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LIPÍDIOS Professora Melissa Kayser Lipídios Lipídeos constituem um grupo heterogêneo de moléculas orgânicas insolúveis em água (hidrofóbicas). Devido a sua insolubilidade em soluções aquosas, os lipídeos corporais são geralmente compartimentalizados. O lipídeo é uma das principais fontes de energia para o corpo. Controle da homeostase corporal (prostaglandinas e hormônios esteróides); Componentes estruturais de membranas (estrutural); Maior fonte de energia em animais e sementes (armazenagem); Fonte de energia (calorias) para funções orgânicas; Camada protetora sobre a superfície de muitos organismos, manter a temperatura do corpo constante; Fonte de ácidos graxos essenciais; Proteger os órgãos vitais contra lesões (gordura cavitária). Funções regulatórias ou de coenzimas (vitaminas lipossolúveis (veículo)); Problemas no metabolismo: aterosclerose e obesidade. FUNÇÕES DOS LIPÍDIOS ESTRUTURAS ÁCIDOS GRAXOS • Possuem uma cadeia hidrocarbonada e um grupamento carboxila terminal. ÁCIDOS GRAXOS • Estão presentes em gorduras e óleos. • Podem ser classificados de acordo com o tamanho (curta (até C10), média (C12 a C16) e longa (>C16)) ou com o tipo de ligação da cadeia hidrocarbonada (saturados, mono e poliinsaturados). Micelas Grupo de moléculas com cabeças polares e caldas alifáticas (aberta). Cabeças polares estão voltadas para água. Sais biliares agem semelhante a detergentes para ajudar a degradar os glóbulos de gordura. Corpos Cetônicos Após a degradação o ácido graxo é oxidado, Acetil-CoA é posteriormente oxidada pelo ciclo do ácido cítrico 1o passo do ciclo Se muita Acetil-CoA é produzida pela -oxidação, o excesso é convertido em corpos cetônicos. Corpos Cetônicos Produzidos quando tem excesso de Acetil-CoA. Acetona Acetoacetato -hidroxibutirato Corpos cetônicos: combustível alternativo para as células • Mitocôndrias hepáticas podem desviar excesso de acetil-CoA para a formação de corpos cetônicos • Eles são transportados pelo sangue aos tecidos periféricos, onde podem ser convertidos novamente a acetil-CoA são importantes fontes de energia para o tecido periférico • São solúveis em solução aquosa Cetose Aumento anormal na concentração de corpos cetônicos no sangue Incapacidade de utilizar carboidratos disponíveis Pode levar a cetoacidose – 02 dos corpos cetônicos são ácidos e podem o pH do sangue Jejum Prolongado Deita pobre em carboidratos Diabetes Mellitus Colesterol ESTRUTURA O colesterol contém quatro anéis fundidos (A, B, C, D, chamados “núcleo esteróide”), mais uma ramificação constituída por uma cadeia hidrocarbonada de oito carbonos ligada ao anel D. O colesterol apresenta um único grupo hidroxila – localizado no C3 do anel. Origem do Colesterol Endógeno Sintetizado por praticamente todos os tecidos / Metade fornecido pela dieta Produto Típico do Metabolismo Animal (Gema de Ovo, Carne, Fígado) Formas do Colesterol Colesterol Éster de colesterol (colesterol + ácido graxo) A maior parte do colesterol plasmático está na forma esterificada, que é uma molécula ainda mais hidrofóbica que o colesterol livre. Destinos do Colesterol Colesterol Hormônios esteróides Lipoproteínas plasmáticas MembranasSais biliares O Colesterol absorvido se associa a apolipoproteínas formando as Lipoproteínas plasmáticas • São complexos moleculares de lipídios e proteínas específicas denominadas apolipoproteínas de constante estado de síntese, degradação e remoção do plasma. • Incluem: quilomícron, VLDL, IDL, LDL e HDL LDL – lipoproteína de baixa densidade HDL – lipoproteína de alta densidade As lipoproteínas funcionam tanto para manter os lipídios solúveis a medida que os transportam no plasma, quanto para transportar o conteúdo lipídico aos tecidos. Sistema de entrega deficiente – deposição gradual de lipídios (aterosclerose). – Quilomícron – é a lipoproteína menos densa, transportadora de triacilglicerol exógeno na corrente sanguínea. – VLDL – “Lipoproteína de Densidade Muito Baixa”, transporta triacilglicerol endógeno. – IDL – “Lipoproteína de Densidade Intermediária”, é formada na transformação de VLDL em LDL. – LDL – “Lipoproteína de Densidade Baixa”, é a principal transportadora de colesterol; seus níveis aumentados no sangue aumentam o risco de infarto agudo do miocárdio. – HDL – “Lipoproteína de Densidade Alta”, atua retirando o colesterol da circulação. Seus níveis aumentados no sangue estão associados a uma diminuição do risco de infarto agudo do miocárdio LIPOPROTEÍNAS Classes de Lipoproteínas – características gerais Lipoproteínas Principais Lipídeos (%) Apoproteína (%) Origem Função Quilomícron TG: 90% 2% Intestino Transporte TG exógeno VLDL TG: 55% 5 a 8% Fígado e Intestino Transporte de TG endógeno LDL Colesterol: 45% 20-24% Intravascular Transporte de colesterol aos tecidos HDL Fosfolipídeos: 30% 50% Fígado e Intestino Transporte reverso do colesterol dos tecidos para o fígado As Lipoproteínas HDL O LDL transporta colesterol do fígado até os tecidos periféricos, enquanto o HDL captura colesterol dos tecidos e o transporta até o fígado, onde é convertido a ácidos biliares Transporte de lipídios • O triacilglicerol dos quilomícrons é degradado a ácidos graxos livres e glicerol pela lipase lipoprotéica, enzima sintetizada pelos adipócitos e células musculares • Os ácidos graxos livres entram diretamente nas células musculares ou adipócitos adjacentes • Também podem ser transportados no sangue em associação com a albumina sérica até serem capturados pelas células • A maioria das células pode oxidar ácidos graxos para produzir energia • Os adipócitos reesterificam os ácidos graxos livres, produzindo triacilglicerol (novamente), que são armazenados Hiperlipoproteinemia • O diabetes melito decorrente da deficiência de insulina, há o desenvolvimento secundário de hiperglicemia pela diminuição da utilização. • A deficiência de insulina permite que a lipólise gere ácidos graxos livres (AGL), que são transportados para o fígado onde alguns são armazenados como triglicerídeos (gordura hepática) e alguns são convertidos em lipoproteínas (resultando em lipemia). • A atividade da lipoproteína lipase (LPL) diminui com a deficiência de insulina, contribuindo para a hiperlipoproteinemia. • O desequilíbrio entre o glucagon e a insulina também ativa a oxidação de ácidos graxos, resultando na produção de cetona. OBRIGADA!
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