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Ajuda para o portifólio do 1º Semestre de Análise e Desenvolvimento de Sistemas.

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Material para Portfólio Individual do 1º Semestre de Análise e Desenvolvimento de Sistemas
IHC – Interface Homem Computador
A necessidade da construção de uma interface amigável ao usuário é fundamental em um sistema. É o canal de comunicação entre o homem e computador, no qual são feitas as interações visando atingir um objetivo comum. 
A interface faz parte do sistema computacional e determina como as pessoas operam e controlam o sistema. Quando uma interface é bem projetada, ela é compreensível, agradável e controlável. Os usuários se sentem satisfeitos e seguros ao realizar suas ações. A importância da interface se torna evidente, pois todos somos usuários e alguns aspectos reforçam esta importância, tais como: i) disseminação do uso de sistemas e equipamentos como celulares; ii) aumento da complexidade dos sistemas; iii) preocupação com a qualidade do software de acordo com a característica da usabilidade (conforme as definições da Norma ISO/IEC 9126-1). 
Os objetivos da Interação Humano–Computador (IHC) são os de produzir sistemas usáveis, seguros e funcionais. Esses objetivos podem ser resumidos como desenvolver ou melhorar a segurança, utilidade, efetividade e usabilidade de sistemas que incluem computadores. Nesse contexto, o termo sistemas se refere não somente ao hardware e software, mas a todo o ambiente que usa ou é afetado pelo uso da tecnologia computacional. Durante o projeto de interface é necessário que se faça uma análise mais detalhada, como especificação de requisitos, módulo de qualidade e perfil dos usuários. 
A participação do usuário durante o processo de desenvolvimento da aplicação é de extrema importância, pois ajuda a diminuir os erros, propicia a maior interação e entendimento do usuário, cativa a curiosidade e interesse e, por fim, ajuda a ter maior aceitação do produto, pois eles fizeram parte de todo o processo de desenvolvimento, ou seja, se sentem “donos” do mesmo. 
Segundo o Wikipédia a Interação Humano-Computador (IHC, também conhecida como interação homem-computador) é o estudo da interação entre pessoas e computadores. É uma matéria interdisciplinar que relaciona a ciência da computação, artes, design, ergonomia, psicologia, sociologia, semiótica, linguística, e áreas afins. A interação entre humanos e máquinas acontece através da interface do utilizador, formada por software e hardwares. Ela é utilizada, por exemplo para algumas manipulações de periféricos de computadores e grandes máquinas como aviões e usinas hidrelétricas.
De um modo geral podemos ver a IHC como métodos que são métodos e práticas que se utiliza para facilitar a relação que o homem(usuário) desenvolve com a máquina(nesse caso o Computador). Quando um sistema é intuitivo e de fácil compreensão se torna muito mais prático e prazeroso para os usuários e benéficos para as empresas e organizações. 
É importante observar que por mais funcional que um sistema seja, com todos os módulos possíveis e que resolva os mais diversos problemas, se esse sistema não for intuitivo, de fácil utilização e agradável aos olhos humanos, de nada adiantará. Digo isso pois seria como você criar um problema dentro os outros já existentes. 
A IHC é indiscutivelmente uma forma de se melhorar a forma como o homem vê o computador e sua usabilidade.
Gerações da Interface
Pressman (1992), classifica a evolução das interações entre o ser humano e o computador em apenas quatro gerações: 
Primeira Geração – comandos e interfaces de perguntas. 
• A interação entre usuário e computador é puramente textual e feita 
através de comandos. 
Segunda Geração – menu simples. 
• O usuário tem uma lista de opções para selecionar um item através de 
código digitado. 
Terceira Geração – orientada a janela, interfaces de apontar e apanhar. 
• São interfaces conhecidas como “WIMP” (Windows, ícons, menu, 
pointing devices). Trazem o conceito de mesa de trabalho (Desktop). 
Quarta Geração – hipertexto e hipermídia. 
• Nessa geração, ela acrescenta na terceira geração as técnicas de 
hipertextos e multitarefa, e está presente na maioria das estações de 
trabalho e dos computadores atuais. 
Já de acordo com Walker (1990) a geração dos computadores sob o ponto de vista
de como os usuários interagem com ele é dividido em 5 gerações:
Primeira Geração – painéis com plugues, botões, mostradores e funcionamento
dedicado.
• Composta pelos sistemas de tabulação e pelo ENIAC;
• Usuário tinha relação um a um computador;
• Não havia mediação ou abstração entre o usuário e a máquina, pois ele
era um especialista;
• Nos anos cinqüenta, o modelo de usuário de computador era o de um
usuário individual, com o tempo totalmente dedicado a máquina.
Segunda Geração – lotes de cartões de dados perfurados e entrada de dados
remota (“RJE”).
• Já na segunda geração foram introduzidos muitos níveis de mediação e
abstração entre o usuário e o hardware do computador;
• Autonomia de tempo, pelo processamento em lotes dedicado a operação
do computador, uma vez que o usuário que até então, ficava o tempo todo
em que durava o processamento de um programa.
• Linguagens de controle de serviços (JCL – “Job Control Languages”)
foram criadas para controlarem as atividades dos computadores sem a
necessária intervenção do usuário.
Terceira Geração – tempo compartilhado via teletipo (“teletype timesharing”).
• Os sistemas operacionais passaram a executar múltiplos serviços,
compartilhando o computador com usuários de maneira interativa;
• Foram desenvolvidos sistemas de tempo compartilhados, devido a uma
maior interação convencional do usuário com o computador;
• Com estes sistemas os usuários podiam executar suas atividades de
maneira interativa, e também monitorar seus processos de forma “on-line”;
• Um terminal de impressão ou um teletipo com tela ASCII permitia o
desenvolvimento da computação convencional; 25
• Começou a ser usadas linhas de comandos, o usuário escrevia uma linha
de entrada que o computador imediatamente processava e respondia em
outra linha;
• Foi permitido o usuário conversar com o computador através de uma
ligação teletipo a teletipo.
Quarta Geração – sistemas de menu.
• Com o desenvolvimento de terminais alfanuméricos, permitiu a
apresentação de informações de maneira quase que instantânea,
possibilitando o desenvolvimento de menus de escolhas, onde o usuário
podia selecionar o item desejado pressionando uma ou duas teclas;
• Esses menus tornaram-se padrões para sistemas de aplicações a serem
operados por pessoas não especialistas em computação.
Quinta Geração – controles gráficos e janelas.
• Pesquisadores da XEROX perceberam que com as novas tecnologias,
permitia o desenvolvimento de uma nova forma de interação entre
usuários e os computadores, através de telas com gráficos bidimensionais,
permitindo uma interatividade aproximada da realidade;
• Surgiu o “mouse“ que possibilitou a seleção de objetos na tela, e a tela do
computador foi transformado em mesa de trabalho completa com
acessórios e recursos. 
Comercio Eletronico
Comércio eletrônico (e-commerce) é a realização de transações de compras e transferências de fundos eletronicamente, especialmente através da Internet. Antes da Internet, já havia “comércio eletrônico”, entre empresas, com o uso de EDI (Electronic Data Interchange).
Tecnologia EDI:
Troca eletrônica de documentos comerciais entre os computadores de 2 empresas;
Os dados são informados em formato padrão;
O envio e o processamento de documentos são feito de forma automática;
No Brasil, este serviço já existe a algum tempo, como a RENPAC. O e-commerce é parte integrante do e-business. Vai fazer a conexão eletrônica entre a empresa e o cliente, seguindo a estratégia estabelecida pelo e-business
O e-business abrange:
         Marketing
         Vendas
         Pagamento
         Atendimento
         Logística de distribuição
         Suporte
Características
Comunicação: a comunicação é realizada através da trocade informações à distância entre consumidores e fornecedores. Por ser acessada por qualquer usuário, a forma de comunicação necessita ser simples e de fácil entendimento;
Dados: o gerenciamento de informações no comércio eletrônico desempenha um papel importante no que diz respeito a criar e manter informações de diversos tipos de clientes através de bases de dados. Outro papel importante é o rastreamento das informações sobre os clientes à medida que vão navegando pelo site, com suporte de softwares específicos;
Segurança: uma das características mais importantes do comércio eletrônico é sem dúvida garantir a integração e a privacidade na troca de informações. Por ser um comércio a longa distância o consumidor precisa ter a garantia de que os seus dados não serão usados futuramente para outros fins ou por terceiros.
Tipos de comercio eletrônico
O comércio eletrônico é formado por diversas modalidades:
Business to Business (B2B): comércio praticado por fornecedores e clientes empresariais, ou seja de empresa para empresa;
Business-to-consumer ou business-to-customer (B2C): é o comércio entre a empresa produtora, vendedora ou prestadora de serviços e o consumidor final, semobjetivo comercial;
Consumer to Consumer (C2C): comércio eletrônico entre usuários particulares da Internet. A comercialização de bens ou serviços não envolve produtores e sim consumidor final com consumidor final, sem intermediários;
Government to consumers (G2C): comercio entre governos ,estadual, federal ou municipal e consumidores, por exemplo, o pagamento de impostos, multas e tarifas públicas;
Government to Business(G2B): negócios entre governo e empresas, por exemplo: as compras pelo Estado através da internet por meio de licitações, tomada de preços, etc.
Vantagens e Desvantagens
O comércio eletrônico apresenta algumas vantagens em relação ao comércio tradicional. São elas:
Exposição dos produtos: Um dos pontos positivos do comércio eletrônico é a exposição dos produtos, tanto a nível nacional quanto a nível internacional, sem a presença física da empresa. Apesar de ser uma vantagem quando comparado com o mercado tradicional, pode-se gerar certas expectativas por parte do cliente, que em alguns momentos não são atendidas.
Comodidade: Uma das vantagens do comércio eletrônico é a comodidade oferecida aos clientes, pois conseguem efetuar as suas compras de qualquer lugar e em qualquer horário, basta ter o acesso a Internet. As transações em sua maioria acontecem de uma forma mais rápida, eliminando também o desperdício de tempo em se deslocar para adquirir os produtos.
Agilidade nas relações: O comércio eletrônico possibilita que as relações entre consumidores e vendedores sejam realizadas de forma mais rápida. Além disso, as lojas ficam disponíveis a qualquer hora do dia
Maior visibilidade das informações: Enquanto no comércio tradicional o cliente se baseia num conjunto limitado de informações (preço, qualidade do produto) para a tomada de decisões, o comércio eletrônico oferece a opção de uma análise rápida e abrangente de ofertas sem grandes esforços. Em contrapartida, somente clientes que possuem acesso à Internet podem se beneficiar.
Análise mercadológica facilitada: As informações relevantes dos clientes permitem à empresa do varejo on-line desenvolver estudos que venham a entender de forma mais eficiente o comportamento de compra e o desenvolvimento de futuros produtos específicos para determinado grupo de clientes. Segundo Kotler e Armstrong (2003), a chave para conquistar e manter os clientes é entender as suas necessidades e seu processo de compra melhor do que os seus concorrentes e atribui mais valor. A empresa que se destaca no mercado é aquela que agrega valor com qualidade ao seu produto, visando a satisfação dos seus clientes.
Apesar das vantagens observadas acima, o comércio eletrônico apresenta alguns problemas que necessitam ainda ser superados, tais como:
Fraude: apesar da Internet e das vendas on-line evoluírem a cada ano, ainda existe um número bastante expressivo de pessoas que utilizam a Internet somente como forma de consulta e não como um meio de adquirir produtos de uma forma mais prática. Isto se deve ao fato das informações disponibilizadas pelos clientes serem utilizadas de forma fraudulentas por terceiros. Sistemas de criptografia avançados estão reduzindo esse problema de forma bem significativa.
Confidencialidade: a troca de informações entre fornecedores e compradores torna-se mais vulnerável por terceiros, que podem utilizá-las para outras finalidades sem autorização de ambas as partes.
Confiança: por se tratar de uma transação à distância, tanto a empresa quanto o cliente não sabem se as informações são verdadeiras. No caso das transações tradicionais, o cliente conhece o local onde se encontra a empresa, caso tenha alguma dúvida ou reclamação.
Referencias:
http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/9973/9973_4.PDF
Liberalismo e Ética 
Implicando a ética universalidade, é, deste modo, um produto da vida social que tem a função de promover valores comuns aos membros da sociedade.
A análise que pretendemos fazer procura contrapor os comportamentos do liberalismo perante a ética.
Torna-se assim importante definir, previamente, a questão que Peter Singer coloca na sua obra “Ética prática”, se «…agir racionalmente é o mesmo que agir eticamente?», pois questionava a racionalidade dos comportamentos.
Considera este autor que os comportamentos racionais e egoístas podem ser racionalmente aceitáveis por todos, ao destacar que: «…o egoísmo puro pode levar a praticar uma acção que tenha uma razão válida para a sua prática, mas que não constitua uma razão ética para que fosse praticada.».
Contrapondo que «…apesar de não conscientemente criada, a ética é um produto da vida social que tem a função de promover valores comuns aos membros da sociedade.».
Concluía assim que agir racionalmente não é “inteiramente” o mesmo que agir eticamente.
Após a introdução deste breve conceito sobre a ética, importa agora analisar o liberalismo como conceito e prática na sociedade.
O liberalismo é um movimento de ideias que encontramos em vários autores diferentes entre si, como Locke, Montesquieu, Kant, Adam Smith, Humboldt, Constant, John Stuart Mill, Tocqueville, citando apenas autores clássicos.
O liberalismo como teoria económica, é defensor da economia de mercado, como teoria política e defensor do Estado que governe o menos possível ou Estado mínimo, como actualmente se designa, isto é, reduzido ao mínimo necessário.
Um das formas de reduzir o Estado aos seus termos mínimos como defendem os liberalistas, consiste em substituir-lhe o domínio sobre a esfera das relações económicas, o que significa fazer da intervenção do poder político nos assuntos económicos não a regra, mas a excepção.
Segundo Norberto Bobbio, na sua obra o Futuro da Democracia, «…a par do liberalismo económico e político devemos falar de um liberalismo ético», por “liberalismo ético“, entende-se a doutrina que coloca em primeiro lugar na escala de valores o indivíduo e, portanto, a liberdade individual, no duplo sentido de liberdade negativa e de liberdade positiva.
Maquiavel, na sua obra O Príncipe, defende práticas que excluíam a moral e a religião, instituindo a “racionalidade” política, tendo por objectivo a eficácia que, no caso em análise, se traduzia nas formas de conservação do poder por quem dele era detentor.
Contudo, o Estado Moderno tem que basear a sua prática em princípios éticos e no respeito dos Direitos Humanos, de acordo com a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
À função directiva do Estado, defendida por Maquiavel, opõe-se na actualidade a ética como função reguladora da sociedade, por parte do Estado.
Em que medida é que o liberalismo, que na gestão da sociedade tem uma postura utilitarista, se pode confrontar com a moral deontológica?
Defendendo os utilitaristas que os actos são avaliados em função da capacidade depromover o bem-estar geral, ou seja, da maximização das preferências e interesses humanos, defendem, tal como Maquiavel, que os fins justificam os meios.
Esta nova moral económica, optimista para os que dela beneficiam, alicerça-se no individualismo e no utilitarismo que, por sua vez, promove a desigualdade de oportunidades sociais contrariando a igualdade de direitos que a sociedade contemporânea lhe concede.
É, fundamentalmente, este o motivo que leva os igualitaristas a oporem-se aos utilitaristas. De facto, a postura ética de um utilitarista em considerar como objectivo final a maximização dos benefícios ou uma minimização dos prejuízos, não tem em conta o cidadão individualmente ou mesmo os direitos das minorias.
Para o utilitarista os prejuízos de alguns, desde que resultem em benefício de uma maioria, deverão ser aceites. Os utilitaristas, base do conceito moral do liberalismo, conduzem-nos a posturas que aprofundam o antagonismo com a moral deontológica, nomeadamente:
– o consequencialismo que nos leva a tentar obter o máximo de benefícios dos actos que praticamos;
– o hedonismo, moral do prazer, que defende que a nossa actividade deverá estar direccionada para nos proporcionar o prazer;
– o egoísmo ou a satisfação das necessidades do eu, uma postura inversa do altruísmo.
Segundo Jean Touchard, foi Bentham quem mais claramente formulou a doutrina do utilitarismo ao referir que «…o liberalismo inglês é uma doutrina coerente, da qual todos os aspectos (económicos, políticos, demográficos e humanitários) procedem de uma mesma filosofia, o utilitarismo.».
A moral Deontológica em oposição ao Utilitarismo 
Em deontologia a distinção entre o bem e o mal opera-se através do conceito de dever, de justiça, dando-se-lhe prioridade em relação ao bem.
Os deontologistas com a sua postura ética inflexível de defesa dos princípios do grupo, são um obstáculo ao liberalismo ao darem a primazia do direito à justiça. Contudo, para os deontólogos o que faço é que é determinante, o que é feito pelos outros é secundário, não preocupando o que está fora do eu.
Para os deontólogos, devemos dar mais peso aos nossos interesses (morais), dando mais importância à auto-proibição em fazer o mal, “violação das regras”, do que às más acções em geral. Opõem-se deste modo aos utilitaristas porque:
a) a imparcial consideração do bem-estar dos outros pelo utilitarismo, impede a compreensão da noção de autonomia; se vivermos à luz dos nossos próprios juízos, não podemos encarar os nossos próprios interesses neutral e imparcialmente;
b) os utilitaristas não compreendem o que é uma pessoa, com os seus direitos inalienáveis;
c) não compreendem o que é uma má acção.
Também os deontólogos estão em contradição com o facto de sermos membros de uma comunidade moral e não apenas racionais e discretos guardiães da nossa própria virtude, e devemos cuidar dos outros indivíduos assim como da comunidade e, por isso, os constrangimentos deontológicos não podem dispensar o activo interesse na promoção do bem-estar das outras pessoas. É difícil vivermos a nossa vida exclusivamente no domínio do direito. O domínio das nossas vidas é mais vasto do que os deontológicos o pensam.
Qual a Fronteira Entre a Moral e a Imoral
Após terminada a Idade Média, o Homem passou a ser o centro do Mundo, isto é, deixou de estar subjugado ao monarca e à religião, sendo que adoptou um comportamento mais egocêntrico e todos as suas atitudes passaram a basear-se no seu bem-estar e na sua satisfação e realização pessoal.
Em ética aceitamos plenamente o conceito daqueles que dizem que os nossos procedimentos têm em conta o meio onde vivemos, a cultura, a actividade onde nos inserimos e tendo por base o “princípio da prudência” defendido por Peter Singer.
Este princípio defende que os nossos procedimentos têm como fronteira a “prudência“, separando o comportamento moral do imoral, procurando que os seus comportamentos não originem prejuízos a terceiros, aceitando que no comportamento ético o utilitarismo e a deontologia não têm só uma leitura. Desta forma sendo em grande parte utilitarista a postura da sociedade, não deixa de se aprofundar, cada vez mais, a prática deontológica dos indivíduos sem que a ela estejam inteiramente subordinados.
Será de concluir que o liberalismo, como forma de organização da sociedade e do pensamento, deixou de ser determinante, sem contudo deixar de manter válidos muitos dos argumentos que o fundamentaram como refere o neoliberal F.A. Hayek, autor de La Route de la Servitude, quando diz que «…a política de liberdade individual, a única verdadeiramente progressiva, continua hoje válida como no século XII.».
De facto como refere Thomas Nagel os políticos ao estarem obrigados a «…promover o bem geral» e «…servir o bem público», prática simultaneamente Utilitarista e Deontológica, não podem nunca colocar em causa a Liberdade e os Direitos individuais.
Assim, o sentido “do bem” ou “do mal” não deve ser dado pela moral mas pela política.
Cabe assim aos políticos a responsabilidade enorme de elevar culturalmente a sociedade, pois são eles, em última instância, que perante os bloqueios da sociedade têm que encontrar formas de alterar as regras e normas de comportamento e de intervenção, que venham a ser socialmente aceites pela comunidade.

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