Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Sistema de 
Informação Gerencial
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Marcelo Bernardino Araújo
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Sistemas Integrados de Gestão Aplicados à Contabilidade
• Introdução
• Softwares ERP, CRM e SCM
• Sistemas integrados de gestão e seus reflexos na contabilidade 
• Sistemas de informações contábeis (SIC)
• Sistemas de Informações da Controladoria (SIControl)
 · Esta unidade tem como objetivo apresentar a importância da 
utilização dos sistemas de informação contábil como componente de 
auxílio na tomada de decisão.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Nesta unidade, vamos aprender um pouco mais sobre um importante tema: 
sistemas integrados de gestão aplicados à contabilidade.
Então, procure ler, com atenção, o conteúdo disponibilizado e o material 
complementar. Não esqueça! A leitura é um momento oportuno para 
registrar suas dúvidas; por isso não deixe de registrá-las e transmiti-las ao 
professor-tutor. 
Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais 
interativo possível, na pasta de atividades, você também encontrará as 
atividades de avaliação, uma atividade reflexiva e a videoaula. Cada material 
disponibilizado é mais um elemento para seu aprendizado. Por favor, estude 
todos com atenção!
É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
Bons estudos!
ORIENTAÇÕES
Sistemas Integrados de Gestão 
Aplicados à Contabilidade
UNIDADE Sistemas Integrados de Gestão Aplicados à Contabilidade
Contextualização
A informação, desde que útil, é fundamental no processo de tomada de decisão. 
Porém, o excesso de informação tanto pode auxiliar como atrapalhar esse processo.
Ocorre que, com os avanços tecnológicos, principalmente em termos de 
sistemas, o excesso de informação que está presente em nossas vidas pode 
trazer transtornos, já que muitas vezes uma mesma informação é transmitida por 
diferentes meios e podem ser distorcidas, como em uma brincadeira de “telefone 
sem fio”, prejudicando o entendimento. Além disso, há o risco de recebermos uma 
dualidade de verdades, conhecido como ruído no processo de comunicação entre o 
emissor e o receptor, impossibilitando a compreensão real de um fato.
Cezar Taurion é CEO da Litteris Consulting, CEO da ThinPost e faz uma crítica 
aos atuais modelos de sistemas de gestão. Segundo Taurion, as empresas não são 
mais estruturas rígidas com decisões top down descendo ladeira abaixo por toda 
a organização. Devem ser autoajustáveis, não apenas mudando na camada de 
suporte (processos, sistemas e estrutura organizacional), onde o ERP opera, mas 
transformando a visão e os modelos de negócios, devido à velocidade da dinâmica 
de transformação do mercado. Os monolíticos ERPs começam a se tornar um 
fardo, mas o autor reitera que a integração tem sua importância.
Leia na íntegra o artigo escrito por Cezar Taurion, publicado pelo portal Computer World. 
“Quando os ERPs começam a se tornar um fardo”: http://goo.gl/m97kpv“Ex
pl
or
6
7
Introdução
Vimos anteriormente que um sistema de informações é um conjunto de 
componentes inter-relacionados que funcionam coletando, processando, 
armazenando e distribuindo informações destinadas a apoiar a tomada de 
decisões ou processo decisório para o controle de uma empresa. Nesta unidade, 
aprenderemos sobre os reflexos da utilização de um SIG na contabilidade.
Sistema Integrado de Gestão (SIG) ou Sistema de Informações Contábeis (SIC)?
Segundo Stair (2002), as principais características de um SIG são:
a) Gera relatórios de saída com formatos fixos e padronizados;
b) Necessita de solicitações formais do usuário;
c) Produz relatórios impressos e em tela de computador;
d) Produz relatórios programados, sob solicitação e de exceção;
e) Usa dados internos armazenados no sistema do computador.
Os SIG são desenvolvidos para atender às mais variadas necessidades das 
empresas, nas várias áreas operacionais, tais como: finanças, recursos humanos, 
marketing, produção, contabilidade.
Portanto, o Sistema de Informação Contábil (SIC), que faz parte de um SIG, 
é um dos principais sistemas de informação de uma entidade. O SIC tem como 
função processar as transações financeiras e econômicas para prover os usuários 
(internos e externos) com informações para operação, controle e tomada de 
decisão, especialmente, quando envolver decisões estruturadas, ou seja, quando os 
meios envolvidos são identificáveis e controláveis.
Tabela 1: Pressupostos básicos na elaboração do SIC/SIG
Procedimentos Características
Necessidade de Informação
A necessidade da informação alinhada ao absoluto respaldo ao contador e a 
seu sistema, é o elemento vital para o sucesso de um sistema de informação 
contábil. Caso esses conceitos de utilidade e necessidade da informação contábil 
não estejam imediatamente presentes no ambiente da cúpula administrativa da 
entidade, é tarefa do contador fazer nascer e crescer essa mentalidade gerencial. 
Para isso, é necessário apenas o conhecimento profundo da Ciência Contábil e de 
seu papel informativo-gerencial.
Planejamento e Controle
O sistema de informação exige planejamento para produção dos relatórios, para 
atender plenamente aos usuários. É necessário saber o conhecimento contábil 
de todos os usuários, e construir relatórios com enfoques diferentes para os 
diferentes níveis de usuários. Dessa forma, será possível efetuar o controle 
posterior. Só poderá ser controlado aquilo que é aceito e entendido. Além disso, 
se o sistema de informações gerenciais não for atualizado periodicamente, poderá 
ficar numa situação de descrédito perante seus usuários.
Fonte: Adaptado de Padoveze (1997, p. 38).
7
UNIDADE Sistemas Integrados de Gestão Aplicados à Contabilidade
Softwares ERP, CRM e SCM
Você já ouviu falar em ERP, CRM ou SCM? Sabe o que cada um significa e sua 
utilização? Neste capítulo, você aprenderá mais sobre esses relevantes temas para 
a otimização de recursos nas organizações.
O Enterprise Resource Planning (ERP), ou Planejamento de Recursos 
Empresariais em português, é um sistema interfuncional que funciona como 
uma estrutura para integrar e automatizar diversos dos processos de negócios 
que devem ser realizados pelas seguintes atividades: contabilidade, finanças e de 
recursos humanos, produção, logística, distribuição etc. As características dos 
softwares de ERP são:
 · O software de ERP é parte de uma família de módulos de software que 
apoia as atividades empresariais envolvidas em processos de BackOffice 
(pessoal de suporte) vitais;
 · O ERP é concebido como um ingrediente, essencial à eficiência, agilidade, 
e responsabilidade, seja com clientes, seja com fornecedores, que uma 
entidade que atue com e‑business necessite para ter êxito no mundo 
dinâmico do e‑commerce.
Além das características, a utilização de um software de ERP gera os seguintes 
valores para o negócio:
 · O ERP cria uma estrutura para integrar e aperfeiçoar seus sistemas internos 
de escritório, responsável por importantes melhorias no atendimento ao 
consumidor, na produção e na eficiência da distribuição;
 · O ERP fornece rapidamente informação interfuncional vital sobre o 
desempenho da empresa para que os gerentes melhorem significativamente 
no processo decisório.
A maior parte dos softwares ERP disponíveis no mercado (SAP, Oracle, 
PeopleSoft e, no Brasil, Datasul e Microsiga etc.) é composta por diferentes 
módulos. Por exemplo, recursos humanos, contabilidade (ou razão geral), produção, 
finanças, compras, vendas e logística (GONÇALVES & RICCIO, 2009).
Cada um desses módulos tem funcionalidade específica, acessa a base de 
dados compartilhada e pode ser considerado como uma aplicação única, tanto do 
ponto de vista de sua interface com usuário, como da perspectiva da estruturado 
software. Estrutura esta que possibilita que os usuários desenvolvam competências 
específicas nos módulos, e permite que alterações que impliquem em novas versões 
ou upgrades tenham baixo impacto na estrutura geral do software. Entretanto, 
às vezes, induz o usuário a uma visão fragmentada, extremamente prejudicial ao 
entendimento da integração processual proporcionada pelos softwares ERP, ou 
seja, a visão sistêmica.
O Customer Relationship Management (CRM), ou Gerenciamento do 
Relacionamento com o Cliente em português, é uma aplicação interfuncional de 
e‑business (comércio eletrônico) que integra e automatiza diversos processos de 
8
9
atendimento ao cliente/usuário. São exemplos de sua aplicação: vendas, marketing 
direto, contabilidade, financeiro, gerenciamento de pedidos, atendimento e suporte 
ao cliente etc.
Os softwares de CRM geram uma estrutura de Tecnologia da Informação (TI) 
que engloba e integra todos os processos operacionais com as demais operações 
de negócios de uma empresa. Os CRM são módulos de softwares que executam 
as atividades empresariais envolvidas nos procedimentos onde há contato com o 
cliente/consumidor. Ele ainda fornece ferramentas que permitem que a entidade 
e seus colaboradores executem rapidamente um serviço padronizado e rápido aos 
seus clientes.
Por fim, o Supply Chain Management (SCM) ou Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos em português, é um conceito de gestão que integra o gerenciamento 
dos processos da cadeia de suprimentos, ou seja, cuida da logística do negócio. 
Grandes empresas, em suas aplicações de e-business, estão transformando o SCM 
num objetivo estratégico de negócio. Isso é fundamental para que elas atendam às 
exigências de seus clientes de e‑commerce como por exemplo, qualidade, preço e 
prazo de entrega.
Dessa forma, as grandes empresas estão reestruturando os processos de 
sua cadeia de suprimentos, apoiadas em tecnologias baseadas na Internet, 
em computação em nuvem (cloud computing) e ainda em softwares de 
gerenciamento da cadeia de suprimentos. Os objetivos do gerenciamento da 
cadeia de suprimentos é oferecer aos clientes o que eles desejam, onde desejam 
e pelo menor custo possível.
Alguns gestores podem pensar que determinadas ferramentas aumentam os 
gastos da empresa, entretanto, a implantação de um SCM tem por finalidade:
 · A redução dos custos;
 · O aumento da eficiência das operações;
 · O aumento dos lucros e ganhos;
 · A melhoria dos tempos de ciclos da logística; 
 · A melhoria da comunicação com clientes e fornecedores; e
 · O desenvolvimento de serviços que dão uma vantagem competitiva (por 
exemplo, entrega rápida).
O artigo intitulado “Os refl exos da implementação de ERP em um escritório de contabilidade” 
tem como objetivo verifi car os aspectos positivos e os negativos da implementação de um 
ERP na prestação de serviços contábeis, por meio de um estudo de caso realizado em um 
escritório catarinense de contabilidade. Confi ra em:
ALBERTON, Luiz; LIMONGI, Bernadete; KRUGER, Noeli. Os refl exos da implementação de ERP 
em um escritório de contabilidade. In: XVII Congresso Brasileiro de Contabilidade, Santos. 
2007. Disponível em: http://goo.gl/nFLQ6x
Ex
pl
or
9
UNIDADE Sistemas Integrados de Gestão Aplicados à Contabilidade
Sistemas integrados de gestão e seus 
reflexos na contabilidade 
Neste capítulo, veremos com um SIG auxilia a Contabilidade. Anteriormente, 
aprendemos que as atividades de processamento ou tecnologia de informação (ou 
processamento de dados) que acontecem nos sistemas de informação incluem os 
seguintes estágios:
1. Entrada de recursos de dados;
2. Transformação de dados em informação;
3. Saída de produtos da informação;
4. Armazenamento de recursos de dados; e
5. Controle de desempenho do sistema.
Segundo Frezatti (2000), muito se discute sobre reais benefícios proporcionados 
pela integração entre os sistemas de informações das organizações. Quando antes 
os sistemas não se comunicavam, havia retrabalho de diversos cadastramentos, 
por exemplo.
De maneira integrada, os sistemas se tornam tão mais úteis. Esse detalhe, embora 
lógico, tem consequências práticas, seja em termos de qualidade das informações, 
seja nas definições de possíveis erros de consistências (trilhas de auditoria).
Sistema Fiscal Faturamento Contas a Receber
ProduçãoSuprimento Estocagem
CusteioContas a Pagar
Ativo Fixo
Contabilidade
Controle
OrçamentárioOrçamento
Figura 1: Integração dos sistemas de informações com o sistema contábil
Fonte: Adaptado de Frezatti (2000, p. 74).
10
11
O fi lme “Com o dinheiro dos outros” dirigido por Norman Jewison explora os eventuais 
confl itos associados às práticas no mercado fi nanceiro. Ele mostra ainda uma mudança de 
conceito de gerenciamento dos negócios em uma fábrica, com o objetivo de aumentar a sua 
lucratividade.
Ex
pl
or
Um sistema de informação contábil-gerencial, para apresentar resultados 
satisfatórios, deverá seguir padrões preestabelecidos com o acompanhamento 
dos resultados obtidos pelos usuários, para o processo de gestão, bem como uma 
análise da relação custo X benefício que está apresentando para a entidade.
Sistemas de informações contábeis (SIC)
Um Sistema de Informações Contábeis (SIC) é um subsistema de informações 
dentro de uma entidade que acumula informações dentro de vários subsistemas da 
entidade e as comunica ao subsistema de processo de informações. O subsistema de 
processamento de informações pode ser um departamento separado na entidade 
organizacional, responsável pelo equipamento e pelos programas de computação 
(MOSCOVE, SIMKIN & BAGRANOFF, 2002, p. 24).
Segundo Moscove et al. (2002), o SIC se concentrava na coleta, no 
processamento e no fornecimento de informações essencialmente financeiras para 
os stakeholders, ou seja, todos os usuários externos (como investidores, credores 
órgãos da receita) e todos os usuários internos (principalmente a administração). 
Atualmente, entretanto, o SIC está sendo desenvolvido pensando tanto em dados 
e informações financeiros quanto não financeiros (físicos, como quantidade na 
aplicação de custos).
Os autores ainda complementam que o SIC, tradicionalmente, foi pensado 
em cada área funcional da organização, como, por exemplo, em marketing, na 
produção, em finanças e nos recursos humanos, mantendo um subsistema de 
informações em separado. Ou seja, todas essas informações são distribuídas para a 
função de processamento de informações da entidade. Assim, há um problema com 
esse tipo de conceito, pois ele requer o armazenamento separado de dados (com 
a possibilidade de duplicidade) e a coleta e produção de relatórios em separados 
dentro de cada subsistema.
11
UNIDADE Sistemas Integrados de Gestão Aplicados à Contabilidade
Tabela 2: Pontos fundamentais do SIC gerencial
Fundamentos do sistema Descrição
Operacionalidade As informações devem ser coletadas, armazenadas e processadas de forma 
operacional. O fundamento da operacionalidade significa que todos os que 
trabalham com a informação contábil devem saber e sentir que estão operando 
com dados reais, significativos, práticos e objetivos, conseguidos, armazenados 
e processados de forma prática e objetiva. Com isso, teremos uma utilização 
gerencial, ou seja, prática e objetiva (relatórios práticos e objetivos).
Integração e navegabilidade dos dados Sistema de informação integrado quando todas as áreas necessárias para o 
gerenciamento da informação contábil estejam abrangidas por um único sistema 
de informação contábil. Todos devem utilizar-se de um mesmo e único sistema 
de informação. O que caracteriza um sistema de contabilidade integrado é a 
“navegabilidade” dos dados, a partir do momento que um dado é coletado, ele 
deverá ser utilizado em todos os Segmentos do sistema de informação contábil.Custo da informação O sistema de informação contábil deve ser analisado na relação de custo x benefício 
para a empresa, devendo o sistema de informações contábeis gerenciais apresentar 
uma situação de custo abaixo dos benefícios que proporciona à empresa.
Fonte: Adaptada de Padoveze (1997, p. 40).
Site que difunde o modelo “Gestão Econômica” (GECON), que começou a ser estruturado pelo 
Prof. Armando Catelli, no final da década de 1970, entrevendo a necessidade de adequação 
dos modelos da administração das organizações à realidade empresarial e também a 
ineficácia dos sistemas de contabilidade e de custos para o apoio do processo decisório. O 
GECON é um modelo de atuação, que compreende um sistema de informação baseado em 
gestão por resultados econômicos, que visa mensurar o VEE (Valor Econômico da Empresa) 
a qualquer momento. Este modelo de gestão permite a simulação, o planejamento e o 
controle da atuação da entidade com base na evolução do valor adicionado.
Disponível em: http://www.gecon.com.br/
Ex
pl
or
O conceito de SIC, como um sistema corporativo e parte integrante do processo 
informacional, vê a contabilidade como o principal gerador e distribuidor de 
informações da entidade.
A contabilidade operacional enfoca o gerenciamento dos processos de 
negócio, ou seja, gera um conjunto de várias atividades ou fluxos de trabalho 
para a entidade, criando, assim, valor para o negócio, por exemplo, o processo 
de geração de receitas (como vender) e o processo de pagamento das despesas 
(controle dos gastos).
A maioria das empresas está concentrada na produção e criação de bens e 
serviços para comercializá-las aos seus clientes. São esses processos que diferenciam 
as operações da entidade. Se todos os colaboradores conhecem os processos 
de negócio, isso permitirá que os gestores os simplifiquem (por modelagem de 
processos), otimizando todos os recursos e reduzindo os custos de produção.
Algumas empresas adotam pacotes (módulos) como parte de uma estratégia em 
que são adquiridos os melhores pacotes do mercado para cada área de necessidade 
ou best‑of‑breed strategy. No Brasil, esta estratégia é muito utilizada na seleção e 
implantação de sistemas de processamento da folha de pagamento, por exemplo. 
Ao implantar tais sistemas, a entidade adquirente desenvolve e faz a manutenção 
12
13
das interfaces, ou seja, dos programas necessários para interligar o módulo contá bil-
financeiro com os aplicativos produzidos por outras empresas de software e com 
os aplicativos desenvolvidos internamente (GONÇALVES & RICCIO, 2009).
A utilização de sistemas específicos para determinadas áreas, ainda estes 
que sejam os melhores no assunto, pode trazer para a contabilidade uma 
série de desvantagens:
1. Os dados provenientes das transações geradas e controlados por outros 
sistemas são enviados para o sistema contábil por meio de arquivos de 
transações acumuladas e sumarizadas, em períodos que podem variar entre 
diário, semanal e mensal, sendo este último o mais comum;
2. Nesses casos, os dados para a contabilização são sumarizados para cada 
conta do Razão geral, que tipicamente é traduzido por um plano de contas 
bem resumido. Os detalhes de cada transação não são acessados e registrados 
pela contabilidade;
Impossibilidade de análises de cima para baixo, ou seja, do agregado para o 
detalhado (em inglês drill down), por exemplo, partindo-se de um lançamento, 
obter-se a transação detalhada que o originou. A ausência de análises de cima 
para baixo dificulta em muito o estabelecimento de trilhas de auditoria (em inglês 
audit trail) automá ticas;
3. A contabilidade recebe somente os dados monetários e os necessários para 
a elaboração dos lançamentos. Informações quantitativas não monetárias 
não são consideradas pela contabilidade;
4. O sistema contábil não registra as transações à medida que ocorrem, 
pois é atualizado periodicamente, tipicamente somente uma vez por mês, 
no fechamento mensal. Não pode, portanto, emitir qualquer informação, 
relatório ou analise antes de cada fechamento, perdendo relevâ ncia;
5. Geralmente, a conciliação entre a contabilidade e os outros sistemas torna-
se demorada e com elevado volume de transações para serem analisadas, 
quase sempre de forma manual, com o auxílio de planilhas eletrônicas;
6. O SIC torna-se um sistema específico da área contábil, isolado e sem uma 
conexão ativa com as demais áreas. Os dados contábeis dificilmente podem 
ser relacionados com os dados dos demais sistemas sem trabalho adicional. 
Isso, em geral, implica um isolamento maior da contabilidade e do contador 
em relação ao resto da empresa. Favorece a visão da contabilidade como 
atividade acessória e de BackOffice (retaguarda), apenas para fins legais, 
portanto, de pouco valor e pouco apreciada pela administração;
7. O poder da contabilidade como instrumento consolidador, centralizador e de 
controle da administração não se realiza totalmente ou fica neutralizado pela 
baixa compreensão de sua utilidade para a gestão empresarial (RICCIO, 2001).
13
UNIDADE Sistemas Integrados de Gestão Aplicados à Contabilidade
Sistemas de Informações da Controladoria 
(SIControl)
À medida que uma entidade cresce, seus processos e procedimentos se tornam 
mais complexos e abrangentes. Portanto, para administrá-la, os executivos 
necessitam de informações para estarem a par dos acontecimentos relevantes em 
suas respectivas áreas de atuação.
É por meio desse fluxo de informações que a empresa consegue conduzir sua 
empresa. O processo decisório depende, essencialmente, da quantidade e da 
qualidade das informações recebidas. A etapa de coletar dados, selecioná-los, 
analisá-los e retratá-los é crucial para que a entidade alcance seus objetivos.
Resumidamente, os relatórios contábeis que têm como objetivo fornecer à 
entidade melhores condições para:
 · Calcular o resultado contábil, bem como as vantagens obtidas em relação 
planejamento estabelecido;
 · Controlar as operações correntes e tomar decisões necessárias;
 · Avaliar o desempenho por área e responsabilidade; e
 · Fornecer informações para subsidiar o planejamento futuro.
Assim, a condição essencial de um bom relatório é a clareza na apresentação das 
informações. Ou seja, um bom relatório indica objetivamente a situação passada e a 
tendência futura do fenômeno estudado. Uma informação clara e objetiva permite 
a compreensão do usuário, a qual conduz à confiança e ao sucesso.
Portanto, um bom relatório as informações devem ser classificadas em função de 
usa relevância. As de pouca importância são deixadas para o final ou suprimidas. 
Evite um número exagerado de cifras e tabelas complicadas. As vezes um gráfico 
fala por si só.
Segundo Gonçalves e Riccio (2009), o Sistema de Informações da Controladoria 
(SIControl) deve executar as seguintes tarefas:
1. Efetuar mensurações diretas e indiretas de satisfação dos clientes;
2. Monitorar o posicionamento mercadológico, comparado ao dos principais 
competidores; e
3. Simular resultados derivados de novos negócios e de parcerias estratégicas 
e mesmo de fusões e aquisições.
Dessa forma, essas informações devem ter consistência e ser usadas em conjunto 
com as medidas financeiras de retorno aos investidores. Portanto, pode-se afirmar 
que o SIControl engloba todo o sistema de informações para auxílio à decisão 
(SAD), incluindo considerações estratégicas e de inteligência empresarial ou BI 
(business inteligente).
14
15
Resumidamente, o SIControl deve minimamente atender a alguns requisitos. 
Por exemplo, nele, devem estar presentes ferramentas de controle de gestão, 
tais como: o controle de custos, o planejamento e o controle orçamentário, as 
mensurações de desempenho e do valor adicionado ao acionista.
A gestão dos processos e produtos em diferentes estágios do seu ciclo de vidaaté o momento de seu descarte e potencial reciclagem, incluindo o controle de seu 
pós-venda, de garantias e peças de reposição, exige informações que somente são 
tratadas com um estudo profundo das funcionalidades do software ERP e com o 
desenvolvimento provável de softwares paralelos, baseados em Data Warehouses 
(GONÇALVES & RICCIO, 2009).
Aplicações específicas de mensuração de desempenho podem ser acopladas ao 
SIC implantado num sistema ERP. Algumas soluções disponibilizam ferramentas 
para implantação do balanced scorecard (BSC), por exemplo. Todavia, alguns 
controles específicos relacionados ao desempenho em geral e à agregação de 
valor exigirão informações internas e externas obtidas por meio de sistemas de 
informação complementares ou ainda paralelos.
Importante!
A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) do Ministério da Fazenda em parceria com 
o Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) está desenvolvendo um 
Sistema de Informação de Custos (SIC), que é um Data Warehouse que se utiliza da 
extração de dados dos sistemas estruturantes da administração pública federal, tal 
como SIAPE, SIAFI e SIGPlan, para a geração de informações. O SIC tem por objetivo 
subsidiar decisões governamentais e organizacionais que conduzam à alocação mais 
efi ciente do gasto público; sendo essencial para a transformação de paradigmas 
que existem atualmente na visão estratégica do papel do setor público. Para mais 
informações acesse: http://goo.gl/yLSjcd
Você Sabia?
Os tratamentos de informações externas são utilizados de forma a auxiliar 
na detecção de novas oportunidades e ainda na seleção de mecanismos para 
auxílio na redução de riscos ainda requer modelos mais sofisticadas. Portanto, 
eles são tratados como modelos em teste, isto é, por meio de sistemas pilotos 
desenvolvidos em tecnologias mais ad hoc e amigáveis. É comum que alguns 
modelos da controladoria ainda se utilizem de informações tratadas na exportação 
de bancos de dados por meio do pacote Office da Microsoft, no Excel e no 
Access, por exemplo.
O sistema de informações externas agrega dados sobre o cenário e tendências 
econômicas com índices mercadológicos, além de informações sociodemográ ficas 
e socioeconômicas, fornecendo subsídios importantes para o planejamento de 
longo prazo.
15
UNIDADE Sistemas Integrados de Gestão Aplicados à Contabilidade
Além disso, é também no sistema de informações externas ou ambientais que 
estão depositadas informações sobre padrões setoriais e de empresas líderes úteis 
nos processos de benchmarking (autoavaliação em relação aos concorrentes), 
em conjunto com preços médios de mercado, preços e estratégias de marketing 
praticados pela concorrência, desde que eticamente obtidos. Ele deve fornecer 
uma visão estratégica que possibilite a construção de diferentes cenários a serem 
tratados no módulo de auxílio ao planejamento de longo prazo. O módulo com 
indicadores de desempenho para controle estratégico proverá um conjunto de 
medidas não exclusivamente financeiras, servindo à implantação da mensuração 
de desempenho quer por meio do BSC, do Performance Prisma, ou de outras 
metodologias específicas. A implantação deste módulo poderá ser acoplada aos 
sistemas ERP com o uso de ferramentas de BI, que proporcionam a integração por 
convergência e a extração de indicadores mediante visões multidimensionais.
No módulo para auxílio do planejamento de longo prazo, o usuário do sistema de 
informações externas, deve facilitar a análise de decisões estratégicas, permitindo a 
construção de cenários. Será útil na avaliação de mudanças de políticas, simulando 
seus impactos no negócio, considerando a criação de valor de longo prazo aos 
acionistas que supere o custo do capital. Dessa forma, ele deve possibilitar a análise 
do impacto de determinada mudança na política comercial (preços, produtos, 
promoção, canais de distribuição), ou de uma mudança da política de pesquisa, 
desenvolvimento e inovação (PD&I), em relação ao ambiente em longo prazo.
Já no módulo para auxílio do planejamento de curto prazo, o usuário do 
planejamento de longo prazo importa suas diretrizes estratégicas e as desdobra 
até as unidades de negócio com horizontes temporais bem definidos. Nele, são 
realizadas simulações do impacto de diretrizes estratégicas no resultado econômico. 
Os outputs (saídas-relatórios) destas simulações são reportados de volta ao módulo 
de planejamento de longo prazo, num ciclo virtuoso de planejamento integrado. 
Também é neste módulo que são gerados subsídios para a definição das origens de 
recursos e das políticas de financiamento de curto e médio prazo, mediante o uso 
de diversas ferramentas de simulação (GONÇALVES & RICCIO, 2009).
Encerramos aqui mais uma unidade. Para finalizar, deixamos uma citação 
de John Dewey (filósofo americano), que disse: “Nós só pensamos quando nos 
defrontamos com um problema”.
16
17
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Sistema de informação de custos na administração pública federal: uma política de Estado
HOLANDA, Victor Branco de; LATTMAN-WELTMAN, Fernando; GUIMARÃES, 
Fabrícia (Org). Sistema de informação de custos na administração pública federal: uma 
política de Estado. Rio de Janeiro, Editora FGV, 2010. ISBN: 978-85-225-0838-9. 
Capítulo 7. Sistema de custos como política de Estado.
http://goo.gl/Lj8nZ2
Uma Abordagem para Modelagem de Processos através de um ERP
OGURA, Alberto Kenji; MARINS, Fernando Augusto Silva. Uma Abordagem para 
Modelagem de Processos através de um ERP. XXIII Encontro Nacional de Engenharia 
de Produção (ENEGEP). Anais Eletrônicos... Curitiba: ABEPRO, 2003.
http://goo.gl/JdO0hh
Sistemas ERP: características, custos e tendências
PADILHA, Thais Cássia Cabral; MARINS, Fernando Augusto Silva. Sistemas ERP: 
características, custos e tendências. Revista Produção, v. 15, n. 1, p. 102-113, 2005. 
http://goo.gl/7hm4MT
Tecnologia da informação em pequenas empresas: fatores de êxito, restrições e benefícios
PRATES, Glaúcia Aparecida; OSPINA, Marco Túlio. Tecnologia da informação em 
pequenas empresas: fatores de êxito, restrições e benefícios. Revista de Administração 
Contemporânea, v. 8, n. 2, p. 9-26, 2004.
http://goo.gl/pZZDLT
17
UNIDADE Sistemas Integrados de Gestão Aplicados à Contabilidade
Referências
FREZATTI, Fábio. Orçamento Empresarial: planejamento e controle gerencial. 
São Paulo: Atlas, 2000.
GONÇALVES, Rosana C. M. G.; RICCIO, Edson L. Sistemas de informação: 
ênfase em controladoria e contabilidade. São Paulo: Atlas, 2009. 
MOSCOVE, S. A.; SIMKIN, M. G.; BAGRANOFF, N. A.; GOLDSCMIDT, G. G. 
Sistemas de informações contábeis. São Paulo: Atlas, 2002.
PADOVEZE, Clóvis L. Contabilidade gerencial: um enfoque e sistemas de 
informação contábil. São Paulo: Atlas, 1997.
RICCIO, Edson L. Efeitos da tecnologia de informação na contabilidade: estudo 
de casos de implementação de sistemas empresariais integrados-ERP. 2001. Tese 
de Livre Docência. Universidade de São Paulo.
18

Mais conteúdos dessa disciplina