Buscar

RESUMO: propriedade industrial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

V- PROPRIEDADE INDUSTRIAL:
INTRODUÇÃO:
- A história do direito industrial tem início na Inglaterra mais de um século antes da primeira revolução industrial, com a edição do statute of monopolies em 1623, quando pela primeira vez a exclusividade de uma atividade econômica deixou de ser baseada apenas em critérios de distribuição geográfica de mercados, privilégios nobiliárquicos e outras restrições próprias ao regime feudal, para prestigiar as inovações nas técnicas, utensílios e ferramentas de produção. 
- A segunda norma de direito positivo que, historicamente se destaca é a constituição norte-americana, (1.787) que atribuía ao congresso da federação poderes para a assegurar aos inventores, por prazo determinado, o direito de exclusividade sobre invenção. 
- A França foi o terceiro país a legislar sobre direito dos inventores em 1791.
- Outro momento de extrema importância para evolução do direito industrial foi a criação em 1.883 da união de paris, convenção internacional da qual o brasil é participante desde o início. 
- Convenção de Paris (art. 1° n° 2): “A proteção da propriedade industrial tem por objeto as patentes de invenção, os modelos de utilidade, os desenhos ou modelos industriais, as marcas de fábrica ou de comércio, as marcas de serviço, o nome comercial e as indicações de proveniência ou denominações de origem, bem como a repressão da concorrência desleal.” 
- A história do direito industrial brasileiro, a exemplo do direito comercial, se inicia no processo de desentrave da nossa economia colonial, início do século XIX, quando a corte portuguesa se encontrava no Brasil, evitando Napoleão. Em 1.809, o príncipe regente baixou alvará que entre outras medidas reconheceu o direito do inventor ao privilégio de exclusividade, por 14 anos, sobre as invenções levadas a registro na real junta do comércio. 
- Posteriormente, em 1.875, surgiu a primeira lei brasileira sobre marcas, em resposta a representação ao governo, apresentada por Ruy Barbosa, que não havia logrado êxito na defesa de um cliente seu – o titular da marca rapé areia preta – por falta de legislação protetora. 
- O direito brasileiro, originariamente, disciplinava em separado as invenções e as marcas. Em 1882, editou-se nova lei sobre patentes, e em 1887 e 1904, outra sobre marcas. O critério de tratamento da matéria industrial em leis separadas somente foi abandonado em 1923 a partir da criação da diretoria geral da propriedade industrial, órgão que passou a centralizar administrativamente as questões afetas aos seus dois âmbitos. 
- A partir de então, o direito industrial brasileiro passou a disciplinar no mesmo diploma legislativo as patentes de invenções e os registros de marca. Mas o conceito amplo de propriedade industrial estabelecido pela união de paris, nunca foi integralmente incorporado nas muitas reformas legislativas que se seguiram. 
- A vigente lei da propriedade industrial por exemplo, aplica-se às invenções , desenhos industriais, marcas, indicações geográficas e à concorrência desleal, mas não trata do nome empresarial, instituto cuja disciplina é feita pela lei do registro de empresas. 
BENS DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL:
- São bens integrantes da propriedade industrial: a invenção, o modelo de utilidade, o desenho industrial e a marca. O direito de exploração com exclusividade dos dois primeiros se materializa no ato de concessão da respectiva patente (documentado pela carta patente); em relação aos dois últimos ocorre a concessão do registro (documentado pelo “certificado”). A concessão da patente ou do registro compete ao INPI (instituto nacional da propriedade industrial).
- O direito industrial é a divisão do direito comercial que protege os interesses dos inventores, designers e empresários em relação aos inventos, modelos de utilidade, desenho industrial e marcas. 
- Dos quatro bens industriais a invenção é a única não definida pela lei. Em razão da dificuldade em definir invenção o legislador preferiu se valer de um critério de exclusão, apresentando uma lista de manifestações do intelecto humano que não se consideram abrangidas no conceito (LPI, art. 10). Nesse sentido, não são invenção: 
A) As descobertas e teorias científicas (a teoria da relatividade); 
B) Métodos matemáticos (cálculo infinitesimal de Isaac Newton); 
C) Concepções puramente abstratas;
D) Esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização. Ex. A pedagogia do oprimido de Paulo Freire; 
E) Obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética e programas de computador (tutelados pelo direito autoral); 
F)Apresentação de informações, regras de jogo, técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, terapêuticos ou de diagnóstico, e os seres vivos naturais.
- A lei define o modelo de utilidade como objeto de uso prático ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação (LPI, art. 9°). 
- Para se caracterizar como modelo de utilidade, o aperfeiçoamento deve revelar a atividade inventiva do seu criador. Deve representar um avanço tecnológico, que os técnicos da área reputem engenhoso. Se o aperfeiçoamento é destituído dessa característica, sua natureza jurídica é a mera adição de invenção. 
-Os recursos agregados às invenções , para de um modo não evidente a um técnico no assunto, ampliar as possibilidades de sua utilização são modelos de utilidade.
- Havendo dúvidas acerca do correto enquadramento de uma criação industrial – se invenção ou modelo de utilidade – e não existindo critério técnico de ampla aceitação capaz de eliminá-las, deve-se considerar o objeto uma invenção. 
- Quanto ao desenho industrial, a LPI, em seu art. 95 assim o define: “considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.”
- A invenção, o modelo de utilidade, a adição de invenção e o desenho industrial são assim alterações em objetos em graus diferentes. Nos dois primeiros, é indispensável a presença da atividade inventiva, isto é, a alteração não pode ser uma decorrência óbvia dos conhecimentos técnicos existentes á época da criação. Presente este requisito, a alteração será considerada invenção quando for independente; e modelo de utilidade quando acessória de uma invenção. Já no caso de faltar atividade inventiva a alteração poderá ser adição de invenção ou desenho industrial.
- A primeira existe na hipótese de um pequeno aperfeiçoamento na invenção patenteada enquanto a última se manifesta pela mudança de natureza exclusivamente estética (futilidade). A definição do melhor enquadramento de uma certa alteração, entre as quatro categorias muitas vezes apresenta dificuldades consideráveis exigindo percuciência dos técnicos e dos profissionais do direito envolvidos com a matéria. 
- Vale destacar ainda que o desenho industrial é diferente da escultura e da pintura ( obras de arte) porque o objeto a que se refere tem função utilitária e não apenas decorativa ou de promoção do seu proprietário.
- O quarto bem industrial é a marca, definida como sinal distintivo, suscetível de percepção visual, que identifica, direta ou indiretamente, produtos ou serviços. 
- A doutrina costuma classificar as marcas em nominativas, figurativas ou mistas. No primeiro grupo estariam as marcas compostas exclusivamente por palavras, que não apresentam uma particular forma de letras. Por exemplo: Revista de direito de empesa; no segundo, as marcas consistentes de desenhos ou logotipos. Ex: a famosa gravatinha dachevrolet; no último, as marcas seriam palavras escritas com letras revestidas de uma particular forma, ou inseridas em logotipos. Ex. Coca-cola. 
2.1) SEGREDO DE EMPRESA: 
- A publicação da invenção é condição para concessão da patente. Por esta razão, muitos empresários preferem manter em segredo suas invenções a pedir proteção legal. 
2.2) MARCAS COLETIVAS E DE CERTIFICAÇÃO:
- As marcas são sinais distintivos que identificam, direta ou indiretamente produtos ou serviços. Dá-se uma identificação direta se o sinal está relacionado especificamente ao produto ou serviço. A identificação indireta se realiza através de duas outras categorias de marca introduzidas no direito brasileiro pela atual legislação: as coletivas e de certificação.
*LEI DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL: ART. 123: PARA OS EFEITOS DESTA LEI, CONSIDERA-SE: 
I-MARCA DE PRODUTO OU SERVIÇO: AQUELA USADA PARA DISTINGUIR PRODUTO OU SERVIÇO DE OUTRO IDÊNTICO, SEMELHANTE OU AFIM, DE ORIGEM DIVERSA;
II-MARCA DE CERTIFICAÇÃO: AQUELA USADA PARA ATESTAR A CONFORMIDADE DE UM PRODUTO OU SERVIÇO COM DETERMINADAS NORMAS OU ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS, NOTADAMENTE QUANTO À QUALIDADE, NATUREZA, MATERIAL UTILIZADO E METODOLOGIA EMPREGADA;
III-MARCA COLETIVA: AQUELA USADA PARA IDENTIFICAR PRODUTOS E SERVIÇOS PROVINDOS DE MEMBROS DE UMA DETERMINADA ENTIDADE. 
PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
- Uma das diferenças entre o direito industrial e o autoral está relacionado à natureza do registro do objeto ou da obra. O do primeiro é constitutivo; o da obra se destina apenas a prova de anterioridade.
- A segunda diferença entre o direito industrial e o autoral está relacionada a extensão da tutela jurídica. Enquanto o primeiro protege a própria idéia inventiva, o segundo cuida apenas da forma em que a idéia se exterioriza.
PATENTEABILIDADE: 
- Os bens industriais patenteáveis são a invenção e o modelo de utilidade.
- A lei estabelece diversas condições para concessão do direito industrial, às quais se refere, neste caso, pelo neologismo “patenteabilidade.” São as seguintes: novidade, atividade inventiva, industriabilidade e desimpedimento. 
4.1) NOVIDADE: 
- Uma invenção atende ao requisito da novidade se é desconhecida dos cientistas ou pesquisadores especializados. Nos termos legais a invenção é nova quando não compreendida no estado da técnica. 
- Estado da técnica compreende todos os conhecimentos científicos difundidos no meio científico, acessível a qualquer pessoa, e todos os reivindicados regularmente por um inventor por meio de depósito de patente mesmo que ainda não tornados públicos. 
4.2) ATIVIDADE INVENTIVA OU INVENTIVIDADE: 
- É o atributo da invenção que permite distinguir a simples criação intelectual do engenho. A invenção é dotada de inventividade sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica. O decisivo é a demonstração de que, para um especialista, a invenção não representa uma decorrência óbvia ou evidente do estado da técnica. 
4.3) INDUSTRIABILIDADE: 
- O terceiro requisito da patenteabilidade é a industriabilidade, que se reputa atendido quando demonstrada a possibilidade de utilização do produto do invento por qualquer tipo de indústria (LPI, art. 15). 
-Deste modo, as invenções sem qualquer utilidade para o homem não atendem ao requisito da industriabilidade. Uma criação simplesmente curiosa ou intelectualmente instigante não goza de proteção do direito industrial, ainda que represente uma novidade e resulte inegável atividade inventiva. 
4.4) DESIMPEDIMENTO: 
- O derradeiro requisito da patenteabilidade é o desimpedimento. Invenções há que, embora novas, inventivas e industrializáveis, não podem receber a proteção da patente, por razões de ordem pública. 
- Três são os impedimento existentes no direito brasileiro: 
Invenções contrárias à moral aos bons costumes e a segurança, à ordem e à saúde públicas;
Substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos resultantes de transformação do núcleo atômico, bem como a modificação de suas propriedades e os processos respectivos;
Seres vivos ou parte deles (LPI, art. 18). Esta última hipótese de impedimento possui uma exceção: pode se conceder patente para transformação genética introduzida pelo homem em micro organismos (são os chamados transgênicos).
REGISTRABILIDADE:
-Os registros concedidos pelo INPI referem-se a dois diferentes bens industriais: o desenho industrial e as marcas. 
5.1) REGISTRO DE DESENHO INDUSTRIAL:
- Há três requisitos para o registro do desenho industral: a novidade, originalidade e desempedimento.
- A lei estabelece três impedimentos para a concessão do registro do desenho industrial. Não pode ser registrado o desenho que: 
Tenha natureza puramente artística;
Ofende a moral e os bons costumes ou atente contra a liberdade de consciência, crença, culto religioso, ou contra idéias ou sentimento dignos de veneração;
Apresenta forma necessária, comum, vulgar ou determinada essencialmente por considerações técnicas e funcionais. 
- A concessão do registro de desenho industrial independe de prévia verificação pelo INPI da sua novidade ou originalidade. Apenas a existência de impedimentos é checada pela autarquia, antes da expedição do certificado. Se, em momento posterior, restar demonstrado o desatendimento dos requisitos de registrabilidade, o INPI instaura de ofício o processo de nulidade do registro concedido. 
5.2) REGISTRO DE MARCA:
- O registro de marca está sujeito a três condições: 
Novidade relativa: é exigida para que a marca cumpra a sua finalidade de identificar, direta ou indiretamente produtos e serviços, destacando-os dos seus concorrentes;
Não-colidência com marca notória: seu fundamento legal se encontra no art. 126 da LPI, que atribui ao INPI poderes para indeferir de ofício pedido de registro de marca, que reproduza ou imite, ainda que de forma parcial, uma outra marca, que notoriamente não pertence ao solicitante. 
Desimpedimento: o art. 124 da lpi apresenta extensa lista de signos que não são registráveis como marca. Ex. Brasão, bandeira, distintivos oficiais. Vale ressaltar que o impedimento legal obsta o registro do signo como marca, mas não a sua utilização na identificação de produtos ou serviços. Quer dizer, o empresário pode adotar, por exemplo, a bandeira nacional estilizada para identificar suas mercadorias ou atividade, mas não poderá exercer nenhum direito de exclusividade sobre ela.
- Pelo princípio das especificidade a proteção da marca registrada é limitada a produtos e serviços a respeito dos quais podem os consumidores se confundir, salvo quando o INPI reconhece a sua natureza de “marca de alto renome”. Nessa hipótese, a proteção é ampliada para todos os ramos da atividade econômica. 
PROCESSO ADMINISTRATIVO NO INPI:
- Na tramitação de pedido de direito industrial relacionado à invenção, modelo de utilidade ou marca, a autarquia examina os requisitos da patenteabilidade ou da registrabilidade antes de decidir o pedido; na tramitação do relacionado a desenho industrial, os requisitos serão examinados posteriormente, e mesmo assim após alguns casos. 
6.1) PEDIDO DE PATENTE: 
- O pedido de patente de invenção ou modelo de utilidade segue tramitação que compreende quatro fases: depósito, publicação, exame e decisão.
- O depósito é um ato mais complexo que o simples protocolo do pedido em razão dos efeitos que produz. Ele assinala não só a anterioridade da apresentação da criação industrial ao INPI, mas também o início da contagem de importantes prazos, inclusive o da duração da patente. 
- A publicação é o ato que dá aos interessados a notícia da existência do pedido de concessão de direito industrial. 
- O pedido de patente será mantido em segredo no INPI, pelo prazo de 18 meses, a contar do depósito (LPI art. 30). No vencimento do prazo, será feitaa publicação, salvo no caso de patente de interesse da defesa nacional, que tramita totalmente em sigilo (LPI, art. 75). O requerente pode, se for do seu interesse, solicitar antecipação da publicação. 
- Na fase do exame, o INPI investiga as condições de patenteabilidade. Além do inventor-depositante, qualquer pessoa pode apresentar ao INPI o pedido de exame, nos 36 meses seguintes a data do depósito. 
- A fase de exame de patente se conclui com a elaboração, pelos setores técnicos do INPI, do parecer de mérito acerca do qual terá o depositante direito de manifestação, caso seja desfavorável a sua pretensão (LPI, art. 36). 
- Deferido o pedido, é expedida a carta-patente, único documento comprobatório da existência do direito industrial sobre a invenção ou modelo de utilidade. 
6.2) O PEDIDO DE REGISTRO DE DESENHO INDUSTRIAL:
- O pedido de registro de desenho industrial é o único, no direito brasileiro, submetido ao sistema de livre concessão, que dispensa o exame da novidade e originalidade previamente à outorga do direito de exclusividade. 
6.3) PEDIDO DE REGISTRO DE MARCA: 
- Apresentado o pedido de registro de marca, o INPI realiza um exame formal preliminar, pertinente à instrução. Se convenientemente instruído, na forma que a lei determina (LPI, art. 155), o pedido é depositado. 
6.4) PRIORIDADE: 
- O Brasil como país unionista - isto é - pertence a união de paris -, assumiu compromisso internacional de conferir prioridade a determinados pedidos de patente ou registro industrial. Nos termos do art. 4° da convenção, quem apresenta pedido de patente de invenção ou modelo de utilidade, ou deposita desenho industrial ou marca em qualquer país unionista, tem, durante certo prazo, o direito de prioridade nos demais países da união. O prazo é de 12 meses para as invenções e modelos de utilidade, e de 6 para os desenhos industriais e marcas, contados da data do primeiro pedido. 
EXPLORAÇÃO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL:
- O direito industrial protege os empresários de boa-fé, que já exploravam a invenção, desenho ou marca, na data em que foi solicitada a patente ou registro. A proteção dos usuários da marca, no entanto é diferente da conferida aos usuários de invenção ou desenho. 
- No tocante a invenção, modelo de utilidade e desenho industrial, é reconhecido ao usuário de boa-fé o direito de continuar a sua exploração econômica, sem o pagamento de qualquer remuneração em favor do titular da patente ou do registro (art. 45 e 110).
- Em relação às marcas, a tutela concedida aos usuários anteriores de boa-fé tem extensão diversa. N caso das patentes e dos desenhos industriais, esses usuários têm assegurado o direito de continuarem explorando as atividades econômicas, já existentes ao tempo da apresentação do depósito, sem o pagamento de royalties ao titular do bem industrial.
7.1) LICENÇA DE DIREITO INDUSTRIAL:
- A licença industrial é o contrato pelo qual o titular de uma patente ou registro, ou depositante (licenciador), autoriza a exploração do objeto correspondente pelo outro contratante (licenciado) sem lhe transferir a propriedade intelectual. 
7.2) CESSÃO DE DIREITO INDUSTRIAL: 
- A cessão do direito industrial é o contrato de transferência da propriedade industrial, e tem por objeto a patente ou registro, concedidos ou simplesmente depositados. 
- Não há cessão temporalmente limitada, na medida em que ela se define como o ato de transferência da propriedade industrial, e não apenas de autorização de uso (hipótese relacionada a outro contrato intelectual, a licença). 
- A licença de direito industrial está para cessão, como a locação está para a venda. 
- Na hipótese do o cedente aperfeiçoar a sua invenção, poderá obter a patente do aperfeiçoamento, não estando obrigado a transferi-lo ao cessionário. 
- De qualquer modo, o cedente tem o direito moral à revelação de seu nome, quando veiculada pelo cessionário qualquer notícia sobre o inventor, mesmo após sucessivas cessões. 
EXTINÇÃO DO DIREITO INDUSTRIAL: 
- Extingue-se o direito industrial pelas seguintes razões: a decurso de prazo de duração; b) caducidade; c) falta de pagamento da retribuição devida ao INPI; d) renúncia do titular; e) inexistência de representante legal no brasil, se o titular é domiciliado ou sediado no exterior. 
- Em termos gerais, a patente de invenção dura vinte anos, e a de modelo de utilidade quinze, enquanto o registro de desenho industrial dura dez anos. Estes prazos são contados do depósito; os dois primeiros não admitem prorrogação, mas o último comporta até três prorrogações sucessivas de cinco anos cada. O registro de marca dura dez anos contados da concessão, e é sempre prorrogável. 
- A caducidade é fator extintivo decorrente do abuso ou desuso no exercício do direito industrial. 
- A renúncia aos direitos de patente ou registro, por sua vez, é fator extintivo decorrente de ato unilateral do seu titular. A lei põe a salvo os direitos de terceiros, como licenciados ou franquiados, ao condicionar sua aceitação, pelo INPI, à inexistência de prejuízos para eles. 
- Finalmente, a derradeira hipótese de extinção do direito industrial é a falta de representante legal no brasil, inclusive com poderes para receber citação judicial, quando domiciliado ou sediado no exterior o titular da patente ou do registro (LPI, art. 217). Extinto por qualquer motivo, o direito industrial, o respectivo objeto cai em domínio público. 
NOME EMPRESARIAL: 
- Nome empresarial é aquele utilizado pelo empresário para se identificar, enquanto sujeito exercente de uma atividade econômica. 
-Se antes, os consumidores formulavam o conceito acerca da qualidade dos produtos, pelo prestígio do nome do comerciante que os vendia, na economia de massa opera-se uma inversão: conhece-se a marca, e é através dela que, indiretamente, se identifica o empresário. O nome que identifica o empresário é elemento integrante do seu estabelecimento; constitui bem de propriedade do titular da empresa. 
9.1) ESPÉCIES DE NOME EMPRESARIAL:
- As espécies de nome empresarial são a firma e a denominação. Diferenciam-se quanto a estrutura e a função. 
9.2) FORMAÇÃO E PROTEÇÃO DO NOME EMPRESARIAL: 
- Em razão do princípio da veracidade, a retirada, expulsão ou morte de sócio de sociedade limitada impõem a alteração da firma, quando o dissidente, expulso ou falecido havia emprestado o seu nome civil a composição de nome empresarial. 
- O princípio da novidade, ao seu turno, representa a garantia de exclusividade do uso do nome empresarial (CC art. 1.166).
- O uso indevido do nome empresarial caracteriza crime de concorrência desleal (LPI, art. 195 V), cabendo responsabilização civil do usurpador, pelos danos derivados do desvio de clientela (LPI, art. 209). 
9.3) DIFERENÇAS ENTRE NOME EMPRESARIAL E MARCA:
- O nome empresarial e a marca se reportam a diferentes objetos semânticos. O primeiro identifica o sujeito de direito (o empresário pessoa física ou jurídica), enquanto a marca identifica, direta ou indiretamente, produtos e serviços. 
- O primeiro elemento distintivo entre proteção do nome e da marca diz respeito ao órgão em que são registrados. O primeiro é registrado na junta comercial, no ato do arquivamento do ato constitutivo, enquanto o último ocorre junto ao INPI. Só tem proteção o nome empresarial arquivado na junta comercial e marca registrada no INPI.
- A segunda diferença é uma consequência da primeira: proteção conferida pela junta comercial ao nome se exaure aos limites do estado a que ela pertence enquanto que os efeitos do registro da marca são nacionais. (CC, art. 1.166). 
- Para estender a tutela do nome empresarial ao país todo deve ser providenciado o arquivamento de pedido de proteção ao nome empresarial, nas juntas dos demais estados. (cc. Art. 1.166, parágrafo único).
- A terceira diferença está relacionada ao âmbito da tutela. A marca tem a suaproteção restrita em razão do princípio da especificidade, ao segmento dos produtos ou serviços passíveis de confissão pelo consumidor (salvo no caso excepcional da marca de alto renome, cuja proteção é especial e abrange todas as classes), enquanto no nome empresarial é protegido independentemente do ramo da atividade econômica a que se dedica o empresário. 
- Finalmente, a quarta diferença é ligada ao prazo de duração da proteção. Enquanto o direito de utilização exclusiva da marca extingue-se em dez anos, se não for solicitada pelo interessado a prorrogação, o do nome empresarial vigora por tempo indeterminado. 
- Apenas a declaração de inatividade da empresa pode importar a extinção do direito ao nome empresarial contra a vontade de seu titular (lei n° 8.934/94, art. 60, in fine).
TÍTULO DE ESTABELECIMENTO: 
- Trata-se de da designação que o empresário empresta ao local em que desenvolve sua atividade. Por exemplo: quando o consumidor se dirige à agência do banco Itaú S/A, encontra-a identificada pela expressão Itaú. É este o título do estabelecimento, o designativo referente ao lugar do exercício da atividade. 
�PAGE �
�PAGE �11�

Continue navegando