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Aula 02 Doc. Fonte O Boletim de Ocorrência Criminal

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DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA 
SEGURANÇA PÚBLICA 
Aula 2: Doc. Fonte - O Boletim de 
Ocorrência Criminal 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 1 
Índice 
 
Aula 2: Doc. Fonte - O Boletim de Ocorrência Criminal ........................................................ 2 
Introdução .......................................................................................................................... 2 
Conteúdo ............................................................................................................................ 3 
Documentação fonte de dados da análise criminal ................................................... 3 
Composição do boletim de ocorrência ........................................................................ 5 
Modelos preditivos de análise ....................................................................................... 14 
Tipos de planejamento ................................................................................................... 17 
Estratégias de policiamento .......................................................................................... 19 
Planejamento na prática ................................................................................................ 21 
Avaliação do planejamento ........................................................................................... 30 
Atividade proposta .......................................................................................................... 31 
Aprenda Mais ................................................................................................................... 31 
Referências ....................................................................................................................... 32 
Exercícios de fixação ..................................................................................................... 34 
Notas ................................................................................................................................... 40 
Chaves de resposta ............................................................................................................. 41 
 
 
 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 2 
Dados Criminais na Gestão da Segurança 
Pública 
Apostila 
Aula 2: Doc. Fonte - O Boletim de Ocorrência Criminal 
Introdução 
Nesta aula, entenderemos a importância do boletim de ocorrência criminal 
como principal instrumento de coleta de dados criminais, veremos alguns tipos 
de boletim utilizados por forças de Segurança Pública no Brasil, conheceremos 
como sistemas inteligentes podem revolucionar o futuro do policiamento por 
meio das técnicas de análise preditiva, e veremos os tipos de planejamento e as 
estratégias de policiamento. 
 
Objetivo: 
1. Conhecer os tipos de boletins de ocorrência criminal utilizados em algumas 
forças policiais; 
2. Compreender a importância da análise criminal para a melhor distribuição de 
recursos no planejamento policial. 
 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 3 
Conteúdo 
Documentação fonte de dados da análise criminal 
Como pudemos ver em nossa aula anterior, os dados a serem analisados 
podem vir de qualquer lugar, podendo advir de fontes policiais ou até mesmo 
não policiais. Porém, os registros realizados em sede policial, cujo nome pode 
variar de uma organização para outra (em geral, é chamado de boletim de 
ocorrência, ou conhecido simplesmente como BO), ao nosso entender, é a peça 
mais importante de um procedimento policial: por meio dele uma notícia antes 
não divulgada torna-se pública para fins investigativos. 
O BO pode ser entendido como o clamor da sociedade em busca de justiça, 
pois, muitas vezes, o cidadão que procura um órgão policial, muito antes de 
querer apurar a autoria do feito, quer apenas ser ouvido e que as suas 
declarações sejam tomadas a termo para surtirem os efeitos legais. 
 
O boletim de ocorrência (BO) é o registro formal elaborado pela instituição 
policial após a ocorrência de um fato. Faz-se necessário entender o conceito de 
ocorrência. 
 
“Ocorrência policial é todo fato ou ato que necessite da intervenção da polícia 
militar.” (MOREIRA; ABREU, 2010. p. 18) 
A Constituição Federal de 1988, no Artigo 144, parágrafo 5º, atribui às polícias 
militares, dois grandes campos de atuação: “a polícia ostensiva e a preservação 
da ordem pública”. O primeiro campo é entendido como a vigilância das 
atividades normais da sociedade e de intervenção naquilo que se apresente 
como anormal, em geral, um ilícito penal. O policiamento ostensivo, com isso, 
tem por objetivo inibir práticas infracionais. O segundo campo de atuação, a 
preservação da ordem pública, é o esforço para manutenção da ordem jurídica, 
no estado de normalidade, seu restabelecimento quando rompida e seu 
aperfeiçoamento quando necessário (TELLES, 2014). 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 4 
 
Atenção 
 Vários estados disponibilizam o registro também pela internet 
como um serviço disponibilizado ao usuário que não queira se 
deslocar até a delegacia para alguns tipos de ocorrência, tais 
como extravio de objetos e documentos, furto de objetos e 
acidente de trânsito sem vítima. 
 
Embora a contabilização dos BO seja o instrumento pelo qual as estatísticas 
oficiais são elaboradas, para que se entenda o retrato fiel do universo de crimes 
cometidos em uma determinada área, a quantificação de outros dados pode ser 
útil, como é o caso das pesquisas de vitimização. Além disso, a variação das 
estatísticas oficiais de criminalidade pode estar refletindo flutuações causadas 
por práticas policiais mais ou menos intensas, assim como pela disponibilidade 
do acesso do usuário ao sistema de segurança pública, assim como eventos 
sazonais, crescimento populacional ou implantação de novas formas de 
policiamento. 
 
Essa variação fica bem caracterizada ao se observar o gráfico apresentado, que 
representa o constante aumento dos registros de ocorrência no estado do Rio 
de Janeiro, com aproximadamente mais 71 % de ocorrências ao longo dos 
últimos 12 anos, aumento bem superior ao crescimento populacional (cerca de 
12%, conforme censo do Instituto Brasileiro de Geografia – IBGE em 2010). 
 
Figura 1 – Número de ocorrências registradas pela Policia Civil do Rio de 
Janeiro 
 
 
 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 5 
Fonte: ISP. Balanço das Incidências Criminais e Administrativas no 
Estado do Rio de Janeiro – 2013. Disponível em: 
http://arquivos.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/uploads/BalancoAnual2013.pdf 
Acesso em: 31 jul. 2015. 
 
A recente mudança em alguns estados no sentido de uniformizar o 
preenchimento do boletim de ocorrência para as polícias Militar e Civil vem ao 
encontro da necessidade de se acabar com a duplicidade de estatísticas 
decorrentes de bancos de dados separados. 
 
Composição do boletim de ocorrência 
Existe um padrão de produção de BO que deve ser seguido por todos, 
dependendo unicamente das normatizações internas das instituições policiais. 
 
No ato do preenchimento do BO, o policial responde aos quesitos em um 
formulário impresso composto quase sempre de campos de questionário 
fechado, sendo o campo destinado ao histórico da ocorrência um campo de 
questionário aberto. 
 
Geralmente, há uma orientação para o desenvolvimento do texto contendo 
informações imprescindíveis relacionadas à dinâmica do acontecimento dos 
fatos, bem como a formulação das declarações da vítima e do agente, 
depoimentos de testemunhas, observações referentes ao local docrime, entre 
outras. Nesse tipo de coleta, não há uma estrutura textual rígida a ser seguida, 
observa-se que há uma abertura para o policial narrar os dados que ele colheu 
e observou no local da ocorrência. 
Contudo, vale ressaltar que a observação do local passa pela percepção 
individual de cada policial. 
 
 Dificuldade ou comprometimento da elucidação de um fato infracional; 
 Ensejar o afastamento do policial da sua atividade para prestar o devido 
esclarecimento em juízo; 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 6 
 
 Dificuldade de tabulação e tratamento estatístico dos dados; 
 Falha na produção de mapas criminais. 
 A seguir, vamos acompanhar a estrutura geral de um BO. 
 
Estrutura geral do boletim de ocorrência (BO) 
Embora façam parte de um mesmo documento, para facilitar o entendimento 
didático podemos classificar de forma generalizada a organização de um 
Boletim quanto às suas partes em: 
 
Modelos de boletim utilizados nas diversas instituições policiais 
A maioria dos estados segue a mesma estrutura de arrumação dos dados, com 
pequenas diferenças entre eles, contendo mais ou menos variáveis dependendo 
do entendimento dos setores de planejamento policial acerca do que deve ser 
importante coletar durante as ocorrências. 
 
Figura 7. Modelo de um BO do Estado de Alagoas para o delito de Furto, 
disponível em http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=160584&e=12, 
acesso em 18jan2015. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 7 
Figura 8. Modelo de um BO de Homicídio da Polícia Civil do Rio de Janeiro, 
disponível em http://www.sistemastaticos.com.br/artigos/docfonteanalise.htm, 
acesso em 18jan2015. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 8 
 
Figura 9. Modelo de um BO de Ameaça da Polícia Civil do Maranhão, disponível 
em http://edvaldoreporter.blogspot.com.br/2010/04/pereirinha-e-ameacado-
por-donos-de.html, acesso em 18jan2015. 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 9 
Figura 10. Modelo de um BO de Ameaça da Polícia Civil do Mato Grosso, 
disponível em http://www.rdnews.com.br/eleicoes/servidor-denuncia-dilemario-
por-agressao-e-ameaca-confira-bo/36698, acesso em 18jan2015 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 10 
Automatização das coletas de dados dos BO 
A extração de dados dos BO necessita ser automatizada para suporte das 
atividades de análise de dados com foco no planejamento operacional das 
ações de polícia. Dessa maneira, não há como pensar em preenchimento de BO 
pelo policial durante o atendimento de ocorrências sem que seja oferecido o 
suporte necessário à sistematização de dados. 
Figura 11. Infográfico do atendimento 190 e preenchimento do BO por meio do 
sistema TIDE1 
 
 
 
 
 
1
 O TIDE, sigla para Teleatendimento Integrado de Demandas Emergenciais, é um núcleo integrador de 
aplicativos e tecnologias destinadas a dar suporte ao atendimento oferecido pelo Centro Integrado de 
Comando e Controle (CICC). O aplicativo contempla todo o processo de atendimento de emergências – 
do despacho ao preenchimento do Boletim de Ocorrência – com geração de relatórios para fins 
gerenciais. 
Desenvolvido a partir de um Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Segurança Pública do 
Rio de Janeiro (SESEG-RJ) e a Geocontrol, o sistema teve como base a realidade Brasileira e integra 
informações das áreas operacionais das forças emergenciais (Polícia Militar, Bombeiros, SAMU e outras) 
que, associadas ao sistema de rastreamento veicular Georast e ao computador militar robustecido 
embarcado Conecta, permite mobilização rápida de todos os recursos necessários ao atendimento 
eficiente de qualquer fato em grandes cidades e eventos. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 11 
 
A figura acima é o exemplo de sistema para atendimento de emergências 
implantando no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) no Estado do 
Rio de Janeiro. 
 
Fonte: Geocontrol - http://ideiagrafica.com.br/~geocontr/tide 
As bases de dados de ocorrências policiais são formadas a partir da extração 
dos dados nos diversos sistemas de gestão de ocorrências. 
 
Tentativa de padronização e criação de um modelo único 
nacional 
Os formulários de BO poderão passar a ser padronizados nacionalmente; a ideia 
seria facilitar o trabalho da polícia e o intercâmbio de informações entre os 
estados. É o que prevê proposta de lei do Senado que se encontra em 
tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara. 
 
Pelo Projeto PLS nº 65/2006, em tramitação conjunta com o projeto PLS nº 
227/2012, são várias as informações que deverão constar obrigatoriamente em 
todos os boletins de ocorrência, e, ainda que não seja possível concluir qual 
delito foi cometido, deverá ser indicado o tipo provável e registrada a ressalva 
no campo das observações. 
 
A justificativa para a padronização do boletim de ocorrência, segundo o autor, 
senador Valdir Raupp (PMDB-RO), atualmente cada estado define o modelo de 
boletim que entende mais adequado, “isso sem falar na inexistência de regras 
para preencher o documento”. Dessa situação, frisa o autor, resultam registros 
deficientes e mesmo incorretos das ocorrências, impossibilitando que se 
conheça com fidelidade o quadro da segurança pública no país, o que 
comprometerá a eficácia das ações policiais e dos programas implementados no 
setor. 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 12 
“‘A padronização dos boletins permite a elaboração de estatísticas confiáveis e a 
instituição de um banco nacional de dados sobre segurança pública, a partir dos 
quais as autoridades podem elaborar planos para reduzir a ocorrência dos 
delitos’, assinalou a relatora do PLS nº 65/2006, senadora Kátia Abreu (DEM-
TO).” (AGÊNCIA SENADO). 
 
Sistemas inteligentes – epistemologia 
Entenderemos como a evolução da tecnologia pode auxiliar os sistemas de 
segurança pública. 
 
Sistemas inteligentes são sistemas que incorporam aspectos habitualmente 
associados ao comportamento inteligente humano, tais como percepção, 
raciocínio, aprendizagem, evolução, adaptação, autonomia, interação social e 
proatividade. Historicamente, esse tem sido o principal foco de interesse de 
estudo da inteligência artificial; entretanto, o dinamismo do mundo 
contemporâneo tornou tais características uma necessidade em praticamente 
todos os sistemas. 
 
Com o passar dos anos e o acelerado desenvolvimento tecnológico, sistemas 
inteligentes estão a se tornando cada vez mais factíveis e já passam a fazer 
parte do cotidiano do cidadão comum. Adicionalmente, o grande potencial da 
sua aplicação em diferentes áreas do conhecimento e setores da sociedade está 
tornando o interesse no seu desenvolvimento cada vez mais interdisciplinar, 
com contribuições de diversas áreas, não só da engenharia, ciência de 
computadores e informática, mas também das ciências sociais e humanas. 
 
Também pode ser definido como o ramo da ciência da computação que se 
ocupa do comportamento inteligente ou, ainda, o estudo de como fazer os 
computadores realizarem coisas que, atualmente, os humanos fazem melhor. 
 
O principal objetivo dos sistemas de IA (inteligência artificial) é executar 
funções que, caso um ser humano fosse executar, seriam consideradas 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 13 
inteligentes. É um conceito amplo, que recebe tantas definições quanto damos 
significados diferentes à palavra inteligência. 
 
Hoje em dia, são várias as aplicações na vida real da inteligência artificial: 
jogos,programas de computador, aplicativos de segurança para sistemas 
informacionais, robótica (robôs auxiliares), dispositivos para reconhecimentos 
de escrita à mão e reconhecimento de voz, programas de diagnósticos médicos 
e muito mais. As aplicações práticas da inteligência artificial para as empresas 
são muitas. 
 
Os produtos com IA foram desenvolvidos para ajudá-lo a racionalizar e 
gerenciar uma empresa, objetivando aumentar a sua produtividade, bem como 
colocá-lo à frente dos seus concorrentes com significativo retorno na relação 
custo/benefício. 
 
A robotização, o auxílio a projetos de engenharia e o auxílio à própria 
programação de computadores são algumas das aplicações práticas da 
inteligência artificial. Essa tecnologia informática de vanguarda permite a 
criação de programas mais "inteligentes", entre os quais os sistemas 
especialistas capazes de tarefas complexas, como a criação de modelos 
preditivos de análise criminal que possam auxiliar no planejamento otimizado 
da distribuição de recursos humanos. 
 
Entre os temas mais comumente abordados nos periódicos relacionados à 
inteligência artificial estão: 
• Sistemas baseados em conhecimento em aquisição de conhecimento; 
• Conceitos sobre aprendizado de máquina; 
• Indução de regras e árvores de decisão; 
• Redes neurais artificiais. 
• Sistemas fuzzy; 
• Sistemas neurofuzzy; 
• Computação evolutiva; 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 14 
• Sistemas inteligentes híbridos. 
• Agentes e multiagentes; 
• Mineração de dados; 
• Mineração de texto. 
 
 
Atenção 
 Dentre esses, os que possuem maior interação com a área de 
segurança pública, devido às suas características e 
funcionalidades, são os sistemas baseados em lógica fuzzy, 
redes neurais e mineração de dados. 
 
Modelos preditivos de análise 
Em artigo publicado na Revista CIO de dezembro de 2014, Cezar Taurion, autor 
de seis livros sobre open source, inovação, cloud computing e big data, aborda 
modelos preditivos de análise: 
 
“O que é um modelo preditivo? 
A resposta é simples: uma função matemática que, aplicada a uma massa de 
dados, consegue identificar padrões ocultos e prever o que poderá ocorrer. 
Prever o futuro sempre foi um desafio e uma busca incessante... Daí a leitura 
da palma das mãos, a astrologia, etc. Agora, podemos pensar, sim, que é 
possível fazer previsões bastante razoáveis” (Cezar Taurion). 
 
Identificar padrões e tendências do crime baseado em eventos repetitivos no 
passado com a intenção de desenhar prováveis cenários futuros pode ser o 
foco de inovação do policiamento preditivo, que representa a versão mais 
contemporânea de uma linha de filosofia de gestão da segurança pública 
iniciada há anos atrás com a chamada "polícia comunitária". 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 15 
 
Atenção 
 Entre os conceitos de polícia comunitária e policiamento 
preditivo estão, na “linha de gestão” aludida, “policiamento 
orientado por problemas” e “policiamento guiado pela 
inteligência”. 
O denominador comum entre todas elas, ao que parece, é a 
integração de esforços entre a segurança pública e a 
comunidade. Tais esforços podem ser materializados na troca 
ativa de informações sobre o crime, criminosos e questões 
conexas, fruto da construção de um clima de confiança e 
respeito entre a comunidade e a polícia, com forte fundamento 
na filosofia e valores da doutrina de Direitos Humanos. 
 
O policiamento preditivo vem sendo apresentado na literatura pela máxima “de 
sentir e responder para prever e atuar”. Se a transposição entre responder e 
atuar marca uma superação da “reatividade”, algo por ser buscado em relação 
à “proatividade” tão aclamada no contexto genérico do policiamento 
comunitário, já a transposição entre “sentir e prever” não parece tão óbvia e de 
entendimento tão contextual. 
De fato, o que parece existir de novo e diferencial entre o policiamento 
preditivo e o policiamento orientado por problemas ou o policiamento guiado 
pela inteligência é a tecnologia envolvida no processo correspondente de 
análise de dados para implementação do novo modelo de gestão. 
 
O salto qualitativo entre o policiamento guiado pela inteligência e o 
policiamento preditivo está na maior antecipação proporcionada pelo último 
deles em relação ao primeiro (possibilitando “atuar” ao invés de apenas 
“responder”). 
Na prática, seria como poder antever “pontos quentes” antes mesmo da sua 
constituição. Na teoria, a localização espaço-temporal desses fatores adversos à 
segurança pública seria determinável com o concurso de instrumentos 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 16 
tecnológicos (mineração de dados e utilização de sistemas de informação 
geográfica). 
 
Trata-se da previsão por intermédio da utilização de modelos probabilísticos 
que utilizam dados legados do passado e forte modelagem analítica operacional 
com base em tecnologias para projeção de cenários, já existentes em áreas 
aparentemente distantes da gestão da segurança pública, caso da 
epidemiologia médica, segurança bancária e inteligência financeira. 
 
É no atual contexto da Tecnologia da Informação (TI) que tais “modelos 
preditivos” estão sendo elaborados e materializados, apesar de não haver ações 
concretas no cenário brasileiro, com suas possibilidades de acerto sendo 
paulatinamente incrementadas em direção a um teoricamente possível, mas 
quase que certamente inalcançável 100% em termos práticos. Com tudo isso, a 
diferença probabilística entre o “antes” e o “depois” pode fazer a diferença 
entre “responder” e “atuar”. A seguir, veja como é realizado o planejamento de 
ações policiais. 
 
Planejamento de ações policiais 
Segundo Tavares (1991, p. 68), planejamento pode ser definido como: “o 
conjunto previamente ordenado de ações com o fim de alcançar os objetivos, 
compreendendo a alocação de recursos humanos, materiais e financeiros, e 
procedimentos de avaliação”. 
O processo de planejamento compreende uma ampla faixa de atividades, em 
toda a extensão, que vai do sentimento inicial de que algo precisa ser feito até 
a decisão firme sobre quem fará, o que e quando. Enfim, o planejamento não é 
algo que se faça uma só vez, mas um processo que precisa ser repetido com 
regularidade. O elemento importante não é o plano, mas sim a atividade 
criativa de planejar. 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 17 
Tipos de planejamento 
Segundo Oliveira (1998), são distinguidos três tipos de planejamento nos 
grandes níveis hierárquicos: estratégico, operacional e tático. 
 
Planejamento estratégico 
É conceituado como um processo gerencial que possibilita estabelecer o rumo a 
ser seguido pela empresa, com vistas a obter um nível de otimização na relação 
da empresa com o seu ambiente, sendo, normalmente, de responsabilidade dos 
níveis mais alto da empresa e dizendo respeito tanto à formulação de objetivos 
quanto à seleção dos tipos de ação a serem seguidos para a sua consecução, 
levando-se em conta as condições externas e internas à empresa e sua 
evolução esperada. 
 
Planejamento tático 
Tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a empresa 
como um todo. Portanto, trabalha com decomposições dos objetivos, 
estratégias e políticas estabelecidas no planejamento estratégico, sendo 
desenvolvido em níveis organizacionais inferiores e tendo como principal 
finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução dos 
objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada. 
 
Planejamento operacional 
Pode ser considerado a formalização,principalmente através de documentos 
escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. 
Nessa situação, têm-se, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais 
que correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planejamento 
tático. 
O planejamento operacional se caracteriza pelo detalhamento com que 
estabelece as tarefas e operações, pelo caráter imediatista, focalizando apenas 
o curto prazo, e pela abrangência local, abordando uma tarefa ou uma 
operação a ser desenvolvida pela execução. Ele é constituído de uma infinidade 
de planos e ordens que proliferam dentro das organizações com o intuito de 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 18 
otimizar e maximizar resultados Embora não exista uma linha divisória 
perfeitamente definida a partir da qual o gestor público possa efetuar uma 
distinção nítida entre essas três modalidades de planejamento, cabe destacar 
que o uso das estatísticas criminais pode ser considerado tanto no 
planejamento estratégico, como no tático e no operacional. Na verdade, 
entende-se a utilização das estatísticas criminais como um processo que ocorre 
nestes três níveis de planejamento. 
 
Desde o policial que atua na rua até a figura do analista criminal e do gestor 
tomador de decisão, a utilização do conhecimento gerado pela análise criminal 
depende da incorporação do seu entendimento como uma fonte de dados 
passível de ser utilizada nas tecnologias disponíveis de combate ao crime. Isto 
é, pode envolver mais que questões técnicas, mudanças no ambiente 
organizacional, e consequentemente da cultura, dos próprios profissionais que 
lidam com a segurança pública. 
 
Portanto, acredita-se que o discurso governamental na direção de uma 
mudança de paradigma voltado para o policiamento preventivo e a utilização de 
tecnologias no combate a criminalidade deve estar acompanhado de ações que 
garantam as condições materiais a este uso e que visem minimizar as 
resistências que podem ser encontradas na prática. 
 
Porém, como em qualquer situação policial tradicional, a simples presença 
policial é insuficiente para o combate eficaz da criminalidade. Para se conseguir 
os resultados desejados é necessário conseguir o apoio da comunidade. 
 
Quando os níveis de criminalidade aumentam, numa área geográfica, a 
resposta imediata dos responsáveis pelo planejamento policial é a de reforçar o 
policiamento dessa área. Este esforço visa sobretudo a prevenção de novas 
situações e a detecção de ocorrências criminais. Infelizmente, constata-se que, 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 19 
tem um impacto pouco significativo na redução da criminalidade, já que os 
criminosos não deixam de cessar a atividade criminosa, apenas deslocam-se 
geograficamente para outra área. 
Entendido o planejamento, vamos acompanhar as estratégias de policiamento 
 
Estratégias de policiamento 
Em termos operacionais, a atuação policial desagrega-se em três vertentes 
estratégicas de atuação para o combate à criminalidade 
 
 
Atenção 
 A inteligência policial favorece a predição de perigos e o 
afastamento de condutas desviantes socialmente alarmantes e 
facilita a gestão de incidentes na via pública. 
Condutas desviantes ou comportamentos divergentes são as 
ações daquele que se desvia das regras de um grupo (estando 
fora da norma, fora dos padrões socialmente estabelecidos pelas 
leis). 
 
A) Policiamento tradicional ou focado 
É o tipo mais comum de policiamento em todos os estados brasileiros, 
evidenciado pelo uso de radiopatrulhas como fundamentais para as ações 
reativa e preventiva da polícia, por meio do acionamento para atendimento de 
emergências. Por vezes, essa modalidade é mais reativa por atuar após a 
ocorrência do crime ou na tentativa de pôr em execução os resultados de uma 
investigação, cujo objetivo é realizar prisões, como é o caso das abordagens 
para cumprimento de mandado de prisão. 
 
B) Policiamento comunitário ou de proximidade (neighborhood and 
community policing – NCP) 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 20 
i. Filosofia de uma organização focada em trabalhar junto a 
comunidade buscando formas de resolver os problemas de crime, 
medo do crime, desordens físicas e sociais e degradação das 
vizinhanças; 
ii. Exige que todos ligados à polícia possam traduzir essa filosofia em 
prática; 
iii. Que a polícia possa transformar seus membros em agentes de 
polícia de proximidade; 
iv. O papel do agente de polícia de proximidade deve possibilitar a 
criação de uma sinergia de confiança mútua com a comunidade 
por meio de um contato contínuo e sustentado 
v. Implica em uma nova forma de contrato social que ofereça a 
esperança de que a polícia pode ser mais que vigilantes da 
comunidade; 
vi. Reúne o papel reativo da ação policial tradicional ao elemento 
preventivo de proteção à vida; 
vii. Desenvolve novas formas de proteção à vida e aos grupos mais 
vulneráveis; 
viii. Promove o uso da tecnologia, mas por outro lado acredita que 
nada substitui o que humanos dedicados, trabalhando e 
dialogando em conjunto podem conseguir (comunidades de 
prática2); 
ix. Deve concretizar a integração dos Agentes de Polícia de 
Comunidade no papel de especialistas na ligação entre a polícia e 
as pessoas servidas; 
x. Proporciona um serviço à comunidade com características 
descentralizadas e personalizadas, assume que a polícia não pode 
impor ordem na comunidade a partir de fora dela, mas que as 
 
2
 Wenger & Snyder (2000), “as Comunidades de Prática (COP´s Communities of practice), são novas 
formas organizacionais para a criação de conhecimento e têm como características o fato de serem: 
Informais, movidas pelo desejo de partilhar saber especializado, definirem a sua própria agenda, 
encontrarem um formato próprio, sustentadas pelo interesse e paixão dos participantes. Estas 
comunidades ao interagirem num ambiente de aprendizagem criam benefícios para os participantes e 
para a própria organização.” 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 21 
pessoas devem ser encorajadas a pensarem na polícia como um 
recurso que podem usar na ajuda à resolução de problemas que 
preocupam as comunidades atuais. 
 
C) Policiamento orientado para os problemas (problem-oriented 
policing – POP) 
Define estratégias e programas de redução da criminalidade (Programa de 
Apoio aos Idosos, Escola Segura, Operação Natal etc.). Goldstein (1984), 
pioneiro no policiamento orientado aos problemas, reconhece que identificar 
claramente os problemas é uma tarefa difícil, pelo que propõe o processo IARA 
para auxiliar a análise dos problemas (uma concepção da resposta adequada, 
que pode ou não ser de natureza policial) e a avaliação, de modo a verificar se 
a resposta é a mais apropriada para um problema concreto. 
 
D) Policiamento orientado pelas informações ou pela inteligência 
(intelligence led policing – ILP) 
Nesse caso, dados do passado são analisados para elaborar novas estratégias 
de atuação. É muito exigente em termos de meios tecnológicos e qualificação 
dos recursos humanos, sendo também o que apresenta os melhores resultados 
por ter uma abordagem tanto preventiva como repressiva. 
Ratcliffe (2003, p. 3) defende uma concepção do modelo de policiamento 
orientado pelas informações como um processo contínuo e permanente de 
interação entre as informações, os responsáveis pelo planejamento operacional 
(gestores policiais) e o ambiente criminal da seguinte forma: 
Planejamento na prática 
Vamos analisar os dados da criminalidade na capital do estadodo Rio de 
Janeiro por meio de informações disponibilizadas pela Policia Civil, a título de 
exemplo da utilização das estatísticas criminais no planejamento da distribuição 
de policiamento. 
Veja a tabela a seguir e acompanhar o restante do conteúdo sobre 
planejamento na prática –, veja a comparação do delito de homicídio doloso 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 22 
nos meses de dezembro de 2013 e dezembro de 2014 nas Áreas Integradas 
de Segurança Pública da capital do estado do Rio de Janeiro. 
A seguir, acompanhe como é avaliado o planejamento. 
AISP 2013 2014 DIF ABS % DIF 
27ª AISP – Santa Cruz 13 18 5 38,5% 
31ª AISP – Barra da Tijuca 0 3 3 3,0 
05ª AISP – Centro 2 4 2 100,0% 
03ª AISP – Méier 10 11 1 10,0% 
19ª AISP – Copacabana 0 1 1 1,0 
23ª AISP – Leblon 0 1 1 1,0 
04ª AISP – São Cristovão 8 8 0 0,0% 
09ª AISP – Rocha Miranda 18 18 0 0,0% 
17ª AISP – Ilha do 
Governador 4 4 0 0,0% 
06ª AISP – Tijuca 4 3 -1 -25,0% 
16ª AISP – Olaria 11 10 -1 -9,1% 
02ª AISP – Botafogo 2 0 -2 -100,0% 
14ª AISP – Bangu 16 14 -2 -12,5% 
18ª AISP – Jacarépagua 12 9 -3 -25,0% 
22ª AISP – Maré 5 2 -3 -60,0% 
41ª AISP – Irajá 25 19 -6 -24,0% 
Total Geral 139 131 -8 -5,8% 
Fonte: Dados da PCERJ – Processado pelo autor 
 
Observamos que as áreas encontram-se classificadas segundo os valores da 
diferença absoluta entre o último período e o período anterior, assim, os que 
obtiveram maior aumento, possuem maior destaque no topo da tabela. 
Essas áreas merecem maior aprofundamento na análise por possuir maior 
concentração percentual das diferenças absolutas. 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 23 
Porém, uma outra forma de analisar e priorizar os problemas seria organizar as 
áreas utilizando outra classificação, como por exemplo, pelos valores do último 
ano, conforme abaixo: 
 
A ordem de classificação da tabela ao lado, permite 
identificar as áreas que provavelmente possuem maior 
histórico de delitos, evidenciado pelo volume de casos. 
Observa-se que somente a 27ª AISP – Santa Cruz se repete 
no destaque das duas tabelas, permitindo concluir que essa 
área possui volume elevado de casos e na comparação 
estava entre as que acumularam maior aumento percentual, 
o que chama mais atenção para o problema. 
O processo analítico que orienta a tomada de decisão nesse 
caso deverá buscar as soluções dos problemas que 
desenham as características dessas áreas. 
Em outra análise, segundo o princípio de Pareto3, mais conhecido como a regra 
80/20, estas áreas no interior do círculo são as que possuem maior 
concentração de problemas e correspondem a 20% das áreas em análise. 
Outra forma de visualizar seria utilizando um diagrama de Pareto como no 
gráfico a seguir, onde é possível observar que 53% dos casos, correspondem 
as áreas marcadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
 O princípio de Pareto, também conhecido como regra 80/20, estabelece que 20% das causas são 
responsáveis por 80% das consequências. O Diagrama de Pareto é uma técnica estatística que auxilia na 
tomada de decisão, permitindo identificar os problemas que merecem maior prioridade na solução 
AISP 2013 2014
41ª AISP 25 19
09ª AISP 18 18
27ª AISP 13 18
14ª AISP 16 14
03ª AISP 10 11
16ª AISP 11 10
18ª AISP 12 9
04ª AISP 8 8
37ª AISP 9 6
17ª AISP 4 4
05ª AISP 2 4
06ª AISP 4 3
31ª AISP 0 3
22ª AISP 5 2
19ª AISP 0 1
23ª AISP 0 1
02ª AISP 2 0
Total Geral 139 131
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 24 
Baseado na análise dos dados e gráficos obtidos, podemos concluir que a 
melhor distribuição de policiamento, de forma proporcional, seria aquela que 
levasse em consideração as maiores concentrações de casos, e ainda, tivesse 
complementação nas informações de inteligência que auxiliassem a 
compreender a motivação para os delitos, agindo nas suas causas. Por isso a 
importância, na identificação do problema e na análise, buscarmos nos eventos 
repetitivos os padrões, coincidências e tendências para o crime que permitam 
otimizar a atuação policial. 
 
Veremos a seguir um exemplo disso, em um trabalho realizado em uma das 
cidades mais violentas do Pará no ano de 20134, verificou-se a seguinte série 
histórica. 
 
 
O pesquisador conclui que a importância do problema analisado é verificada 
comparando-se as taxas locais com as regionais e a do país, dessa forma, 
contextualiza que o Brasil vem experimentando um aumento exponencial de 
suas taxas de homicídio. 
“Atualmente, os assassinatos já são a principal causa de morte entre jovens de 
15 a 24 anos, superando qualquer doença ou causa externa e se consolidando 
como um gravíssimo problema não somente de segurança, mas de saúde 
pública do Brasil (ZILLI;VARGAS, 2012). 
 
4
 SILVEIRA JUNIOR, Roberto Silva da – Homicidio em Marabá: a desinformação na construção do perfil 
da vítima, do agressor e do delito – 2013. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 25 
Em 2010 o ranking de homicídios no Brasil foi liderado pelo estado de Alagoas, 
sendo registrados 2.226 homicídios, que equivalem a uma taxa de 71,3 mortes 
por 100 mil habitantes. Nesse mesmo ano, o estado de São Paulo apresentou a 
menor taxa de homicídios dos últimos tempos, com o registro de 4.320 mortes, 
o que corresponde a 10,47 homicídios por 100 mil habitantes (GOMES; LOCHE; 
2011). Minas Gerais alcançou a taxa de 19,8 homicídios para cada 100 mil 
habitantes, tendo como meta para o ano de 2011 o índice reduzido para 14,58 
homicídios para cada 100 mil habitantes (SOUZA; REIS; 2006).” (SILVEIRA 
JUNIOR, 2013) 
Em sua análise comparativa verifica que Marabá vem apresentando taxas de 
homicídios alarmantes e assim define o problema. 
“Em 2010, a taxa foi de 75,32 mortes por 100 mil habitantes, superior à 
alcançada no estado de Alagoas; em 2011, foi de 85,88 mortes por 100 mil 
habitantes e 77,59 mortes por 100 mil habitantes em 2012. Marabá apresenta a 
taxa média de homicídio, aproximadamente 5 vezes maior que Belém, a capital 
do estado, que registrou em 2010 a taxa de 15,79 mortes por 100 mil 
habitantes.” (SILVEIRA JUNIOR, 2013) 
 
 
 
Um componente importante na análise dos casos é a busca da motivação para 
o delito, o que nem sempre é possível entender, mas que nesse caso, apesar 
de 48,47% dos casos não haver informação, foi possível verificar que a maioria 
dos homicídios foi motivada por ódio ou vingança. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 26 
 
A medida que avança na busca de soluções no processo analítico verifica que o 
bairro onde há a maior concentração de delitos de homicídio é o bairro Nova 
Marabá com 37,81% dos casos. 
 
E que essa concentração pode ser justificada pelo horário de funcionamento de 
bares e festas, que em sua maioria, funcionam aos finais de semana, 
começando o expediente no final da tarde e encerrando pela madrugada. 
 
 
 
No período da noite o bairro Nova Marabá se destaca pelos muitos bares, 
danceterias e boates tendo um volume considerável de atendimentos a partir 
de sexta-feira até domingo e principalmente nos meses de junho a outubro. 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 27 
Uma característica que fica evidente na análise do bairro Nova Marabá está na 
desordem social relacionada à ocorrência de invasões que já nascem populosas, 
cita o caso das invasões Nossa Senhora Aparecida “Coca-Cola” e Araguaia 
“Fanta”. 
 
Acerca dessa relação entre urbanização e violência, Beato Filho(2012, p. 70) 
afirma que o fenômeno de maior estreitamento associado ao crescimento dos 
homicídios no Brasil é a urbanização. A rigor, poder-se-ia dizer que os crimes 
violentos são fenômenos urbanos associados a processos de desorganização 
nos grandes centros urbanos, nos quais os mecanismos de controle se 
deterioram. 
 
O principal meio empregado para a realização dos homicídios foi a utilização de 
arma de fogo (71,53%). 
 
A elevada quantidade de casos de homicídio com o uso de armas de fogo 
evidencia que a maior fiscalização sobre o uso indiscriminado de armas pode vir 
a ter um impacto importante para a redução da mortalidade. 
 
A maioria dos homicídios registrados no município de Marabá ocorreu em via 
pública (75,34%). 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 28 
 
 
 
De forma resumida, o perfil do delito de homicídio representado pelo 
organograma a seguir, demonstra que a distribuição do policiamento deve levar 
em conta o desenho do cenário do crime, onde se constatou que a maioria dos 
casos se concentrou no bairro Nova Marabá, motivado por ódio ou vingança, 
principalmente nos fins de semana à noite. 
 
 
A razão do número de homicídios entre homens e mulheres foi de 
aproximadamente 16 óbitos masculinos para cada óbito feminino. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 29 
 
Entre a população masculina predominam os casos de agressões por estranhos, 
ocorridos no espaço público e relacionadas, em grande parte, com a 
criminalidade urbana. 
 
 
 
“De acordo com Beato Filho (2012, p. 152), as chances de morrer, vítima de 
homicídio quando se é um homem jovem habitante da periferia, chega a ser de 
até trezentas vezes mais do que para uma senhora de meia idade que habita 
bairros de classe média. É o que fica evidente nos casos de homicídio de 
Marabá, e pode ser descrito no perfil da vítima, em sua maioria do sexo 
masculino, jovens de 18 a 24 anos.” (SILVEIRA JUNIOR, 2013). 
 
 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 30 
Avaliação do planejamento 
A avaliação dos resultados do planejamento, checando o impacto das ações de 
policiamento, deve ser a etapa final do processo analítico e tem como objetivo 
realimentar novas estratégias de emprego. Consiste na identificação de 
aspectos e no levantamento de hipóteses que podem afetar positiva ou 
negativamente o planejamento. 
 
Em geral, a redução da criminalidade é o primeiro tipo de avaliação que pode 
traduzir a eficácia de determinada ação de policiamento. Contudo, a redução 
pode ter ocorrido por outros motivos diversos, como a não realização de algum 
evento rotineiro, o que não tem relação alguma com o planejamento, e isso 
deve ser levado em conta na análise de impacto. 
 
 
Atenção 
 Além disso, de nada adianta a redução da criminalidade se a 
população continua com medo e não percebe tal diminuição. O 
modo como as pessoas se informam sobre o crime, o tipo e a 
quantidade de crimes apresentados pelos meios de 
comunicação, o grau de confiança na polícia, o aspecto físico da 
comunidade e muitos outros fatores influenciam esse 
sentimento, além de taxas de criminalidade. 
 
Para Beato (2000), o resultado de um programa ou estratégia bem sucedida de 
ação policial será, muitas vezes, o não acontecimento de algo. A ausência de 
crimes pode ser justamente um dos melhores indicadores da excelência da 
atividade policial. No entanto, esse autor relata que os gerentes de polícia estão 
apegados a indicadores de produção, como apreensão de armas, número de 
prisões efetuadas e operações realizadas; essas informações levariam, 
portanto, a uma avaliação equivocada se operações de apreensões e prisões 
tiverem sido dirigidas a locais e pessoas erradas. 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 31 
Somente com a avaliação será possível fechar o ciclo de emprego das 
ferramentas de análise criminal no planejamento das ações de segurança 
pública, oportunidade em que saberemos se houve ou não a efetiva aplicação 
dessas ferramentas na maximização dos resultados. 
 
Atividade proposta 
Vimos no decorrer das aulas que a filosofia de uma organização focada em 
trabalhar junto à comunidade buscando formas de resolver os problemas de 
crime, medo do crime, desordens físicas e sociais e degradação das 
vizinhanças. Assim, elabore um projeto de ação de segurança pública, pautado 
por tal filosofia. 
 
Chave de resposta: Lembre-se que o policiamento comunitário ou de 
proximidade (neighborhood and community policing – NCP) é caracterizado 
pela atuação mais próxima da comunidade, baseado em premissas ou 
mandamentos, sendo sua característica basear-se em uma filosofia 
organizacional focada em trabalhar junto à comunidade buscando formas de 
resolver os problemas de crime, medo do crime, desordens físicas e sociais e 
degradação das vizinhanças. 
 
Aprenda Mais 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre os projetos PLS, acesse os links abaixo: 
http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=7707 
http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=10632 
Para saber mais sobre modelo preditivo, acesse o link abaixo: 
http://cio.com.br/tecnologia/2014/12/15/o-que-e-um-modelo-preditivo/ 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 32 
Referências 
BEATO, Cláudio C. Informação e desempenho policial. In: IV Seminário 
Brasileiro do Projeto Polícia e Sociedade. 2000. 
BEATO, Claudio C. Crime e cidades. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2012. 
CARTER, D.; RADELET, L. The Police and the Community. Prentice Hall, 
1999. 
JANUZZI, Paulo. A Importância dos Indicadores na Elaboração de Diagnósticos 
para o Planejamento do Setor Público. In: Indicadores de Desempenho em 
Segurança Pública, Coleção Segurança, Justiça e Cidadania, Brasília, 
ano II, n. 4, 2011. 
GOLDSTEIN, H. Problem-Oriented Policing, Nova York: McGraw-Hill, 1990. 
MOREIRA, Juceli dos Santos; ABREU, Luíz Fernando Silveira. MBPO – Manual 
Básico de Policiamento Ostensivo. 2. ed. Porto Alegre: Polost, 2010. 
OLIVEIRA, D. P. R. de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e 
práticas. 12. ed. São Paulo: Atlas, 1998. 
OLIVEIRA, J. As Políticas Públicas de Segurança e os Modelos de 
Policiamento. Dissertação de mestrado inédita. ISCTE: Departamento de 
Sociologia, 2001. 
RATCLIFFE, J. Chasing Ghosts? Police Perception of High Crime Areas: 
British Journal of Criminology, 2001. 
REZENDE, S. O. Sistemas Inteligentes: Fundamentos e Aplicações. Manole, 
2005. 
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. Tradução de Antônio 
Chelini, José Paulo Paes, Izidoro Blikstein. 27 ed. São Paulo: Cultrix, 2006. 
SILVA, Ronaldo. Emprego das ferramentas de análise criminal no 
Planejamento Operacional nos Batalhões da 12ª Região da Polícia 
Militar: Análise e Diagnóstico. Monografia de curso de Especialização de 
Segurança Pública. Academia de Polícia Militar; Fundação João Pinheiro: Belo 
Horizonte, 2005. 
TAVARES, Mauro Calixta. Planejamento estratégico: a opção entre sucesso 
e fracasso empresarial. São Paulo: Harbra,1991. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 33 
TELLES, José Carlos da Silva. Ocorrências policiais militares: Intenção dos 
enunciados no histórico do bo-tc. AGORA Revista Eletronica, nº 18, 2014, p. 
132-148. 
TRISTÃO, Roberto Mauro de Souza. O boletim de ocorrência sob o aspecto 
da dêixis de base espacial como processo de instauração e 
manutenção de referência. Dissertação. Faculdade de Letras da 
Universidade Federal de Minas Gerais, 2007.DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 34 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Os registros criminais elaborados nas sedes policiais são entendidos como o 
clamor da sociedade em busca de justiça, pois, muitas vezes, o cidadão que 
procura um órgão policial, muito antes de querer apurar a autoria do feito, quer 
apenas ser ouvido e que as suas declarações sejam tomadas a termo para 
surtirem os efeitos legais. Podemos afirmar que o conceito de boletim de 
ocorrência se trata de: 
a) Registro formal elaborado pela instituição policial após a ocorrência de 
um fato. 
b) Todo fato ou ato que necessite da intervenção policial. 
c) Serviço disponibilizado ao usuário que não queira se deslocar até a sede 
policial. 
d) Tornar pública uma notícia antes não divulgada. 
e) Contabilização através da qual as estatísticas oficiais são elaboradas. 
Questão 2 
Sabendo-se que as estatísticas oficiais de criminalidade são elaboradas a partir 
da contabilização dos registros de ocorrência e que a variação das estatísticas 
pode ocorrer por diversos motivos, marque a alternativa incorreta quanto aos 
motivos que podem influenciá-las. 
a) Práticas policiais mais ou menos intensas. 
b) Facilidade de acesso do usuário ao sistema de segurança pública. 
c) Sazonalidade. 
d) Policiamento preditivo. 
e) Crescimento populacional. 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 35 
Questão 3 
O preenchimento do BO depende de um padrão de preenchimento que deve 
ser seguido por todos. Considerando que a percepção individual de cada policial 
pode influenciar na descrição das ocorrências, marque a alternativa que 
exemplifica um dos problemas que podem surgir de um BO mal preenchido. 
a) Identificação dos fatores e das variáveis que influenciam no 
comportamento criminal. 
b) Permite conhecer tendências, comportamentos e atitudes, por vezes 
utilizando-se questionários ou entrevistas na coleta de dados. 
c) Resulta em dificuldade de tabulação e tratamento estatístico dos dados. 
d) Fornece informações detalhadas a perguntas ou problemas sobre um 
projeto ou atividade. 
e) Determina a proporção, em números, dos fatores que estão em estudo, 
quantificando as variáveis que influenciam no comportamento criminal. 
Questão 4 
O preenchimento do BO depende de um padrão de preenchimento que deve 
ser seguido por todos. Considerando que a percepção individual de cada policial 
pode influenciar na descrição das ocorrências, marque a alternativa que 
exemplifica um dos problemas que podem surgir de um BO mal preenchido. 
a) Identificação dos fatores e das variáveis que influenciam no 
comportamento criminal. 
b) Permite conhecer tendências, comportamentos e atitudes, por vezes 
utilizando-se questionários ou entrevistas na coleta de dados. 
c) Resulta em dificuldade de tabulação e tratamento estatístico dos dados. 
d) Fornece informações detalhadas a perguntas ou problemas sobre um 
projeto ou atividade. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 36 
e) Determina a proporção, em números, dos fatores que estão em estudo, 
quantificando as variáveis que influenciam no comportamento criminal. 
Questão 5 
O preenchimento do BO depende de um padrão de preenchimento que deve 
ser seguido por todos. Considerando que a percepção individual de cada policial 
pode influenciar na descrição das ocorrências, marque a alternativa que 
exemplifica um dos problemas que podem surgir de um BO mal preenchido. 
a) Identificação dos fatores e das variáveis que influenciam no 
comportamento criminal. 
b) Permite conhecer tendências, comportamentos e atitudes, por vezes 
utilizando-se questionários ou entrevistas na coleta de dados. 
c) Resulta em dificuldade de tabulação e tratamento estatístico dos dados. 
d) Fornece informações detalhadas a perguntas ou problemas sobre um 
projeto ou atividade. 
e) Determina a proporção, em números, dos fatores que estão em estudo, 
quantificando as variáveis que influenciam no comportamento criminal. 
Questão 6 
Analisando o conceito “o conjunto previamente ordenado de ações com o fim 
de alcançar os objetivos, compreendendo a alocação de recursos humanos, 
materiais e financeiros, e procedimentos de avaliação”, podemos afirmar que 
esse é o conceito de: 
a) Estatística 
b) Análise criminal 
c) Planejamento 
d) Policiamento orientado ao problema 
e) Ocorrência 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 37 
Questão 7 
O planejamento estratégico é um processo gerencial que possibilita estabelecer 
o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas a obter um nível de otimização 
na relação da empresa com o seu ambiente. Em qual nível da organização é 
elaborado esse tipo de planejamento? 
a) Nos níveis intermediários. 
b) Nos níveis mais inferiores. 
c) Elaborado pelos fornecedores a fim de garantir o pagamento das faturas. 
d) Elaborado pelos clientes da empresa, afinal esses são aqueles que 
realmente entendem da demanda. 
e) Nos mais altos níveis da organização. 
Questão 8 
O policiamento de proximidade é caracterizado pela atuação mais próxima da 
comunidade. Considerando as premissas de atuação policial para essa 
estratégica, é correto afirmar que: 
a) Envolve um processo analítico, cuja metodologia consiste em identificar o 
problema, analisar as variáveis, buscar respostas para as possíveis 
soluções e avaliar as ações. 
b) É muito exigente em termos de meios tecnológicos e qualificação dos 
recursos humanos. 
c) Trata-se de processo contínuo de interação entre as informações, os 
gestores e o ambiente criminal. 
d) É a filosofia de uma organização focada em trabalhar junto à 
comunidade buscando formas de resolver os problemas de crime, medo 
do crime, desordens físicas e sociais e degradação das vizinhanças. 
e) É a estrutura de policiamento baseada no binômio rádio e viatura. 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 38 
Questão 9 
O policiamento de proximidade é caracterizado pela atuação mais próxima da 
comunidade. Considerando as premissas de atuação policial para essa 
estratégica, é correto afirmar que: 
a) Envolve um processo analítico, cuja metodologia consiste em identificar o 
problema, analisar as variáveis, buscar respostas para as possíveis 
soluções e avaliar as ações. 
b) É muito exigente em termos de meios tecnológicos e qualificação dos 
recursos humanos. 
c) Trata-se de processo contínuo de interação entre as informações, os 
gestores e o ambiente criminal. 
d) É a filosofia de uma organização focada em trabalhar junto à 
comunidade buscando formas de resolver os problemas de crime, medo 
do crime, desordens físicas e sociais e degradação das vizinhanças. 
e) É a estrutura de policiamento baseada no binômio rádio e viatura. 
Questão 10 
O policiamento de proximidade é caracterizado pela atuação mais próxima da 
comunidade. Considerando as premissas de atuação policial para essa 
estratégica, é correto afirmar que: 
a) Envolve um processo analítico, cuja metodologia consiste em identificar o 
problema, analisar as variáveis, buscar respostas para as possíveis 
soluções e avaliar as ações. 
b) É muito exigente em termos de meios tecnológicos e qualificação dos 
recursos humanos. 
c) Trata-se de processo contínuo de interação entre as informações, os 
gestores e o ambiente criminal. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 39 
d) É a filosofia de uma organização focada em trabalhar junto à 
comunidade buscando formas de resolver os problemas de crime, medo 
do crime, desordens físicas e sociais e degradação das vizinhanças. 
e) É a estrutura de policiamento baseada no binômio rádio e viatura.DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 40 
Notas 
Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP): Foram criadas através 
da Resolução SSP nº 263, de 27 de julho de 1999, como parte de uma política 
de segurança pública que tinha por objetivo estreitar a ligação entre as Polícias 
Civil e Militar, bem como destas com as comunidades abrangidas pelas AISP 
através da gestão participativa na identificação e resolução dos problemas 
locais de segurança pública. Nesse sentido, cada AISP foi estruturada com 
base nas áreas geográficas de atuação das Polícias Civil e Militar. Dessa 
maneira, o contorno geográfico de cada AISP foi estabelecido a partir da área 
de atuação de um batalhão de Polícia Militar e as circunscrições das delegacias 
de Polícia Civil contidas na área de cada batalhão. 
A atual divisão territorial do estado do Rio de Janeiro, segundo o critério de 
Áreas Integradas de Segurança Pública, contempla um total de 39 AISP, 
conforme a Resolução SESEG nº 478, de 11/05/2011, que visou adequar os 
limites geográficos de atuação das unidades das Polícias Civil e Militar, de 
forma a torná-las compatíveis aos objetivos da gestão territorial da segurança 
pública segundo Regiões Integradas de Segurança Pública (RISP): Áreas 
Integradas de Segurança Pública (AISP) e Circunscrições Integradas de 
Segurança Pública (CISP). 
 
Questionário aberto: É aquele formado por campos onde o sujeito pode 
responder livremente usando linguagem própria, sendo permitido que expresse 
suas ideias ou opiniões. Possibilita uma investigação mais profunda do assunto 
e a identificação do posicionamento do sujeito em relação ao assunto, 
contudo, por outro lado, dificulta a tabulação dos dados e o tratamento 
estatístico. 
 
Questionário fechado : É aquele formado por campos onde não se permite 
que o sujeito exprima uma opinião ou ideia, pois as perguntas pré-definidas. 
Isso facilita a tabulação dos resultados, porém restringe a liberdade de 
preenchimento do formulário. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 41 
Chaves de resposta 
Aula 2 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - A 
Justificativa: O conceito de boletim de ocorrência é o registro formal elaborado 
pela instituição policial após a ocorrência de um fato. 
 
Questão 2 - D 
Justificativa: O policiamento preditivo objetiva identificar padrões e tendências 
do crime baseado em eventos repetitivos no passado com a intenção de 
desenhar prováveis cenários futuros. 
 
Questão 3 - C 
Justificativa: Um BO mal preenchido gera maior demanda de trabalho de 
processamento, devido à necessidade de correção dos valores preenchidos, de 
modo a comprometer a credibilidade das informações. 
 
Questão 4 - C 
Justificativa: Um BO mal preenchido gera maior demanda de trabalho de 
processamento, devido à necessidade de correção dos valores preenchidos, de 
modo a comprometer a credibilidade das informações. 
 
Questão 5 - C 
Justificativa: Um BO mal preenchido gera maior demanda de trabalho de 
processamento, devido à necessidade de correção dos valores preenchidos, de 
modo a comprometer a credibilidade das informações. 
 
Questão 6 - C 
Justificativa: O conceito apresentado se refere ao planejamento, segundo 
Tavares (1991, p. 68). 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 42 
Questão 7 - E 
Justificativa: Nos mais altos níveis da empresa estão os gestores responsáveis 
pela tomada de decisões que podem mudar o rumo da empresa e definir os 
tipos de ação para sua consecução. 
 
Questão 8 - D 
Justificativa: O policiamento comunitário ou de proximidade (neighborhood and 
community policing – NCP) é caracterizado pela atuação mais próxima da 
comunidade, baseado em premissas ou mandamentos, sendo sua característica 
basear-se em uma filosofia organizacional focada em trabalhar junto à 
comunidade buscando formas de resolver os problemas de crime, medo do 
crime, desordens físicas e sociais e degradação das vizinhanças. 
 
Questão 9 - D 
Justificativa: O policiamento comunitário ou de proximidade (neighborhood and 
community policing – NCP) é caracterizado pela atuação mais próxima da 
comunidade, baseado em premissas ou mandamentos, sendo sua característica 
basear-se em uma filosofia organizacional focada em trabalhar junto à 
comunidade buscando formas de resolver os problemas de crime, medo do 
crime, desordens físicas e sociais e degradação das vizinhanças. 
 
Questão 10 - D 
Justificativa: O policiamento comunitário ou de proximidade (neighborhood and 
community policing – NCP) é caracterizado pela atuação mais próxima da 
comunidade, baseado em premissas ou mandamentos, sendo sua característica 
basear-se em uma filosofia organizacional focada em trabalhar junto à 
comunidade buscando formas de resolver os problemas de crime, medo do 
crime, desordens físicas e sociais e degradação das vizinhanças.

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