Buscar

Constituição de 1824

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO UNIDADE DE ENSINO DE AMERICANA
CONSTITUIÇÃO DE 1824
AMERICANA
2015
CONSTITUIÇÃO DE 1824
AMERICANA
2015
RESUMO
Neste trabalho, vislumbramos alguns elementos mais importantes e fundamentais na constituição Brasileira de 1824.Situando o contexto histórico na época, os quatro poderes, a influência do catolicismo, o votos e quem gozava desse direito, o poder absoluto e dominador do imperador D. Pedro I. A desigualdade e o fim da constituição, a qual fora uma das mais duradouras no mundo até os dias atuais.
Palavras chave: Constituição Brasileira de 1824, D. Pedro I, poder moderador.
INTRODUÇÃO
	A Constituição de 1824 foi outorgada por D. Pedro I após este dissolver a assembleia de 1823, onde a mesma estaria com intuito de delimitar o poder do imperador. A carta foi outorgada dia 25 de março de 1824 de forma material escrita extremamente autoritária.
	Esta mudança estabelecida através da constituição resultou a divisão estatal de 4 poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador. Um enfoque destacado do poder moderador uma vez que o mesmo controlaria todos os demais á ele submetido de forma hierárquica, um poder absoluto desempenhado por D. Pedro I imperador da época.
	Mesmo com o marco importante estabelecido a carta magna proporcionava desigualdades sociais extremamente absurdas, que resultava constantemente em rebeliões e revoltas políticas. A constituição teve seu período de duração de 65 anos sendo uma das que mais vigorou, obteve sua revogação através do governo republicano o ano de 1889.
1 O QUE FOI A CONSTITUIÇÃO DE 1824
O episódio da criação da assembleia constituinte de 1823 contrariou diretamente o imperador D. Pedro I, pois através desta, o mesmo teria de se submeter aos seus poderes e ainda retirava o seu direito de punir os deputados, com esta atitude se desenvolveu uma sociedade dividida em dois polos: os liberais e os conservadores, uma vez que os liberais defendiam o argumento que os poderes do imperador deviam ser limitados e de outro modo conservadores defendiam que o poder deveria continuar no poder do império. Por conta deste fato, no mesmo ano, no dia 12 de novembro na cidade do Rio de Janeiro, D. Pedro I cercou e dissolveu a assembleia constituinte, aplicando sua força coercitiva. Este episódio ficou conhecido como “noite da agonia”, onde inúmeros deputados foram deportados ou presos.
Após este movimento, no dia seguinte (13 de novembro de 1823) o imperador ratificou um documento declarando a expatriação dos deputados dentre outras medidas repressivas contra quem tentasse ter acesso às reuniões sigilosas ou se envolvessem as discussões políticas. Com a assembleia dissolvida, o imperador D.Pedro I reuniu dez cidadãos os quais tinha confiança plena para redigirem a primeira constituição do Brasil, seu embasamento expresso em uma carta constitucional, a mesma, uma constituição outorgada por um governante sem ser votada por uma assembleia representante da nação.
A constituição foi oficialmente outorgada 25 de março de1824, redigida de uma maneira autoritária.A mesma regia normas tanto liberais como conservadoras, a constituição expressava que o Brasil estaria à mercê de quatro poderes: Poder legislativo; Poder executivo; Poder judiciário e Poder moderador. Sua aplicação pratica se deu no ano de 1826. Após sua institucionalização, esta colocou em prática os Poderes do Estado, que de forma garantiu alguns direitos e conteve certos abusos. Com um ponto de vista material, a constituição de 1824 foi expressa por uma série de leis ordinárias, tendo como sua única ementa o ato adicional adotado pela lei de 12 de agosto de 1824, destacadas estas abaixo como as de maior relevância:
Lei de 15 de outubro de 1827, definindo os crimes e regulou a responsabilidade dos ministros e conselheiros do Estado;
18 de setembro de 1828, com a criação do Supremo Tribunal de Justiça;
16 de dezembro de 1830, estabelecendo o Código criminal;
Lei de nº 601, de 18 de setembro de 1850, que se tratava de leis das terras, esta que colocou fim ao regime dominial que vinha das colônias.
Esta carta que originou tal constituição tinha um rigoroso poder centralizado, estabelecendo um Estado unitário, de forma que todo poder emanava do Imperador, mesmo com esta influência negativa da constituição de 1824, também representou enorme avanço sobre a concepção colonial, como Câmaras que passaram a reger a vida municipal, onde o artigo 167 da Carta dispunha: “Em todas as cidades e vilas existentes, e nas mais que para o futuro se criarem, haverá Câmaras, às quais compete ao governo econômico e municipal das cidades e vilas.”
Com suporte nesta e demais leis, se estabeleceu que as Câmaras das cidades se compusessem de 9 vilas e 7 membros, com a eleição feita de 4 em 4 anos no dia 7 de setembro.
2 CARACTERISTICAS
2.1 O voto
Com a outorga desta constituição, foram estabelecidos alguns critérios quanto ao voto, sendo este censitário.
 O voto censitário concedia direito ao voto apenas às pessoas com maior poder financeiro. Os cidadãos eram divididos como ativos, sendo os que possuíam maior renda, e passivos, os assalariados, tendo direito a exercer o papel de votar apenas os de maior renda, os ativos.
 O voto além de ser baseado na renda, não era secreto, só tinham direito a votar homens com idade igual ou superior a 25 anos que tinham renda mínima de 100 mil-réis anuais. Não tinham direito ao voto homens com idade inferior a 25 anos, os cidadãos divididos como passivos, as mulheres, os índios e os escravos.
As eleições eram feitas de forma indiretas, onde os eleitores da paróquia elegiam os eleitores da província e estes elegiam os senadores e deputados.
Para ser eleitor da paróquia deveria ter renda anual de 100 mil-réis, já para a província 200 mil-réis e para senador ou deputado 800 mil-réis.
 Esse sistema mantinha o controle do poder político nas mãos dos proprietários e comerciantes com maior poder financeiro, já que eram esses que, com o poder do voto, escolhia seus representantes políticos. 
2.2 O Estado e o catolicismo
O Brasil, na época em que foi promulgada a Constituição de 1824, já era um país essencialmente católico devido aos laços mantidos desde a colonização, que contribuíram, e muito, para sua civilização.
A Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, só assegurou ainda mais esse fato. O artigo 5º da Constituição estabelecia: “A Religião Católica Apostólica Romana continuará a ser Religião do Império. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de Templo”. Ou seja, o Catolicismo era a religião predominante, a que realmente tinha relevância, porém outras religiões poderiam ser professadas, desde que em locais apropriados e em cultos internos, como o próprio artigo 5º estabelecia. O culto externo não era apropriado, visto que esse ato desrespeitava a religião oficial do Estado e ofendia a moral pública.
As normas, que eram praticamente todas religiosas antes da Independência Política, sofreram grande restrição de sua liberdade. O governo imperial tentava a todo custo “atar as mãos da Igreja”. As autoridades eclesiásticas tinham o poder de emitir Constituições Eclesiásticas, Decretos dos Concílios e Letras Apostólicas, porém, para que fossem aprovados e pudessem vigorar, deveriam ser aprovados pelo Poder Executivo (quando possuíam disposições particulares) ou pela Assembleia Legislativa (quando tinham disposições gerais). Essa aprovação, ou recusa, era conhecida como Beneplácito Régio, que estava previsto no artigo 102, parágrafo 14, pois os atos eclesiásticos não poderiam ser contrários à Constituição e nem ser nocivos ao Estado.
Ainda nesse cenário, a Igreja detinha a manifestação dos Tribunais Eclesiásticos, no aspecto jurídico, em que suas decisões normalmente eram respeitadas. Porém, comoforma de garantir a soberania do Estado, havia o chamado Recurso à Coroa, que consistia na apelação contra o abuso ou improcedência desses tribunais. Dessa forma o próprio Estado poderia intrometer-se, através do Poder Civil, em assuntos Eclesiásticos.
Por todos esses motivos, a relação entre Estado e Igreja Católica acabou tornando-se uma relação de submissão, onde o Estado mandava e impunha rígidas regras à Igreja, e esta, sem poder de escolha, deveria acatar e se enquadrar a essas normas.
3 OS QUATRO PODERES
A constituição de 1824 trouxe com ela em sua legislação absoluta os quatros poderes, e entre elas o poder moderador, que era o poder absoluto e quem obtinha o poder máximo no Brasil era D. Pedro I. “Art. 10. Os Poderes Politicos reconhecidos pela Constituição do Imperio do Brazil são quatro: o Poder Legislativo, o Poder Moderador, o Poder Executivo, e o Poder Judicial.” Os quatro poderes de dividiam da seguinte maneira: 
Poder Legislativo: era composto e executado pela Assembleia Geral, formada por duas Câmaras. “Art. 13. O Poder Legislativo é delegado á Assembléa Geral com a Sancção do Imperador. Art. 14. A Assembléa Geral compõe-se de duas Camaras: Camara de Deputados, e Camara de Senadores, ou Senado.  Art. 15. E' da attribuição da Assembléa Geral” Câmara dos Deputados “Art. 35. A Camara dos Deputados é electiva, e temporaria.” Era atribuída a temporalidade por 4 anos para os Deputados. Câmara dos Senadores, os dirigentes eram escolhidos por províncias, o cargo de senador contava com sua vitaliciedade. “Art. 40. O Senado é composto de Membros vitalicios, e será organizado por eleição Provincial. Art. 41. Cada Provincia dará tantos Senadores, quantos forem metade de seus respectivos Deputados, com a differença, que, quando o numero dos Deputados da Provinciafôr impar, o numero dos seus Senadores será metade do numero immediatamente menor, de maneira que a Provincia, que houver de dar onze Deputados, dará cinco Senadores.”
Poder Executivo:Comandado também por D. Pedro I e os Ministros que era nomeado pelo poder moderador (D.Pedro I), ficava a ele atribuída à execução das leis que era aprovada por Deputados e Senadores.  “Art. 102. O Imperador é o Chefe do Poder Executivo, e o exercita pelos seus Ministros de Estado.Art. 103. OImperador antes do ser acclamado prestará nas mãos do Presidente do Senado, reunidas as duas Camaras, o seguinte Juramento - Juro manter a Religião CatholicaApostolica Romana, a integridade, e indivisibilidade do Imperio; observar, e fazer observar a Constituição Politica da Nação Brazileira, e mais Leis do Imperio, e prover ao bem geral do Brazil, quanto em mim couber.”
	Poder Judiciário: Constituído por Juízes e tribunais, o Supremo Tribunal de Justiça, era a entidade suprema. A atribuição do cargo era de indicação do imperador, que indicava pessoas de sua inteira confiança. O cargo era vitalício, podendo somente o imperador suspender o cargo. “Art. 153. Os Juizes de Direito serão perpetuos, o que todavia se não entende, que não possam ser mudados de uns para outros Logares pelo tempo, e maneira, que a Lei determinar.Art. 154. O Imperador poderá suspendel-os por queixas contra elles feitas, precedendo audiencia dos mesmos Juizes, informação necessaria, e ouvido o Conselho de Estado. Os papeis, que lhes são concernentes, serão remettidos á Relação do respectivo Districto, para proceder na fórma da Lei.”
Era incumbido ao poder a fiscalização quanto à aplicação das leis. “Art. 151. O Poder Judicial independente, e será composto de Juizes, e Jurados, os quaes terão logar assim no Civel, como no Crime nos casos, e pelo modo, que os Codigos determinarem. Art. 152. Os Jurados pronunciam sobre o facto, e os Juizesapplicam a Lei.”
Poder Moderador: Era o poder absoluto e desempenhado por D.Pedro I, era vitalício e hereditário, obtinha o poder controlador num todo, tinha com ele o poder de anular quaisquer decisões do outros poderes, por meio desse, D. Pedro I ficava incumbido de designar os senadores, juízes. Tal poder era atribuída à centralização de todas as decisões. Com base na Constituição Federal de 1824 “Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organisação Politica, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independencia, equilibrio, e harmonia dos mais Poderes Politicos. Art. 99. A Pessoa do Imperador é inviolavel, e Sagrada: Elle não está sujeito a responsabilidade alguma.”
4 PODER MODERADOR
A Constituição Brasileira de 1824 estabeleceuquatro poderes: legislativo, executivo, judiciário e o moderador. Este último prevalecendo sobre os outros três.
O suíço Henri-Benjamin Constant de Rebeque foi quem idealizou o conceito de Poder Moderador. Apenas dois países adquiriram a teoria do Henri-Benjamin, foram eles, o Brasil na Constituição de 1824 a 1889 e Portugal, no ano de 1826.
 A teoria era baseada de que um poder real tinha o objetivo de um intermediário neutro, em uma Constituição monarca, que seria capaz de resolver as controvérsias entre os poderes executivo, legislativo e judiciário, e também os problemas entre as facções políticas.
Na prática, essa teoria mostrou que foi apenas um meio do imperador intervir nas decisões dos três poderes. O imperador tinha o poder e liberdade de estipular ou revogar normas dos demais poderes, escolher e demitir ministros e também ser o voto diferencial. Poderia intrometer-se em qualquer momento, expressando sua vontade, mesmo quando contrária das opiniões diversas, era sua palavra que seria a decisão final, não tendo responsabilidade alguma das consequências causadas pelas suas decisões. 
Os artigos 98 e 101 da Constituição de 1824, expressa o conceito e as atribuições do Poder Moderador.
Art 98 "O Poder Moderador é a chave de toda a organização Política, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos mais Poderes Políticos."
"Art. 101. O Imperador exerce o Poder Moderador:
I. Nomeando os Senadores, na fórma do Art. 43.
II. Convocando a Assembléa Geral extraordinariamente nos intervallos das Sessões, quando assim pede o bem do Império.
III. Sanccionando os Decretos, e Resoluções da Assembléa Geral, para que tenham força de Lei: Art. 62.
IV. Approvando, e suspendendo interinamente as Resoluções dos Conselhos Provinciaes :Arts. 86, e 87.
V. Prorogando, ou adiando a Assembléa Geral, e dissolvendo a Camara dos Deputados, nos casos, em que o exigir a salvação do Estado convocando immediatamente outra, que a substitua.
VI. Nomeando, e demittindo livremente os Ministros de Estado.
VII. Suspendendo os Magistrados nos casos do Art. 154.
VIII. Perdoando, e moderando as penas impostas aos Réoscondemnados por Sentença.
IX. Concedendo Amnistia em caso urgente e que assim aconselhem a humanidade, e bem do Estado".
O Poder Moderador, apesar de ser denominado o quarto poder da Constituição de 1824, tinha enorme influência nos outros três. No poder Executivo, era o Imperador quem escolhia os ministros do Estado, que podiam ser rompidos pelo poder moderador a qualquer momento, principalmente em ocasiões de crise. No poder Legislativo, era o imperador quem sancionava decretos, e tinha total poder na Assembleia Geral e Câmara dos Deputados. Já no poder Judiciário, o monarca poderiaatenuar as penas impostas nas sentenças além de poder absolvê-los.
Em 1846, quando o parlamentarismo foi aplicado no Brasil, o poder moderador teve uma perda considerável de força, não sendo uma perda total, pois ainda quem escolhia e nomeava o Primeiro Ministro, era o imperador, que nessa época era Dom Pedro II. Este conseguia administrar com tranquilidade o Estado, mantendo um equilíbrio entre Conservadores e Liberais.
Quando o Brasil tornou-se Republica e a Constituição de 1891 foi publicada, o Poder Moderador deixou de existir e foi extinto do Brasil.
5 DESFECHO
	Comojá visto, a Constituição de 1824 foi uma das mais eficazes por conta de sua duração, a segunda Constituição mais antiga do mundo, que perdurou durante 65 anos. Mas, não foi sua eficácia suficiente para mantê-la vigente. 
	Mesmo sendo de grande importância para o contexto político e social da época, assegurando os direitos e garantias fundamentais de seus cidadãos, a carta magna ainda proporcionava desigualdades sociais absurdas, exatamente por concentrar todo o poder nas mãos de uma única pessoa, o imperador. Por conta disso, o texto supremo causava muitas revoltas e rebeliões políticas, já que a maior parte da população era excluída e aversiva a ele. Dentre as diversas revoltas, podemos citar, por exemplo, a Confederação do Equador, a Farroupilha, Revolta Praieira e outras.
	Há ainda concepções que esclarecem e acreditam que tal Constituição era uma forma do Brasil continuar sobre o poder de Portugal mesmo depois da Independência do país.
	Em 1888, depois da abolição da escravidão, promovida pela princesa Isabel, não havia mais chances para o imperador continuar seu reinado, a carta constitucional então foi revogada e o fim do regime monárquico brasileiro se deu pelo governo republicano, com a famosa "Proclamação da República", em 15 de novembro de 1889.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Do ponto de vista coletivo do grupo, toda e qualquer Constituição deve ter em vista, primordialmente, o bem geral de seus cidadãos, proporcionando a estes seus direitos fundamentais, indo muito além do que as palavras contidas no texto, mas fazendo com que estas surtam efeitos reais. 
Analisando de uma forma critica e principalmente construtiva é de transparente percepção que a primeira Constituição Brasileira foi feita, com o intuito de sempre favorecer a quem possuía mais capital, sendo controlada quase que totalmente pelo imperador, D. Pedro I.
Mas, apesar de todos os seus pontos negativos, tal Constituição não pode ser menosprezada, deve-se levar em consideração o tempo de sua vigência e a inovação feita em relação à concepção colonial, onde se dividiu as responsabilidades por regiões, além disso, a carta de 1824 foi apenas o primeiro passo para que a cada época se aprimorasse ainda mais a estrutura do Estado.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e documentação - Referências - Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24p.
A Constituição Outorgada de 1824. Disponível em: <http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/const_1824.html>. Acesso em: mar.2015.
Augusto, Pedro. Constituição de 1824. Disponível em: <http://www.infoescola.com/direito/constituicao-de-1824/>. Acesso em: mar.2015.
Casamasso, Marco Aurélio Lagrega. Estado, igreja e liberdade religiosa na “Constituição Política do Império do Brazil”, de 1824. Disponível em: <http://www.conpedi.org.br/manaus/arquivos/anais/fortaleza/3619.pdf>. Acesso em: mar.2015.
Constituição De 1824 - Resumo, Características, História, Voto. Disponível em: <http://www.historiadobrasil.net/brasil_monarquia/constituicao_1824.htm>. Acesso em: mar.2015.
Constituição de 1824. Disponível em: <http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/constituicao-de-1824>. Acesso em: mar.2015.
Emmerick, Rulian. As relações Igreja/Estado no Direito Constitucional Brasileiro. Um esboço para pensar o lugar das religiões no espaço publico na contemporaneidade. Disponível em: <http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/SexualidadSaludySociedad/article/view/383/823> Acesso em: mar.2015.
Júnior, Marcos. Constituição brasileira de 1824 – Resumo de suas características. Disponível em: <http://www.estudopratico.com.br/constituicao-brasileira-de-1824-resumo-de-suas-caracteristicas/>. Acesso em: mar.2015.
Lino, Alexandre; Torres, Elivan Caetano; Alencar, Flávio José Rocha; Emanoel, Fabrício; França, Geraldo; Paes, Janiere P Leite. A carta constitucional de 1824. Disponível em: <http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=6522>. Acesso em: mar.2015.
Marrocos, Luiz Joaquim dos Santos. Constituição política do império do Brazil (de 25 de março de 1824). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm>. Acesso em: mar.2015.
Nogueira, Octaciano. Constituições Brasileiras: 1824. Brasília: Senado Federal e Ministério da Ciência e Tecnologia, Centro de Estudos Estratégicos, 2001.
Silva, Tiago Ferreira da.Constituição de 1824. Disponível em: <http://www.historiabrasileira.com/brasil-imperio/constituicao-de-1824/>. Acesso em: mar.2015.
Sousa, Rainer. Constituição de 1824. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/historiadobrasil/constituicao-1824.htm>. Acesso em: mar.2015.

Continue navegando