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http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/criatividade-e-inovacao-nas-empresas/29002/
A Criatividade e a Inovação traduzem-se na exploração bem-sucedida de novas idéias, essenciais para sustentar a competitividade e a geração de riquezas. Um país, uma empresa ou qualquer outra organização que almeje manter-se à frente de seus competidores, precisará de sistemas inovadores e criativos. A Inovação bem-sucedida requer bom gerenciamento, finanças apropriadas, perícias e, acima de tudo, um clima organizacional estimulante, que possibilite criar vantagens; e não se trata apenas de inovações científicas ou criação de demandas inteiramente novas, com foco total nos clientes e consumidores potenciais, mas em tudo: como se executa os serviços, como vende, como posiciona o produto no mercado, etc., A Inovação pode ser a diferença entre a sobrevivência e a morte. Atualmente, as organizações incapazes de se redescobrirem e/ou de se reinventarem continuamente (em termos de novos produtos/serviços), a partir da adoção de uma consciência inovadora, irão provavelmente desaparecer. Em face das organizações empresariais terem o desafio de enfrentar, nos dias de hoje, um dos ambientes mais hostis e competitivos jamais vistos, ressalto que as atitudes, os valores e as percepções devem mudar para poder se adaptarem a nova ordem econômica mundial. Essas mudanças devem ocorrer dentro de um clima organizacional favorável ao aprendizado, com contatos amigáveis, descontraídos, e com os quais as informações possam circular sem restrição, onde as idéias não devem ser “sufocadas”, sobretudo em seu nascedouro. Nesse contexto, enfocarei a Criatividade como a geração de novas idéias, e a Inovação como a materialização dessas idéias.
ESSÊNCIA DA CRIATIVIDADE
A Criatividade e a Inovação são, atualmente, os elementos básicos da cultura organizacional que mais ganharam relevância na nossa era (Era da Informação), mais precisamente a partir de 1991. Permitiram às empresas e países não só uma nova dimensão de desempenho, mas também “enxergar o presente pelo olhar do futuro”.
A cultura organizacional sofreu forte impacto do mundo exterior e passou a privilegiar a mudança e a inovação, voltadas para o futuro e para o destino das organizações. As mudanças passaram a ser rápidas e velozes, sem a continuidade com o passado, trazendo um contexto ambiental de turbulências e imprevisibilidades. Nessa contextura surgiu a Gestão de Pessoas como um imperativo macroestratégico. As pessoas passaram a ser vistas não mais como recursos organizacionais que precisam ser passivamente administrados, mas como seres inteligentes e proativos, capazes de desenvolver responsabilidades, iniciativas, criatividade, dotadas de habilidades e de conhecimentos, que ajudam a administrar os demais recursos organizacionais inertes e sem vida própria; essa é a nova concepção do mundo globalizado. A “massa cinzenta” humana é a riqueza do hoje e do amanhã. É a “moeda” do presente e do futuro; um autêntico capital intelectual e o recurso mais importante de uma organização, que não pode e nem deve ser tratado como um mero recurso organizacional. Devemos encará-lo como o maior responsável pela eliminação dos processos entrópicos, decorrente da subsistência de antigos paradigmas organizacionais que precisam ser rapidamente “descongelados” e substituídos inteiramente por uma visão mais dinâmica e voltada para a aprendizagem, para a mudança e para o futuro. Esse “descongelamento” tem início com o estímulo à motivação dos funcionários/colaboradores, e a participação de todos que compõem a organização no processo de modernização, gerando um clima de absoluta confiança e de otimismo; é nesse clima que se desenvolve, naturalmente, a Criatividade, que irá contribuir para a geração de novas idéias, conduzindo a organização na aplicação prática dessas novas idéias, ocorrendo, por consequencia, a Inovação, responsável direta pelo surgimento de novos produtos, serviços e tecnologias. Por conseguinte, percebe-se que a Criatividade está sempre por trás de todo o processo de Inovação, corporificando o pensamento estratégico de todas as pessoas que compõem a organização. Cada pessoa é o centro gerador de desenvolvimento de si mesma e da coletividade a que pertence. Para tanto, é necessário que haja ambientes propícios a esse desenvolvimento e que todos os direitos sejam respeitados e garantidos.
EMPRESA CRIATIVA, INOVADORA E HUMANA
Sabemos que o êxito de uma empresa depende da força de sua cultura e da clareza de seus objetivos, os quais quando empregados de forma combinada, convertem-se em forças poderosas de renovação em todos os níveis da empresa, e não simplesmente de uns pouco. Isso concorre para maximizar os lucros e aumentar a produtividade; assegura a sua sustentabilidade, a sua competitividade e a satisfação de todos que integram a organização; estabelece “consciência inovadora”, cuja principal tática é identificar as necessidades e os problemas do mercado (principalmente em tempos de crise) e transformá-los em produtos/serviços, que efetivamente representem soluções para o consumidor, principalmente os consumidores mais exigentes.
Como podemos identificar quando uma empresa não é criativa e nem inovadora? Quando houver comportamento ou clima organizacional disfuncional que atue “contra o despertar da criatividade humana”. Essas organizações tem estilo gerencial contraproducente, conservador, temeroso e burocratizado, e são despidas de quaisquer regras, programas ou estruturas de Criatividade. As empresa Criativas e Inovadoras, ao contrário, são aquelas que reconhecem que sua pujança depende da Criatividade, da performance e da excelência dos homens que a compõem. Nesse sentido, introduzem programas e estruturas de Criatividade, sensibilização, empowerment, benchmarking, brainstorming, downsizing, endomarketing, housekeeping, mentoring, reengenharia, workshop, equipes autogeridas, etc, com o fito de guindar a Inovação, à condição de protagonista do crescimento; assumem naturalmente “altos” e “baixos” (vicissitudes) decorrentes dos processos de Inovação; procuram eliminar atitudes gerenciais contraproducentes que bloqueiam a criatividade humana.
Os programas de Criatividade visam, portanto, tornar as pessoas e as empresas mais criativas. Ao nível do indivíduo, esses programas fazem com que os participantes da organização tenham “mentes mais aberta” para assimilação de novos conceitos e idéias, além de lhes proporcionar mais originalidade, satisfação no trabalho, independência e maior comprometimento com a organização. Ao nível da organização, verifica-se ampla abertura dos canais de comunicação interna e externamente; sistemas de sugestões e emprego de técnicas grupais; maior utilização de equipes; aceitação de erros; normas para assumir riscos; cultura descontraída, pouco rígida e com liberdade para discutir idéias; atribuições de responsabilidades periféricas; sistemas de recompensas e/ou remuneração diferenciados, objetivando estimular a Inovação de maneira continua e permanente. A implementação dessas práticas são fundamentais para promover a Criatividade e a Inovação organizacional em sua plenitude.
A mais importante das políticas de uma empresa que quer inovar é investir e apostar em seu pessoal. Hoje, o ponto crucial não é criar, simplesmente, uma cultura de conhecimento, mas uma cultura de aprendizado que vai gerar conhecimento. Não se trata apenas de a empresa desenvolver sua principal riqueza (a inteligência). No mundo do trabalho de hoje o aprendizado é uma das “moedas de remuneração dos bons profissionais”. A essência do novo contrato nas empresas – além do pagamento de salário – é uma troca: iniciativa por oportunidades. A empresa oferece a oportunidade e os meios educacionais para o funcionário obter o sucesso pessoal; em contrapartida, o funcionário promete iniciativa na criação de valor para os clientes e fornecedores potenciais e, consequentemente, lucros à empresa. Atualmente há empresas que buscam, junto aos concorrentes, novasidéias e práticas que funcionem, independentemente de suas origens, de modo que possam repeti-las e adaptá-las às suas próprias culturas, tendo em vista o mercado global, cada vez mais concorrido, e a crescente necessidade de destaque neste mesmo mercado. Todavia, essa é uma postura que não se revela suficientemente adequada para viabilizar o aumento da competitividade e/ou garantir a sobrevivência da empresa. É importante e necessário desenvolver “bolsões” de criatividade na cultura organizacional, de modo a evitar a “letargia”, antecipar-se às tendências e perseverar na elevação/nivelamento da competitividade da empresa, aos padrões organizacionais de classe mundial.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A adoção de uma consciência inovadora contribui, decisivamente, para o descobrimento de idéias que o mercado reclama. É uma postura modernizante que, emblematicamente, denota que “os olhos e a mente das pessoas devem ficar voltados para o mundo”, procurando sempre identificar e conhecer experiências de sucesso. Criar, inovar e desenvolver conceitos e modelos de modernização é uma questão de sobrevida, básica para o aprimoramento da gestão e da obtenção do oxigênio necessário à continuidade do negócio. A Inovação é o resultado da Criatividade empregada na condução e gerenciamento de todos os seus processos. Agindo e trabalhando assim, as empresas acumulam vantagens competitivas, reduzindo as possibilidades de ocorrência de insucessos.
Por fim, é preciso esclarecer o “receituário” de que “em uma empresa criativa, a Criatividade está tão entranhada na maneira de ser e agir, que se torna a maneira padrão de conduzir os negócios”. Uma empresa só é verdadeiramente criativa quando sua criatividade se torna a maneira diária de fazer as coisas. Um meio viável de se conseguir isso passa por um processo de “destruição criativa”, que vem a ser um grande e importante impulso que aciona e mantém em marcha o motor capitalista. É exatamente esse processo que nos conduz à criação de novos fatos, que troca o obsoleto pelo recente, e esse por outro mais inovador. É, no fundo, pelo que se observa, o fomento do novo que parece dar sangue, vida ao processo de “destruição criativa” (é o que vem acontecendo, por exemplo, com a indústria de fabricação de celulares, com aparelhos cada vez mais sofisticados). Igualmente, a administração eficiente e eficaz da motivação humana deve ser um compromisso irremovível a ser perseguido pelas empresas, como forma de abrir espaço para a Criatividade e a Inovação, e melhorar a qualidade de vida e a autoestima das pessoas. Nessa ambiência as pessoas irão se sentir mais compromissadas com a empresa, que as incentivam no sentido de dar sua contribuição pessoal para o sucesso de todos. Assim, as pessoas estarão mais motivadas, sentindo-se mais necessárias e mais partes integrantes da organização, passando a desenvolver maior lealdade e preocupação com a organização e com seus clientes e fornecedores, seus produtos/serviços; os problemas da empresa passam a ser seus problemas pessoais, os objetivos da empresa transformam-se em seus objetivos pessoais; tornam-se íntimos contribuintes da maior produtividade e da qualidade à empresa. A motivação é aqui encarada como um meio de trabalho, um estilo de liderança e de vida, uma filosofia permanente de abalizar o pensamento estratégico na Gestão de Pessoas, pois o elemento humano é um agente de transformação necessário à sobrevivência das empresas. São as pessoas que fazem a diferença e saber como gerenciar pessoas é um grande desafio; muito mais que isso é saber como gerenciar a motivação das pessoas.
http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/428
Inovações nas organizações empresariais
Este artigo tem a finalidade de apresentar a importância das inovações nas organizações empresariais, ressaltando temas como tecnologia e inovação tecnológica, sendo esta um conjunto de conhecimentos, especialmente em princípios científicos que se aplicam a um determinado ramo de atividade; a invenção e inovação onde nem toda invenção se transforma em inovação e a inovação que só se efetivará se for implementada e o mercado aceitá-la; a imitação e difusão, onde a primeira empresa que produz uma mudança tecnológica será considerada a inovadora enquanto as que realizam a mesma mudança posteriormente são provavelmente consideradas imitadoras; inovações autônomas e sistêmicas, onde as autônomas podem ser obtidas independentemente de outras e as sistêmicas, cujos benefícios que podem proporcionar, somente são alcançados com outras inovações relacionadas; inovações organizacionais, que estão estruturadas por mudanças e implementações significativas de técnicas avançadas de gestão; o processo de inovação, que só se completa com a incorporação definitiva nos produtos e serviços e por fim a gestão tecnológica e inovação, que propõe soluções e melhorias no que tange a gestão de tecnologia e inovação.
INTRODUÇÃO
O mercado vem passando por transformações econômicas que, no todo, exige mudanças no processo de produção de bens, serviços e gestão comercial. Economicamente, a globalização reflete a busca por novos produtos e serviços. Esta luta será vencida por empresas que oferecem produtos novos, de melhor qualidade e a preços mais competitivos.
As variáveis – inovação, preço e qualidade – tendem a caminhar para lados diferentes, exceto quando a tecnologia é utilizada como instrumento para esta finalidade. A tecnologia, nas últimas décadas, é um recurso das organizações que possibilita o aumento da produção e nem sempre isso se traduz em elevação de custos na mesma proporção.
Como a tecnologia, a inovação conquista cada vez mais sua importância e, ao mesmo tempo, é generalizada quando se trata de administração. Inovação origina do verbo innovo, innovare e significa renovar ou introduzir novidades de qualquer espécie; inovação origina da palavra innovatione, a qual significa renovado ou tornado novo.
Em qualquer atividade humana que se renova e se atualiza, a inovação está presente, desempenhando papel fundamental para as empresas. As empresas para sobreviverem necessitam introduzir novidades tecnológicas e organizacionais ao longo da sua vida (BARBIERI e ÁLVARES, 2003).
A tecnologia é um conjunto de conhecimentos de princípios científicos aplicados a um determinado ramo de atividade (Dicionário Aurelio), a combinação desses conhecimentos orientada por objetivos previamente definidos, pode ser, por exemplo, aplicada na concepção, na produção e distribuição de bens e serviços. A tecnologia requer envolvimento de mais de um campo de conhecimento específico, sendo que alguns podem ser genéricos, e, portanto, está disponível a quem tiver interesse de procurá-los, ao passo que outros podem ser exclusivos da empresa que o utiliza, o que conferem uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes.
O que no momento é exclusivo, com o tempo tornar-se-á de conhecimento público, uma vez que o conhecimento não poderá ser resguardado completamente para sempre, necessitando de inovações para renová-los na medida em que passam a integrar o conjunto de conhecimentos disponíveis. (BARBIERI e ÁLVARES, 2003; KRUGLIANSKAS, 1996).
A transformação tecnológica só é importante quando afeta a vantagem competitiva e a estrutura organizacional. A inovação pode ter fortes implicações estratégicas tanto para empresas de baixa como de altas tecnologias. A tecnologia afeta na determinação do custo ou da diferenciação, uma vez que a tecnologia está contida em toda atividade de valor e está envolvida na obtenção de elos entre atividades, podendo aumentar ou reduzir economias de escala, tornar possíveis inter-relações onde antes não era possível, criar a chance para a vantagem na oportunidade e influenciar quase todos os outros condutores do custo ou da singularidade, de maneira que a favoreça para ser a primeira e talvez a única empresa a explorar um condutor particular (PORTER, 1992). Ainda segundo Porter (1992), a transformação tecnológica resultará emvantagem competitiva sustentável, sob as seguintes circunstâncias:
De acordo com Porter (1992), a transformação tecnológica é um dos principais condutores da concorrência, desempenhando um papel importante na mudança estrutural da indústria, acabando com a vantagem competitiva até mesmo de empresas bem fortificadas, onde um grande número de empresas surgiu de transformações tecnológicas e foram capazes de explorá-las, modificando as regras da concorrência.
Com o crescimento do processo de internacionalização das economias, é provável que esteja ocorrendo um crescimento das influências internacionais nos processo de inovação de cada país, porem, há fortes evidências de que o processo de globalização não estaria contribuindo significativamente para a homogeneização dos sistemas nacionais de inovação, e sim, para uma crescente especialização e diferenciação desses sistemas (VIOTTI, 2003).
Tipos de inovações tecnológicas - Uma classificação muito conhecida é a que enfatiza o grau de novidade envolvido nas inovações, a qual localiza numa das extremidades de uma linha contínua, as inovações do tipo radical, consideradas aquelas que criam novas indústrias, e no outro extremo, as inovações incrementais ou melhorias, que são as “pequenas” novidades acrescentadas em produtos ou processos já conhecidos. As inovações incrementais decorrem de atividades rotineiras de produção e comercialização, para as quais não são alocados recursos específicos (BARBIERI e ÁLVARES, 2003; LONGO, 2004).
Gundling (2000, apud BARBIERI, 2003), subdivide as inovações em:
Inovações do tipo A são as radicais ao extremo que extrapolam as necessidades do consumidor, dando origem à criação de uma nova empresa;
Inovações do tipo B são as radicais que mudam a base da competição na indústria existente; originam-se em pesquisas de laboratório, antes de analisar a necessidade do consumidor; 
Inovações do tipo C são as inovações estritamente alinhadas com as necessidades do consumidor, em geral são extensões de linhas de produtos existentes, ampliando a linha de produtos para os atuais consumidores, por meio de alterações na tecnologia e no processo.
Ainda segundo Gundling, (2000, apud BARBIERI, 2003), um processo de inovação radical que traz importantes novidades tecnológicas, normalmente requer outras inovações que são desenvolvidas durante o seu processo de implementação.
Processo de inovação
Segundo Barbieri e Álvares , “um processo de inovação específico só se completa quando novos conhecimentos estiverem definitivamente incorporados em produtos, serviços, processos produtivos, técnicas de gestão, orientações estratégicas etc., atendendo aos objetivos que deles se esperam”.
Para Viotti , a tecnologia é vista como uma forma de mercadoria mais ou menos similar às demais mercadorias e as inovações seriam produzidas em um tipo de processo de produção mais ou menos linear, onde o primeiro insumo é o investimento em P&D, cujo resultado - o produto- aparece em forma de tecnologia e inovação.
De acordo com Barbieri e Álvares , a invenção é o resultado de uma ação deliberada para criar algo que atenda a uma finalidade específica, uma idéia elaborada ou uma concepção mental de algo, ou seja, a invenção deve referir-se a algo inexistente ou que apresente novidades comparativamente ao que já é conhecido, porém, a invenção se transforma em inovação, somente se for implementada e o mercado aceitá-lo.
Para Schumpeter (1972 apud BARBIERI, 2003), a inovação é uma nova combinação de meios de produção que constitui num elemento central da economia, já a invenção, se não for levada à prática será irrelevante do ponto de vista econômico. A invenção é um fato técnico e a inovação é um fato simultaneamente técnico, econômico e organizacional, ou seja, as pessoas inventam e as organizações inovam.
Conclui-se que no ambiente empresarial, as inovações tecnológicas estão relacionadas ao binômio tecnologia-mercado, onde o mercado julgará todo processo de inovação, portanto, a invenção pode ser a condição necessária para o sucesso de uma inovação, porém, nunca uma condição suficiente.
Viotti diz que “a inovação é resultado de um processo de interação entre a oportunidade de mercado e a base de conhecimentos e capacidades da firma”. Esta interação envolve inúmeros sub-processos que não apresentam uma seqüência definida, cujos resultados são altamente incertos, necessitando de realimentações entre eles para aperfeiçoamento ou para a solução de problemas que surgem no decorrer do processo de inovação. A integração dos diversos sub-processos entre as etapas de comercialização e de invenção e projeto são fatores determinantes do sucesso no processo de inovação. 
Modelos de inovação
Existem diversos modelos concebidos para orientar uma organização inovadora nos seus processos de inovação, como por exemplo:
O modelo pioneiro ou linear de inovação é o processo no qual a inovação ocorre primeiro como resultado da pesquisa básica, gerando conhecimento científico sobre o qual poderia ser desenvolvida a pesquisa aplicada e, posteriormente, o desenvolvimento experimental, incorporado à produção que atingiria a comercialização, ou seja, a inovação é induzida pela oferta de conhecimento (BARBIERI E ÁLVARES, 2003; VIOTTI, 2003).
Já no modelo linear reverso, a inovação é induzida pelas necessidades de mercado ou pelos problemas operacionais observados nas unidades produtivas, levando em consideração de que a necessidade é a geradora de todas as invenções (BARBIERI e ÁLVARES, 2003).
O modelo de terceira geração ou de Rothwell, diz que com o desenvolvimento tecnológico e científico, as necessidades da sociedade e do mercado são articuladas por meio do processo chamado inovação, combinando a oferta de conhecimento com a demanda da sociedade (BARBIERI E ÁLVARES, 2003);
No modelo combinado às inovações obtidas pelas empresas também contribuem, contrariando os modelos lineares, onde o fluxo de conhecimento flui apenas no sentido da empresa (BARBIERI E ÁLVARES, 2003);
Modelo de Kline ou modelo elo de cadeia é baseado nas interações que ocorrem entre as diferentes fases do processo denominado cadeia de inovação, que é formada pelas necessidades do mercado, invenções, produção, distribuição e mercado (BARBIERI E ÁLVARES, 2003; VIOTTI, 2003);
Modelo de aprendizado tecnológico, considerado característico das economias em desenvolvimento, as quais estão limitadas a absorverem as inovações provenientes de outras economias e à adaptação e ao aperfeiçoamento, ou seja, a inovação incremental (VIOTTI, 2003);
Modelo sistêmico de inovação considera que as empresas não inovam isoladamente, e sim, através das redes com outras empresas, instituições de ensino e pesquisa ou um conjunto de outras instituições (VIOTTI, 2003);
Modelos prescritivos foram criados visando orientar os agentes inovadores nas suas atividades, dentre elas temos o modelo do funil, a qual se baseia na busca do maior número de idéias e a partir daí, é feita a seleção em função das estratégias da empresa, desenvolvidas e implementadas (BARBIERI E ÁLVARES, 2003).
Considerações Finais
O objetivo deste artigo e relatar sobre a importância das inovações nas organizações empresariais e a necessidade das empresas serem competitivas. A competitividade faz com que as empresas busquem formas que possibilitem obter produtos e/ou serviços diferenciados. Para se manter competitiva não basta a tecnologia, é preciso também ser lucrativa e ter capacidade de inovação.
De acordo com Andreassi e Siqueira, para garantir a sobrevivência ao longo do tempo, a empresa, além de ser competitiva em termos de custos, necessita aplicar e comercializar conhecimento, inovar e ser reconhecida como provedora de melhores produtos e processos. A inovação é um fator de fundamental importância para organizações se manterem competitivas. Neste sentido, verificou-se que a inovação contribui para a melhoria do produto e do processo, bem como para a rentabilidade e a sustentabilidade daempresa ao longo do tempo.

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