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MEIO AMBIENTE E OS EMBATES DA CONSTRUÇÃO CIVIL

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FACULDADE UNINASSAU| VITORIA DA CONQUISTA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
TOPICOS INTREGADORES I
NICOLAS LEITE PEREIRA
Resumo do trabalho Meio Ambiente e os Embates da Construção Civil, da disciplina de Tópicos Integradores I. Orientador (a): kelly Santos.	
VITORIA DA CONQUISTA
AGOSTO/ 2018
INTRODUÇÃO
A construção civil tem uma participação de, aproximadamente, 40% na economia mundial, influenciando o meio ambiente e a sociedade. Como indústria abrangente e diversificada, tem o grande desafio de introduzir melhorias, por menor que seja, traz resultados muito significativos. A construção civil não é destaque apenas como uma grande indústria, também é uma atividade muito poluente e com um produto final que consome muitos recursos naturais. Os textos abordam as dificuldades, problemas, embates e soluções acercar do tema construção civil e o meio ambiente.
MEIO AMBIENTE E OS EMBATES DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Segundo o site da FUMEC, construindo, a indústria da construção civil necessita da extração de bens materiais vindos da natureza, com isso acaba sendo responsável por grandes impactos ambientais no planeta. Sendo algumas consequências: lençóis freáticos e entornos contaminados, alterações climáticas, aumento de gases, ruídos, secas, enchentes e entre outros.
O Brasil vem enfrentado situações impactantes no meio ambiente devido à falta de políticas públicas e a conscientização das empresas e profissionais que adotem a legislação brasileira.
É necessário a aplicação das leis e consciência ambiental para toda rede da indústria da construção civil, para transformá-lo em um setor sustentavelmente correto e trabalhar em parceria com o meio ambiente.
Durante muitos anos, se tinha uma relação de respeito com a natureza, más essa relação foi substituída pelo capitalismo, onde buscava somente a exploração e dominação dos recursos naturais, visando o lucro. Estima-se que 50% dos recursos materiais extraídos da natureza estão relacionadas a construção. 
A construção civil possui grande importância no desenvolvimento do pais, de acordo ao ContruFacilRJ (Portal da Construção Civil), para se ter uma ideia do tamanho que a construção civil representa em termos econômicos, basta dizer que ela representa aproximadamente 16% do PIB Brasileiro. Conta como o segundo maior setor econômico do país, perdendo somente para a agroindústria.
A construção civil tem como função a transformação do ambiente natural no ambiente construído, adequado ao desenvolvimento das mais diversas atividades. Através das suas etapas, que são elas: extração (aquisição de materiais), fabrico (desenvolvimento de produtos), execução (execução das obras).
IMPACTO AMBIENTAL E DANO AMBIENTAL
Na lei brasileira não consta a definição do que é dano ambiental. Dano é prejuízo. A busca de um conceito de dano ambiental exige considerações especificas, que estão ligados ao conceito de prejuízo. Prejuízo corresponde a um desequilíbrio. Por exemplo, se alguém toma um bem de outro, pode estar causando prejuízo ou não, dependendo de quanto dá em troca, se der. 
Alguns entendem que degradação ambiental ou poluição são sinônimos de dano, ou prejuízo ambiental. Não é correto, na maioria das vezes. Impacto não é dano. Impacto negativo não é dano. Impacto positivo não é dano. A resultante de todos os impactos, quando negativa, pode ser dano, considerando-se dano sinônimo de prejuízo.
 Degradação não é dano, é impacto. Poluição não é dano: é impacto. Nossa Lei é falha ao deixar de definir DANO, induzindo as pessoas a pensar que dano é o IMPACTO. 
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
Segundo o mestre em ciências contábeis, Antônio Pereira Júnior. A degradação ambiental está ligada de forma direta a diversidade biológica, especialmente quando as explorações dos recursos naturais envolvem o desflorestamento, o revolvimento do solo, a contaminação dos corpos hídricos porque o processo produtivo, principalmente o tecnológico, apresenta-se em franca expansão, e isso, em geral, tem causado grandes perdas ou fragmentações de habitats.
Resumindo, a degradação ambiental apresenta uma ligação direta com a perda da diversidade biológica ou biodiversidade em função do uso dos recursos naturais, o que compromete a conservação e manutenção dessa diversidade.
Sendo aqueles que tiveram a cobertura vegetal e fauna destruídas, perda da camada fértil do solo por ações como intervenções de mineração, movimentação de máquinas pesadas, CONSTRUÇÃO CIVIL, entre outras.
CONSTRUÇÃO CIVIL E AS ÁREAS DEGRADADAS
A construção civil é o setor de produção responsável pela transformação do ambiente natural em meio construído, adequado ao desenvolvimento das mais diversas atividades. Essa cadeia produtiva é uma das maiores da economia e, consequentemente, possui enorme impacto ambiental.
O setor de construção civil oferece significativa contribuição para o desenvolvimento econômico de um pais, proporcionando habitação, infraestrutura e emprego.
Os principais impactos ambientais ligados a construção civil são: poluição visual, degradação do ambiente urbano, impedimento parcial do trafego de pedestres e de veículos, interdição da drenagem urbana, e a proliferação de vetores nocivos à saúde.
 O IBEAS (Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais) conclui que considerando os variados aspectos envolvidos na recuperação de áreas degradadas pela extração de argila, pode-se elencar as etapas e procedimentos básicos que devem orientar os trabalhos: Utilização dos resíduos da construção civil na recuperação da área degradada por ser uma alternativa barata; Promoção do aumento de extensão de área recuperada com a extinção da cava; Ser um ambiente de reflorestamento com espécies nativas bem como as utilizadas para produção de biomassa; Ser um ambiente para a construção de moradias populares; Ofertar a população local uma alternativa de fonte de renda com o processo de reutilização de materiais oriundos da segregação dos resíduos.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO (RCD)
RCD são resíduos da construção civil, provenientes de construções, reformas, reparo de demolições de obras de construção civil, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, gesso, telhas, etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.
Esses resíduos podem ser classificados de diferentes maneiras, de acordo com a sua natureza e com as possibilidades de reutilização ou reciclagem. Assim, de acordo com a Conama Nº 307/2002, existem quatro diferentes classes possíveis.
Classe A
Resíduos recicláveis e passíveis de reutilização provenientes de construção, demolição, reformas e reparos de edificações, pavimentação e raspagem de ruas, de obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem, além de tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, argamassa e concreto;
Classe B
Resíduos recicláveis formados por plásticos, papéis, metais, vidros e madeiras em geral, incluindo gesso;
Classe C
Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis para recuperação ou reciclagem;
Classe D
Resíduos perigosos oriundos do processo da construção, como tintas, solventes, óleos, amianto, produtos de demolições, reformas e reparos em clínicas radiológicas, instalações industriais e outras.
DESCARTE DOS RESIDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Os resíduos deverão ser descartados de acordo a classe pertencente.
Classe A: São resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados. Deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou encaminhados para áreas de aterro de resíduos da construção civil
Classe B: resíduos recicláveis com outras destinações. Deverão ser reutilizados ou reciclados para áreas de armazenamento temporário, sendo disposto de modo a permitir sua utilização ou reciclagem futura,
Classe C: resíduos para os quais ainda não foram desenvolvidos tecnologias ou aplicações que permitam a sua reciclagem ou recuperação. Deverãoser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as numas técnicas especificas.
Classe D: Resíduos perigosos oriundos de processo de construção. Deverão armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.
O site ECYCLE diz que pelo fato da construção civil afetar diretamente o meio ambiente por meio do consumo e exploração de recursos naturais e minerais, a reciclagem de resíduos da construção civil pode minimizar esse impacto e substituir os agregados naturais utilizados na produção de concreto, blocos e base de pavimentação.
A reciclagem desses materiais pode reduzir também o consumo de energia utilizado na produção de novos itens, além de prevenir os riscos de passivos ambientais que podem diminuir o lucro do empreendimento. O gerador, juntamente com o poder público, é o responsável pelo descarte correto destes materiais, como previsto no artigo 1º da PNRS(Política Nacional dos Resíduos Sólidos). 
 
CONCLUSÃO
Portanto, resumindo tudo que foi comentando no texto, é preciso exercer a chamada construção sustentável, para diminuir todos os impactos causados pela construção civil em todo o mundo. Através de projetos mais inteligentes, que visem aproveitar melhor o terreno da obra e a natureza.
Também se pode reduzir a poluição e a quantidade de entulho gerado, como por exemplo tocos de madeira, pedaços de ferro, sobras de tijolos quebrados e concreto poderiam ser reutilizados ou reciclados para um outro uso.
Portanto, fica bem explicito o tamanho dos impactos ambientais gerados pela Construção Civil. Sendo necessário a redução do consumo de recursos naturais e um gerenciamento correto dos resíduos. Tudo isso ligado ao conforto, à construção de edifícios mais confortáveis, benéficos e funcionais para seus ocupantes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
CONSTRUFACILRJ. A Importância da Construção Civil no Brasil. 2013. https://construfacilrj.com.br/importancia-da-construcao-civil/ 
ECYCLE. Resíduos da construção civil terão pleno especifico de descarte com a PNRS. 2013. https://www.ecycle.com.br/component/content/article/35-atitude/1119-residuos-da-construcao-civil-terao-plano-especifico-de-descarte-com-a-pnrs.html
JÚNOR, Antônio Pereira; PEREIRA, Emmanuelle Rodrigues. Degradação Ambiental e Diversidade Biológica/Biodiversidade: Uma Revisão Integrativa. Enciclopédia Biosfera, Centro Cientifico Conhecer - Goiânia, v. 14 n. 26; p. 922. 2017. 
LEITE, Januária Cecilia Pereira Simões; NETO, Mario Teixeira Reis. Meio Ambiente e os Embates da Construção Civil. Construindo, Belo Horizonte, v. 6, n. 2, Jul/dez. 2014.

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