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Plano de Aula: PLANO DE AULA 1 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO - CCJ0144 
Título 
PLANO DE AULA 1 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
1 
Tema 
SENSO COMUM E CONHECIMENTO CIENTÍFICO: O ENCONTRO ENTRE A PSICOLOGIA E O 
DIREITO 
Objetivos 
Compreender o Plano de Ensino da Disciplina e sua importância para os objetivos do curso; 
Conhecer as competências: conteúdos, habilidades e atitudes a serem desenvolvidas, em articulação 
com outras disciplinas do curso; 
Conhecer a bibliografia básica e complementar e o livro didático da disciplina; 
Analisar algumas questões históricas ligadas à Psicologia; 
Entender a Psicologia científica e o senso comum; 
 Conhecer os objetos de estudo da Psicologia e os fenômenos psicológicos. 
 
Estrutura do Conteúdo 
Páginas do material didático que devem ser lidas para fixar os conceitos desenvolvidos nesta aula: 
páginas 8 a 15. 
- Plano de Ensino, do Mapa Conceitual e discussão do conteúdo programático. Contextualização da 
disciplina. Ementa. Objetivo Geral. Objetivos es pecíficos Conteúdos. Procedimentos de Avaliação. 
Bibliografia Básica. Bibliografia Complementar 
- Breve história da Psicologia e as influências científicas recebidas no decorrer de seu desenvolvimento ? 
problematiza o encontro entre a Psicologia e o Direito transitando pela história da Psicologia 
- Psicologia científica e senso comum - estabelece a definição de psicologia do senso comum como o 
conjunto de ideias, crenças e convicções transmitidas culturalmente e que cada indivíduo possui a 
respeito de como as pessoas funcionam, se comportam, sentem e pensam. em contrapartida à 
Psicologia científica. 
- Objetos de estudo da Psicologia - Fenômenos psicológicos - apresenta o homem, enquanto ser 
simbólico, capaz de perceber, de refletir, de sentir e de significar e ressignificar o mundo constantemente. 
Sua capacidade de linguagem e raciocínio o possibilita transformar suas relações com o mundo e com os 
outros homens. 
 
Aplicação Prática Teórica 
1- Com relação à produção escrita (laudos ou pareceres) elaborada pelos psicólogos no universo do 
judiciário é correto afirmar que: 
a. Essa produção deve apontar, conclusivamente, uma alternativa de encaminhamento à demanda 
solicitada. 
( )certo ( ) errado 
b. Essa produção deve considerar os discursos e as percepções do demandado. 
( ) certo ( ) errado 
2- Sabemos que vários conhecimentos da Psicologia, com frequência, são utilizados pelo senso comum. 
A partir das alternativas abaixo, marque aquela que melhor descreve a apropriação que o senso comum 
faz do conhecimento da Psicologia. 
a- Esse menino é muito triste 
b- Aquela senhora está preocupada. 
c- A mulher gritava de forma histérica. 
d- A criança não estava satisfeita com o brinquedo 
e- O homem parecia gostar de seu trabalho 
3- Caso concreto: 
O Sr. X e a Srª. Y viviam sob união estável e dessa união tiveram uma filha, hoje com 4 anos de idade. 
Quando a criança estava com um ano de idade houve a separação do casal e a criança permaneceu sob 
os cuidados maternos. 
Quando ocorreu a separação ficou acordado que a criança visitaria o pai aos finais de semana, 
quinzenalmente, e que esse pagaria pensão alimentícia. 
A Srª. Y ingressou com o pedido de pensão alimentícia porque o genitor não estava cumprindo com o 
acordo. O pai, em contrapartida, solicitou a guarda judicial da filha alegando maus-tratos infringidos pela 
genitora. 
Devido à circunstancia alegada, situação de risco, foi solicitada, pelo advogado do genitor, audiência 
especial, que foi concedida. Na referida audiência, devido às alegações apresentadas, o juiz deferiu a 
guarda ao genitor. A sentença determinava que a genitora deveria visitar a criança na residência pate rna 
de quinze em quinze dias, sendo monitorada. Ao saber da decisão judicial a genitora se descontrolou, 
manifestando comportamento incompatível com o Judiciário. O caso foi encaminhado à equipe técnica 
com o objetivo de se realizar estudo psicossocial. De posse do procedimento, ouvida a genitora e com 
base em visita domiciliar, ficou evidente que a criança não estava em situação de risco. Desse modo, a 
equipe procurou o juiz solicitando, com base nas teorias psicológicas, que a criança não tivesse os 
vínculos com a genitora abruptamente rompidos, o que poderia trazer danos psicológicos para a criança. 
O juiz solicitou a manifestação do Ministério Público. Segundo o MP a mãe não teria condição de 
permanecer com a criança por ser ?desequilibrada?, ?insana?, comportamento que foi observado em 
audiência. A equipe, mais uma vez partindo dos pressupostos da Psicologia, descreveu as possíveis 
consequências da separação entre mãe e filha. 
1)Faça uma analise do caso acima mencionado, demonstrando onde, no texto, fica clara a diferença entre 
a Psicologia Científica, de um lado, e a apropriação de conceitos dessa Ciência pela ?psicologia? do 
senso comum. 
Plano de Aula: PLANO DE AULA 2 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO - CCJ0144 
Título 
PLANO DE AULA 2 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
2 
Tema 
Teorias da Psicologia. A Psicologia no Brasil. A interseção entre a Psicologia e o Direito. 
Objetivos 
Compreender algumas perspectivas teóricas da Psicologia. 
Conhecer a história da Psicologia no Brasil. 
Identificar as áreas de atuação dos psicólogos. 
Entender as possíveis relações da Psicologia com o Direito. 
 
Estrutura do Conteúdo 
Páginas do material didático que devem ser lidas antes da aula: p. 15 a 25. 
- Perspectivas teóricas da Psicologia ? apresenta as cinco perspectivas da Psicologia que podem ser 
consideradas as de maiores evidências no estudo da Psicologia. São elas: a psicanálise, o behaviorismo 
(comportamentalismo), o humanismo, o gestaltismo e o social pelo viés da matriz sócio -histórica. 
-História da Psicologia no Brasil - problematiza o surgimento em 1962, pela lei nº 4.119, a criação e 
regulamentação da profissão de psicólogo com a função de adequar, ajustar e adaptar o indivíduo ao 
mundo moderno, apesar de seu discurso "psi" já se encontrar disseminado, em práticas cotidianas, na 
escola, no hospital e até mesmo no Judiciário. 
- Interseção entre Psicologia e Direito - situa a Psicologia Juridica, no Brasil, historicamente, a partir de 
vários autores. 
 
Aplicação Prática Teórica 
1- De acordo com a matriz sócio-histórica da Psicologia, é correto afirmar com relação ao sujeito: 
a. a história de vida do indivíduo não é importante na construção de sua singularidade. 
b. as experiências da primeira infância são decisivas na formação da identidade do indivíduo. 
c. o indivíduo é um ser social em constante interação com as relações sociais, econômicas e políticas. 
d. na constituição do sujeito não há articulação entre dimensões pessoais e coletivas. 
e. nenhuma das respostas acima. 
2- No que tange à atuação do psicólogo, no contexto prisional, analise as afirmativas abaixo: 
a. O profissional de Psicologia que atua no sistema prisional deve entender a complexidade das questões 
relacionadas ao encarceramento e promover a construção da cidadania em detrimento da primazia da 
segurança e da vingança social. 
( ) certo ( ) errado 
b. Em caso de perícias psicológicas de processos penais, o estudo do delito é secundário, sendo o 
indivíduo que cometeu o delito o foco principal. 
( ) certo ( ) errado 
3- Ana Lúcia foi casada com Joaquim durante 13 anos, juntos tiveram dois filhos: Thiago(10 anos) e 
Beatrice (8 anos). O casal se conheceu na adolescência, tinham uma relação bastante afetiva marcada 
por muita cumplicidadee comunhão de vidas. Muitas foram as conquistas afetivas e de crescimento 
mútuo: viajaram juntos, gostavam de ler Raduam Nassar, ouvir Amy Winnehouse, adoravam Dorival 
Caymmi e curtiam blues das antigas. Dentre as muitas conquistas juntos, compraram um amplo 
apartamento em um bairro confortável de sua cidade, assim como economizaram em pequenos luxos 
para obtenção da confortável casa de praia em que as crianças podiam correr pelo quintal com pés 
descalços e plantar e hortinha com alfaces e salsa. Todavia, após o nascimento de Beatrice, Ana Lúc ia 
pediu demissão do emprego e ficou em casa para dedicar-se aos filhos, gostava da maternagem e queria 
acompanhar cada detalhe do desenvolvimento das crianças, isso a deixava absurdamente feliz. E vendo 
a felicidade e bem estar de seus filhos, Joaquim, mesmo sem poder manter as despesas da casa, foi um 
entusiasta da nova situação. 
Joaquim, em função de uma maior responsabilidade com as despesas da casa foi trabalhar numa outra 
empresa que tomava-lhe muito tempo e dedicação. Não era um trabalho criativo e nem tão pouco era 
uma atividade que ele gostava de exercer, mas o fazia já que havia ganhos financeiros maiores que o 
emprego anterior. 
Nos três últimos anos de casamento, Joaquim manteve-se frio e distante de Ana Lúcia sem nenhum 
motivo aparente. Ao perguntar o motivo da mudança de comportamento, Joaquim dizia que precisava 
trabalhar muito para manter o padrão de vida da família e não tinha “cabeça” para afetos e/ou sexo. Este 
último era feito de maneira mecânica e sem a magia de outrora. Em conversas com amigas, estas diziam 
que se tratava de um comportamento normal advindo do cansaço, da presença dos filhos e da idade dos 
homens. 
Ana Lúcia sentia-se culpada por gastar demais e por ter parado de trabalhar e ao perceber o cansaço e 
olheiras de seu marido se consumia emocionalmente. Tentava estimular sexualmente seu marido, assim 
como buscava agradar-lhe de todas as formas mas não lograva êxito. A esposa buscou ajuda em 
psicoterapias, centro espírita e até cartomantes e nada conseguiu mudar o comportamento frio 
que Joaquim estabelecia com sua esposa. Não conseguindo suportar a permanência daquele tão frio 
tratamento, Ana Lúcia, mesmo apaixonada por seu marido, procurou uma advogada de sua confiança e 
entrou com o pedido de divórcio. 
Ana Lúcia acreditava que tinha sido a grande culpada do fracasso do seu casamento, sofria com a 
saudade que seus filhos sentiam do pai e nos dias que Joaquim levava as crianças para a visita na casa 
da avó paterna, após a saída das crianças, Ana Lúcia chorava quieta e sozinha no sofá da sala. Em 
função desta silenciosa culpa e compaixão com o cansaço de Joaquim, Ana Lúcia deixou a casa de praia 
integralmente com Joaquim (a casa passou a pertencer somente a Joaquim), enquanto o apartamento 
que ambos adquiriram foi dividido e mantinha-se no nome dos dois. Após a separação, com as crianças 
maiores, Ana Lúcia retornou ao mercado de trabalho e por ter uma formação acadêmica melhor que 
Joaquim, conseguiu uma boa colocação numa grande e poderosa empresa na área de telecomunicações. 
A remuneração de Ana Lúcia era tão boa que mantinha oitenta por cento das necessidades das crianças. 
Enquanto Joaquim mantinha-se no emprego que trabalhava antes da separação e, por vezes, fazia 
“bicos” nos finais de semana já que o mesmo dizia se esforçar para acompanhar o padrão de vida que as 
crianças sempre tiveram. Esses comportamentos de Joaquim emocionavam Ana Lúcia que mesmo 
divorciada via em Joaquim um grande e afetuoso homem. 
Aos olhos de todos os amigos e dos familiares, foi Ana Lúcia que teve o desej o inicial da separação, já 
que foi ela que deu o ponta pé inicial para feitura do divórcio. Entretanto Ana Lúcia amargava uma 
rejeição enorme e um constante sentimento de tristeza. Pensou por diversas vezes buscar uma 
psicoterapia mas foi desestimulada pelas amigas que diziam que o bom da vida está num passeio ao 
shopping e numa bela cirurgia plástica. Objetivando sanar esta tristeza, sentimento de rejeição e baixa 
autoestima, Ana Lúcia colocou silicone nos seios e deu início a uma série de treinamento de 
condicionamento físico na academia de ginástica próxima a sua casa. Aproveitou e contratou um personal 
para facilitar o ganho de massa muscular. Ana Lúcia deu início a relações sexuais com o seu 
personal mas não conseguia se apaixonar pelo mesmo já que mantinha-se afetivamente ligada ao ex-
marido. Logo após a separação, teve uma noite de sexo bastante feliz com um ex-namorado e sentiu 
tanta culpa que esta foi a mola propulsora para dar integralmente a casa de praia para Joaquim. 
Dois anos após o divórcio, Ana Lúcia soube que Joaquim estava vivendo maritalmente com uma mulher 
quinze anos mais jovem que ele e que juntos já tinham um filho de quatro anos, cujo nome era Joaquim 
Júnior. Ao saber, Ana Lúcia ligou imediatamente para sua advogada e pediu que fosse revista a pensão 
de alimentos assim como deu início a uma série de comportamentos que dificultaram a manutenção do 
contato entre Joaquim e os filhos nascidos do casamento com Ana Lúcia. Em seguida, entrou num estado 
depressivo grave em que ficou catatônica em sua cama, sem conseguir comer ou levantar da cama. 
A partir do caso concreto acima descrito, em sua opinião, qual a interface da Psicologia com o Discurso 
Jurídico? 
Plano de Aula: PLANO DE AULA 3 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO - CCJ0144 
Título 
PLANO DE AULA 3 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
3 
Tema 
A formação do indivíduo. Desenvolvimento humano. 
Objetivos 
Compreender como se constitui o indivíduo. 
Analisar a importância da interação social. 
Entender o desenvolvimento humano. 
 
Estrutura do Conteúdo 
Páginas do material didático que devem ser lidas antes da aula: p. 28 a 34. 
- Mitos sobre a formação do homem - apresenta a existência de três mitos filosóficos que influenciaram as 
Ciências Humanas sobre a formação do Homem, segundo José Bleger: o mito do homem natural, o mito 
do homem isolado e o mito do homem abstrato. 
- Formação do indivíduo - explica a importância do fato de desde o nascimento, os seres humanos vivem 
em curso de interação com os seus semelhantes em processo de interação social. 
- Desenvolvimento humano - caracteriza o desenvolvimento como um processo que tem início na 
concepção e só termina com a morte. O estudo do desenvolvimento hum ano é o conhecimento da história 
do homem desde o seu nascimento (mesmo antes dele), até a sua morte. Na verdade, é compreender o 
que ocorre em cada idade, cada fase da vida. 
- Teorias do desenvolvimento- apresenta algumas abordagens que parecem ser interessantes para a 
utilização em análises jurídicas, nesta área. 
O aluno deverá levar para esta aula o caso do Rey Ramos (encontrado no Material Didático customizado, 
até 2014, da disciplina Psicologia aplicada ao Direito) 
 
Aplicação Prática Teórica 
1- Marque a resposta correta: 
A Psicologia do Desenvolvimento tem como objetivo: 
a. Estudar o desenvolvimento do ser humano apenas inserido em seu contexto social. 
b. Estudar o desenvolvimento do ser humano apenas quanto ao seu intelecto e aspectos 
afetivoemocional. 
c. Estudar o desenvolvimento do ser humano em todos os seus aspectos: físicomotor, intelectual, 
afetivoemocional e social desde o nascimento até a velhice. 
d. Estudar o desenvolvimento do ser humano apenas quanto ao seu aspecto intelectual e a construção de 
seu conhecimento desde a infância até a vida adulta. 
e. Estudar o desenvolvimento do ser humano e sua personalidade na infância. 
2- Analise os itens a seguir, relativos à Psicologia do desenvolvimento. 
a. Segundo os estudos do desenvolvimento humano, o ambiente tem mais influência no 
desenvolvimento de um indivíduo do que a hereditariedade. 
() Certa ( ) Errada 
b. A psicologia do desenvolvimento restringe seus estudos aos processos de mudança no 
comportamento humano no decorrer da infância e da adolescência. 
( ) Certa ( ) Errada 
 
3- A Doutrina da Proteção Integral, presente no artigo 227 da República Federativa do Brasil, nos fala de 
uma integralidade da proteção de crianças e adolescentes e sua peculiar condição de sujeitos em 
desenvolvimento. Dito de outra maneira, se faz necessário a garantia do desenvolvimento 
BIOPSICOSSOCIAL de crianças e adolescentes, já que o cuidado assume um valor jurídico. A partir 
destes pressupostos, leia o seguinte caso concreto e responda o que se pede: 
Luiz e Raquel são casados. Luiz era caminhoneiro, autônomo e num acidente ficou tetraplégico. Raquel 
precisou manter a sua casa, já que a pensão recebida em função do acidente do marido não consegue 
manter os muitos tratamentos de Luiz e nem as necessidades da família. Na época do acidente de seu 
marido, ambos tinham um bebê de três meses de vida (Pedro). Raquel deu início a uma intensificação de 
seu trabalho como costureira autônoma, em sua casa. 
Raquel não tem condições financeiras de pagar uma babá e não há ninguém que a ajude nos cuidados 
com Pedro e com Luiz. Em função disto, deixa Pedro num “cercadinho” de madeira ao lado da cama de 
Luiz que emite sons ao sinal de algum perigo que Pedro possa ser vítima. E assim, levaram suas vidas 
numa teia peculiar de laços afetivos. Atualmente, Pedro tem dois anos e ainda não engatinha, 
apresentando um sério transtorno psicomotor em função de não ser estimulado a caminhar fora do 
“cercadinho”. Este atraso psicomotor foi notificado ao Conselho Tutelar que solicitou que a mãe 
estimulasse Pedro a caminhar. 
A partir do caso concreto em tela, faça uma análise que leve em conta o cuidado como valor jurídico, as 
funções do Conselho Tutelar e a Doutrina da Proteção Integral. 
Plano de Aula: PLANO DE AULA 4 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO - CCJ0144 
Título 
PLANO DE AULA 4 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
4 
Tema 
Personalidade. Algumas abordagens. Instrumentos para a avaliação da personalidade. 
Objetivos 
Compreender alguns significados de personalidade para a Psicologia. 
Estudar algumas abordagens teóricas psicológicas sobre personalidade. 
Conhecer alguns instrumentos para avaliar a personalidade. 
 
Estrutura do Conteúdo 
Páginas do material didático que devem ser lidas antes da aula: p. 35 a 39. 
- Personalidade - demonstra a personalidade para o senso comum, a origem da palavra e expõe sobre a 
possibilidade de várias definições. 
- Abordagens psicológicas da personalidade - apresenta um resumo das principais abordagens sobre 
personalidade na Psicologia, tomando como base as correntes psicológicas já mencionadas na aula 2. 
- Instrumentos para a avaliação da personalidade - identifica alguns instrumentos utilizados pelo 
psicólogo nesta avaliação. 
 
Aplicação Prática Teórica 
1- Luciana, jovem de 17 anos, estudante, voltava da escola para casa e foi estuprada por três homens, 
repetidas vezes, enquanto todos passavam as mãos em seu corpo, mantendo-a imobilizada e emudecida 
pela própria calcinha, violentamente arrancada e enfiada em sua boca, quase até asfixiá-la. 
 Após breve confabulação, os três decidiram não matá-la e fugiram do local, de posse dos escassos bens 
da vítima: alguns trocados, passes escolares e o relógio barato adquirido na feira livre do bai rro. 
 Luciana permaneceu um tempo, que lhe pareceu infinito, deitada sobre o chão imundo, onde os três 
urinaram antes de se evadir, sentindo mais nojo do que dor. Deve ter perdido os sentidos, pois, de 
repente, viu-se só. Arrastou-se, com dificuldade, entre a vegetação, até conseguir se orientar. Levantou-
se e, tremendo 1e chorando, buscou o caminho de casa. Com muita vergonha, relatou o ocorrido para 
mãe e o padrasto. 
 Enquanto a mãe consolava-a, o padrasto, não deixou de recriminá-la por seus “modos”. “Sempre achei 
que ainda ia acontecer alguma desgraça”, afirmou. A mãe, entretanto, fez questão de levá -la à delegacia 
do bairro para prestar queixa. 
 A ocorrência foi comunicada à polícia civil, seguindo-se o suplício de se submeter a exame de corpo de 
delito. 
 Nos próximos meses, Luciana permaneceu em casa, recuperando-se pouco a pouco da provação. 
Perdeu o emprego e não conseguiu retomar as aulas naquele ano... Tinha vergonha de encarar os 
colegas de trabalho e de escola. Passou a evitar conhecidos e parentes. 
 Algum tempo depois, a polícia logrou êxito na prisão dos suspeitos, os quais foram identificados, 
submetidos a julgamento, sentenciados e condenados. 
 Durante o julgamento, a advogada de defesa dos criminosos colocou em dúvida o depoimento de 
Luciana, questionando a gravidade dos fatos, alegando que a vítima não soube precisar quantas vezes foi 
estuprada por cada um dos elementos. 
 ( In: FIORELLI, O. J. & MANGINI, R.C.R. Psicologia Jurídica 3ªEd.p.10. São Paulo: Editora Atlas S. A., 
2011.) 
 A partir da leitura acima responda: 
A) - Sintetizando definições de personalidade como condição estável e duradoura dos 
comportamentos da pessoa, embora não permanente, apresente as características mais evidentes 
da personalidade dos atores do caso concreto apresentado. 
B) - Relacione, na medida do possível, as características evidenciadas pelos personagens do caso 
com as teorias de personalidade estudadas. 
C) - Se o atendimento de Luciana fosse encaminhado para um Psicólogo, qual seria sua conduta 
para um estudo mais completo da personalidade? 
2- A conceituação de personalidade retrata a complexidade do campo do saber psicológico. A 
personalidade pode ser definida como o conjunto das características da pessoa que explicam padrões 
consistentes de sentimentos, de pensamentos e de comportamentos. As teorias de personalidade são 
estudadas em uma perspectiva pluralista. Sobre as teorias de personalidade, as seguintes afirmativas são 
feitas: 
I. As teorias cognitivas reforçam a visão da personalidade como um sistema 
ativo de processamento de informações sobre si e sobre o mundo, uma vez que não é 
possível abordar cognitivamente as emoções. 
II. As teorias psicodinâmicas descrevem a personalidade como um sistema 
energético marcado por forças conscientes e inconscientes, que, em conflito não 
resolvido, podem levar aos sintomas psicopatológicos. 
III. As teorias humanistas colocam em relevo as características emergentes e 
irredutíveis do homem, propondo o foco na experiência psicossocial e na cultural, como 
fontes determinantes da constituição da pessoa. 
IV. A psicologia evolutiva descreve a personalidade como uma função 
biopsicológica, com traços geneticamente herdados, cujas características foram 
selecionadas pela interação com o ambiente evolutivo de adaptação. 
Estão CORRETAS somente as afirmativas 
A) I e II. 
B) I e IV. 
C) II e III. 
D) II e IV. 
E) III e IV. 
3- Marque a resposta correta: 
A entrevista estruturada se caracteriza fundamentalmente por 
a ) Ser realizada numa situação estruturada. 
b ) Ser utilizada como procedimento preferencial na área de recursos humanos. 
c ) Obedecer a um controle severo do tempo de início e término da entrevista. 
d) Supor o estabelecimento prévio de um roteiro com perguntas. 
e ) Possibilitar que o entrevistado responda às perguntas por escrito. 
 
Plano de Aula: PLANO DE AULA 5 
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO - CCJ0144 
Título 
PLANO DE AULA 5 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
5 
Tema 
Algumas questões da Psicologiasocial. Questionamentos sobre a noção de normalidade. Lei 
Antimanicomial. 
Objetivos 
Compreender algumas questões da Psicologia social. 
Estudar alguns critérios para caracterizar a normalidade. 
Analisar a importância da Lei Antimanicomial. 
 
Estrutura do Conteúdo 
Páginas do material didático que devem ser lidas antes da aula: p. 39 a 46. 
- Algumas questões da Psicologia social - apresenta a Psicologia Social como um estudo das condutas 
humanas que são influenciadas por outras pessoas. Isto é, o seu objeto de estudo, somos nós mesmos, 
participando das mais variadas interações sociais. Aborda um dos principais temas de pesquisa da 
Psicologia Social que é o das atitudes sociais. 
- Critérios de normalidade - demonstra que as ideias e os critérios de avaliação destes termos (normal e 
patológico) foram sendo construídos com base no desenvolvimento científico, na cultura e nos 
comportamentos daqueles que avaliam os indivíduos. 
- Lei Antimanicomial - esclarece a criação desta Lei e sua utilização no Brasil. 
O aluno deverá levar para esta aula a Lei Antimanicomial 
 
Aplicação Prática Teórica 
1- Defensoria Pública de Santa Catarina consegue ?desinternação? de paciente que estava custodiado 
há mais de 30 anos em Florianópolis 
Atualidades ? Hot Empório - Por Redação- 24/09/2016 
A Defensoria Pública de Santa Catarina, por intermédio da Defensora Pública Caroline Kohler 
Teixeira, do Núcleo da Capital/SC, impetrou Habeas Corpus para garantir o direito de ir e vir do 
paciente que estava segregado há mais de 30 anos cumprindo medida de segurança de 
internação. Consta nos autos que o paciente foi internado em 10 de julho de 1984 e até então 
estaria internando no Hospital de Custódia e tratamento de Florianópolis. É a pessoa que está há 
mais tempo cumprindo medida de segurança no Estado de Santa Catarina. 
A Defensora Pública esclarece em seu pedido, que a Constituição da República Federativa do 
Brasil, em seu art, 5º, inc. XLVII, veda as penas de caráter PERPÉTUO e que o Código Penal 
(art. 75, caput) brasileiro impôs o limite máximo de cumprimento de pena o prazo de 30 anos. De 
partida, diga-se que o termo ?penas? é utilizado, pelo constituinte, na acepção ampla do termo, 
compreendendo todas as espécies de sanções penais ? não só as privativas de liberdade como 
também as restritivas de direitos e as MEDIDAS DE SEGURANÇA. 
 
Trecho da notícia disponível em http://emporiododireito.com.br/tag/lei-antimanicomial/ Acesso em 
11 fev.2017 
A partir da leitura acima responda: 
A - Supondo que o argumento da Defensora Pública fosse desconsiderado, como 
poderíamos entender esta situação, no que diz respeito às atitudes sociais? 
B - Nesta aula, você estudou a Lei Antimanicomial (10.216/2001). De que forma poderíamos 
utilizá-la no caso acima?

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