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Plano de Aula: Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência (Cont) DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II - CCJ0134 Título Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falência (Cont) Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 10 Tema Disposições Comuns à Recuperação judicial e à Falência. Objetivos - Analisar as disposições comuns aos institutos da Recuperação Judicial e da Falência. - Compreender os procedimentos legais para habilitação e verificação de créditos. - Conhecer os órgãos atuantes na Recuperação Judicial e Falência; - Compreender a importância do administrador judicial; - Compreender a atuação do Comitê e Assembleia de Credores. Estrutura do Conteúdo A Lei n° 11.101/2005 prevê algumas disposições que são comuns aos institutos da Recuperação Judicial e da Falência, e que consistem basicamente no procedimento de verificação e habilitação dos créditos, bem como nos órgãos atuantes nos dois processos. Nesse sentido, do artigo 7º ao artigo 20 da referida Lei, estão previstas as disposições sobre a verificação e habilitação dos créditos, que deverão ocorrer nos dois processos, disciplinando os procedimentos e os prazos que devem ser adotados pelos órgãos atuantes na Recuperação Judicial e na Falência. A partir do artigo 21, a Lei n ° 11.101/2005 passa a dispor sobre os órgãos atuantes nos dois tipos de processo. Nesse contexto, do artigo 21 ao 35, a Lei disciplina a atuação do Administrador Judicial e do Comitê de Credores, determinando suas funções, prerrogativas e competências. Ao Administrador, dentre outras coisas, compete fornecer, com presteza, todas as informações pedidas pelos credores interessados; exigir dos credores, do devedor ou seus administradores quaisquer informações; bem como contratar, mediante autorização judicial, profissionais ou empresas especializadas para, quando necessário, auxiliá-lo no exercício de suas funções. Quanto ao Comitê de Credores, este órgão também tem funções definidas no artigo 27 da referida Lei, dentre as quais, fiscalizar as atividades e examinar as contas do administrador judicial; zelar pelo bom andamento do processo e pelo cumprimento da lei; e comunicar ao juiz, caso detecte violação dos direitos ou prejuízo aos interesses dos credores. Aplicação Prática Teórica CASO CONCRETO: (FGV - OAB – VIII Exame – Prova Prático-Profissional – 2014 – adaptada) Em 29/01/2010, ABC Barraca de Areia Ltda. ajuizou sua recuperação judicial, distribuída à 1ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. Em 03/02/2010, quarta-feira, foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico do Rio de Janeiro (“DJE-RJ”) a decisão do juiz que deferiu o processamento da recuperação judicial e, dentre outras providências, nomeou o economista João como administrador judicial da sociedade. Decorridos 15 (quinze) dias, alguns credores apresentaram a João as informações que entenderam corretas acerca da classificação e do valor de seus créditos. Quarenta e cinco dias depois, foi publicado, no DJE-RJ e num jornal de grande circulação, novo edital, contendo a relação dos credores elaborada por João. No dia 20/04/2010, você é procurado pelos representantes de XYZ Cadeiras Ltda., os quais lhe apresentam um contrato de compra e venda firmado com ABC Barraca de Areia Ltda., datado de 04/12/2009, pelo qual aquela forneceu a esta 1.000 (mil) cadeiras, pelo preço de R$ 100.000,00 (cem mil reais), que deveria ter sido pago em 28/01/2010, mas não o foi. Diligente, você verifica no edital mais recente que, da relação de credores, não consta o credor XYZ Cadeiras Ltda. E, examinando os autos em cartório, constata que o quadro-geral de credores ainda não foi homologado pelo juiz. Diante da situação narrada no enunciado da questão, qual seria a medida processual cabível e o respectivo fundamento legal para que a sociedade XYZ Cadeiras Ltda. possa ser incluída no quadro de credores da referida recuperação judicial? . QUESTÕES OBJETIVAS: 1. (CESPE – OAB/SP – 2007) No tocante à habilitação de crédito e impugnação previstas na Lei n.º 11.101/05, é correto afirmar que: a) na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, com exceção daqueles derivados da relação de trabalho, não terão direito a voto nas deliberações da assembléia geral de credores, ressalvada a hipótese de homologação do quadro geral de credores contendo tais créditos. b) na falência, os credores retardatários farão jus aos rateios extras eventualmente realizados, mas ficarão sujeitos ao pagamento de custas, não se computando os acessórios compreendidos entre o término do prazo e a data do pedido de habilitação. c) após a homologação do quadro geral de credores, é vedado qualquer pedido de retificação para inclusão de créditos retardatários. d) da decisão judicial sobre a impugnação caberá recurso de apelação. 2. (EJEF – Juiz Estadual/MG – 2008) Quanto à falência e à recuperação judicial, é INCORRETO afirmar que: a) Na falência, os créditos retardatários perderão o direito a rateios eventualmente realizados e ficarão sujeitos ao pagamento de custas, não se computando os acessórios compreendidos entre o término do prazo e a data do pedido de habilitação. b) Após a homologação do quadro-geral de credores, aqueles que não habilitaram seu crédito poderão, observado, no que couber, o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil, requerer ao juízo da falência ou da recuperação judicial a retificação do quadro -geral para inclusão do respectivo crédito. c) Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários têm direito a voto nas deliberações da assembléia-geral de credores. d) As habilitações de crédito retardatárias, se apresentadas antes da homologação do quad ro- geral de credores, serão recebidas como impugnação.
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