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AD1 – Contabilidade Publica AD1-1/2 - Fazer uma pesquisa na internet sobre a legislação pertinente ao Orçamento Público e suas alterações, apontando os avanços no planejamento após a CF/88. Mínimo de 1 lauda e máximo de 3 laudas (folha A4). Prazo estabelecido: 12:00 horas do dia 24/02/2019. TEXTO Para Meireles (1984, p.326), orçamento é conceituado como “um programa de obras, serviços e encargos públicos, expresso em termos de dinheiro, com previsão da receita e fixação da despesa, a ser executado dentro de um ano financeiro” O primeiro dispositivo de planejamento de longo prazo foi instituído na Lei 4.320, de 17 de março de 1964, onde no artigo 23 continha programas e metas de realizações de obras e prestação de serviços ou seja, na sua essência tratava-se apenas da discriminação e classificação da categoria das receitas e despesas contabilizadas e da organização do orçamento. Neste artigo era descrito que a receita e a despesas de capital seriam aprovadas por decreto do Poder Executivo, com um período mínimo de 3 anos e ajustado anualmente, sendo assim, era necessário uma lei que fomentasse os gestores a uma ação planejada para gerir os recursos disponibilizados pela sociedade. Anos depois com a constituição de 67 sendo promulgada, criou-se a figura do Orçamento Plurianual de Investimentos (OPI), que continha duas novidades em relação ao disposto na Lei 4.320/64 que era a aprovação por lei e não seria um instrumento legal do planejamento a longo prazo. Além da centralização do planejamento o que antes da CF não ocorria nos Estados e Municípios. Já na constituição de 88 temos avanços significativos nas finanças publicas através do artigo 165 que prevê a existência do plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual, que são os instrumentos de planejamento e no art. 163 que prevê a edição de Lei Complementar para fixar os princípios das finanças públicas. Com o passar do tempo e aumento dos estudos das atividades de administração e finanças publicas, já no ano 2000 foi sancionada a Lei Complementar nº. 101/2000 que entre seus objetivos tem como função legal o equilíbrio das contas públicas, como também serve para fixar a ação dos governantes para evitar os erros de gerência orçamentária e financeira cometidos no passado, onde havia uma total falta de controle das finanças públicas, os governantes gastavam mais do que arrecadavam gerando assim, vários efeitos insatisfatórios para com a economia nacional, como também para toda coletividade. Essa lei e conhecida como Lei da Responsabilidade Fiscal. A lei de responsabilidade fiscal introduziu mudanças profundas no quadro de finanças publicas uma vez que a mesma tem como funções precípuas: • ação planejada e transparente de forma a prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas; cumprimento de metas de resultados entre receita e despesas. • obediência a limites e condições nos casos de renuncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras dividas consolidada e mobiliária , operação de crédito, inclusive por antecipação da receita, concessão de garantias e inscrição de restos a pagar. • determina a integração entre os instrumentos de planejamento: Plano Plurianual (PPA), Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). A constituição de 88 no artigo 165 estabelece também a hierarquia dos instrumentos de planejamento orçamentário integrado dizendo que: “Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais” Sendo estes documentos inovadores em relação aos processos orçamentários anteriores. Tal processo agora fica todo sob a égide da lei, nada podendo ser feito sem previa autorização legislativa, levantando assim na pratica o princípio de universalização orçamentaria a ordem constitucional. Um outro avanço que veio com a constituição de 88 e a Lei de Responsabilidade Fiscal, e o estimulo ao orçamento participativo, quando encoraja a participação popular na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentária e da Lei Orçamentária Anual. Quando empregado, o orçamento participativo reduz o clientelismo, cria um vinculo participativo e colaborativo entre governo e comunidade.