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Administração 
de Materiais
1ª edição
2017
Administração 
de Materiais
3
Palavras do professor
Dentro da Administração, existe uma carência em textos de Administra-
ção de Materiais, que são contornadas com livros de Administração da 
Produção, os quais não são suficientes enquanto referências para análise 
e estudo profundo deste conteúdo. A Administração de Materiais é uma 
disciplina necessária para todos os tipos de negócios, pois aborda a verifi-
cação e avaliação de recursos.
Estudar esses conceitos nos propicia a melhor gestão dentro das orga-
nizações e, até mesmo, para o seu próprio negócio. Sabemos que os 
diferenciais estão cada vez mais relacionados a uma boa gestão e aten-
dimento, e serão exatamente esses dois pilares que veremos nesta e nas 
próximas unidades. Estes conceitos permitirão a compreensão da famosa 
frase “colocar a pessoa certa no lugar certo”. Neste caso, não será apenas 
a pessoa (recurso humano), mas recursos como insumos, informação e 
tecnologia, entre outros, que são chaves de sucesso no atual mercado.
Quanto custa fazermos uma boa gestão dos insumos da empresa, traba-
lhando com o que de fato é necessário, para um retorno rápido de resul-
tado financeiro e giro de estoque? Nossas discussões iniciam com a intro-
dução da Administração de Materiais de forma mais conceitual e ampla, 
para, depois, nos aprofundarmos em questões mais técnicas, voltadas a 
estoque, demanda, logística, etc.
Os aspectos relacionados ao perfil profissional e também ao domínio dos 
fundamentos que cercam essa disciplina possuem uma relação com o 
nosso cotidiano. Nós somos cobrados a todo o momento nas empresas, 
e até mesmo em nossa administração financeira doméstica, para uma 
revisão e melhor utilização do recurso monetário, por exemplo. Podemos, 
ainda, falar de recursos ambientais, que passam por total reavaliação de 
consumo e disponibilidade futura. Muitas empresas tiveram que mudar 
alguma (ou toda) a essência de seus produtos por conta de escassez ou 
proibição de utilização do produto por alguma legislação.
Notemos que, neste exemplo, não foi só uma mudança de gosto do 
consumidor, mas também do apelo ambiental para um produto que é o 
insumo principal de uma empresa com esta característica. A abordagem 
da disciplina, nesse contexto, faz-se no sentido de formar profissionais 
que, ao longo dos estudos, procurem seu próprio caminho entre os temas 
estudados e as experiências cotidianas. São fundamentais a dedicação 
e o comprometimento com os estudos, para que você possa buscar ele-
mentos que lhe permitam elaborar as conexões entre a teoria e a prática. 
E, com isso, concluir que a disciplina, além de importante para a formação 
profissional, está intrinsecamente ligada a outras áreas de sua vida.
1
4
Unidade de Estudo 1
Introdução à administração 
de Recursos Materiais e 
Patrimoniais
Para iniciar seus estudos
Nesta unidade você aprenderá os conceitos iniciais de administração de 
materiais, que abordam os conceitos mais históricos e de fundamentos, 
que serão a base para o estudo das próximas unidades que exigirão base 
teórica para análise de tomada de decisão.
Objetivos de Aprendizagem
• Identificar a empresa e seus recursos;
• Reconhecer a administração dos recursos da empresa;
• Compreender a importância da Administração de Materiais e dos 
bens patrimoniais;
5
Administração de Materiais | Unidade de Estudo 1 – Introdução à administração de recursos 
materiais e patrimoniais
1.1 A empresa e seus recursos
As empresas são organizações sociais que necessitam de recursos para atingir os seus objetivos. Inicialmente, 
para a existência de uma organização, é necessário o envolvimento de quatro elementos: indivíduos, recursos, 
coordenação das tarefas e objetivos comuns.
Figura 1 – Elementos necessários para a existência de uma organização.
INDIVÍDUOS RECURSOS
COORDENAÇÃO 
DAS TAREFAS
OBJETIVOS
COMUNS
ORGANIZAÇÃO+ + + =
Legenda: Os quatro elementos necessários para a existência de uma organiza-
ção (indivíduos, recursos, coordenação das tarefas e objetivos comuns).
Fonte: Elaborada pelos autores (2017).
 
iNote a importância dos elementos necessários para a existência de uma organização 
(empresa).
Ainda para falarmos sobre organização, que é o mesmo que falarmos de empresas, existe outra definição, de que 
a empresa é um conjunto de duas ou mais pessoas que realizam tarefas em grupo ou individualmente, de forma 
coordenada e controlada, atuando num determinado ambiente, com um objetivo pré-determinado e utilização 
de recursos disponíveis.
Para que uma empresa seja constituída, há necessidade de planejamento de seus recursos, como, por exemplo, 
uma atitude empreendedora de abrir um negócio em que se destaca o recurso financeiro, ou investir em um 
projeto já existente, nos quais os recursos materiais alocados e utilizados de forma adequada podem vir a ser um 
diferencial em processo ou competitividade.
Podemos definir recursos como sendo os itens que auxiliam em um processo, para geração de riqueza, de valor 
monetário. Lélis (2016, p. 6) afirma que “de um modo geral pode-se dizer que os fatores de produção (capital, 
terra e trabalho) são recursos e, portanto, devem ser administrados”. Por exemplo, numa sala de aula, o professor 
necessita de recursos para lecionar, como datashow, lousa, cadeiras, mesas etc. Toda esta infraestrutura também 
pode ser considerada recurso, pois auxilia no processo de geração de riqueza. Vejamos, a seguir, quais são os 
tipos de recursos existentes.
6
Administração de Materiais | Unidade de Estudo 1 – Introdução à administração de recursos 
materiais e patrimoniais
Figura 2 – Tipos de recursos.
Recursos
tecnológicos
Recursos 
patrimoniais
Recursos 
materiais
Recursos de capital 
ou financeiros
Recursos humanos 
Legenda: A figura mostra os cinco tipos de recursos (recursos tecnológicos, patrimoniais, materiais, de capital e humano).
Fonte: Elaborada pelos autores (2017)
Segundo Chiavenato (2014, p. 4), “recursos são conjuntos de riquezas que podem ser exploradas economica-
mente pela empresa. Contudo, os recursos são estáticos e inertes, não tem vida própria e precisam ser adminis-
trados”. Os recursos são os meios ou ativos de que dispõem as empresas para poder produzir. A gestão procura 
a máxima rentabilização dos recursos necessários à obtenção dos objetivos. Existe uma variedade de recursos 
empresariais, porém os recursos mais importantes são os seguintes:
• Recursos tecnológicos: são os sistemas informatizados de gestão e armazenagem de informações em 
banco de dados, que podem ser robustos ou simplesmente planilhas. Isso se propõe a partir do controle 
da distribuição da informação ao longo da cadeia de suprimentos, que garante a gestão estratégica da 
empresa com ajuda de hardware e de software, tais como palmtops, sistemas de posicionamento global 
GPS (Global Positioning System), computadores de bordo, sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) e inter-
net. 
• Recursos patrimoniais: estão relacionados ao conjunto de bens, valores e avaliação monetária que está 
disponível para execução desta operação. Dentro deste contexto, os estoques têm a sua importância, 
bem como a necessidade de fazer a adequada administração dos materiais para que não ocorram inter-
rupções eventuais, além de administrar os recursos materiais e patrimoniais, que são atributos indispen-
sáveis para que qualquer empresa alcance seu maior objetivo: o lucro. 
• Recursos materiais: estão relacionados aos produtos para fabricação ou a itens que compõem o serviço, 
que, por sua vez, se relacionam diretamente aos custos das operações. Neste ponto também são avalia-
dos não somente os recursos materiais, mas também o fluxo destes materiais no processo. O fluxo do 
processo (e consequentemente dos materiais) determina o resultadoda operação. Ou seja, se tivermos 
muitos materiais em uma determinada etapa da operação, isso pode interferir no desempenho do todo, 
não finalizando com resultado esperado. 
• Recursos de capital ou financeiro: estes recursos correspondem aos bens e ao patrimônio que estejam 
disponíveis para a empresa, podendo pertencer aos proprietários ou a terceiros. Atualmente, uma das 
áreas que mais crescem dentro das empresas é a da Administração de Materiais, pois é necessário gerir 
os itens em estoque para que eles não fiquem parados por um longo período de tempo e sem necessi-
dade, tendo em vista que isso compromete o investimento de capital da empresa, pois estoque parado é 
dinheiro perdido.
• Recursos humanos: são as pessoas que trabalham em todos os níveis da empresa, desde o presidente 
até o mais humilde dos operários. Na verdade, as pessoas são os únicos recursos vivos e inteligentes de 
uma empresa, capazes de lidar com todos os demais recursos empresariais. Cada vez mais as empresas 
investem em seu capital humano e intelectual, e, na Administração de Materiais, também não é dife-
rente. Assim como ocorre em outras áreas da empresa, são muitas as preocupações, como, por exemplo, 
em relação às condições de trabalho, segurança, salários, treinamento, processo de comunicação, moti-
vação para o trabalho etc.
7
Administração de Materiais | Unidade de Estudo 1 – Introdução à administração de recursos 
materiais e patrimoniais
Figura 3 – Apresentação dos recursos da empresa.
Legenda: Esquema que mostra a divisão de recursos da empresa.
Fonte: Chiavenato (2014, p. 5)
Toda empresa existe para produzir algo: produtos (bens) ou serviços. As empresas que produzem bens são cha-
madas de empresas industriais, enquanto as empresas que prestam serviços são chamadas de empresas presta-
doras de serviços. Para tanto, é necessária uma boa administração dos recursos empresariais, que movimentam 
as atividades diárias, como vimos na Figura 3.
Ainda existe uma definição importante que merece ser citada, em que os economistas definem os recursos 
empresariais como fatores de produção. Para eles, a produção de riqueza somente ocorre quando quatro fatores 
de produção estão presentes: a natureza, o capital, o trabalho e a própria empresa. Vejamos mais detalhada-
mente esses fatores:
• Natureza: é o fator que fornece os insumos necessários à produção, como as matérias-primas, os mate-
riais, a energia etc. É o fator de produção que proporciona as entradas de insumos para que a produção 
possa se realizar. Dentre os insumos, figuram os materiais e matérias-primas.
• Capital: é o fator que fornece o dinheiro necessário para adquirir os insumos e pagar o pessoal. O capital 
representa o fator de produção que permite meios para comprar, adquirir e utilizar os demais fatores de 
produção.
• Trabalho: é o fator constituído pela mão de obra, que processa e transforma os insumos, por meio de 
operações manuais ou de máquinas e ferramentas, em produtos acabados ou serviços prestados. O tra-
balho representa o fator de produção que atua sobre os demais, isto é, que aciona e agiliza os outros 
fatores de produção. É comumente denominado mão de obra porque se refere principalmente ao ope-
rário manual ou braçal que realiza operações físicas sobre as matérias-primas, com ou sem o auxílio de 
máquinas e equipamentos.
• Empresa: é o fator integrador capaz de aglutinar a natureza, o capital e o trabalho em um conjunto har-
monioso que permite que o resultado alcançado seja muito maior do que a soma dos fatores aplicados 
no negócio. Ou seja, a empresa constitui o sistema que aglutina e coordena todos os fatores de produção 
envolvidos, fazendo com que o resultado do conjunto supere o resultado que teria cada fator isolada-
8
Administração de Materiais | Unidade de Estudo 1 – Introdução à administração de recursos 
materiais e patrimoniais
mente. Isto significa que a empresa tem um efeito multiplicador, capaz de proporcionar um ganho adi-
cional, que é o lucro.
Atualmente, dois outros tipos de recursos passaram a integrar os recursos básicos da empresa: os recursos mer-
cadológicos e os administrativos. Vejamos na figura a seguir.
Figura 4 – Recursos mercadológicos e administrativos.
Recursos 
mercadológicos
Recursos 
administrativos
São os recursos comerciais que as empresas utilizam 
para colocar seus produtos ou serviços no mercado, 
como vendas, promoção, propaganda, pesquisa de 
mercado, definição de preços etc.
São os recursos gerenciais que as empresas 
utilizam para planejar, organizar, dirigir e controlar 
suas atividades.
Legenda: A figura mostra as características dos recursos mercadológicos e administrativos.
Fonte: Elaborada pelos autores (2017).
Quando ocorre a ausência de um desses recursos, o processo de produção e a colocação dos bens e serviços no 
mercado é restringida. Portanto, todos os recursos organizacionais são importantes.
Podemos mencionar alguns importantes avanços nos recursos organizacionais, como a logística, as técnicas de 
administração japonesa, o código de barras e a informática e suas consequências para a Administração de Mate-
riais, visando otimizar suas atividades.
Uma das mais famosas técnicas de administração japonesa é a técnica dos 5S, que vem de encontro ao aspecto 
cultural, de confiança e responsabilidade, baseado no respeito à hierarquia, na participação das pessoas no 
desenvolvimento da tarefa, nas decisões consensuais e na harmonia das relações.
1.1.2 Cinco “S”
Os 5S são as iniciais de cinco palavras japonesas que começam com “s”, que têm por objetivo proporcionar o 
melhor aproveitamento do espaço, eliminar as causas dos acidentes, desenvolver o espírito de equipe e assegu-
rar boa aparência da organização. A implantação do programa dos cinco “S” nas empresas japonesas requer que 
todos os funcionários sejam pessoalmente responsáveis pelas seguintes atividades dentro da organização:
• Seiri: eliminar o desnecessário – o estoque, ferramentas não necessárias, máquinas não utilizadas e pro-
dutos com defeito.
• Seiton: organizar, colocar as coisas nos seus devidos lugares. As coisas precisam ser mantidas em ordem, 
para que estejam prontas quando necessário.
• Seiso: limpar, manter o ambiente limpo e agradável.
• Seiketsu: padronizar, simplificar as coisas.
• Shitsuke: disciplinar, manter a ordem e os compromissos e obedecer às normas do local de trabalho.
9
Administração de Materiais | Unidade de Estudo 1 – Introdução à administração de recursos 
materiais e patrimoniais
Uma vez listadas as características do sistema de produção japonês, fica fácil adotar as características genéricas 
do estilo de administração japonesa que podem ser aplicadas em outros ambientes culturais.
Aliadas a técnicas modernas de administração, temos a tecnologia, um grande aliado no processo. Podemos 
exemplifica-la com o código de barras, que é uma representação gráfica de dados numéricos ou alfanuméricos. 
A decodificação (leitura) dos dados é realizada por um tipo de scanner – o leitor de código de barras –, que emite 
um raio vermelho que percorre todas as barras. Onde a barra for escura, a luz é absorvida; onde a barra for clara 
(espaços), a luz é refletida novamente para o leitor. Os dados capturados nessa leitura óptica são compreendidos 
pelo computador, que, por sua vez, converte-os em letras ou números humano-legíveis. Sua utilização é muito 
comum em diversas áreas, desde a indústria até seu amplo uso no comércio e serviços.
Figura 5 – Código de barras
Legenda: Exemplo de código de barras, que serve como identificação de um produto no sistema eletrônico de varejo.
Fonte: 123RF. ID: 12358029
Figura 6 – Scanner de código de barras
Legenda: Equipamento utilizado para a leitura eletrônica de código de barras.
Fonte: 123RF. ID: 14088397
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Administração de Materiais | Unidade de Estudo 1 – Introduçãoà administração de recursos 
materiais e patrimoniais
1.2 A administração dos recursos da empresa
Devemos entender que as empresas sempre buscam a eficiência da sua gestão empresarial, sendo ela pública 
ou privada, por isso é muito importante a compreensão e utilização dos conceitos da Administração de Recursos 
Materiais e Patrimoniais, e todos os elementos aí compreendidos.
Como já vimos, os recursos organizacionais são os vários meios que as instituições possuem para atingirem seus 
objetivos. São os bens ou serviços utilizados nas atividades organizacionais. Quando falamos em recursos, não 
estamos nos referindo apenas a dinheiro, mas, também, às matérias-primas utilizadas na produção, nos serviços 
prestados pelas organizações, materiais, equipamentos e colaboradores.
Figura 7 – Recursos organizacionais.
Legenda: Representação de recursos organizacionais, mostrando estoque e equipamentos de uma empresa.
Fonte: 14526372 (123rf)
O patrimônio ou acervo patrimonial de uma organização é normalmente representado pelo conjunto de seus 
bens imóveis e permanentes móveis. Entende-se por gestão patrimonial, conforme Correia (2009), o processo 
de aquisição, registro, conservação e controle do acervo de bens permanentes de um órgão público ou privado. 
O controle patrimonial é uma atividade administrativa que visa à preservação e defesa deste acervo. Este controle 
consiste no registro (tombamento), na identificação da utilização e do estado da conservação dos bens e na sua 
localização no espaço físico da organização ou fora dela e, também, na retirada (baixa) do bem do acervo.
Uma das atividades mais importantes na administração dos recursos patrimoniais é registrar e controlar todos os 
bens patrimoniais da empresa. Para que essa ação possa se desenvolver com melhor e perfeito controle, é neces-
sário classificar e codificar todos os bens pertencentes à empresa. Os objetivos da classificação e codificação de 
materiais e bens é simplificar, especificar e padronizar, com uma numeração, todos os bens da empresa, tanto os 
materiais como os patrimoniais.
Esta codificação é o processo de numeração de um bem, produzindo um registro único e sequenciado para o 
mesmo. Essa rotina prática faz parte da gestão de ativo imobilizado. Ela é feita, em sua maior parte, por uma uni-
dade organizacional denominada controle de ativo fixo ou imobilizado, porque os bens não são adquiridos pela 
empresa de uma só vez, eles são adquiridos ao longo de sua existência. Contudo, quando há a organização dos 
ativos, esta ação irá desenvolver-se com clareza e perfeito controle e, além disso, ficará muito mais eficaz para a 
gestão organizacional. Outra atividade importante é a realização de inventários, de tempos em tempos, para a 
localização dos bens que foram adquiridos pela empresa.
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Administração de Materiais | Unidade de Estudo 1 – Introdução à administração de recursos 
materiais e patrimoniais
Os bens patrimoniais podem ser entendidos como as instalações, prédios, terreno, equipamentos, veículos, 
maquinário, bem como todo o arranjo físico necessário para que ocorra o processo produtivo da empresa, 
seja esta prestadora de serviços ou manufatureira. Deste modo, os equipamentos podem ser exemplificados 
enquanto máquinas operatrizes, caldeiras, reatores, pontes rolantes, computadores e móveis. Já os prédios e 
terrenos são os edifícios e instalações prediais em geral, ou seja, tudo que faz parte do Patrimônio da empresa.
Com a codificação do bem, podemos ter um registro que irá nos informar sobre todo o seu histórico, tais como 
aquisição, preço inicial, localização, vida útil esperada, valor depreciado, valor residual, manutenção realizada e 
previsão de sua substituição. Após o bem estar codificado, recebe uma plaqueta com sua numeração e controle, 
conforme especificado na Figura 8.
Figura 8 – Codificação de bens.
Legenda: Exemplo de código de bens do Banco do Brasil.
Fonte: <http://3tecinfor.blogspot.com.br/>.
Notemos, então, a importância de se fazer o controle do Patrimônio e a necessidade que a empresa tem de con-
trolar adequadamente os seus bens, a fim de prevenir o extravio de equipamentos ou qualquer outro patrimônio.
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Administração de Materiais | Unidade de Estudo 1 – Introdução à administração de recursos 
materiais e patrimoniais
1.3 A importância da administração de materiais e dos bens 
patrimoniais
Dentro do contexto histórico de mecanização, racionalização e automação, entende-se que é desnecessário 
manter o excedente de produção. Desta forma, a Administração de Materiais é um instrumento básico para man-
ter o equilíbrio dos estoques, para que não falte a matéria-prima e, muito menos, ocorram desperdícios com 
excedentes.
A evolução da Administração de Materiais, ao longo dessas fases produtivas, baseou-se na necessidade de pro-
duzir mais com custos mais baixos. Atualmente, a Administração de Materiais tem como função principal o con-
trole de produção, estoque e distribuição, e vem ganhando espaço cada vez maior dentro das empresas, sejam 
elas públicas ou privadas.
A situação atual é bem diversificada. As exigências do mercado aumentaram rapidamente e muitas organizações 
não estão preparadas tecnicamente para esta evolução. Hoje já existe uma discussão para a reestruturação do 
setor de Administração de Materiais, para que ele tenha uma autonomia relativamente própria.
Em um ambiente cada vez mais competitivo no mundo globalizado, o grande desafio das empresas é adminis-
trar os seus ganhos e reduzir os seus custos. Contudo, diante deste panorama, a gestão empresarial carece de 
novas ferramentas que possibilitem eliminar os desperdícios ocorridos no processo de produção. Por meio dos 
conceitos básicos de redução de desperdícios, com base em sete tipos de desperdícios de produção, eles podem 
ser acompanhados e evitados através de uma administração de materiais eficientes. Existem sete tipos de des-
perdícios de produção que podem ser, dessa forma, evitados. Vejamos a seguir:
Figura 9 – Os sete desperdícios de produção.
Inventário
Excesso de 
produção
Transporte Espera
Movimentação
Processos 
desnecessários
Defeitos
Legenda: Os sete tipos de desperdícios de produção: inventário, excesso de produ-
ção, transporte, espera, movimentação, processos desnecessários e defeitos.
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).
iPara saber mais sobre os sete tipos de desperdícios de produção, assista ao vídeo “Saiba 
identificar os 7 desperdícios da produção”, disponível em <https://www.youtube.com/
watch?v=zQ5ZHJ67e8I>..
13
Administração de Materiais | Unidade de Estudo 1 – Introdução à administração de recursos 
materiais e patrimoniais
A Administração de Materiais faz parte de um subsistema importante em qualquer organização, seja qual for o 
tamanho que ela apresenta, e tem uma ligação direta com a área de logística. Seu objetivo principal é estabelecer 
quando, como e quanto comprar, ao menor custo possível, e acompanhar o processo desde a compra junto ao 
fornecedor selecionado até a entrega do produto ao cliente final. A Administração de Materiais é mais do que o 
simples controle de estoque, é uma atividade complexa e com muitos fatores.
O principal objetivo de um administrador de materiais é promover o equilíbrio entre estoque e consumo, com 
alto padrão de excelência, bem como o fluxo constante e ininterrupto da redução de custos e a melhoria dos 
resultados internos e externos da empresa. Dentre as principais tarefas da área de Administração de Materiais, 
podemos citar as seguintes:
Quadro 1 – Tarefas da área de administração de materiais.
TAREFA
Comprar
Armazenar
Controlar
Distribuir
Identificar os fornecedores que melhor se adéquam às necessidades e ao perfil da empresa.
Identificar a demanda dos produtos e a exata noção do quanto armazenar, pois o armazenamento 
em excesso pode trazer prejuízosà organização.
Fazer o controle de estoque, respeitando a condição financeira da organização e a demanda.
Fazer a distribuição dos produtos, na quantidade necessária para cada cliente, de acordo com as 
ordens de compra recebidas.
DEFINIÇÃO
Legenda: Quadro com as quatro tarefas da área de Administração de Mate-
riais (comprar, armazenar, controlar e distribuir) e suas definições.
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).
Ballou (2005, p. 24) consegue expressar esta relação entre a operação logística e o fluxo de materiais, dizendo 
que:
A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que faci-
litam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo 
final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o pro-
pósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.
A administração de materiais é bem mais complexa do que a administração de patrimônio, podendo ser dife-
rente dependendo do segmento da empresa, do seu porte ou tamanho, do tipo de material utilizado no pro-
cesso, entre outros fatores.
Na indústria, a administração de materiais está nas áreas de estoques (almoxarifados e expedição) e na linha de 
produção. Cada departamento é responsável pelo material que movimenta nos processos produtivos e os mate-
riais são os mais diversos, em sua maior parte componentes e insumos.
14
Administração de Materiais | Unidade de Estudo 1 – Introdução à administração de recursos 
materiais e patrimoniais
Já no comércio há uma variação muito grande quanto à responsabilidade, mas, geralmente, cada setor ou depar-
tamento envolvido é responsável pelo seu controle e sua gestão. Na prestação de serviço o funcionamento é 
semelhante: o responsável pelo material muitas vezes é o executor do serviço.
O conhecimento e a prática da integração entre administração de materiais e as funções logísticas seguem desde 
o abastecimento até a produção, distribuição física, venda e fluxo de informações, e produz resultados positivos 
para a empresa. Podemos considerar, ainda, que, com a integração, a empresa obtém resultados como redução 
e adequação do estoque de produtos e, principalmente, redução dos custos da logística.
A ruptura de modelos pode propiciar a adaptação ou criação de artefatos que auxiliem os processos nessas áreas. 
Um exemplo consiste em trazer os conceitos japoneses de produção enxuta, que têm como objetivo aperfeiçoar 
processos e procedimentos através da redução contínua de desperdícios. As suas finalidades fundamentais são:
• Otimização e integração do sistema de manufatura: é um processo contínuo que visa à redução da quan-
tidade de tarefas que serão necessárias para completar um afazer.
• Qualidade: é a exigência de se produzir produtos com bons acabamentos, ou seja, com garantia de qua-
lidade, com funcionários com perfil profissional que apresente responsabilidade e conhecimento técnico 
e segurança para a execução das tarefas.
• Flexibilidade do processo: é a obtenção de materiais com agilidade e em um curto espaço de tempo e ao 
menor custo possível para atender a produção de acordo com a demanda.
• Compromisso com clientes e fornecedores: é o compromisso que as empresas têm de manter as relações 
com clientes e fornecedores para produção de produtos, com eficiência no prazo de entrega, qualidade 
e margens de lucro.
É necessário um sistema que facilite a relação cliente/fornecedor, contribuindo, dessa forma, na divulgação dos 
processos logísticos, bem como oferecendo às empresas um método moderno e eficaz no gerenciamento de 
estoques. Por exemplo, a empresa FEDEX (Federal Express), que é uma empresa americana de remessa expressa 
de correspondência, documentos e objetos, utiliza frotas de aviões invejadas por outras companhias aéreas e é 
sinônimo de desempenho em logística e excelente atendimento em entregas e armazenamento de cargas. A 
FEDEX possui boas referências junto aos clientes e até mesmo aos concorrentes, que buscam constantemente 
atender seu padrão de conformidade e excelência de atendimento.
Em face ao quadro de mudanças, como a abertura de mercados e a instabilidade política e econômica do Brasil, 
a logística surge como uma ferramenta fundamental a ser utilizada para produzir vantagens competitivas. Tradi-
cionalmente, as atividades logísticas concentram-se em dois setores diferenciados da organização. O primeiro 
deles, o setor de suprimento, nasceu junto com a logística, estando derivado da cadeia de suprimentos, que 
estudaremos na Unidade 2. Ele diz respeito aos itens administrados, movimentados, armazenados, processados 
e transportados pela logística. Já o segundo, a distribuição física, constitui o conjunto de operações relativas ao 
fluxo de bens, desde o local de sua produção até seu destino final e das informações associadas, juntando-se ao 
transporte, manutenção armazenamento, tratamento de pedidos, previsões de demanda etc.
Juntamente com os custos totais envolvidos na produção de bens ou serviços de uma empresa, aparecem os 
custos logísticos, que são todos os custos relacionados com a logística de uma empresa. Dentre estes, podemos 
citar, por exemplo, custos com encomendas, custos de transporte e custos com mercadorias. O administrador de 
materiais precisa geri-los da melhor maneira possível para a correta sobrevivência da empresa.
A administração de materiais e de patrimônio possui, hoje, uma visão estratégica e um envolvimento direto com 
gestão da empresa e os principais departamentos, focalizando em ser a melhor por meio da inovação, melho-
rando sempre aquilo que já existe e estabelecendo técnicas e parcerias por meio da logística, tema que estuda-
remos em profundidade na Unidade 2.
15
Administração de Materiais | Unidade de Estudo 1 – Introdução à administração de recursos 
materiais e patrimoniais
1.4 Princípios da Administração de Recursos Materiais e 
Patrimoniais
• Qualidade do material: o material deverá apresentar qualidade tal que possibilite sua aceitação dentro 
e fora da empresa (mercado).
• Quantidade: ela deverá ser estritamente suficiente para suprir as necessidades da produção e estoque, 
evitando a falta de material para o abastecimento geral da empresa, bem como o excesso em estoque.
• Prazo de entrega: deverá ser o menor possível, a fim de levar a um melhor atendimento aos consumido-
res e evitar falta do material. 
• Menor preço: o preço do produto deverá ser tal que possa situá-lo em posição da concorrência no mer-
cado, proporcionando à empresa um lucro maior.
• Condições de pagamento: deverão ser as melhores possíveis para que a empresa tenha maior flexibili-
dade na transformação ou venda do produto.
A importância que envolve os recursos materiais e patrimoniais da empresa, além de identificação, responsabi-
lidade e controle dos recursos empresariais, compõe esta visão estratégia e envolvimento com outros departa-
mentos da organização.
16
Considerações finais
Nesta unidade, você pôde iniciar seus estudos da Administração de Mate-
riais, conhecendo um pouco sobre suas diferentes concepções e sua inte-
gração com a área de Logística. Além disso, pode compreender a utiliza-
ção dos cinco tipos de recursos da empresa, bem como a aplicação da 
tecnologia para o gerenciamento destes recursos. Por fim, vimos como é a 
atuação do gestor da área de Administração de Materiais e a sua evolução 
no contexto empresarial atual. Mantenha-se sempre atento a tudo que 
foi estudado, pois você sempre precisará lembrar desses conceitos para 
entender as próximas unidades. 
Referências bibliográficas
17
BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logística 
Empresarial. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
CHIAVENATO, I. Administração de Materiais: uma abordagem introdu-
tória. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
CORREIA,W. C. V. Manual Gestão Patrimonial: Secretaria Municipal do 
controle interno. Aracaju, 2009.
LÉLIS, E. C. Administração de Materiais. São Paulo: Pearson Education 
do Brasil, 2016.
19
2Unidade 2
Logística
Para iniciar seus estudos
Nesta unidade, abordaremos o conceito de logística integrada, para 
entender de que forma a logística evoluiu em seu conceito e práticas 
para a integração e seus impactos nas operações empresariais. Conhe-
ceremos, também, os pilares da gestão integrada, em que a logística 
tem como principal função colocar o produto certo, na hora certa, pelo 
menor custo possível, e os princípios de uma cadeia de suprimentos inte-
grada. Você vai entender as atividades primárias e de apoio – Supply Chain 
Management (SCM) e Customer Relationship Management (CRM) – e, por 
fim, você poderá compreender a organização das áreas de concentração, 
como o consumo de um produto de um determinado país que passa a ser 
consumido no mundo todo.
Objetivos de Aprendizagem
• ●História, tendências e importância;
• Atividades primárias e de apoio; 
• Supply Chain Management (SCM); 
• Customer Relationship Management (CRM);
• Organização das áreas de concentração.
20
Administração de Materiais | Unidade 2 - Logística
2 HISTÓRIA, TENDÊNCIAS E IMPORTÂNCIA
2.1 História da Logística
A atividade de logística existe desde a Antiguidade. Os líderes de operações militares já utilizavam os processos 
logísticos para organizar suas guerras, que eram longas e distantes, com grandes deslocamentos de recursos. 
Naquela época, já era necessário o planejamento, a organização e a execução das tarefas logísticas para trans-
portar as tropas, definir as rotas, levar os armamentos e carros de guerra pesados aos pontos de combate. Na 
Grécia Antiga, em Roma e no Império Bizantino, os militares com o título de Logistikas eram os responsáveis por 
garantir recursos e suprimentos para a guerra, como comida e água potável.
Na Primeira Guerra Mundial, identificamos aspectos logísticos no abastecimento de armamento e, principal-
mente, nas estratégias de reunir os recursos no local certo e na hora certa, com o objetivo de vencer batalhas. 
Além disso, temos a identificação destas atividades na distribuição dos próprios recursos humanos (soldados), 
que eram divididos de acordo com a demanda necessária, e também na forma com que se organizavam quanto 
ao abastecimento de comida e equipamentos.
Por essa simples reflexão, é possível analisar que, apesar de o conceito não estar denominado, as atividades e 
ações de planejamento e o olhar para alcançar o objetivo maior, que era vencer a guerra perdendo a menor 
quantidade de recursos possível, já estavam presentes desde 1914.
A partir da Segunda Guerra Mundial, as empresas perceberam a importância de criarem um departamento espe-
cífico para gerenciar a logística, para organizar a demanda, que crescia rapidamente e com consumidores exi-
gentes. Por volta dos anos 1950 e 1960, houve o início da preocupação dos gestores das empresas com a satis-
fação do cliente. Foi então que surgiu o conceito de logística empresarial, determinado por uma nova atitude do 
consumidor. 
Após a Segunda Guerra Mundial, e com o início das movimentações entre os mercados, começaram a se deli-
near os objetivos, ferramentas e componentes estratégicos, táticos e operacionais logísticos, ou seja, os cenários 
internacionais foram, de maneira drástica, alterados, mudando de forma radical a logística.
Isso proporcionou acordos internacionais como as Conferências de Bretton Woods, definindo o Sistema Bret-
ton Woods de gerenciamento econômico internacional, que estabeleceu, em julho de 1944, as regras para as 
relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo, inclusive o Brasil. O sistema 
Bretton Woods foi o primeiro exemplo, na história mundial, de uma ordem monetária totalmente negociada, 
tendo como objetivo governar as relações monetárias, alterando o cenário dos negócios e interferindo 
no ambiente logístico internacional.
A oportunidade de integração das economias dos diferentes países criou a necessidade de ampliação 
dos mercados, além de gerar economia de escala, reduzir os custos, adaptar os produtos a cada mercado, 
distribuir eficientemente e reduzir os tempos de entrega.
21
Administração de Materiais | Unidade 2 - Logística
Figura 1 – Países que compõem o BRICS.
Legenda: Bandeiras dos países do BRICS. 
Fonte: Disponível em: <https://previews.123rf.com/images/gilc/gilc1602/gilc160200216/62039547-BRICS-Flags-small-
countries-3d-illustration-on-a-white-background--Stock-Photo.jpg>.
No Brasil, a logística surgiu no início da década de 1980, logo após a explosão da tecnologia da informação. O 
termo “logística” foi associado, diretamente, a transportes, depósitos regionais e atividades ligadas a vendas, 
mas, com o passar do tempo e com a organização das atividades e das áreas nas empresas, o foco nas ativida-
des integradas em um sistema logístico esteve presente, sendo facilmente identificado nas organizações, desta-
cando-se em alguns segmentos como, por exemplo, a indústria automobilística. 
De acordo com o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a ideia dos BRICS foi formulada pelo eco-
nomista-chefe da Goldman Sachs, Jim O’Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic 
BRICs”, fixando-se como categoria da análise nos meios econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de 
comunicação. Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política 
externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, por ocasião da III Cúpula, a África do Sul passou a fazer parte do 
agrupamento, que adotou a sigla BRICS.
Uma etapa importante para aprofundar a institucionalização vertical do BRICS foi a elevação do nível de intera-
ção política que, desde junho de 2009, com a Cúpula de Ecaterimburgo, alcançou o nível de Chefes de Estado/
Governo. A II Cúpula, realizada em Brasília, em 15 de abril de 2010, levou adiante esse processo. A III Cúpula 
ocorreu em Sanya, na China, em 14 de abril de 2011, e demonstrou que a vontade política de dar seguimento à 
interlocução dos países continua presente até o nível decisório mais alto. A III Cúpula reforçou a posição do BRICS 
como espaço de diálogo e concentração no cenário internacional. Ademais, ampliou a voz dos cinco países sobre 
temas da agenda global, em particular os econômico-financeiros, e deu impulso político para a identificação e 
o desenvolvimento de projetos conjuntos específicos, em setores estratégicos como o agrícola, o de energia e o 
científico-tecnológico. 
Além da institucionalização vertical, o BRICS também abriu-se para uma institucionalização horizontal ao incluir 
em seu escopo diversas frentes de atuação. A mais desenvolvida, fazendo jus à origem do grupo, é a econômico-
-financeira. Ministros encarregados da área de finanças e presidentes dos Bancos Centrais reúnem-se com fre-
quência. Os altos funcionários, responsáveis por temas de segurança do BRICS, já se reuniram duas vezes até a 
presente data. Os temas de segurança alimentar, agricultura e energia também já foram tratados no âmbito do 
agrupamento, em nível ministerial. As Cortes Supremas assinaram um documento de cooperação e, com base 
nele, foi realizado, no Brasil, um curso para magistrados dos BRICS. 
22
Administração de Materiais | Unidade 2 - Logística
Portanto, um fator importante para o crescimento da logística foi a constituição de acordos comerciais entre 
os países, que facilitaram os processos logísticos entre eles e a formação de blocos regionais, em que países de 
uma mesma região se unem para incrementar as trocas comerciais, ganhar forças e adotar medidas comuns 
nas negociações com países fora do bloco. Essas práticas incentivam o estudo e o uso dos processos da logística 
integrada.Para assistir a um vídeo sobre a história da logística no Brasil, clique no link seguir e comple-
mente seus conhecimentos.
https://www.youtube.com/watch?v=fc82HwE09X0
Com a atual competição dos mercados globais, a logística culminou em um importante apoio ao planejamento, 
operação e controle do fluxo de mercadorias e informações, desde a fonte fornecedora até o consumidor. 
Podemos conceituar logística de acordo com Christopher (2007, p. 3):
Logística é o processo de gerenciamento estratégico da compra, do transporte, da armazenagem 
de matérias-primas, partes e produtos acabados (além dos fluxos de informação relacionados) 
por parte da organização e de seus canais de marketing, de tal modo que a lucratividade atual 
e futura sejam maximizadas mediante a entrega de encomendas com o menor custo associado.
Em um mercado competitivo e globalizado, torna-se importante que as empresas busquem agilidade em seus 
processos e possam atender às expectativas de seus clientes por meio de produtos e serviços de qualidade, cum-
prindo prazos e aumentando as suas margens de lucro. Diversos fatores são importantes para que as empresas 
possam conquistar o tão almejado lucro neste mercado competitivo. Um deles é a logística, pois um bom pla-
nejamento em logística, além da integração entre os outros departamentos — como o de administração de 
materiais, desde a aquisição da matéria-prima até o produto acabado — traz resultados positivos à organização. 
Para que a empresa tenha sucesso em sua logística, ela também precisa buscar um ótimo relacionamento com 
seus fornecedores, criando parcerias duradouras, nas quais os dois lados ganham no processo.
A definição de logística foi expandida para integrar as diversas áreas, como a produção, o dimensionamento 
e o layout de armazéns, a alocação de produtos em depósitos, os transportes (roteirização, dimensionamento 
de frota e de veículo) a distribuição, a seleção de fornecedores e clientes externos, surgindo um novo conceito, 
conhecido como Supply Chain Management (SCM), ou logística integrada.
Com base nessas informações, esta interligação fica evidenciada pelo esquema a seguir:
23
Administração de Materiais | Unidade 2 - Logística
Figura 2 – Cadeia de abastecimento, manufatura e distribuição.
Legenda: Cadeia de abastecimento, manufatura e distribuição.
Fonte: Elaborada pelos autores (2017).
O esquema anterior nos apresenta o processo de saída de uma mercadoria do depósito até a sua entrega, desta-
cando as etapas pelas quais passaram os produtos e quais recursos foram necessários.
Evidenciamos a necessidade de equipamentos especializados para carregar o caminhão, pois assim evitamos que 
ele seja danificado. O caminhão escolhido deve ser adequado, para que o material fique acomodado de forma 
correta; o trajeto deve estar definido, para evitar qualquer tipo de atraso; e, por fim, é feito o descarregamento no 
destino final, que também deve utilizar o equipamento adequado para garantir a qualidade do produto, ao ser 
disponibilizado ao cliente.
Logística é a parte do gerenciamento da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e 
armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem 
como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de 
atender às exigências dos clientes (Carvalho, 2002, p. 31).
2.1.1 Tendências de logística
Veja agora três tendências da logística que vão mudar a maneira como consumimos:
• Same day delivery
O Same day delivey (entrega no mesmo dia), também conhecida como D+0, é agora uma tendência generalizada 
no e-commerce. Grandes marcas on-line estão se aprimorando para dominar este processo de entrega o mais 
rápido possível. No mercado global, vemos casos bem-sucedidos como o e-Bay e a Amazon, que já oferecem essa 
modalidade e, a cada dia, aumentam ainda mais a área de abrangência desse serviço. A Uber acaba de anunciar 
seu serviço UberRush, e cada vez mais empresas estão se unindo para conseguir esse objetivo de logística.
Essa tendência em logística traz muitos benefícios, dos quais podemos destacar três grandes vantagens: econo-
mia de tempo, conveniência e aumento da produtividade, acelerando a entrega dos itens comprados on-line.
24
Administração de Materiais | Unidade 2 - Logística
No Brasil, a procura pelo serviço vem crescendo, porém as dificuldades dos grandes centros urbanos impõem 
desafios ainda maiores na entrega, como, por exemplo, o trânsito, zonas de restrição de acesso para veículos de 
carga, frota inadequada de grande parte das transportadoras e carga tributária excessiva.
• Entrega antecipada
Você já imaginou fazer uma compra e o produto sair do estoque antes mesmo que você finalize o pedido?
A entrega antecipada também é um dos grandes atrativos da Amazon, que trabalha efetivamente sobre os três 
pontos da psicologia do consumidor: prazer, descontos e promoções. A entrega antecipada só vem acrescentar 
valor a esses pontos, pois o sentimento e a experiência de receber os produtos que você comprou antes mesmo 
do prazo que você estava esperando é realmente emocionante.
• Drones
A Amazon revelou, recentemente, seu projeto para a utilização de drones no serviço de entrega. Como isso pode 
funcionar? O que os drones podem fazer para o serviço de entrega?
Motivado por essa influência, o restaurante Italiano Francesco’s, em Mumbai, na Índia, já tornou essa tendência 
uma realidade e está testando um novo modelo de delivery de pizza usando drone. Os proprietários esperam ter 
o serviço funcionando a pleno vapor até o fim do ano.
2.1.2 A importância da logística
Para entendermos a função da logística na empresa, é preciso estudar conceitos como estoque, armazenagem e 
distribuição, além de detalhar suas atividades. Vejamos a figura a seguir.
Figura 3 – Macroprocessos da função logística.
Legenda: Esquema para entender os macroprocessos da função logística.
Fonte: Elaborada pelos autores (2017).
Retomando os conhecimentos sobre logística e cadeia de suprimentos, fica fácil identificar os macroprocessos 
da função logística, pois eles aparecem em todo o momento da operação e na sua atuação, de forma ágil e 
apresentando custo-benefício, trazendo resultados operacionais e financeiros à empresa. Por exemplo, quando 
uma empresa, por causa da crise financeira, passa a utilizar melhor seus recursos, diminuindo o estoque. Essa 
mudança modifica não apenas a área de estoque e abastecimento, mas, também, a área de produção, que terá 
que dimensionar melhor suas necessidades, para não haver falta de material, e a área de transporte, que prova-
velmente terá alterações no roteiro de entrega etc.
25
Administração de Materiais | Unidade 2 - Logística
Neste caso, podemos observar que, além do ganho com redução e rotatividade, a mercadoria também fica 
menos tempo no estoque e armazém, o que contribui para que a empresa tenha um fluxo de caixa melhor (entre 
recebíveis e pagamentos), além de evitar problemas com mercadoria parada, evitando avarias, perda de validade 
ou furtos.
Exemplo: Uma determinada empresa, devido à crise financeira, passa a utilizar melhor seus recursos, diminuindo 
o estoque. Esta mudança altera não apenas a área de estoque e abastecimento, mas também a área de produ-
ção, que terá que dimensionar melhor suas necessidades para não haver falta de material. O transporte também, 
provavelmente, terá modificações no roteiro de entrega etc.
Podemos apresentar a segmentação da logística empresarial em três grandes áreas:
• Administração de materiais: conjunto de operações associadas ao fluxo de materiais e informações, 
desde a fonte de matéria-prima até a entrada na fábrica. Em resumo, é “disponibilizar para produção”, 
sendo que participam desta área os setores de suprimentos, transportes, armazenagem e planeja-mento e controle de estoques.
• Movimentação de materiais: transporte eficiente de produtos acabados do final de linha de produção 
até o consumidor. Fazem parte o planejamento e controle da produção (PCP), a estocagem em pro-
cesso e a embalagem.
• Distribuição física: conjunto de operações associadas à transferência dos bens, objetos de uma transa-
ção desde o local de sua produção até o local designado no destino e no fluxo de informação associado, 
devendo garantir que os bens cheguem ao destino em boas condições comerciais, oportunamente e a 
preços competitivos. Participam os setores de planejamento dos recursos da distribuição, armazena-
gem, transportes e processamento de pedido. 
2.1.3 A logística e a administração de materiais
Logística é uma operação integrada para cuidar de suprimentos e distribuição de produtos de forma racionali-
zada, o que significa planejar, coordenar e executar todo o processo, visando a redução de custos e o aumento da 
competitividade da empresa.
Merece destaque a afirmação de Ballou, sobre a logística empresarial (2005, p. 24):
A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que faci-
litam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria prima até o ponto de consumo 
final, assim como o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo 
razoável.
Em consequência, devem ser estimulados não só o conhecimento pleno desse processo, como também o desen-
volvimento de novos modelos, naturalmente com base em um ponto de vista logístico, para uma moderna e 
apropriada administração. Devido às mudanças no mercado, a logística surge como ferramenta fundamental a 
ser utilizada em administração de materiais.
Logística é uma operação integrada, que visa prestar atenção nos suprimentos e distribuição de produtos de 
forma racionalizada, o que constitui em planejar, controlar e executar todo o processo, buscando a redução de 
custos e o aumento de competitividade das empresas.
26
Administração de Materiais | Unidade 2 - Logística
2.2 Atividades primárias e atividades de apoio 
A cadeia de valor consiste em cinco atividades primárias e quatro atividades de apoio, conforme apresentado no 
esquema abaixo:
Figura 5 – Cadeia de valor de Porter.
Legenda: Cadeia de valor de Porter e descrição das atividades primárias e atividades de apoio em logística.
Fonte: Porter (1990, p. 35).
De acordo como o que foi especificado na Figura 5, podemos destacar detalhadamente cada ponto inerente às 
atividades primárias e de apoio em logística.
2.2.1 - Atividades Primárias:
• Logística de fora para dentro são as atividades relacionadas ao processo de receber, estocar e distribuir 
insumos.
• Operações são as atividades necessárias para transformar os insumos em produtos acabados.
27
Administração de Materiais | Unidade 2 - Logística
• Logística de dentro para fora são as atividades relacionadas com receber, estocar e distribuir o produto 
final aos consumidores.
• Marketing e vendas são as atividades relacionadas ao processo de induzir e possibilitar aos consumido-
res comprar produtos.
• Serviços são as atividades desenhadas para melhorar ou manter o valor do produto.
2.2.2 Faz parte das atividades primárias de forma detalhada:
• Transporte
a. Definição do método de transportes;
b. Definição dos roteiros;
c. Capacidade dos veículos.
• Manutenção de estoque
a. Compõe 2/3 dos custos;
b. Mensurar o nível de estoque x o nível de serviço.
• Processamento de pedidos
a. Início da movimentação de produtos e da entrega de serviços;
b. Tempo de resposta.
2.2.3 Atividades de Apoio:
• Infraestrutura da empresa são as atividades relacionadas com gerência geral, planejamento, finanças, 
contabilidade, relações com o governo etc.
• Gestão de recursos humanos são atividades de recrutar, contratar, treinar, desenvolver e remunerar 
funcionários.
• Desenvolvimento de tecnologia é a atividade de melhoria de produtos e de processos.
• Aquisições e compras são as atividades necessárias para comprar os insumos necessários.
2.2.4 Faz parte das atividades primárias de forma detalhada:
• Armazenagem
a. Determinação do espaço;
b. Layout do estoque e desenho das docas;
28
Administração de Materiais | Unidade 2 - Logística
c. Configuração do armazém;
d. Localização do estoque.
• Manuseio de materiais
 Recebimento armazenagem despacho
a. Seleção do equipamento;
b. Normas de substituição de equipamento;
c. Procedimentos para separação de pedidos;
d. Alocação e separação de matérias.
• Embalagem de proteção
 Embalagem protetora projetada para:
a. Manuseio;
b. Estocagem;
c. Proteção contra perdas e danos.
• Obtenção
 Deixa o produto disponível para o sistema logístico:
a. Seleção da fonte de suprimentos;
b. O momento da compra;
c. Quantidade de compras.
• Programação de produtos
 Cooperação com operações para:
a. Especificação de quantidades agregadas;
b. Sequência e prazo do volume da produção;
c. Programação de suprimentos para operações.
• Manutenção de informação
a. Coleta, armazenamento e manutenção de informações;
b. Análise de dados;
c. Procedimentos de controle.
A logística empresarial varia de empresa para empresa e apresenta uma redefinição das atividades de movimen-
tar e estocar, que podem ser parcialmente controladas pela área de marketing, como promoção, preço de mer-
cado, mix de produtos e gestão de pessoal em vendas e operações como transporte, estoque, processamento de 
pedidos e manipulação de materiais.
As atividades primárias são primordiais para atingir os objetivos logísticos, além de contribuírem para a maior 
parcela de custo total de logística, porém são essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa logística.
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Administração de Materiais | Unidade 2 - Logística
2.3 Supply Chain Management (SCM)
A competição e a globalização, bem como a introdução de produtos com ciclos de vida reduzidos e a grande 
expectativa dos clientes, obrigaram as empresas a investir e focar na cadeia de suprimentos e nos sucessivos 
avanços da tecnologia da informação.
A gestão da cadeia de suprimentos é um conjunto de abordagens que se inicia com o estudo da demanda, capa-
cidade e localização de instalações e o fluxo de produtos, serviços e informações, diretos e reversos, com a inte-
gração eficiente de fornecedores, fabricantes, centros de distribuição, provedores de serviços logísticos, de forma 
que os produtos sejam produzidos e distribuídos à quantidade certa, para a localização certa e no tempo certo, 
minimizando os custos totais do sistema dentro do nível de serviço desejado, com informações sincronizadas em 
tempo real.
O objetivo de uma cadeia de suprimentos, dentro de uma visão avançada, é ser eficiente e eficaz ao longo de 
todo o sistema, não apenas na redução de custos, mas também em buscar uma abordagem sistemática e obter 
diferenciais competitivos.
O sistema SCM inclui processos de logística que abrangem desde a entrada de pedidos de clientes até a entrega 
do produto no seu destino final, envolvendo aí o relacionamento entre documentos, matérias-primas, equipa-
mentos, informações, insumos, pessoas, meios de transporte, organizações, tempo etc.
Figura 6 – SCM.
Fonte: Fleury (2000).
O conceito de Supply Chain Management ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos começou a se desenvolver 
no início dos anos 1990 e continua em desenvolvimento ainda hoje. São poucas as empresas que conseguiram 
implantá-lo com sucesso. No Brasil, o conceito teve maior destaque a partir do final da década de 1990, impul-
sionado pelo movimento de logística integrada (FLEURY, 2002).
Apesar de não haver uma unanimidade na definição de Supply Chain Management, quatro elementos são comuns 
às diversas definições que se encontram na literatura:30
Administração de Materiais | Unidade 2 - Logística
• O Supply Chain Management atravessa toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, integrando e 
coordenando diversos estágios intra e interorganizacional; 
• Envolve diversas organizações independentes;
• Inclui fluxo bidirecional de produtos (materiais e serviços) e informações; 
• Tem por objetivo fornecer valor elevado aos consumidores, por meio do uso apropriado dos recursos 
organizacionais, construindo vantagem competitiva para a cadeia como um todo.
A comunicação eficiente ao longo da cadeia depende de uma infraestrutura que só se tornou economicamente 
eficaz e amplamente difundida com o advento da internet, apesar da necessidade de padronização. Para Novaes 
(2001), na implementação do SCM são necessários altos investimentos em tecnologia da informação, já que em 
muitos casos as empresas possuem sistemas autônomos que não conversam entre si e que são utilizados nas 
atividades rotineiras de operação e de controle. A realidade obriga as organizações a terem sistemas integrados 
de gestão, os quais representam uma das principais ferramentas para a implantação do SCM.
A tecnologia e seus avanços aumentaram as chances de desenvolvimento de novos instrumentos capazes de 
apoiar o andamento de toda a empresa.
 Para ampliar o seu conhecimento sobre Supply Chain Management, o vídeo do link a seguir 
traz o detalhamento do assunto de forma didática e dinâmica: https://www.youtube.com/
watch?v=h81b1gLmCws
2.4 Customer Relationship Management (CRM)
O Customer Relationship Management (CRM) ou Gestão de Relacionamento com o Cliente é uma abordagem 
que coloca o cliente em primeiro lugar nos processos de negócio, com o objetivo de perceber e antecipar as suas 
necessidades e atendê-los da melhor forma possível.
Na estratégia de negócio de Customer Relationship Management (CRM), não importa a forma como o cliente 
entra em contato com a empresa, o essencial é como a empresa pode e deve aproveitar esse momento para dar 
continuidade ao processo de conhecimento sobre o seu cliente, visando fortalecer o relacionamento, ou seja, a 
fidelização.
O Customer Relationship Management (CRM) abrange três grandes áreas:
• Automatização da gestão de marketing;
• Automatização da gestão comercial, dos canais e da força de vendas;
• Gestão dos serviços ao cliente.
31
Administração de Materiais | Unidade 2 - Logística
Figura 7 – CRM.
Legenda: Customer Relationship Management (CRM).
Na Figura 7, os processos e sistemas de gestão de relacionamento com o cliente permitem que se tenha controle 
e conhecimento das informações sobre os clientes de maneira integrada, principalmente por meio do acom-
panhamento e registro de todas as interações realizadas, que podem ser consultadas e comunicadas a diversas 
partes da empresa que necessitem desta informação para guiar as tomadas de decisões.
Estes são apenas alguns enfoques da importância de se valorizar a logística como indissociável do Supply Chain 
Management e do Customer Relationship Management, para incrementar os resultados da empresa.
 Para ampliar o seu conhecimento sobre Customer Relationship Management (CRM), o vídeo 
apresentado traz o detalhamento do assunto de forma didática e dinâmica: https://www.
youtube.com/watch?v=twUu4d65LFw
A logística é, ao mesmo tempo, uma das atividades econômicas mais antigas e um dos conceitos gerenciais mais 
modernos, ficando como responsabilidade dos gestores e participantes desta cadeia a constante busca de novas 
tecnologias, redução de custos e novas formas de atuação, a fim de ter um diferencial e vantagem competitiva 
perante os concorrentes.
Não se esqueça de que o principal objetivo do SCM é obter o melhor atendimento ao cliente, com o menor custo 
possível. Logo, uma boa gestão da cadeia de suprimentos trará resultados positivos tanto para a empresa quanto 
para seus clientes.
32
Administração de Materiais | Unidade 2 - Logística
2.5 A organização das áreas de concentração 
No cenário atual, a preocupação com a logística tornou-se essencial nas empresas. O ambiente em que elas 
operam atualmente é muito complexo, denso e competitivo. As empresas buscam diferenciação e estabelecer 
vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes. Para obter esses objetivos, cada um tenta descobrir o 
seu próprio caminho; porém, um ponto comum pode ser observado: a alternativa pela implementação da logís-
tica, que deve ser percebida como o gerenciamento estratégico dos fluxos de materiais e das informações para 
os produtos, de uma origem a um destino.
Temos acompanhado várias mudanças de cenário, como a evolução da globalização, a mudança no compor-
tamento dos consumidores, a redução do ciclo de vida dos produtos, que exigem que empresas desenvolvam 
novas competências para conquistar e fidelizar os seus clientes. Ampliam-se as proporções da competitividade, 
deixando de ser regional para ser global. A concorrência passa a acontecer entre cadeias produtivas e não mais 
entre empresas isoladas. Nessa conjuntura, as vantagens e diferenças competitivas são cada vez mais transitó-
rias, como a agilidade e a flexibilidade, que acabam por não ser apenas um discurso, mas tornam-se necessárias.
33
Síntese
Nesta unidade vimos como funcionam os processos logísticos e alguns 
detalhes das funções da logística, como estoque, armazenagem e dis-
tribuição. Também aprendemos sobre a evolução da gestão da cadeia 
de suprimentos, também conhecida como Supply Chain Management 
(SCM). Vale ressaltar que estas questões ajudam a entender as atividades 
de forma macro. Continue seus estudos para adquirir mais conhecimentos! 
Referências bibliográficas
34
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística 
empresarial. 5 ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
CARVALHO, J. C. A lógica da logística. 1ª ed. São Paulo: Silabo, 2002.
CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de supri-
mento. 2ª ed. São Paulo: Thomson Learning, 2007. 
FLEURY, P. F.; WANKE, P.; FIGUEIREDO, K. F. Logística empresarial: a pers-
pectiva brasileira. São Paulo: Editora Atlas, 2000.
MARTINS, P. G.; ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos 
patrimoniais. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 
PORTER, M. E. Estratégia competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1991.
36
3Unidade 3
Objetivos da Administração de 
Estoque
Para iniciar seus estudos
Nesta unidade de estudo você terá a oportunidade de aprender sobre os 
objetivos de estoque e entender que esses objetivos visam encontrar um 
meio-termo, ou seja, um equilíbrio entre a oferta de produtos e o aten-
dimento das demandas. Você aprenderá sobre as políticas de estoque 
e que para traçá-las a empresa deve acompanhar os itens em estoque, 
sua lucratividade, seu posicionamento no mercado, além de outros fato-
res que merecem destaque e você verá ao longo do texto. Por fim, você 
conhecerá os princípios que regem o controle de estoques, além dos 
métodos básicos mais utilizados pelas empresas. Bons estudos!
Objetivos de Aprendizagem
• ● Conhecer os objetivos de estoque.
• ● Entender as políticas de estoque.
• ● Entender os princípios do controle de estoques.
37
Administração de Materiais | Unidade 3 - Objetivos da Administração de Estoque
1. Objetivos de estoque
Produtos alimentícios, de higiene e limpeza são exemplos de alguns materiais que as pessoas costumam estocar. 
No caso das empresas não seria diferente. Matérias-primas são exemplos de materiais que são estocados pelas 
empresas ou organizações. Em se tratando de estoques, em um mundo cada vez mais globalizado e digital no qual 
vivemos, a adoção de técnicas informatizadas possibilita aos gestores manter estoques mínimos ou estoques mais 
elevados. Ao estocar itens para atender as demandas do processo produtivo, a empresa consegue minimizar as 
incertezas quederivam das previsões, uma vez que fatores externos à empresa tendem a modificá-las.
Figura 3.1 – Objetivos de estoque.
Legenda: Imagem vetorizada de duas flechas cravadas no centro de um alvo e, 
ao redor, ícones representando finanças, setas, engrenagens.
Fonte: Disponível em: <https://pt.123rf.com/photo_47121439_targeting-concept-design-on-white-background-clean-
-vector.html>.
Portanto, os objetivos de estoques visam encontrar um equilíbrio entre a oferta de produtos e o atendimento das 
necessidades dos requerentes. Veja o que propõe Gonçalves (2013):
É importante lembrar que os estoques são periodicamente renovados e essa renovação tem um 
custo adicional que está relacionado ao processo de aquisição do produto e sua reposição no 
estoque. Saber equacionar esses problemas é a grande missão da gestão de estoques. (GONÇAL-
VES, 2013, p. 253)
Em se tratando de custos, vale lembrar que toda empresa ou organização tem sua área financeira que, de certa 
forma, tem algum tipo de “conflito” com a área de compras e estoques. Mas que conflitos seriam esses?
A área financeira espera reduzir ao mínimo o capital que é investido em estoques da empresa, fazendo com que 
ele gire e aumente a rentabilidade do capital. Portanto, para a área financeira, estoques representam capital 
investido e sem retorno enquanto paralisados. Já para a área de compras, os estoques representam um “sinal 
verde” para negociar descontos e vantagens, além de representarem segurança para os processos produtivos da 
empresa (CHIAVENATO, 2014).
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Administração de Materiais | Unidade 3 - Objetivos da Administração de Estoque
 Para conhecer mais sobre estoques, leia o artigo do SEBRAE, intitulado “Os cinco pecados 
da gestão de estoque”, e saiba o que é proibido fazer na gestão de estoque para conseguir 
manter uma boa logística. Disponível em <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/
artigos/os-cinco-pecados-da-gestao-de-estoque,e55075d380a9e410VgnVCM1000003b
74010aRCRD>. Acesso em: 01 fev. 2017.
É aí que entra a questão do “dimensionamento de estoques”, ou seja, a empresa deve determinar os níveis de 
estoques que lhes sejam mais oportunos, de modo a abastecer o sistema produtivo sem exceder ou ultrapassar a 
quantidade necessária para a produção. 
Estoques em excesso resultam em desperdício de recursos financeiros, em razão dos custos mais elevados. Por 
outro lado, estoques insuficientes podem resultar em paradas e interrupções do sistema produtivo da empresa 
pela falta de materiais, causando prejuízos de ordem produtiva à empresa. Daí a importância de se evitar esses 
dois extremos (CHIAVENATO, 2014).Acompanhe as premissas do dimensionamento de estoques na figura a 
seguir.
Figura 3.2 – O conflito de interesse quanto aos estoques.
 
Legenda: Imagem contendo quatro quadrantes que vão do nível mínimo ao máximo de esto-
que, fazendo um contraponto entre o que a área de finanças e área de compras espera.
Fonte: Chiavenato (2014).
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Administração de Materiais | Unidade 3 - Objetivos da Administração de Estoque
O dimensionamento de estoques fundamenta-se na previsão de consumo para os materiais. Portanto, o desafio 
dos gestores está em identificar a quantidade de materiais e quando deverão estar disponíveis para atender as 
necessidades do processo produtivo da empresa (CHIAVENATO, 2014).
O desafio é, portanto, quanto e quando comprar. Em razão disso, trataremos aqui dos objetivos de estoque à luz 
das perguntas básicas que se apresentam ao gestor: quanto comprar e quando comprar? 
Acompanhe conosco!
a. Quanto comprar?
Esta pergunta nos remete à data que se deve comprar determinada quantidade de material, com o objetivo de 
atender às necessidades da empresa por determinado espaço de tempo (GONÇALVES, 2013). Ou seja, o gestor 
deve se indagar:
• Qual volume de estoque será preciso para determinado espaço de tempo e qual o nível de estoque para cada item? 
(CHIAVENATO, 2014).
b. Quando comprar?
Esta pergunta tem a função de orientar o gestor a especificar uma data na qual a compra deverá ser processada. 
Deve-se saber em que nível de estoque de determinado material é possível iniciar sua encomenda, assegurando 
o seu recebimento em tempo hábil para viabilizar o atendimento desse material (GONÇALVES, 2013). Ou seja, o 
gestor deve se indagar:
• Quando os estoques devem ser repostos, qual a periodicidade das aquisições e qual o giro de estoques? (CHIAVE-
NATO, 2014).
Diante desses questionamentos, foram criados dois sistemas básicos para controlar estoques: o sistema de repo-
sição contínua (sistema “Q”) e o sistema de reposição periódica (sistema “P”). Vamos conhecê-los?
• Sistema “Q”: no sistema de reposição contínua, quando o estoque de determinado material alcançar um 
determinado nível, uma nova encomenda deve ser realizada (GONÇALVES, 2013). Observe pela Figura 
1.1c.
Figura 3.3 – Sistema de reposição contínua (Sistema “Q”).
Legenda: Gráfico contendo o eixo qualidade e o eixo tempo, em que o ponto de intersecção cor-
responde à taxa de consumo de estoque e o tempo de reposição para o material.
Fonte: Gonçalves (2010a) apud Gonçalves (2013, p. 269).
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Administração de Materiais | Unidade 3 - Objetivos da Administração de Estoque
Para o autor,
o nível de estoque (PE) que vai sugerir o disparo de uma nova encomenda e poderá ser encon-
trado pela seguinte expressão matemática, levando-se em conta que o estoque se esgota a uma 
taxa de consumo constante (d) e que tr é o período de tempo decorrido entre o disparo da enco-
menda e o recebimento de uma nova encomenda: . (GONÇALVES, 2013, p. 269)
Portanto, no sistema “Q”, a qualquer momento, em função da taxa de consumo com que o estoque vai dimi-
nuindo, é indicada uma nova reposição do material, daí o nome reposição contínua. 
• Sistema “P”: no sistema de reposição periódica temos o contrário do sistema “Q”. Assim, o disparo de 
uma encomenda ocorre segundo uma periodicidade fixa que se regula por períodos fixos. Imagine o 
estoque de bobinas para geradores de energia. Se a revisão desse material for fixa, essa revisão indica que 
a cada 10 dias se deve avaliar a posição do estoque e processar nova encomenda (GONÇALVES, 2013). 
Observe pela Figura 1.1d.
Figura 3.4 – Sistema de reposição periódica (Sistema “P”).
Legenda: Gráfico representando o nível de estoque máximo, o tempo de repo-
sição (TR), as revisões (P) e o tempo de ciclo (P + TR).
Fonte: Gonçalves (2013, p. 273).
Pela Figura 1.1d é possível perceber que a encomenda varia em razão do nível de estoque existente no dia da 
revisão e do estoque máximo previsto. Logo, a encomenda ocorre entre o processamento da encomenda e o 
recebimento do material, aqui chamado de tempo de reposição (TR). 
Assim, nota-se que entre a revisão do estoque e o recebimento do item decorrerá um período 
de tempo correspondente à soma do período entre as revisões do estoque (P) e o período entre 
o processamento da encomenda e o seu recebimento (TR). Esse intervalo de tempo é conhecido 
como tempo de ciclo. (GONÇALVES, 2013, p. 273)
Conhecidos os objetivos de estoque, o conflito de interesses quanto aos estoques e os sistemas de reposição 
contínua e periódica, é hora de conhecer as políticas de estoque. Vamos lá?
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Administração de Materiais | Unidade 3 - Objetivos da Administração de Estoque
2. Políticas de estoque
Para que a empresa consiga gerir seus estoques, é fundamental determinar o que chamamos de política de esto-
que. Mas, afinal, o que é uma política de estoque?
As políticas de estoque são importantes ferramentas para os gestores, quer seja da área de 
produção, financeira, marketing ou, sobretudo, almoxarifado, a fim de equalizarem os inte-
resses da empresa e, juntos, cumprirem o que está sendo planejado. 
O grande impasse de empresas e organizações contemporâneas permeia uma importante questão: quanto a 
empresadeve estocar? 
A área de vendas almeja um estoque elevado a fim de atender às demandas dos clientes. Em contrapartida, a área 
de produção opta por trabalhar com uma margem de segurança de estoque mais elevada. Por outro lado, a área 
financeira deseja estoques reduzidos para diminuir o capital investido e aprimorar o fluxo de caixa da empresa 
(PORTAL EDUCAÇÃO, 2015).
Como resolver este impasse? 
A resposta é simples: criando uma política de estoques de modo que os interesses das diferentes áreas da empresa 
sejam atendidos e que os clientes tenham suas demandas atendidas e fiquem satisfeitos com elas. 
Figura 3.5 – Criando as políticas de estoque para a empresa.
Legenda: Imagem vetorizada vista de cima, na qual cinco pessoas, sentadas à mesa, anali-
sam dados e informações, representando a definição de políticas de estoque para a empresa.
Fonte: Disponível em: <https://br.123rf.com/photo_48483950_cinco-pessoas-da-equipe-sentado-e-trabalhando-jun-
tos-na-mesa-redonda..html>.
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Administração de Materiais | Unidade 3 - Objetivos da Administração de Estoque
Cabe à administração geral da organização determinar sua política de estoques, informando ao departamento 
de controle o programa de metas e objetivos a serem alcançados. 
Aí que o fator “planejamento” entra em cena. Planejar é uma das mais importantes formas de se determinar uma 
política de estoque adequada ao perfil da empresa e que seja eficiente (PORTAL EDUCAÇÃO, 2015).
Para traçar uma política de estoques assertiva, acompanhe conosco o que uma empresa deverá analisar:
• os itens em estoque, verificando lucratividade e posicionamento da empresa no mercado;
• o recebimento e a correta armazenagem das mercadorias;
• inventários periódicos para avaliação das quantidades e do estado das mercadorias estocadas; 
• o tempo de reposição de cada mercadoria;
• qual é o melhor mix de produtos; 
• qual é o giro de mercadorias ideal para os principais produtos do estoque (PORTAL EDUCAÇÃO, 2015).
Planejar bem os pedidos e especificá-los corretamente ajuda os gestores a fazerem compras 
no momento certo e nas quantidades necessárias. Para entender um pouco mais sobre a 
temática, sugerimos a leitura da matéria “Controle de estoque: compre na medida certa”. 
Disponível em: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/controle-de-estoque-
-compre-na-medida-certa,db1c17e19007b410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso 
em: 01 fev. 2017. 
Fenerich (2016) afirma que alguns motivos justificam a empresa em manter seus materiais estocados, observe 
pela Figura 1.2b.
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Administração de Materiais | Unidade 3 - Objetivos da Administração de Estoque
Figura 3.6 – Razões para manter estoques nas empresas.
Legenda: Imagem contendo ao centro a palavra “estoques” e ao redor os fatores que justificam sua existência: custo de 
setup, canais de distribuição, incerteza de demanda, especulação, dificuldade de coordenar demanda e suprimento, 
atendimento ao cliente, custo de pedido, utilização de inputs, relação com fornecedores e custo de transporte.
Fonte: Fenerich (2016, p. 133).
De acordo com Fenerich (2016), os elementos que justificam a existência de estoques na empresa são:
• custo de setup (custo para ativação da máquina): a administração de estoques reduz o acúmulo desse 
tipo de custo;
• canais de distribuição: relacionam taxa de demanda, custos logísticos, tempo de entrega e margem de 
lucro;
• incerteza de demanda: a soma da variação no consumo e previsões equivocadas de demanda levam as 
empresas a estocarem;
• especulação: manter estoques para dispor de vantagens competitivas sobre um produto;
• dificuldade de coordenar demanda e suprimento: é o principal motivo, ou seja, a empresa não alinha 
oferta de produtos com a demanda por eles;
• atendimento ao cliente: resulta da incerteza de demanda, sendo um elemento relevante para a perma-
nência da empresa no mercado;
• custo de pedido: a empresa que estoca minimiza custos e tem vantagens sobre eles;
• utilização de inputs (uso de máquinas e equipamentos, insumos e mão de obra): a vantagem é manter 
as máquinas e equipamentos sempre em funcionamento;
• relação com fornecedores: possibilidade de trabalhar quantidades adequadas aos fornecedores, nem 
tão grandes nem tão pequenas;
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Administração de Materiais | Unidade 3 - Objetivos da Administração de Estoque
• custo de transporte: quanto maior a capacidade de transporte, menor será o valor por produto trans-
portado.
Figura 3.7 – Elementos que justificam a empresa estocar.
Legenda: Imagem vetorizada de um funcionário de uma empresa estocando caixas de produtos.
Fonte: Disponível em: <https://br.123rf.com/search.php?word=55251095&srch_lang=br&imgtype=&t_
word=55251095&t_lang=br&oriSearch=modern+warehouse&mediapopup=55251095>.
Chiavenato (2008) nos traz o exemplo das fichas de estoque, uma ferramenta importante para auxiliar o gestor 
na criação de uma política de estoques. 
A ficha de estoque (FE) ajuda no controle e na análise do estoque de cada material, sendo inúmeras as suas varie-
dades, cabendo a cada empresa definir o tipo mais adequado às suas necessidades. 
Uma FE pode exemplificar informações como:
• Identificação do material: informações como nome, código ou número, especificação do material, uni-
dade de medida e qual sua finalidade;
• Controle do material: lote mínimo e econômico, demanda, prazo para atendimento do pedido, fornece-
dores, preço e porcentagem de perda;
• Movimentação do estoque do material: pedidos de reposição, materiais recebidos, reservados e retirados;
• Saldo de estoque do material: quantidade existente no almoxarifado, quantidade não reservada e 
encomendada, mas não recebida, quantidade total encomendada e não recebida e quantidade total 
reservada e não retirada;
• Custo e valor do material: custos unitários (de entrada e saída), total, unitário médio, padrão e saldo 
monetário em estoque.
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Administração de Materiais | Unidade 3 - Objetivos da Administração de Estoque
Aprofundaremos um pouco mais sobre o fluxo de materiais em estoque no almoxarifado nos 
próximos materiais desta aula. Acompanhe! 
De acordo com Chiavenato (2008), as FE podem, ainda, apresentar quatro níveis de informação ao gestor, observe:
a. Nível 1: informa sobre o material recebido, o material entregue, as entradas e saídas de material, sendo a 
ficha mais elementar e simples, além de ser a mais utilizada. Observe pela Figura 1.2d.
Figura 3.8 – Ficha de estoque com nível 1 de informação.
Legenda: Ficha nível 1, contendo os campos para o nome do item, unidade, código do 
item, observações, data, documento, entradas, saída e saldo em estoque.
Fonte: Chiavenato (2008, p. 122).
b. Nível 2: informa a quantidade do item encomendado, recebido, entregue e o saldo que ficou em esto-
que. Permite ao gestor identificar o volume do item encomendado, além de inseri-lo na programação do 
sistema produtivo. Observe um modelo de ficha nível 2 pela Figura 1.2e.
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Administração de Materiais | Unidade 3 - Objetivos da Administração de Estoque
Figura 3.9 – Ficha de estoque com nível 2 de informação.
Legenda: Ficha nível 2, contendo os campos para o nome do item, unidade, código do 
item, observações, data, documento, encomenda, entrada, saída e saldo.
Fonte: Chiavenato (2008, p. 122).
c. Nível 3: informa a quantidade do item encomendado, recebido, saldo a receber garantido para determi-
nadas operações e saldo em estoque. 
d. Nível 4: informa quantidade do item encomendado, recebido, reservado, saldo disponível, saídas e 
saldo em estoque. É uma ficha mais aprimorada que ajuda sobremaneira no planejamento de compras. 
Observe um modelo de ficha nível 4 pela Figura 1.2f.
Figura 3.10 – Ficha de estoque com nível 4 de informação.
Legenda: Ficha nível 4, contendo os campos para o nome do item, unidade, código do item, obser-

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