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Relatório Prática01 Paquímetro - FÍSICA EXPERIMENTAL P/ ENGENHARIA UFC 2018

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Universidade Federal do Ceará – UFC 
Centro de Ciências 
Departamento de Física 
Disciplina de Física Experimental para Engenharia 
Semestre 2018.1 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA 01 
PAQUÍMETRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: Anderson Jackson Sena Ribeiro 
Curso: Bacharelado em Engenharia Civil 
Matrícula: 413170 
Turma: 02A 
Professor: Flávio Linard 
Data de realização da prática: 12/03/2018 
Horário de realização da prática: 08:00 - 10:00 
 
Fortaleza - CE 
Março/2018 
Índice 
 
1. Objetivos ............................................................................................................... 01 
2. Material.................................................................................................................. 01 
3. Introdução ............................................................................................................. 02 
4. Procedimento experimental .................................................................................. 06 
5. Questionário .......................................................................................................... 07 
6. Conclusão............................................................................................................... 10 
7. Bibliografia ............................................................................................................ 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Objetivos 
 
Conhecimento do paquímetro e familiarização com seu uso, bem como o 
desenvolvimento da habilidade prática no seu uso. 
Aplicação prática em cálculos matemáticos dos conceitos relacionados a 
arredondamentos, a algarismos significativos, a algarismos duvidosos, etc. 
 
2. Material 
 
- Paquímetro; 
- Tarugo; 
- Arruela; 
- Peça com furo cego. 
01 
 
3. Introdução 
O ato de “medir algo” significa o processo de determinação experimental de um 
valor e de uma determinada unidade para uma dada característica, a qual pode ser 
atribuída a um objeto, a um corpo, a um acontecimento, etc. Diante disso pode-se dizer 
que o ato de “medir” é um processo fundamental no que se refere a vida cotidiana, pois 
repetidas vezes durante o dia, faz-se necessário realizar comparações dos mais diversos 
tipos e em todas essas situações necessita-se comparar medidas. 
Desde as mais antigas civilizações, o homem começou a sentir a necessidade de 
fazer aferições e de realizar medidas. As antigas sociedades tiveram que desenvolver 
meios para realizar tais medidas, no entanto considera-se que “o ato de medir” passou a 
ser desenvolvido de modo intuitivo, ou seja, as medições e aferições eram efetuadas de 
forma intuitiva e de acordo com as necessidades do momento. Pode-se destacar como 
um ponto bastante significativo e importante para o aperfeiçoamento e desenvolvimento 
dos sistemas de medidas o fato do homem ter iniciado o processo de medição do tempo, 
o qual se deu devido a necessidade sentida pelo homem em registrar períodos, como por 
exemplo; períodos de chuva, períodos propícios para a agricultura, etc. Segundo 
(Hogben, 1952) “O reconhecimento da passagem do tempo tornou-se então necessidade 
primacial da vida social.”. 
Como consequência de todo o processo de desenvolvimento do “ato de medir”, bem 
como do advento de novas tecnologias, houve a necessidade de equipamentos 
extremamente precisos na execução de medidas. Devido a isso, tem-se, na atualidade, 
diversos dispositivos e modos completamente precisos para se fazer medições. Como 
por exemplo, o paquímetro e o micrômetro, dispositivos extremamente precisos capazes 
de efetuar medidas de comprimentos de dimensões muito pequenas. 
O instrumento Paquímetro (FIGURA 1) é um dispositivo de medição de alta 
precisão muito usado em laboratórios para execução de medidas de comprimentos: 
diâmetro interno e externo de tubos, profundidades de furos, etc. Ele é constituído, 
basicamente, por uma régua fixa (A), uma mandíbula (B) e uma orelha (C), partes cujo 
objetivo é contribuir para a exatidão da medida. (FIGURA 2). 
02 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na figura 1 pode ser observado um instrumento semelhante ao utilizado na prática. 
Existem vários modelos de paquímetro disponíveis no mercado, bem como diversas 
marcas, entre os quais estão: paquímetro de bico móvel, paquímetro universal com 
relógio, paquímetro de profundidade, paquímetro digital e paquímetro duplo. 
Na figura 2 podem ser observadas as partes básicas de um paquímetro; O 
paquímetro é constituído de uma régua (A), uma mandíbula (B), uma orelha (C). A 
régua geralmente é graduada em polegadas (parte superior) e em milímetros (parte 
inferior), de um cursor (D) no qual estão estampadas duas pequenas régua (E e F), 
chamadas (nônio ou vernier), de uma orelha móvel (G), de uma mandíbula móvel (H), 
Figura 1: Paquímetro. 
Fonte: http://www.andraxferramentas.com.br/instrumentos-de-
medicao/paquimetro-universal-06--150mm-x-0-05mm---kingtools--25727 
Figura 2: Partes do paquímetro. 
Fonte: http://www.unifal-mg.edu.br/fisica/files/file/Paquimetro.pdf 
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de um impulsor (I) e de uma haste (J). A parte do paquímetro que merece mais atenção 
é o nônio, por ser a peça mais importante do equipamento, vez que ela define a precisão 
da medição efetuada pelo instrumento. 
O nônio é uma pequena régua que determina o grau de precisão do instrumento. O 
nônio é absolutamente importante para o funcionamento correto do equipamento, vez 
que graças a ele é possível fazer, com absoluta exatidão, leituras que requeiram precisão 
de frações de milímetro. O nônio pode ter uma precisão maior ou menor, o que depende 
do paquímetro utilizado. No entanto, o princípio da construção do nônio é o mesmo: 1 
milímetro da régua principal é dividido em um determinado número de partes (n). 
O nônio do paquímetro é determinado da seguinte forma; 
i. O zero da régua deve estar alinhado com o zero do nônio, observa-se qual 
distância da régua (L) está alinhada (coincidindo) com a última marcação do 
nônio; 
ii. Depois, deve ser verificado quantas divisões o nônio apresenta (n); 
iii. O comprimento encontrado anteriormente deve ser dividido pelo número de 
divisões que o nônio apresenta (n); 
iv. Por último, a precisão do equipamento será igual à diferença entre o quociente 
da divisão anterior (L/n) e a soma do valor inteiro obtido na etapa (iii) com o 
algarismo 1, isto é, ( i+1 ). 
Esses passos podem ser condessados na seguinte relação; 
PRECISÃO = (i+1) - L/n 
(i é o quociente inteiro da divisão [L/n]). 
 
Na figura abaixo (FIGURA 3), um milímetro da régua principal é dividido em 50 
partes, ou seja, cada divisão do nônio corresponde a 1/50 mm, ou seja, 0,02 mm. Então, 
o paquímetro representado na figura 3 tem um nônio igual a 0,02 mm, o que significa 
que esse instrumento tem uma precisão de (0,02 mm). 
 
04 
 
 
 
 
 
Apesar da leitura do paquímetro ser bastante simples é absolutamente necessário 
ficar atento ao nônio e a sua interpretação a fim de evitar erros que comprometam a 
precisão e exatidão da medida efetuada. 
Pode ser observado na (FIGURA 4), como a leitura do paquímetro é feita; Basta 
apenas verificar o número inteiro anterior ao zero do nônio e somá-lo ao número cuja 
reta esteja exatamente coincidindo com a reta do nônio. 
 
 
 
 Para efetuar a leitura do paquímetro da figura 4, basta observar que o número 
inteiro anterior ao zero do nônio é o 1, vez que o zero do nônio está entre o 1 e o 2, 
então deve-se considerar o número anterior ao zero, no caso, o 1. Em seguida, deve-severificar qual o número do nônio que está coincidindo (alinhado) com a régua, no caso é 
o traço depois da marcação 5, como o paquímetro da figura 4 tem um nônio = 0,02 mm, 
temos que cada divisão do nônio vale 0,02 mm, portanto, a reta coincidente vale 
0,52mm. Para completar a medida basta que somemos o valor inteiro ao valor 
encontrado; (1 + 0,52), o que resulta no valor final da medição: 1,52mm. 
Figura 4: Leitura do paquímetro. 
Fonte: http://www.unifal-mg.edu.br/fisica/files/file/Paquimetro.pdf 
Figura 3: Régua e Nônio. 
Fonte: http://www.unifal-mg.edu.br/fisica/files/file/Paquimetro.pdf 
05 
 
 
4. Procedimento experimental 
 
1-Em relação ao paquímetro utilizado na prática foi anotado: 
Comprimento do nônio (mm) 39,00 mm 
Número de divisões do nônio 20 
Precisão do paquímetro 0,05 mm 
 
2-Utilizando o paquímetro foram realizadas três medidas independentes de 
cada objeto apresentado: 
2.1-Medida do diâmetro do tarugo: 
 Medida 1 Medida 2 Medida 3 Média 
Diâmetro(mm) 6,40 mm 6,40 mm 6,35 mm 6,38 mm 
 
2.2-Medida da arruela: 
 Medida 1 Medida 2 Medida 3 Média 
Diâmetro externo(mm) 39,85 mm 40,00 mm 40,00 mm 39.95 mm 
Diâmetro interno(mm) 11,15 mm 11,90 mm 12,00 mm 11,68 mm 
Espessura(mm) 2,35 mm 2,40 mm 2,35 mm 2,37 mm 
 
2.3-Medidas da peça com furo cego: 
 Medida 1 Medida 2 Medida 3 Média 
Diâmetro externo(mm) 25,70 mm 25,70 mm 25,70 mm 25,70 mm 
Altura externa(mm) 50,00 mm 50,30 mm 50,00 mm 50,10 mm 
Diâmetro interno(mm) 12,35 mm 12,20 mm 12,35 mm 12,30 mm 
Altura interna(mm) 16,00 mm 15,30 mm 16,00 mm 15,77 mm 
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5. Questionário 
1) As figuras abaixo foram feitas com um paquímetro igual (P = 0,05 mm) ao utilizado 
na prática. Faça as leituras correspondentes 
 
Leitura 1 = 30,00 mm 
Leitura 2= 35,75 mm 
 
2) A partir dos valores médios das medidas realizadas na peça com furo cego, calcule o 
volume de metal da peça. Forneça o resultado com o número correto de algarismos 
significativos. Indique os valores numéricos utilizados no seu cálculo. 
i) Calcula-se o volume total da peça pela relação 1; 
Relação 1: Volume Cilindro = altura.π.r2 
 
07 
Diâmetro externo = 25,70 mm 
Raio = 12,85 mm 
Altura externa = 50,10 mm 
Volume Cilindro = altura.π.r2 
Considerando a aproximação de π = 3,1416 
V = 50,10 x 3,1416 x 12,852 
V1 = 2,599x10
4 mm3. 
ii) Depois calcula-se o volume vazio do cilindro: 
Diâmetro interno = 12,30 mm 
Raio = 6,15 mm 
Altura interna = 15,77 mm 
V2 = 15,77 x 3,1416 x 6,15
2 
V2= 1,874x10
3 mm3 
Sabendo que o volume vazio do cilindro é V2 menos V1 (volume total), pode-se obter o 
volume de metal, o qual é 2,412x104mm3. 
 
3) Com base nas figuras do paquímetro fechado (logo abaixo) e do paquímetro aberto 
(segunda figura), responda: 
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a) Qual o comprimento do nônio? 
O comprimento do nônio é de 49,00 mm. 
b) Em quantas partes está dividido o nônio? 
O nônio está dividido em 50 partes. 
c) Qual a precisão deste paquímetro? 
P = (i+1) – 49 mm / 50 
P = (i+1) - 0,98 mm, como o algarismo ‘0’ é o inteiro da divisão, logo i=0, assim: 
P = 1 - 0,98 mm; Então; P = 0,02 mm. 
d) Qual a leitura do paquímetro ilustrado à direita? 
O ponto 0 do nônio está antes da marcação 22 mm, portanto a parte inteira será 21 mm, 
já os algarismos de precisão que também são oriundos do nônio marcam 0,46 mm. 
Deste modo a leitura final do paquímetro é 21,46 mm. 
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6. Conclusão 
 
Pode-se concluir que o paquímetro é um instrumento de medição muito prático, 
útil e importante quando é necessária a execução de medidas que exijam uma grande 
exatidão. Esse instrumento mostra-se bastante pertinente no que se refere à atuação 
do engenheiro civil, haja vista que esse profissional trabalha diariamente 
necessitando de medidas precisas e corretas e o paquímetro é um dispositivo capaz 
de fornecê-las. Um fator bastante relevante que deve ser notado ao se trabalhar com 
o paquímetro é a sua precisão, isto é, o seu nônio. Em muitos casos, ocorrem 
medidas incorretas ao se utilizar o paquímetro, muitas vezes por falta de atenção do 
usuário à precisão do equipamento. Um exemplo notório de tal erro é um 
paquímetro com uma precisão de 0,05 mm apresentar como resultado de uma 
medição um valor do tipo 26,4 mm, quando o valor correto que deve ser expresso é 
o 26,40 mm, tendo o zero como o algarismo duvidoso. Outro erro bastante comum 
que pode ser facilmente evitado ao se utilizar o paquímetro é o erro de paralaxe: 
esse erro ocorre devido ao ângulo que se forma entre a visão do usuário e o 
instrumento, o que pode acarretar em medidas imprecisas e inexatas, a fim de evitá-
lo, a visão do operador deve estar perpendicular ao nônio. Portanto, ao se utilizar o 
equipamento é extremamente importante e relevante para o sucesso da exatidão da 
medição que o usuário tenha lido o POP (Procedimento Operacional Padrão) do 
equipamento, caso exista, ou pelo menos saiba como manusear o equipamento de 
modo correto. 
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7. Bibliografia 
 
POZEBON, S; LOPES, A. Grandezas e medidas: surgimento histórico e 
contextualização curricular. Canoas-RS, 2013. 
 
HOGBEN, L. O homem e a ciência: o Desenvolvimento Científico em Função 
das Exigências Sociais. Porto Alegre: Editora Globo, 1952. 
 
DIAS, Nildo Loiola. Roteiros de aulas práticas de Física. Fortaleza. 2018. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Biblioteca Universitária. Guia 
denormalização de trabalhos acadêmicos da Universidade Federal do Ceará. 
Fortaleza, 2013. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS, Física - Paquímetro. 2018 
 
 
 
 
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