Buscar

Resumo Direito Tributario - Tati 2014

Prévia do material em texto

PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
Os princípios são comandos, diretrizes, que tem por objetivo realizar valores relevantes no nosso ordenamento jurídico (certeza e justiça na tributação).
	CERTEZA
	JUSTIÇA
	Legalidade
	Isonomia
	Irretroatividade
	Não confisco
	Anterioridade
	Capacidade contributiva
1 – PRINCÍPIO DA ISONOMIA
Pode ser entre os próprios contribuintes (quem paga tributos) ou entre os entes da federação (quem exige os tributos).
– Isonomia entre os entes da federação
a) PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
Art. 151. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
A União pode cobrar seus produtos uniformemente em todo o território nacional, porém é admitida a concessão de incentivos direcionados à promoção de maior igualdade entre as regiões do Brasil.
A zona franca de Manaus, por exemplo, não ofende este P, pois se trata se estabelecer maiores benefícios para que eles desenvolvam o mesmo nível de desenvolvimento dos demais Estados do país.
b) PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE ISENÇÕES HETERÔNOMAS
Art. 151. É vedado à União:
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
A União só poderá conceder isenção de tributo de sua competência.
Isenção heterônoma: é a concessão, pela União, de tributo fora do âmbito de sua competência (estaduais e municipais).
PROBLEMAS:
ICMS e ISS ICMS é disciplinado pela LC 87/96 e o ISS pela LC 116/03, essas leis foram feitas pelo Congresso Nacional e valem para toda a unidade federativa. Não se trata de isenção heterônoma, pois essas leis são NACIONAIS e não federais.
Tratados Internacionais há um tratado que estabelece isenção de ICMS e ISS. Porém também não se trata de isenção heterônoma, uma vez que o Tratado é uma norma NACIONAL e não FEDERAL. (RE 229.096, Pleno 16/08/2007).
c) VEDAÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO EM FACE DA PROCEDÊNCIA OU DESTINO DE BENS
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
– Isonomia entre os contribuintes
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
Contribuintes na mesma situação Tratamento isonômico
Porém, quem não estiver na mesma situação terão tratamento diferenciado. 
O artigo 146/CF estabelece tratamento diferenciado para as microempresas, empresas de pequeno porte e as cooperativas 
Ex.: benefício tributário para micro empresas e empresas de pequeno porte para que ela possa competir com as empresas de grande porte.
2 – PRINCÍPIO DO NÃO CONFISO
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
O artigo 150, IV/CF, fala apenas em “tributos”. Porém, o STF entende que as multas também não podem ser confiscatórias (ADI 1075 e AgR. 637.717 de março/2012).
3 – PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA 
Art. 145. § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
1ª parte: os impostos terão caráter pessoal.
	IMPOSTOS PESSOAIS
	IMPOSTOS REAIS
	
 FATO GERADOR leva em consideração a característica do contribuinte (aspecto pessoal).
Ex.: Imposto de Renda
	
FATO GERADOR é a simples propriedade do bem.
Ex.: IPTU
2ª parte: os impostos serão graduados de acordo com capacidade econômica (manifestação de riqueza) dos contribuintes.
	
PROGRESSIVIDADE DA ALÍQUOTA
	
PROPORCIONALIDADE DA AL.
	
Aumenta a base de calculo, aumenta a alíquota.
Ex.: IR.
	
A base de calculo é variável, a alíquota que é a mesma.
Ex.: ICMS.
Capacidade Econômica ≠ Capacidade Contributiva
3ª parte: instrumento de aferição da capacidade contributiva: identificação de informações do contribuinte.
Ex.: sigilo bancário.
Sem autorização
Art. 5º: movimentação bancária acima de 5 mil reais é enviado informes automaticamente à Receita Federal.
Art. 6º: U, E,DF e M nos casos de fiscalização
STF: TRF 4 contribuinte da quebra. Ajuiza a AC 33 RE 389.808. Em 2006 foi concedido liminar até 2010, quando ela foi afastada. O recurso relativo a esta cautelar, foi julgada em 12/2010 disse que a quebra era inconstitucional.
Sobre a quebra de sigilo bancário (posicionamento de cada parte e seus argumentos):
	
CONTRIBUINTES
	
FAZENDA
	Inconstitucional
	Constitucional
	Ofensa à privacidade e /á intimidade (art. 6, X e XII)
	Diz que é um instrumento de realização de capacidade contributiva, que respeita a intimidade e a privacidade, já que tudo esta previsto em Lei Complementar.
	Não podem ser relativizados pelo Poder Judiciário
	Diz que o que corre é a transferência do sigilo (art. 198/CTN), porque a Receita também não vai poder divulgar esses dados.
4 – PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
A lei só pode criar e a majorar fatos geradores futuros.
Casos de Retroatividade: art. 106 CTN e 144, §1 CTN
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
5 – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE NO DIREITO TRIBUTÁRIO
Tem previsão na CF e no CTN.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Este princípio estabelece que um tributo só poderá ser criado ou modificado por meio de lei.
5.1 – O que significa criar/modificar tributo: significa alterar algum dos elementos previstos no artigo 97/CTN (ressalvados o prazo do vencimento e a atualização monetária da base de cálculo).
Elementos do Tributo FatoGerador (conduta/tributação)
 Sujeitos (quem paga e quem cobra)
Base de Cálculo (riqueza sobra a qual o tributo incide)
 Alíquota (% x BC = R$)
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
Debates na Jurisprudência
a) Data de vencimento: não precisa estar necessariamente em lei, pode ter data de vencimento prevista em decreto (RE 203.684). (CAI MUITO EM PROVA)
b) Atualização monetária: é diferente de base de cálculo. Ela pode ser via decreto, não precisa ser por meio de lei.
Art. 97. § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
5.2 – Qual lei que pode modificar o tributo: 
REGRA: Lei ordinária (instrumentos com força de lei ordinária também, como Medida Provisória e Lei Delegada).
5.3. – Impostos que só podem ser criados por meio de lei-complementar:
Imposto sobre grandes fortunas (art. 153, VII, CF).
Impostos e contribuições previdenciárias RESIDUAIS (art. 154, I e art. 195, § 4º, CR).
- União: 
Impostos: art. 153 da CF ( ).
Contribuição sobre Seguridade Social ( )
Empréstimos compulsórios: art. 148 da CF. (Competência da União – necessariamente por lei-complementar).
5.4. – Relativização do princípio da legalidade:
Alíquotas de determinados produtos podem ser modificadas por DECRETO.
Dentro dos limites da lei (ex. Alíquotas de 5 a 15%).
IMPOSTOS EXTRAFISCAIS.
Impostos de Importação, Exportação, IPI e IOF (impostos extrafiscais). 
CIDE combustíveis e ICMS combustíveis 
No caso, as alíquotas serão determinadas por convênio.
Convênio é norma que resulta de uma deliberação entre os poderes executivos dos Estados. Medida que visa minimizar a guerra fiscal entre os Estados. 
6 – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
6.1 – É o prazo razoável para o contribuinte ajustar-se às alterações na legislação tributária.
Trata-se de medida relacionada com os valores segurança jurídica e a certeza na tributação.
Configura-se em “vacatio legis” específica para o Direito Tributário.
6.2 - Art. 195, § 6º, da Constituição Federal, que trata da anterioridade nonagesimal.
Tem aplicação unicamente no que se refere às leis ou medidas provisórias que alteram ou criam contribuições destinadas ao financiamento da SEGURIDADE SOCIAL (vide art. 195 da CF). 
Ex.: suponha-se lei que aumenta a alíquota da COFINS de 2 para 3%. Para que essa lei seja aplicada (aumento da alíquota) é exigido o prazo de 90 dias.
6.3 - Alguns doutrinadores chamam o instituto de anterioridade mitigada. 
Anterioridade Mitigada em relação à regra do art. 150, inciso III, da CF.
Emenda Constitucional 42/2003 estatuiu um prazo mínimo de anterioridade, qual seja o prazo de 90 de dias.
EC 42/2003: as leis que majorem ou modifiquem tributos somente produzirão efeitos no exercício seguinte, observado, entre a data de publicação da lei e a vigência, o prazo mínimo de 90 dias.
DESTAQUE: EXCEÇÕES À REGRA GERAL.
	Exigência Imediata 
	Só 90 dias
	Só Ex. Seguinte
	
	
	
	I. Importação
	IPI
	IR
	I. Exportação
	Contribuições Seguridade Social
	BC (IPTU e IPVA)
	IOF
	
	
	Imposto extra Guerra
	
	
	Emp. Compuls. Guerra ou calamidade pública
	
	
7 - PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO (art. 150, § 4º, da CF).
Este princípio, segundo entendimento do STF, pode ser estendido às multas, embora a Constituição só fale em impostos.
CONCEITO DE TRIBUTO e ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS. 
Tributo é gênero. 
As espécies são os tipos de tributos existentes.
1 – Conceito:
QUESTÃO: O que é tributo?
Art. 3º do Código Tributário.
É uma prestação pecuniária compulsória em dinheiro (moeda)
A incidência tributária independe da vontade do sujeito passivo, bastando a ocorrência do fato gerador. 
Tributo não pode constituir sanção por ato ilícito.
O fato gerador do tributo deve ser um ato lícito.
Portanto, tributo é diferente de penalidade e de multa.
Atenção e cuidado com o seguinte: se houver renda, haverá fato gerador do tributo de Imposto de Renda, independentemente de a renda provir de ato lícito ou ilícito. 
A renda é regida pelo princípio do “non olet”. A renda não tem cheiro. Não importa de onde venha, a renda deve sempre ser tributada. O princípio aplica-se inclusive ao ICMS.
O tributo deve ser instituído por lei, e cobrado por atividade administrativa plenamente vinculada. 
O princípio da legalidade é uma diretriz na criação e na cobrança de tributos.
O lançamento tributário é a figura que se mostra como adequada para a cobrança do tributo, o que decorre da redação do art. 142 do Código Tributário Nacional. 
2 – ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS (art. 5º do CTN).
O art. 5º do CTN indica a existência de três espécies:
a) Impostos;
b) Taxas; 
c) Contribuições de Melhoria. 
Porém a Constituição, ao instituir o Sistema Tributário Nacional, faz mensão aos seguintes conceitos: 
a) Impostos; 
b) Taxas; 
c) Contribuições de Melhoria; 
+ d) Empréstimos Compulsórios; 
+ e) Contribuições Especiais e Parafiscais. 
O STF, no entanto, adota a teoria de que são 05 (cinco) as espécies tributárias. Classificação Pentapartite.
2.1 - IMPOSTOS
Imposto é o tributo cujo fato gerador não é vinculado a nenhuma atuação estatal. 
O fato gerador do imposto é uma conduta praticada pelo sujeito passivo (cidadão) que manifeste RIQUEZA.
OBS.: não se paga imposto porque o Estado faz alguma contraprestação, ou seja, não há atuação estatal vinculada à exigência de imposto. Impostos são tributos não vinculados.
O dinheiro proveniente da arrecadação dos impostos será destinado ao custeio das despesas gerais do Estado.
Que despesas gerais são essas? Educação, saúde, segurança etc.
Princípio da Não Afetação (art. 167, IV, da CF/88): Os impostos jamais terão sua receita afetada ou vinculada a nenhuma atividade ou despesa específica.
Em regra, os Impostos terão suas características gerais definidas em lei-complementar. 
A lei-complementar serve de norma geral para o estabelecimento de base de cálculo, fato gerador e sujeito passivo dos impostos.
O papel da lei-complementar enquanto norma geral é garantir a uniformidade da incidência tributária em todo território nacional. 
O que é norma geral?
ICMS – LC 87/96
ISS – LC 116/2003
DEMAIS IMPOSTOS – CTN (que tem natureza e status de lei-complementar).
Quais são os Impostos previstos na Constituição
	UNIÃO
	ESTADOS, DF
	MUNICÍPIOS
	
	
	
	Art. 153
	Art. 155
	Art. 156
	
	
	
	II, IE, IPI, IOF, ITR, IFG, IR
	ICMS, ITCMD, IPVA
	ISS, ITBI, IPTU
Todos os impostos acima são criados por lei ordinária. A lei-complementar apenas estabelece os critérios de criação.
2.2 - TAXAS
Conceito: são tributos VINCULADOS a uma atuação estatal. São tributos cujos fatos geradores são vinculados a determinada atuação estatal. 
Logo, imperioso concluir que as receitas provenientes das taxas são VINCULADAS, isto é, são AFETADAS para a finalidade para a qual a taxa foi criada.
Pergunta: que tipo de atuação estatal é essa:
2.2.a. Tipos de Taxa.
A atuação estatal pode ser Serviço Público ou Exercício do Poder de Polícia.
I – Taxas vinculadas a Serviços Públicos:
Será remunerado por taxa apenas o serviço público específico e divisível.
Serviço público específico é aquele que atingeum número determinado ou determinável de pessoas. 
Serviço público divisível é aquele cuja atuação pode ser mensurada (é possível saber de quanto foi a utilização daquele serviço).
Exemplos:
Taxa do lixo (coleta de lixo) – segundo a jurisprudência, é específico porque é possível determinar as pessoas que se utilizam do lixo. É divisível, porque é possível a divisão do valor por cada contribuinte.
A Taxa tem por fato gerador a utilização potencial ou efetiva do serviço público. 
Debates jurídicos relevantes a respeito do tema:
I.1. Taxa de Iluminação pública.
Em tese, o serviço de iluminação pública é geral e indivisível. O STF decidiu que realmente a taxa de iluminação pública é inconstitucional (Súmula 670-STF).
Em face disso, houve a aprovação da EC 39/2002, pela qual se instituiu o art. 149-A na CF. Tal artigo criou a COSIP (Contribuição Para o Custeio da Iluminação Pública). O STF decidiu que a COSIP é constitucional.
I.2. Taxa do lixo (houve discussão sobre a constitucionalidade e sobre a composição da base de cálculo dessa taxa).
1º debate: constitucionalidade.
Pergunta: a taxa de coleta de resíduos sólidos domiciliares (e/ou hospitalares) incide sobre serviço público específico e divisível?
O STF respondeu que sim (Súmula Vinculante nº 19).
Aqui está a se falar do serviço de coleta de resíduos sólidos domiciliares (e/ou hospitalares) realizado pelo caminhão de lixo.
Atenção: Todavia, o serviço de limpeza das ruas não se caracteriza como de coleta de resíduos sólidos domiciliares. 
2º debate: Composição da base de cálculo da taxa do lixo (resíduos sólidos). 
A base de cálculo da taxa deve refletir o CUSTO da ATUAÇÃO ESTATAL. Essa base de cálculos deve ser diferente da base de cálculo dos Impostos (art. 145, § 2º, CF c/c 77, par. único, do CTN).
Na base de cálculo podem ser consideradas a localização, o tamanho (testada) e o uso do imóvel.
O STF decidiu que não há ofensa à Constituição, eis que não há identidade com a base de cálculo do IPTU. 
Vide, a propósito, a Súmula Vinculante nº 21. 
I.3. Diferenciação entre Taxas e Preços Públicos.
A situação formal é a mesma. De um lado o usuário, e, de outro, o Estado.
O Estado presta o serviço público. O usuário paga pelo serviço.
Pergunta: Trata-se de taxa ou preço público?
O critério que os diferencia é a compulsoriedade (Súmula 545-STF).
A compulsoriedade atinge a taxa, e não o preço público.
Portanto, se a utilização for compulsória, ter-se-á Taxa. Se não o for, estar-se-á diante de preço público. 
I.4. Natureza jurídica do Pedágio.
I.5. Natureza jurídica das custas e emolumentos notariais.

Continue navegando