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DIREITODIREITO INTERNACIONAL - CCJ0056 PLANO DE AULA 04 ALUNO: RICARDO MENEGUSSI PEREIRA 1.º SEMESTRE 2019 Título Direito Internacional Público Tema Nacionalidade e cidadania e a condição do estrangeiro Objetivos Apresentar o conceito de nacionalidade, correlacionando-o com o conceito de Estado, discorrendo sobre a nacionalidade como direito protegido pela ordem internacional e como direito fundamental pela ordem jurídica brasileira; Discorrer sobre a questão nacional x estrangeiro em um contexto globalizado, apresentando a perspectiva brasileira sobra a condição do estrangeiro no Brasil; Estrutura do Conteúdo 2. Nacionalidade 2.1 No direito Internacional 2.2. No Brasil 3. A condição do Estrangeiro 3.1. Entrada do estrangeiro versus medidas de saída compulsória Conceito: Nacionalidade e naturalidade A nacionalidade geralmente se refere ao país de nascimento, enquanto a naturalidade especifica a região (cidade e Estado) onde nasceu o cidadão. Nacionalidade é um vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a um determinado Estado, ao passo que, integrando ao povo, adquirindo direito e obrigações. Nacionalidade é a condição de um cidadão que pertence a uma determinada nação com a qual se identifica. É a qualidade daquilo que é nacional, que é próprio da nação, da pátria. Um dos sinônimos de nacionalidade pode ser cidadania, que significa a ligação jurídica e política de um indivíduo a um Estado, sendo que essa ligação pressupõe alguns direitos e deveres. O termo “nacionalidade” tem origem provável na palavra francesa “nationalité”, cujo significado se refere ao “sentimento nacional”. Espécies de nacionalidade: a) Primária ou originária: é decorrente do fato gerado pelo nascimento do individuo, independentemente da vontade deste. ius sanguinis: tem como fato gerador, o vinculo de sanguíneo, decorrente de filiação, ascendência, não importando qual o local onde o individuo nasceu. A título de ilustração, é muito comum nos países europeus devido à emigração, com o intuito de manter o vinculo com os seus descendentes. ius solis: observa-se o vinculo de territorialidade, como o local de nascimento. b) Secundária ou adquirida: é aquela de se adquire por vontade própria, posterior ao nascimento do individuo, que poderá ser promovida pelos estrangeiros, como aqueles chamados de polipátrida ou multinacionalidade (ex. filhos de argentinos ius sanguinis, mas nascidos no Brasil, ius solis), e os chamados de apátridas que não tem pátria nenhuma, como a expressão alemã prefere os heimatlos. Conflito de nacionalidade: 1) Positivo: no caso de polipatria ou multinacionalidade; 2) Negativo: no apátrida, aqueles indivíduos sem nenhuma pátria. Nesta questão, cumpre afirmar que a Declaração dos Direitos Humanos de 1948, dia que toda pessoa tem o direito a uma nacionalidade, proibindo que seja arbitrariamente dela privada, ou impedi-la de mudá-la. Aplicação Prática Teórica Ex-dirigente de federação sul-americana de futebol, após deixar o cargo que exercia em seu país de origem, sabedor de que existe uma investigação em curso na Colômbia, opta por fixar residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado com brasileira, com a qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro, o governo da Colômbia pede a sua extradição em razão de sentença que o condenou por crime praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de futebol. Diga sobre a possibilidade de extradição e fundamente. (FGV – adaptada) Resposta: No caso proposto será possível a extradição, assim poderá ser concedida porque o extraditando não é brasileiro nato, trata-se de brasileiro naturalizado e o crime pelo qual sua extradição está sendo solicitada ocorreu antes da sua naturalização. Assim na situação descrita, o brasileiro naturalizado pode ser extraditado conforme CF/88 por ter pratica do crime anterior a sua naturalização. É preciso deixar claro que o fato do réu ter esposa brasileira e filhos brasileiros não impede a sua extradição, salvo se for no caso de expulsão, somente então não poderá ser extraditado.
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