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Armazenagem e Movimentação de Materiais teorico 6

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Armazenagem e 
Movimentação de 
Materiais
O projeto armazém
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. José Joaquim do Nascimento 
Revisão Textual:
Profa. Esp. Natalia Mendonça Conti
5
•	Planejamento do projeto de um armazém
•	O layout do espaço no projeto armazém
•	A escolha dos equipamentos para o projeto 
armazém
Caro aluno, a discussão seguinte diz respeito aos custos de armazenagem, passando por 
uma metodologia de determinação de tais custos. Há equações simples, assim como 
situações que buscam ajuda-lo a entender quais gastos são gerados e em que situações eles 
são considerados.
Veja se consegue entender que há custos que são considerados só porque o equipamento ou 
a estrutura está sendo utilizado, tais como os custos fixos, como o aluguel ou a depreciação 
das estruturas e equipamentos, entre outros. Precisamos que você pense de forma mais 
evoluída para entender nossa discussão. Veja os vídeos, pois eles estão fazendo parte de 
nossa estratégia de análise.
 · Introduzir o tema Projeto do Armazém, identificando suas 
particularidades
 · Introduzir o tema Planejamento, como um conjunto de ideias 
que devem ser consideradas no Projeto armazém
 · Entender a Perspectiva do Armazém Moderno.
O projeto armazém
•	Projeto das docas
•	Tendência do projeto armazém.
6
Unidade: O projeto armazém
Contextualização
Estamos no século XXI e as inovações nos processos de produzir, comercializar e distribuir 
produtos e/ou materiais chegaram a passos largos. Tais mudanças estão obrigando os 
gestores de empresas terem uma notável compreensão do tempo, uma vez que a expansão 
da disponibilidade de informação, a variedade e customização de produtos, cada vez mais 
expressiva, estão atingindo níveis jamais vistos. Essas forças estão, por sua vez, criando uma 
perspectiva de entrega de produtos e serviços às pessoas, quando elas desejam e na forma que 
elas preferem em cada estágio da cadeia de abastecimento.
Estas inovações que aparecem em todos os campos e alteram todos os aspectos e elementos 
dos mercados, têm gerado uma pressão na forma como acontecem as atividades de armazenagem 
de produtos e/ou materiais nas empresas. Fazer os ajustes necessários não está sendo fácil, o 
que tem levado os gestores a planejar e planejar continuadamente seus processos e avaliar os 
projetos. Tal avaliação tem obrigado os gestores a planejar suas instalações, as dimensões e as 
combinações de espaços, estruturas e equipamentos para maximização da armazenagem.
7
Planejamento do projeto de um armazém
Finalizando a discussão sobre a armazenagem, acreditamos que você já evoluiu em 
compreensão e agora está preparado para pensar o que vem a ser o projeto de um armazém, 
ou seja, você consegue imaginar o que devemos considerar em termos de estrutura, o que deve 
ser e ter um almoxarifado ou um armazém? Entender quais questões que cercam a existência 
desta estrutura física, assim como os elementos necessários?
Agora convidamos que busque entender que um planejamento é um conjunto de ideias 
voltadas à consecução de algum problema e que sem ele podemos ter muitos problemas!
 
 Explore
Vamos lá, sente-se confortavelmente e aproveite para assistir ao vídeo produzido pelo SEBRAE no 
link: http://www.youtube.com/watch?v=6A4II9ZnUqI. E outro vídeo que sugere o problema criado 
quando não planejamos. Link: http://www.youtube.com/watch?v=LOyX-vgdQGQ. Busque verificar 
se entende onde se encontra nossa discussão.
Agora é certo que consegue visualizar nossa discussão e o que vem a ser um planejamento 
para um projeto e por que ele é importante.
Planejamento pode ser definido como um processo que é contínuo e dinâmico e que sugere 
um conjunto de ações integradas, coordenadas e orientadas para a realização de alguma coisa, 
como salientam autores como Rodrigues (2006). Quando relativo ao armazém enquanto 
estrutura ou a armazenagem de produtos e/ou materiais que é uma atividade e que podem 
acontecer tanto em almoxarifados e/ou em armazéns, podemos inferir a mesma ideia. 
Mesmo os almoxarifados que há muito tempo se constituíam em depósitos, hoje em dia 
é necessário um planejamento tanto em termos de estruturas quanto de formas de estocar 
materiais. Tais avanços, tanto nas formas de manuseios quanto nos processos de estocagem têm 
exigido maior atenção dos tomadores de decisões, a ponto de serem considerados estratégicos 
para suas atividades econômicas (FIGUEIREDO, 2009).
Para o nosso propósito que é entender as questões que cercam um projeto para um armazém, a 
diferença entre almoxarifado e armazém pouco interfere. Ambos têm como propósito: depositar 
algo, seja um material que é usado em processos fabris, seja produtos acabados que vão ser 
comercializados. O armazém é visto como uma estrutura que acomoda produtos prontos e que 
se estabelece para o fim do processo produtivo (DIAS, 2009).
8
Unidade: O projeto armazém
 
 Atenção
A armazenagem é uma atividade que acontece nos almoxarifados. Já o almoxarifado é o termo que 
deriva da palavra depósito. Você pode, por enquanto, considerar almoxarifado e depósito como 
termos similares.
Qualquer que seja o projeto do armazém, sua concepção com a armazenagem ou os 
equipamentos de movimentação ou ainda as estruturas necessárias, ele deve assegurar algumas 
condições básicas presentes nos armazéns há muito tempo, tais como:
 · Assegurar que o produto ou material estocado esteja no local certo e seja movimentado 
com os equipamentos e processos corretos. 
 · Permitir um uso máximo do espaço, tanto vertical quanto horizontal assim como arranjo 
de espaços adequados ao movimento de operadores, equipamentos e mercadorias; 
 · Garantir que a qualidade dos produtos não sofram danos;
 · Garantir um número suficiente de recursos de movimentação e locais adequados o 
suficiente para atender os demandantes nos momentos certos. 
A Questão da Eficiência do Almoxarifado
Quando falarmos em eficiência de um armazém, ou de um almoxarifado, devemos considerar 
que ela se refere à operacionalidade das atividades em condições de otimização de recursos, 
sem perdas de tempo e sem danos aos produtos. Daí os teóricos como: Dias (2009); Figueiredo 
(2009); Gonçalves (2013); Pozo (2007) e Viana (2002), entre outros sugerirem que a eficiência 
das atividades realizadas nos armazéns depende, entre outras questões, fundamentalmente:
 · Otimização do fluxo de operadores e equipamentos com vistas a redução de distâncias 
percorridas nas atividades de armazenagem dos produtos ou montagem de kits
 · Otimização dos espaços de armazenagem, 
tanto vertical quanto horizontal.
 · Otimização da capacidade volumétrica que 
é pré-requisito básico nas atividades de 
armazenagem.
A figura a seguir sugere um ambiente limpo, com 
estruturas acomodando mercadorias agrupadas em 
paletes. Certamente, tanto a estrutura quanto os 
processos de unitização de cargas, como a paletização, 
assim como questões de corredores de movimento, 
altura da estrutura, entre outras questões visíveis, 
foram planejadas para este armazém, respeitando a 
tipologia de produtos que devem ser armazenadas.
T
hinkstock/G
etty Im
ages
9
Pense
Todos os sistemas de armazenagem são racionais em termos de uso dos insumos e matérias-primas? 
Pensando de outro modo: Todos os armazéns funcionam de forma eficiente dentro da área de 
suprimentos a partir da armazenagem de produtos e/ou materiais? Resposta rápida: não, por mais 
que haja planejamento.
Vamos caminhar na direção de respostas adequadas às questões acima. Dias (2009), 
caracteriza a logística como uma área que sintetiza um conjunto de atividades responsáveis pelo 
planejamento, organização, transporte e distribuição de bens e serviços. Como sabemos, ela 
enfrenta diversos desafios para atender às necessidades das indústrias,empresas de transporte, 
operadoras logísticas e de varejo de forma satisfatória, como explica Pozo (2007). Um dos 
desafios diz respeito à eficiência na armazenagem dos materiais, que tem grande importância 
na composição de custos e consequentemente, da lucratividade das empresas.
Veja que parece vivermos uma ditadura dos custos, onde tudo que se usa e se busca adquirir 
é para redução dos custos. Pois bem, o planejamento do armazém também sugere que sua 
concepção permita redução de custos totais da atividade, como sugere Moura (2002). Esta 
possibilidade passa pela necessidade de pensar as atividades dos armazéns de forma integrada, 
assim: prédio ou armazém, estrutura e equipamentos de movimentação, processos compatíveis 
com o produto ou segmento de mercado, entre outras variáveis (MOURA, 2002).
Seguindo a linha de raciocínio acima, uma armazenagem eficaz requer alinhamento dos 
processos, velocidade nas operações internas e flexibilidade para atender exigências específicas de 
cada mercado. Para atingir tais aspectos, a expressão adequada é: Planejamento do Armazém!
Para integrar e desenvolver adequadamente 
atividades dentro do armazém e permitir que as 
operações de movimentação e gerenciamento 
das informações relativas aos movimentos dos 
produtos e/ou materiais os gestores devem 
adotar planos, ou ainda devem adotar estratégias 
(RODRIGUES, 2006).
Para execução dos vários serviços nos armazéns, 
uma estratégia é fundamental. Tal estratégia sugere 
um plano, ou seja, um conjunto de procedimentos 
pensados antes de serem realizados. 
Para Pensar
Vamos pensar na estrutura de um armazém. O que é importante considerarmos antes de ser feito o 
armazém? Por onde começarmos?
A palavra-chave 
relacionada 
ao sistema 
eficiente de
 
armazenagem de p
rodutos e/
ou materiais é: Plan
ejar! A ideia 
básica é que sem pl
anejamento 
a atividade de ar
mazenagem 
pode não acontecer.
10
Unidade: O projeto armazém
Há várias questões inerentes aos armazéns, de uma forma geral. Todos necessitam de 
instalações, ou seja, estruturas de armazenagem, equipamentos, sistemas, entre outros recursos. 
Ah, como determinar uma instalação adequada sem planejamento? Mesmo que seja o mais 
simples, sem uma formalidade documental, mesmo que seja pensado somente por um gestor, 
mesmo assim um plano é fundamental.
Para nosso propósito que é a armazenagem, o planejamento permite assim viabilizar a guarda 
e a localização correta dos produtos, por exemplo, possibilitando um gerenciamento eficiente e 
avaliar os equipamentos e a capacidade de armazenafmento da estrutura a ser construída.
Autores como Bowersok e Closs (2004) salientam que quando se trata de projeto de 
armazém um primeiro passo é saber quais devem ser o número de plantas e as instalações dos 
armazéns em projeto. Se o sistema produtivo ou comercial for limitado a uma única planta as 
questões de natureza operacional podem ser definidas pelo gestor da fábrica, visto ser ele a 
pessoa com conhecimento sistêmico da estrutura necessária para sua atividade econômica. No 
entanto, quando uma organização produtiva ou comercial envolver várias instalações, várias 
pessoas (tomadores de decisões) devem participar da concepção do projeto armazém, uma 
vez que várias questões organizacionais se fundem, obrigando uma integração das áreas e 
uma participação mais efetiva de cada membro gestor dessas áreas. O tamanho mínimo ou 
máximo do armazém, assim como os produtos ou outras variáveis mercadológicas justificam tal 
integração e planejamento conjunto, como salienta Bowersox e Closs (2004). 
Veja que há vários questionamentos pertinentes ao projeto armazém. Para Rago (2002), a 
estratégia de instalações de um armazém não pode ser estabelecida sem base nas instalações 
produtivas, pois um depende do outro. O fato é que o armazém é um elemento do complexo 
produtivo em questão e um projeto coerente com as necessidades de produção e demanda 
é que fará a diferença e assim contribuir para que a organização melhore suas condições de 
competitividade no mercado em que atua.
 
 Atenção
Veja que a palavra “estrategicamente” aparece várias vezes, sugerindo que o projeto pense 
de forma estratégica a construção, as instalações, os equipamentos, entre outras questões.
Outra questão está relacionada à capacidade dos armazéns, pois ela deve ser pensada 
juntamente com as instalações, daí dizer que tais questões se combinam e se fundem, devendo 
ser planejadas estrategicamente (BOWERSOX e CLOSS, 2004).
A localização de uma estrutura, seja ela produtiva ou comercial, deve ser estratégica, 
pois há fornecedores de recursos diversos, assim os mercados demandantes 
podem tornar viável ou não a atividade em questão. Não é diferente para um 
armazém. Isto sugere que não somente a localização, como a dimensão, o nível 
de especialização, entre outras questões, exigem um profundo entendimento da 
interação dessas decisões. Vamos, primeiramente, tratar das decisões relativas 
à dimensão das instalações, tendo em vista que estas presumem investimentos 
significativos de longa depreciação.
11
Dimensão das instalações do armazém
Aqui estamos nos referindo ao tamanho e à característica do armazém. Com relação a essa 
questão três dimensões devem ser pensadas, avaliadas antes da execução, são elas:
1º. Tamanho Mínimo Econômico do Armazém
2º. Tamanho Máximo Econômico do Armazém
3º. Nível de Especialização da Instalação Armazém
A primeira dimensão sugere sabermos que deve ser a instalação mínima para garantir as 
necessidades de armazenagem dos produtos e/ou materiais da empresa. Tal entendimento 
deve partir das expectativas iniciais do ciclo de vida da instalação em projeto. Este escopo 
inicial ajuda os tomadores de decisões a entenderem aspectos de tamanho mínimo econômico 
desta instalação (LACERDA, 2009)
A segunda dimensão indicada acima como tamanho máximo econômico sugere que o projeto 
estabeleça um tamanho ideal à geração de economias de escala, daí o termo tamanho máximo 
econômico, pois a ideia de economias de escala orientada pelo tamanho da planta é o que está sendo 
avaliado. Em um ponto intermediário entre o tamanho mínimo econômico e o tamanho máximo 
econômico se estabelecerá o tamanho ideal do armazém para organização produtiva. Apesar da 
dificuldade de se determinar com precisão o tamanho ótimo de uma planta, é importante planejar 
uma instalação pautada em algum elemento. É comum que ela esteja diretamente relacionada 
ao produto e/ou material que será estocado ou aos serviços que ofertará (GONÇALVES, 2013).
O rol de questões relevantes em um projeto armazém é significativo e de difícil definição. Todos 
são parâmetros para o tamanho ideal das instalações do armazém e devem ser considerados 
como guias para o desenvolvimento de estratégias diversas. Estamos falando de elementos como: 
o número de estruturas, de equipamentos, de operadores, de tecnologias a serem empregadas, 
entre outras. Para Lacerda (2009), até questões externas são importantes, como a filosofia da 
empresa relacionada à estrutura organizacional deve ter forte relação com o tamanho ótimo das 
instalações da planta de um armazém. 
A terceira dimensão que é estratégica para um projeto diz respeito, realmente, ao nível de 
especialização desejada para a instalação. Há pelo menos seis maneiras de planejar as plantas de 
armazéns e determinar o foco para elas, como explica Bonzato (2006). Para tanto os tomadores 
de decisões devem concentrar atenção em questões cruciais, uma vez que elas são as que 
baseiam aos projetos, como:
 · O Tipo de produto ou o serviço a ser prestado
 · O segmento de mercado e sua tendência no médio prazo
 · A capacidade de Armazenagem que será necessária estocar
 · Os tipos de processo que deverão estabelecer, por exemplo de picking
 · A localidade da instalação por razões ligadasaos diversos fornecedores de recursos 
diversos ao armazém. 
12
Unidade: O projeto armazém
Determinado as combinações, essas questões acima são mais apropriadas para a organização 
empresarial, desenvolvendo a estratégia de instalações do armazém, portanto, o projeto armazém. 
 
 Atenção
A simples escolha de um elemento, como por exemplo, o produto, não é suficiente. Para garantir 
que o “elemento base” escolhido seja adequado ao longo do tempo, o projeto deve considerar um 
monitoramento cuidadoso para então levar à frente o desenvolvimento da instalação. No entanto, a 
questão que dá base é fundamental para as instalações, isto é líquido e certo!
Quando se trata de determinar um elemento-chave que dê base a um projeto, autores como 
Bowersox e Closs (2004), chama atenção para o fato de que a variação de demanda e o valor 
do investimento devam dar o tom para o projeto armazém. As instabilidades dos mercados 
podem levar a sérios prejuízos, o que requer cuidados expressivos. Logo, você deve considerar 
que uma operação pode ser economicamente viável ou não, pois ela é influenciada por diversas 
variáveis que determinam um custo que deriva de diversas atividades, como manutenção do 
controle sobre qualidade, prazos, disponibilidade, flexibilidade, exclusividade e facilidade de 
execução da atividade decorrente, ou ainda, do tipo de produto e/ou material.
Voltando a atenção para questões de natureza operacional, um projeto armazém deve 
contemplar cuidados aos seguintes aspectos: 
 · Produtos e/ou materiais que serão armazenados, assim como tamanho, nível de giro, 
peso, entre outros;
 · Corredores, que são os caminhos para movimentação dos produtos (facilidades de acesso);
 · Pontos de acesso, com portas para entradas e saídas dos produtos, assim como níveis de 
altura e largura das mesmas;
 · Estruturas Físicas de armazenagem, assim como os equipamentos de movimentação, a 
exemplo de prateleiras e tipos de empilhadeiras;
 · Pisos para circulação de pessoas e estocagem dos produtos e/ou materiais (resistência).
Continuando a falar em estratégia do projeto armazém, não podemos esquecer que a questão 
do posicionamento e a função das instalações também devem receber atenção máxima, como 
salienta Honda (2002), deve ser visto como parte de um todo, ou seja, de conjunto integrado 
de decisões, que envolvem:
 · O nível de serviços desejados para o cliente, daí dizermos qual política de serviços aos 
clientes desejamos.
 · Níveis de estoques aceitáveis, uma vez que se as políticas forem de estoque zero, 
certamente haverá um sistema de suprimento just-in-time. 
 · Estratégia de transporte, se esta é própria ou terceirizada, daí chamarmos de política 
de transporte.
 · Qual a política de produção a ser estabelecida pela organização.
13
As decisões acima devem ser determinantes, uma vez que o atendimento do fluxo de 
produtos e/ou materiais de forma eficiente ao longo de toda a cadeia de suprimentos depende 
delas. A funcionalidade das instalações de armazenagem reflete, inevitavelmente, na tomada de 
decisões através da estratégia de armazenagem (HONDA, 2002). 
Dimensionamento da instalação de armazenagem parte de profundo planejamento, ou seja, 
deve se conhecer as necessidades entre espaço, recursos e pessoas utilizadas dentro de um processo 
de armazenagem. Isso tudo quer dizer que o dimensionamento do armazém deve possibilitar o 
acondicionamento adequado dos produtos, movimentação de recursos e pessoas, evitando que 
esse processo se torne confuso e oneroso. 
 
 Diálogo com o Autor
De acordo com Rodrigues (2009), o projeto armazém envolve questões como: a localização, o 
dimensionamento da área, a definição do arranjo físico e das baías de atracação, a escolha dos 
equipamentos para movimentação dos tipos de sistemas de armazenagem e dos sistemas de 
informação para a localização de estoques, assim como a definição da quantidade e a qualificação 
da mão de obra técnica necessária.
O dimensionamento deve ser adequado de forma a permitir o máximo aproveitamento 
do potencial de armazenagem na instalação. Estamos tratando do uso máximo dos espaços, 
tanto para estocagem dos produtos e/ou materiais quanto dos movimentos necessários para 
gerenciar a estocagem. 
Para Wanke (2011) toda decisão sobre dimensionamento dos armazéns reflete em custos, os 
quais podem tornar os produtos e/ou serviços onerosos, refletindo no nível de serviço e preço 
oferecido ao cliente final, e fazendo com que a empresa perca competitividade. 
Figura 1 – imagem da estrutura de um armazém e suas atividades.
14
Unidade: O projeto armazém
 
 Explore
Gostaria que assistisse ao vídeo no link, pois ele nos ajuda a compreender mais um projeto. Link: 
http://www.youtube.com/watch?v=bWjOoiJU-rA.
Voltando a nossa discussão, para Lacerda (2009), como em muitas situações a demanda 
do consumidor final não será estável, torna-se necessário desenvolver processos que possam 
responder de forma rápida e flexível a essas variações ao mínimo custo para o cliente.
Segundo Rodrigues (2006), a problemática dos custos surge muitas vezes associadas à infra-
estrutura dos armazéns. Muitos destes problemas podem ser evitados, se algumas questões 
relacionadas ao projeto armazém forem consideradas, além daquelas relativas ao produto e às 
instalações, como:
 · Tempo mínino de utilização (os teóricos apontam utilização mínima de 5 anos);
 · Estimar uma área três vezes maior do que a estrutura do armazém projetado;
 · Construir o armazém em locais seguros de enchentes ou outras questões que geram 
prejuízos, como aterros sanitários; 
 · Considerar as questões de segurança, balança de pesagem próximas às portarias do 
armazém;
 · Estabelecer Docas com dimensões e em números coerentes com o nível de recebimento 
e expedição dos produtos e/ou materiais, de modo que o carregamento e a descarga 
sejam facilitadas; 
 · Projetar as Docas em 90 graus, se possível;
 · Entre outras questões importantes.
O layout do espaço no projeto armazém
Um ponto de grande importância no projeto armazém é a escolha do layout, o qual irá 
proporcionar uma melhor movimentação de pessoas, máquinas e produtos, favorecendo 
a dinâmica das atividades internas, seja de coleta ou separação de kits, por exemplo. Isso 
depende de onde, o que, quanto e por quanto tempo o produto permanecerá armazenado, 
como explica Gonçalves (2013). Independente disto, o layout pode ajudar a flexibilizar, 
agilizar e atender com rapidez os clientes internos ou externos. Pode ainda contribuir com 
uma redução dos custos de movimentar e estocar os produtos e/ou materiais. Para Dias 
(2009), o layout ainda pode ser considerado um critério ganhador de pedido e qualificadores 
de pedidos. Dentre eles podemos destacar:
15
 · Critérios ganhadores de pedido: critérios de desempenho com base nos quais o cliente vai 
decidir qual será seu fornecedor, dentre aqueles qualificados com base em pré-requisitos;
 · Critérios qualificadores: critérios de desempenho segundo os quais a empresa deve 
atingir um nível mínimo de desempenho que vai qualificá-la a competir por determinado 
mercado, como, por exemplo, a diferenciação por vantagem competitiva de qualidade.
Vale ressaltar, para todos os métodos aplicados e recursos utilizados, que existem normas 
regulamentadoras, as quais regulamentam os riscos oferecidos às pessoas envolvidas no 
processo de armazenagem, como explica Rodrigues (2006). À guisa de exemplo, a Norma 
Regulamentadora 11 (NR11) elaborada pelo Ministério do Trabalho e assegurada juridicamente 
nos artigos 182 e 183 da Consolidação das leis do trabalho é aplicada em: 
 · tipos e capacidade de máquinas; 
 · demarcação de área de segurança; 
 · capacidade de armazenagem vertical ou horizontal; 
 · tipo de piso utilizado; 
 · fatores alteráveisde acordo com o produto armazenado, seja físico, químico, ou perigosos.
Sendo o planejamento uma atividade que envolve prospecção de cenários futuros, o projeto 
de um armazém moderno deve considerar as necessidades e expectativas futuras da empresa 
diante do mercado, considerando:
 · itens a serem armazenados;
 · atividades envolvidas na armazenagem;
 · atividades de movimentação de materiais 
 · atividades de carga e descarga. 
A escolha dos equipamentos para o projeto armazém
A escolha do equipamento para o projeto armazém não deve ser tarefa fácil, visto que ele 
está relacionado a outras variáveis como níveis de serviços, tipos de produtos, entre outros 
elementos (BONZATO, 2006). 
É comum os gestores iniciarem o projeto armazém pela seleção dos equipamentos de 
movimentação. No entanto, há teóricos como Dias (2009); Pozo (2007); Lacerda (2009), 
entre outros que sugerem ser um procedimento equivocado, uma vez que os primeiros 
procedimentos deveriam estar ligados à avaliação das necessidades logísticas do armazém, 
de questões como:
16
Unidade: O projeto armazém
 · O que será estocado;
 · Como e quanto será estocado
 · Qual a frequência e fracionamento os produtos e/ou materiais, para se definir o processo 
de recebimento e expedição.
 · Acessibilidade dos produtos e/ou materiais. É importante identificar e quantificar os 
produtos que terão acesso direto ao armazém, principalmente aqueles no momento da 
separação para montagem de kits.
 · Frequência de entradas e saídas dos produtos e/ou materiais. É importante identificar 
e quantificar as entradas e saídas de cada um dos produtos, para serem acessados 
para separação.
Após as considerações acima, que dizem respeito ao elemento central, o produto, o 
planejamento do projeto armazém deve avaliar a infra estrutura física necessária para o mesmo, 
de questões como: os acessos, pisos internos e externos e seus níveis de resistências, sistemas 
de comunicação, entre outros.
O planejamento do armazém necessita de muitas informações que vão além das mencionadas 
acima para os produtos e/ou materiais que serão estocados. Informações que somente podem 
ser gerenciadas eficientemente a partir de sistemas que integrem as áreas da empresa, como 
ensina Veríssimo (2003). A seleção dos equipamentos depende de tais informações, para que 
as operações aconteçam dentro do armazém. Estamos falando de operações como:
 · Atividade de recebimento e expedição dos produtos: são atividades que aparecem no 
início e no fim das atividades operacionais que exigem docas adequadas para entrada 
e saída dos veículos de transportes. Tais áreas podem ter ou não docas e estas podem 
ser com desníveis ou niveladas. A adequação para outros equipamentos também se faz 
necessário visto que há vários tipos de veículos de cargas e também de cargas, como as 
fracionadas ou unitizadas (DIAS, 2009).
 · Atividade de Estocagem de fundo: os equipamentos dependem de uma série de variáveis 
dos produtos e/ou materiais que devem ser estocados, indo desde questões como 
densidade, frequência, até resistência ao empilhamento. As estruturas de uso podem 
ser desde blocagem sobre o piso, até racks empilháveis ou as estruturas porta-paletes 
convencionais, transelevadores, etc. (MOURA, 2002).
 · Área de separação (picking): também dependem da quantidade e frequência com que 
os produtos são movimentados. Logo os equipamentos e as estruturas existentes são 
diversas, indo desde equipamentos com e sem automação, até sistemas automatizados 
(LIMA, 2002).
Os equipamentos de movimentação para terem o uso otimizado e serem mais produtivos 
dependem do layout do armazém. Veja que esta questão é determinante para o fluxo de 
produtos, pessoas e equipamentos dentro dos armazéns. Assim, os transpaletes, rebocadores, 
empilhadeiras, entre outros dependem de um bom layout, desenhado com o máximo de 
cuidado para gerar maior velocidade das atividades assim como maior segurança para produtos 
e operadores que circulam no armazém.
17
Do mesmo modo, as questões relativas à altura e largura dos armazéns dizem respeito à otimização 
das condições das áreas de recebimento e expedição, tendo em vista que os equipamentos de 
movimentação terão de passar por corredores para realizarem suas atividades, como a de picking.
Após analisar as questões acima é imprescindível que se elabore um quadro comparativo 
considerando investimentos, custos operacionais, produtividade, entre outros aspectos inerentes 
à atividade do armazém.
No que tange à seleção final dos equipamentos a serem utilizados, os gestores devem 
contemplar em seu projeto:
 · Listas com especificação e quantidades dos equipamentos necessários;
 · Relação dos fornecedores viáveis, entre outras questões.
Projeto das docas
Área de recebimento/expedição
Para Rodrigues (2006) a função principal de um armazém, seja ele para estocagem ou para 
trânsito (cross docking ou alfandegários, por exemplo), é armazenar materiais para em um 
futuro próximo disponibilizá-los a quem os queira, no tempo certo e na quantidade desejada. 
Assim as mercadorias devem entrar e sair do local, havendo fluxo, o qual deve ser o mais 
dinâmico e facilitado possível. 
Lacerda (2009) ensina que o número e a localização de entradas e saídas de um armazém 
impactam nas distâncias e no tempo do deslocamento dos funcionários, na localização dos 
itens armazenados, nos congestionamentos e principalmente na direção do fluxo principal 
das movimentações internas. Por isso, estes acessos devem ser localizados estrategicamente 
no armazém. Por exemplo, pontos de entrada devem se localizar no lado oposto dos 
pontos de saída, porém ambos no mesmo lado ou face da edificação, sempre levando em 
consideração o planejamento estratégico da empresa (LACERDA, 2009).
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Unidade: O projeto armazém
A transferência de materiais para dentro ou para fora dos armazéns culmina geralmente com 
a utilização do que se denomina como “docas”, onde os caminhões estacionam para carga e 
descarga. Se estas atividades não são eficientemente realizadas, com segurança e fluxo dinâmico, 
o armazém pode ver comprometido um de seus objetivos principais, atingindo negativamente 
o custo e nível de serviço ofertado ao cliente final (BONZATO, 2006).
Assim, o número de docas necessárias no armazém depende de diversas questões, 
sendo a mais importante o nível de demanda interna, podendo ter três tipos básicos de 
configurações de docas: 
 · doca de 90º; 
 · doca em diagonal; 
 · doca estendida.
O grau refere-se ao ângulo que tem o formato da doca, logo o ângulo de 90º é chamada 
de doca 90º.
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As figuras apresentadas, tanto de cima quanto a de baixo são concebidas no momento do 
projeto, visto que estão diretamente relacionadas ao tipo de veículo de transporte que deve ser 
usado no transporte dos produtos. 
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No que tange à doca estendida, esta é bastante similar à de 90º. O propósito de ser estendida 
é para facilitar a movimentação dos operadores e equipamentos durante o embarque ou 
desembarque dos produtos. 
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Os tipos de docas tem tudo a ver com os espaços utilizados para as atividades dentro e fora 
dos armazéns. As docas de 90º e a estendida exigem maior espaço externo do que a doca em 
diagonal. Isto ocorre porque se prioriza espaço de carga e descarga em detrimento de estoque. 
Pode ser uma decisão estratégica para armazém de alto fluxo e rotatividade de estoque. Claro 
que espaços no interior do armazém são mais caros do que os de fora (GONÇALVES, 2013)
Ainda no quesito espaço não podemos deixar de considerar um espaço para manobras dos 
veículos exigido na área de recebimento/expedição. Pode ser localizado logo atrás das docas 
(entre o armazém e a doca) e pode servir para movimentar empilhadeiras,por exemplo. 
Para Pensar
O melhor projeto para um armazém é aquele que maximiza o usodo espaço. Certo? Não exatamente. 
Ao se priorizar uma questão é importante que se observe as vantagens e desvantagens da limitação 
de cada escolha.
O melhor projeto para um armazém é aquele que maximiza o usodo espaço. Certo? Não 
exatamente. Ao se priorizar uma questão é importante que se observe as vantagens e desvantagens 
da limitação de cada escolha.
Ao se desenhar um projeto voltado à armazenagem, há alguns elementos também importantes, 
sendo alguns deles muito subjetivos e de difícil visibilidade, tais como:
 · nível de serviço ao cliente; 
 · previsão de demanda;
 · momento econômico;
 · perspectiva política, entre outros.
Após serem considerados tais fatores, é importante avaliar as metas do sistema para a empresa 
e verificar quais conflitos estas geram. 
 
 Importante 
“Maximizar a utilização do espaço é uma questão de vida ou morte para o armazém”
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Unidade: O projeto armazém
Tendência do projeto armazém
Lacerda (2009) ensina que os projetos armazéns do futuro tendem a desenharem estruturas 
com instalações que irão se adequar basicamente ao centro de atendimento de pedido. 
Acreditamos que é isto que os armazéns de hoje se tornarão. O mesmo ensina Gonçalves 
(2013), que a tendência é que os projetos venham a ser desenhados para apoiar a manufatura, 
bem como a distribuição dos produtos comercializados.
Seja em um armazém tradicional ou em estruturas modernas, os centros de atendimento de 
pedidos deverão servir para administrar padrões de pedidos imprevisíveis e acomodar um mix 
de produtos cada vez mais amplo e expedição diária. Isso deve acontecer devido à customização, 
padrão de produção visível em muitas indústrias atualmente, o que gerará frequentes expedições 
devido às pequenas quantidades e, devido à questões como custos, eles servirão como elemento 
de trânsito dos produtos e/ou materiais, que receberão pequenas benfeitorias para então serem 
distribuídos para outras cadeias produtivas (FIGUEIREDO, 2009).
A perspectiva do projeto armazém deve ser concebido para serem centros logísticos de 
Agregação de Valor, ensina Rago (2002). Quem está demandando este tipo de estrutura são as 
empresas comerciais de varejo. Atividades de preparação dos produtos de alto valor agregado, 
como rotulagem de marca própria ou etiquetas com preço, atividades cada vez mais presentes 
nos armazéns. Isso tende a eliminar os armazéns tradicionais dos varejistas a partir de técnicas 
de inventários gerenciados pelo fornecedor, incluindo o reabastecimento automático, que é uma 
das operações presentes nos centros de serviços logísticos atuais, os CDs (MOURA, 2002)
Conclusão
Há vários elementos que devem ser contemplados no projeto armazém. Alguns são fáceis de 
visualizar, como é o caso dos equipamentos e estruturas necessárias. Mas há outros que estão 
pouco visíveis, mas são fundamentais, quais sejam: os níveis de serviços que os produtos e/ou 
materiais para os quais o armazém é projetado exigirão, como a frequência de manipulação, 
ou ainda as características físicas do produto que exige equipamentos, estruturas, processos, 
sistemas entre outros elementos para que sejam manipulados e adequadamente entregues aos 
seus demandantes: clientes internos e externos.
O projeto armazém está em constante evolução, devido particularmente ao desenvolvimento 
da atividade econômica e ao desenvolvimento das tecnologias de comunicação, de 
movimentação e de informação. 
Além do mais as novas demandas dos consumidores e as características dos produtos novos e 
das formas de consumir diferentes obrigarão os gestores a planejarem armazéns que se adaptem 
às exigências de cada momento histórico.
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Material Complementar
A perspectiva moderna de que os armazéns serão pontos de passagem das mercadorias, 
basicamente orientados para separação e montagem de kits, assim como os CDs. Veja o sentido 
de sistemas de distribuição e metodologias de distribuição modernas.
1. Cross-docking
O cross-docking, o transit point e o Centro Avançado de Distribuição (CAD) são tipos de 
apoio à distribuição e estão diretamente relacionados aos objetivos da logística de distribuição 
descrita por Farah (2003). O principal objetivo dos Centros de Distribuição (CD) é proporcionar 
o rápido atendimento às necessidades dos clientes, independente da localização deste. Os 
mesmos são utilizados para otimizar o tempo de entrega dos produtos do fornecedor ao cliente e 
reduzir custos de transporte, visto que é descentralizada a entrega de mercadoria. Para a escolha 
de um CD deve-se analisar a estrutura e o tamanho da área a ser atendida; a quantidade de 
intermediários e a multiplicidade dos canais de distribuição. Após esta análise será escolhido o 
tipo de CD que vem ao encontro das necessidades da empresa, o mesmo, juntamente com os 
outros fatores logísticos adotados, serão responsáveis pela qualidade na prestação de serviços, 
que está representada por cumprimento no prazo de entrega, precisão no atendimento e 
qualidade do produto a ser entregue. 
Um dos tipos de apoio à distribuição é o cross-docking. Segundo Simchi-Levi et. al. (2003), é 
um método que movimenta os produtos de um fornecedor através de um centro de distribuição, 
sem armazenar o produto por um longo tempo, permitindo à empresa acelerar o fluxo dos 
produtos para o consumidor, dessa forma, cross-docking é um programa projetado para 
fornecer suporte à entrega de produtos aos clientes. Prima-se então pela alta rotatividade e 
fluxo dinâmico.
Assim, no cross-docking, a mercadoria é recebida do fabricante através de um centro de 
distribuição e não é armazenada. Nele a mercadoria é selecionada e montada em ordens de 
abastecimento, geralmente recompondo o mix de itens, conforme necessidade do cliente. 
2. Planejamento para implantação de um centro de distribuição
Para o processo de desenvolvimento 
e implantação de um centro de 
distribuição é necessário o planejamento 
de tarefas que devem ser executadas de 
maneira sistêmica, de modo que ao final o CD 
esteja apto a iniciar suas atividades:
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Unidade: O projeto armazém
1 - O processo decisório de implantação de centros de distribuição deve levar em consideração:
 · Tipos de centros de distribuição: para a indústria, varejo, atacado ou serviços;
 · Estabelecer a localização dos CD’s, estabelecendo os objetivos estratégicos e identificando 
as restrições;
 · Levantamento do tipo de infra-estrutura necessária;
 · Comprar, construir, alugar ou terceirizar as operações de distribuição: armazéns gerais, 
operadores logísticos ou condomínios industriais;
 · A quantidade de CD’s e o impacto nos custos de distribuição;
 · Definição da capacidade de movimentação e armazenagem.
2 - Desenvolvimento do layout de um CD:
 · Identificação e quantificação dos fluxos de produtos a serem armazenados;
 · Definição das políticas de estoque;
 · Cálculo dos volumes e áreas de estocagem;
 · Atendimento das normas técnicas de segurança e qualidade;
3 - Recebimento de mercadorias no CD:
 · Planejamento do recebimento pelo agendamento das entregas dos fornecedores;
 · Recebimento e expedição de mercadorias de forma rápida pela utilização de “cross-
docking”;
 · Adoção de dispositivos e equipamentos para descarga e movimentação de materiais;
 · Input de dados através de código de barras e rádio frequência.
4 - Armazenando as mercadorias no CD:
 · Escolha dos dispositivos, equipamentos e estrutura de armazenagem;
 · Adoção de ferramentas de TI para gestão dos estoques (WMS)
5 - Separando e expedindo pedidos de
 · Transferência para lojas e pedidos de clientes 
 · Modelos de separação por agrupamentos, pedidos ou lotes;
 · Fracionamento de embalagens e reembalagem;
 · Montagem de kits;
 · Unitização de cargas.23
6 - Transportando e entregando as mercadorias para os clientes:
 · Utilização de transit points e redespacho;
 · Entregas especiais;
 · Logística reversa;
 · Roteirização e controle dos veículos de entrega;
 · Multimodalidade e a intermodalidade.
7 - Segurança de pessoas, prédios e mercadorias:
 · Ergonomia e EPI’s;
 · Boas práticas de movimentação e armazenagem de materiais;
 · Sistema de combate a incêndios, falta de energia, sistema interno de TV, entre outros.
8 - Indicadores de desempenho na gestão dos CD’s:
 · Estabelecimento de metas;
 · Avaliação dos resultados;
 · Aplicação de penalidades ou bonificações.
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Unidade: O projeto armazém
Referências
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e armazenagem de materiais. São Paulo. Editora IMAM, 2006.
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Paulo: Atlas, 2004.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão. 6ª ed. São Paulo: 
Atlas, 2009.
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GONÇALVES, P. S. - Administração de materiais - 4ª Edição Editora Campus- 2013.
HONDA, H. & PEREIRA, L. C. G. (2002) - LOG&MAN Logística, movimentação e 
armazenagem de materiais. Guia do visitante da MOVIMAT 2002. Ano XXIII, Setembro, n. 
143, p.18.
LACERDA, L. - Armazenagem estratégica: analisando novos conceitos. Centro de Estudos 
em Logística (CEL), COPPEAD/UFRJ 2009.
LIMA, M. P. - Armazenagem: considerações sobre a atividade de picking. Centro de Estudos 
em Logística (CEL), COPPEAD/UFRJ. 2002
MOURA, R. A. Sistemas e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais 
- Editora: INSTITUTO IMAM ano 2000.
MOURA, A. R. - LOG&MAN logística, movimentação e armazenagem de materiais. 
Guia do visitante da MOVIMAT 2002. Ano XXIII, Setembro, n.143, p.6.
POZO, H., Administração de materiais e patrimoniais: uma Abordagem Logística, 4ª ed. 
São Paulo, Atlas 2007.
RODRIGUES, A. M. - Estratégias de picking na armazenagem. Centro de Estudos em 
Logística (CEL), COPPEAD/UFRJ, 1999.
RODRIGUES, P. R. A. Gestão Estratégica da Armazenagem, São Paulo: Aduaneiras, 2006 
RAGO, S. F. T. (2002) - LOG&MAN - logística, movimentação e armazenagem de 
materiais. Guia do visitante da MOVIMAT 2002. Ano XXIII, Setembro, n.143, p.10-11. 
RITZMAN, L. P.; KRAJEWSKI, L. J. Administração da produção e operações. São Paulo: 
Pearson Education, 2004.
WANKE, P. F. Gestão de estoques na cadeia de suprimento: decisões e modelos 
quantitativos. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.
VIANA, J. J. Administração de matérias. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.
VERISSIMO, N. & MUSETTI, M. A. A tecnologia de informação na gestão de 
armazenagem. In ENEGEP, 2003.
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Anotações
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Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
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