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Desapropriação: Perda da Propriedade

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A.G.M
J.S.P
	
5º Semestre - Direito/Noturno
Da Perda da Propriedade: D e s a p r o p r i a ç ã o
Trabalho de Direito Civil – Direito das Coisas, ministrado pela professora Juliane Xavier elaborado como requisito para a aprovação de menção referente ao 5º semestre.
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Luziânia – GO
2014
I N T R O D U Ç Ã O
O direito de propriedade é garantido pela Constituição da República de 1988 em seu artigo 5º, caput e inciso XXII. O direito de propriedade é uma garantia. Porém o Poder Público pode limitar esse direito assegurado ao particular. Dentre as modalidades de limitação ao direito de propriedade privada temos a desapropriação. 
A desapropriação é uma forma de perda de propriedade imóvel. A propriedade tem o caráter de perpetuidade, em geral, seu titular só o perde por sua própria vontade. Excetua essa regra quando a lei determina a extinção do direito de propriedade. São casos de perda da propriedade imóvel – Código Civil Art. 1275, I a V, 1276 e 1228, §§3º, 4º e 5º –: Alienação; Renúncia; Abandono; Perecimento do imóvel; Desapropriação por necessidade ou utilidade pública ou interesse social; Direito de requisição de propriedade particular; Posse trabalho;
A desapropriação constitui a perda da propriedade privada de um bem em favor do Estado, mediante justa e prévia indenização, exceto nos casos de expropriação taxativamente previstos em lei e na Constituição.
D E S A P R O P R I A Ç Ã O
É o procedimento pelo qual o Poder Público, compulsoriamente, por ato unilateral despoja alguém de um certo bem, fundado em necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, adquirindo-o, mediante prévia e justa indenização, pagável em dinheiro ou se o sujeito concordar, em títulos de dívida pública, com cláusula de exata correção monetária, ressalvado à União o direito de saldá-la por este meio nos casos de certas datas rurais, quando objetivar a realização de justiça social por meio de reforma agrária. CC. art.1275 V e 1228 § 3º 1ª parte. 
“Art. 1.275.Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade: 
V - por desapropriação. 
Art. 1.228.O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 
§ 3º O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente.”
Em outras palavras, A desapropriação constitui a perda da propriedade privada de um bem em favor do Estado, mediante justa e prévia indenização, exceto nos casos de expropriação taxativamente previstos em lei e na Constituição. 
Se vale lembrar que, na desapropriação, somente o Estado tem poder de determinar a perda do domínio de um bem particular, decorrente do seu poder de império e que se justifica pela necessidade de atendimento a relevante interesse coletivo, podendo, ainda, constituir sanção pela violação do dever de cumprimento da função social da propriedade. Pode ser objeto da desapropriação, além dos bens, também os direitos, bens incorpóreos, como os privilégios, créditos direitos autorais, ações de S/A. Se a necessidade de utilização de espaço aéreo ou subsolo implicar em prejuízo patrimonial para o proprietário do solo, pode o referido espaço aéreo ou subsolo, ser desapropriado.
A desapropriação pode ser administrativa ou judicial. Iniciando-se como um procedimento administrativo, caso Administração e particular não cheguem a um acordo quanto ao montante indenizatório, será necessário submeter a controvérsia ao Poder Judiciário.
M o d a l i d a d e s d e D e s a p r o p r i a ç ã o
O art. 5º, XXIV, da Constituição, estabelece as duas modalidades principais de desapropriação, embora existam outras previstas na própria Constituição. Dispõe o art. 5º, XXIV:
“.... A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição.”
Desapropriação por necessidade ou utilidade pública
A desapropriação por utilidade pública, também chamada de desapropriação ordinária, encontra-se disciplinada no decreto-lei 3365/41, o qual elenca tais casos em seu art. 5. É um meio de intervenção na propriedade que enseja na sua transferência para o patrimônio do Poder Público por razões de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, mediante pagamento de indenização justa, prévia e em dinheiro (artigo 5º, inciso XXIV, da CRFB). A desapropriação deve ser precedida de decreto do Presidente, Governador ou Prefeito declarando o bem como de utilidade pública, devendo, ainda, observar quanto ao prazo para a propositura da ação de desapropriação, caso não haja acordo com o particular quanto à indenização, o disposto no art. 10 do decreto-lei nº 3.365/41:
“Art. 10. A desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se judicialmente dentro de 5 (cinco) anos, contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os quais este caducará. Neste caso, somente decorrido 1 um ano poderá ser o mesmo bem objeto de nova declaração.
Parágrafo único. Extingue-se em 5 cinco anos o direito de propor ação que vise a indenização por restrições decorrentes de ato do Poder Público.”
A desapropriação por interesse social
A desapropriação por interesse social, pode ser denominada como desapropriação extraordinária. É um meio de intervenção na propriedade que enseja na sua transferência para o patrimônio do Poder Público, por não estar de acordo com os ditames da função social da propriedade (artigo 182, 4º, inciso III e artigo 184, da CRFB).
A ação de desapropriação por interesse social deve ser exercida no prazo de dois anos, nos termos do art. 3º da Lei Complementar nº 76/93.
A desapropriação em geral pode ser feita de forma amigável, se o proprietário concordar com o valor que lhe for oferecido sendo formalizado o ato através de escritura pública se imóvel. Já se não se acordar no preço, no prazo de 5 anos da publicação do Decreto, haverá de ser proposta ação de desapropriação, devendo a inicial indicar também o preço que se propõe a pagar. Pode o juiz designar perito para fixação razoável do valor a ser depositado para os fins de imissão de posse. Havendo concordância do réu quanto a oferta, o juiz homologará o acordo, sendo a sentença, título hábil ao registro imobiliário. Se não concordar, sua contestação poderá versar exclusivamente sobre vícios do processo e preço ofertado.
C O N C L U S Ã O
 
Diante do exposto, verificamos que a desapropriação é a transferência compulsória da propriedade de bens móveis ou imóveis particulares para o domínio público, em função de utilidade pública, interesse social ou necessidade pública. Pode ser objeto de desapropriação bens móveis e imóveis, corpóreos e incorpóreos.
A declaração de utilidade pública genérica pode ser realizada pela União, Estados e Municípios. No entanto, a declaração de utilidade pública para fins de reforma agrária compete privativamente à União, conforme o artigo 184 da Constituição
R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S
As informações contida no corpo do trabalho, foram baseadas nas informações presentes dos seguintes:
Livro: MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 11. Ed. São Paulo: Malheiros, 1999
Site: http://www.infoescola.com/direito/desapropriacao/
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1881222/o-que-se-entende-por-desapropriacao-ordinaria-e-desapropriacao-extraordinaria-kelli-aquotti-ruy
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=7&ved=0CGIQFjAG&url=http%3A%2F%2Facademico.direito-rio.fgv.br%2Fccmw%2Fimages%2Fb%2Fbb%2FAAAdm_Aula_21.pdf&ei=OGJVU7ywGLKvsATEmoFA&usg=AFQjCNGpH7P7iCAFMXmF_iqz_jHBhBvATQ&sig2=rBYNRQuoTw0IBIyF4vHaUg&bvm=bv.65058239,d.cWc
Video: https://www.youtube.com/watch?v=rMhQAzyOJtE

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