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AD2 História e Documento 2018.2

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Questão 1)
O uso de computadores na pesquisa histórica, teve seu marco inicial em 1963, com a publicação do trabalho de Roberto Busa sobre as obras de São Tomás de Aquino. Passando pela difusão do uso da computação doméstica nas décadas de 1980, e a criação da rede mundial de computadores nos anos iniciais da década de 1990. Na Europa o interesse dos historiadores pela computação foi impulsionado pela criação, no ano de 1987, da Associação para História e Computação. No final dos anos 1980 muitas universidades holandesas já forneciam aos seus estudantes de ciências humanas, treinamento no uso de computadores e entre 1988 e 1989 foi criado o Arquivo de Dados Históricos Holandês.
O primeiro uso do termo História Digital no meio acadêmico se deu em 1998, com a criação do The Virginia Center for Digital History, pelos professores Edward L. Ayers e William G. Thomas, que usavam o termo para representar a disponibilização de fontes primarias na web.
A História Digital é o campo de estudo da História que busca representar, ensinar e produzir questões históricas a partir de meios de comunicações digitais, em destaque a Internet. A História Digital foi capaz de modificar o oficio do historiador em três grandes campos a pesquisa, o ensino e a divulgação de conhecimento histórico. Isso proporcionou que a ampliação do poder de fala do historiador e sua capacidade de ser escutado. O surgimento das novas mídias aproximou o conhecimento do grande público, o público não acadêmico, pode ser citado como exemplo o Prof. Dr. Leandro Karnal e o historiador israelense Yuval Noah Harari, que conseguiram com primazia produzir conhecimento acessível para o grande público.
Vivemos numa sociedade digital, onde todos os aspectos da vida humana, o trabalho, os relacionamentos e o lazer, são regulados por empresas do ramo de comunicação digital, onde softwares e hardwares passaram a ser componentes integrantes dos processos da vida em sociedade.
Na internet o efêmero, é a única verdade, a velocidade da mudança que acontece na rede é um chamariz para o historiador do tempo presente. Ser capaz de estudar seu objeto no instante que ele se passa é um privilégio para poucos campos do saber, ainda mais numa plataforma em constante transformação e modificação, sites que ontem estavam online, hoje podem não estar mais. E se o historiador não fizer a analise destes fenômenos, eles poderão ser perdidos em definitivo. Seria negligência do historiador não estudar, ou ignorar o papel das novas tecnologias, que facilitam não só o acesso a documentos históricos, como também a sua produção.
O rápido processo de digitalização em grande escala, de arquivos históricos, mudou radicalmente o modo como os historiadores pensam o passado e a forma de compreensão do presente. A digitalização de bibliotecas inteiras, como a da Universidade de Harvard, possibilitou uma revolução na disponibilização de quantidades inimagináveis de livros e outros documentos em pdf, à leitores e pesquisadores do mundo todo.
Durante muitas gerações, a historiografia tinha como base metodológica a análise de tipos documental especifico: o papel. A Escola Metódica, imputava ao historiador o estudo dos documentos oficiais, códigos de leis e qualquer outra forma de registro da atividade humana era de competência das “ciências auxiliares”, como a Arqueologia e a Paleontologia. No entanto com a Escola dos Annales, a concepção de documento se ampliou. Passando a ser utilizado para formulação do conhecimento histórico uma ampla gama de fontes.
E com isso a fonte digital passou a ser incorporada ao oficio do historiador. Entretanto para que os documentos digitais sejam aceitos pelos historiadores, como fontes primárias, será necessária uma sistematização teórico-metodológica, e isso só será possível quando houver mais trabalhos que utilizem fontes digitais como fontes primárias.
A adaptação a essas novas fontes pelo historiador deve ser imediata, mesmo que ele não consiga acompanhar todas as evoluções tecnológicas que surjam, pois essas acontecem com extrema velocidade.
Com os documentos digitais possibilitou o descarte do suporte físico, porém com o avanço da tecnologia outros suportes surgiram, como inicialmente o disquete, os CDs, os DVDs e hoje a documentação salva em formato pdf, assim criando um banco de dados digitais, com a capacidade de ser transporto para qualquer lugar.
O documento digital é um documento que tem o seu conteúdo variado, sendo o registro de todas as formas das atividades humanas possíveis, codificadas em códigos binários, e que necessitam de uma máquina para interpretá-los, usualmente sendo esta o computador.
As fontes digitais se encontram nas formas de fontes primárias digitais e “não-primárias” digitais. As fontes primárias digitais se subdivide em “documentos primários digitais exclusivos” e documentos digitais digitalizados.
As fontes digitais não-primárias são as mais abundantes e de fácil acesso, basta procurar por qualquer assunto nas plataformas de busca, que o resultado será uma enorme quantidade de imagens e textos. Contudo mesmo que os sites se apresentem sob a forma acadêmica, estes podem conter erros grotescos ou representar opiniões e ideologias do autor, quando identificado. Hoje importantes instituições já disponibilizam edições eletrônicas das suas publicações, assim respaldando o uso dessas fontes por historiadores e pesquisadores.
O segundo tipo de fontes digitais são as fontes primarias digitais. Subdivida em duas categorias: os documentos primários digitalizados, que são o resultado dos processos de digitalização dos documentos “tradicionais” de alguma instituição como cartório, igrejas e bibliotecas e os documentos digitais exclusivos que não possuem outro suporte senão o meio digital, por exemplo os blogs, diários virtuais, que são atualizados com certa frequência.
As informações nos meios digitais se apresentam de forma abundante, quando estas estão vinculadas à instituições de pesquisa de certo renome, pressupõe-se que essas informações sejam verdadeiras. Entretanto há uma quantidade incalculável de informações que não estão relacionadas com nenhuma instituição, encaixam-se nisso blogs, e-mails dentre outros meios digitais. 
Essas fontes devem ser utilizadas como fontes de pesquisa, pois senão estaríamos abrindo mão de importantes objetos de estudo da História do Tempo Presente. Porém ao utilizarmos tais documentos, será necessário a utilização de procedimentos metodológicos específicos, como saber se esses documentos estão interligados com outros que possam servir de respaldo, se os sites possuem links que levem a outros diretórios que comprovem sua autenticidade.
Essa incerteza da veracidade documental não é nova para o historiador, pois sempre existiram fontes “tradicionais” que não eram verdadeiras, com as novas tecnologias que surgem o historiador/pesquisador deverá adaptar-se para reduzir as chances de erro ao adotar fontes digitais. Ele deverá ser capaz de diferenciar sites verdadeiros de sites falsos (fake sites).
Os falsos sites ou fake sites, são sites construídos para se passarem por outros já conhecido do grande público, normalmente tem como propósito aplicar golpes, roubando senhas e números de cartões de crédito ou qualquer outro dado do usuário, que o acessem. É possível a falsificação de sites quaisquer tipos, de sites de relacionamento à governamentais, passando por de instituições bancárias. Por isso o historiador deve estar atento a essa prática ao selecionar suas fontes e a procedimentos básicos de segurança e verificação de autenticidade de sites, para que ele não seja enganado.
Bibliografia 
ALMEIDA, Fábio Chang de. O Historiador e as Fontes Digitais: uma visão acerca da internet como fonte primária para pesquisas históricas. Aedos: Revista do Corpo Discente do Programa de Pós-Graduação em História da UFRGS (Online), v. 3, p. 9-30, 2011.
VIANA-TELLES, Helyom. HISTÓRIA DIGITAL, SOCIOLOGIA DIGITAL E HUMANIDADES DIGITAIS: Algumas questões metodológicas. REVISTA OBSERVATÓRIO, v.3, p.74-101,2017.
CÂMARA, Sérgio; BENICIO, Milla. HISTÓRIA DIGITAL: entre as promessas e armadilhas da sociedade informacional. REVISTA OBSERVATÓRIO, v.3, p.38-53, 2017.
GRINBERG, Keila. A História que está na moda: divulgação científica, ensino de História e internet. Café História, 2011. Disponível em: <https://www.cafehistoria.com.br/a-historia-que-esta-na-moda-divulgacao-cientifica-ensino-de-historia-e-internet/> Acessado em 02 out. 2018.
Questão 2)
<http://www.scielo.org/php/index.php> Mantido pela  FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa. de São Paulo.
<http://valley.lib.virginia.edu/> Mantido pela University of Virginia. 
<http://bdtd.ibict.br/vufind/> Mantido pelo Ibict - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia.
<https://networks.h-net.org/> Mantido pela  Michigan State University.
<http://www.rio.rj.gov.br/web/arquivogeral/principal> Mantido pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro

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