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Gestão de Produção e Materiais - Apostila Alunos

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2019 
 
 
 
 
Curso Técnico 
de Administração 
Professora: Mayara Kelly Barbosa Oliveira 
 
 
 Limoeiro do Norte - 2019 
 
 
 
Seja bem-vindo, 
 
 
 
Esse material é direcionado aos estudantes do curso Técnico 
Em Administração. Aqui você verá diversos conceitos acerca da 
Gestão de Produção e Materiais e terá a oportunidade de entender 
melhor como eles são utilizados dentro das organizações, visto que 
com o aumento da globalização, a concorrência entre organizações 
aumentou bastante e essas buscam cada vez mais o aumento da 
produtividade e redução de custos, além de profissionais bem 
capacitados serem cada vez mais necessários. 
A Administração de Produção e Materiais é uma disciplina que 
possui grandes e relevantes pontos e é de fundamental importância 
seu estudo dentro do curso de Administração. 
O conteúdo está estruturado em 4 unidades e cada uma possui 
no final uma pequena atividade que irá auxiliar seu aprofundamento. 
Criado pela professora Mayara Kelly Barbosa Oliveira, 
graduada em Administração e especialista em Gestão da Qualidade. 
Possuindo fins educativos, com o objetivo de reunir informações 
acerca dos conteúdos aqui disponibilizados, através de pesquisas 
bibliográficas e conhecimento técnico na área. 
 
 
Bons estudos! 
 
 
Copyright © 2019. Todos os direitos desta edição reservados a Mayara Kelly Barbosa Oliveira. 
2019 
 
 
 
Sumário 
Unidade 1. A Administração de Materiais 4 
1.1 Evolução e conceitos 4 
1.2 Funções e objetivos da administração de materiais 7 
1.3 Administração de compras 10 
1.4 Fornecedores 12 
1.5 Padrão e fornecimento conforme certificação de qualidade 14 
Atividade de aprofundamento 15 
 
Unidade 2. Gestão de Estoques 16 
2.1 Fundamentos básicos 16 
2.2 Classificação dos estoques 19 
2.3 Inventário 22 
2.4 Controle dos materiais de estoque 24 
2.5 Sistemas de controle de estoque 25 
Atividade de aprofundamento 30 
 
Unidade 3. Conceitos e Estrutura da Administração da Produção 31 
3.1 Sistemas de produção 34 
3.2 Planejamento e controle da produção 37 
3.3 Análise dos processos de produção 39 
3.3.1 O processo de produção ou transformação 39 
3.3.2 Cálculos da Produtividade 42 
Atividade de aprofundamento 50 
 
Unidade 4. Programas de Qualidade aplicados na produção 51 
4.1 Metodologia de Análise e Soluções de Problemas 53 
 
 
Referências 57 
 
 
 
 
 
1. A ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
1.1 Evolução e Conceitos 
 Com o passar dos tempos as organizações 
criaram o entendimento e reconheceram a importância do 
gerenciamento de uma empresa, é muito importante que 
para o crescimento e sucesso empresarial uma empresa 
possua gerenciamento de todos as suas áreas, atualmente 
podemos entender a divisão como: humana, financeira e 
material. Todos entendidos como parte altamente 
importante para o bom andamento organizacional, vale 
ressaltar que a visão atual não trata humanos como 
recursos, apenas o financeiro e material. 
 Entendendo que a parte material da empresa é 
altamente importante, a administração de materiais envolve 
diversos processos que vão além das atividades internas da 
empresa como: planejamento, compra, formação do 
estoque e o consumo de matérias primas necessárias a 
empresa. 
 A administração de 
materiais começou há muito tempo 
ainda na época da caça, algumas 
tribos caçavam mais, outras 
plantavam mais e assim surgiu a 
necessidade da troca, o homem 
produzia bens e estocava-os. 
Quando lhe era conveniente ele 
estocava, tudo acontecendo com a ideia de sobrevivência. 
Mas, a parti desse período já começou a ser criado as ideias 
de comércio com o escambo. Com a época mercantilista a 
ideia de armazéns começou a ser forte, pois as pessoas 
possuíam mais bens do que consumiam e precisavam 
guardar e protegê-los. 
 
 
 Com a chegada da Revolução Industrial esse 
senso ficou mais forte, as empresas pensavam muito em 
produzir e estocar, para vender. Mas a parti desse momento 
houve um choque maior, antes a estocagem era para 
sobrevivência, com o comercio era produzir bens e com a 
Era Industrial o foco era produção em massa para gerar 
lucro. Todo esse processo trouxe muito desenvolvimento 
para as cidades, as cidades estavam cada vez maiores, 
havia mais trabalho e as pessoas migravam mais dos 
campos para as cidades. 
“Com a Revolução Industrial, meados do século XVIII e 
se estendendo até o século XIX, houve uma maior 
concorrência de mercado e melhorou as operações de 
comercialização dos produtos, dando mais importância aos 
setores de compras e estoques. O referido período foi 
marcado por modificações profundas nos processos do 
sistema de fabricação e estocagem em grande escala. O 
trabalho, que antes era completamente artesanal foi em 
parte substituído pelas máquinas, conseguindo elevar a 
produção para um estágio tecnologicamente mais avançado 
e a administração passou a ver os estoques sob outro 
prisma. Alguns fatores contribuíram para impulsionar à 
Administração de Materiais, dentre eles a evolução fabril, o 
consumo, as exigências dos consumidores, o mercado 
concorrente e novas tecnologias, com isso, passou a ser 
vista como uma arte e uma ciência das mais importantes, 
para que as organizações pudessem alcançar seus 
objetivos. ” (CHIAVENATO- adaptado, 2003) 
“Com o surgimento da mecanização, da busca pela 
produção mais eficiente e a automação, o excedente da 
linha de produção se torna cada vez mais uma preocupação, 
e com isso, a Administração de Materiais, se torna uma 
ferramenta fundamental para que exista o equilíbrio dos 
estoques, para que não falte a matéria-prima, porém não 
 
haja excedentes. Pode-se dizer ainda que a administração 
de materiais tem o objetivo de harmonizar os interesses 
entre as necessidades de suprimentos e a otimização dos 
recursos financeiros e operacionais das empresas.” 
(Franceschini; Gurgel (2002) 
As guerras mundiais também tiveram 
seus impactos sobre a reflexão acerca de 
produtos e estoques, visto que foi uma época 
em que os recursos eram valiosos e 
precisavam ser bem gerenciados, pois a falta 
significava calamidade geral, foi uma época 
na qual foi buscado meios mais eficazes de 
armazenagem, visto a importância do apoio 
logístico; pois todos esses pontos eram vitais 
para sucesso dos confrontos armados. 
 
 
 
 
 
 
Com esse entendimento podemos definir 
Administração de Recurso Materiais como um conjunto de 
atividades desenvolvidas dentro de uma empresa 
destinadas a suprir as diversas unidades com os 
materiais necessários ao empenho normal de suas 
atribuições. (Carolina Teixeira) 
A administração de materiais busca cuidar dos recursos 
materiais da empresa, isso acontece respondendo pontos 
como: 
 
A guerra mostrou que apenas soldados 
não eram o suficiente. Por mais fortes e 
valentes que fossem seus soldados, não 
muito eles aguentariam sem munições, 
equipamentos, alimentos, combustível [...] 
Tudo isso no momento e lugares certos. 
 
 
 O que deve ser comprado; 
 Como deve ser comprado; 
 Quando deve ser comprado; 
 Onde deve ser comprado; 
 De quem deve ser comprado; 
 Por qual preço deve ser comprado; 
 Em que quantidade deve ser comprada; 
 
Ela deve ser capaz de resolver conflitos internos, esses 
conflitos internos acontecem porque dentro de uma 
organização os diversos setores têm objetivos diferentes 
relacionados ao estoque. Por exemplo: o setor de 
atendimento quer atender a maior quantidade de clientes e 
por isso deseja sempre ter todos os produtos em estoque; 
por outro lado o setor financeiro deseja estoques baixos com 
menos vendas paradas. O departamento de estoques é 
quem gerencia essas divergências. 
 
1.2 Funções e Objetivos 
Pontuando, podemos dizer que as funções da 
administração de materiais é: 
 Compras: pode ser dividida em compras no 
mercadointerno e importações. Toda compra 
envolve fornecedores, contratos (licitações), tomada 
de preços, pedido de compra (prazos, condições de 
pagamento, etc.), transporte e controle no 
recebimento da mercadoria. Caso haja importações, 
os compradores deverão ter conhecimento das leis 
e guias de importação, bem como dos processos 
envolvendo órgão do governo federal mediador das 
importações. 
 
 Transportes: envolve do fornecedor até o espaço 
físico de estocagem pode ser feita interna ou por 
terceiros. Caso for interna, envolve o processo de 
gerenciamento e distribuição das cargas. Se 
externa, envolve a contratação de transportadoras 
(rodoviárias, ferroviárias, aéreas ou marítimas). 
 Armazenagem e conservação: envolvem todos 
os processos de recebimento das mercadorias, 
controle de qualidade e fechamento contra o 
pedido de compra, catalogação dos itens 
conforme codificação do estoque, armazenagem 
no local físico designado para os itens e 
contabilização dos itens. 
 Manipulação e controle de estoques: envolvem 
todos os processos de requisição e devolução de 
itens, seja para fabricação, consumo ou revenda. 
Cada um destes processos é composto por 
subprocessos legais. Caso a retirada de itens seja 
para venda e entrega em um cliente, um processo 
de emissão de notas fiscais para circulação de 
mercadorias deve ser incluído para esta função. 
 
Os objetivos da Administração de Materiais são 
diversos, eles podem variar de acordo com o ramo de 
atuação e com a forma de gestão da empresa, como 
objetivos primários podemos observar: 
 Preço Baixo: o objetivo mais óbvio e, certamente um 
dos mais importantes. Redução do preço de compra 
implica em aumento dos lucros, se mantido a mesma 
qualidade; 
 Alto Giro de Estoques: implica em melhor utilização 
do capital, aumentando o retorno sobre os 
investimentos e reduzindo o valor do capital de giro; 
 
 Baixo Custo de Aquisição e Posse: dependem da 
eficácia das áreas de Controle de Estoques, 
Armazenamento e Compras; 
 Continuidade de Fornecimento: é resultado de uma 
análise criteriosa quando da escolha dos fornecedores. 
Os custos de produção, expedição e transporte são 
afetados diretamente por este item; 
 Consistência de Qualidade: a área de materiais é 
responsável pela qualidade de materiais e serviços 
provenientes de fornecedores externos; 
 Despesas com Pessoal: obtenção de melhores 
resultados com a mesma despesa ou, mesmo 
resultado com menor despesa - em ambos os casos o 
objetivo é obter maior lucro final. “Às vezes compensa 
investir mais em pessoal porque se pode alcançar com 
isto outros objetivos, propiciando maior benefício com 
relação aos custos”; 
 Relações Favoráveis com Fornecedores: a posição 
de uma empresa no mundo dos negócios é em alto 
grau determinada pela maneira como negocia com 
seus fornecedores; 
 Aperfeiçoamento de Pessoal: toda unidade deve 
estar interessada em aumentar a aptidão de seu 
pessoal; 
 Bons Registros: são considerados como o objetivo 
primário, pois contribuem para o papel da 
Administração. 
Além desses objetivos e deles serem de suma importância, 
a gestão de materiais possui objetivos diversos, como 
secundários podemos ver: 
 
 Relações recíprocas favoráveis (em especial com seus 
fornecedores); 
 
 Materiais e produtos novos que possam agregar valor 
ao produto da organização; 
 Economia em fabricar ou comprar através da união das 
equipes de fabricação e de materiais buscando meios 
mais eficientes; 
 Padronização e simplificação das especificações dos 
itens; 
 Melhoria dos produtos; 
 Harmonia interdepartamental e melhor previsão de 
demanda para melhor ajustar as compras ao fluxo de 
estoque. 
Cada empresa deve definir a importância dos objetivos 
dentro de sua organização, a organização pode criar 
manuais com procedimentos e políticas para guiar seus 
funcionários, gerando assim uma boa atuação em um todo 
dos funcionários por estarem bem guiados. Pois os manuais 
e políticas facilitam também a supervisão, melhoram as 
relações e dão apoio no treinamento dos funcionários. 
 
1.3 Administração de compras 
As compras são uma função da gestão de materiais 
responsável por suprir a necessidade de materiais ou 
serviços, também chamado de setor de suprimento, por ser 
quem supre as necessidades da organização. 
A administração de compras é uma área de grande 
relevância dentro das organizações, envolve capital 
envolvido, transporte, comercialização, prazos e produção. 
A negociação com fornecedores também ocorre no setor de 
compras, devendo ser feito no momento certo e quantidade 
certas. 
Tradicionalmente a função de compras é vista como 
uma função burocrática em vez de estratégica e é assim que 
 
são escolhidos seus funcionários. As próprias pessoas que 
ocupam funções no setor de suprimentos, muitas vezes, não 
estão a par da contribuição em potencial que poderiam dar. 
(Leenders e Blenkhorn, 1991) 
Na compra de insumos e matérias primas, é necessária 
a atuação direta do setor de compras, com o objetivo de 
minimizar os gastos nessas operações, mas não basta 
conseguir os menores preços, mas aliá-los a qualidade. As 
negociações devem ser justas e dignas para a empresa que 
busca, não causando prejuízos a outrem. 
Atividades típicas do setor de compras: 
 Fazer estudo de mercado; 
 Realizar análises de custos; 
 Reduzir preço de compra; 
 Cuidar das relações comerciais com os 
fornecedores; 
 Selecionar mão de obra qualificada para vender 
os produtos; 
 Decidir em que quantidade e em que época 
comprar; 
 Encomendar as compras e garantir continuidade 
de fornecimento; 
 Acompanhar o recebimento de insumos e 
matérias primas; 
 Providenciar armazenamento; 
 Manter os estoques mínimos no nível 
estabelecido. 
As atividades não são limitadas a somente essas, visto que 
variam de acordo com a realidade de cada organização. 
 
 
 
 
1.4 Fontes de Fornecimento 
Os fornecedores são parte importante da empresa, 
entendemos por fornecedores todas as empresas que 
possuem interesse em suprir as necessidades de outra 
empresa em termos de produtos ou serviços (matéria prima, 
mão de obra, etc.). 
As fontes de fornecimento, ou seja, os fornecedores 
têm ligação direta com a área de compras, esse 
relacionamento deve ser mantido da melhor forma possível. 
Garantir um bom relacionamento entre comprador e 
fornecedor é garantir a eficiência das compras. 
Visto que o mercado está cada vez mais competitivo, as 
empresas precisam estar cada vez mais elevadas para 
concorrer no mercado, para que isso aconteça bons 
fornecedores são fundamentais, pois garantem materiais 
de qualidade, bons prazos de entrega e preços 
acessíveis. Os departamentos de compras analisam os 
fornecedores utilizando critérios de baixo custo e qualidade. 
O fornecimento à empresa pode ser caracterizado segundo 
três fontes: 
1. Fonte única: fornecimento de exclusividade, acontece 
devido a caracterização do produto ou tipologia do 
produto. 
2. Fonte múltipla: quando são utilizados mais do que um 
fornecedor, normalmente possuem melhores preços e 
serviços, deixando em aberto a negociação. 
3. Fonte simples: caracteriza-se por um fornecimento a 
longo prazo, requer planejamento por parte de ambas 
as empresas. 
 
Reconhecer bons fornecedores é papel primordial, 
podemos analisa-los por seus atributos, como: 
 
 Entrega pontual; 
 Entrega de produtos de qualidade consistente; 
 Preços justos; 
 Possuir antecedentes de vendas estáveis; 
 Possuir bons serviços; 
 Atender e se adaptar as necessidades dos 
clientes; 
 Cumprir acordos; 
 Oferecer apoio técnico; 
 Manter o comprador informado sobre o 
andamento da entrega. 
 
Os fornecedores também podem ser classificados em: 
 Fornecedor Monopolista: fornecedores de 
produtos exclusivos. Normalmente seu volume de 
compras é que determina o grau de atendimentoe relacionamento, o vendedor não dá muita 
atenção. 
 Fornecedor Especial: são os que 
ocasionalmente poderão prestar serviços, mão-
de-obra ou fabricação de produtos, que requerem 
equipamentos especiais ou processos 
específicos, não encontrados nos fornecedores 
habituais. Com esse tipo de fornecedor é 
necessário possuir mínimo 3 em cadastro. 
 Fornecedor Habitual: são os fornecedores 
tradicionais, que são sempre consultados em uma 
compra. Costumam prestar melhores 
atendimentos. 
 
 
 
1.5 Padrão e fornecimento conforme certificação de 
qualidade 
Para garantir uma compra adequada, dentro dos 
padrões de qualidade, com suas especificações 
compatíveis. É fundamental que as compras sejam 
efetuadas com fornecedores certificados. 
A ISO 9001:2015 é a que certifica os fornecedores para 
realizar seus processos, produtos e serviços em 
conformidade, ao ponto que possibilite atender aos 
requisitos de seu cliente com qualidade. De acordo com as 
normas da ISO: 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com a ISO 9001, cabe à empresa controlar 
e garantir que os processos, produtos e serviços dos 
fornecedores externos também estejam conforme os 
requisitos. Se você não se atentar também a essa parte do 
processo, o consumidor pode sair insatisfeito e culpar sua 
empresa pelo mau atendimento. 
Tanto o fornecedor de serviços como o fornecedor de 
matéria-prima devem ser levados em consideração para 
evitar a insatisfação do cliente. Os provedores externos 
interferem diretamente nos resultados da empresa, na 
satisfação do cliente, na melhoria do desempenho e no 
desenvolvimento a longo prazo da organização. 
“A organização deve determinar e aplicar critérios para 
a avaliação, seleção, monitoramento de desempenho e 
reavaliação de provedores externos, baseados na sua 
capacidade de prover processos ou produtos e serviços 
de acordo com requisitos”. 
 
Atividade de Aprofundamento 
 
Nesse capítulo vimos que aconteceu uma evolução na 
história para que pudéssemos chegar ao modelo de compra 
e venda que possuímos hoje e vimos como o processo de 
compra é importante para as organizações. 
Com base nesses conhecimentos, marque V ou F. 
a) ( ) O sistema de compras de preço objetivo implica o 
conhecimento prévio do preço justo, o que proporciona 
uma verificação dupla no sistema de cotações. 
b) ( ) Compras é uma função paralela à administração 
de materiais que influencia o controle de estoques. 
c) ( ) Além de aquisição de materiais e serviços, o setor 
de compras engloba também atividades relacionadas à 
administração do fornecimento desses insumos. 
d) ( ) De modo geral, o processo de aquisição de 
materiais deve fundamentar-se em uma relação do tipo 
ganha-perde, na qual a empresa ganha descontos e o 
fornecedor perde lucratividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Gestão de Estoques 
2.1 Fundamentos básicos 
A gestão de estoque visa 
garantir a máxima disponibilidade 
de um produto com o menor 
estoque possível. Para uma gestão 
de estoque eficiente, a empresa 
deve fazer um bom planejamento da demanda, monitorar 
cuidadosamente o inventário e garantir a qualidade do que 
está sendo armazenado. 
O termo estoque designa o conjunto dos itens 
materiais de propriedade da empresa que: 
 São mantidos para venda futura; 
 Encontra-se em processo de produção; ou 
 São correntemente consumidos no processo de 
produção de produtos ou serviços a serem vendidos. 
 
 
 
 
 
 
Ativos considerados estoques: 
 Mercadorias para comércio ou produtos acabados; 
 Materiais para produção; 
 Materiais em estoque não destinados à produção 
normal; 
 Produtos em processo de fabricação ou elaboração; 
 Custo das importações em andamento. 
 
Estoque é toda e qualquer porção armazenada de 
material, com valor econômico para a organização, que 
é reservada para emprego em momento futuro, 
quando se mostrar necessária às atividades 
organizacionais. 
 
A manutenção de estoques é onerosa às organizações. 
Os custos, são relativos a diversos fatores – roubos, furtos, 
aluguel de espaços físicos, seguros, entre outros –, podendo 
chegar a níveis altíssimos e insuportáveis. Tomando esse 
fato em consideração, o ideal seria não manter estoques, 
havendo o fornecimento dos materiais apenas quando 
fossem estritamente necessários. Isso, logicamente, implica 
uma grande agilidade na relação entre a organização e seus 
potenciais fornecedores. 
No contexto do serviço público, contudo, esta agilidade 
não é observada. As compras, no setor público, são 
processadas por meio de licitações, sendo usual que um 
único processo de aquisição chegue a demorar seis meses, 
ante os trâmites burocráticos (disfuncionais), bem como o 
rigor e a observância das formalidades inerentes aos ritos 
licitatórios. 
Dessa forma, a manutenção de estoques é uma 
realidade na prática administrativa do setor público 
brasileiro. Em termos de nomenclatura, quando a gestão de 
materiais envolve a concepção de que há a necessidade de 
se trabalhar com estoques (e não se opta pela busca do 
estoque nulo), falamos do sistema tradicional de 
abastecimento 
Mas, afinal, quais os motivos para o uso de estoques? 
As razões podem ser assim sintetizadas: 
• Estoques podem proteger as organizações de eventuais 
oscilações de demanda. 
• Estoques podem proteger as organizações de eventuais 
oscilações de mercado. 
• Estoques podem ser uma oportunidade de investimento. 
• Estoques podem proteger de atrasos. 
• Grandes estoques podem implicar economia de escala. 
 
As principais funções do estoque são: 
a) Garantir o abastecimento de materiais à empresa, 
amortecendo ou neutralizando os efeitos de: 
 Falta ou ruptura de material; 
 Demora ou atraso no fornecimento de materiais; 
 Sazonalidade no suprimento; 
 Riscos de dificuldade no fornecimento. 
b) Proporcionar economias de escala: 
 Através da compra ou produção em lotes 
econômicos; 
 Pela flexibilidade do processo produtivo; 
 Pela rapidez e eficiência no atendimento às 
necessidades. 
Os estoques constituem um vínculo entre as etapas do 
processo de compra e venda. Em qualquer ponto do 
processo formado por essas etapas, os estoques 
desempenham um papel importante na flexibilidade 
operacional da empresa. Funcionam como amortecedores 
das entradas e saídas entre as duas etapas dos processos 
de comercialização e de produção, pois minimizam os erros 
de planejamento e as oscilações inesperadas de oferta e 
procura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 Classificação dos Estoques 
 
Classificação quanto à sua posição no processo: 
 Estoques de Matérias-Primas (MP): Os estoques de 
MP constituem os insumos e materiais básicos que 
ingressam no processo produtivo da empresa. São os itens 
iniciais para a produção dos produtos/ serviços da empresa. 
 Estoques de Materiais em Processamento ou em 
Vias: Os estoques de materiais em processamento - 
também denominados materiais em vias - são constituídos 
de materiais que estão sendo processados ao longo das 
diversas seções que compõem o processo produtivo da 
empresa. Não se encontram no almoxarifado por não serem 
mais MP iniciais - nem no depósito - por ainda não serem 
PA. Mais adiante serão transformadas em PA. 
 Estoques de Materiais Semiacabados: Os estoques 
de materiais semiacabados referem-se aos materiais 
parcialmente acabados, cujo processamento está em algum 
estágio intermediário de acabamento e que se encontram 
também ao longo das diversas seções que compõem o 
processo produtivo. Diferem dos materiais em 
processamento pelo seu estágio mais avançado, pois se 
encontram quase acabados, faltando apenas mais algumas 
etapas do processo produtivo para se transformarem em 
materiais acabados ou em PA. 
 Estoques de Materiais Acabados ou Componentes: 
Os estoques de materiais acabados - também denominados 
componentes – referem - se a peças isoladas oucomponentes já acabados e prontos para serem anexados 
ao produto. São, na realidade, partes prontas ou montadas 
que, quando juntadas, constituirão o PA. 
 Estoques de Produtos Acabados (PA): Os Estoques 
de PA se referem aos produtos já prontos e acabados, cujo 
processamento foi completado inteiramente. Constituem o 
 
estágio final do processo produtivo e já passaram por todas 
as fases, como MP, materiais em processamento, materiais 
semiacabados, materiais acabados e PA. 
 
Classificação dos estoques quanto ao controle: 
 
 Estoque Consignado: estoques em posse de clientes, 
distribuidores, agentes, etc, cuja propriedade continua 
sendo do fabricante por acordo entre eles; 
 Estoque de Antecipação: estoque formado para 
nivelar as flutuações previsíveis na demanda, entrega ou 
produção de um item específico; 
 Estoque de Contingência: estoque mantido para 
cobrir potenciais situações de falha extraordinária no 
sistema; 
 Estoque de Proteção ou Hedge Inventory: é feito 
quando excepcionalmente está previsto um acontecimento 
que pode colocar em risco o abastecimento normal de 
estoque e gerar uma quebra na produção e/ou vendas. 
Normalmente são greves, problemas de novas legislações, 
período de negociação de nova tabela de preços, etc; 
 Estoque de Segurança ou Safety Stock: quantidade 
mantida em estoque para suprir nas ocasiões em que a 
demanda é maior do que a esperada e/ou quando a oferta 
para repor estoque ou de matéria-prima para fabricá-la é 
menor do que a esperada e/ou quando o tempo para haver 
suprimento é maior que o esperado e/ou quando houver 
erros de controle de estoque que levam o sistema de 
controle a indicar mais material do que a existência efetiva; 
 Estoque em Trânsito: tempo no qual as mercadorias 
permanecem nos veículos de transporte durante sua 
entrega; 
 
 Estoque Inativo: itens que estão obsoletos ou que não 
tiveram saída nos últimos tempos. Este tempo pode variar, 
conforme determinação do próprio administrador do 
estoque; 
 Estoque Máximo: Refere-se à quantidade 
determinada previamente para que ocorra o acionamento da 
parada de novos pedidos, por motivos de espaço ou 
financeiro; 
 Estoque Médio: metade do lote médio de compra ou 
fabricação, adicionado ao estoque de segurança; Estoque 
Mínimo: quantidade determinada previamente para que 
ocorra o acionamento da solicitação do pedido de compra. 
Às vezes é confundido com "Estoque de Segurança". 
Também denominado "Ponto de Ressuprimento"; 
 Estoque Pulmão: quantidade determinada 
previamente e de forma estratégica, que ainda não foi 
processada. Podem ser de matéria-prima ou de produtos 
semiacabados; 
 Estoque Regulador: é normalmente utilizado em 
empresas com várias unidades/filiais, onde uma das 
unidades tem um estoque maior para suprir possíveis faltas 
em outras unidades; 
 Estoque Sazonal: quantidade determinada 
previamente para se antecipar a uma demanda maior que é 
prevista de ocorrer no futuro, fazendo com que a produção 
ou consumo não sejam prejudicados e tenham uma 
regularidade. 
 Estoque Virtual: quantidade contemplada no sistema 
por pedido já colocado e com data de chegada prevista, 
porem que ainda não se encontra fisicamente no estoque. 
 
 
 
 
 
2.3 Inventário 
Inventário de estoque é uma 
listagem completa de todos os produtos 
armazenados no estoque de uma 
empresa. Esse inventário identifica, 
classifica e determina o valor de cada 
produto. 
O inventário de estoque serve para certificar que o seu 
de controle de estoque está de fato correto. Ou seja, se a 
sua empresa realmente possui o estoque que acredita 
possuir. Dessa forma, caso sua indústria tenha comprado 
produtos e materiais em excesso ou caso tenham ocorrido 
extravios e perdas do estoque, o inventário verifica as 
informações e permite que sua equipe haja de forma eficaz 
para solucionar o problema. 
 
[...] os inventários visam confrontar a realidade física 
dos estoques, em determinado momento, com os registros 
contábeis correspondentes nesse mesmo momento. 
Viana (2000, p. 381) 
 
Resumindo, podemos dizer que a Importância do 
Inventário de Estoque é: 
 Melhoria na gestão de estoque; 
 Melhoria no atendimento ao cliente; 
 Melhoria na organização do estoque; 
 Redução de perdas e desperdícios; 
 Redução de custos; 
 Auxilio para atender requisitos da legislação. 
Com o estoque regular, as indústrias conseguem 
atender melhor os pedidos dos seus clientes, evitando 
 
atrasos e problemas com o estoque. Além disso, o estoque 
fica mais organizado, reduzindo perdas e desperdícios, o 
que significa redução de custos. O inventário de estoque 
auxilia a sua indústria a entregar as informações fiscais para 
o governo, evitando diferenças entre informações. 
Os inventários podem ter as seguintes classificações: 
 Inventário de estoque rotativo: 
Nessa modalidade o estoque tem seus itens contados em 
intervalos de períodos pré-definidos, como por exemplo: 
diário, semanal, mensal, bimestral etc. Cada empresa 
determina qual o melhor intervalo para sua realidade e aplica 
o inventário de estoque no período. 
 Inventário de estoque periódico: 
Nessa modalidade de inventário de estoque, a empresa 
determina um período final para o inventário. O objetivo é 
atualizar o controle de estoque, corrigindo falhas e 
problemas, para assim gerar demonstrativos financeiros 
mais confiáveis e detalhados. 
 Inventário de estoque permanente: 
Existe também o chamado inventário de estoque 
permanente, onde a empresa faz o controle de forma 
automatizada. Cada movimentação de entrada ou saída do 
estoque gera uma atualização no status do produto. Esse 
tipo de inventário de estoque não requer um período 
determinado, já que ocorre continuamente. 
 
 
 
 
 
 
2.4 Controle dos Materiais de Estoque 
 
 
 
 
 
 
 
O objetivo do controle de estoque é também financeiro, 
pois a manutenção de estoques é cara e o gerenciamento 
do estoque deve permitir que o capital investido seja 
minimizado. Ao mesmo tempo, não é possível para uma 
empresa trabalhar sem estoque. Portanto, um bom controle 
de estoque começa primeiramente pelo planejamento. 
As principais funções do controle de materiais de 
estoque que são: 
 Determinar "o que" deve permanecer em estoque. 
 Determinar "quando" se devem reabastecer os 
estoques. 
 Determinar "quanto" de estoque será necessário para 
um período predeterminado; 
 Acionar o Departamento de Compras para executar 
aquisição de estoque; 
 Receber, armazenar e atender os materiais estocados 
de acordo com as necessidades; 
 Controlar os estoques em termos de quantidade e 
valor, e fornece informações sobre a posição do estoque; 
 Manter inventários periódicos para avaliação das 
quantidades e estados dos materiais estocados; 
 Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e 
danificados. 
 
“Controle de estoque é o procedimento adotado para registrar, 
fiscalizar e gerir a entrada e saída de mercadorias e produtos, 
seja numa indústria ou no comércio. O controle de estoque 
deve ser utilizado tanto para matéria prima, mercadorias 
produzidas e/ou mercadorias vendidas, deve ser usado um 
sistema para acompanhar a movimentação dos itens no 
estoque, sendo de saída ou entrada. " 
 
 
2.5 Sistemas para Controle de Estoques 
Para o bom gerenciamento dos estoques os sistemas 
se fazem necessários para o controle, seja ele na logística, 
tomada de decisões ou registros. Um bom sistema pode 
automatizar boa parte dos processos e operações, 
 
Manufacturing Resource Planning - MRP e MRP II 
O MRP no português 
Planejamento dos Recursos de 
Manufatura é definido como um 
método para o efetivo planejamento 
de todos os recursos de manufatura 
de uma companhia industrial. 
Idealmente, ele contempla o 
planejamento operacional em unidades, o planejamento 
financeiro tem a capacidade de simulações para responderquestões de simulação. 
Planejamento de Necessidades de Materiais (MRP) e 
Planejamento de Recursos de Fabricação (MRP II) são 
predecessores do Planejamento de Recursos Empresariais 
(ERP), um sistema de integração de informações de 
negócios. O desenvolvimento destes métodos e ferramentas 
de coordenação e integração de fabricação tornou possíveis 
os sistemas ERP existentes hoje. Ambos, MRP e MRP II são 
ainda amplamente utilizados, independentemente e como 
módulos de sistemas ERP mais completos, mas a visão 
original de sistemas de informações integradas como nós 
conhecemos hoje começou com o desenvolvimento do MRP 
e MRP II nas empresas industriais. 
A visão do MRP e MRP II foi centralizar e integrar 
informações de negócio de uma maneira que facilitasse as 
decisões dos gerentes de linha de produção e melhorasse a 
 
eficiência da linha de produção como um todo. Nos anos 80 
as empresas industriais desenvolveram sistemas para 
calcular as necessidades de recursos de um lote de 
produção baseado nas previsões de vendas. Para poder 
calcular as quantidades de materiais necessárias para 
fabricar produtos e programar a compra destes materiais de 
acordo com os tempos de máquina e trabalho necessários, 
os gerentes de produção perceberam que eles 
necessitariam utilizar computadores e tecnologia de 
software para manusear a informação. Originalmente os 
fabricantes industriais construíram aplicações específicas 
que eram executadas em computadores grandes. 
Planejamento de Necessidades de Materiais (MRP) foi 
uma iteração inicial da visão de sistemas de informações 
integradas. Os sistemas MRP auxiliaram os gerentes a 
determinar a quantidade e momento das compras de 
materiais. Sistemas de informação que poderiam auxiliar os 
gerentes com outras partes do processo de fabricação, o 
MRP II surgiu logo em seguida. Enquanto MRP tratavam 
principalmente com materiais, MRP II contemplava a 
integração de todos os aspectos do processo de fabricação, 
incluindo a relação entre materiais, finanças e recursos 
humanos. 
Warehouse Management System - WMS 
Sistema de Gerenciamento de Armazém, é parte 
importante na logística da empresa, fornecendo através dos 
dados informações relevantes para a direção do estoque, 
maximizando assim o espaço dos armazéns. 
Um WMS operacional significa que a empresa depende 
menos da experiência das pessoas, uma vez que o sistema 
tem inteligência para operar. Os sistemas WMS utilizam 
tecnologias de Auto ID Data Capture, como código de 
barras, dispositivos móveis, redes locais sem fio e 
 
possivelmente RFID para monitorar eficientemente o fluxo 
de produtos (Tompkins et al., 1998, p. 7). 
Uma vez que os dados tenham sido coletados, é feita 
uma sincronização com uma base de dados centralizada —
tanto por processamento batch de todo um lote, como por 
transmissão em tempo real através de redes sem fio 
(Tompkins et al., 1998, p. 17). O banco de dados pode então 
ser usado para fornecer relatórios úteis sobre o status das 
mercadorias no armazém. 
Muitos sistemas WMS tem interface com sistemas do 
tipo Sistema Integrado de Gestão Empresarial (ERP), 
Planejamento de Recursos da Empresa (MRP) ou com 
outros tipos de softwares de gestão. Permitindo assim, uma 
forma de se receber automaticamente o inventário, 
processar pedidos e lidar com devoluções. 
Na implementação de um WMS devem ser 
considerados todos os custos, para além dos custos do 
equipamento e programas informáticos (Donath, 2002, p. 
272). 
 
Radio Frequency Identification – RFID 
A tecnologia RFID tem sido usada nas cadeias de 
abastecimento, para automatizar as partes da cadeia de 
fornecimento dentro do controle de uma empresa. Empresas 
americanas tem sistema de reposição automática de 
produtos, quando estes chegam ao nível mínimo de estoque 
programado. Os produtos que saem do estoque da empresa 
são imediatamente informados ao fornecedor que repõem o 
estoque. Não há necessidade de burocracias e perda de 
tempo para reposição de estoques e nem há o perigo de um 
esquecimento. A negociação comercial é estabelecida e a 
reposição se torna automática. 
 
RFID tem sido usado em plantas de produção já há 
mais de uma década. É usado para rastrear peças e 
trabalhos em processo. Isto reduz o tempo de finalização do 
processo e ajuda também a reduzir a quantidade de peças 
com defeitos. Também é possível gerir a produção de 
diferentes versões do mesmo produto. 
Não é nenhuma surpresa que o rastreamento de ativos 
deve ser um dos usos mais comuns da tecnologia RFID. As 
empresas podem colocar tags RFID em ativos que podem 
ser perdidos ou roubados, ou então, que são subutilizados 
ou que apenas são apenas difíceis de localizar no momento 
em que são necessários. 
Empresas que possuem um grande volume de 
produtos armazenados estão utilizando tags RFID para a 
gestão destes ativos e também para localiza-los. Uma 
empresa de logística dos USA que armazena um grande 
número de produtos em contêineres utiliza RFID para 
localizar o contêiner que necessita e também para localizar 
o produto correto dentro do contêiner, no momento da 
necessidade. 
 
Alguns sistemas atuais utilizados para gerenciamento 
e controle de estoques: 
 
1. Conta Azul 
Esse é um sistema online, ou seja, você pode acessá-lo de 
qualquer lugar, desde que haja conexão com internet. O 
Conta Azul conta com recursos de alimentação automática 
do estoque, inserindo compra de mercadoria, inventário e 
cadastro de produtos, de forma intuitiva, no sistema. É 
possível fazer um teste gratuito para conhecer melhor suas 
funcionalidades. 
 
2. Easystore 
Um sistema intuitivo de usar e com uma interface não tão 
robusta. O Easystore integra o controle de estoque com o 
financeiro e possui recursos de cadastro de produtos, 
clientes e fornecedores. 
3. Gran Money 
O Gran Money é um sistema de gestão empresarial que 
também tem a função de controle de estoque. O sistema é 
disponível para mobile, ou seja, você pode acessá-lo do seu 
smartphone. 
4. GestãoClick 
Esse é um sistema completo para o controle de estoque da 
sua loja. Com o GestãoClick, é possível gerenciar produtos, 
pedidos, compras, movimentações, transferências, 
relatórios, cadastro de fornecedores e muito mais. 
5. Lexos 
Lexos é um sistema de gerenciamento de estoques bem 
completo, reunindo vendas, compras e muito mais. Ele 
possui uma interface amigável e intuitiva de se usar. É 
possível até fazer impressão de etiquetas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade de Aprofundamento 
 
Nesse capítulo estudamos a Gestão de Estoques, vimos 
porque é tão importante o estoque, que é necessário 
controlar e ferramentas que auxiliam no controle. 
Com base no capítulo estudado, assine F ou V para as 
seguintes afirmativas: 
a) ( ) As principais funções do estoque são: garantir o 
abastecimento de materiais à empresa, amortecendo ou 
neutralizando os efeitos de falta, demora, atraso ou até 
dificuldades com materiais e proporcionar economia. 
b) ( ) Os estoques podem ser classificados quanto à: sua 
posição no processo e quanto ao controle. Entender suas 
classificações não implica nas tomadas de decisões para 
gerenciamento. 
c) ( ) Inventário de estoque é mais uma burocracia 
administrativa, se baseia em registrar informações caso haja 
problemas fiscais. 
d) ( ) O objetivo do controle de estoque é somente 
financeiro, pois a manutenção de estoques é cara e o 
gerenciamento do estoque deve permitir que o capital 
investido seja minimizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Conceitos e Estrutura da Administração da Produção 
 
“Você andaria em um avião se soubesse que há um parafuso a 
menos do que deveria? Ficaria tranquilo se durante uma cirurgia o 
médico informasse que faltam equipamentos para o procedimento? ” 
Provavelmente a resposta é não, mas para que tudo 
isso não aconteça há profissionais que fazemo controle da 
produção. 
A administração da Produção é complexa e abrangente 
e sua abordagem é central, pois envolve todos os setores da 
organização, influenciando o desempenho e os resultados 
da empresa. 
Podemos conceituar produção: 
 
 
 
 
 
Assim conceituamos também Administração da Produção: 
 
 
 
 
 
 
Qualquer organização lida com a função de produção, pois 
toda organização produz bens e/ou serviços, dessa forma 
também em cada tipo de organização há alguém que lida 
com essa função, mas cada organização nomeia de forma 
diferente, por exemplo: 
“Conjunto de atividades que leva à 
transformação de um ou mais bens, em outro 
com maior utilidade ou maior valor agregado ao 
usuário. ” 
 
“Conjunto ordenado das atividades, decisões e 
responsabilidades das pessoas que a 
administram a transformação e entrega dos 
produtos e serviços resultantes das operações 
produtivas. ” 
 
 
 Em um hospital, a função é exercida por um gerente 
administrativo que tem responsabilidade de gerenciar as 
operações e processos, assim como as compras e 
suprimentos de todos os recursos e insumos. 
 Em uma distribuidora, a função pode ser exercida pelo 
funcionário que administra o estoque, que também gerencia 
o recebimento, armazenamento, distribuição interna, 
entrega de produtos, etc. 
 Em uma empresa que fornece serviços pela internet, 
a função pode ser exercida pelo profissional que deve 
manter os equipamentos de softwares em bom estado de 
funcionamento controlando a sua manutenção e suprimento 
de insumos, assim como providenciar e administrar os 
processos de implantação de sites, compras, vendas, 
recebimentos e entregas de produtos. 
 
Cada empresa possui sua realidade e o profissional 
incubido recebe nomes diferentes, podemos perceber que a 
função da produção pode ser realizada por um ou mais 
cargos na organização. Mas é importante podermos 
identificar suas responsabilidades e atribuições. 
 
Para que a produção aconteça da melhor forma 
possível, seguimos princípios, esses princípios básicos 
chamamos de: input – transformação – output. 
 
 Inputs (entradas): são os recursos de 
entrada a serem transformados, eles são 
tratados, transformados ou convertidos de 
alguma forma. Geralmente são chamados de matérias 
primas, podendo ser bens tangíveis (materiais) ou 
intangíveis (serviços). Os inputs podem ser 
transformados (a matéria prima bruta) ou de 
transformação (instrumentos utilizados no processo). 
 
 
 Outputs (saídas): é o produto final, 
resultado do esforço da transformação dos 
inputs, destinados ao consumo ou como parte 
de outro processo como de bens intangíveis 
(serviços), entretanto, na maioria das vezes o output é 
considerado um pacote de produto, ou seja, um produto 
constituído de bens tangíveis e serviços. 
Em um ambiente muito competitivo, os competidores 
costumam agregar cada vez mais valor aos seus produtos. 
 Transformação: essa etapa acontece entre o input e o 
output, são as operações que promovem a alteração da 
matéria prima, agregando valor a elas, o processo de 
transformação pode assumir características diferentes 
dependendo do segmento do negócio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 Sistemas de produção 
 
Segundo Moreira (1999), é o conjunto de atividades 
e operações inter-relacionadas, envolvidas na 
produção de bens industriais ou serviços. 
Os sistemas de produção são um conjunto de 
elementos pertencentes a produção de um bem ou serviço 
que juntos se transformam e chegam a um resultado final. 
Nos Sistemas de Produção também observamos sobre a 
importância dos processos e a manufatura de produtos e 
serviços, pois cada um possui suas características próprias. 
Chamamos de processo “ sequência contínua de fatos 
ou operações que apresentam certa unidade ou que se 
reproduzem com certa regularidade”. 
“É importante o entendimento que em uma 
produção até que se chegue ao produto final deve 
haver um processo, esse processo é o passo a passo, 
são as etapas necessárias para que o produto final 
possa ser entregue da melhor forma possível, 
possuindo finalidade e qualidade. ” 
NOTA DA AUTORA 
Os processos de produtos chamamos de processo de 
conversão, os processos de serviço chamamos de 
transferência. Além de nomes diferentes, eles possuem 
suas peculiaridades, por exemplo, em um processo de 
conversão podemos observar mudança de formato, de 
estrutura física, de composição e até química da matéria 
prima. Enquanto no processo de transferência, o que 
acontece é transferência de conhecimento, know how ou até 
mesmo uma tecnologia (no caso de organizações que 
oferecem sistemas). 
 
Para exemplificar melhor sobre processos, podemos 
observar a seguir um exemplo de sistema de produção de 
uma indústria têxtil, há um passo a passo necessário e isso 
é mapeado nas organizações para que haja o melhor 
aproveitamento de recursos (tempo, matéria prima, etc.) 
 
 
Como vimos anteriormente, todo sistema é composto 
de três etapas: inputs, transformação e outputs. Essas 
etapas devem acontecer com eficácia e eficiência, 
observando essas características como base de 
entendimento, vamos entender melhor como funciona a 
classificação dos sistemas de produção, há dois tipos de 
classificação, a chamada Classificação Tradicional e a 
Classificação Cruzada de Schroeder. 
De acordo com a Classificação Tradicional eles são 
divididos em três categorias: 
1. Sistemas de produção contínua ou de fluxo em 
linha: apresentam sequência linear de fluxo e 
trabalham com produtos padronizados. Pode ser 
dividida em produção contínua e produção em massa. 
 
2. Sistemas de produção intermitente: seu fluxo é 
intermitente, pode acontecer por lotes ou por 
encomenda. 
3. Sistemas de produção de grandes projetos sem 
repetição: produto único, não há rigorosamente um 
fluxo do produto, existe uma sequência predeterminada 
de atividades que deve ser seguida, com pouca ou 
nenhuma repetitividade. 
 
A Classificação Cruzada de Schroeder considera duas 
dimensões: a dimensão tipo de fluxo de produto de maneira 
semelhante à classificação tradicional e a dimensão tipo de 
atendimento ao consumidor, onde existem duas classes: 
1. Sistemas orientados para estoque: o produto é 
fabricado e estocado, antes da demanda efetiva do 
consumidor. Este tipo de sistema oferece atendimento 
rápido e a baixo custo, mas a flexibilidade de escolha 
do consumidor é reduzida; 
2. Sistemas orientados para a encomenda: as 
operações são ligadas a um cliente em particular, 
discutindo-se preço e prazo de entrega. Dessa maneira 
Moreira apresenta um quadro de duas entradas, na 
horizontal os tipos de fluxo do produto e na vertical a 
orientação 
Com as classificações podemos ter um entendimento 
melhor sobre as etapas do sistema ou até mesmo no 
momento de escolher uma ferramenta teórica ou prática 
para o sistema de produção da organização, ao 
entendermos a própria classificação criamos percepções 
mais direcionadas a própria realidade. 
 
 
 
3.2 Planejamento e controle da produção 
A atividade central da função produção é de administrar 
o dia a dia da produção de uma organização, isso significa 
planejamento, controle diário dos processos produtivos da 
empresa, chamamos essa atividade contínua de PCP - 
Planejamento e Controle da Produção. 
Falamos de planejamento quando formalizamos o que 
irá acontecer no futuro, tomando as medidas necessárias 
como previsão de estoques e riscos, por exemplo. Enquanto 
falamos de controle da produção quando lidamos com todas 
as variações daquilo que foi planejado, porém aconteceu de 
forma não prevista e se faz necessário tomadas de decisões 
que envolvem remanejo, redesenho, ajuste, etc. 
Os dois são de grande importância, principalmente 
quando entendemos que por mais que aconteça 
planejamento, riscos não previstos semprepodem 
acontecer, a habilidade de trabalhar neles faz a diferença e 
mantém o equilíbrio da organização. 
Quando falamos em PCP é importante entendermos 
pelo que ela é influenciada para que possa ser gerenciada, 
nesse caso por qual variável, o entendimento sobre ela e 
seus aspectos é que determinam como será administrada, a 
principal é a: demanda. 
As atividades de produção envolvem duas operações 
básicas: suprimento e demanda. Seja qual for a área de 
atuação da organização, a característica do negócio, a 
função produção deve sempre estar preparada para 
responder e adaptar com eficiência o suprimento de 
recursos e sua produção de forma sincronizada, focando 
sempre no objetivo que é atender a demanda. 
A demanda acontece por dois tipos de natureza: 
dependente ou independente. A demanda dependente 
 
acontece por fatores conhecidos e planejados, quando há 
uma situação de certeza (suprimento e demanda) por 
exemplo um caso de contrato determinado. Já a demanda 
independente acontece quando a demanda é imprevisível, 
causando uma situação de acaso para a produção, por 
exemplo podemos observar os supermercados, suas 
compras são variadas, correndo riscos de perder produtos 
perecíveis ou de deixar de vender certos produtos. 
Entender as situações de demanda são relevantes, 
pois assim iremos ter reações e respostas variadas, de 
acordo com o ambiente produtivo ou com a situação da 
demanda, para a tomada de decisões. 
Os insumos são comprados e transformados a parti do 
pedido do cliente, nesse caso há uma demanda dependente 
seguindo a linha comprar – fazer – entregar, nesse caso 
por mais longa que seja a produção o cliente irá esperar, é 
o caso de grandes projetos, como por exemplo obras de 
construção. 
Quando os insumos são produzidos contra o pedido do 
cliente, no caso, sem que haja o pedido, eles são mantidos 
em estoques e transformados de acordo com o pedido do 
cliente para que haja o mínimo de desperdício. Através da 
previsão o consumo dos clientes é previamente garantido, 
no processo comprar – fazer – entregar, a compra 
acontece primeiramente, a produção e entrega acontecem 
em um outro momento e de acordo com a demanda a curto 
prazo. É uma demanda independente e o prazo de 
produção é mais curto, um exemplo são as lanchonetes que 
compram seus produtos e armazenam e realizam a 
produção de acordo com a necessidade. 
 
 
 
 
3.3 Análise dos processos de produção 
3.3.1 O processo de produção ou transformação 
Quem nunca ouviu aquela velha frase de Lavoisier: 
“Na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se 
transforma. ” 
É uma frase antiga, mas regada de fundamentos, que 
devem ser levados adiantes, uma organização não está fora 
de seguir esse princípio. Isso porque para que funcione da 
melhor maneira possível tudo deve ser aproveitado, nada 
deve se perder, por isso tudo é pensado para que ocorra da 
melhor forma possível. 
Quando pensamos em produção, de bens ou serviços, 
é preciso levar em consideração todo o processo para que 
nada seja perdido. Nesse aspecto entram as atividades 
fundamentais, tudo aquilo que contribui para que a 
organização realize suas atividades e atinja suas metas. 
Já entendemos o que significa processo, agora com 
outras palavras, vamos ver outra definição de processo: 
 
“Processo, no setor produtivo, é qualquer atividade, 
simples ou complexa. É o conjunto de atividades, que 
tem como objetivo agregar valor a partir de alguns 
insumos e atingir determinado resultado. ” 
 
Como vimos anteriormente, agregar valor é parte 
fundamental da produção, significa aumentar o valor 
percebido para gerar resultados, melhorar as condições de 
venda para satisfazer o cliente. 
Para manter seus clientes satisfeitos as organizações 
devem se atentar para vários objetivos e pontos, entre eles 
podemos citar: 
 
 Estou servindo meu cliente de forma adequada? 
 Estou aproveitando minha produção: escalas, redução 
de custos? 
 Meus níveis de qualidade estão elevados? 
 Quais são os meus processos produtivos e como se 
organizam? 
Essas são apenas algumas das perguntas básicas que 
servem de base guia para a organização, sem elas a 
organização não estará seguindo a melhor direção. 
 
TIPOS DE PROCESSO DA ÁREA DE PRODUÇÃO: 
Observar os tipos e perfis de processos é altamente 
relevante no momento do planejamento da produção, é 
preciso entender e mapear seus perfis para gestão 
estratégica e melhor produtividade. 
Basicamente os processos podem ser focados de 
acordo com sua produção, dividimos ele em: grandes 
 
projetos, tarefas, lotes, repetitivo e contínuo. Esses aspectos 
dividem e caracterizam os tipos de processos da produção. 
 
 
 
 Processo para Grandes Projetos: esse tipo de 
processo é para projetos de grande porte, nesse caso 
construções de obras, são caracterizados por grande 
variedade, cada projeto é único, tempo de produção longo, 
sequência de tarefas com pouca ou nenhuma repetitividade, 
alto custo e desafios de planejamento e controle. 
 Processo por tarefas (Job Shop): é caracterizado por 
projetos mais simples, porém ainda possuem grandes 
complexidade, é caracterizado por equipamentos 
especializados e trabalhadores altamente especializados 
estão no mesmo local, permitindo maior utilização do 
equipamento, maior controlo sobre o trabalho e a formação. 
A gestão, o planeamento e o controlo de inventários são 
mais difíceis, mas existe mais flexibilidade, possuem alta 
variedade, baixa padronização, baixo volume, produção sob 
encomenda, orçamento por trabalho. Exemplos: obras mais 
simples, vestidos únicos, peças únicas, etc. 
 Processo em Lotes: é caracterizado por uma 
configuração mista em que um só produto é fabricado. Por 
razões econômicas, é montado um lote (batch) em vez de 
um só item. Os lotes tendem a resultar em níveis mais 
elevados de inventário pois a produção não se baseia em 
requisitos reais. O fluxo em lote é um compromisso entre a 
produção em massa, na linha de montagem, e o artesanato 
ou trabalho manual. Exemplos: sorvetes, artigos de cozinha, 
alimentos enlatados, etc. 
 Processo repetitivo: é caracterizado por produtos 
altamente padronizados, alto volume, mensurados em 
unidades, muitos trabalhadores pouco qualificados, métodos 
 
e equipamentos padronizados. Exemplos: atendimentos 
rápidos, produção de sapatos, estoquistas, etc. 
 Processo Contínuo: é caracterizado por baixa 
variedade, alta padronização de insumos, processos e 
produtos; alto volume, forte investimento de bens e capital, 
alta eficiência e acentuada inflexibilidade, automação, etc. 
Exemplos: peças feitas em grande escala, tecidos, produção 
de peixes, etc. 
 
 
3.3.2 Cálculos da Produtividade 
 
Capacidade de Produção 
O termo capacidade, mencionado isoladamente, está 
associado à ideia de competência, volume máximo ou 
quantidade máxima de “alguma coisa” que queremos 
analisar. 
Ex: A capacidade de determinado tambor é de 300 litros, um 
tambor menor poderá ter capacidade para armazenar 100 litros 
d’água, por exemplo. Um cinema pode ter capacidade para 400 
lugares. A capacidade de uma sala de aula pode ser medida pela 
quantidade de alunos que ela comporta, 40 alunos, por exemplo. A 
capacidade de um ônibus é representada pela quantidade de 
passageiros, considerando ou não a possibilidade de transporte de 
passageiros em pé, além dos sentados. Um estacionamento pode ter 
capacidade para 200 automóveis. Um hotel tem capacidade de 100 
apartamentos, e assim por diante. 
O termo capacidade pode considerar volume ou a 
quantidade máxima em condições fixas destes, mesmo 
medidas sendo tão importantes e necessária para gestores 
da produção, é necessário conhecer a capacidade de forma 
dinâmica. 
Para isto, deve ser adicionada à dimensão tempo a esta 
medida. 
 
Por Exemplo, o cinema tem capacidade para 400 lugares, 
como cada seção decinema dura cerca de duas horas, se for 
considerado o intervalo entre uma sessão E outra, verificar-se que o 
cinema pode “processar” 1.200 espectadores por dia de oito horas 
(realização de três sessões). A sala de aula pode “processar” até 80 
alunos por dia, se for utilizada para aulas em dois turnos. 
As informações a respeito da capacidade são de 
fundamental importância. São informações imprescindíveis 
para todos os níveis da organização: estratégico, tático e 
operacional. 
São várias as definições de capacidade de produção. 
Mas todas elas apresentam, naturalmente, pontos em 
comum. O destaque a seguir apresenta 
Algumas destas definições adotadas por alguns 
autores de destaque: 
Moreira (1998) chama de capacidade a quantidade máxima 
de produtos e serviços que podem ser produzidos numa 
unidade produtiva, num dado intervalo de tempo. 
Stevenson (2001) considera que a capacidade se refere a 
um limite superior ou teto de carga que uma unidade 
operacional pode suportar. A unidade operacional pode ser 
uma fábrica, um departamento, uma loja ou um funcionário. 
Slack et al (2002) definem capacidade de produção como 
sendo o máximo nível de atividade de valor adicionado em 
determinado período de tempo que o processo pode realizar 
sob condições normais de operação. 
Gaither & Frasier (2001) se referem à definição de 
capacidade dada pelo Federal Reseve Board: “o maior nível 
de produção que uma empresa pode manter dentro da 
estrutura de uma programação de trabalho realista, levando 
em conta um período de inatividade normal e supondo uma 
disponibilidade suficiente de entradas para operar a 
maquinaria e o equipamento existente”. 
 
Ritzman & Krajewski (2004) se reportam à definição do 
Census Bureau: “capacidade é o maior nível de produção 
que uma empresa pode manter razoavelmente empregando 
horários de trabalho realistas dos funcionários e o 
equipamento atualmente instalado”. 
 
TIPOS DE CAPACIDADE: 
Como visto, a capacidade está associada à quantidade 
máxima de um produto (produto = bem + serviço) que se 
pode produzir em determinado tempo em uma unidade 
produtiva. Em que pese este conceito simples, devido a 
diversos fatores, a definição e medida de capacidade, em 
certos casos tornam-se complexos. O conceito de 
capacidade deve ser estratificado em outras definições mais 
específicas e de maior grau de utilidade para seu 
planejamento. A denominação utilizada para cada tipo de 
capacidade definida pode variar de autor para autor, ou de 
organização para organização. Porém, o significado do 
conteúdo, independentemente da terminologia, permanece 
comum. 
 
 Capacidade Instalada 
É a capacidade máxima que uma unidade produtora 
pode produzir se trabalhar ininterruptamente, sem que seja 
considerada nenhuma perda. Em outras palavras, é a 
produção que poderia ser obtida em uma unidade fabril 
trabalhando 24 horas por dia, todos os dias da semana e 
todos os dias do mês, sem necessidade de parada, de 
manutenções, sem perdas por dificuldades de programação, 
falta de material ou outros motivos que são comuns em uma 
unidade produtiva. Trata-se de uma medida hipotética, uma 
 
vez que, na prática, é impossível uma empresa funcionar 
ininterruptamente. 
Porém, não deixa de ser uma medida importante para 
tomada de decisão de nível estratégico, com relação à 
necessidade ou não de ampliação da capacidade, uma vez 
que se trata de um valor de produção que nunca poderá ser 
ultrapassado sem ampliação das instalações. 
Exemplo: uma empresa do ramo alimentício tem capacidade 
de produzir, em um forno contínuo, duas toneladas de biscoitos por 
hora. Qual é a capacidade mensal instalada desta empresa? 
Resposta: capacidade instalada =30 dias x 24 horas x 
2 toneladas por hora = 1.440 toneladas de biscoitos por mês. 
Neste caso, a unidade de medida da capacidade pode ser 
em tempo (horas de forno disponíveis) ou em quantidade 
(toneladas de biscoito produzidas). 
 Capacidade Disponível ou de Projeto 
É a quantidade máxima que uma unidade produtiva 
pode produzir durante a jornada de trabalho disponível, sem 
levar em consideração qualquer tipo de perda. A capacidade 
disponível, via de regra, é considerada em função da jornada 
de trabalho que a empresa adota. 
Quando se opera próximo aos níveis máximos da 
capacidade disponível, a empresa corre sério risco de faturar 
mais, porém com menores resultados ou até prejuízo. Por 
que isto acontece? Porque os custos de produção 
aumentam. Não se trata apenas de custos de pagamento 
com horas-extras, adicional noturno e aumento do overhead, 
acumulam-se os custos da falta de produtividade e 
qualidade, em um fenômeno que é conhecido como “ 
deseconomia de escala”. 
 
Grau de disponibilidade: a capacidade instalada e a 
capacidade disponível permitem a formação de um índice, 
denominado grau de disponibilidade. Que indica, em forma 
percentual, quanto uma unidade produtiva está disponível, 
conforme a fórmula. 
 
 Capacidade Efetiva ou Carga 
A capacidade efetiva representa a capacidade 
disponível subtraindo-se as perdas planejadas desta 
capacidade. A capacidade efetiva não pode exceder a 
capacidade disponível, isto seria o mesmo que programar 
uma carga de máquina por um tempo superior ao disponível. 
Perdas de capacidade planejadas: são aquelas perdas 
que se sabe de antemão que irão acontecer, por exemplo: 
1. Necessidade de setups para alterações no mix de 
produtos; 
2. Manutenções preventivas periódicas; 
3. Tempos perdidos em trocas de turnos; 
4. Amostragens da qualidade etc. 
Perdas de capacidade não planejadas: são perdas 
que não se consegue antever, como por exemplo: 
1. Falta de matéria-prima; 
2. Falta de energia elétrica; 
3. Falta de funcionários; 
4. Paradas para manutenção corretiva; 
5. Investigações de problemas da qualidade etc. 
Grau de utilização: a capacidade disponível e a 
capacidade efetiva permitem a formação de um índice, 
 
denominado grau de utilização. Que representa, em forma 
percentual, quanto uma unidade produtiva está utilizando 
sua capacidade disponível, conforme a fórmula: 
 
 
 
 
 
 Capacidade Realizada 
A capacidade realizada é obtida subtraindo-se as 
perdas não planejadas da capacidade efetiva, em outras 
palavras, é a capacidade que realmente aconteceu em 
determinado período. 
Índice de eficiência: A capacidade realizada, quando 
comparada à capacidade efetiva, fornece a porcentagem de 
eficiência da unidade produtora em realizar o trabalho 
programado, conforme a fórmula. 
 
Calcular a capacidade instalada, a capacidade 
disponível, a capacidade efetiva, a capacidade realizada, o 
grau de disponibilidade, o grau de utilização e o índice de 
eficiência do setor de tingimento da empresa de tecelagem 
na semana. 
 
 
 
 
3.4 Manutenção dos equipamentos 
Você já pensou em como você cuida da manutenção 
dos seus objetos em casa? E os do seu trabalho? Com que 
frequência você faz a manutenção dos seus equipamentos? 
Observem agora quais são os tipos de manutenção 
existentes. Em seguida, pense de que modo aprender sobre 
como esses processos podem ajudar você na sua vida em 
geral. 
O objetivo da manutenção é manter máquinas, 
equipamentos e instalações em perfeito estado, para que 
não apresentem problemas, e com isso não interromper o 
fluxo de produção nem reduzir a eficiência total. Existem dois 
tipos de manutenção: preventiva e corretiva. 
 
Manutenção Preventiva 
Consiste numa programação de vistoria das 
instalações, de modo a prevenir possíveis falhas 
no funcionamento das máquinas. A manutenção 
preventiva não deve prejudicar o funcionamento 
da fábrica. Para isso, dependendo do caso, 
precisa ser agendada com bastante antecedência, 
para não gerar impacto na produção. 
Lembre-se: equipe parada é custo desnecessário! É 
perda de dinheiro! 
Por que fazer manutenção preventiva? 
 Reduz interrupções do trabalhocausadas por defeitos 
nos equipamentos e máquinas. 
 Aumenta a vida útil das máquinas e equipamentos. 
 Reduz custos operacionais. 
 Pode acontecer em momentos mais convenientes para 
o sistema produtivo. 
 
 Desenvolve, nas pessoas, uma cultura de cuidado no 
manuseio das coisas. 
 Evita contratempos inesperados. 
 Permite garantir que as máquinas estarão funcionando 
em suas melhores condições de operação. 
 Manutenção Corretiva 
Ocorre quando as máquinas dão problema. 
Por isso, é menos indicada, uma vez que está 
focada em verificar o funcionamento das 
máquinas só quando dão problemas. É arriscada, 
uma vez que não se pode prever quando vai 
acontecer um problema, e leva à interrupção no 
fluxo de produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade de aprofundamento 
 
Nesse capítulo estudamos gestão da Produção: conceitos, 
sistemas, planejamento e controle, análise dos processos de 
produção e cálculos de produtividade. 
Com base no capítulo estudado, assine F ou V para as 
seguintes afirmativas a respeito do capítulo estudado: 
a) ( ) Administração da Produção é um conjunto de 
atividades ordenadas, que agregam valor ao produto final e 
serviços resultates das operações produtivas. 
b) ( ) Somente algumas organizações lidam com a função 
produção, pois é uma atividade restrita a indústrias, fábricas 
e artesanato. 
c) ( ) O processo input - transformação - output é 
necessário para agregar valor ao produto/serviço. Quanto 
melhor funcione esse processo mais elevado o produto será 
e a demanda aumentará. 
d) ( ) A manutenção preventiva nem sempre pode ser 
realizada, pois é impossível adivinhar problemas e defeitos, 
assim, a mais corretiva é mais efetiva, pois se já aconteceu 
pode ser resolvido. 
e) ( ) Processo acontece em todas as organizações, há 
vários tipos de processos, é escolha do gestor de produção 
decidir qual a melhor para implantar na organização de 
acordo com suas vantagens. 
 
 
 
 
 
 
4. Programas de Qualidade aplicados na produção 
Antes de vermos os nomes de alguns dos vários 
programas de Qualidade que se aplicam na produção, 
vamos entender um pouco sobre o que é qualidade. 
Diferente do que muitos acreditam, qualidade não quer 
dizer que algo é bom e muito menos que é ruim. O termo 
qualidade está ligado a padronização, isso mesmo. 
Então porque atribuímos esse termo a algo bom? 
Porque quando padronizamos processos para que algo 
aconteça, seja a fabricação de um produto ou mesmo um 
serviço, buscamos as melhores práticas de produtividade e 
agregamento de valor na entrega. 
Padronizar envolve estudo, registro, utilização e análise 
das melhores ferramentas. Essas ferramentas dão apoio e 
suporte na entrega de resultado, por isso a listaremos mais 
a seguir. 
Os métodos que mensuram o desempenho dos 
processos auxiliam na detecção de problemas e no 
desenvolvimento de soluções, são os programas e as 
ferramentas da qualidade. 
A utilização dos programas e ferramentas da qualidade 
é uma maneira de identificar onde estão os problemas, sua 
extensão e a forma de solucioná-los; podem ajudar na 
obtenção de sistemas que assegurem uma melhoria 
contínua da qualidade, por meio dos diagramas, gráficos, 
filosofias, instrumentos que auxiliam a manter a qualidade 
dos processos, identificando gargalos, falhas e também, 
antecipando e sanando possíveis problemas que possam 
ocorrer. 
A seguir veremos alguns programas e ferramentas da 
qualidade mais utilizadas: 
 
 
Programa, 
Ferramenta Descrição 
5S Programa com finalidade de melhorar a qualidade de vida 
dos funcionários, baseando-se em padronização, 
organização e limpeza. 
 
Ciclo PDCA Abordagem de desenvolvimento, implementação e 
melhoramento da gestão da qualidade nas organizações, 
baseia-se em Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar. 
 
TQM – Gestão da 
Qualidade Total 
Sistema para integrar o desenvolvimento da qualidade, 
manutenção e melhoria dos vários grupos da organização. 
Busca integrar os esforços dos colaboradores com as 
máquinas e informações. 
 
Kanban É um sistema capaz de controlar a produção, um 
mecanismo de produção puxada, é vista como um sistema 
da informação. 
 
5W2H Responde questões como “Por que, o que, quem, quando, 
onde e como? ” São utilizados para identificar os 
relacionamentos entre as causas e descobrir as raízes dos 
problemas. ” 
 
Análise do Modo e 
do Efeito das 
Falhas 
Abordagem estruturada para identificar o caminho do 
produto ou processo, diminuir e eliminar ou reduzir riscos 
de falhas, assim como proteger os consumidores. 
 
Benchmarking Estratégia empresarial baseada em buscar as melhores 
práticas conduzido as empresas à maximização da 
performance empresarial. 
 
Brainstorming Utilizada na resolução de problemas e principalmente em 
reuniões, baseia-se em reunir o máximo de soluções sem 
criticá-las. 
 
CheckList Ferramenta para coletar, organizar e classificar informações 
e dados facilmente. 
 
Diagrama de 
Ishikawa 
Ferramenta esquematizada e que se assemelha a uma 
espinha de peixe, onde são listados as causas e sub causas 
dos problemas, também conhecido como diagrama de 
causa e efeito. 
 
Gráfico de Pareto Gráfico de barras que organiza os dados do maior para o 
menor direcionando a atenção para os itens mais 
importantes. Indica a frequência de cada causa ou falha 
ocorrida. 
 
 
Histograma Gráfico que mostra o número de vezes que um valor ocorre, 
ferramenta estatística em forma de gráfico de barras que 
apresenta a distribuição de um conjunto de dados. 
 
Seis Sigma Conjunto de práticas originalmente desenvolvidas pela 
Motorola para melhorar sistematicamente os processos ao 
eliminar defeitos, estratégia gerencial para promover 
mudanças nas organizações, fazendo com que se chegue 
a melhorias nos processos, produtos e serviços para a 
satisfação dos clientes. 
 
ServQual Mede a qualidade do serviço baseando-se nas expectativas 
do cliente em contraponto com a percepção que esse 
mesmo cliente tem em relação ao serviço que recebeu. A 
metodologia busca saber quais fatores o cliente considera 
mais importantes na prestação de um serviço. Dividido em 
duas etapas, o método consiste em 2 entrevistas que 
devem ser realizadas com vários clientes, focando em 22 
perguntas preestabelecidas em cada uma. 
 
 
4.1 MASP – Metodologia de Análise e Soluções de 
Problemas 
 
O MASP, que significa Método de Análise e Solução de 
Problemas, pode ser definido como uma metodologia 
estruturada e sistematizada para a resolução de problemas 
complexos em processos, produtos e serviços. 
Criado no Japão pela JUSE (Union of Japanese 
Scientists and Engineers), onde era conhecido como QC-
Story, e trazido para o Brasil ainda na década de 1980, 
quando o mercado passava a exigir cada vez mais qualidade 
das empresas. Este método utiliza uma abordagem reativa, 
tomando ações corretivas e preventivas, além de descobrir 
e atacar os problemas dos processos pela raiz, priorizando-
os e evitando a repetição destes por meio de padronização 
de procedimentos, com o objetivo de garantir resultados de 
excelência. Baseia-se nos seguintes passos: 
 
 
1) Identificação do problema 
A primeira etapa consiste em identificar o problema 
com base em um histórico de acontecimentos, entendendo 
seus riscos, ganhos e perdas. É simples mas deve ser feita 
de maneira clara e criteriosa, pois é uma etapa muito 
importante para otimizar o tempo para resolução dos 
problemas. 
Esta etapa envolve também a escolha do problema a 
ser resolvido (a partir do histórico e análise de ganhos e 
perdas), a formação da equipe e delegação das 
responsabilidades de cada um, e por fim, a definição de 
metas de melhoria. 
 
2) Observação 
A segunda etapa é a de observação. Consiste no 
levantamento das características do problema a partir da 
observação do local e de uma coleta de dados consistente. 
O problemadeve ser observado sob diversos pontos de 
vista, como pela maneira como os resultados variam, como 
variam conforme o local, conforme o indivíduo ou equipe, ou 
com qual periodicidade. 
 
3) Análise 
Nesta etapa são levantadas as hipóteses para entender 
o problema. As causas que geram os problemas devem ser 
analisadas de maneira clara e baseadas em fatos, utilizando 
ferramentas, informações, fatos e análise de dados para 
uma conclusão objetiva. 
É uma das etapas mais importantes do processo, pois 
com as causas é possível aplicar os testes de consistência. 
 
4) Plano de ação 
Descoberta e comprovada a causa ou as causas 
fundamentais, deve ser estabelecido um plano de ação para 
eliminá-las. 
Deve ser verificado se as ações estão surtindo efeito 
sobre elas, qual sua eficácia, quais metas serão atingidas e 
quais são os índices de controle. Ou seja, é o momento de 
definir e documentar a estratégia a ser seguida. 
 
5) Ação 
A próxima etapa é o momento de colocar em prática o 
plano de ação. 
Iniciando com a comunicação do plano com os 
envolvidos, passando para execução e capacitação dos 
executores, e, o acompanhamento das ações para verificar 
se sua execução foi feita de forma correta e conforme o 
planejado. 
 
6) Verificação de resultados 
Após a aplicação do plano de ação, é o momento de 
verificar quantitativa e qualitativamente a eficácia das ações 
e seu impacto nos resultados. 
Devem ser comparados o antes e o depois da aplicação 
do plano, listados os efeitos positivos e negativos, e caso os 
efeitos forem negativos, se a ação foi implementada 
conforme o planejado. 
 
 
 
 
7) Padronização 
Caso as ações tomadas tenham sido eficazes e 
provocado resultados efetivos, elas podem se tornar novos 
métodos de trabalho. Nesse momento é importante 
padronizar e registrar as medidas, assim como evitar falhas 
e erros de continuarem. 
É necessário que o novo método seja perpetuado para 
todas as áreas com comunicação adequada, sendo assim 
também acompanhados devidamente por sistemas de 
medição. 
 
8) Conclusão 
A etapa final do método MASP é a conclusão. 
Basicamente, o objetivo dessa etapa é rever todo o processo 
de solução de problemas e planejar os trabalhos futuros 
aplicando as lições aprendidas em novas oportunidades de 
melhoria contínua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ed. – Florianópolis: Departamento de Ciências da 
Administração/UFSC, 2013. 
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Ed: UFMT, 2015. 
OLIVEIRA, Mateus. Gestão de Produção e Materiais. 
Centro Paula de Souza, 2014. 
CAROLINA, Teixeira. Administração de Recursos 
Materiais para Concursos. Editora Método, São Paulo, 
2010. 
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LEITÃO, Thiago. Inventário e Estoque. Disponível em 
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Cola da Web. Administração. Disponível em 
<https://www.coladaweb.com/administracao/mrp>. 
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que você precisa conhecer. Disponível em 
<https://comercial.deca.com.br/5-sistemas-de-
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Templu. Qualificação de Fornecedores segundo a ISO 
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https://certificacaoiso.com.br/a-qualificacao-de-fornecedores-segundo-a-iso-90012015/
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https://www.fm2s.com.br/metodo-masp/
http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/1731
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