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29 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s capítulo 1 Descrição, narração e dissertação a serviço dos gêneros 1. E 2. D 3. B 4. D 5. A 6. A 7. A única passagem narrativa é “Saí, afastando-me dos grupos, e fingindo ler os epitáfios”. A predominância de palavras de sentido concreto e a sequência de ações, indicando progressão temporal, definem o texto narrativo. 8. A 9. Resposta pessoal. 10. Resposta pessoal. 11. Resposta pessoal. 12. Resposta pessoal. capítulo 2 Publicidade, quadrinhos e fotojornalismo: entre a descrição e a narração 1. C 2. D 3. a) A tira faz alusão à Batalha de Waterloo, em que Napoleão foi derrotado. b) A personagem consultada busca a explicação para as qualidades profissionais do “estrategista militar”: se é verdade que este é parente do estrategista de Napoleão em Waterloo, e se é verdade que as carac- terísticas de um ser são transmitidas geneticamente a seu descendente, o fracasso na Batalha de Waterloo – que leva a questionar a competência do assisten- te de Napoleão – faz pressupor que as qualidades profissionais do estrategista da tirinha são também desastrosas. 4. Na parte esquerda da imagem, lê-se “O nosso papel no seu projeto” e observa-se o desenho de uma ponte; na direita, lê-se “é tirar seu projeto do papel” e observa-se a fotografia da ponte já construída. Assim, nos dois casos, as partes da frase reforçam o sentido produzido pelas imagens, já que a parte esquerda é uma imagem que remete ao projeto, enquanto a direita mostra o projeto realizado. Há, pois, entre imagem e frase, entre os elementos visuais e verbais, uma relação de ênfase. 5. D 6. Resposta pessoal. 7. Resposta pessoal. 8. Resposta pessoal. 9. Resposta pessoal. 10. B 11. E 12. a) O enunciado define “atalho” como “a distância mais longa entre dois pontos”, enquanto o princípio mate- mático parodiado afirma que “a reta é a menor dis- tância entre dois pontos”. A legenda da ilustração, ao substituir “reta” por “atalho”, inverte o sentido original, o que configura a paródia. Ou seja, o “atalho”, que deveria ser, como a “reta”, “a menor distância entre dois pontos”, nessa situação concreta é justamente o contrário. Isso se ajusta ao enunciado fundamental da Lei de Murphy: o “atalho” se torna um problema, é valorizado negativamente (já que não encurta a distância), confirmando a ideia de que “se alguma coisa pode dar errado, dará”. b) Os elementos visuais da ilustração de Jaguar rea- firmam o significado da legenda: o “atalho” é uma escada, e carros não sobem escadas. O atalho sob forma de escada seria comemorado com euforia por um caminhante; para um motorista, porém, nada poderia haver de mais errado. Respostas – Caderno de Exercícios 3 Redação EM_REG_29a31_LP_RED_MP5_Resp.indd 29 10/13/16 3:27 PM 30 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s capítulo 3 Artigos, editoriais e resenhas: variações dissertativas 1. E 2. A 3. C 4. E 5. Resposta pessoal. 6. Resposta pessoal. 7. Resposta pessoal. 8. Resposta pessoal. 9. Resposta pessoal. 10. Resposta pessoal. capítulo 4 Elementos da narrativa 1. I – C; II – B; III – D; IV – A 2. No primeiro fragmento, o texto tem uma dimensão descritiva, sem que o narrador demonstre preocupação em penetrar no universo passional ou mental das personagens. É o típico caso de narrador observador. No segundo, o narrador é personagem, como se percebe pelo uso de expressões como “na minha família” ou “em minha terra”, que o colocam como personagem da narrativa. Porém, o protagonista parece ser Tio Man’Antônio, o que indicaria um narrador testemunha. No terceiro trecho, o narrador, ao dizer que “Bertoleza fez-se ainda mais concentrada e resmungona” e ao usar expressões como “olhares de desconfiança”, “abismos de constrangimento” ou “cheia de apreensões”, mostra que sabe tudo sobre as personagens, o que caracteriza a onisciência. Por fim, no quarto, o narrador é uma personagem, Ponciano de Azeredo Furtado, que se apresenta como protagonista na narrativa. 3. a) Trata-se de um narrador protagonista, que contribui para produzir um efeito de sentido de subjetividade. b) É possível citar as constantes referências ao interlo- cutor, por meio do pronome de tratamento “senhor” e do vocativo “moço”, e o uso repetido de frases ex- clamativas. 4. D 5. As ações de Vicente Lemes são: Ele lê os autos. Ele lavra o despacho pela segunda vez. Ele se levanta do tamborete. Ele olha pela janela. 6. Ele é uma pessoa honesta e íntegra, pois exige que o inventariante arrole todos os bens. Ao mesmo tempo, ele se mostra condescendente quando admite que nem todos os bens costumam ser arrolados num inventário. Além disso, ele ainda é determinado, já que ele não desiste de seu propósito. 7. a) Pressupõe-se que ele está numa sala (provavelmente de um fórum), que permite avistar o cartório, numa cidade pequena do interior. b) Ele é juiz. 8. a) Numa cidade pequena, provinciana, rural, em que todas as pessoas se conhecem. b) Percebe-se que se trata de uma pequena cidade rural pelo seguinte trecho: “A vila inteira, embora nin- guém nada dissesse claramente, estava de olhos abertos assuntando se tais bens entrariam ou não entrariam no inventário. Lugar pequeno, ah, lugar pequeno, em que cada um vive vigiando o outro!”. 9. Resposta pessoal. 10. a) Distante. O narrador, identificado com o “hoje”, distin- gue de seu tempo com os meirinhos de antigamente, do “tempo do rei”. b) O fato de o narrador manter-se temporalmente afas- tado da época em que se dão os acontecimentos da narrativa é mais um indício de que se trata de um narrador implícito, ou seja, em terceira pessoa, que não participa da história como personagem. 11. Não. O uso de formas verbais e pronomes na primeira pessoa não garante que a narrativa seja conduzida por um narrador personagem. No caso desse fragmento, fica claro que as personagens são D. Antônio, D. Diogo, Isabel, Cecília e D. Lauriana. O narrador é implícito e só usa a primeira pessoa para explicar ao leitor como será a condução da narrativa. Não há nenhum indício de que o narrador vá tornar-se personagem da história. 12. Resposta pessoal. 13. Resposta pessoal. 14. Resposta pessoal. 15. Resposta pessoal. 16. C 17. E 18. D 19. B 20. A personagem é um palhaço, conforme inúmeras pistas disseminadas no percurso da letra: logo no início do texto, é caracterizado com “cara de palhaço” e “pinta EM_REG_29a31_LP_RED_MP5_Resp.indd 30 10/13/16 3:27 PM 31 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s de boneco” (mas ainda poderia apenas parecer um palhaço, sem sê-lo de fato); mais adiante isso também é evidenciado pelos trechos “pinta a cara”, “muito colorido”, “pula” e “gesticula”. Esses elementos contextuais são pistas que levam à conclusão de que esse é o esboço de um palhaço. 21. O texto não define com precisão o momento das ações. Não há uma progressão clara entre os fatos, ou seja, não se nota de modo evidente uma sequência narrativa com começo, meio e fim. Em algumas passagens, na verdade, é possível percebê-la, como quando chega à Bela Vista e cumprimenta todos os frequentadores do local, depois “dá uma passadinha nos botecos de Pinheiros” para “então” procurar o centro da cidade, chegando à Liberdade e, depois, “no fim da noite”, passar pelo Bom Retiro, ponto final de sua caminhada pela cidade (como se percebe pelo trecho “último giro”). Não se sabe exatamente se o percurso começou de manhã, à tarde ou no início da noite, mas o término é definido pela expressão adverbial “no fim da noite”. Mas isso não permite dizer que a “história” se passa no período de um dia inteiro. Aliás, outros trechos sugerem que a personagem repete ações em dias diferentes, como em “lá ele aparece algumas vezes” (na Liberdade). Em outra passagem, a duração de tempo é bem maior: ao entrar na USP e sair com diploma, imagina-se pelo menos 4 ou 5 anos (tempo de duração dos cursos universitários). 22. a) Ao como narrar, já que o narrador, em vez de contar sua história, está comentando como deve ser o início de sua narrativa. b) À trama. c) Não. Na verdade, em Memórias póstumas de Brás Cubas, o início da trama corresponde ao final da fábula, já que o narrador começa a contar sua vida pelo final, isto é, pela morte. 23. A 24. Trata-se de um homem com faro comercial, que observa uma determinada situação, constata uma necessidade e propõe uma solução. Hoje são os chamados empreendedores – aqueles que têm uma visão oportunista, no sentido de que sabem aproveitar o contexto para ganhar dinheiro. 25. A qualificação das personagens pela nacionalidade, marcada pelos adjetivos pátrios “japonês”, “siciliano” e “libanesa”, indica que a cidade é uma metrópole, portanto um espaço que abriga pessoas vindas de diferentes países, representando diferentes culturas. Isso confere a São Paulo um traço global, característica, aliás, de toda metrópole. Além das pessoas que vêm de outros países, a letra também faz menção ao pernambucano, representando as pessoas que migram de outros estados para a cidade (principalmente do Nordeste). 26. O adjetivo “rápido” está presente em vários produtos e serviços oferecidos na cidade, inclusive em inglês (coerente com o que dissemos sobre o caráter global da metrópole), como em fast-shop, fast-food, etc. Uma das características marcantes da cidade é sua vocação para o trabalho, como mostra o trecho “povo que trabalha o dia todo”. O tempo para fazer tantas atividades, portanto, nunca parece suficiente. Por isso, tudo deve ser feito de forma veloz. Essas noções estão expressas, por exemplo, em passagens como “sai correndo” e “não tem tempo”. A falta de tempo inclusive para tomar banho é o que justifica, num interessante jogo de humor, a criação do “lava-rápido de gente”. 27. Resposta pessoal. 28. Resposta pessoal. 29. Resposta pessoal. 30. Resposta pessoal. 31. Resposta pessoal. cap’tulo 5 Reportagem e crônica: dois gêneros narrativos clássicos 1. C 2. a) As aulas na Escola Estadual Fernão Dias Paes foram retomadas. b) Os membros da comunidade escolar. c) Na Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. d) Na quarta-feira, dia 6 de janeiro de 2016, 55 dias após a ocupação pelos estudantes. e) As aulas foram retomadas de uma forma menos formal e mais “humana” por parte dos professores. Ao invés de dispostas em fileiras, as carteiras de quase todas as salas agora estão organizadas em círculo, o que deixou os estudantes mais próximos dos professores. f) Porque, no período da ocupação, os alunos ficaram sem estudar e as aulas foram perdidas. 3. Resposta pessoal. 4. A 5. A 6. Resposta pessoal. 7. Resposta pessoal. 8. Resposta pessoal. 9. Resposta pessoal. 10. Resposta pessoal. 11. Resposta pessoal. EM_REG_29a31_LP_RED_MP5_Resp.indd 31 10/13/16 3:27 PM 32 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s capítulo 1 Textos temáticos e figurativos Gramática e Texto 1. E 2. A 3. B 4. C 5. A 6. C 7. B 8. A 9. E 10. A 11. O relato da viagem serve como um exemplo, ou seja, uma figura, que torna mais concreto para o leitor o conceito abstrato da importância da diversidade. Um mundo em que só existissem sequoias, apesar da beleza dessas árvores, seria um mundo tedioso, pois não teria nenhuma diversidade. 12. a) A mensagem inicial é temática; a atual é figurativa. b) Houve uma grande vantagem, pois as mensagens figurativas tornam os malefícios do tabagismo con- cretos e mais próximos do consumidor. Com isso, afetam mais diretamente os sentidos, mobilizando as emoções. Isso com certeza é mais eficaz, não só para convencer racionalmente, mas também para motivar afetivamente, encorajando aqueles que eventualmente queiram abandonar o vício. 13. E 14. B 15. I. b); II. d); III. c); IV. a. 16. E 17. D 18. D 19. A 20. C 21. a) A palavra mais diretamente relacionada à fotografia é o substantivo abstrato “compromisso”. Em nossa cultura, as alianças, como todos sabem, são um sinal externo e concreto de que uma pessoa é casada. Elas representam alguns temas abstratos que são considerados desejáveis em um casal: a afetividade e a cumplicidade, ou seja, o compromisso mútuo que os une. b) Sugere que se trata de um vínculo mais importante do que um mero relacionamento comercial despersona- lizado; ao contrário, a mensagem pretende associar essa parceria a uma das relações mais pessoais, profundas e duradouras da vida de alguém, o ca- samento. c) A associação entre a relação comercial e a relação conjugal vem reforçada pela oração “Há 65 anos”, que enfatiza a noção de que se trata de um compro- misso duradouro, senão indissolúvel, pelo pronome pessoal “nós”, que se refere à empresa como se ela fosse um ente personificado, e pelo pronome de tra- tamento informal “você”, que individualiza e identifica o destinatário. 22. Além de a marca estar estampada no lugar em que usualmente é gravado o nome do cônjuge, pode-se notar que o nome da empresa (Johnson & Johnson) já sugere uma parceria sólida entre dois sócios que compartilham inclusive o mesmo sobrenome. 23. A referência à marca do anunciante, desta vez usando apenas as letras iniciais, reforça a ideia de parceria, simulando o monograma de um casal; a oração “há 65 anos”, que vem repetida logo em seguida, e a conjugação do verbo viver no gerúndio (“vivendo”) reiteram a noção de durabilidade e de permanência do compromisso. A escolha do verbo “viver” para referir-se à atuação comercial da empresa enfatiza a noção de que essa atuação não se resume a um vínculo impessoal, tornando-se carregada de afetividade. A locução “dia a dia”, por fim, além de reiterar simetricamente a ideia de um casal em uma relação de parceria já presente no início da frase, acrescenta a noção de constância: o “casamento” da empresa com o consumidor não é apenas duradouro, mas também constante. capítulo Textos não verbais e sincréticos: procedimentos de leitura 2 1. A 2. A 3. D EM_REG_32a39_LP_GRAM_MP5_Resp.indd 32 10/13/16 3:27 PM 33 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s 4. C 5. A 6. D 7. E 8. C 9. D 10. B 11. a) A impressão digital, por ser exclusiva de cada indivíduo, é largamente utilizada como meio de identificação. No anúncio, por uma relação de similaridade, ela constitui uma metáfora daquilo que o texto verbal promete: a identificação inequívoca do morador de São Paulo. A presença de um rosto no meio da impressão digital reforça a ideia de que se conseguirá ter de fato um “retrato” desse morador, e o sorriso ostensivo que o rosto estampa faz supor que as características selecionadas comporão uma imagem positiva, de um cidadão despreocupado, jovial, etc. b) “Descubram quem são e o que pensam os moradores de São Paulo.” 12. a) Há entre a imagem e o texto verbal uma relação de sentido de contiguidade, na qual um elemento x é usado em lugar de um elemento y: o carimbo, no texto visual, é usado em lugar de “burocracia”, no texto verbal. Em outros termos, o carimbo é o objeto escolhido para representá-la, já que em geral é associado aos trâmites burocráticos. A tecla “delete”, no texto visual, também em relação metonímica, representa a informatização: o mundo digital acabaria com a necessidade de carimbar papéis, de acumulá-los, pondo fim aos expedientes burocráticos. b) Com o verbo “desburocratizar”, derivado do substan- tivo “burocracia”, pode-se formar a seguinte frase: “É fundamental desburocratizar as relações cotidia- nas, para que o homem disponha de mais tempo para si”. Outro exemplo: “Deve haver uma reforma no Judiciário para desburocratizar o acesso à Justiça, tornando-a mais ágil”. c) Outra locução formada com o substantivo “dia” é “per- der o dia”, como exemplifica a frase a seguir: “Perdi o dia tentando ser atendido nesta repartição pública”. Outro exemplo, agora com a locução “valer o dia”: “Você me ligou / naquela tarde vazia / e me valeu o dia” (Edgard Scandurra e Ricardo Gasparini. Tarde Vazia.). 13. E 14. A 15. C 16. B 17. D 18. E 19. E 20. C 21. a) A polissemia da palavra “veículo” desencadeia no contexto uma ambiguidade, responsável pelo efeito de humor da tirinha. Na fala do garoto, tem o sentido de “meio” utilizado para a transmissão da cultura. Na fala de Mafalda, é interpretada com o sentido de “meio de locomoção” usado para o transporte da cultura. b) Sim. O efeito crítico está na denúncia de que a televi- são não atua de fato como meio de transmissão da cultura, mas como veículo, por exemplo, de ideias ligadas à banalização da vida pela violência, como sugerem as onomatopeias do terceiro quadro da tirinha. Por isso, Mafalda diz sarcasticamente que, se ela fosse a cultura, saltaria do veículo (“TV”) para seguir a pé. 22. a) Do ponto de vista visual, há uma fotografia de um novo ponto de ônibus, com uma pessoa dormindo em cima dele. Verbalmente, existe, nas laterais do ponto, uma propaganda justamente dizendo que os benefícios dos novos pontos (“conforto, segurança e beleza”) são permanentes. Relacionando esses dois aspectos, percebe-se que, de fato, os pontos são mais novos, mais funcionais e mais agradáveis; porém, a presença do morador de rua confere um viés crítico à fotografia, pois ele transforma o ponto em uma cama confortável e segura. Ainda existe, no anúncio publicitário, a exploração de um trocadilho, pois a palavra “passageiros” produz uma ambiguidade programada: como substantivo, indica aqueles que usam o transporte coletivo e, como adjetivo, sugere que as vantagens dos pontos novos serão perenes. b) Podem ser consideradas expressões comuns da lin- guagem oral informal: “ninguém te incomoda”, “calor de matar”, “Cato lata” e “o que dá”. cap’tulo Combinação de palavras: mecanismos de coesão frasal 3 1. C 2. D 3. E 4. E EM_REG_32a39_LP_GRAM_MP5_Resp.indd 33 10/13/16 3:27 PM 34 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s 5. D 6. A 7. C 8. E 9. B 10. D 11. a) Pode-se interpretar que o adjetivo “acusada” esteja qualificando “polícia” ou “família”. b) Há mais de uma solução: • Acusada de cometer repetidos sequestros, uma fa- mília paranaense, há cerca de dez anos, desafia a polícia do Sudeste brasileiro. • Membros de uma família paranaense, há cerca de dez anos, desafiam a polícia do Sudeste brasileiro, acusados de cometer repetidos sequestros. 12. a) Pode-se entender que a garota toma uma vitamina de frutas batidas com leite de arroz ou com leite de soja, ou que ela toma uma vitamina de frutas batidas com arroz. b) Uma vitamina de frutas batidas com arroz seria muito incomum, porque a consistência do arroz não parece adequada para a preparação de vitaminas. Além disso, a combinação de arroz com frutas não faz parte dos hábitos dietéticos brasileiros. 13. C 14. D 15. C 16. B 17. E 18. C 19. a) O espaço institucional do qual é típica a expressão “Vossa Excelência me permite um aparte” é o parlamento: os membros dessas casas legislativas costumam tratar-se por “Vossa Excelência”. A outra palavra que permite essa identificação é “aparte”, vocábulo por meio do qual um parlamentar solicita ao que está falando licença para fazer um comentário ao seu discurso. Como se sabe, a ocorrência de apartes é rotineira no debate parlamentar. b) Na segmentação “um aparte”, temos o artigo inde- finido “um”, seguido do substantivo “aparte”, cons- tituindo uma unidade fônica com o sentido de in- terrupção, intromissão. Essa mesma unidade fônica pode, também, ser morfologicamente segmentada em “uma parte”, na qual o artigo indefinido “uma” se refere ao substantivo feminino “parte”, que significa “pedaço ou porção de um todo”. c) O termo “Vossa Excelência” estabelece analogia entre deputados e ratos. O pedido de “um aparte” reforça essa analogia. Só que a figura do queijo, como símbolo de um objeto de desejo, torna pos- sível e justificável a passagem de “um aparte” para “uma parte”. Assim, o quadrinho se apresenta como crítica ao universo dos parlamentos onde, em última análise, cada um busca seu próprio proveito. Temos, portanto, no quadrinho, uma metáfora que satiriza a conjuntura da política nacional. 20. a) Há ambiguidade em III e em IV. Nos dois casos, não é possível saber se o pai é encorajado pelo filho ou se é o filho que é encorajado por seu pai. b) III. O pai ao filho encoraja; IV. Ao filho o pai encoraja. c) Se pusermos uma preposição marcando as relações entre as palavras, a ordem será secundária para a interpretação do sentido, tal como se percebe nesta frase: “Ao filho encoraja o pai”. 21. a) Em I, “raramente” está relacionada à oração “a população civil não leva vantagem”; em II, ao segmento “os combatentes não têm como se defender”. b) Segundo I, o normal nas guerras é que a popula- ção civil seja poupada e os combatentes sofram as maiores baixas; segundo II, normalmente ocorreria o oposto: as maiores perdas atingiriam os civis, pois os combatentes armados quase sempre podem se defender. 22. I. As margens plácidas do Ipiranga ouviram O brado retumbante de um povo heroico. II. Teus risonhos, lindos campos têm mais flores Do que a terra mais garrida. III. Salve, lindo pendão da esperança, Salve, símbolo augusto da paz! Tua nobre presença nos traz A grandeza da pátria à lembrança. cap’tulo Sujeito e predicado: manobras de construção de sentidos no texto 4 1. A 2. E 3. C 4. D 5. A 6. B EM_REG_32a39_LP_GRAM_MP5_Resp.indd 34 10/13/16 3:27 PM 35 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s 7. E 8. C 9. A 10. E 11. B 12. C 13. Se sujeito composto é definido como aquele que representa mais de um ser, então uma “senhora grávida” serve de exemplo para ilustrar essa definição. Da mesma forma, o sujeito de “acudiram” também seria composto, já que duas pessoas representam mais de um ser. A falha está em usar a palavra “ser” em vez de “núcleo” para definir sujeito composto (aquele que contém mais de um núcleo, isto é, mais de uma forma lexical no papel de núcleo). 14. D 15. D 16. A 17. B 18. D 19. A 20. B 21. A 22. Os sujeitos dos verbos viu e foi não estão expressos, embora possam ser reconhecidos. Na oração que se inicia depois do ponto-e-vírgula, há elipse de poeta, núcleo do sujeito, e do verbo canta, núcleo do predicado. Explicitando-se todos os termos elípticos, o período passa a ter a seguinte redação: Canta um poeta, entre nós, um Partenon de Atenas, que ele nunca viu; outro poeta canta os costumes de um Japão a que ele nunca foi. cap’tulo Satélites do verbo: papel semântico dos objetos, adjuntos e agente da passiva 5 1. D 2. C 3. B 4. A 5. A 6. C 7. D 8. A 9. E 10. D 11. E 12. C 13. A 14. A expressão “a essa técnica” já vem expressa na frase por meio do pronome oblíquo “a”, colocado antes de “transformou”. A repetição cumpre o duplo papel de dar ênfase ao termo repetido e dar mais clareza ao enunciado. 15. E 16. A 17. E 18. E 19. B 20. a) A I quer dizer que os prisioneiros provocaram a demissão do diretor da penitenciária (que é o paciente da ação verbal). A II significa que os prisioneiros deram depoimento ao diretor da penitenciária (que é o destinatário da ação verbal). b) “O diretor da penitenciária” é objeto direto, e “ao diretor da penitenciária”, objeto indireto. 21. C 22. B 23. B 24. D 25. D 26. D 27. D 28. E 29. D 30. C 31. D 32. A 33. a) “[...] o governo vai alterar o projeto de lei em tramitação no Congresso [...].” b) Segundo o projeto original, as empresas só obteriam empréstimos caso não atrasassem o pagamento de seus funcionários, o que as forçaria a manter em dia a remuneração de seus empregados. Como a modificação no projeto consiste em suprimir essa exigência, as empresas são favorecidas, pois deixam EM_REG_32a39_LP_GRAM_MP5_Resp.indd 35 10/13/16 3:27 PM 36 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s de ser obrigadas a pagar seus funcionários na data prevista. Estes, consequentemente, são prejudicados. c) A voz passiva é um recurso linguístico que, ao desta- car o paciente da ação, faz com que o agente não seja o centro das atenções, permitindo inclusive que ele seja omitido da frase. No contexto em análise, o enunciador se valeu desse recurso para colocar em evidência a modificação sofrida pelo projeto de lei e, ao mesmo tempo, desviar a atenção sobre o agente, no caso, o governo. Observação: pode-se discutir ainda o quanto o contexto político do país à época, em que a imprensa era alvo de forte censura, provavelmente levou o enunciador a amenizar a identificação do governo como responsável pela medida impopular noticiada. 34. E 35. D 36. a) Por 50 mil dólares. b) • Firmas particulares adquiriram, por 50 mil dólares, he- licópteros que haviam sido desativados pela polícia. • Firmas particulares adquiriram helicópteros que, por 50 mil dólares, haviam sido desativados pela polícia. 37. a) “Foi morta” é a voz passiva do verbo “matar”, que exige dois acompanhantes: um agente e um paciente afetado; “morrer” exige apenas um, o paciente afetado. b) Como “foi morta” exige um agente e um paciente, pressupõe-se que alguém tenha praticado a ação de matar a velhinha, o que causa estranheza por ela ser idosa e, por pressuposto, inofensiva. “Morreu” exige apenas um paciente afetado e pressupõe que ela tenha deixado de viver por causa natural, o que é aceitável no caso da velhinha. 38. C 39. B 40. C 41. B 42. A 43. Os portugueses Sujeito não haviam sido empurrados Verbo na voz passiva por uma tempestade para a terra de Santa Cruz Agente da voz passiva Adjunto adverbial 44. O prefeito anterior nos deixou uma dívida incalculável. Para a solução dessa herança traiçoeira, serão adotadas medidas implacáveis: os impostos serão aumentados, 30% dos funcionários serão demitidos; taxas de estacionamento em locais públicos serão criadas e serão cobrados juros altos pelo atraso de pagamento. cap’tulo 6 Argumentação: recursos de persuasão 1. C 2. E 3. B 4. D 5. A 6. B 7. B 8. E 9. B 10. D 11. E 12. a) É evidente a intenção de criar a imagem de uma fera aprisionada, de um animal selvagem perigoso, mas, naquele momento, inofensivo, dominado pelas forças do governo. b) Há inúmeros detalhes que contribuem para criar a imagem de fera confinada: a jaula, com grades de ferro; a vestimenta listrada (semelhante – ao longe – a um tigre); o gesto ameaçador; a vigilância cerrada de homens armados; a distância que as pessoas guardam da jaula, apesar de o prisioneiro estar to- talmente neutralizado; o ar de espanto e a aparência de medo dos repórteres e dos guardas à paisana. c) “Nós estávamos sendo manipulados”, do fotógrafo americano Wesley Bocxe. 13. A 14. C 15. D 16. D 17. C 18. C 19. A 20. C 21. E 22. A 23. B 24. E 25. A EM_REG_32a39_LP_GRAM_MP5_Resp.indd 36 10/13/16 3:27 PM 37 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s 26. C 27. C 28. B 29. a) A água. b) A expressão é: “Vende que nem água”. c) O texto publicitário cria a impressão de que a ex- pressão conhecida já perdeu a força expressiva se comparada com a venda de seu produto, ou seja, em vez de a água ser usada como protótipo de pro- duto altamente consumido, os chinelos do anúncio é que seriam os mais apropriados para isso. d) O argumento de quantidade, pois o texto não fala de nenhuma outra propriedade do produto, apenas de seu alto consumo. O que é muito consumido tende a ser preferido ao que é menos consumido. 30. a) Não há. Prova disso é que o mesmo boné de 65 dólares chega a ser vendido por 400 reais. b) O principal motivo é o fato de ele cobrir cabeças coroadas (de Madonna a Daniella Cicarelli) e ser praticamente exclusivo de pessoas endinheiradas. c) No plano pragmático, real, traz o benefício dos bonés em geral: cobrir a cabeça, protegê-la do sol, etc. O benefício maior é de ordem emocional, pois traria prestígio social: comprar um objeto como esse é, no plano da fantasia, igualar-se a uma das celebridades que o usam. Na verdade, é ilusão: usar um atributo de uma “pessoa coroada” é como adquirir status de “coroado”. 31. B 32. C 33. D 34. A 35. B 36. D 37. D 38. B 39. a) “Mas eles adiarão sua entrada no Primeiro Mundo se continuarem a dar pouca atenção à saúde e à educação de seus pobres.” b) A citação entre aspas quer dizer que o trecho foi transcrito com as próprias palavras do autor citado, o que dá mais crédito à citação. É uma demonstração de que o jornalista não alterou nenhuma palavra do que foi dito pelo ilustre economista. 40. a) O aposto é “prêmio Nobel de Economia de 1992”. b) A importância argumentativa desse aposto é que ele serve para aumentar a credibilidade do autor citado e, por consequência, do próprio jornalista. Um prêmio Nobel credencia qualquer pessoa. cap’tulo Funções do pronome se: papel argumentativo 7 1. A 2. B 3. C 4. C 5. C 6. C 7. D 8. A 9. D 10. D 11. Não. Em I, o pronome se é reflexivo. Tal frase pode ser assim parafraseada: O povo engana a si próprio (a ele mesmo) com frequência. Em II, o pronome se é partícula apassivadora. Parafraseando, teríamos: O povo é enganado com frequência. 12. Os verbos citados, além de remeter a etapas da pesquisa científica, teoricamente neutra, apresentam-se na voz passiva sintética. Assim, há uma indeterminação do agente da ação. Logo, referem-se apenas aos fatos em si, e não a quem os pratica. Essa estratégia de construção leva Rubem Alves a concluir com ironia: “Quem? Não faz diferença...”. 13. D 14. C 15. A 16. D 17. A 18. D 19. A 20. a) Para identificar os termos que estão elípticos, é necessário levar em conta o trecho no qual se afirma: “No livro fingido contam-se as cousas como era bem que fossem e não como sucederam, e assim são mais aperfeiçoadas”. A partir desse trecho, deduz--se que no livro “fingido” contam-se as coisas ao contrário do que realmente são. Portanto ficaram implícitos os vocábulos se não (ou não se): não se favoreçam humildes, não se amparem fracos, não se sirvam donzelas, não se cumpram palavras, não se guardem juramentos e não se satisfaçam boas obras. EM_REG_32a39_LP_GRAM_MP5_Resp.indd 37 10/13/16 3:27 PM 38 R e sp o st a s – C a d e rn o d e E xe rc íc io s b) A função de sujeito da oração “se não destruam soberbos” é desempenhada pelo termo “soberbos”. Prova disso é que o verbo “destruam” está concor- dando com esse termo. Um artifício para localizar o sujeito da voz passiva sintética é reescrevê-la na voz passiva analítica: • “se não destruam soberbos” – voz passiva sintética; • soberbos não sejam destruídos – voz passiva analítica. O termo que desempenha a função de sujeito na voz passiva sintética é o mesmo na analítica. capítulo 8 Satélites do nome e vocativo 1. D 2. C 3. A 4. A 5. C 6. B 7. A 8. E 9. A 10. B 11. a) Na frase I. b) Na estrutura I, a pessoa é descrita como constante- mente estressada e, por isso, mais sujeita aos pro- blemas decorrentes dessa condição. Associado ao nome “pessoa”, sem a mediação de verbo, o termo “estressada” está indicando um estado constante, isto é, independente do momento em que ocorre a ação verbal. Trata-se de um adjunto adnominal. 12. a) A ambiguidade decorre da possibilidade de se interpretar o adjetivo inabitável como adjunto adnominal ou como predicativo do objeto. Em outros termos, admite-se a interpretação de que o hotel já era inabitável independentemente da ação dos turistas ou a de que o hotel passou a ser inabitável a partir da intervenção deles. b) Os turistas abandonaram o hotel inabitável. Os turistas fizeram o hotel ficar inabitável. 13. B 14. A 15. B 16. E 17. B 18. D 19. a) Pode-se entender que a mãe, consternada, deixou a filha (isto é, distanciou-se da filha com o coração entristecido) ou que a mãe fez a filha ficar consternada ou que a mãe se distanciou da filha que é consternada. b) A ambiguidade deve-se à possibilidade de o adjetivo consternada poder estar se referindo tanto ao sujeito (mãe) quanto ao objeto (filha). 20. a) Está associada a “cliente”. b) Pelo que se diz no segundo período, presume-se que a intenção do redator da manchete poderia ser a de relacionar “de banco” ao verbo “defenderá”. c) Adjunto adnominal. d) Objeto indireto (do verbo “defenderá”). e) Código defenderá cliente “contra” banco. 21. E 22. A 23. B 24. B 25. A 26. C 27. E 28. A 29. C 30. C 31. a) Porque a frase poderia ser interpretada com o sentido oposto pelos adeptos do General Kroll. b) Evidentemente. A expressão “do General Kroll”, asso- ciada ao nome “degola”, poderia estar indicando o alvo da ação. c) Do modo como está redigida, a frase permite tam- bém interpretar General Kroll como o agente da de- gola. Nessa versão (a mais provável no contexto), o tirano dava seu apoio à degola dos insubordinados, decretada pelo General. 32. E 33. D 34. E 35. C 36. A 37. Sim, existe. Na primeira, Marcos (vocativo) está indicando aquele a quem o falante se dirige (o interlocutor). Na segunda, Marcos (aposto) é o nome do amigo apresentado ao interlocutor. EM_REG_32a39_LP_GRAM_MP5_Resp.indd 38 10/13/16 3:27 PM 39 R e sp o st a s – C a d e rn o d e E xe rc íc io s a n o ta ç õ e s 38. a) Confrontando os dois períodos, percebe-se que, enquanto o primeiro diz que 3 mil soldados brasileiros poderão atuar no Haiti, o segundo possibilita compreender que tropas seriam enviadas ao Brasil e a mais quatro países. Como “o Haiti não é aqui”, o texto se mostra incoerente. b) A ordem em que se distribuem na frase dá a impres- são de que os termos ao Brasil e a mais quatro países estejam ligados a envio, do qual estão mais próximos, e não a solicitou, como pretendeu o autor do texto. c) A Organização das Nações Unidas (ONU) solicitou ao Brasil e a mais quatro países o envio de tropas... 39. O termo destacado é um aposto que procura explicar que Paul Hickson é um especialista respeitado da área de Astronomia. Desse modo, o jornalista dá credibilidade à opinião de Hickson, que aposta na capacidade do telescópio Lama de revolucionar a observação do espaço. Sem o aposto, essa opinião teria um peso argumentativo pequeno, porque a maioria das pessoas não saberia dizer quem é Paul Hickson. capítulo Sintaxe dos pronomes pessoais na norma-padrão 9 1. B 2. B 3. B 4. C 5. C 6. C 7. C 8. D 9. A 10. C 11. a) Ambas as formas são corretas. A repetição do sujeito (ele) pela expressão com ele mesmo é usual no uso culto da língua. O pronome consigo também está correto, porque é reflexivo. b) A única forma correta é: Deixe o livro aí, para eu estudar. No caso, a preposição para não precede o pronome eu, mas a oração toda: para [eu estudar]. 12. a) O pronome oblíquo nos em despejam-nos. b) Sentido 1: Nós seríamos despejados na Baía de Gua- nabara. Sentido 2: Eles (os tonéis cheios de bactérias) seriam despejados na Baía de Guanabara. c) Quando o verbo termina em m ou ditongo nasal (ão, õe), aparece um n antes dos pronomes o, a, os, as, ori- ginando as formas no, na, nos, nas. Foi o que ocorreu em despejam 1 os 5 despejam-nos, que, traduzido na variedade popular, seria despejam eles. 13. B 14. A 15. E 16. A 17. B 18. C 19. Nós formamos uma equipe de três. Portanto, sem mim, sem ti e sem ele (ou ela) não será possível fazer o trabalho, já que é para eu comprar o material, para tu preparares o projeto para ele (ou ela) executá-lo. 20. Na frase dada como exemplo, o pronome consigo é um anafórico que tem como referência o sujeito da frase (o vento). Trata-se, pois, de um pronome reflexivo, única forma em que tal pronome ocorre na variedade culta escrita da língua no Brasil. Na frase do presidente, consigo não está se referindo ao sujeito da frase (eu, implícito), mas ao destinatário da carta. Não está, pois, sendo usado como reflexivo, contrariando uma norma da variedade culta escrita do português do Brasil. EM_REG_32a39_LP_GRAM_MP5_Resp.indd 39 10/13/16 3:27 PM 40 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s capítulo 1 A estética realista 1. D 2. A 3. B 4. D 5. E 6. B 7. A 8. B 9. a) O romance O primo Basílio integra o movimento realista/naturalista português e tem como protago- nista Luísa, jovem casada, frívola e ociosa, fruto de uma cultura aprendida nos folhetins românticos. Desse modo, forjou-se nela uma consciência ar- tificial e alienada da realidade, uma expectativa sentimental e idealizada da existência que contras- tava com o cotidiano medíocre de “burguesinha da Baixa”. O retorno a Lisboa de seu primo Basílio, novo-rico arrogante, pretensioso e mulherengo, cria ocasião para ela vivenciar as aventuras sensuais de suas leituras. A partir desses fatos, a obra manifes- ta dura condenação ao movimento romântico e à “arte sensual e idealista”, que leva a protagonista a idealizar uma realidade muito diferente da dela e a predispõe ao adultério. b) No fragmento transcrito, Eça de Queirós opõe, de um lado, a “arte pela arte, o romantismo, a arte sensual e idealista” e, de outro, a “arte moral [...] Realismo, [...] arte experimental e racional”. Assim, o experimental e o racional estão em clara oposição ao idealismo e ao sentimentalismo românticos. Em O primo Basílio, a análise do adultério feminino é o motivo a partir do qual se revê as contradições sociais marcadas tanto pela hipocrisia quanto pelos conflitos de classe. O escritor português se propõe, então, a fazer uma arte de crítica social radical, aproximan- do-se dos postulados do escritor naturalista francês Émile Zola, precursor do romance experimental, ou seja, de tese. Trata-se de um estudo de caso: o autor faz um levantamento dos pressupostos que levaram a protagonista ao adultério, analisa as circunstâncias e as consequências dele, em especial a desagre- gação familiar. Como se vê, a obra apresenta uma estrutura racional de inspiração científica. 10. D 11. D 12. C 13. Com o advento das correntes filosóficas do final do século XIX (Determinismo, Positivismo, Darwinismo e Experimentalismo), Eça de Queirós justifica em Idealismo e Realismo a alteração de comportamento do escritor perante um novo público que exige uma estética voltada para a observação da realidade e não mais para a idealização fantasiosa que o Romantismo oferecera no passado. Ao citar Claude Bernard e ao outorgar-lhe a verdadeira autoria do Naturalismo, o escritor expressa a necessidade de se adaptar à nova estética através de recursos verificáveis em O primo Basílio. Assim, ao desvendar a essência de Luísa, vítima de uma sociedade burguesa aculturada, Eça desmonta a idealização típica do Romantismo que norteava as ações do protagonista. Ao invés de um sentimento amoroso profundo, Luísa aceita o pedido de casamento com Jorge por conveniências sociais (“Que alegria, que descanso para a mamã!”), desejos reprimidos (“ela sentia o calor daquela palma larga penetrá-la, tomar posse dela”) e manifestações físicas incontroláveis (“sentia debaixo do vestido de merino dilatarem-se docemente os seus seios”). 14. C 15. D 16. D 17. D 18. C 19. O conselho de Brás Cubas revela certa dose de hipocrisia da parte dele, visto que, tendo nascido rico e sustentado pelos privilégios de sua classe, jamais precisou trabalhar em sua vida, desfrutando comodamente da condição de herdeiro. 20. Tendo trabalhado a vida inteira, D. Plácida morrera na miséria. Assim, sua história é um desmentido à eficácia do conselho de Brás e uma crítica à desvalorização do traba- lho na sociedade escravocrata brasileira do século XIX. 21. B 22. B 23. E 24. C 25. A 26. A Literatura EM_REG_40a42_LP_LIT_MP5_Resp.indd 40 10/13/16 3:27 PM 41 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s 27. C 28. Na reconstrução de seu passado, o narrador se vê obri- gado a confiar em uma memória inevitavelmente falha, como ele mesmo confessa. Assim, suas recordações oscilam entre a luminosidade das certezas e o sombrio (ou “fusco”) das dúvidas. 29. No trecho “a malícia está antes na tua cabeça perversa”, o interlocutor é o leitor, a quem se atribui a desconfiança em relação aos atos dos adolescentes. Na passagem “a vocação eras tu, a investidura eras tu”, a interlocutora é Capitu, como se evidencia pelo vocativo “oh! minha doce companheira de meninice”, com o qual a personagem é evocada pelo narrador. 30. E 31. C 32. D 33. B 34. A 35. E capítulo 2 Estética da Belle Époque 1. E 2. A 3. B 4. D 5. B 6. C 7. D 8. B 9. B 10. E 11. E 12. B 13. A 14. A 15. C 16. C capítulo 3 Arte brasileira na virada do século XIX-XX 1. B 2. A 3. C 4. D 5. D 6. D 7. D 8. E 9. O texto compara o sertanejo combatente em Canudos a um “troglodita’, isto é, um homem primitivo, selvagem e bárbaro em seus costumes. 10. Nos dois casos, as personagens alimentam fantasias a respeito do contexto em que vivem, criadas a partir das leituras ingênuas que faziam. Além disso, as narrativas de que são protagonistas mostram o quanto as duas personagens sofrem no trato com a sociedade. 11. O narrador nos mostra o jornal como uma instituição capaz de inventar mitos com a mesma facilidade com que os destrói (“aparelho de aparições e eclipses”) e de criar fatos baseados no nada (“tablado de mágica”), entregando à “estupidez das multidões” uma ilusão enganadora (“espelho de prestidigitador”). 12. No texto de Lobato, a região paulista é associada ao atraso, avessa ao progresso. Nas obras dos autores pré- -modernistas, ganha destaque a imagem de um Brasil igualmente atrasado e subdesenvolvido. 13. Com a criação da personagem Zé Brasil, Monteiro Lobato tenta resgatar a figura de Jeca Tatu, acrescentando-lhe uma dimensão que não estava presente no Jeca original: a condição de trabalhador explorado e injustiçado pelos donos da terra. 14. A 15. a) Do Parnasianismo, o texto apresenta o apuro formal (regularidade métrica, rimas raras); do Simbolismo, a musicalidade (como no primeiro verso: “Eu e o esqueleto esquálido de Esquilo”). b) Sim. Há referência à religiosidade quando o poeta associa Deus a uma “energia intracósmica”, tornan- do-a geradora da existência humana: “é o pai e é a mãe de todas as energias”. EM_REG_40a42_LP_LIT_MP5_Resp.indd 41 10/13/16 3:27 PM 42 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc íc io s capítulo 4 Vanguardas artísticas europeias 1. D 2. a) O poema é composto de versos livres, característica relacionada também ao Cubismo. Com substantivos soltos, sem adjetivos e poucos verbos, as imagens compõem um quadro fragmentado em que vários acontecimentos se sobrepõem: o maxixe tocado ao piano por Gilberta, as cartas do baralho, a decoração de cretone e as roupas feitas de jérsei. O Futurismo, por sua vez, pode ser claramente identificado na referência à campainha do telefone e aos bondes, símbolos claros de modernidade. b) O quadro de Tarsila do Amaral se aproxima da ten- dência cubista porque, além de geometrizar as figu- ras representadas (vagões de trem, sinais de trânsito, casas e até copas das árvores), também apresenta a sobreposição de diferentes planos da paisagem. Com relação ao Futurismo, podemos considerar que a temática escolhida (a estação do trem de ferro) e também as torres e os postes de iluminação são claras referências à modernidade, tema diretamente relacionado à vanguarda desenvolvida por Marinetti. 3. A 4. E 5. B a n o ta ç õ e s EM_REG_40a42_LP_LIT_MP5_Resp.indd 42 10/13/16 3:27 PM 25 R e sp o st a s – C a d e rn o d e E xe rc íc io s Respostas – Caderno de Exercícios 4 Redação capítulo 6 O texto dissertativo 1. B 2. A 3. D 4. O fragmento, predominantemente metalinguístico, discute o tema da elaboração de uma obra literária (no caso, o gênero textual conhecido como “novela”). Mais especificamente, aborda a dificuldade provocada por determinados textos, que, por serem mais abstratos, filosóficos, tornam difícil a leitura. O enunciador considera esse tipo de literatura muito complicada, de “difícil digestão”, aconselhando seu interlocutor a escrever obras mais fáceis, “amenas”, agradáveis. 5. C 6. Segue uma possibilidade de reelaboração do trecho: O crescimento não é o inimigo, nem o problema. É a maneira como se cresce – e a maneira como se con- tinua a crescer – que apresenta um desafio comum. [...] em 2030, o mundo precisará de, pelo menos, 50% mais alimentos, 45% mais energia e 30% mais água. Todo dia, o equivalente a 24 mil campos de futebol de florestas é desmatado ou queimado. Dentro de 20 anos, o abastecimento de água atenderá a apenas 60% da demanda mundial. Esses são os tipos de desafio que hoje são confrontados. Quando essas cifras são levadas em consideração, no- ta-se que é preciso promover mudanças. 7. Trata-se de um texto que formula hipóteses gerais sobre o tema da crise da família. Predominam no texto categorias abstratas, característica marcante da dissertação: “tese”, “fragmentação”, “importância”, “irrelevância”, etc. 8. O texto de Rosely Sayão é um artigo de opinião, logo manifesta sua visão pessoal sobre o assunto, produzindo efeito de subjetividade. Isso pode ser constatado por meio das passagens em que a autora faz perguntas a si e as responde (“há”, “sim”), ou interpela diretamente o leitor, como no trecho “Não lhe parece, caro leitor?”. Esses elementos são incompatíveis com um texto de caráter científico, mas são comuns em um artigo de opinião. 9. A colunista discute a suposta crise da família, a fragmentação da instituição familiar. 10. Logo no primeiro parágrafo, Rosely Sayão apresenta frases típicas de quem considera a família de hoje desestruturada: “Crianças se descontrolam, brigam, desobedecem? Jovens fazem algazarras, bebem em demasia, usam drogas ilegais, namoram escandalosamente em espaços públicos? Faltou educação de berço”. Outros argumentos são atribuídos ao secretário de educação de São Paulo, que fala na perda da figura paterna e da importância da igreja. 11. A colunista discorda da ideia de que a família está desestruturada, posição que explicita e explica no seguinte trecho: “A família não está desestruturada ou disfuncional: ela passa por um período de transição, com sucessivas e intensas mudanças, o que provoca uma redefinição de papéis e funções”. 12. Para Rosely Sayão, a família de hoje se inscreve em outro contexto, o que implica que deve ser compreendida em outra perspectiva. Isso leva a uma necessária mudança de papéis e funções. A família tradicional é bem diferente da família moderna. Segundo a autora, isso nos permite falar “em famílias, no plural, já que há grande diversidade de desenhos, dinâmicas”. Segundo a autora do artigo, é equivocado também dizer que as famílias não têm valores: seus valores são fortes, e em grande parte definidos pelo próprio contexto social, pelas prioridades que a sociedade determina. Sayão exemplifica com a questão do consumismo, afirmando que não são as famílias que decidiram consumir mais: o sistema econômico em que se inscrevem é que estabelece isso para elas. 13. Há várias marcas no texto que caracterizam o efeito de subjetividade; por exemplo: a interpelação direta do leitor, em tom de conversação, como em “distinto leitor” e “encantadora leitora”, inclusive com o emprego de adjetivos avaliativos (“distinto” e “encantadora”); o emprego de verbos e pronomes na primeira pessoa, como “refiro-me”, “creio”, “na minha opinião” e “confesso”; passagens que expressam juízo de valor, por meio de palavras avaliativas, como no trecho “pouquinho chato”, etc. EM_REG_25a27_LP_RED_MP7_Resp.indd 25 13/04/17 11:18 26 R e sp o st a s Ð C a d e rn o d e E xe rc ’c io s 14. Resposta pessoal. 15. Resposta pessoal. 16. Resposta pessoal. 17. E 18. C 19. E 20. C 21. B 22. D 23. Narrativa, já que há um narrador que conta a história do encontro entre Alexandre e um pirata. O excerto contém as seguintes características típicas desse tipo de texto: progressão temporal entre os enunciados, sucessão de acontecimentos e transformações narrativas. 24. “O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas; o roubar com muito, os Alexandres.” 25. O último período do fragmento promove uma inter- pretação genérica da realidade, por meio da qual o enunciador explicita a visão de mundo implícita na narrativa do encontro entre o enunciador e o pirata. Assim a passagem narrativa do fragmento funciona como um exemplo concreto e particular a partir do qual se extrai uma visão de mundo mais ampla. 26. Resposta pessoal. 27. Resposta pessoal. 28. Resposta pessoal. 29. Resposta pessoal. 30. Gandhi acredita que é possível formular novos modelos de desenvolvimento que sejam compatíveis com a preservação ambiental, já que a manutenção dos modelos defendidos pelos países mais ricos do mundo acarretaria a degradação do planeta sem que se atingisse a prosperidade. Já George W. Bush, ao reconhecer que os EUA estão dispostos a poluir ainda mais o planeta, defende que desenvolvimento e preservação ambiental são totalmente incompatíveis. Diante de uma inevitável escolha, prefere o desen- volvimento econômico. 31. Sem dúvida alguma, o primeiro parágrafo do Texto I é mais eficiente dentro do universo dissertativo, pois apresenta dados concretos que comprovam a ideia de que os países mais ricos do mundo são aqueles que menos se preocupam com a preservação ambiental. A frase de Bush peca por explicitar uma tese totalmente contrária ao senso comum, segundo o qual a poluição ambiental não é compatível com um mundo que reconhece a importância das preocupações ecológicas. Com isso, o então presidente estadunidense se afasta do efeito de sentido de objetividade que deve caracterizar uma dissertação. 32. Essa questão admite respostas das mais variadas. Uma possibilidade seria: Os EUA, assim como a maioria dos países do mundo, estão seriamente preocupados com a preservação ambiental. Tudo aquilo que pode ser feito para controlar a poluição está sendo feito. No entanto, a ameaça de recessão econômica também nos preocupa. Momentaneamente, é possível que, para evitar uma crise financeira, que prejudicaria milhões de pessoas pelo planeta, tenhamos que poluir mais do que gostaríamos. Não há outra saída. Porém, é fundamental ressaltar que em médio prazo os Estados Unidos encontrarão maneiras seguras de promover o desenvolvimento sem destruir o meio ambiente. 33. E 34. B 35. D 36. V – V – V – V – V – F – F 37. Resposta pessoal. 38. Resposta pessoal. 39. Resposta pessoal. 40. Resposta pessoal. 41. Resposta pessoal. 42. Resposta pessoal. 43. Resposta pessoal. 44. Resposta pessoal. 45. C 46. A 47. A enumeração de palavras (“genocídios, holocaustos, limpezas, extermínios, calamidades, aniquilações, massacres e gutsembatsembas”) contribui para en- fatizar as atrocidades e a recorrência dos assassinatos em massa na história da humanidade, chamando a atenção para o risco de que eles se repitam, a não ser que as pessoas se sensibilizem pela história das vítimas e pela ação da militância antiviolência. 48. E 49. C 50. a) Não. O leitor inverteu a relação de causalidade: não é “a prática da corrupção” que acarreta “a não fiscalização da sociedade e a conivência de alguns setores de elite”, é “a não fiscalização da sociedade e a conivência de alguns setores de elite” que permite a corrupção. b) Resposta pessoal. EM_REG_25a27_LP_RED_MP7_Resp.indd 26 13/04/17 11:18 27 R e sp o st a s – C a d e rn o d e E xe rc íc io s a n o ta ç õ e s 51. Resposta pessoal. 52. Resposta pessoal. 53. Resposta pessoal. 54. Resposta pessoal. 55. Resposta pessoal. 56. Resposta pessoal. 57. Resposta pessoal. capítulo 7 Auditório e carta 1. C 2. Resposta pessoal. 3. Resposta pessoal. 4. Resposta pessoal. 5. D 6. Resposta pessoal. 7. Resposta pessoal. 8. Resposta pessoal. 9. Resposta pessoal. 10. Resposta pessoal. 11. Trata-se de um texto voltado para um interlocutor específico, iniciado por um vocativo, em que a remetente procura convencer o então presidente da República a agilizar seu processo de naturalização. capítulo 8 Adequação à proposta: escrever sobre o que foi pedido 1. A 2. D 3. B 4. a) O poder aquisitivo. b) A cor da pele. c) A liberdade de ir e vir pode ser restringida tomando por base o poder aquisitivo ou a cor da pele? 5. A crítica se dirige a um estilo de vida que, em busca do futuro, acelera demais as ações do presente, dificultando que se aproveite este tempo. A imagem das tartarugas remete a uma lentidão oposta à velocidade e à modernidade sugeridas pelo carro e pelo motorista. 6. Na linguagem usual, “perder tempo” tem sentido negativo: significa gastar o tempo sem proveito algum. No poema, a mesma expressão é vista de maneira positiva: significa viver melhor o tempo que se tem ou aceitar a passagem natural do tempo. 7. Resposta pessoal. 8. B 9. D 10. E 11. D 12. D 13. Resposta pessoal. EM_REG_25a27_LP_RED_MP7_Resp.indd 27 13/04/17 11:18 28 R e sp o st a s – C a d e rn o d e E xe rc íc io s capítulo 10 Coerência textual Gramática e Texto 1. A 2. A 3. D 4. D 5. B 6. C 7. C 8. A 9. A 10. A 11. a) Há uma incompatibilidade de sentido entre os termos “cheque em branco” e “alto demais”. Trata-se de um paradoxo, já que se apresentam simultaneamente ideias que não se coadunam; se o cheque está “em branco”, sem valor expresso, especificado, não se pode dizer que seja “alto demais” (“alto” é pressuposto de valoração, que no caso não há). O que de fato dá sentido à expressão dentro do contexto é um subentendido: receber um cheque em branco do eleitor (muito poder) implica alta responsabilidade do eleito, que deve ser cauteloso no exercício de sua função pública e ciente da renúncia de direitos que a investidura acarreta. b) Uma das prerrogativas do cidadão é o direito à pri- vacidade. Como faz parte da condição de candi- dato a homem público abrir mão exatamente da vida privada, a “privacidade”, então, é “prerrogativa”, direito, que se perde. Prerrogativa é gênero, conjunto de direitos (entre os quais, como espécie, o direito à privacidade). 12. a) A incoerência da primeira frase resulta da contradição que existe entre suas proposições. Com efeito, a primeira afirma que não temos X (censura), e a segunda afirma que temos X (censura). O expediente usado para camuflar a incoerência é retomar X (censura), na segunda proposição, sob a forma da perífrase “limitação do que os jornais podem publicar”, que mantém o traço semântico / corte, essencial no conceito de censura. Com a expressão “o que temos é”, procura-se fazer passar por distinto de X (censura), algo que é idêntico a X (limitação do que os jornais podem publicar). b) A incoerência da segunda frase está em se fazer uma ressalva duplamente descabida. Em primeiro lugar, o predicado “não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo” é atribuído ao sujeito “um homem”. Ora, o termo homem exclui, por definição, o traço “ser ave”. Daí o absurdo da ressalva. Em segundo lugar, a ressalva é absurda porque, para a verdade do que se afirma no predicado, a troca de “um homem” por “uma ave” não faria nenhuma diferença. Tanto “um homem” quanto “uma ave” não podem estar em dois lugares ao mesmo tempo. Daí a improcedência da ressalva. 13. E 14. A 15. A 16. C 17. D 18. E 19. a) “são muito eficientes, mas só quando prescritos por um oftalmologista”. b) são muito eficientes, mas só devem ser usados quan- do prescritos por um oftalmologista. Observação: A incoerência é atribuir a eficiência só a lubrificantes sujeitos à prescrição médica. 20. Exatamente porque ela apresenta dados brutos, sem relativizá-los: em termos percentuais, 200 mortes entre os usuários de avião pode ser muito mais do que as 300 entre os que tomam banho. 21. a) O professor Paulo Freire defende uma posição criteriosa com relação à correção de erros gramaticais na escola. Mostra respeito e apreço pela variedade linguística que os meninos trazem de casa, sem deixar de ressaltar a importância do conhecimento da norma culta. b) Não, pois utiliza exatamente o mesmo exemplo ci- tado na entrevista, sem relativizar o seu uso, como fizera o ilustre educador. Após dizer que a linguagem dos meninos é bonita, faz logo uma ressalva: “tu precisas dizer ‘a gente chegou’ [em vez de ‘a gente cheguemos’]”. EM_REG_28a36_LP_GRAM_MP7_Resp.indd 28 13/04/17 11:19 29 R e sp o st a s – C a d e rn o d e E xe rc íc io s capítulo 11 Coesão textual 1. C 2. A 3. A 4. C 5. D 6. C 7. A 8. B 9. D 10. C 11. B 12. Sim. Nesse contexto, o anafórico ele (na combinação dele) pode estar se referindo tanto a Carlos quanto a João. Não há nenhum marcador contextual que torne uma possibilidade preferível à outra. Traduzindo literalmente (termo a termo) os dois sentidos, teríamos: • Carlos foi com João à casa de João. • Carlos foi com João à casa de Carlos. Em outras palavras, a frase não esclarece se o lugar ao qual Carlos se dirigiu foi sua própria casa ou a de João. 13. a) Há vários modos de dar a mesma notícia sem a ambiguidade: Ministro participa de reunião com presidente, na qual este voltou a pedir unidade no governo / na qual o chefe da nação voltou a pedir unidade no governo. b) Para seguir em alta no atual cenário financeiro do país, você pode acompanhar, nesta edição, as ten- dências do mercado. Supondo que a intenção seja a de colocar mercado como sujeito de seguir, a so- lução seria esta: Nesta edição, você pode acompa- nhar as tendências do mercado para que ele siga em alta no atual cenário financeiro do país. c) O porteiro e o vigilante da empresa foram chamados a depor, mas observou-se que o depoimento deste contradisse o daquele (ou daquele contradisse o deste). Poderia também ser usada a expansão lexi- cal, substituir porteiro por recepcionista e vigilante por guarda. 14. B 15. A 16. C 17. a) • Os sem-terra: os associados, os participantes do movimento. • O governador: o chefe do governo, a autoridade máxima do Estado. • A polícia: o destacamento. b) Levando ao pé da letra os termos usados na expan- são lexical, não há indícios de radicalismo, nem de exaltação partidária por parte do redator da notícia. Existe até um certo cuidado em evitar o uso de pala- vras ou expressões preconceituosas nas referências a qualquer um dos grupos envolvidos. 18. D 19. C 20. C 21. B 22. a) Nessa tirinha, do modo como foi articulada a coesão textual, a última fala contém uma afronta a Hagar, o pai da garota. Pelo que se conhece das tirinhas de Dik Browne, sabe-se que Hagar é marido de Helga e ambos são os pais da menina que está sendo censurada por Hagar. O ditado citado por Helga, “Tal mãe, tal filha”, relacionado com as duas falas anteriores, diz que ocorreu com ela o que o pai está censurando na filha. Isso quer dizer que Helga, tendo podido casar-se com o rapaz que quisesse da região, foi escolher logo um idiota, ou seja, Hagar. b) A mudança de sentido foi total: de afronta desmora- lizante, passou a um elogio franco e exaltado. Essa reviravolta foi provocada pela mudança nas frases vizinhas e não pela permutação de palavras da fala do último quadrinho. Trata-se, pois, de mudança re- sultante de um jogo de coesão. capítulo 12 Orações subordinadas substantivas: descrição, norma e operações de sentido 1. D 2. E 3. E 4. A 5. A EM_REG_28a36_LP_GRAM_MP7_Resp.indd 29 13/04/17 11:19 30 R e sp o st a s – C a d e rn o d e E xe rc íc io s 6. C 7. E 8. B 9. C 10. D 11. a) Sim. Ambas são subordinadas substantivas objetivas diretas. b) Sem dúvida a I. Ao introduzir a oração substantiva pela conjunção que, o enunciador estabelece o pressuposto de que está seguro da verdade con- tida nessa oração. Ao introduzir a mesma oração pela conjunção se, o enunciador estabelece outro pressuposto: ele não está certo da veracidade do que vem afirmado nela. 12. a) A única possibilidade coerente no contexto é o conector se. b) As orações substantivas introduzidas por se esta- belecem o pressuposto de que há dúvida sobre o seu conteúdo, o que é coerente com o contexto em que se afirma a impossibilidade da certeza (da traição de Bentinho por Capitu). O conector que estabeleceria o pressuposto de que o enunciador tem certeza da traição, o que não condiz com o contexto. 13. E 14. D 15. B 16. B 17. B 18. B 19. B 20. B 21. a) Ambos estão funcionando como complemento do verbo (comprove). Ambos são objeto direto. b) Em I, não se põe em dúvida “a superioridade dos nossos produtos”; pede-se apenas sua comprovação. Em II, não está pressuposta a superioridade; o que se pede é a verificação dessa possibilidade. 22. a) […] o controle da inflação pelo Brasil mesmo após a liberação do câmbio, a derrota tão vergonhosa da seleção de Zagallo na Copa de 98 [...]. b) Não. Embora haja um substantivo cognato do verbo acabar (acabamento), ele adquiriu, na língua por- tuguesa, um sentido especializado que o impede de ser usado nesse contexto. capítulo 13 Orações subordinadas adjetivas: descrição, norma e operações de sentido 1. C 2. E 3. D 4. C 5. C 6. A 7. B 8. C 9. E 10. D 11. a) É estranha a interpretação de que o proprietário do cachorro seria multado por ser pego andando solto pelas ruas. b) O sentido pretendido é que o dono de um cachorro bravo será multado se o cachorro for pego andando solto pelas ruas. c) Nova lei prevê multa para o dono, caso o seu ca- chorro bravo seja pego andando solto pelas ruas. Ou: Caso um cachorro bravo seja pego andando solto pelas ruas, seu dono será multado. 12. a) Evidentemente, a cláusula II. b) Em I, a oração adjetiva, separada por vírgula no iní- cio, é explicativa e quer dizer que todos os acidentes contra terceiros são de responsabilidade do segura- do. Portanto o seguro não cobre nenhum acidente contra terceiros. Em II, a oração adjetiva, sem vírgula no início, é restritiva e quer dizer que nem todos os acidentes contra terceiros são considerados de res- ponsabilidade do segurado. Portanto, o seguro se propõe a cobrir ao menos alguns acidentes. 13. C 14. B 15. D 16. C 17. D 18. D 19. A 20. D 21. a) O enunciado I. EM_REG_28a36_LP_GRAM_MP7_Resp.indd 30 13/04/17 11:19 31 R e sp o st a s – C a d e rn o d e E xe rc íc io s b) No enunciado II não há ambiguidade porque o me- canismo da concordância não deixa dúvida sobre o termo a que se refere o pronome relativo. A palavra votada, no feminino, impõe que o pronome relativo tenha como referência uma palavra feminina, no caso, a vereadora. 22. a) “Os meninos de rua, que procuram trabalho, são repelidos pela população.” b) Do modo como está redigida, sem vírgulas, a oração adjetiva é restritiva e quer dizer que nem todos os meninos de rua procuram emprego. Colocada entre vírgulas, a oração adjetiva passa a ser explicativa e quer dizer que todos os meninos de rua procuram trabalho. capítulo 14 Orações subordinadas adverbiais e reduzidas: relações de sentido 1. A 2. A 3. B 4. D 5. A 6. D 7. A 8. E 9. E 10. A 11. D 12. E 13. D 14. Seria necessário criar (ou a criação de) um órgão de defesa do eleitor que impedisse o candidato eleito por ele de mandar esquecer a promessa de prender os corruptos (ou da prisão dos corruptos). Observação: o uso de criação em vez de criar impõe alteração da concordância: Seria necessária a criação de um órgão… 15. a) Sem dúvida, a segunda (enunciado II). b) No enunciado I, a oração quando crescer é adver- bial temporal e está marcando o tempo em que o cabeleireiro vai corrigir o corte do cabelo e a tintura. O pressuposto é que, sem dúvida, o cabelo vai crescer e a correção será possível. No enunciado II, a oração adverbial é condicional (se crescer) e estabelece ou- tro pressuposto: o de que existe a possibilidade de o cabelo não crescer e, consequentemente, não ser possível o reparo. 16. a) A condição que o velho economista coloca é a prática do controle da natalidade, que vem expressa por meio de uma oração subordinada adverbial condicional: “se fizer o que os desenvolvidos fazem”. b) Países são desenvolvidos porque praticam o controle da natalidade. c) Países praticam o controle da natalidade porque são desenvolvidos. 17. B 18. D 19. B 20. C 21. C 22. B 23. E 24. E 25. C 26. C 27. A 28. a) “[…] como meu pai.” b) O sonho do menino é o mesmo que o do pai: ganhar 20 mil por mês; ou o sonho do menino é ganhar a mesma quantia que o pai ganha: 20 mil por mês. c) Eu sonho ganhar 20 mil por mês, como meu pai sonha. 29. a) Texto I: “[...] Eu, como (porque, visto que, já que) digo tudo, digo aqui que não tive tempo de soltar as mãos da minha amiga...” Texto II: “[...] Já lhe podia chamar assim, embora (ainda que, apesar de que, mesmo que) os seus cabelos brancos não o fossem todos nem totalmente; e o rosto estivesse comparativamente fresco...” b) A locução conjuntiva “uma vez que” expressa circuns- tância de causa e poderia ser substituída por termos equivalentes: como, porque, visto que e já que. A locução “posto que” expressa noção de concessão da mesma forma que os termos embora, ainda que, apesar de que e mesmo que. EM_REG_28a36_LP_GRAM_MP7_Resp.indd 31 13/04/17 11:19 32 R e sp o st a s – C a d e rn o d e E xe rc íc io s capítulo 15 Orações coordenadas: relações de sentido 1. A 2. C 3. E 4. A 5. D 6. D 7. A 8. A 9. A 10. C 11. a) Essas passagens deixam implícita a ideia de que um bom escritor não pode ser comunista e um escritor comunista não pode ser bom. Trata-se de uma visão evidentemente preconceituosa dos comunistas. b) Saramago está dizendo que, no começo da car- reira, ele era reconhecido como bom escritor, mas as pessoas preferiam desmerecê-lo pelo fato de ser comunista. Depois de um tempo, as pessoas conti- nuaram desmerecendo-o por ele ser comunista, mas preferiam salientar que ele era um bom escritor. Em outros termos, a primeira passagem é uma crítica a Saramago; a segunda é um elogio. 12. a) O conector adversativo “porém” estabelece uma relação de oposição entre a ideia de que a morte de Euclides foi um alívio para as elites republicanas e a percepção de que a voz do escritor continua viva. Assim, apesar de a morte do autor ter sido “um alívio para os césares”, a tese de que o Brasil tinha, no início da República, “uma ‘ordem’ excludente e um ‘progresso’ comprometido com o legado mais abominável do passado” – defendida por Euclides – continua sendo resgatada pela História. b) Euclides julgava que o Brasil, no início da República, continuava a não investir em “educação em mas- sa das camadas subalternas”, problema que existia desde a época monárquica. Para ele, prevalecia um “ambiente mesquinho e corrupto da ‘república dos medíocres’”, que não enfrentava “as mazelas deixadas pelo latifúndio, pela escravidão e pela ex- ploração predatória da terra e do povo”. Tudo isso serve de argumento para a tese de que o Brasil viva “a mistificação republicana de uma ‘ordem’ excludente e um ‘progresso’ comprometido com o legado mais abominável do passado”. 13. D 14. C 15. A 16. B 17. D 18. E 19. B 20. B 21. O bicho não era nem cão, nem gato, nem rato. 22. A conjunção mas expressa uma oposição ou ressalva à ideia anterior. capítulo 16 Tipos de texto: descrição, narração e dissertação 1. C 2. A 3. C 4. B 5. D 6. A 7. D 8. C 9. D 10. C 11. a) O proprietário afirma que a alma do apartamento está na varanda pelo fato de esta ser grande, espaçosa (“No terraço de 128 m²”), permitindo que a família entre em contato com a natureza (“a família toma sol”, “sair para a varanda é expor-se a um banho de sol”), com a sociedade (“recebe amigos para a festa”) e com a cultura (“‘Parece a Grécia’, diz a filha do proprietário”). b) Ao empregarem o vocábulo “generosos”, os repór- teres estão se referindo à grande extensão espacial que caracteriza os cômodos do apartamento. 12. 1) Vicente Lemes lê os autos e os contesta por estarem incompletos. 2) A vila inteira vigiava a lavratura do inventário. 3) Vicente Lemes exige refacção do inventário. 4) Vicente Lemes levanta-se e vai à janela, aliviado, olhar a calma da cidade. EM_REG_28a36_LP_GRAM_MP7_Resp.indd 32 13/04/17 11:19 33 R e sp o st a s – C a d e rn o d e E xe rc íc io s 13. B 14. D 15. (01 1 02 1 08 5 11) 16. D 17. C 18. A 19. A 20. B 21. D 22. Trata-se de palavras rudes, pouco polidas, que servem para revelar com crueza a baixa condição social dos habitantes do cortiço e a sua decadência social, pois vivem quase como se fossem animais. capítulo 17 Tipos de discurso e transposições 1. D 2. A 3. A 4. C 5. A 6. E 7. B 8. E 9. D 10. A 11. a) O emprego do discurso indireto ocorre nas seguintes passagens: • “[…] e ordenou-me que lhe dissesse tudo.” • “[…] perguntei-lhe, para principiar, quando é que ia para o seminário.” b) Transposição para o discurso direto: • [...] e ordenou-me [...]: — Diga-me tudo. • [...] perguntei-lhe, para principiar[...]: — Quando é que (eu) vou para o seminário? 12. Uma possibilidade de resposta seria: “Sensível ao apelo do governo para economizar gasolina, ele pediu que a mulher preparasse a sunga esportiva. Ela lhe perguntou por quê. E ele respondeu que, no dia seguinte, iria trabalhar de bicicleta”. 13. C 14. B 15. D 16. A 17. A 18. O discurso indireto livre está em: “Mas por que aquilo tudo? Por que a mãe lhe falava daquele jeito, por quê? Não fizera nada de mal, só queria mudar de lugar, só isso… Não, desta vez ela não estava sendo nem um pouquinho camarada”. 19. Disse-me ela, na semana passada, que eu não me arrependeria se ajudasse o pobre do seu irmão naquele momento difícil. 20. O fiscal do “rapa” perguntou ao músico se ele tinha licença, ao que ele respondeu que não. O policial, então, ordenou-lhe que o acompanhasse. O ambulante respondeu afirmativamente e perguntou-lhe que música iria cantar. 21. Um guia relatou que o turismo na favela é um pouco invasivo, pois, ao andarem por aquelas ruas estreitas e, como os moradores deixam as janelas abertas, os turistas olham, sem pudor, para dentro das casas, criando situações desagradáveis, como a ocorrida com outro colega de trabalho. Contou que uma moradora cozinhava em seu fogão localizado perto da janela, quando um turista, que por ali passava, enfiou o braço e abriu a tampa da panela, enfurecendo a mulher, que chegou a golpeá-lo. 22. As fontes fidedignas empregadas para dar credibilidade às informações são a tese de Rodrigo Mallet Duprat, Realidades e particularidades da formação do profissional circense no Brasil: rumo a uma formação técnica e superior, e a entrevista com tal estudioso. Em relação aos discursos, há ocorrência do discurso direto, indicado pelo uso de aspas e verbo dicendi ao término do trecho (defende o autor) em “‘Há, no mercado, profissionais híbridos, oriundos de várias áreas de formação, inclusive no circo familiar. Mas, como falta um curso superior, muitos artistas que começaram nas artes circenses vão para outras áreas do conhecimento como ciências sociais, dança, teatro, educação física, história... É até bom existir essa amplitude, só que aquele profissional poderia ter a possibilidade de se formar, fazer um curso superior de artes do circo’, defende o autor da tese”; há também ocorrência do discurso indireto, conforme se lê a seguir: “Rodrigo entende que atualmente a atividade é exercida por diferentes profissionais como professores de teatro, artes ou educação física”. EM_REG_28a36_LP_GRAM_MP7_Resp.indd 33 13/04/17 11:19 34 R e sp o st a s – C a d e rn o d e E xe rc íc io s capítulo 18 Sinais de pontuação: marca de relação sintática e produção de sentido 1. I. a) Em matéria de queda da inflação, o ano de 1995 sobrepujou os anos anteriores. b) O ano de 1995, em matéria de queda da inflação, sobrepujou os anos anteriores. II. a) Graças a múltiplas atrações naturais, o Brasil é um país vocacionado para o turismo. b) O Brasil, graças a múltiplas atrações naturais, é um país vocacionado para o turismo. III. a) Com uma pequena espátula de marfim, ela abre as páginas de um livro. b) Ela, com uma pequena espátula de marfim, abre as páginas de um livro. 2. a) A percepção, de pessoa para pessoa, sofre variações consideráveis. b) Estas, a meu ver, são razões pouco significativas. c) Impunham-nos, a cada dia, condições novas. d) Os comerciantes, nesse contexto, procuram atingir sua meta, isto é, o lucro. e) Não negues, portanto, a condição básica do co- mércio. 3. A 4. B 5. C 6. A 7. D 8. E 9. D 10. B 11. E 12. C 13. D 14. D 15. D 16. C 17. B 18. I. D II. D 19. E 20. Na manchete final do primeiro grupo, só é cabível marcar com vírgulas a intercalação do adjunto adverbial “nos EUA” (Causaram viva apreensão, nos EUA, os discos voadores). No último título do segundo grupo, apenas a intercalação do adjunto adverbial “hoje” pode ser indicada pelo sinal de pontuação (“MEC divulga, hoje, resultados do ENEM por escolas”). 21. • Na frase I, afirma-se que só existe uma mãe; mãe, no caso, é objeto direto de tem. • Na frase II, o termo mãe, separado por vírgula e funcionando como vocativo, designa a pessoa a quem o falante se dirige. Daí a ideia de que só “tem” (há/existe) uma Coca-Cola. 22. D 23. E 24. C 25. E 26. C 27. E 28. B 29. D 30. D 31. D 32. C 33. B 34. A 35. A 36. Essa pontuação serve exatamente para estabelecer o pressuposto de que todo tipo de aborto se inscreve como crime no Código Penal. A oração entre vírgulas é subordinada adjetiva explicativa. Observação: O sentido decorrente dessa redação não traduz com precisão o que diz o Código Penal vigente no Brasil, que não considera crime o aborto quando a gravidez é consequência de estupro ou oferece risco à vida da gestante. 37. a) Essa passagem, lida fora de contexto, admite que se interprete o termo o cachorro como aposto, explicando quem é Júpiter. b) Pusemo-nos a caminho, por volta das quatro horas: Legrand, Júpiter, o cachorro e eu. EM_REG_28a36_LP_GRAM_MP7_Resp.indd 34 13/04/17 11:19 35 R e sp o st a s – C a d e rn o d e E xe rc íc io s capítulo 19 Regência: norma-padrão, marca de relação sintática e produção de sentido 1. A 2. A 3. A 4. B 5. B 6. E 7. C 8. A