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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA EAD Fichamento de Estudo de Caso Trabalho da disciplina Gestão De Riscos Financeiros Tutor: 2019 2 Estudo de Caso: GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS Blaine Kitchenware Inc.: Estrutura de Capital REFERÊNCIA: LUEHRMAN, Timothy; HEILPRIN, Joel. Blaine Kitchenware Inc.: Estrutura de Capital. Harvard Business School, 413 – P02, 2009 O caso traz como plano de fundo a empresa Blaine Kitchenware fundada em 1927 como The Blaine Eletrical Apparatus Company, uma empresa de médio porte, produtora de pequenos eletrodomésticos de marca, modernos e fáceis de usar, destinados às cozinhas domésticas. Victor Dubinski era bisneto de um dos fundadores e foi eleito pelo conselho de administração em 1988 e em 1992 se tornou o CEO sucessor de seu tio. Produziam aspiradores de pó, máquinas de waffle, ferros de passar, e desnatadeiras. No ano de 2006, a empresa possuía um leque de produtos de cozinha usados para preparar bebidas, comidas e para cozinhar. Como chapas, torradeiras, frigideiras, máquina de waffle, pequenos fornos, mixers, panelas de cozimento lento, liquidificadores, panela de pressão, cafeteiras, trituradores e fatiadores. O crescimento do volume de vendas era limitado a 3,5% anuais devido a concorrência de importados baratos e preços agressivos dos hipermercados. A Blaine se expandiu para mercados externos nos últimos anos. A maior parte das receitas da empresa vinham do seguimento de utensílios para o preparo de comidas e para cozinhar. Sua participação no mercado de produtos para preparo de bebidas era pequena. De acordo com as pesquisas de mercado, a Blaine estava bem consolidada no mercado, era bem conhecida e possuía uma boa imagem perante aos consumidores pois trazia a lembrança dos pratos das famílias saudáveis. Em resposta a crescente concorrência de importados da Ásia e de marca própria de distribuidores, a Blaine inseriu alguns produtos com a função smart, mais elegantes e modernos para alcançar consumidores de classe alta. Seus produtos comuns eram vendidos em hipermercados e lojas de departamentos através da distribuição de uma rede de atacadistas. Já os produtos com alta tecnologia, eram vendidos através de empresas por catálogos e varejistas especializados. 3 A empresa operava uma pequena fábrica em Minnesota a qual era proprietária também. Lá, eram produzidas peças de ferro fundido com revestimentos especiais destinados a alguns utensílios para cozinhar. Sua produção era terceirizada e tinham fornecedores e fabricantes atuantes na China, Canadá, México e Vietnã. Dubinski manteve a operação da BKI com padrões tradicionais mas implantou três medidas distintas: a empresa finalizou sua oferta pública inicial (IPO), Transferiu aos poucos a produção para o exterior se beneficiando do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) e usou a estratégia de adquirir pequenos fabricantes de independentes ou de linhas de utensílios de cozinha de vários fabricantes. A intenção dos gestores era a de ampliar sua presença no mercado de utensílios para bebidas por demonstrar um crescimento considerável. A empresa precisou pegar empréstimos duas vezes e logo foi quitado. Seu maior uso de caixa era para pagamento de dividendos aos acionistas e compromissos de aquisições, o investimento de capital (capex), também correspondia a um dos itens de maior uso de recursos. Seu balanço patrimonial era muitíssimo forte, livre de dividas e muita liquidez. A venda de produtos de nível intermediário correspondia por volta de 85% de suas receitas e 80% do resultado operacional. Os produtos de alta tecnologia e de ponta correspondiam ao restante. Sua margem operacional diminui aos poucos devido a baixa de estoque e custo de integração. Mesmo possuindo lucratividades, a BKI não conseguiu impedir que o retorno aos acionistas ficasse abaixo da média. O ROE, retorno sobre patrimônio líquido, estavam consideravelmente atrás dos concorrentes com capital aberto. Seu lucro por ação também tinha sofrido reflexos da diluição nas aquisições. A Blaine alcançou em 2006 o balanço patrimonial mais forte do setor e em 2002, conseguiu cancelar um contrato de crédito rotativo devido a liquidez. O número de ações da empresa subiu e o índice de payout, porcentagem do lucro líquido distribuídos na forma de dividendos ou juros sobre capital próprio aos acionistas, aumentou significativamente ultrapassando os 50%. Um banqueiro conhecido de Dubinski solicitou uma reunião após investidores de private equity, capital privado, mencionou uma possível aquisição da BKI. A família não tinha interesse em vender a empresa, mas sim de expandir adquirindo outras empresas do setor de utensílios para cozinha. O banqueiro informou que a Blaine poderia tomar empréstimos 4 para comprar suas próprias ações. Este conselho foi dado a Debinski devido à alta liquidez e sub-alavancados. Victor refletia sobre a possibilidade de recompra das ações, mas vários questionamentos vinham à tona, como de que forma abalaria a solidez da empresa e de que forma impediria futuras aquisições. Uma grande recompra poderia ser inaceitável por forçar a Blaine a desistir de suas reservas de caixa e de suas atividades de aquisições. Além do mais, a empresa se veria forçada a tomar outro empréstimo e pagaria juros consideráveis pela terceira vez em sua existência. Conforme analisava a recompra, Dubisnki entendeu que só poderia usar essas medidas em concordância com todas as políticas da BKI como estrutura de capital, planos de aquisição, estrutura societária e política de dividendos. Local: Biblioteca da Disciplina
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