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Português 2M RESPOSTAS CADERNO DE EXERCÍCIOS

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capítulo 1
Descrição, narração e dissertação 
a serviço dos gêneros
1. E
2. D
3. B
4. D
5. A
6. A
7. A única passagem narrativa é “Saí, afastando-me dos 
grupos, e fingindo ler os epitáfios”. A predominância 
de palavras de sentido concreto e a sequência de 
ações, indicando progressão temporal, definem o texto 
narrativo.
8. A
9. Resposta pessoal.
10. Resposta pessoal.
11. Resposta pessoal.
12. Resposta pessoal.
capítulo 2
Publicidade, quadrinhos 
e fotojornalismo: entre a 
descrição e a narração
1. C
2. D
3. a) A tira faz alusão à Batalha de Waterloo, em que 
Napoleão foi derrotado.
b) A personagem consultada busca a explicação para 
as qualidades profissionais do “estrategista militar”: 
se é verdade que este é parente do estrategista de 
Napoleão em Waterloo, e se é verdade que as carac-
terísticas de um ser são transmitidas geneticamente a 
seu descendente, o fracasso na Batalha de Waterloo 
– que leva a questionar a competência do assisten-
te de Napoleão – faz pressupor que as qualidades 
profissionais do estrategista da tirinha são também 
desastrosas.
4. Na parte esquerda da imagem, lê-se “O nosso papel 
no seu projeto” e observa-se o desenho de uma 
ponte; na direita, lê-se “é tirar seu projeto do papel” e 
observa-se a fotografia da ponte já construída. Assim, 
nos dois casos, as partes da frase reforçam o sentido 
produzido pelas imagens, já que a parte esquerda 
é uma imagem que remete ao projeto, enquanto 
a direita mostra o projeto realizado. Há, pois, entre 
imagem e frase, entre os elementos visuais e verbais, 
uma relação de ênfase.
5. D
6. Resposta pessoal.
7. Resposta pessoal.
8. Resposta pessoal.
9. Resposta pessoal.
10. B
11. E
12. a) O enunciado define “atalho” como “a distância mais 
longa entre dois pontos”, enquanto o princípio mate-
mático parodiado afirma que “a reta é a menor dis-
tância entre dois pontos”. A legenda da ilustração, ao 
substituir “reta” por “atalho”, inverte o sentido original, 
o que configura a paródia. Ou seja, o “atalho”, que 
deveria ser, como a “reta”, “a menor distância entre 
dois pontos”, nessa situação concreta é justamente o 
contrário. Isso se ajusta ao enunciado fundamental 
da Lei de Murphy: o “atalho” se torna um problema, 
é valorizado negativamente (já que não encurta a 
distância), confirmando a ideia de que “se alguma 
coisa pode dar errado, dará”.
b) Os elementos visuais da ilustração de Jaguar rea-
firmam o significado da legenda: o “atalho” é uma 
escada, e carros não sobem escadas. O atalho sob 
forma de escada seria comemorado com euforia por 
um caminhante; para um motorista, porém, nada 
poderia haver de mais errado.
Respostas – Caderno de Exercícios 3
Redação
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capítulo 3
Artigos, editoriais e resenhas: 
variações dissertativas
1. E
2. A
3. C
4. E
5. Resposta pessoal.
6. Resposta pessoal.
7. Resposta pessoal.
8. Resposta pessoal.
9. Resposta pessoal.
10. Resposta pessoal.
capítulo 4
Elementos da narrativa
1. I – C; II – B; III – D; IV – A
2. No primeiro fragmento, o texto tem uma dimensão 
descritiva, sem que o narrador demonstre preocupação 
em penetrar no universo passional ou mental das 
personagens. É o típico caso de narrador observador. No 
segundo, o narrador é personagem, como se percebe 
pelo uso de expressões como “na minha família” ou 
“em minha terra”, que o colocam como personagem 
da narrativa. Porém, o protagonista parece ser Tio 
Man’Antônio, o que indicaria um narrador testemunha. 
No terceiro trecho, o narrador, ao dizer que “Bertoleza 
fez-se ainda mais concentrada e resmungona” e ao usar 
expressões como “olhares de desconfiança”, “abismos 
de constrangimento” ou “cheia de apreensões”, mostra 
que sabe tudo sobre as personagens, o que caracteriza 
a onisciência. Por fim, no quarto, o narrador é uma 
personagem, Ponciano de Azeredo Furtado, que se 
apresenta como protagonista na narrativa.
3. a) Trata-se de um narrador protagonista, que contribui 
para produzir um efeito de sentido de subjetividade.
b) É possível citar as constantes referências ao interlo-
cutor, por meio do pronome de tratamento “senhor” 
e do vocativo “moço”, e o uso repetido de frases ex-
clamativas.
4. D
5. As ações de Vicente Lemes são: Ele lê os autos. Ele 
lavra o despacho pela segunda vez. Ele se levanta do 
tamborete. Ele olha pela janela.
6. Ele é uma pessoa honesta e íntegra, pois exige que o 
inventariante arrole todos os bens. Ao mesmo tempo, ele 
se mostra condescendente quando admite que nem 
todos os bens costumam ser arrolados num inventário. 
Além disso, ele ainda é determinado, já que ele não 
desiste de seu propósito.
7. a) Pressupõe-se que ele está numa sala (provavelmente 
de um fórum), que permite avistar o cartório, numa 
cidade pequena do interior. 
b) Ele é juiz.
8. a) Numa cidade pequena, provinciana, rural, em que 
todas as pessoas se conhecem.
b) Percebe-se que se trata de uma pequena cidade 
rural pelo seguinte trecho: “A vila inteira, embora nin-
guém nada dissesse claramente, estava de olhos 
abertos assuntando se tais bens entrariam ou não 
entrariam no inventário. Lugar pequeno, ah, lugar 
pequeno, em que cada um vive vigiando o outro!”.
9. Resposta pessoal.
10. a) Distante. O narrador, identificado com o “hoje”, distin-
gue de seu tempo com os meirinhos de antigamente, 
do “tempo do rei”.
b) O fato de o narrador manter-se temporalmente afas-
tado da época em que se dão os acontecimentos 
da narrativa é mais um indício de que se trata de um 
narrador implícito, ou seja, em terceira pessoa, que 
não participa da história como personagem.
11. Não. O uso de formas verbais e pronomes na primeira 
pessoa não garante que a narrativa seja conduzida por 
um narrador personagem. No caso desse fragmento, 
fica claro que as personagens são D. Antônio, D. Diogo, 
Isabel, Cecília e D. Lauriana. O narrador é implícito e só 
usa a primeira pessoa para explicar ao leitor como será 
a condução da narrativa. Não há nenhum indício de 
que o narrador vá tornar-se personagem da história.
12. Resposta pessoal.
13. Resposta pessoal.
14. Resposta pessoal.
15. Resposta pessoal.
16. C
17. E
18. D
19. B
20. A personagem é um palhaço, conforme inúmeras pistas 
disseminadas no percurso da letra: logo no início do 
texto, é caracterizado com “cara de palhaço” e “pinta 
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de boneco” (mas ainda poderia apenas parecer 
um palhaço, sem sê-lo de fato); mais adiante isso 
também é evidenciado pelos trechos “pinta a cara”, 
“muito colorido”, “pula” e “gesticula”. Esses elementos 
contextuais são pistas que levam à conclusão de que 
esse é o esboço de um palhaço.
21. O texto não define com precisão o momento das ações. 
Não há uma progressão clara entre os fatos, ou seja, 
não se nota de modo evidente uma sequência narrativa 
com começo, meio e fim. Em algumas passagens, na 
verdade, é possível percebê-la, como quando chega 
à Bela Vista e cumprimenta todos os frequentadores 
do local, depois “dá uma passadinha nos botecos de 
Pinheiros” para “então” procurar o centro da cidade, 
chegando à Liberdade e, depois, “no fim da noite”, 
passar pelo Bom Retiro, ponto final de sua caminhada 
pela cidade (como se percebe pelo trecho “último 
giro”). Não se sabe exatamente se o percurso começou 
de manhã, à tarde ou
no início da noite, mas o término é 
definido pela expressão adverbial “no fim da noite”. Mas 
isso não permite dizer que a “história” se passa no período 
de um dia inteiro. Aliás, outros trechos sugerem que a 
personagem repete ações em dias diferentes, como em 
“lá ele aparece algumas vezes” (na Liberdade). Em outra 
passagem, a duração de tempo é bem maior: ao entrar 
na USP e sair com diploma, imagina-se pelo menos 4 ou 
5 anos (tempo de duração dos cursos universitários).
22. a) Ao como narrar, já que o narrador, em vez de contar 
sua história, está comentando como deve ser o início 
de sua narrativa.
b) À trama.
c) Não. Na verdade, em Memórias póstumas de Brás 
Cubas, o início da trama corresponde ao final da 
fábula, já que o narrador começa a contar sua vida 
pelo final, isto é, pela morte.
23. A
24. Trata-se de um homem com faro comercial, que 
observa uma determinada situação, constata uma 
necessidade e propõe uma solução. Hoje são os 
chamados empreendedores – aqueles que têm uma 
visão oportunista, no sentido de que sabem aproveitar 
o contexto para ganhar dinheiro. 
25. A qualificação das personagens pela nacionalidade, 
marcada pelos adjetivos pátrios “japonês”, “siciliano” 
e “libanesa”, indica que a cidade é uma metrópole, 
portanto um espaço que abriga pessoas vindas de 
diferentes países, representando diferentes culturas. Isso 
confere a São Paulo um traço global, característica, aliás, 
de toda metrópole. Além das pessoas que vêm de outros 
países, a letra também faz menção ao pernambucano, 
representando as pessoas que migram de outros estados 
para a cidade (principalmente do Nordeste).
26. O adjetivo “rápido” está presente em vários produtos 
e serviços oferecidos na cidade, inclusive em inglês 
(coerente com o que dissemos sobre o caráter global 
da metrópole), como em fast-shop, fast-food, etc. 
Uma das características marcantes da cidade é sua 
vocação para o trabalho, como mostra o trecho “povo 
que trabalha o dia todo”. O tempo para fazer tantas 
atividades, portanto, nunca parece suficiente. Por isso, 
tudo deve ser feito de forma veloz. Essas noções estão 
expressas, por exemplo, em passagens como “sai 
correndo” e “não tem tempo”. A falta de tempo inclusive 
para tomar banho é o que justifica, num interessante 
jogo de humor, a criação do “lava-rápido de gente”.
27. Resposta pessoal.
28. Resposta pessoal.
29. Resposta pessoal.
30. Resposta pessoal.
31. Resposta pessoal.
cap’tulo 5
Reportagem e crônica: dois 
gêneros narrativos clássicos
1. C
2. a) As aulas na Escola Estadual Fernão Dias Paes foram 
retomadas.
b) Os membros da comunidade escolar.
c) Na Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros, 
na zona oeste de São Paulo.
d) Na quarta-feira, dia 6 de janeiro de 2016, 55 dias após 
a ocupação pelos estudantes.
e) As aulas foram retomadas de uma forma menos formal 
e mais “humana” por parte dos professores. Ao invés 
de dispostas em fileiras, as carteiras de quase todas 
as salas agora estão organizadas em círculo, o que 
deixou os estudantes mais próximos dos professores.
f) Porque, no período da ocupação, os alunos ficaram 
sem estudar e as aulas foram perdidas.
3. Resposta pessoal.
4. A
5. A
6. Resposta pessoal.
7. Resposta pessoal.
8. Resposta pessoal.
9. Resposta pessoal.
10. Resposta pessoal.
11. Resposta pessoal.
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capítulo 1
Textos temáticos e figurativos
Gramática e Texto
1. E
2. A
3. B
4. C
5. A
6. C
7. B
8. A
9. E
10. A
11. O relato da viagem serve como um exemplo, ou seja, 
uma figura, que torna mais concreto para o leitor o 
conceito abstrato da importância da diversidade. Um 
mundo em que só existissem sequoias, apesar da beleza 
dessas árvores, seria um mundo tedioso, pois não teria 
nenhuma diversidade. 
12. a) A mensagem inicial é temática; a atual é figurativa.
b) Houve uma grande vantagem, pois as mensagens 
figurativas tornam os malefícios do tabagismo con-
cretos e mais próximos do consumidor. Com isso, 
afetam mais diretamente os sentidos, mobilizando 
as emoções. Isso com certeza é mais eficaz, não só 
para convencer racionalmente, mas também para 
motivar afetivamente, encorajando aqueles que 
eventualmente queiram abandonar o vício.
13. E
14. B
15. I. b); II. d); III. c); IV. a.
16. E
17. D
18. D
19. A
20. C
21. a) A palavra mais diretamente relacionada à fotografia 
é o substantivo abstrato “compromisso”. Em nossa 
cultura, as alianças, como todos sabem, são um sinal 
externo e concreto de que uma pessoa é casada. 
Elas representam alguns temas abstratos que são 
considerados desejáveis em um casal: a afetividade 
e a cumplicidade, ou seja, o compromisso mútuo que 
os une.
b) Sugere que se trata de um vínculo mais importante do 
que um mero relacionamento comercial despersona-
lizado; ao contrário, a mensagem pretende associar 
essa parceria a uma das relações mais pessoais, 
profundas e duradouras da vida de alguém, o ca-
samento.
c) A associação entre a relação comercial e a relação 
conjugal vem reforçada pela oração “Há 65 anos”, 
que enfatiza a noção de que se trata de um compro-
misso duradouro, senão indissolúvel, pelo pronome 
pessoal “nós”, que se refere à empresa como se ela 
fosse um ente personificado, e pelo pronome de tra-
tamento informal “você”, que individualiza e identifica 
o destinatário.
22. Além de a marca estar estampada no lugar em que 
usualmente é gravado o nome do cônjuge, pode-se 
notar que o nome da empresa (Johnson & Johnson) 
já sugere uma parceria sólida entre dois sócios que 
compartilham inclusive o mesmo sobrenome.
23. A referência à marca do anunciante, desta vez 
usando apenas as letras iniciais, reforça a ideia de 
parceria, simulando o monograma de um casal; 
a oração “há 65 anos”, que vem repetida logo em 
seguida, e a conjugação do verbo viver no gerúndio 
(“vivendo”) reiteram a noção de durabilidade e de 
permanência do compromisso. A escolha do verbo 
“viver” para referir-se à atuação comercial da empresa 
enfatiza a noção de que essa atuação não se resume 
a um vínculo impessoal, tornando-se carregada de 
afetividade. A locução “dia a dia”, por fim, além de 
reiterar simetricamente a ideia de um casal em uma 
relação de parceria já presente no início da frase, 
acrescenta a noção de constância: o “casamento” da 
empresa com o consumidor não é apenas duradouro, 
mas também constante. 
capítulo
Textos não verbais e sincréticos: 
procedimentos de leitura
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1. A
2. A
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9. D
10. B
11. a) A impressão digital, por ser exclusiva de cada 
indivíduo, é largamente utilizada como meio de 
identificação. No anúncio, por uma relação de 
similaridade, ela constitui uma metáfora daquilo que 
o texto verbal promete: a identificação inequívoca do 
morador de São Paulo. A presença de um rosto no 
meio da impressão digital reforça a ideia de que se 
conseguirá ter de fato um “retrato” desse morador, 
e o sorriso ostensivo que o rosto estampa faz supor 
que as características selecionadas comporão uma 
imagem positiva, de um cidadão despreocupado, 
jovial, etc.
b) “Descubram quem são e o que pensam os moradores 
de São Paulo.”
12. a) Há entre a imagem e o texto verbal uma relação 
de sentido de contiguidade, na qual um elemento 
x é usado em lugar de um elemento y: o carimbo, 
no texto visual, é usado em lugar
de “burocracia”, 
no texto verbal. Em outros termos, o carimbo é 
o objeto escolhido para representá-la, já que em 
geral é associado aos trâmites burocráticos. A 
tecla “delete”, no texto visual, também em relação 
metonímica, representa a informatização: o mundo 
digital acabaria com a necessidade de carimbar 
papéis, de acumulá-los, pondo fim aos expedientes 
burocráticos.
b) Com o verbo “desburocratizar”, derivado do substan-
tivo “burocracia”, pode-se formar a seguinte frase: 
“É fundamental desburocratizar as relações cotidia-
nas, para que o homem disponha de mais tempo 
para si”. Outro exemplo: “Deve haver uma reforma no 
Judiciário para desburocratizar o acesso à Justiça, 
tornando-a mais ágil”.
c) Outra locução formada com o substantivo “dia” é “per-
der o dia”, como exemplifica a frase a seguir: “Perdi o dia 
tentando ser atendido nesta repartição pública”. Outro 
exemplo, agora com a locução “valer o dia”: “Você me 
ligou / naquela tarde vazia / e me valeu o dia” (Edgard 
Scandurra e Ricardo Gasparini. Tarde Vazia.).
13. E
14. A
15. C
16. B
17. D
18. E
19. E
20. C
21. a) A polissemia da palavra “veículo” desencadeia no 
contexto uma ambiguidade, responsável pelo efeito 
de humor da tirinha. Na fala do garoto, tem o sentido 
de “meio” utilizado para a transmissão da cultura. 
Na fala de Mafalda, é interpretada com o sentido 
de “meio de locomoção” usado para o transporte 
da cultura. 
b) Sim. O efeito crítico está na denúncia de que a televi-
são não atua de fato como meio de transmissão da 
cultura, mas como veículo, por exemplo, de ideias 
ligadas à banalização da vida pela violência, como 
sugerem as onomatopeias do terceiro quadro da 
tirinha. Por isso, Mafalda diz sarcasticamente que, 
se ela fosse a cultura, saltaria do veículo (“TV”) para 
seguir a pé.
22. a) Do ponto de vista visual, há uma fotografia de um 
novo ponto de ônibus, com uma pessoa dormindo 
em cima dele. Verbalmente, existe, nas laterais do 
ponto, uma propaganda justamente dizendo que os 
benefícios dos novos pontos (“conforto, segurança e 
beleza”) são permanentes. Relacionando esses dois 
aspectos, percebe-se que, de fato, os pontos são mais 
novos, mais funcionais e mais agradáveis; porém, a 
presença do morador de rua confere um viés crítico 
à fotografia, pois ele transforma o ponto em uma 
cama confortável e segura. Ainda existe, no anúncio 
publicitário, a exploração de um trocadilho, pois a 
palavra “passageiros” produz uma ambiguidade 
programada: como substantivo, indica aqueles que 
usam o transporte coletivo e, como adjetivo, sugere 
que as vantagens dos pontos novos serão perenes.
b) Podem ser consideradas expressões comuns da lin-
guagem oral informal: “ninguém te incomoda”, “calor 
de matar”, “Cato lata” e “o que dá”.
cap’tulo
Combinação de palavras: 
mecanismos de coesão frasal
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1. C
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3. E
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10. D
11. a) Pode-se interpretar que o adjetivo “acusada” esteja 
qualificando “polícia” ou “família”.
b) Há mais de uma solução:
• Acusada de cometer repetidos sequestros, uma fa-
mília paranaense, há cerca de dez anos, desafia a 
polícia do Sudeste brasileiro.
• Membros de uma família paranaense, há cerca de 
dez anos, desafiam a polícia do Sudeste brasileiro, 
acusados de cometer repetidos sequestros.
12. a) Pode-se entender que a garota toma uma vitamina 
de frutas batidas com leite de arroz ou com leite de 
soja, ou que ela toma uma vitamina de frutas batidas 
com arroz.
b) Uma vitamina de frutas batidas com arroz seria muito 
incomum, porque a consistência do arroz não parece 
adequada para a preparação de vitaminas. Além 
disso, a combinação de arroz com frutas não faz 
parte dos hábitos dietéticos brasileiros.
13. C
14. D
15. C
16. B
17. E
18. C
19. a) O espaço institucional do qual é típica a expressão 
“Vossa Excelência me permite um aparte” é o 
parlamento: os membros dessas casas legislativas 
costumam tratar-se por “Vossa Excelência”. A outra 
palavra que permite essa identificação é “aparte”, 
vocábulo por meio do qual um parlamentar solicita 
ao que está falando licença para fazer um comentário 
ao seu discurso. Como se sabe, a ocorrência de 
apartes é rotineira no debate parlamentar. 
b) Na segmentação “um aparte”, temos o artigo inde-
finido “um”, seguido do substantivo “aparte”, cons-
tituindo uma unidade fônica com o sentido de in-
terrupção, intromissão. Essa mesma unidade fônica 
pode, também, ser morfologicamente segmentada 
em “uma parte”, na qual o artigo indefinido “uma” se 
refere ao substantivo feminino “parte”, que significa 
“pedaço ou porção de um todo”.
c) O termo “Vossa Excelência” estabelece analogia 
entre deputados e ratos. O pedido de “um aparte” 
reforça essa analogia. Só que a figura do queijo, 
como símbolo de um objeto de desejo, torna pos-
sível e justificável a passagem de “um aparte” para 
“uma parte”. Assim, o quadrinho se apresenta como 
crítica ao universo dos parlamentos onde, em última 
análise, cada um busca seu próprio proveito. Temos, 
portanto, no quadrinho, uma metáfora que satiriza a 
conjuntura da política nacional.
20. a) Há ambiguidade em III e em IV. Nos dois casos, não 
é possível saber se o pai é encorajado pelo filho ou 
se é o filho que é encorajado por seu pai.
b) III. O pai ao filho encoraja; IV. Ao filho o pai encoraja.
c) Se pusermos uma preposição marcando as relações 
entre as palavras, a ordem será secundária para a 
interpretação do sentido, tal como se percebe nesta 
frase: “Ao filho encoraja o pai”.
21. a) Em I, “raramente” está relacionada à oração “a 
população civil não leva vantagem”; em II, ao 
segmento “os combatentes não têm como se 
defender”.
b) Segundo I, o normal nas guerras é que a popula-
ção civil seja poupada e os combatentes sofram as 
maiores baixas; segundo II, normalmente ocorreria 
o oposto: as maiores perdas atingiriam os civis, pois 
os combatentes armados quase sempre podem se 
defender.
22. I. As margens plácidas do Ipiranga ouviram
 O brado retumbante de um povo heroico.
 II. Teus risonhos, lindos campos têm mais flores
 Do que a terra mais garrida.
III. Salve, lindo pendão da esperança,
 Salve, símbolo augusto da paz!
 Tua nobre presença nos traz
 A grandeza da pátria à lembrança.
cap’tulo
Sujeito e predicado: manobras de 
construção de sentidos no texto
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13. Se sujeito composto é definido como aquele que 
representa mais de um ser, então uma “senhora grávida” 
serve de exemplo para ilustrar essa definição. Da mesma 
forma, o sujeito de “acudiram” também seria composto, 
já que duas pessoas representam mais de um ser.
 A falha está em usar a palavra “ser” em vez de “núcleo” 
para definir sujeito composto (aquele que contém mais 
de um núcleo, isto é, mais de uma forma lexical no papel 
de núcleo).
14. D
15. D
16. A
17. B
18. D
19. A
20. B
21. A
22. Os sujeitos dos verbos viu e foi não estão expressos, 
embora possam ser reconhecidos. Na oração que se 
inicia depois do ponto-e-vírgula, há elipse de poeta, 
núcleo do sujeito, e do verbo canta, núcleo do 
predicado. Explicitando-se todos os termos elípticos, o 
período passa a ter a seguinte redação:
 Canta um poeta, entre nós, um Partenon de Atenas, 
que
ele nunca viu; outro poeta canta os costumes de 
um Japão a que ele nunca foi.
cap’tulo
Satélites do verbo: papel semântico dos 
objetos, adjuntos e agente da passiva
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9. E
10. D
11. E
12. C
13. A
14. A expressão “a essa técnica” já vem expressa na frase 
por meio do pronome oblíquo “a”, colocado antes de 
“transformou”. A repetição cumpre o duplo papel de 
dar ênfase ao termo repetido e dar mais clareza ao 
enunciado.
15. E
16. A
17. E
18. E
19. B
20. a) A I quer dizer que os prisioneiros provocaram a 
demissão do diretor da penitenciária (que é o paciente 
da ação verbal). A II significa que os prisioneiros 
deram depoimento ao diretor da penitenciária (que 
é o destinatário da ação verbal).
b) “O diretor da penitenciária” é objeto direto, e “ao 
diretor da penitenciária”, objeto indireto.
21. C
22. B
23. B
24. D
25. D
26. D
27. D
28. E
29. D
30. C
31. D
32. A
33. a) “[...] o governo vai alterar o projeto de lei em tramitação 
no Congresso [...].”
b) Segundo o projeto original, as empresas só obteriam 
empréstimos caso não atrasassem o pagamento de 
seus funcionários, o que as forçaria a manter em 
dia a remuneração de seus empregados. Como a 
modificação no projeto consiste em suprimir essa 
exigência, as empresas são favorecidas, pois deixam 
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de ser obrigadas a pagar seus funcionários na data 
prevista. Estes, consequentemente, são prejudicados.
c) A voz passiva é um recurso linguístico que, ao desta-
car o paciente da ação, faz com que o agente não 
seja o centro das atenções, permitindo inclusive que 
ele seja omitido da frase. No contexto em análise, o 
enunciador se valeu desse recurso para colocar em 
evidência a modificação sofrida pelo projeto de lei e, 
ao mesmo tempo, desviar a atenção sobre o agente, 
no caso, o governo.
 Observação: pode-se discutir ainda o quanto o contexto 
político do país à época, em que a imprensa era alvo 
de forte censura, provavelmente levou o enunciador a 
amenizar a identificação do governo como responsável 
pela medida impopular noticiada.
34. E
35. D
36. a) Por 50 mil dólares.
b) • Firmas particulares adquiriram, por 50 mil dólares, he-
licópteros que haviam sido desativados pela polícia.
 • Firmas particulares adquiriram helicópteros que, por 
50 mil dólares, haviam sido desativados pela polícia.
37. a) “Foi morta” é a voz passiva do verbo “matar”, que exige 
dois acompanhantes: um agente e um paciente 
afetado; “morrer” exige apenas um, o paciente 
afetado.
b) Como “foi morta” exige um agente e um paciente, 
pressupõe-se que alguém tenha praticado a ação 
de matar a velhinha, o que causa estranheza por 
ela ser idosa e, por pressuposto, inofensiva. “Morreu” 
exige apenas um paciente afetado e pressupõe que 
ela tenha deixado de viver por causa natural, o que 
é aceitável no caso da velhinha.
38. C
39. B
40. C
41. B
42. A
43.
Os portugueses
Sujeito
não haviam sido 
empurrados
Verbo na voz 
passiva
por uma 
tempestade
para a terra de 
Santa Cruz
Agente da 
voz passiva
Adjunto 
adverbial
44. O prefeito anterior nos deixou uma dívida incalculável. 
Para a solução dessa herança traiçoeira, serão 
adotadas medidas implacáveis: os impostos serão 
aumentados, 30% dos funcionários serão demitidos; 
taxas de estacionamento em locais públicos serão 
criadas e serão cobrados juros altos pelo atraso de 
pagamento.
cap’tulo 6
Argumentação: recursos de persuasão
1. C
2. E
3. B
4. D
5. A
6. B
7. B
8. E
9. B
10. D
11. E
12. a) É evidente a intenção de criar a imagem de uma fera 
aprisionada, de um animal selvagem perigoso, mas, 
naquele momento, inofensivo, dominado pelas forças 
do governo.
b) Há inúmeros detalhes que contribuem para criar a 
imagem de fera confinada: a jaula, com grades de 
ferro; a vestimenta listrada (semelhante – ao longe – a 
um tigre); o gesto ameaçador; a vigilância cerrada 
de homens armados; a distância que as pessoas 
guardam da jaula, apesar de o prisioneiro estar to-
talmente neutralizado; o ar de espanto e a aparência 
de medo dos repórteres e dos guardas à paisana. 
c) “Nós estávamos sendo manipulados”, do fotógrafo 
americano Wesley Bocxe.
13. A
14. C
15. D
16. D
17. C
18. C
19. A
20. C
21. E
22. A
23. B
24. E
25. A
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26. C
27. C
28. B
29. a) A água.
b) A expressão é: “Vende que nem água”.
c) O texto publicitário cria a impressão de que a ex-
pressão conhecida já perdeu a força expressiva se 
comparada com a venda de seu produto, ou seja, 
em vez de a água ser usada como protótipo de pro-
duto altamente consumido, os chinelos do anúncio 
é que seriam os mais apropriados para isso.
d) O argumento de quantidade, pois o texto não fala de 
nenhuma outra propriedade do produto, apenas de 
seu alto consumo. O que é muito consumido tende 
a ser preferido ao que é menos consumido.
30. a) Não há. Prova disso é que o mesmo boné de 65 
dólares chega a ser vendido por 400 reais.
b) O principal motivo é o fato de ele cobrir cabeças 
coroadas (de Madonna a Daniella Cicarelli) e ser 
praticamente exclusivo de pessoas endinheiradas.
c) No plano pragmático, real, traz o benefício dos bonés 
em geral: cobrir a cabeça, protegê-la do sol, etc. O 
benefício maior é de ordem emocional, pois traria 
prestígio social: comprar um objeto como esse é, no 
plano da fantasia, igualar-se a uma das celebridades 
que o usam. Na verdade, é ilusão: usar um atributo 
de uma “pessoa coroada” é como adquirir status de 
“coroado”. 
31. B
32. C
33. D
34. A
35. B
36. D
37. D
38. B
39. a) “Mas eles adiarão sua entrada no Primeiro Mundo 
se continuarem a dar pouca atenção à saúde e à 
educação de seus pobres.”
b) A citação entre aspas quer dizer que o trecho foi 
transcrito com as próprias palavras do autor citado, o 
que dá mais crédito à citação. É uma demonstração 
de que o jornalista não alterou nenhuma palavra do 
que foi dito pelo ilustre economista.
40. a) O aposto é “prêmio Nobel de Economia de 1992”.
b) A importância argumentativa desse aposto é que ele 
serve para aumentar a credibilidade do autor citado 
e, por consequência, do próprio jornalista. Um prêmio 
Nobel credencia qualquer pessoa.
cap’tulo
Funções do pronome se: papel 
argumentativo
7
1. A
2. B
3. C
4. C
5. C
6. C
7. D
8. A
9. D
10. D
11. Não. Em I, o pronome se é reflexivo. Tal frase pode 
ser assim parafraseada: O povo engana a si próprio 
(a ele mesmo) com frequência. Em II, o pronome se 
é partícula apassivadora. Parafraseando, teríamos: O 
povo é enganado com frequência.
12. Os verbos citados, além de remeter a etapas da pesquisa 
científica, teoricamente neutra, apresentam-se na voz 
passiva sintética. Assim, há uma indeterminação do 
agente da ação. Logo, referem-se apenas aos fatos 
em si, e não a quem os pratica. Essa estratégia de 
construção leva Rubem Alves a concluir com ironia: 
“Quem? Não faz diferença...”.
13. D
14. C
15. A
16. D
17. A
18. D
19. A
20. a) Para identificar os termos que estão elípticos, é 
necessário levar em conta o trecho no qual se afirma: 
“No livro fingido contam-se as cousas como era bem 
que fossem e não como sucederam, e assim são mais 
aperfeiçoadas”. A partir desse trecho, deduz--se que 
no livro “fingido” contam-se as coisas ao contrário
do que realmente são. Portanto ficaram implícitos 
os vocábulos se não (ou não se): não se favoreçam 
humildes, não se amparem fracos, não se sirvam 
donzelas, não se cumpram palavras, não se guardem 
juramentos e não se satisfaçam boas obras.
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b) A função de sujeito da oração “se não destruam 
soberbos” é desempenhada pelo termo “soberbos”. 
Prova disso é que o verbo “destruam” está concor-
dando com esse termo. Um artifício para localizar o 
sujeito da voz passiva sintética é reescrevê-la na voz 
passiva analítica: 
• “se não destruam soberbos” – voz passiva sintética;
• soberbos não sejam destruídos – voz passiva analítica.
 O termo que desempenha a função de sujeito na voz 
passiva sintética é o mesmo na analítica.
capítulo 8
Satélites do nome e vocativo
1. D
2. C
3. A
4. A
5. C
6. B
7. A
8. E
9. A
10. B
11. a) Na frase I.
b) Na estrutura I, a pessoa é descrita como constante-
mente estressada e, por isso, mais sujeita aos pro-
blemas decorrentes dessa condição. Associado ao 
nome “pessoa”, sem a mediação de verbo, o termo 
“estressada” está indicando um estado constante, 
isto é, independente do momento em que ocorre a 
ação verbal. Trata-se de um adjunto adnominal.
12. a) A ambiguidade decorre da possibilidade de se 
interpretar o adjetivo inabitável como adjunto 
adnominal ou como predicativo do objeto. Em outros 
termos, admite-se a interpretação de que o hotel já 
era inabitável independentemente da ação dos 
turistas ou a de que o hotel passou a ser inabitável a 
partir da intervenção deles.
b) Os turistas abandonaram o hotel inabitável.
 Os turistas fizeram o hotel ficar inabitável.
13. B
14. A
15. B
16. E
17. B
18. D
19. a) Pode-se entender que a mãe, consternada, deixou 
a filha (isto é, distanciou-se da filha com o 
coração entristecido) ou que a mãe fez a filha ficar 
consternada ou que a mãe se distanciou da filha 
que é consternada.
b) A ambiguidade deve-se à possibilidade de o adjetivo 
consternada poder estar se referindo tanto ao sujeito 
(mãe) quanto ao objeto (filha).
20. a) Está associada a “cliente”.
b) Pelo que se diz no segundo período, presume-se que 
a intenção do redator da manchete poderia ser a de 
relacionar “de banco” ao verbo “defenderá”.
c) Adjunto adnominal.
d) Objeto indireto (do verbo “defenderá”).
e) Código defenderá cliente “contra” banco.
21. E
22. A
23. B
24. B
25. A
26. C
27. E
28. A
29. C
30. C
31. a) Porque a frase poderia ser interpretada com o sentido 
oposto pelos adeptos do General Kroll.
b) Evidentemente. A expressão “do General Kroll”, asso-
ciada ao nome “degola”, poderia estar indicando o 
alvo da ação.
c) Do modo como está redigida, a frase permite tam-
bém interpretar General Kroll como o agente da de-
gola. Nessa versão (a mais provável no contexto), o 
tirano dava seu apoio à degola dos insubordinados, 
decretada pelo General.
32. E
33. D
34. E
35. C
36. A
37. Sim, existe. Na primeira, Marcos (vocativo) está indicando 
aquele a quem o falante se dirige (o interlocutor). 
Na segunda, Marcos (aposto) é o nome do amigo 
apresentado ao interlocutor.
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38. a) Confrontando os dois períodos, percebe-se que, 
enquanto o primeiro diz que 3 mil soldados brasileiros 
poderão atuar no Haiti, o segundo possibilita 
compreender que tropas seriam enviadas ao Brasil 
e a mais quatro países. Como “o Haiti não é aqui”, o 
texto se mostra incoerente.
b) A ordem em que se distribuem na frase dá a impres-
são de que os termos ao Brasil e a mais quatro países 
estejam ligados a envio, do qual estão mais próximos, 
e não a solicitou, como pretendeu o autor do texto.
c) A Organização das Nações Unidas (ONU) solicitou 
ao Brasil e a mais quatro países o envio de tropas...
39. O termo destacado é um aposto que procura explicar 
que Paul Hickson é um especialista respeitado da área 
de Astronomia. Desse modo, o jornalista dá credibilidade 
à opinião de Hickson, que aposta na capacidade do 
telescópio Lama de revolucionar a observação do 
espaço. Sem o aposto, essa opinião teria um peso 
argumentativo pequeno, porque a maioria das pessoas 
não saberia dizer quem é Paul Hickson.
capítulo
Sintaxe dos pronomes pessoais 
na norma-padrão
9
1. B
2. B
3. B
4. C
5. C
6. C
7. C
8. D
9. A
10. C
11. a) Ambas as formas são corretas. A repetição do sujeito 
(ele) pela expressão com ele mesmo é usual no uso 
culto da língua. O pronome consigo também está 
correto, porque é reflexivo. 
b) A única forma correta é: Deixe o livro aí, para eu 
estudar. No caso, a preposição para não precede o 
pronome eu, mas a oração toda: para [eu estudar].
12. a) O pronome oblíquo nos em despejam-nos.
b) Sentido 1: Nós seríamos despejados na Baía de Gua-
nabara.
 Sentido 2: Eles (os tonéis cheios de bactérias) seriam 
despejados na Baía de Guanabara.
c) Quando o verbo termina em m ou ditongo nasal (ão, 
õe), aparece um n antes dos pronomes o, a, os, as, ori-
ginando as formas no, na, nos, nas. Foi o que ocorreu 
em despejam 1 os 5 despejam-nos, que, traduzido 
na variedade popular, seria despejam eles.
13. B
14. A
15. E
16. A
17. B
18. C
19. Nós formamos uma equipe de três. Portanto, sem mim, 
sem ti e sem ele (ou ela) não será possível fazer o 
trabalho, já que é para eu comprar o material, para tu 
preparares o projeto para ele (ou ela) executá-lo.
20. Na frase dada como exemplo, o pronome consigo 
é um anafórico que tem como referência o sujeito 
da frase (o vento). Trata-se, pois, de um pronome 
reflexivo, única forma em que tal pronome ocorre 
na variedade culta escrita da língua no Brasil. Na 
frase do presidente, consigo não está se referindo ao 
sujeito da frase (eu, implícito), mas ao destinatário da 
carta. Não está, pois, sendo usado como reflexivo, 
contrariando uma norma da variedade culta escrita 
do português do Brasil.
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capítulo 1
A estética realista
1. D
2. A
3. B
4. D
5. E
6. B
7. A
8. B
9. a) O romance O primo Basílio integra o movimento 
realista/naturalista português e tem como protago-
nista Luísa, jovem casada, frívola e ociosa, fruto de 
uma cultura aprendida nos folhetins românticos. 
Desse modo, forjou-se nela uma consciência ar-
tificial e alienada da realidade, uma expectativa 
sentimental e idealizada da existência que contras-
tava com o cotidiano medíocre de “burguesinha 
da Baixa”. O retorno a Lisboa de seu primo Basílio, 
novo-rico arrogante, pretensioso e mulherengo, cria 
ocasião para ela vivenciar as aventuras sensuais de 
suas leituras. A partir desses fatos, a obra manifes-
ta dura condenação ao movimento romântico e à 
“arte sensual e idealista”, que leva a protagonista a 
idealizar uma realidade muito diferente da dela e 
a predispõe ao adultério.
b) No fragmento transcrito, Eça de Queirós opõe, de um 
lado, a “arte pela arte, o romantismo, a arte sensual e 
idealista” e, de outro, a “arte moral [...] Realismo, [...] 
arte experimental e racional”. Assim, o experimental 
e o racional estão em clara oposição ao idealismo 
e ao sentimentalismo românticos.
 Em O primo Basílio, a análise do adultério
feminino é o 
motivo a partir do qual se revê as contradições sociais 
marcadas tanto pela hipocrisia quanto pelos conflitos 
de classe. O escritor português se propõe, então, a 
fazer uma arte de crítica social radical, aproximan-
do-se dos postulados do escritor naturalista francês 
Émile Zola, precursor do romance experimental, ou 
seja, de tese. Trata-se de um estudo de caso: o autor 
faz um levantamento dos pressupostos que levaram a 
protagonista ao adultério, analisa as circunstâncias 
e as consequências dele, em especial a desagre-
gação familiar. Como se vê, a obra apresenta uma 
estrutura racional de inspiração científica.
10. D
11. D
12. C
13. Com o advento das correntes filosóficas do final do 
século XIX (Determinismo, Positivismo, Darwinismo e 
Experimentalismo), Eça de Queirós justifica em Idealismo 
e Realismo a alteração de comportamento do escritor 
perante um novo público que exige uma estética voltada 
para a observação da realidade e não mais para a 
idealização fantasiosa que o Romantismo oferecera no 
passado. Ao citar Claude Bernard e ao outorgar-lhe a 
verdadeira autoria do Naturalismo, o escritor expressa 
a necessidade de se adaptar à nova estética através 
de recursos verificáveis em O primo Basílio. Assim, ao 
desvendar a essência de Luísa, vítima de uma sociedade 
burguesa aculturada, Eça desmonta a idealização típica 
do Romantismo que norteava as ações do protagonista. 
Ao invés de um sentimento amoroso profundo, Luísa aceita 
o pedido de casamento com Jorge por conveniências 
sociais (“Que alegria, que descanso para a mamã!”), 
desejos reprimidos (“ela sentia o calor daquela palma 
larga penetrá-la, tomar posse dela”) e manifestações 
físicas incontroláveis (“sentia debaixo do vestido de 
merino dilatarem-se docemente os seus seios”).
14. C
15. D
16. D
17. D
18. C
19. O conselho de Brás Cubas revela certa dose de hipocrisia 
da parte dele, visto que, tendo nascido rico e sustentado 
pelos privilégios de sua classe, jamais precisou trabalhar 
em sua vida, desfrutando comodamente da condição 
de herdeiro.
20. Tendo trabalhado a vida inteira, D. Plácida morrera na 
miséria. Assim, sua história é um desmentido à eficácia do 
conselho de Brás e uma crítica à desvalorização do traba-
lho na sociedade escravocrata brasileira do século XIX.
21. B
22. B
23. E
24. C
25. A
26. A
Literatura
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27. C
28. Na reconstrução de seu passado, o narrador se vê obri-
gado a confiar em uma memória inevitavelmente falha, 
como ele mesmo confessa. Assim, suas recordações 
oscilam entre a luminosidade das certezas e o sombrio 
(ou “fusco”) das dúvidas.
29. No trecho “a malícia está antes na tua cabeça perversa”, 
o interlocutor é o leitor, a quem se atribui a desconfiança 
em relação aos atos dos adolescentes. Na passagem “a 
vocação eras tu, a investidura eras tu”, a interlocutora é 
Capitu, como se evidencia pelo vocativo “oh! minha doce 
companheira de meninice”, com o qual a personagem 
é evocada pelo narrador.
30. E
31. C
32. D
33. B
34. A
35. E
capítulo 2
Estética da Belle Époque
1. E
2. A
3. B
4. D
5. B
6. C
7. D
8. B
9. B
10. E
11. E
12. B
13. A
14. A
15. C
16. C
capítulo 3
Arte brasileira na virada do século XIX-XX
1. B
2. A
3. C
4. D
5. D
6. D
7. D
8. E
9. O texto compara o sertanejo combatente em Canudos 
a um “troglodita’, isto é, um homem primitivo, selvagem 
e bárbaro em seus costumes.
10. Nos dois casos, as personagens alimentam fantasias 
a respeito do contexto em que vivem, criadas a 
partir das leituras ingênuas que faziam. Além disso, 
as narrativas de que são protagonistas mostram o 
quanto as duas personagens sofrem no trato com a 
sociedade.
11. O narrador nos mostra o jornal como uma instituição 
capaz de inventar mitos com a mesma facilidade com 
que os destrói (“aparelho de aparições e eclipses”) e de 
criar fatos baseados no nada (“tablado de mágica”), 
entregando à “estupidez das multidões” uma ilusão 
enganadora (“espelho de prestidigitador”).
12. No texto de Lobato, a região paulista é associada ao 
atraso, avessa ao progresso. Nas obras dos autores pré-
-modernistas, ganha destaque a imagem de um Brasil 
igualmente atrasado e subdesenvolvido.
13. Com a criação da personagem Zé Brasil, Monteiro Lobato 
tenta resgatar a figura de Jeca Tatu, acrescentando-lhe 
uma dimensão que não estava presente no Jeca original: 
a condição de trabalhador explorado e injustiçado pelos 
donos da terra.
14. A
15. a) Do Parnasianismo, o texto apresenta o apuro formal 
(regularidade métrica, rimas raras); do Simbolismo, 
a musicalidade (como no primeiro verso: “Eu e o 
esqueleto esquálido de Esquilo”).
b) Sim. Há referência à religiosidade quando o poeta 
associa Deus a uma “energia intracósmica”, tornan-
do-a geradora da existência humana: “é o pai e é a 
mãe de todas as energias”.
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capítulo 4
Vanguardas artísticas europeias
1. D
2. a) O poema é composto de versos livres, característica 
relacionada também ao Cubismo. Com substantivos 
soltos, sem adjetivos e poucos verbos, as imagens 
compõem um quadro fragmentado em que vários 
acontecimentos se sobrepõem: o maxixe tocado ao 
piano por Gilberta, as cartas do baralho, a decoração 
de cretone e as roupas feitas de jérsei. O Futurismo, 
por sua vez, pode ser claramente identificado na 
referência à campainha do telefone e aos bondes, 
símbolos claros de modernidade.
b) O quadro de Tarsila do Amaral se aproxima da ten-
dência cubista porque, além de geometrizar as figu-
ras representadas (vagões de trem, sinais de trânsito, 
casas e até copas das árvores), também apresenta 
a sobreposição de diferentes planos da paisagem. 
Com relação ao Futurismo, podemos considerar que 
a temática escolhida (a estação do trem de ferro) 
e também as torres e os postes de iluminação são 
claras referências à modernidade, tema diretamente 
relacionado à vanguarda desenvolvida por Marinetti.
3. A
4. E
5. B
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Respostas – Caderno de Exercícios 4
Redação
capítulo 6
O texto dissertativo
1. B
2. A
3. D
4. O fragmento, predominantemente metalinguístico, 
discute o tema da elaboração de uma obra literária 
(no caso, o gênero textual conhecido como “novela”). 
Mais especificamente, aborda a dificuldade provocada 
por determinados textos, que, por serem mais abstratos, 
filosóficos, tornam difícil a leitura. O enunciador 
considera esse tipo de literatura muito complicada, 
de “difícil digestão”, aconselhando seu interlocutor a 
escrever obras mais fáceis, “amenas”, agradáveis.
5. C
6. Segue uma possibilidade de reelaboração do trecho:
O crescimento não é o inimigo, nem o problema. É a 
maneira como se cresce – e a maneira como se con-
tinua a crescer – que apresenta um desafio comum. 
[...] em 2030, o mundo precisará de, pelo menos, 50% 
mais alimentos, 45% mais energia e 30% mais água. 
Todo dia, o equivalente a 24 mil campos de futebol de 
florestas é desmatado ou queimado. Dentro de 20 anos, 
o abastecimento de água atenderá a apenas 60% da 
demanda mundial. Esses são os tipos de desafio que 
hoje são confrontados.
Quando essas cifras são levadas em consideração, no-
ta-se que é preciso promover mudanças. 
7. Trata-se de um texto que formula hipóteses gerais 
sobre o tema da crise da família. Predominam no 
texto categorias abstratas, característica marcante 
da dissertação: “tese”, “fragmentação”, “importância”, 
“irrelevância”, etc.
8. O texto de Rosely Sayão é um artigo de opinião, logo 
manifesta sua visão pessoal sobre o assunto, produzindo 
efeito de subjetividade. Isso pode ser constatado por 
meio das passagens em que a autora faz perguntas a si 
e as responde (“há”, “sim”), ou interpela diretamente o 
leitor, como no trecho “Não lhe parece, caro leitor?”. Esses 
elementos são incompatíveis com um texto de caráter 
científico, mas são comuns em um artigo de opinião.
9. A colunista discute a suposta crise da família, a 
fragmentação da instituição familiar.
10. Logo no primeiro parágrafo, Rosely Sayão apresenta 
frases típicas de quem considera a família de 
hoje desestruturada: “Crianças se descontrolam, 
brigam, desobedecem? Jovens fazem algazarras, 
bebem em demasia, usam drogas ilegais, namoram 
escandalosamente em espaços públicos? Faltou 
educação de berço”. Outros argumentos são atribuídos 
ao secretário de educação de São Paulo, que fala na 
perda da figura paterna e da importância da igreja.
11. A colunista discorda da ideia de que a família está 
desestruturada, posição que explicita e explica no 
seguinte trecho: “A família não está desestruturada ou 
disfuncional: ela passa por um período de transição, 
com sucessivas e intensas mudanças, o que provoca 
uma redefinição de papéis e funções”. 
12. Para Rosely Sayão, a família de hoje se inscreve em outro 
contexto, o que implica que deve ser compreendida 
em outra perspectiva. Isso leva a uma necessária 
mudança de papéis e funções. A família tradicional é 
bem diferente da família moderna. Segundo a autora, 
isso nos permite falar “em famílias, no plural, já que há 
grande diversidade de desenhos, dinâmicas”. Segundo 
a autora do artigo, é equivocado também dizer que as 
famílias não têm valores: seus valores são fortes, e em 
grande parte definidos pelo próprio contexto social, 
pelas prioridades que a sociedade determina. Sayão 
exemplifica com a questão do consumismo, afirmando 
que não são as famílias que decidiram consumir mais: 
o sistema econômico em que se inscrevem é que 
estabelece isso para elas.
13. Há várias marcas no texto que caracterizam o efeito 
de subjetividade; por exemplo: a interpelação direta 
do leitor, em tom de conversação, como em “distinto 
leitor” e “encantadora leitora”, inclusive com o emprego 
de adjetivos avaliativos (“distinto” e “encantadora”); o 
emprego de verbos e pronomes na primeira pessoa, 
como “refiro-me”, “creio”, “na minha opinião” e 
“confesso”; passagens que expressam juízo de valor, 
por meio de palavras avaliativas, como no trecho 
“pouquinho chato”, etc.
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14. Resposta pessoal.
15. Resposta pessoal. 
16. Resposta pessoal.
17. E
18. C
19. E
20. C
21. B
22. D
23. Narrativa, já que há um narrador que conta a história do 
encontro entre Alexandre e um pirata. O excerto contém 
as seguintes características típicas desse tipo de texto: 
progressão temporal entre os enunciados, sucessão de 
acontecimentos e transformações narrativas.
24. “O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o 
roubar com pouco poder faz os piratas; o roubar com 
muito, os Alexandres.”
25. O último período do fragmento promove uma inter-
pretação genérica da realidade, por meio da qual o 
enunciador explicita a visão de mundo implícita na 
narrativa do encontro entre o enunciador e o pirata. 
Assim a passagem narrativa do fragmento funciona 
como um exemplo concreto e particular a partir do qual 
se extrai uma visão de mundo mais ampla. 
26. Resposta pessoal.
27. Resposta pessoal.
28. Resposta pessoal.
29. Resposta pessoal.
30. Gandhi acredita que é possível formular novos 
modelos de desenvolvimento que sejam compatíveis 
com a preservação ambiental, já que a manutenção 
dos modelos defendidos pelos países mais ricos do 
mundo acarretaria a degradação do planeta sem 
que se atingisse a prosperidade. Já George W. Bush, 
ao reconhecer que os EUA estão dispostos a poluir 
ainda mais o planeta, defende que desenvolvimento e 
preservação ambiental são totalmente incompatíveis. 
Diante de uma inevitável escolha, prefere o desen-
volvimento econômico.
31. Sem dúvida alguma, o primeiro parágrafo do Texto I 
é mais eficiente dentro do universo dissertativo, pois 
apresenta dados concretos que comprovam a ideia 
de que os países mais ricos do mundo são aqueles que 
menos se preocupam com a preservação ambiental. A 
frase de Bush peca por explicitar uma tese totalmente 
contrária ao senso comum, segundo o qual a 
poluição ambiental não é compatível com um mundo 
que reconhece a importância das preocupações 
ecológicas. Com isso, o então presidente estadunidense 
se afasta do efeito de sentido de objetividade que deve 
caracterizar uma dissertação.
32. Essa questão admite respostas das mais variadas. Uma 
possibilidade seria: Os EUA, assim como a maioria dos 
países do mundo, estão seriamente preocupados com 
a preservação ambiental. Tudo aquilo que pode ser 
feito para controlar a poluição está sendo feito. No 
entanto, a ameaça de recessão econômica também 
nos preocupa. Momentaneamente, é possível que, para 
evitar uma crise financeira, que prejudicaria milhões 
de pessoas pelo planeta, tenhamos que poluir mais 
do que gostaríamos. Não há outra saída. Porém, é 
fundamental ressaltar que em médio prazo os Estados 
Unidos encontrarão maneiras seguras de promover o 
desenvolvimento sem destruir o meio ambiente.
33. E
34. B
35. D
36. V – V – V – V – V – F – F
37. Resposta pessoal.
38. Resposta pessoal.
39. Resposta pessoal.
40. Resposta pessoal.
41. Resposta pessoal.
42. Resposta pessoal.
43. Resposta pessoal. 
44. Resposta pessoal.
45. C
46. A
47. A enumeração de palavras (“genocídios, holocaustos, 
limpezas, extermínios, calamidades, aniquilações, 
massacres e gutsembatsembas”) contribui para en-
fatizar as atrocidades e a recorrência dos assassinatos 
em massa na história da humanidade, chamando a 
atenção para o risco de que eles se repitam, a não ser 
que as pessoas se sensibilizem pela história das vítimas 
e pela ação da militância antiviolência.
48. E
49. C
50. a) Não. O leitor inverteu a relação de causalidade: não 
é “a prática da corrupção” que acarreta “a não 
fiscalização da sociedade e a conivência de alguns 
setores de elite”, é “a não fiscalização da sociedade e 
a conivência de alguns setores de elite” que permite 
a corrupção.
b) Resposta pessoal.
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51. Resposta pessoal.
52. Resposta pessoal.
53. Resposta pessoal.
54. Resposta pessoal.
55. Resposta pessoal.
56. Resposta pessoal.
57. Resposta pessoal.
capítulo 7
Auditório e carta
1. C
2. Resposta pessoal.
3. Resposta pessoal.
4. Resposta pessoal.
5. D
6. Resposta pessoal.
7. Resposta pessoal.
8. Resposta pessoal.
9. Resposta pessoal.
10. Resposta pessoal.
11. Trata-se de um texto voltado para um interlocutor 
específico, iniciado por um vocativo, em que a remetente 
procura convencer o então presidente da República a 
agilizar seu processo de naturalização.
capítulo 8
Adequação à proposta: 
escrever sobre o que foi pedido
1. A
2. D
3. B
4. a) O poder aquisitivo. 
b) A cor da pele.
c) A liberdade de ir e vir pode ser restringida tomando 
por base o poder aquisitivo ou a cor da pele?
5. A crítica se dirige a um estilo de vida que, em busca 
do futuro, acelera demais as ações do presente, 
dificultando que se aproveite este tempo. A imagem das 
tartarugas remete a uma lentidão oposta à velocidade 
e à modernidade sugeridas pelo carro e pelo motorista.
6. Na linguagem usual, “perder tempo” tem sentido 
negativo: significa gastar o tempo sem proveito algum. 
No poema, a mesma expressão é vista de maneira 
positiva: significa viver melhor o tempo que se tem ou 
aceitar a passagem natural do tempo.
7. Resposta pessoal.
8. B
9. D
10. E
11. D 
12. D
13. Resposta pessoal.
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capítulo 10
Coerência textual
Gramática e Texto
1. A
2. A
3. D
4. D
5. B
6. C
7. C
8. A
9. A
10. A
11. a) Há uma incompatibilidade de sentido entre os termos 
“cheque em branco” e “alto demais”. Trata-se de um 
paradoxo, já que se apresentam simultaneamente 
ideias que não se coadunam; se o cheque está “em 
branco”, sem valor expresso, especificado, não se 
pode dizer que seja “alto demais” (“alto” é pressuposto 
de valoração, que no caso não há). O que de fato 
dá sentido à expressão dentro do contexto é um 
subentendido: receber um cheque em branco do 
eleitor (muito poder) implica alta responsabilidade 
do eleito, que deve ser cauteloso no exercício de sua 
função pública e ciente da renúncia de direitos que 
a investidura acarreta.
b) Uma das prerrogativas do cidadão é o direito à pri-
vacidade. Como faz parte da condição de candi-
dato a homem público abrir mão exatamente da 
vida privada, a “privacidade”, então, é “prerrogativa”, 
direito, que se perde. Prerrogativa é gênero, conjunto 
de direitos (entre os quais, como espécie, o direito à 
privacidade).
12. a) A incoerência da primeira frase resulta da contradição 
que existe entre suas proposições. Com efeito, a 
primeira afirma que não temos X (censura), e a 
segunda afirma que temos X (censura). O expediente 
usado para camuflar a incoerência é retomar X 
(censura), na segunda proposição, sob a forma 
da perífrase “limitação do que os jornais podem 
publicar”, que mantém o traço semântico / corte, 
essencial no conceito de censura. Com a expressão 
“o que temos é”, procura-se fazer passar por distinto 
de X (censura), algo que é idêntico a X (limitação do 
que os jornais podem publicar).
b) A incoerência da segunda frase está em se fazer uma 
ressalva duplamente descabida. Em primeiro lugar, 
o predicado “não pode estar em dois lugares ao 
mesmo tempo” é atribuído ao sujeito “um homem”. 
Ora, o termo homem exclui, por definição, o traço “ser 
ave”. Daí o absurdo da ressalva. Em segundo lugar, a 
ressalva é absurda porque, para a verdade do que 
se afirma no predicado, a troca de “um homem” por 
“uma ave” não faria nenhuma diferença. Tanto “um 
homem” quanto “uma ave” não podem estar em dois 
lugares ao mesmo tempo. Daí a improcedência da 
ressalva.
13. E
14. A
15. A
16. C
17. D
18. E
19. a) “são muito eficientes, mas só quando prescritos por 
um oftalmologista”.
b) são muito eficientes, mas só devem ser usados quan-
do prescritos por um oftalmologista.
 Observação: A incoerência é atribuir a eficiência só a 
lubrificantes sujeitos à prescrição médica.
20. Exatamente porque ela apresenta dados brutos, sem 
relativizá-los: em termos percentuais, 200 mortes entre 
os usuários de avião pode ser muito mais do que as 300 
entre os que tomam banho.
21. a) O professor Paulo Freire defende uma posição criteriosa 
com relação à correção de erros gramaticais na 
escola. Mostra respeito e apreço pela variedade 
linguística que os meninos trazem de casa, sem 
deixar de ressaltar a importância do conhecimento 
da norma culta.
b) Não, pois utiliza exatamente o mesmo exemplo ci-
tado na entrevista, sem relativizar o seu uso, como 
fizera o ilustre educador. Após dizer que a linguagem 
dos meninos é bonita, faz logo uma ressalva: “tu 
precisas dizer ‘a gente chegou’ [em vez de ‘a gente 
cheguemos’]”.
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capítulo 11
Coesão textual
1. C
2. A
3. A
4. C
5. D
6. C
7. A
8. B
9. D
10. C
11. B
12. Sim. Nesse contexto, o anafórico ele (na combinação 
dele) pode estar se referindo tanto a Carlos quanto 
a João. Não há nenhum marcador contextual que 
torne uma possibilidade preferível à outra. Traduzindo 
literalmente (termo a termo) os dois sentidos, teríamos:
•	 Carlos foi com João à casa de João.
•	 Carlos foi com João à casa de Carlos.
 Em outras palavras, a frase não esclarece se o lugar ao 
qual Carlos se dirigiu foi sua própria casa ou a de João.
13. a) Há vários modos de dar a mesma notícia sem a 
ambiguidade: Ministro participa de reunião com 
presidente, na qual este voltou a pedir unidade no 
governo / na qual o chefe da nação voltou a pedir 
unidade no governo.
b) Para seguir em alta no atual cenário financeiro do 
país, você pode acompanhar, nesta edição, as ten-
dências do mercado. Supondo que a intenção seja 
a de colocar mercado como sujeito de seguir, a so-
lução seria esta: Nesta edição, você pode acompa-
nhar as tendências do mercado para que ele siga 
em alta no atual cenário financeiro do país.
c) O porteiro e o vigilante da empresa foram chamados 
a depor, mas observou-se que o depoimento deste 
contradisse o daquele (ou daquele contradisse o 
deste). Poderia também ser usada a expansão lexi-
cal, substituir porteiro por recepcionista e vigilante 
por guarda.
14. B
15. A
16. C
17. a) • Os sem-terra: os associados, os participantes do 
movimento.
•	 O governador: o chefe do governo, a autoridade 
máxima do Estado.
•	 A polícia: o destacamento.
b) Levando ao pé da letra os termos usados na expan-
são lexical, não há indícios de radicalismo, nem de 
exaltação partidária por parte do redator da notícia. 
Existe até um certo cuidado em evitar o uso de pala-
vras ou expressões preconceituosas nas referências 
a qualquer um dos grupos envolvidos.
18. D
19. C
20. C
21. B
22. a) Nessa tirinha, do modo como foi articulada a coesão 
textual, a última fala contém uma afronta a Hagar, o 
pai da garota. Pelo que se conhece das tirinhas de 
Dik Browne, sabe-se que Hagar é marido de Helga 
e ambos são os pais da menina que está sendo 
censurada por Hagar. O ditado citado por Helga, 
“Tal mãe, tal filha”, relacionado com as duas falas 
anteriores, diz que ocorreu com ela o que o pai está 
censurando na filha. Isso quer dizer que Helga, tendo 
podido casar-se com o rapaz que quisesse da região, 
foi escolher logo um idiota, ou seja, Hagar.
b) A mudança de sentido foi total: de afronta desmora-
lizante, passou a um elogio franco e exaltado. Essa 
reviravolta foi provocada pela mudança nas frases 
vizinhas e não pela permutação de palavras da fala 
do último quadrinho. Trata-se, pois, de mudança re-
sultante de um jogo de coesão.
capítulo 12
Orações subordinadas substantivas: 
descrição, norma e operações de sentido
1. D
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10. D
11. a) Sim. Ambas são subordinadas substantivas objetivas 
diretas.
b) Sem dúvida a I. Ao introduzir a oração substantiva 
pela conjunção que, o enunciador estabelece o 
pressuposto de que está seguro da verdade con-
tida nessa oração. Ao introduzir a mesma oração 
pela conjunção se, o enunciador estabelece outro 
pressuposto: ele não está certo da veracidade do 
que vem afirmado nela.
12. a) A única possibilidade coerente no contexto é o 
conector se.
b) As orações substantivas introduzidas por se esta-
belecem o pressuposto de que há dúvida sobre o 
seu conteúdo, o que é coerente com o contexto 
em que se afirma a impossibilidade da certeza (da 
traição de Bentinho por Capitu). O conector que 
estabeleceria o pressuposto de que o enunciador 
tem certeza da traição, o que não condiz com o 
contexto.
13. E
14. D
15. B
16. B
17. B
18. B
19. B
20. B
21. a) Ambos estão funcionando como complemento do 
verbo (comprove). Ambos são objeto direto.
b) Em I, não se põe em dúvida “a superioridade dos 
nossos produtos”; pede-se apenas sua comprovação. 
Em II, não está pressuposta a superioridade; o que 
se pede é a verificação dessa possibilidade. 
22. a) […] o controle da inflação pelo Brasil mesmo após a 
liberação do câmbio, a derrota tão vergonhosa da 
seleção de Zagallo na Copa de 98 [...].
b) Não. Embora haja um substantivo cognato do verbo 
acabar (acabamento), ele adquiriu, na língua por-
tuguesa, um sentido especializado que o impede de 
ser usado nesse contexto.
capítulo 13
Orações subordinadas adjetivas: 
descrição, norma e operações de sentido
1. C
2. E
3. D
4. C
5. C
6. A
7. B
8. C
9. E
10. D
11. a) É estranha a interpretação de que o proprietário do 
cachorro seria multado por ser pego andando solto 
pelas ruas.
b) O sentido pretendido é que o dono de um cachorro 
bravo será multado se o cachorro for pego andando 
solto pelas ruas.
c) Nova lei prevê multa para o dono, caso o seu ca-
chorro bravo seja pego andando solto pelas ruas. 
Ou: Caso um cachorro bravo seja pego andando 
solto pelas ruas, seu dono será multado.
12. a) Evidentemente, a cláusula II.
b) Em I, a oração adjetiva, separada por vírgula no iní-
cio, é explicativa e quer dizer que todos os acidentes 
contra terceiros são de responsabilidade do segura-
do. Portanto o seguro não cobre nenhum acidente 
contra terceiros. Em II, a oração adjetiva, sem vírgula 
no início, é restritiva e quer dizer que nem todos os 
acidentes contra terceiros são considerados de res-
ponsabilidade do segurado. Portanto, o seguro se 
propõe a cobrir ao menos alguns acidentes.
13. C
14. B
15. D
16. C
17. D
18. D
19. A
20. D
21. a) O enunciado I.
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b) No enunciado II não há ambiguidade porque o me-
canismo da concordância não deixa dúvida sobre o 
termo a que se refere o pronome relativo. A palavra 
votada, no feminino, impõe que o pronome relativo 
tenha como referência uma palavra feminina, no 
caso, a vereadora.
22. a) “Os meninos de rua, que procuram trabalho, são 
repelidos pela população.”
b) Do modo como está redigida, sem vírgulas, a oração 
adjetiva é restritiva e quer dizer que nem todos os 
meninos de rua procuram emprego. Colocada entre 
vírgulas, a oração adjetiva passa a ser explicativa e 
quer dizer que todos os meninos de rua procuram 
trabalho.
capítulo 14
Orações subordinadas adverbiais 
e reduzidas: relações de sentido
1. A
2. A
3. B
4. D
5. A
6. D
7. A
8. E
9. E
10. A
11. D
12. E
13. D
14. Seria necessário criar (ou a criação de) um órgão de 
defesa do eleitor que impedisse o candidato eleito por 
ele de mandar esquecer a promessa de prender os 
corruptos (ou da prisão dos corruptos).
 Observação: o uso de criação em vez de criar impõe 
alteração da concordância: Seria necessária a criação 
de um órgão…
15. a) Sem dúvida, a segunda (enunciado II).
b) No enunciado I, a oração quando crescer é adver-
bial temporal e está marcando o tempo em que o 
cabeleireiro vai corrigir o corte do cabelo e a tintura. 
O pressuposto é que, sem dúvida, o cabelo vai crescer 
e a correção será possível. No enunciado II, a oração 
adverbial é condicional (se crescer) e estabelece ou-
tro pressuposto: o de que existe a possibilidade de o 
cabelo não crescer e, consequentemente, não ser 
possível o reparo.
16. a) A condição que o velho economista coloca é a 
prática do controle da natalidade, que vem expressa 
por meio de uma oração subordinada adverbial 
condicional: “se fizer o que os desenvolvidos fazem”.
b) Países são desenvolvidos porque praticam o controle 
da natalidade.
c) Países praticam o controle da natalidade porque são 
desenvolvidos.
17. B
18. D
19. B
20. C
21. C
22. B
23. E
24. E
25. C
26. C
27. A
28. a) “[…] como meu pai.”
b) O sonho do menino é o mesmo que o do pai: ganhar 
20 mil por mês; ou o sonho do menino é ganhar a 
mesma quantia que o pai ganha: 20 mil por mês.
c) Eu sonho ganhar 20 mil por mês, como meu pai 
sonha.
29. a) Texto I: “[...] Eu, como (porque, visto que, já que) digo 
tudo, digo aqui que não tive tempo de soltar as mãos 
da minha amiga...”
 Texto II: “[...] Já lhe podia chamar assim, embora 
(ainda que, apesar de que, mesmo que) os seus 
cabelos brancos não o fossem todos nem totalmente; 
e o rosto estivesse comparativamente fresco...”
b) A locução conjuntiva “uma vez que” expressa circuns-
tância de causa e poderia ser substituída por termos 
equivalentes: como, porque, visto que e já que. A 
locução “posto que” expressa noção de concessão 
da mesma forma que os termos embora, ainda que, 
apesar de que e mesmo que.
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capítulo 15
Orações coordenadas: relações de sentido
1. A
2. C
3. E
4. A
5. D
6. D
7. A
8. A
9. A
10. C
11. a) Essas passagens deixam implícita a ideia de que um 
bom escritor não pode ser comunista e um escritor 
comunista não pode ser bom. Trata-se de uma visão 
evidentemente preconceituosa dos comunistas.
b) Saramago está dizendo que, no começo da car-
reira, ele era reconhecido como bom escritor, mas 
as pessoas preferiam desmerecê-lo pelo fato de ser 
comunista. Depois de um tempo, as pessoas conti-
nuaram desmerecendo-o por ele ser comunista, mas 
preferiam salientar que ele era um bom escritor. Em 
outros termos, a primeira passagem é uma crítica a 
Saramago; a segunda é um elogio.
12. a) O conector adversativo “porém” estabelece uma 
relação de oposição entre a ideia de que a morte 
de Euclides foi um alívio para as elites republicanas 
e a percepção de que a voz do escritor continua 
viva. Assim, apesar de a morte do autor ter sido “um 
alívio para os césares”, a tese de que o Brasil tinha, 
no início da República, “uma ‘ordem’ excludente e 
um ‘progresso’ comprometido com o legado mais 
abominável do passado” – defendida por Euclides – 
continua sendo resgatada pela História.
b) Euclides julgava que o Brasil, no início da República, 
continuava a não investir em “educação em mas-
sa das camadas subalternas”, problema que existia 
desde a época monárquica. Para ele, prevalecia 
um “ambiente mesquinho e corrupto da ‘república 
dos medíocres’”, que não enfrentava “as mazelas 
deixadas pelo latifúndio, pela escravidão e pela ex-
ploração predatória da terra e do povo”. Tudo isso 
serve de argumento para a tese
de que o Brasil viva “a 
mistificação republicana de uma ‘ordem’ excludente 
e um ‘progresso’ comprometido com o legado mais 
abominável do passado”.
13. D
14. C
15. A
16. B
17. D
18. E
19. B
20. B
21. O bicho não era nem cão, nem gato, nem rato.
22. A conjunção mas expressa uma oposição ou ressalva 
à ideia anterior.
capítulo 16
Tipos de texto: descrição, 
narração e dissertação
1. C
2. A
3. C
4. B
5. D
6. A
7. D
8. C
9. D
10. C
11. a) O proprietário afirma que a alma do apartamento está 
na varanda pelo fato de esta ser grande, espaçosa 
(“No terraço de 128 m²”), permitindo que a família 
entre em contato com a natureza (“a família toma 
sol”, “sair para a varanda é expor-se a um banho 
de sol”), com a sociedade (“recebe amigos para a 
festa”) e com a cultura (“‘Parece a Grécia’, diz a filha 
do proprietário”).
b) Ao empregarem o vocábulo “generosos”, os repór-
teres estão se referindo à grande extensão espacial 
que caracteriza os cômodos do apartamento.
12. 1) Vicente Lemes lê os autos e os contesta por estarem 
incompletos.
2) A vila inteira vigiava a lavratura do inventário.
3) Vicente Lemes exige refacção do inventário.
4) Vicente Lemes levanta-se e vai à janela, aliviado, 
olhar a calma da cidade.
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13. B
14. D
15. (01 1 02 1 08 5 11)
16. D
17. C
18. A
19. A
20. B
21. D
22. Trata-se de palavras rudes, pouco polidas, que servem 
para revelar com crueza a baixa condição social dos 
habitantes do cortiço e a sua decadência social, pois 
vivem quase como se fossem animais.
capítulo 17
Tipos de discurso e transposições
1. D
2. A
3. A
4. C
5. A
6. E
7. B
8. E
9. D
10. A
11. a) O emprego do discurso indireto ocorre nas seguintes 
passagens:
•	 “[…] e ordenou-me que lhe dissesse tudo.”
•	 “[…] perguntei-lhe, para principiar, quando é que ia 
para o seminário.”
b) Transposição para o discurso direto:
•	 [...] e ordenou-me [...]:
 — Diga-me tudo.
•	 [...] perguntei-lhe, para principiar[...]:
 — Quando é que (eu) vou para o seminário?
12. Uma possibilidade de resposta seria: “Sensível ao apelo 
do governo para economizar gasolina, ele pediu que a 
mulher preparasse a sunga esportiva. Ela lhe perguntou 
por quê. E ele respondeu que, no dia seguinte, iria 
trabalhar de bicicleta”.
13. C
14. B
15. D
16. A
17. A
18. O discurso indireto livre está em: “Mas por que aquilo 
tudo? Por que a mãe lhe falava daquele jeito, por quê? 
Não fizera nada de mal, só queria mudar de lugar, só 
isso… Não, desta vez ela não estava sendo nem um 
pouquinho camarada”.
19. Disse-me ela, na semana passada, que eu não me 
arrependeria se ajudasse o pobre do seu irmão 
naquele momento difícil.
20. O fiscal do “rapa” perguntou ao músico se ele tinha 
licença, ao que ele respondeu que não. O policial, 
então, ordenou-lhe que o acompanhasse. O ambulante 
respondeu afirmativamente e perguntou-lhe que música 
iria cantar.
21. Um guia relatou que o turismo na favela é um pouco 
invasivo, pois, ao andarem por aquelas ruas estreitas 
e, como os moradores deixam as janelas abertas, os 
turistas olham, sem pudor, para dentro das casas, 
criando situações desagradáveis, como a ocorrida com 
outro colega de trabalho. Contou que uma moradora 
cozinhava em seu fogão localizado perto da janela, 
quando um turista, que por ali passava, enfiou o braço 
e abriu a tampa da panela, enfurecendo a mulher, que 
chegou a golpeá-lo.
22. As fontes fidedignas empregadas para dar credibilidade 
às informações são a tese de Rodrigo Mallet Duprat, 
Realidades e particularidades da formação do 
profissional circense no Brasil: rumo a uma formação 
técnica e superior, e a entrevista com tal estudioso. 
Em relação aos discursos, há ocorrência do discurso 
direto, indicado pelo uso de aspas e verbo dicendi 
ao término do trecho (defende o autor) em “‘Há, no 
mercado, profissionais híbridos, oriundos de várias áreas 
de formação, inclusive no circo familiar. Mas, como falta 
um curso superior, muitos artistas que começaram nas 
artes circenses vão para outras áreas do conhecimento 
como ciências sociais, dança, teatro, educação física, 
história... É até bom existir essa amplitude, só que aquele 
profissional poderia ter a possibilidade de se formar, 
fazer um curso superior de artes do circo’, defende 
o autor da tese”; há também ocorrência do discurso 
indireto, conforme se lê a seguir: “Rodrigo entende 
que atualmente a atividade é exercida por diferentes 
profissionais como professores de teatro, artes ou 
educação física”.
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capítulo 18
Sinais de pontuação: marca de relação 
sintática e produção de sentido
1. I. a) Em matéria de queda da inflação, o ano de 1995 
sobrepujou os anos anteriores.
b) O ano de 1995, em matéria de queda da inflação, 
sobrepujou os anos anteriores.
 II. a) Graças a múltiplas atrações naturais, o Brasil é um 
país vocacionado para o turismo.
b) O Brasil, graças a múltiplas atrações naturais, é 
um país vocacionado para o turismo.
 III. a) Com uma pequena espátula de marfim, ela abre 
as páginas de um livro.
b) Ela, com uma pequena espátula de marfim, abre 
as páginas de um livro.
2. a) A percepção, de pessoa para pessoa, sofre variações 
consideráveis.
b) Estas, a meu ver, são razões pouco significativas.
c) Impunham-nos, a cada dia, condições novas.
d) Os comerciantes, nesse contexto, procuram atingir 
sua meta, isto é, o lucro.
e) Não negues, portanto, a condição básica do co-
mércio.
3. A
4. B
5. C
6. A
7. D
8. E
9. D
10. B
11. E
12. C
13. D
14. D
15. D
16. C
17. B
18. I. D
 II. D
19. E
20. Na manchete final do primeiro grupo, só é cabível marcar 
com vírgulas a intercalação do adjunto adverbial “nos 
EUA” (Causaram viva apreensão, nos EUA, os discos 
voadores). No último título do segundo grupo, apenas 
a intercalação do adjunto adverbial “hoje” pode ser 
indicada pelo sinal de pontuação (“MEC divulga, hoje, 
resultados do ENEM por escolas”).
21. • Na frase I, afirma-se que só existe uma mãe; mãe, no 
caso, é objeto direto de tem.
•	 Na frase II, o termo mãe, separado por vírgula e 
funcionando como vocativo, designa a pessoa a 
quem o falante se dirige. Daí a ideia de que só “tem” 
(há/existe) uma Coca-Cola.
22. D
23. E
24. C
25. E
26. C
27. E
28. B
29. D
30. D
31. D
32. C
33. B
34. A
35. A
36. Essa pontuação serve exatamente para estabelecer 
o pressuposto de que todo tipo de aborto se inscreve 
como crime no Código Penal. A oração entre vírgulas 
é subordinada adjetiva explicativa.
 Observação: O sentido decorrente dessa redação não 
traduz com precisão o que diz o Código Penal vigente 
no Brasil, que não considera crime o aborto quando a 
gravidez é consequência de estupro ou oferece risco à 
vida da gestante.
37. a) Essa passagem, lida fora de contexto, admite que 
se interprete o termo o cachorro como aposto, 
explicando quem é Júpiter.
b) Pusemo-nos a caminho, por volta das quatro horas: 
Legrand, Júpiter, o cachorro e eu.
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capítulo 19
Regência: norma-padrão, marca de 
relação sintática e produção de sentido
1. A
2. A
3. A
4. B
5. B
6. E
7. C
8. A

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