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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE NITERÓI - UNIAN Curso: Biomedicina Disciplina: Bacteriologia Clínica Professora: Heloisa Osanai Estudo Dirigido – Parte I e II – 2018/2 Consulta – Livro Microbiologia para ciências da saúde – Burton Orientação de leitura das páginas: 29 a 40; 53 a 69; 113 a 120; 123 a 141; 161 a 174 1. De acordo com a página 32, a rígida parede celular, que define a forma das células bacterianas é quimicamente complexa. O peptidioglicano (peptideoglicano ou ainda peptidoglicano) é encontrado apenas nas bactérias, porém sua espessura varia. Diferencie a parede das bactérias gram + das bactérias gram -. R: Esquema no livro e no caderno. De acordo com o quadro da página 62 do livro, avalie em certo ou errado as afirmativas abaixo: De acordo com os tipos de procedimentos de coloração bacteriana é possível afirmar: a) A coloração com azul de metileno é um procedimento de coloração complexa, pois demonstra tamanho, forma e os grupamentos morfológicos. Errado – Procedimento de coloração simples. b) Os procedimentos que visam a coloração de cápsula, flagelos e esporos também são conhecidos como procedimentos de coloração estrutural. Certo c) A coloração de Gram é um procedimento de coloração simples. Errado – procedimento de coloração diferencial. d) A coloração álcool-ácido resistente diferencia bactérias ácido resistentes de bactérias não ácido resistentes, por isso é um procedimento de coloração diferencial. Certo 2. Complete: Para crescer, todas a bactérias necessitam de alguma forma dos elementos carbono, hidrogênio, oxigênio, enxofre, fósforo e nitrogênio. Elementos especiais, como potássio, cálcio, ferro, manganês, magnésio, cobalto, cobre, zinco e urânio são necessários para determinadas bactérias. Certos microrganismos necessitam, durante seu período de crescimento, de vitaminas específica; algumas bactérias necessitam de substâncias orgânicas secretadas por outros microrganismos vivos. Os organismos que necessitam de nutrição especial são denominados fastidiosos. Por isso, para o crescimento desses microrganismos em laboratório, são utilizados os meios enriquecidos. 3. O que são bactérias atípicas? R: São bactérias que não possuem todos os atributos de uma célula bacteriana. São frequentemente referidas como bactérias “singulares” ou “rudimentares”. p.65 2 4. Com relação à genética bacteriana, existem 3 categorias de mutações. Quais são? R: R: Mutações benéficas, Mutações prejudiciais e Mutações silenciosas (neutras) em sua maioria; Mutações p. 113 e114 5. O que é conversão lisogênica? R: Quando uma célula bacteriana adquire novas características fenotípicas como resultado de lisogenia. Lisogenia é quando o DNA do bacteriófafo fica integrado ao cromossomo bacteriano, replicando-se juntamente como o cromossomo. Quadro p. 115 6. Qual a diferença de um bacteriófago temperado para um bacteriófago virulento? R: Bacteriófago temperado ou lisogênico é um bacteriófago cujo DNA se integra ao cromossomo bacteriano, mas não causa ciclo lítico. Bacteriófago virulento: Bacteriófago que sempre causa ciclo lítico. Neste caso, uma sequência de acontecimentos na multiplicação de um bacteriófago virulento que termina com a “lise” da célula bacteriana. 7. De acordo com os “Meios pelos quais as bactérias adquirem novas informações genéticas”, relacione as colunas: p. 114 a 117. a) Mutações *todas são formas de mutações b) Conversão lisogênica c) Transdução d) Transformação e) Conjugação ( d ) Envolve captação do meio, de DNA desnudo. ( b ) Como exemplo, é possível citar a difteria, que é causada por uma toxina – denominada toxina diftérica - , produzida por um bacilo gram-positivo denominado Corynebacterium diphtheriae. É interessante observar que o genoma de C. fiphtheriae normalmente não contém o gene que codifica a toxina diftérica. Apenas as células de C. difhtheriae que contém o profago podem produzir a toxina diftérica, uma vez que esta é codificada por gene do fago, denominado “gene tox”. ( c ) Este fenômeno pode ocorrer após infecção de uma célula bacteriana por um bacteriófago temperado. Neste caso, alguns materiais genéticos bacterianos podem ser transmitidos de uma bactéria para outra, através de um vírus bacteriano. ( b ) O botulismo é um exemplo, pois somente as cepas de C. botulinum que carregam um profago podem produzir a toxina botulínica. ( e ) A célula bacteriana doadora está conectada à célula bacteriana receptora através de pilus sexual. 3 Consulta - Páginas: 123 a 141 8. Complete o quadro abaixo, quanto à composição dos meios de cultura: Meio de cultura Definição Exemplo Meio quimicamente definido É aquele no qual todos os constituintes são conhecidos, uma vez que é preparado em laboratório, pela adição de determinada quantidade e de cada componente indicado. EX: Componentes /Quantidades Glicose ,1g Fosfato de amônia monobásico ,1g Cloreto de sódio ,1g Sulfato de Magnésio ,2g Fosfato de potássio dibásico 1g Água litro Meio complexo É aquele no qual a exata constituição não é conhecida. Contém extratos moídos ou digeridos de órgãos animais (coração, fígado...), peixes, leveduras... que fornecem a os nutrientes, as vitaminas e os minerais necessários. Ágar nutrientes Ágar Bile Esculina (contém extrato de carne) Meio enriquecido É um meio (caldo ou sólido) que contém um grande suprimento de nutrientes que promove o crescimento dos microrganismos fastidiosos. É geralmente preparado pela adição de nutrientes extras a um meio denominado ágar nutrientes. Ágar-sangue Ágar-chocolate Meio seletivo Contém inibidores adicionados que tornam inviável o crescimento de certos microrganismos, sem inibir o crescimento do microrganismo que está sendo pesquisado. MacConkey Meio diferencial Permite a distinção de microrganismos que crescem no referido meio. MacConkey Ágar-sangue Ágar Bile Esculina 9. De acordo com a curva de crescimento da população bacteriana, explique cada fase do gráfico abaixo. 4 A curva de crescimento é constituída por quatro fases: I – Fase Lag: Fase de latência – As bactérias absorvem nutrientes, sintetizam enzimas e preparam para divisão celular. Não há aumento do número de bactérias. Apenas um preparo para a divisão. II – Fase Logarítmica de crescimento: Fase exponencial de crescimento, pois as bactérias se multiplicam tão rapidamente, que o número de microrganismos dobra a cada tempo de geração. III – Fase Estacionária: Fase caracterizada pela multiplicação e morte de bactérias, pois à medida que os nutrientes do meio são utilizados e a concentração dos resíduos tóxicos produzidos pelo metabolismo bacteriano aumenta, a velocidade da divisão diminui, de modo que o número de bactérias que está se dividindo se iguala ao número de bactérias que está morrendo. IV – Fase de morte: Devido à superpopulação, a concentração de produtos tóxicos continua a aumentar e o suprimento de nutrientes diminui. Essas condições levam à morte em rápida velocidade. 10. A disponibilidade de nutrientes, a umidade, a temperatura, o pH, a atmosfera, e a pressão osmótica/salinidade são fatores que afetam o crescimento microbiano. A pressão osmótica é a pressão exercida na membrana celular por soluções encontradas tanto dentro quanto fora da célula. Quando as células estão em solução, a situação ideal é que a pressão no interior da célula seja igual à solução fora da célula. Substâncias dissolvidasem líquidos são referidas como soluto. Assim, explique cada solução abaixo: p. 125 e p. 126 Osmose: Definida como o movimento de solvente (ex: água) através de uma membrana semipermeável, a partir de uma solução que apresenta concentração mais baixa de soluto para uma solução com uma concentração mais alta. Pressão osmótica: É a pressão exercida na membrana celular por soluções encontradas tanto dentro quanto fora da célula. Quando as células estão em solução, o ideal é que a pressão no interior da célula seja igual à solução fora da célula. Soluto: São as substâncias dissolvidas em líquido. Solução isotônica: Quantidade de soluto no ambiente externo é igual ao ambiente interno. = Solução hipertônica: Quantidade de soluto no ambiente externo é maior ao ambiente interno. > Solução hipotônica: Quantidade de soluto no ambiente externo é menor do que no ambiente interno. < 5 *A água sempre irá para o meio com mais soluto para buscar o equilíbrio entre os meios interno e externo. 11. Por que as células incham em solução hipotônica? Na tentativa de igualar as duas concentrações, a água penetra na célula. Pode levar ao rompimento da célula (ex: hemólise – Eritrócitos) ou plasmoptise (extravasamento do citoplasma na célula bacteriana – parede) 12. Por que as células murcham em solução hipertônica? Na tentativa de igualar as duas concentrações, a célula perde água para o meio. Se a célula for humana, como um eritrócito, a perda de água faz com que a célula enrugue (conhecido como crenação), logo diz- se que a célula está crenada. Se a célula for bacteriana, tendo uma rígida parede celular ela não enruga. Em vez disso a membrana celular e o citoplasma encolhem a partir da parede celular (plasmólise), inibindo o crescimento e a multiplicação da célula bacteriana. Por isso, sais ou açúcares adicionados a certos alimentos constituem um modo de preservação. Pois bactérias que penetram em ambientes hipertônicos morrem com resultado da dessecação. Consulta - Páginas: 161 a 174 13. A flora endógena de uma pessoa inclui todos os microrganismos (bactéria, fungos, protozoários e vírus) que residem na superfície ou no interior do seu corpo. Estima-se que o nosso corpo seja composto de cerca de 10 trilhões de células. Mas a nossa flora está estimada em dez vezes esse número, distribuídos em número de 500 a 1.000 diferentes espécies. Sendo assim, explique: Flora residente: Possui caráter permanente no corpo humano. Flora transiente: É composta por microrganismos que residem em caráter temporário na superfície ou no interior do corpo humano. Estes são constantemente atraídos para as áreas úmidas e quentes. Podem ser eliminados das áreas externas pelo banho, podem não ser capazes de competir com a flora residente ou de sobreviver em locais com ambiente ácidos ou alcalinos, podem ser mortos por substâncias produzidas pela flora residente ou podem ser eliminados pelas secreções ou excreções corpóreas (urina, fezes, lágrima e suor). Obs: Excreção - produtos residuais do metabolismo / secreção - substância produzida que pode ter um fim específico. 14. Explique o que significa a expressão “Antagonismo Microbiano”. Cite um exemplo. R: A expressão antagonismo microbiano significa “microrganismo x microrganismos”. Muitos microrganismos de nossa flora endógena são benéficos, impedindo que outros microrganismos colonizem um local anatômico específicos ou se estabeleçam nele. Ex: um grande número de bactérias no cólon executa esta função ocupando espaço e consumindo nutrientes, dificultando dessa forma que outros microrganismos que ingerimos (patógenos) não consigam se estabelecer, devido à intensa competição por espaço. Outros exemplos (p. 167) envolvem a produção de antibióticos e bacteriocinas. O termo antibiótico é geralmente reservado para aquelas substâncias produzidas por fungos e bactérias que se mostram úteis no tratamento de doenças infecciosas. Algumas bactérias produzem proteínas chamadas bacteriocinas que matam outras bactérias. Um exemplo é a colicina, uma bacteriocina produzida por E.coli. Obs.: Nome de origem grega: ANTI, “contra” + AGON, “competição”. 6 15. Com relação à flora endógena do corpo humano, o que são patógenos oportunistas? R: p. 167 - A maioria das infecções humanas são causadas por patógenos oportunistas, ou seja, aqueles que tipicamente compõem a microbiota normal do do ser humano e passam a gerar processo patológico quando inseridos em sítios desprotegidos (ex: sangue e tecidos), como bactérias da família Enterobacteriacea e Candida albicans (fungo). 16. O que são Agentes bioterapêuticos ou probióticos? R: p. 168 – São bactérias e leveduras (fungos unicelulares) que são ingeridos para estabelecer e estabilizar o equilíbrio microbianos no interior de nosso corpo. Por isso, são chamadas de agentes bioterapêuticos ou probióticos. Dentre os alimentos que possuem propriedades funcionais estão incluídos os probióticos, que por definição são alimentos que contêm microrganismos vivos, afetando de forma benéfica o desenvolvimento da flora microbiana no intestino. São também conhecidos como bioterapêuticos, bioprotetores e bioprofiláticos e são utilizados para prevenir as infecções entéricas e gastrointestinais. 17. O que é Biofilme? R: p. 168 - Biofilmes bacterianos são comunidades de bactérias envoltas por substâncias, principalmente açúcares, produzidas pelas próprias bactérias, que conferem à comunidade proteção contra diversos tipos de agressões como, por exemplo, a falta de nutrientes, o uso de um antibiótico ou algum agente químico utilizado para combater bactérias. O biofilme pode se aderir a superfícies abióticas (a= negação, Bio= vida; abiótico = “superfície sem vida”), como cateteres utilizados em tratamentos médicos ou bióticas (“bio = vida) como em dentes ou ainda tecidos e células. Os biofilmes bacterianos estão praticamente em todos os lugares. Os exemplos incluem a placa dentária, o revestimento escorregadio de uma rocha em um córrego e a camada limosa que se acumula nas paredes internas de vários tipos de canos e tubulações. Um biofilme bacteriano é constituído por inúmeras espécies de bactérias, além de uma matriz extracelular viscosa que as bactérias secretam, que por sua vez são separadas por uma rede de canais que banham as microcolônias com nutrientes dissolvidos, removendo os dejetos. As bactérias nos biofilmes estão protegidas dos antibióticos e de determinados tipos de mecanismos de defesa do hospedeiro. 18. Explique o que é Infecção Sinergética. Cite exemplo de uma doença. R: Quando dois (ou mais) microrganismos “agem em conjunto” para produzir uma doença que nenhum dos dois, isoladamente, poderia causar. Essas doenças são também conhecidas como infecções sinergéticas, infecções polimicrobianas ou infecções mistas. Ex: bactérias orais podem trabalhar juntas para causar uma grave doença denominada gengivite ulcerativa polinecrosante aguda – boca de trincheira. 7 Estudo Dirigido Parte II De acordo com livro TRABULSI, responda: 1. p. 175 – Em geral as doenças causadas pelos Staphylococcus aureus podem ser classificadas como somente superficiais, invasivas ou tóxicas, ou ainda apresentar características mistas, tóxicas e invasivas. Sua importância clínica tem variado ao longo dos anos, tendo crescido particularmente devido ao aumento das ocorrências de infecções hospitalares graves causadas por amostras multirresistentes. Os principais fatores de virulência do S. aureus são componentes da superfície celular (Cápsula, Peptídeoglicano e Ácidos Teicóicos,Proteína A, proteínas que se ligam à Fibronectina, ao colágeno e ao fibrinogênio)e toxinas. 2. Em relação aos fatores de virulência do S. aureus, cite dois exemplos de: (p.176) Componentes da superfície celular: R: Cápsula; Peptídeoglicano e Ácidos Teicóicos; Proteína A; Proteínas que se ligam à Fibronectina, ao colágeno e ao fibrinogênio. Toxinas: R: Alfa-toxina; Era conhecida como alfa-hemolisina pela capacidade de promover a lise das células (forma poros na membrana celular dos leucócitos promovendo a saída do conteúdo celular e morte da célula), podendo agir como meio de evasão antifagocitária; Leucocidina: Mata leucócitos; TSST: Toxina responsável pela Síndrome do Choque Tóxico (TSS – Toxic shock syndrome) estafilocócico; Toxinas esfoliativas ou esfoliatina ou epidermolisina: São responsáveis pela síndrome da pele escaldada, que consiste na separação da epideme da derme. Este tipo de separação, também visto no impetigo bolhoso, é causado pelas mesmas toxinas. Enzimas: R: Coagulase (coagula o plasma) e Catalase (transforma peróxido de hidrogênio em oxigênio e água; 3. As toxinas que degradam as moléculas de adesão do epitélio cutâneo são conhecidas como toxinas esfoliativas, ou ainda esfoliatina ou epidermolisina. Essas toxinas podem causar as doenças: Síndrome da Pele escaldada e impetigo bolhoso. Dentre esses tipos de toxinas que separam a derme da epiderme, o tipo A é o mais estudado e parece agir sobre a desmogleína, uma proteína que existe na superfície das células epiteliais da pele e que promove a adesão entre elas. (p.176) 8 4. A cápsula polissacarídica e a proteína A protegem o S. aureus de quê? (p.176) R: Proteger a bactéria da fagocitose. Inclusive a Proteína A é composta de uma única cadeia polipeptídica com quatro resíduos de tirosina, expostos em sua superfície, que determinam sua atividade principal como fator de virulência, que é ligar-se à porção Fc das IgG impedindo que estes anticorpos interajam com as células facocitárias. 5. Explique a relação entre curva de crescimento e expressão dos fatores de virulência em S. aureus, conforme o quadro abaixo, p.178. Resposta: A figura mostra que as adesinas são expressas na fase logarítmica ou exponencial do crescimento e as toxinas na fase estacionária. Esta ordem de expressão está de acordo com a atividade patogênica da bactéria que primeiro precisa colonizar (utilizando-se das enzimas) para, em seguida, causar danos ao organismo, por meio das toxinas. 6. Em relação às infecções causadas por S. aureus, marque V para verdadeiro e F para falso: (p.179) ( V ) Apesar da grande variedade de quadros clínico causados por S. aureus, estes podem ser divididos em infecções superficiais, infecções sistêmicas e quadros tóxicos. ( V ) Carbúnculo, foliculite e furúnculo são exemplos de infecções cutâneas. ( F ) A bacteremia é um processo primário em relação à infecção cutânea. (..é secundária...) ( F ) S.aureus é responsável por 25 a 35% de todos os casos de endocardite. Em usuários de drogas ilícitas, a infecção é adquirida por meio de injeção intravenosa e a válvula mais comprometida é a bicúspide. (válvula tricúspide) ( V ) S. aureus podem causar intoxicação alimentar. (Principalmente em carnes, saladas... p. 180- ler) 9 7. Qual a principal característica da Síndrome da Pele Escaldada? R: Caracteriza-se principalmente, pelo descolamento de extensas áreas da epiderme, lembrando o que ocorre quando a pele é banhada por água fervente. O descolamento da epiderme é consequência da destruição da desmogleina pela esfoliatina, produzida pelo S. aureus em que um foco de infecção distante é levado até a pele pela corrente sanguínea. Logo, a secreção existente na pele não contém a bactéria. 8. Em relação a técnicas laboratoriais para a identificação de S. aureus podemos citar uma técnica que consiste em identificar uma enzima que caracteriza a espécie, também conhecida como peroxidase, decompõe o peróxido de hidrogênio em água e oxigênio, conforme prática realizada em laboratório. Essa enzima é chamada de catalase. 9. O Diagnóstico das infecções estafilocócicas é feito pelo exame bacterioscópico de esfregaços corados pelo método de gram, isolamento e identificação do microrganismo. Para o isolamento é realizado nos meios de cultura comuns, como ágar sangue onde forma colônias relativamente grandes e com frequência Beta-hemolíticas. (p. 181) 10. As infecções relacionadas ao S. epidermidis estão associadas ao seu principal fator de virulência. Qual? Explique. P.183 e 184 R: O biofilme produzido pelo S. epidermidis pode ser considerado o seu principal fator de virulência. Além de funcionar como um reservatório de bactérias estrategicamente posicionadas, o biofilme dificulta a penetração e difusão de antimicrobianos e dos elementos de defesa do organismo. Pois na formação do biofilme as bactérias aderem tanto à superfície livre do polímero como à superfície da camada de proteínas, que mais tarde passa a recobrir o polímero, para em seguida formar várias camadas. Streptococcus e Enterococcus 11. Vários sistemas de classificação foram desenvolvidos para os estreptococos, levando à utilização de diversas designações que frequentemente se tornam um obstáculo ao entendimento, já que sua adoção não é universal. Entre esses sistemas se destacam aqueles baseados em características hemolíticas. Explique. (p.190) 10 R: Os estreptococos são classificados como beta-hemolíticos (quando causam a lise total das hemácias) e não beta-hemolíticos. Estes últimos podem ser subdivididos em alfa-hemolíticos (quando causam a lise parcial das hemácias) e gama ou não hemolíticos. 12. Explique como que o recém-nascido pode sofrer infecção por Streptococcus agalactie, quais são as complicações que essa bactéria pode causar, bem como a sua forma de prevenção. (p.195, 196 e 197) R: Pode colonizar assintomaticamente a vagina de mulheres e causar infecções graves em recém-nascidos. A imaturidade do sistema imunológico da criança contribui para que isto aconteça. Uma etapa crítica na doença invasiva do recém-nascido é a colonização retrovaginal da mulher grávida. Dois tipos de infecções são descritos em neonatos: precoce e tardia. As infecções precoces ocorrem na primeira semana de vida e podem ser adquiridas no útero em consequência da aspiração de líquidos amniótico contaminado ou durante a passagem pelo canal do parto colonizado pelo GBS. As infecções precoces mais comuns são: pneumonia, sepse e meningite. A infecção tardia ocorre de sete a 90 dias após o nascimento, sendo a mais comum a bacteremia associada à meningite. As fontes de infecção mais prováveis são a própria mãe da criança e outras crianças doentes. Prevenção: Pré-natal. No sentido de prevenir infecções do recém-nascido, os abstetras têm usado com relativo sucesso a administração parenteral da ampicilina intra-partum, quando as condições da parturiente sugerem a possibilidade de infecção. Vacinas estão em estudo. Bactérias gram negativas de interesse clínico – Apostila... (também disponível na xerox- pasta 194) 13. Avalie as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiro e F para falso. ( V ) Agar Mac-Conkey é um meio de cultura seletivo-indicador, utilizado para isolamento de enterobactérias (bacilos Gram negativos) a partir de fezes, urina, líquor, alimentos, água residual, etc. ( V ) Enterobacter, Klebisiella, Shigella, Proteus, E.coli e Salmonela são exemplos de bactérias em forma de bacilos, gram negativas, que fazem parte da flora endógena, mas de grande importância clínica, devido às doenças que podemcausar no ser humano. ( V ) A bactéria Klebsiella reside no intestino de até um terço das pessoas saudáveis. Mas podem infectar o trato urinário ou respiratório, por cateteres intravenosos usados para dispensar fármacos ou fluidos, queimaduras, feridas contraídas durante cirurgia ou a corrente sanguínea. ( V ) O termo “doença nosocomial” designa qualquer doença contraída em função de estada em um estabelecimento de saúde ou suspeita de ter sido contraída nestes locais. As causas da doença são geralmente infecciosas e provocadas por bactéria ou vírus propagado por outro paciente do hospital. A contaminação também pode se dar por meio de uma pessoa que frequente o hospital (médicos, enfermeiros, visitantes) ou por material médico incorretamente desinfetado. ( V ) Uma espécie de Klebsiella pode causar inflamação do cólon (colite) após os antibióticos serem tomados. Este distúrbio é chamado de colite associada ao consumo de antibióticos. Os antibióticos 11 podem destruir bactérias que normalmente residem no intestino. Em seguida, as bactérias Klebsiella são capazes de se multiplicar e causar infecções. ( V ) Proteus mirabilis é uma bactéria oportunista, formadora de esporos, gram-negativa, anaeróbia facultativa, em forma de bastonete, com motilidade. Está associado a cálculos renais pelo fato de possuir uma potente urease, que transforma a ureia em amônia, tornando a urina alcalina. ( V ) A shigelose, também conhecida como disenteria bacteriana, é uma forma de intoxicação alimentar com diarreia sanguinolenta, que tem como agente etiológico a bactéria do gênero Shigella. 14. Como a Shigella invade o epitélio intestinal? R: São fagocitadas pelas células M presentes na mucosa intestinal, invadindo a submucosa, sendo então fagocitadas por macrófagos. Como são resistentes à fagocitose, induzem a apoptose do macrófago. Por conseguinte, produzem proteínas extracelulares específicas, denominadas invasinas, que lhes possibilitam acoplar e invadir os enterócitos, multiplicando-se neles até destruí-los. Importante: As células M são células especiais presentes no epitélio que reveste as regiões do intestino em que existem placas de Peyer. Seu nome deriva do inglês microfold cells, isto é, células com micropregas. As células regulares que formam o epitélio simples colunar que reveste o intestino possuem microvilosidades em sua superfície livre (voltada para a luz intestinal). As células M, no entanto, possuem sua superfície pregueada em vez de possuírem microvilosidades. Este aspecto é visto ao microscópio eletrônico. No laboratório... 15. (Certo) A catalase é uma enzima intracelular, encontrada na maioria dos organismos. Realiza a conversão do Peróxido de hidrogênio em água e oxigênio. (certo ou errado) 16. Colônias de bactérias foram testadas no laboratório e qual apresentou catalase+? R: S. aureus 17. A bactéria Escherichia coli é um importante indicador de contaminação da água. Por quê? R: Os coliformes fecais, mais especificamente o coliforme termotolerante, Escherichia coli, fazem parte da microbiota intestinal do homem e outros animais de sangue quente. Estes microrganismos quando 12 detectados em uma amostra de água fornecem evidência direta de contaminação fecal recente, e por sua vez podem indicar a presença de outros patógenos entéricos. Além da água, os principais alimentos fontes de contaminação são carnes malcozidas, principalmente de origem bovina, alface, sucos de fruta não pasteurizados, queijo curado e leite cru. 18. O meio Mac Conkey é um meio seletivo para bactérias gram negativas e indicador de lactose + ou -. Cite 3 bactérias gram negativas para lactose positiva e negativa. R: figura abaixo. 19. Antisséptico álcool 70%. Essa concentração é exigida porque a presença de 30% de água nessa solução, propicia a desnaturação de proteínas e de estruturas lipídicas da membrana celular e a consequente destruição do microrganismo, com maior eficiência do que com porcentagens maiores ou menores. Em doses acima de 70% de álcool, este evapora mais rápido, diminuindo o tempo em que o mesmo fica em contato com o microrganismo, sendo, portanto, menos eficaz. A afirmativa acima é verdadeira ou falsa? Verdadeira
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