fonte: http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo346.shtml
Texto 1
A moda e a publicidade
Ana Sánchez de la Nieta
[…]
Se antes os ídolos da juventude eram os desportistas e os atores de cinema, agora são as modelos. […]. 
Se, no passado, as mulheres queriam presidir Bancos, dirigir empresas ou pilotar aviões, hoje muitas só sonham 
em desfilar pela passarela e ser capa da "Vogue". 
A vida de modelo apresenta-se para muitas adolescentes como o cúmulo da felicidade: beleza, fama, 
êxito e dinheiro. […]
[…] Os aspectos relacionados com o físico são engrandecidos. Esta é umaconstante da chamada 
civilização da imagem, imperante na atualidade.[...] O tipo de atração que hoje impera é o de uma magreza 
extrema. Esta é a causa principal de uma enfermidade que ganha cada vez mais importância na adolescência: a 
anorexia, uma perturbação psíquica que leva a uma distorção, a uma falsa percepção de si mesmo. Na maioria 
dos casos, esta enfermidade costuma começar com o desejo de emagrecer. Se alguém se julga gordo sente-se 
rejeitado por esta razão. Pouco a pouco deixa de ingerir alimentos e perde peso. No entanto, a pessoa continua a 
considerar-se gorda, persiste a insegurança e começa a sentir-se incapaz de comer. Esta enfermidade leva a 
desequilíbrios psíquicos que podem acompanhar a pessoa para o resto da sua vida e em não raras ocasiões 
provoca a morte.
Texto 2
10. Comparando os dois textos, pode-se dizer que tratam do mesmo tema, porém
(A) o texto 1 informa sobre o problema da anorexia e o 2, de forma humorística, faz uma crítica
à magreza das modelos.
(B) o texto 1 critica as modelos por seguirem a civilização da imagem e o 2 defende a
perspectiva da civilização da imagem.
(C) o texto 1 defende as modelos que sofrem de anorexia e o texto 2 indica os problemas mais
comuns das modelos.
(D) o texto 1 explica os problemas decorrentes da anorexia e o texto 2 elogia a magreza extrema
das modelos.
Resolução
1º passo
• Fazer predições a partir dos títulos dos textos;
• Analisar possíveis hipóteses sobre o tema e assunto em questão.
2º passo
• Ler os textos em voz alta e analisar a imagem do texto 2;
• Promover uma discussão entre os alunos acerca do título do texto 1 e a ironia do texto 2 ;
• Identificar as informações e ideias do texto por meio de perguntas que podem ser
respondidas oralmente, fazendo as inferências necessárias à sua compreensão;
• Estabelecer relações entre as ideias dos textos e rememorar as características de um texto
informativo e de um texto do gênero charge.
 3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
que contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (A) o texto 1 informa sobre o problema da anorexia e o
2, de forma humorística, faz uma crítica à magreza das modelos.
A escolha das outras alternativas pressupõe que a leitura do aluno, possivelmente, tenha
ficado apenas no nível de interpretação superficial do texto, não apresentando um nível mais
profundo de leitura. O aluno que escolheu, por exemplo, as alternativas (B) o texto 1 critica as
modelos por seguirem a civilização da imagem e o 2 defende a perspectiva da civilização da
imagem e (C) o texto 1 defende as modelos que sofrem de anorexia e o texto 2 indica os problemas
mais comuns das modelos não conseguiu apreender o propósito principal dos dois textos, já que o
texto 1 tem o objetivo maior de informar sobre a enfermidade chamada anorexia, e não de criticar
ou defender as modelos que seguem a civilização da imagem; quanto ao texto 2, este não defende a
perspectiva da civilização da imagem, pelo contrário, ele, por meio do humor, critica tal hábito.
Por outro lado, o aluno que escolheu a alternativa (D) o texto 1 explica os problemas
decorrentes da anorexia e o texto 2 elogia a magreza extrema das modelos não procedeu à
interpretação crítica exigida para compreensão do texto 2, já que este não elogia, mas critica tal
hábito.
(SAERS). Leia os textos abaixo.
Horas a mais, horas a menos
Está em tramitação no Senado, o projeto de Emenda Constitucional que propõe a redução da
jornada de trabalho das atuais 44 horas para 40 horas semanais.
11. Em relação à redução da jornada de trabalho, os dois textos apresentam opiniões
(A) contrárias.
(B) favoráveis.
(C) semelhantes.
(D) complementares.
Resolução
1º passo
Texto 1
A Central Única de Trabalhadores e a Força 
Sindical estimam a geração de 3 milhões de postos 
de trabalho a partir da alteração da legislação. Para o 
professor de Sociologia da Unicamp, Ricardo 
Antunes, o projeto ampliaria as oportunidades de 
quem ainda não conseguiu emprego formal.
Texto 2
O professor José Pastori disse ao portal 
GI que “a redução da jornada de trabalho pode 
acelerar a automatização das linhas de produção e 
provocar demissões”.
Revista Semana. Ano 2, n. 24. 26 de junho de 
2008. p. 34. Adaptado.
• Ler os textos 1 e 2 em voz alta, identificando o propósito comunicativo de cada um.
2º passo
• Estabelecer relações entre as ideias dos textos e a estrutura e características do gênero texto
jornalístico;
• Identificar as informações explícitas e implícitas nos textos, através de perguntas que podem
ser respondidas oralmente;
• Formular comparações entre os textos a partir dessas informações.
3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
que contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (A) contrárias.
A escolha das outras opções supõe que não houve a compreensão do sentido das ideias
contrárias que apresentam os textos, a saber, o Texto 1 se mostra a favor da redução da jornada de
trabalho, de 44 horas para 40 horas semanais, ao passo que o Texto 2 se revela contrário a tal
proposta, alegando acelerar a automatização das linhas de produção e provocar demissões.
(SAERJ). Leia os textos abaixo.
Texto 1 
O chulé das pessoas nervosas é mais fedido
Todo mundo tem chulé?
Tem. Uns, lamentavelmente, mais do que 
outros. Indivíduos tensos, ansiosos e obesos suam mais 
e os pés cheiram pior. Diferenças raciais também 
interferem no chulé. Segundo o professor Luiz Cucê, 
dermatologista da Universidade de São Paulo, os povos 
mediterrâneos suam mais os pés. 
O chulé é causado por bactérias que 
decompõem o suor e resto de peles dos pés.. “Os 
micróbios só sobrevivem em ambientes ácidos”, diz 
Cucê. Para tirar o cheiro, basta neutralizar a acidez, 
usando uma substância alcalina, como o talco ou 
bicarbonato de sódio.
Outra solução é passar álcool, que mata 
bactérias e seca o suor. No verão, convém usar sapatos 
que deixem o ar circular. Se você adora o seu coturno, 
evite tirá-lo em público.
Superinteressante. São Paulo: Abril, ano 12, n. 1, jan.1998. 
p. 74-5.
Texto 2
Sai do meu pé, chulé!
Como evitar
• Enxugue muito bem os pés depois de lavá-
los.
• Não use o mesmo par de tênis durante 
vários dias seguidos.
• Depois de tirar os sapatos, nada de guardá-
los direto no armário.
• Coloque-os em um lugar arejado.
• No calor, prefira os calçados abertos. Deixe 
os pés respirarem!
• Use talcos para os pés. A casa Granato 
fabrica um ótimo desde os tempos da sua 
avó.
• Lave os pés uma vez por dia, ao menos!
Revista Veja Kid. São Paulo: Abril Jovem, ano
1, n.0, p. 74-5.
12. Comparando-se esses textos, observa-se que os dois
(A) explicam, cientificamente, a causa do chulé.
(B) fornecem dicas valiosas para evitar o chulé.
(C) são voltados exclusivamente ao público juvenil.
(D) utilizam palavras próprias de linguagem científica.
Resolução
1º passo
• Fazer a predição dos textos a partir dos títulos e levantar as hipóteses acerca do tema e dos
assuntos abordados nos textos.
2º passo
• Fazer a leitura em voz alta dos textos e promover uma discussão acerca do tema abordado
nos textos para a compreensão mais coerente dos mesmos;
• A partir da discussão proposta, focalizar os pontos em que os textos se inter-relacionam,
formando uma grande rede de sentidos.
• Estabelecer relações de sentido entre os textos, comparando diversos elementos que os
compõem: gênero, forma, estrutura,temática, assuntos abordados etc.
3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
que contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (B) fornecem dicas valiosas para evitar o chulé.
A escolha da alternativa (A) explicam, cientificamente, a causa do chulé pressupõe que o
aluno só atentou para a leitura e a interpretação do Texto 1, pois somente este texto traz uma
explicação científica sobre a causa do chulé.
Já o aluno que escolheu a alternativa (C) são voltados exclusivamente ao público juvenil só
levou em consideração a leitura e a interpretação do Texto 2, pois somente este é voltado ao público
juvenil, haja vista o suporte que o veicula, a Revista Veja Kid.
Já a escolha pela alternativa (D) utilizam palavras próprias de linguagem científica
demonstra que não houve uma leitura atenta e a sua correspondente compreensão de nenhum dos
textos, pois nenhum deles traz palavras próprias do contexto científico.
(SAERJ). Leia os textos abaixo.
13. Esses textos falam sobre
(A) preservação das borboletas.
(B) predação das borboletas.
(C) características das borboletas.
(D) alimentação das borboletas.
Resolução
1º passo
• Fazer a predição dos textos a partir dos títulos e levantar as hipóteses acerca do tema e dos
assuntos abordados nos textos.
2º passo
• Fazer a leitura em voz alta dos textos, promovendo uma discussão acerca do tema abordado;
• A partir da discussão proposta, observar que hipóteses, feitas no momento da predição,
foram confirmadas e que hipóteses foram refutadas;
• Relacionar as ideias e as informações do texto com as características dos gêneros Poema e
Curiosidade;
• Estabelecer relações de sentido entre os textos, comparando diversos elementos que os
compõem: gênero, forma, estrutura, temática, assuntos abordados etc.
3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
Texto 1
As Borboletas
Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam na luz
As belas borboletas
Borboletas brancas
São alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então…
Oh, que escuridão!
MORAES, Vinícius de. A arca de Noé. Companhia das 
Letrinhas, 1991.
Texto 2
Borboletas
As borboletas são insetos com dois 
pares de asas. Vive melhor em regiões tropicais 
pelo clima quente e alimento abundante.
Existem aproximadamente 200 mil 
espécies de borboletas, mas somente 120 mil 
estão registradas.
As borboletas se alimentam de vegetais 
e néctar. Pesam cerca de 0,3 gramas sendo que a 
maior pode pesar 3 gramas.
Chegam a ter 32 centímetros de asa a 
asa. As borboletas vivem em média duas 
semanas.
(http://www.brasilescola.com/animais/borboleta.htm
)
que contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (C) características das borboletas.
Esse item requer que o aluno compreenda um ponto em comum nos dois textos, no caso, a
temática, o assunto central de ambos. Os dois textos, cada um em sua particularidade, trata de
apresentar características que as borboletas têm.
A escolha das outras alternativas pressupõe que o aluno não adquiriu a habilidade necessária
de comparar textos afim de reconhecer as semelhanças e/ou diferenças entre eles. Por exemplo, as
alternativas (A) preservação das borboletas e (B) predação das borboletas não são assuntos
tratados em nenhum dos dois textos. E a afirmativa da alternativa (D) alimentação das borboletas
só se encontra no Texto 2.
Questões Comentadas (D17)
 Habilidade – Reconhecer o sentido das relações lógico-discursivas marcadas por conjunções,
advérbios, etc.
A textualidade é definida como um conjunto de características que fazem com que um
texto seja considerado como tal, e não como um amontoado de palavras e frases. Ela é
constituída por alguns elementos, dentre eles, a coerência e a coesão. 
Considera-se coerência a lógica entre as ideias expostas no texto, formando uma
sequência e uma progressão conexa.
Para que as ideias estejam bem relacionadas, também é preciso que estejam bem
interligadas, bem “unidas” por meio de conectivos adequados, ou seja, vocábulos que
têm a finalidade de ligar palavras, locuções, orações e períodos, constituindo um todo
significativo. Dessa forma, as peças que interligam o texto, como pronomes, conjunções,
advérbios e preposições, promovendo o sentido entre as ideias, fazem parte da coesão
textual. Em outras palavras, definimos coesão como a organização entre os elementos
que articulam as ideias de um texto.
A compreensão e a atribuição de sentidos relativos a um texto dependem da adequada
interpretação de seus componentes. Em vista disso, as habilidades a serem
desenvolvidas pelo Descritor 17 exigem que o leitor compreenda o texto não como um
simples agrupamento de frases justapostas, mas como um conjunto harmonioso em que
há laços, interligações, relações entre suas partes. Com essa finalidade, sugerimos
atividades a partir de textos, nas quais é solicitada ao aluno a percepção de uma
determinada relação lógico-discursiva, evidenciada por expressões que denotam todo
tipo de circunstância, a saber, tempo, lugar, comparação, oposição, causalidade,
anterioridade, posteridade, entre outras, e, quando necessário, a identificação dos
elementos que explicam essa relação.
Leia o texto e responda.
(Correio Braziliense, 10/02/2003, Gabarito. p. 2.)
14. Em “A comunidade poderia interagir e participar de atividades interessantes.” (ℓ. 5-6), a palavra
destacada indica:
(A) alternância.
(B) explicação.
(C) oposição.
(D) adição.
Resolução
Acho uma boa ideia abrir as escolas no fim de semana, mas os alunos devem ser supervisionados por 
alguém responsável pelos jogos ou qualquer opção de lazer que se ofereça no dia. A comunidade poderia 
interagir e participar de atividades interessantes. Poderiam ser feitas gincanas, festas e até churrascos dentro da 
escola.
(Juliana Araújo e Souza)
1º passo
• Ler o texto em voz alta, identificando as informações explícitas através de perguntas que
podem ser respondidas oralmente;
• Promover uma discussão com os alunos a partir do tema e dos assuntos abordados. 
2º passo
• Identificar os elementos que constituem a textualidade, ou seja, aqueles elementos que
constroem a articulação entre as diversas partes de um texto: a coerência e a coesão;
• Identificar as palavras e/ou as expressões conectoras – sejam conjunções, preposições,
advérbios e respectivas locuções – que criam e sinalizam relações semânticas de diferentes
naturezas. 
3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
que contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (D) adição.
A escolha das demais alternativas pressupõe que o aluno, provavelmente, não compreendeu
que as ideias estão interligadas por meio de conectivos adequados para a coesão e a coerência do
texto. O aluno precisa perceber que as duas ações colocadas em relação, na sentença em análise,
relacionam-se entre si em forma de continuidade, ambas devem acontecer. Por esse motivo, o
conectivo que liga essas ações é uma conjunção aditiva: a comunidade pode fazer as duas coisas –
interagir e participar de atividades interessantes.
Leia o texto e responda.
(CARRIÈRE, Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contosfilosóficos do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.)
É preciso se levantar cedo?
A partir do momento em que a lógica popular desenrola diante de nós sua sequência de surpresas, é 
inevitável que vejamos surgir a figura do grande contador de histórias turco, Nasreddin Hodja. Ele é o mestre 
nessa matéria. Aos seus olhos a vida é um despropósito coerente, ao qual é fundamental que nós nos 
acomodemos.
Deste modo, quando era jovem ainda, seu pai um dia lhe disse:
– Você devia se levantar cedo, meu filho.
– E por quê, pai?
– Porque é um hábito muito bom. Um dia eu me levantei ao amanhecer e encontrei um saco de ouro no 
meu caminho.
– Alguém o tinha perdido na véspera, à noite?
– Não, não – disse o pai. – Ele não estava lá na noite anterior. Senão eu teria percebido ao voltar para 
casa.
– Então – disse Nasreddin –, o homem que perdeu o ouro tinha se levantando ainda mais cedo. Você 
está vendo que esse negócio de levantar cedo não é bom para todo mundo.
15. O uso do vocábulo “então”, que abre a fala final de Nasreddin, serve para que apresente ao seu
pai
(A) a conclusão que tirou da resposta.
(B) a hora de encerrarem aquela conversa.
(C) a justificativa para acordar mais tarde.
(D) a hipótese de que o pai estava com a razão.
Resolução
1º passo
• Fazer a predição do texto a partir do título e levantar hipóteses acerca do tema e dos 
assuntos que poderão fazer parte do seu enunciado. 
2º passo
• Fazer a leitura em voz alta do texto, selecionando as informações mais relevantes sugeridas 
oralmente pelos alunos, para que haja de fato, a compreensão do texto;
• Identificar as informações explícitas no texto por meio de perguntas que podem ser 
respondidas oralmente;
• Reconhecer as relações semânticas estabelecidas por elementos de conexão para a apreensão
da coerência do texto;
• Focalizar as expressões sinalizadoras e seu valor semântico, sejam conjunções, preposições
ou locuções adverbiais.
 3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
que contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (C) a justificativa para acordar mais tarde.
A escolha das outras alternativas pressupõe que o aluno não reconheceu o propósito
comunicativo que está sendo veiculado pelo trecho em análise. É importante mostrar aos alunos que
a simples tarefa de identificar os conectivos não garante a interpretação coerente, sendo esta
apreendida a partir do momento em que se observa a função comunicativa por trás do uso.
O aluno que escolheu a alternativa (A) a conclusão que tirou da resposta, provavelmente,
atentou somente para o conectivo “então”, pois este, frequentemente, encabeça sentenças
conclusivas. Mas, neste contexto específico, não é essa sua função.
Já aquele que optou pela alternativa (B) a hora de encerrarem aquela conversa levou em
consideração que a sentença em análise é a última fala do trecho, portanto, é a frase que encerra a
conversa. Entretanto, não é esta sua função.
Por fim, a opção pela alternativa (D) a hipótese de que o pai estava com a razão é a que
mais se distancia da interpretação coerente com o texto, pois, ao argumentar sobre a hipótese de ter-
se levantado ainda mais cedo o homem que perdeu o ouro, revela a intenção comunicativa de
mostrar que ele próprio, Nasreddin, é que estava com a razão, e não seu pai. Essa interpretação pode
ser confirmada pelo próprio título do texto: ao se questionar sobre a real necessidade de se levantar
cedo, o protagonista já dá pistas de sua postura frente a esse assunto, e essa postura é confirmada ao
final do texto, quando ele justifica sua opinião, valendo-se do mesmo raciocínio que seu pai utiliza.
Leia o texto e responda.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei. Rio de Janeiro: Record, 1997.
16. No trecho “Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças” (2° parágrafo), o termo em
destaque refere-se ao seguinte termo do 1° parágrafo
(A) cravina (linha 3).
(B) gerânio (linha 4).
(C) girassol (linha 4).
(D) homem bonito (linha 5).
Resolução
1º passo
• Fazer a predição do texto a partir do título e levantar hipóteses acerca do tema e assuntos do 
texto. 
 2º passo
• Fazer a leitura em voz alta do texto e selecionar as informações mais relevantes e sugeridas 
oralmente pelos alunos, para uma melhor compreensão do texto;
• Identificar as informações explícitas no texto por meio de perguntas que podem ser 
respondidas oralmente;
• Reconhecer as relações semânticas estabelecidas por elementos de conexão para a apreensão
da coerência do texto; 
• Focalizar as expressões sinalizadoras e seu valor semântico, sejam conjunções, preposições
ou locuções adverbiais.
 3º passo
Maneira de amar
O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas 
a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não 
fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para 
não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. 
Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida. 
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, 
aparentemente não fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho. 
Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o 
girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do 
homem. “Você o tratava mal, agora está arrependido?” “Não, respondeu, estou triste porque agora não posso 
tratá-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso, e gostava”.
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução da questão e considerar a alternativa
que contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas. 
A alternativa de resposta correta é (C) girassol (linha 4).
A escolha das outras alternativas pressupõe que o aluno não consegue reconhecer as
substituições que colaboram com a progressão textual. Reconhecer os termos referenciados por
pronomes e outros conectivos que apresentam essa função é revelar uma habilidade leitora. 
Todos os personagens apresentados nas alternativas aparecem no primeiro parágrafo e com
todos eles o jardineiro conversava. Observando a ordem de introdução de cada personagem, temos:
cravina – gerânio – girassol. O aluno que optou pela alternativa (A) cravina (linha 3) atentou para o
primeiro personagem que aparece nas conversas do jardineiro, e a este relacionou a referência do
pronome “lhe”.
Aquele que optou pela alternativa (B) gerânio (linha 4) atentou para um detalhe: este
personagem é apresentado em uma sentença na qual há a estrutura Verbo + lhe. Ao reconhecer a
mesma estrutura do enunciado do item, ele optou erroneamente por essa alternativa.
Por fim, o aluno que escolheu a alternativa (D) homem bonito (linha 5) levou em
consideração a proximidade deste referente com a frase em análise, já que, de todos os personagens
apresentados nas alternativas (A), (B) e (D), este é o que está mais próximo, o que pode ter
influenciado a escolha.
(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.
Época, 17/02/03. p. 451. 
17. Na frase “… disse que se o câmbio continuasse…”, a palavra em destaque estabelece uma
relação de
(A) tempo.
(B) consequência.
(C)causa.
(D) condição.
 
Resolução
1º passo
• Fazer uma predição a partir do título do texto e explorar as diferentes opiniões dos alunos
sobre o possível assunto do texto;
• Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos alunos.
A ideia surgiu quando um amigo, Ken Marshall, dono de uma importadora de vinhos, disse que, se o 
câmbio continuasse disparando, voltaria para o antigo negócio de exportação de móveis artesanais brasileiros…
2º passo
• Ler o texto em voz alta e identificar as informações explícitas através de perguntas que
podem ser respondidas oralmente;
• Tirar dúvidas quanto ao vocabulário;
• Promover uma discussão com os alunos a partir do tema e dos assuntos abordados no texto;
• Identificar os elementos que constituem a textualidade, ou seja, aqueles elementos que
constroem a articulação entre as diversas partes de um texto: a coerência e a coesão;
3º passo
• Ler oralmente o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução do item e considerar a alternativa que
contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas.
A alternativa de escolha correta é (B) condição.
A escolha das alternativas de resposta (A) tempo, (B) consequência e (C) causa demonstra a
compreensão por parte dos alunos de que as ideias de uma frase estão interligadas por meio de
conectivos, porém ainda não há o reconhecimento exato da relação estabelecida pelo conectivo
dessa frase. A relação de tempo pode ser identificada se levarmos em consideração a seguinte
interpretação: “o antigo negócio de exportação de móveis artesanais voltaria depois que o câmbio
continuasse disparando”; a relação de consequência se explicaria da seguinte forma: “o câmbio
continua disparando, a consequência seria a volta para o antigo negócio de exportação de móveis
artesanais brasileiro”; por fim, a relação de causa pode ser identificada se levamos em consideração
a seguinte interpretação: “a causa de voltar o antigo negócio de exportação de móveis artesanais
brasileiros é o câmbio continuar disparando”.
Apesar de serem possíveis essas interpretações, é necessário atentar para o conectivo que
estabelece a ligação direta entre as ideias, e, neste caso, a conjunção se tem a carga semântica
inerentemente de condição, gabarito do item.
(AvaliaBH). Leia o texto abaixo.
ROSA, Guimarães. Grande Sertão Veredas. Apud Estudos de Língua e Literatura. São Paulo: Moderna, 5 ed.
1998, p. 201.
18. O trecho que exprime uma circunstância de tempo é
(A) “Desde aquele dia é que somos amigos.”. (ℓ. 8)
(B) “Assim eu ouvi, era tão singular.”. (ℓ. 13)
(C) “Daquela mão, eu recebia certezas.”. (ℓ. 14-15)
(D) “Adivinhei o que nós dois queríamos”. (ℓ. 16)
Resolução
1º passo
• Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca do seu tema e assunto.
2º passo
• Fazer a leitura em voz alta do texto e selecionar as informações mais relevantes, sugeridas
oralmente pelos alunos, para uma compreensão mais coerente do texto;
• Levar os alunos a compreender que a atribuição de sentidos relativos a um texto depende da
adequada interpretação de seus componentes;
• Identificar os elementos que constituem a textualidade, ou seja, aqueles elementos que
constroem a articulação entre as diversas partes de um texto: a coerência e a coesão;
• Focalizar as expressões sinalizadoras e seus valores semânticos, sejam conjunções,
preposições ou locuções adverbiais.
3º passo
“Amizade dada é amor”
– “Riobaldo, pois tem um particular que eu careço de contar a você, e que esconder mais não posso… 
Escuta: eu não me chamo Reinaldo de verdade. Este é nome apelativo, inventado por necessidade minha, carece de 
você não me perguntar por quê. Tenho meus fados. A vida da gente faz sete voltas – se diz. A vida nem é da 
gente…” 
Ele falava aquilo sem rompante e sem entonos, mas antes com pressa, quem sabe se com tico de pesar e 
vergonhosa suspensão.
– “Você era menino, eu era menino… Atravessamos o rio na canoa… nos topamos naquele porto. Desde 
aquele dia é que somos amigos.”
Que era, eu confirmei. E ouvi:
– “Pois então: o meu nome, verdadeiro, é Diadorim… Guarda este meu segredo.
Sempre, quando sozinhos a gente estiver, é de Diadorim que você deve me chamar, digo e peço, 
Riobaldo…”
Assim eu ouvi, era tão singular. Muito fiquei repetindo em minha mente as palavras, modo de me 
acostumar com aquilo. E ele me deu a mão. Daquela mão, eu recebia certezas. Dos olhos. Os olhos que ele punha 
em mim, tão externos, quase tristes de grandeza. Deu alma em cara. Adivinhei o que nós dois queríamos – logo eu 
disse:
– “Diadorim… Diadorim!” – com uma força de afeição. Ele sério sorriu.
• Ler o item e todas as alternativas propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução do item e considerar a alternativa que
contempla a resposta correta;
• Discutir o equívoco das demais alternativas.
A alternativa de resposta correta é (A) “‘Desde aquele dia é que somos amigos.’”. (ℓ. 8).
A escolha das demais alternativas sinaliza que os alunos não compreenderam a exata relação
lógico-discursiva evidenciada entre as ideias apresentadas nas alternativas de escolha. A única que,
de fato, explicitamente, marca uma relação temporal é a alternativa do gabarito. 
Leia o texto.
(Revista Ciência Hoje das Crianças, número 200,
contracapa)
19. O verso do poema “O jardineiro” que indica a passagem do tempo é
(A) “Na lida sai janeiro, entra janeiro.”
(B) “trabalha com prazer e sem atalho .”
(C) “faz bem o seu dever, o jardineiro.”
(D) “As flores são os frutos do trabalho.”
Resolução
1º passo
• Fazer a predição a partir do título do texto e levantar hipóteses acerca do seu tema e assunto.
O JARDINEIRO
(Marcelo R. L. Oliveira)
Orquídeas, girassóis e margaridas,
perpétuas, amarílise, hortênsias
são flores bem cuidadas, coloridas,
tratadas com a maior das paciências.
De traços belos, raros e precisos,
é um quadro perfumado esse jardim.
Há lírios, rosas, dálias e narcisos,
begônias, buganvílias e um jasmim.
Na lida sai janeiro, entra janeiro,
trabalha com prazer e sem atalho,
faz bem o seu dever, o jardineiro.
As flores são os frutos do trabalho.
São elas tão vistosas e agradáveis
que todos querem ver as suas cores.
- Quem é o jardineiro? – Indagam, amáveis.
- Olindo Jardim das Flores!
2º passo
• Fazer a leitura em voz alta do texto e selecionar as informações mais relevantes, sugeridas
oralmente pelos alunos, para uma compreensão mais coerente do texto;
• Levar os alunos a compreender que a atribuição de sentidos relativos a um texto depende da
adequada interpretação de seus componentes;
• Identificar os elementos que constituem a textualidade, ou seja, aqueles elementos que
constroem a articulação entre as diversas partes de um texto: a coerência e a coesão;
• Focalizar as expressões sinalizadoras e seus valores semânticos, sejam conjunções,
preposições ou locuções adverbiais.
3º passo
• Ler o item e todas as alternativas propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução do item e considerar a alternativa que
contempla a resposta correta;
• Discutir o equívoco das demais alternativas.
A alternativa de resposta correta é (A) “Na lida sai janeiro, entra janeiro.”
Este verso é o único que marca a passagem do tempo, através de marcas linguísticas, o
próprio nome do mês, repetido na expressão, dando ênfase, portanto, ao passar do tempo. As outras
alternativas apresentam os versos seguintes a este em destaque, o que evidencia que é ele que marca
essa passagem do tempo.
(SPAECE – 2016) Leia o texto abaixo.
URBIM, Emiliano. Superinteressante. Dez. 2010. p. 64-65. Fragmento.
20. Nesse texto, no trecho “Mas a ciência tem uma receita diferente:...” (ℓ. 5), a palavra destacadaestabelece relação de
(A) oposição.
(B) conclusão.
(C) explicação.
Mercado do tempo
Natal já tá aí. O ano passou voando. É a vida, cada vez mais corrida. Vinte e quatro horas é pouco – 
precisava um dia maior para pôr tudo em dia. Contra esses lugares-comuns, boa parte dos manuais prescreve doses 
regulares de priorização, planejamento, marketing, lembretes, listas e agendas, analógicos e digitais. Mas a ciência 
tem uma receita diferente: você não vai aprender a controlar seu tempo encarando um calendário. Antes, é 
necessário olhar para outros lugares. [...] É no dia a dia que se revela nossa habilidade de cumprir planos.
Não é algo que você nasce sabendo. A forma como você gasta e às vezes ganha tempo é influenciada por 
fatores culturais, geográficos e econômicos. Tudo isso resulta na sua orientação temporal, uma fórmula pessoal de 
encarar passado, presente e futuro. Mas uma coisa vale para todos nós: o tempo passa. Melhor aprender seu ritmo, 
antes que ele acabe ultrapassando você.
(D) adição.
Resolução
1º passo
• Fazer a predição do texto a partir do título e levantar hipóteses acerca do tema e dos
assuntos que poderão compor seu sentido; 
• Formular inferências a partir das hipóteses e informações dadas oralmente pelos alunos.
 2º passo
• Fazer a leitura em voz alta do texto e selecionar as informações mais relevantes, sugeridas
oralmente pelos alunos, para que haja, de fato, a compreensão do texto;
• Identificar as informações explícitas no texto por meio de perguntas que podem ser
respondidas oralmente;
• Estabelecer relações entre as teses e os argumentos apresentados no texto;
• Reconhecer as relações semânticas estabelecidas por elementos de conexão para a apreensão
da coerência do texto;
• Focalizar as expressões sinalizadoras e seus valores semânticos, sejam conjunções,
preposições ou locuções adverbiais.
3º passo
• Ler o item e todas as alternativas de escolha propostas;
• Retomar o trecho correspondente à possível resolução do item e considerar a alternativa que
contempla a resposta correta;
• Explicar o equívoco das demais alternativas.
A alternativa de resposta correta é (D) oposição.
A escolha das alternativas (A) conclusão, (B) explicação e (C) adição pressupõe que o aluno
compreendeu que há uma relação semântica estabelecida entre o trecho em análise e as demais
frases do primeiro parágrafo do texto, mas não reconheceu que relação é essa. São apresentados
vários exemplos de que o tempo é curto, de que é preciso planejamento e priorização das atividades
que se deseja executar durante o dia, senão o indivíduo não dá conta. A partir do trecho em destaque
neste item, o viés argumentativo muda de rumo, não haverá a continuação desse raciocínio, mas
uma quebra dele, ou seja, a partir do trecho em análise, o autor vai apresentar uma contra-
argumentação, por isso a relação que se estabelece entre o trecho em análise e o que se vinha
discorrendo é de oposição: a ciência traz uma sugestão contrária ao que se esperava, não é se
apegando ao calendário que o indivíduo vai conseguir controlar o tempo e, assim, executar suas
atividades. E é o conectivo mas que marca essa relação.

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