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Teorias Pedagógicas da Educação Física

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Prévia do material em texto

Teorias
da
Pedagógicas
Educação Física
FRANCISCO IRAPUAN RIBEIRO (Org.)
TEORIAS PEDAGÓGICAS DA 
EDUCAÇÃO FÍSICA
FRANCISCO IRAPUAN RIBEIRO (ORGANIZADOR)
COLABORADORES
MYRIAN ABECASSIS FABER
AMANDA RAQUEL RODRIGUES PESSOA,
JUCIEL DE ARAÚJO LIMA
ANTONIO ANDREW FARRAPO FROTA
1ª EDIÇÃO
Sobral/2015
Teorias Pedagógicas da Educação Física 5
INTA - Instituto Superior de Teologia Aplicada
PRODIPE - Pró-Diretoria de Inovação Pedagógica
Diretor Presidente das Faculdades INTA 
Dr. Oscar Rodrigues Júnior 
Pró-Diretor de Inovação Pedagógica 
Prof. PHD Doutor João José Saraiva da Fonseca 
Coordenadora Pedagógica e de Avaliação 
Profª. Sonia Henrique Pereira da Fonseca 
Professor conteudista 
Francisco Irapuan Ribeiro (Organizador)
Colaboradores
Myrian Abecassis Faber
Amanda Raquel Rodrigues Pessoa,
Juciel De Araújo Lima
Antonio Andrew Farrapo Frota
Assessoria Pedagógica 
Sonia Henrique Pereira da Fonseca 
Evaneide Dourado Martins 
Juliany Simplício Camelo
Revisor de Português 
Francisca Geane Souza Oliveira 
Diagramador 
José Edwalcyr Santos 
Diagramador Web 
Luiz Henrique Barbosa Lima 
Produção Audiovisual
Francisco Sidney Souza de Almeida (Editor)
Operador de Câmera 
José Antônio Castro Braga
Teorias Pedagógicas da Educação Física 7
Sumário
1
2
Palavra do Professor ..........................................................................11
Biografia do Autor ..............................................................................13
Ambientação ........................................................................................14
Trocando ideias com os autores ........................................................16
Problematizando .................................................................................18
Unidade de Estudo: Cenário Educacional da Educa-
ção Física 
Correntes Pedagógicas na Educação Física .....................................................23
O Saber em Descartes ..........................................................................................................2 3
O Saber em Francis Bacon ..................................................................................................2 6
Pensamento Moderno na Educação Física ......................................................26
Formação do profissional da Educação Física ................................................ 29
As Fases da Educação Física no Brasil ..........................................................................3 1
Fase Higienista ........................................................................................................................3 1
Fase Militarista .........................................................................................................................3 1
Fase Pedagogicista ................................................................................................................3 2
Fase Tecnicista .........................................................................................................................3 2
Fase Popular .............................................................................................................................3 3
Unidade de Estudo: Teorias Metodológicas da Edu-
cação Física
Enfoques teóricos da Educação Física ............................................................... 37 
Tendências Pedagógicas na Prática Escolar ............................................................. 37
Tendência Liberal ..................................................................................................................... 37
Tendência Pedagógica Progressista ................................................................................. 38
Teorias Pedagógicas da Educação Física8
Abordagens na Educação Física Escolar ...........................................................39
Abordagem Higienista .........................................................................................................3 9
Abordagem Militarista .........................................................................................................3 9
Abordagem Competitivista ................................................................................................4 0
Abordagem da Psicomotricidade ....................................................................................4 0
Abordagem Desenvolvimentista ......................................................................................4 1
Abordagem Construtivista-Interacionista ....................................................................4 1
Abordagem dos Jogos Cooperativos .............................................................................4 2
Abordagem Cultural .............................................................................................................4 2
Abordagem Humanista .......................................................................................................4 2
Abordagem da Concepção de Aulas Abertas .............................................................4 3
Abordagem Saúde Renovada ............................................................................................4 3
Abordagem Crítico-Superadora .......................................................................................4 4
Abordagem Crítico-Emancipatória ..................................................................................4 4
Leitura Obrigatória ............................................................................. 46
Revisando .............................................................................................48
Autoavaliação ......................................................................................54
Bibliografia ..........................................................................................56
Bibliografia Web .................................................................................60
Teorias Pedagógicas da Educação Física 11
Palavra do Professor 
Sejam todos bem-vindos!
Nesse material você irá conhecer os elementos essenciais para es-
tudo das correntes pedagógicas que servem de base para Ensino da Edu-
cação Física. Nele contém as informações básicas sobre as teorias que 
fundamentam essa área de conhecimento. 
O material, também, aborda conteúdos estruturantes da Educação 
Física Escolar com espaço para você estudante formular seu próprio tex-
to, opiniões e conceitos na área. 
A princípio são apresentados alguns momentos históricos da Edu-
cação Física, seguidos da apresentação de suas fases. Bem como seus 
conteúdos essenciais, até chegarmos nas correntes pedagógicas e mais 
especificamente, nas abordagens pedagógicas da Educação Física no 
Brasil.
A ideia é que nesse livro, você possa conhecer o contexto sócio po-
lítico educacional do Brasil no sentido de preparação para entendimento 
das abordagens pedagógicas da Educação Física Escolar.
Durante a leitura, vamos observar as influências da sociedade nas 
práticas educacionais da cultura corporal do movimento e refletir as 
ações no contexto escolar que contribuirão na elaboração dos projetos 
pedagógicos.
Esperamos que esse material promova discussões em sala de aula 
e nas atividades extra-sala, com perspectiva de possibilitar criticidade e 
uma reflexão nos estudos posteriores, podendo realizar aplicação mais 
consciente e adequada dos conteúdos específicos das práticas corporais 
da Educação Física. 
Bons estudos!
Autores
Teorias Pedagógicas da Educação Física 13
Biografia do Autor
Francisco Irapuan Ribeiro, Mestre em turismo, pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). 
Especialista em Educação Física Escolar, pela Faculdade Evolução. Licenciado e Bacharel em Educação 
Física pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). 
MyrianAbecassis Faber, Doutora em Biotecnologia, pela Universidade Federal do Amazonas 
(UFA). Mestre em Gestão e Auditoria Ambiental, pela Universidad Politécnica de Catalunya, (ULPCE). 
Especialização em Docência do Ensino Superior, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e em 
Didática do Ensino Superior (CUNL,2001). 
Amanda Raquel Rodrigues Pessoa, Mestre em Educação, pela Universidade Federal do Ceará 
(UFC). Especialista em Educação Física Escolar, pelas Faculdades Integradas de Patos (FIP). Licenciada 
em Educação Física, pela Universidade Regional do Cariri (URCA). 
Juciel de Araújo Lima, cursando Mestrado em Educação Física, pela Universidade Federal 
Vale do São Francisco (UNIVASF, Petrolina-PE). Especialização em Educação Física Escolar, pelas Fa-
culdades Integradas de Patos (FIP). Especialização em Formação de Professores para Ensino Superior 
e Formação Continuada pela Faculdade de Juazeiro do Norte. Licenciatura em Educação Física, pela 
Universidade Regional do Cariri (URCA). 
Antonio Andrew Farrapo Frota, Licenciado em Educação Física pela Universidade Estadual 
Vale do Acaraú. Especialista em Educação Física Escolar - Faculdade de Tecnologia Evolução.
aAMBIENTAÇÃO À DISCIPLINAEste ícone indica que você deverá ler o texto para ter uma visão panorâmica sobre o conteúdo da disciplina.
Teorias Pedagógicas da Educação Física 15
A Educação Física no Brasil teve origem na miscigenação cultural, desde dos 
índios que aqui já habitavam, passando pelos colonizadores, indo até os imigrantes, 
de várias nacionalidades, que chegavam trazendo consigo as influências que aju-
daram na criação das primeiras atividades físicas, sendo aprimoradas ao longo do 
tempo. 
Como disciplina surgiu no século XIX, sendo este o período do Brasil Império, 
onde existiam leis que incluíam a ginástica na grade de ensino dos estudantes. Po-
rém, apenas na década de 1990, que a atividade física obteve status mais amplo na 
sociedade até se tornar a Educação Física que conhecemos. 
Atualmente existem várias perspectivas curriculares na Disciplina de Educação 
Física que convivem simultaneamente nas escolas: as propostas voltadas para saú-
de, a desenvolvimentista, a psicomotora e a cultural. 
Ao decorrer dos estudos analisaremos fatos mar-
cantes e tendências que nortearam o ensino da Educação 
Física Escolar. Convido você a leitura do material, refletin-
do e acompanhando as atividades aqui propostas. 
Indicamos para esse momento inicial o livro Prá-
ticas Pedagógicas em Educação Física: espaço, tempo e 
corporeidade. Na obra aborda as discussões teóricas que 
podem ser convertidas em práticas pedagógicas consis-
tentes. 
Bons estudos!
tiTROCANDO IDEIAS COM OS AUTORES A intenção é que seja feita a leitura de obras indicadas pelo professor-autor numa perspectiva de dialogar com os autores de relevo nacional e/ou mundial. 
Teorias Pedagógicas da Educação Física 17
Caríssimo estudante!
Agora é o momento em que você vai trocar ideias com os autores 
das obras indicadas.
Sugerimos a leitura da obra História da Educação Física 
e do Esporte no Brasil: panoramas e perspectivas. Essa 
obra aborda a importância do estudo da história da Edu-
cação Física e do esporte para os estudantes e professores, 
apresentando um panorama, de perspectivas e propostas 
a respeito do assunto.
MELO, Victor Andrade de. História da Educação Física e do Esporte no 
Brasil: panorama e perspectivas. 4ª ed. São Paulo: Ibrasa, 1999. 
Propomos, também, que você leia o livro Metodologias 
do Ensino de Educação Física. Na obra você irá encontrar 
os elementos básicos para a elaboração de uma teoria pe-
dagógica e para composição de um programa específico 
para disciplina de Educação Física. 
CASTELLANI FILHO, Lino et al. Metodologia do ensino de educação 
física. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2012.
GUIA DE ESTUDO
Após a leitura das obras, trace um paralelo entre o pensamento dos 
autores, realizando um texto dissertativo argumentativo. Disponibilize 
na sala virtual e interagindo com os demais colegas.
PLPROBLEMATIZANDOÉ apresentada uma situação problema onde será feito um texto expondo uma solução para um problema abordado, articulando a teoria e a prática profissional.
Teorias Pedagógicas da Educação Física 19
GUIA DE ESTUDO
Após analisar as obras sugeridas e as Leis referenciadas, descreva seu 
pensamento crítico em forma de texto, disponibilizando na Sala Virtual e 
interagindo por meio de discussões no fórum com os demais colegas.
Atualmente a Educação Física está presente no ambiente escolar, contemplada 
no currículo das instituições de ensino. Nas aulas observa-se uma metodologia di-
ferenciada que trabalha atividades lúdicas, ação e movimento, e ao mesmo tempo 
teorias que estruturam o ensino da Educação Física na prática. De acordo com a 
leitura dos livros sugeridos no trocando ideias com autores, observamos o quanto à 
Educação Física evoluiu em seu contexto histórico, político e social, e como é impor-
tante na formação dos estudantes dos cursos de Educação Física e dos profissionais 
da área. 
Percebemos, através das leituras, as diferentes metodologias aplicadas no en-
sino da Educação Física e as fases que embasaram as tendências adotadas no pro-
cesso de ensino. Todo esse processo está ligado as Leis que estruturam a inserção 
da Educação Física no Cenário Educacional. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96, em seu parágrafo 3º 
do artigo 26 estabelece que “A educação física, integrada à proposta pedagógica da 
escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e 
às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos” (BRASIL, 
1996). Portanto, ligada a proposta pedagógica da escola, sendo oferecida no horário 
de funcionamento da instituição, junto com as demais disciplinas ofertadas. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e para o En-
sino Médio referentes a Educação Física, apresentam proposta que ajudam na for-
mação de um estudante participativo, reflexivo, autônomo e conhecedor de seus 
direitos e deveres. 
Agora, vamos analisar a LDB 9394/96 e os Parâmetros Curriculares Nacionais 
para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio referentes a Educação Física, 
repensando o papel da Educação Física e o seu papel como estudante e futuro pro-
fissional de Educação Física no atual cenário. 
Lembramos que as leituras anteriores são fundamentais para análise do pro-
cesso evolutivo da Educação Física, o qual se estrutura por base das leis apresenta-
das. 
ApAPRENDENDO A PENSARO estudante deverá analisar o tema da disciplina em estudo a partir das ideias organizadas pelo professor-autor do material didático.
Teorias Pedagógicas da Educação Física 21
1
CENÁRIO EDUCACIONAL 
DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
CONHECIMENTO
Conhecer o contexto sócio político educacional do Brasil preparando 
o estudante para entendimento das abordagens pedagógicas da 
Educação Física na escola.
HABILIDADES
Reconhecer práticas educacionais da cultura corporal do movimento.
ATITUDES
Ter uma atitude de aplicar na prática a consciência do corpo e 
movimento.
Teorias Pedagógicas da Educação Física 23
Correntes Pedagógicas na Educação Física
O pensamento moderno, que tem suas bases em um saber científico com ca-
racterísticas de neutralidade, objetividade, racionalidade e fragmentação, tem se 
constituído como padrão nos cursos de formação inicial das universidades. Como 
aponta Anastasiou (2007), esta visão moderna de ciência, no que tange a organiza-
ção curricular, que coloca cada disciplina com o fim em si mesma, sendo a neutra-
lidade apregoada por um aspecto positivo, garantindo a objetividade do conheci-
mento. 
As especificidades do saber científico, pautadas na neutralidade e objetividade 
do conhecimento, frequentemente, se lançamno cenário acadêmico como deter-
minantes, por vezes tornam-se o único saber legítimo. A sociedade contemporânea, 
por sua vez, goza de grande prestígio, considerando que “diante de vários modos de 
conceber o mundo, a ciência triunfou, no sentido de adquirir legitimidade a ponto 
de determinar as regras do jogo do saber” (VELOZO 2007, p. 2).
Na busca de melhor compreender as bases de construção do saber científico, 
vamos analisar os pressupostos da teoria de Francis Bacon e René Descartes de 
modo a refletir sobre as implicações da constituição do pensamento moderno para 
a formação do professor em Educação Física.
O Saber em Descartes 
René Descartes (1596-1650), considerado um dos grandes pensadores mo-
dernos, principiou as bases filosóficas e da ciência moderna. Suas contribuições nos 
ajudaram a criar novas formas de pensar a realidade, colaborando para constituição 
de uma nova mentalidade social, a qual se repercutiu em diferentes cenários da so-
ciedade, em particular na Educação. 
Para Descartes, o saber não é algo a ser produzido, mas um conjunto de regras 
a serem seguidas, é produto da razão. O saber, é um conhecimento que precisa ser 
descoberto, pois o mesmo existe na natureza. 
Teorias Pedagógicas da Educação Física24
“[...] não parece que aprendo algo de novo, mas antes, que me recordo de 
algo que já sabia anteriormente, isto é, que percebo coisas que estavam 
já no meu espírito, embora eu ainda não tivesse voltado meu pensamento 
para elas”. (DESCARTES, 1983, p. 123). 
Na visão cartesiana, cabe à ciência encontrar o conhecimento verdadeiro, sendo 
necessário constituir um método que fosse introduzido pela razão. Descartes instituiu 
a dúvida como método, proclamando a autonomia do espírito, dando início a uma 
nova mentalidade social que busca a verdade do conhecimento por meio da razão.
O empreendimento filosófico cartesiano consiste na pesquisa da verdade, em ja-
mais acreditar em nada que não tivesse fundamento para provar a verdade em busca 
da certeza do conhecimento. Sendo o saber resultado do constante processo pensan-
te, em que duvido do que antes tinha como verdade, pois ao duvidar eu “penso, logo 
existo”. (DESCARTES, 1983, p.119). 
[...] primeiramente, recordarei em minha memória que até aqui considerei 
como verdadeiras, tendo-as recebido pelos sentidos, e sobre que funda-
mentos estavam apoiada as minhas crenças. E logo em seguida examinarei 
as razões que me obrigaram em seguida a colocá-la em dúvida. E, enfim 
considerei o que devo a respeito delas agora acreditar (DESCARTES, 1983, 
p. 131).
Descartes decidiu por não confiar em nada que já tivesse de alguma maneira 
o enganado. O que coloca o erro como consequência das imperfeições do espírito, 
guiado pela vontade, enquanto o conhecimento verdadeiro se firma no intelecto e na 
razão. Como indaga o referido autor;
[...] Donde nascem, pois, meus erros? A saber, somente de que, sendo a von-
tade muito mais ampla e extensa que o entendimento, eu não a contenho 
nos mesmos limites, mas estendo-a também às coisas que não entendo, das 
quais, sendo a vontade por si indiferente, ela se perde muito facilmente e 
escolhe o mal pelo bem ou o falso pelo verdadeiro. O que faz com que eu 
me engane e peque. (DESCARTES, págs. 118-119, 1983). 
Teorias Pedagógicas da Educação Física 25
O saber do homem está sujeito ao erro, sendo necessário um esforço intelec-
tual por meio da razão para se chegar a um conhecimento científico “[...] a vida do 
homem está sujeita a falhar muito frequentemente nas coisas particulares; e enfim, 
é preciso reconhecer a imperfeição e a fraqueza de nossa natureza” (DESCARTES, 1983, 
p. 142).
Os sentidos, para Descartes, conduzem ao erro, impedem de ver a verdade do 
conhecimento, sendo necessário partir da objetividade, da razão, do intelecto para 
desvendar novos conhecimentos. 
O saber a partir do pensamento cartesiano, acaba por ignorar o conhecimento 
do senso comum buscando a verdade no intelecto, na razão, sendo tarefa da huma-
nidade desvelá-lo e aplicá-lo. 
No que se refere ao entendimento do corpo, Descartes estabelece uma divisão 
entre o corpo e a mente por ser uma substância que não pensa e age por instinto, 
enquanto a mente nos conduz a razão, já que é uma substância pensante. Em suas 
palavras:
[...] verifico que o pensamento é um atributo que me pertence; só ele não 
pode ser separado de mim. [...] se eu deixasse de pensar deixaria ao mes-
mo tempo de ser ou de existir. [...] eu não sou essa reunião de membros 
que se chama o corpo humano (DESCARTES, 1983, págs. 93-94,).
A fragmentação entre mente e copo é uma questão necessária para Descartes, 
o mesmo acredita ser a única maneira de se chegar ao conhecimento, já que apenas 
a razão nos levará a verdade. Logo, “[...] creio que o corpo, a figura, a extensão, o 
movimento e o lugar são apenas ficções de meu espírito” (DESCARTES, 1983, p. 91), ou 
seja, para Descartes o pensamento é um atributo do homem e não pode ser sepa-
rado. 
Como aponta Chauí (2000), para Descartes o conhecimento verdadeiro é pu-
ramente intelectual, parte das ideias inatas e controla as investigações filosóficas, 
científicas e técnicas, sendo o saber científico algo inquestionável.
Teorias Pedagógicas da Educação Física26
O Saber em Francis Bacon
Na compreensão de Bacon, as antecipações não conseguem aproximar da 
ciência, da natureza porque conduz ao erro, constatando que “[...] não se lograria 
grande progresso nas ciências, através das antecipações, porque os erros radicais 
perpetrados na mente na primeira disposição, não se curariam nem pela excelência 
das operações nem pelos remédios subsequentes” (BACON, 1999, p. 38). 
Francis Bacon, apresenta o método experimental, conhecido como método da 
indução para alcançar os fatos pela experiência. Pensamento de Bacon foi importan-
te para o surgimento da ciência moderna. O filósofo procurou afastar-se dos saberes 
subjetivos dos sofistas e dos religiosos ao defender a construção do conhecimento 
pautado na experiência de caminhos metodológicos. 
Segundo Carvalho (2010), Bacon adquiriu a mentalidade das ciências moder-
nas que têm no saber científico o instrumento de controle e dominação. Por meio 
do entendimento estava disposto a vencer a superstição e dominar a natureza para 
que o conhecimento se torne senhor das coisas. 
Pensamento Moderno na Educação Física
O conhecimento adotado pela corrente do pensamento moderno é parte do 
processo cognitivo e reflexo da ação mecânica do objeto sobre o sujeito. O indiví-
duo aparece como isolado da sociedade e alheio a sua ação, regido por leis naturais. 
Esta forma de pensar a natureza, a sociedade e as relações dos homens gerou um 
saber pautado na ciência na qual subordina as questões sociais aos fenômenos na-
turais (SOARES, 2007).
Para Velozo (2007), o saber científico é profundo, mas ao mesmo tempo é frag-
mentado, pois nas universidades, faculdades e escolas acaba por recortar a realida-
de, o que tende a modelar os fenômenos de acordo com as teorias de cada discipli-
na, não estabelecendo relações com os diferentes saberes. Como resultado, o saber 
se fragmenta em questões teóricas e práticas e se repercute na atuação profissional, 
que não consegue sintetizar os conhecimentos para serem postos na prática social. 
É válido ressaltar que o saber da experiência, entre os diferentes saberes 
Teorias Pedagógicas da Educação Física 27
da formação docente, são aqueles de menor prestígio acadêmico. Como aponta 
Pimenta (2000), houve época do predomínio dos saberes pedagógicos baseados 
na ciência psicológica, outras vezes nas técnicas de ensinar e em outras épocas 
assumiram o poder os saberes científicos, mas o saber da experiência foi o que me-
nos se destacou na história da formação dos professores. 
Na concepção moderna de conhecimento,é possível compreender a fragmen-
tação dos saberes e o desprestígio da experiência na formação docente. As bases 
filosóficas da modernidade são sustentadas em um pensamento positivista de ciên-
cia no qual busca pela objetividade a construção do conhecimento de modo a ser 
aplicável em diferentes realidades. 
O grande desafio dos cursos de licenciatura tem sido a transmissão de con-
teúdos que exercitam a capacidade de transformar ideias em ações. No processo da 
docência nos cursos de formação inicial que se comprometem com a formação para 
o magistério, precisam articular a pesquisa com fundamentação científica e peda-
gógica, de modo que possibilite a discussão, a reflexão e a produção de saberes e 
valores, que orientam o professor em sua prática pedagógica.
Portanto, “da mesma forma que é preciso a apropriação dos saberes científicos 
para o crescente domínio quanto em cada área, é necessário a apropriação contínua 
dos saberes pedagógicos para exercício competente da docência” (ANASTASIOU, 
2007, p. 25). 
As licenciaturas convivem com situações formativas de conflito entre os co-
nhecimentos específicos e os pedagógicos. Por vezes, os professores formadores 
sentem dificuldades de estabelecer relações pedagógicas com os estudantes, im-
possibilitando o estudante de ser o agente de seu próprio conhecimento. Historica-
mente a formação do professor de Educação Física se afasta das questões pedagó-
gicas, necessárias para ensino.
[...] a formação de professores de educação física era baseada na formação 
teórica dos aspectos técnicos e empíricos da razão instrumental. Essa for-
mação deficitária afastava estes professores das reais discussões sobre a 
educação física escolar e seu respaldo social. Esta formação que enfatiza o 
modo empírico de ver o mundo (objetivo) prioriza o entendimento do mo-
vimento como sendo apenas descritivo e repetitivo baseado na presença 
de um padrão para comparação (KUNZ, 2007, págs. 24-25).
Neste contexto, surgem novas maneiras de pensar o corpo, o movi-
mento humano. Aponta o referido teórico que a concepção científica do 
mundo mostra que a importância do movimento humano é obedecer a 
uma ordem externa, baseada em leis, com intenção de desempenho, o que 
denota uma visão parcial do entendimento sobre o movimento corporal. 
Como analisa Soares (2007), a ginástica, enquanto primeira sistematização 
das atividades corporais na sociedade moderna, tratou o corpo como obje-
to da ciência que prevalecia uma concepção anatomofisiológica.
Segundo Soares (2005), é possível afirmar que os métodos de ginás-
tica europeus transparecem os ideais de sociedade moderna, abordando a 
ginástica como produto acabado e comprovadamente científico. Paradoxal-
mente, as atividades circenses, que por vezes contribuíram para construção 
dos métodos, passam a ser negadas pelo fato de as mesmas se distanciarem 
do utilitarismo e da fixidez apregoada para as práticas corporais.
Nesse cenário de sistematização científica das atividades corporais, 
surge uma nova forma de controle do gesto, o esporte moderno. Como 
salienta Kunz (1991), o esporte reduziu a complexidade do movimento hu-
mano, determinando locais específicos por modalidades, destrezas e habili-
dades motoras, dando um novo significado ao movimento que se afasta do 
ser humano para se aproximar dos objetivos técnicos e dominantes daque-
les que possuem certo poder. 
Esse modo empírico de tratar o conhecimento da Educação Física vem 
acarretando em uma formação de professores pautada na técnica, no ren-
dimento, na padronização das manifestações corporais, em pesquisas que 
se afastam da realidade escolar e das questões pedagógicas próprias da 
Educação Física. Como afirma Bracht (2007, p. 87), “a ciência entra como 
coadjuvante/auxiliar para concretização de uma das características centrais 
do esporte moderno: a maximização do rendimento”.
É perceptível a influência do pensamento moderno na Educação 
Física, o que repercute no modo como conhecimento da área é pesquisado, 
analisado e posto em prática na formação dos professores. Como corrobora 
por Kunz (2007, p. 29), “[...] essas questões problemáticas que se enfrentam 
hoje na Educação Física, são resultados históricos e epistemológicos do 
pensamento moderno e a racionalidade que foi desenvolvida a partir 
dela”. Nota-se necessário o envolvimento de diferentes gerações para 
conseguirmos de fato provocar uma mudança de paradigmas na sociedade.
Anatomofisiológica 
Anatomia 
estuda a forma e a 
estrutura dos seres 
vivos.
 Fisiologia estuda o 
funcionamento.
Teorias Pedagógicas da Educação Física28
Teorias Pedagógicas da Educação Física 29
Observamos os ideais de ciência provenientes de pensadores como René Des-
cartes e Francis Bacon, que têm na objetividade e neutralidade o aporte para cons-
trução do pensamento científico moderno predominante na formação acadêmica 
dos estudantes universitários. Em particular a formação do professor de Educação 
Física foi analisada de modo a evidenciar os impactos desse pensamento no modo 
de conceber uma área específica de atuação profissional. 
Formação do profissional da Educação Física 
No período da Primeira República, compreendido entre 1889, até a Revolução 
de 1930, foi onde, começou a profissionalização da Educação Física. Na prática, 
conforme observa Brun (2002, p.32), a efetiva implantação da Educação Física ficou 
restrita, até os primeiros anos da década de 30, às escolas do Rio de Janeiro e às 
escolas militares. 
Na década de 1920, diversos estados realizaram reformas de seus sistemas de 
ensino, precursoras das reformas nacionais que se realizaram a partir de 1930. Essa 
fase caracterizou-se, conforme descrito por Ghiraldelli (2004, p.28), pelo “entusias-
mo pela educação” ou a crença de que através da educação escolar, seria possível 
incorporar grandes camadas da população no desenvolvimento socioeconômico, e 
pelo “otimismo pedagógico”, isto é, a crença de que determinadas doutrinas educa-
cionais indicariam o caminho para formação do homem brasileiro. 
O modelo que estava sendo assimilado era o da chamada “Escola Nova”, já 
difundida em muitos outros países. A legislação, ao tratar de Educação Física, mais 
ou menos entre 1850 e 1920, tratava basicamente da obrigatoriedade, de sua im-
plantação no contexto escolar nacional. 
Nos anos 1920, conforme observado por Brun (2002), em seus estudos, há um 
impulso com as discussões sobre os cursos de formação de profissionais especiali-
zados na área, e, em 1929, passa a funcionar o curso provisório de formação, ligado 
ao Centro Militar de Educação Física. 
A partir dos anos 1930, segundo Ghiraldelli (2004), uma prática governamental 
mais ampla destinada à Educação Física foi sendo crescentemente implantada. A 
ideia de que, a melhoria e o aperfeiçoamento do homem poderiam ser alcançados 
através da prática sistemática orientada da atividade física, foi um dos princípios 
 Eugênico
Que visa ao 
melhoramento 
do indivíduo.
fundadores da Educação Física no Brasil. 
Conforme, descrito por Ghiraldelli (2004, p.36), ora vista como prática 
educativa, ora como técnica, ou ainda colaboradora das demais disciplinas, 
a Educação Física teve ressaltado seu papel pelo valor médico e eugênico 
atribuído pelos legisladores. Num processo de preparação do corpo do ho-
mem brasileiro, a ênfase na prática da Educação Física, tinha não só uma 
razão de saúde, mas também uma razão econômica, no sentido de aptidão 
para o trabalho. Já às propostas pedagógicas da Escola Nova, incluíam im-
portante participação da Educação Física, que foi mais bem explicitada na 
Reforma do ensino primário do Distrito Federal, (GHIRALDELLI, 2004) reali-
zada por Fernando de Azevedo. 
A Escola Nova teria por fim, proporcionar uma educação integral, di-
rigindo adequadamente o desenvolvimento do ser humano nas suas váriasfases do crescimento e a função educadora deveria ser considerada como 
um processo unitário. 
A fase higiênica da Educação Física, constituiu-se em um dos elemen-
tos essenciais da Escola Nova. Segundo Ghiraldelli (2004, p.36), “previa um 
conjunto de medidas, como a inspeção médica e dentária, educação física 
“em bases científicas”, preparação do meio favorável à educação higiênica e 
assistência alimentar às crianças desamparadas.” A preocupação com a saú-
de e a higiene dos escolares levou a uma concepção biológica da Educação 
Física, tendo finalidade fisiológica.
Para Ghiraldelli (2004), a Escola Nova, se preocupou com a formação 
dos professores de Educação Física, no contexto geral da formação do pro-
fessorado para ensino secundário. Neste primeiro período que se deu a 
implantação da Educação Física no Sistema Escolar Brasileiro de 1º e 2º 
graus, sob o patrocínio do Estado, e com o apoio dos educadores, tanto os 
progressistas como os conservadores do Sistema Militar. 
Na década de 60, conforme descrito por Azevedo e Shigunov (2000), 
com a introdução do Método Desportivo Generalizado, começou uma con-
fusão entre os termos Educação Física e o esporte. 
Já na década de 1970, o regime militar investiu na Educação Física, 
principalmente com o objetivo de formar um exército composto por jovens 
sadios e fortes.
Teorias Pedagógicas da Educação Física30
Teorias Pedagógicas da Educação Física 31
Na década de 90 os discursos pedagógicos são vinculados as questões mé-
dico-higienistas. Nas aulas de Educação Física o foco era dado aos conteúdos de 
anatomia e fisiologia.
Surgiram novas ideias sobre o papel da Educação Física. O esporte e a ginásti-
ca, identificados como “alienados”, perdem força, enfatizando a disciplina às ideias 
de democracia e direitos humanos. A mais recente Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
cação Nacional propõe que a disciplina de Educação Física faça parte da proposta 
político-pedagógica da escola.
Várias perspectivas curriculares convivem simultaneamente nas escolas: uma 
voltada à saúde, outra desenvolvimentista, psicomotora e cultural, atualmente ten-
do maior alcance pelos profissionais da Educação Física. 
As Fases da Educação Física no Brasil
Fase Higienista
Intrínseca nos interesses políticos, esta tendência colabora com a higienização 
populacional. Conforme Dario (1999), tem em suas manifestações a obtenção de 
hábitos de higiene e saúde, valorizando o desenvolvimento do físico e da moral, a 
partir dos exercícios físicos. Tendo em seu discurso os trabalhadores, à aquisição de 
hábitos saudáveis e consequentemente um corpo saudável.
Oliveira (2006), cita que esta tendência foi reconhecida nas escolas europeias, 
no fim do século XIX, essa implantação se deu devido à preocupação com a saúde 
e sua relação entre os benefícios dos exercícios físicos. 
Fase Militarista
A fase denominada militarista muito se assemelha com a pedagogia tradicio-
nal, considera-se a ligação referente à rigidez. Soares (1992), ressalta que “o auge da 
militarização da escola corresponde à execução do projeto de sociedade idealizado 
pela ditadura do estado novo”. (SOARES et al, 1992, p.53).
Identifica-se um marco na história, momento onde a prática de exercícios físi-
Teorias Pedagógicas da Educação Física32
cos baseou-se em instituições militares, assumindo valores próprios dessas institui-
ções, que foram historicamente construídos, aplicando a prática de exercícios físicos 
a Educação Física, sem grandes reflexões, deixando marcas que até hoje podem ser 
reconhecidas na prática de muitos professores. 
Oliveira (2006), afirma que no militarismo ‘o professor’ deixa de atender às 
necessidades do homem total. A ginástica passa a ser vista como uma atividade pu-
nitiva, e uma boa aula é aquela que esgota o estudante. Entretanto, os responsáveis 
pelos exercícios físicos não eram professores de Educação Física, mas qualquer um 
que já tivesse praticado exercícios físicos. 
Soares (1992), afirma que “neste período, a Educação Física escolar era en-
tendida como atividade exclusivamente prática, fato este que contribuiu para não 
diferenciá-la da instrução física militar” (SOARES et al, 1992, p.53). 
Fase Pedagogicista
A fase pedagogicista, tem como características o ensino público e a preocupa-
ção com um modelo educativo visto com excelência, onde o estudante é o centro 
das atenções. Aguiar (2005), afirma que no Brasil ela surge por volta de 1950-1960 
e tem como principal orientação a formação do professor. Nessa fase, a Educação 
Física é vista como algo útil socialmente, devendo ser respeitada acima das lutas 
políticas dos interesses diversos dos grupos e classes. 
Fase Tecnicista
Nessa fase houve a valorização dos aspectos técnicos, relacionados ao mo-
mento histórico, que eram das linhas de produção industrial. Para tanto, utilizou-se 
dos talentos técnicos desportivos em favor de interesses políticos, entre eles o golpe 
militar. Segundo Bracht (1999), como os princípios eram os mesmos e o núcleo cen-
tral era a intervenção no corpo (máquina), com vistas ao seu melhor funcionamento 
orgânico (para o desempenho atlético-esportivo ou desempenho produtivo). 
Nesse contexto a esportivização é utilizada como marketing, a fim de desvir-
tuar ações contrárias ao sistema educativo. Segundo Paixão (2008), outra, importan-
te característica é o uso do esporte como ferramenta de promoção da ideologia do 
regime estatal.
Teorias Pedagógicas da Educação Física 33
Fase Popular
Esta fase está vinculada com a classe operária, desvinculada da prática da elite, 
passando a pregar uma prática de atividade física voltada para interesse dos traba-
lhadores com a cooperação e as práticas lúdicas. 
Ghiraldelli Jr. apud Paixão (2008), afirma que a Educação Física Popular e a 
atividade física praticada pelo povo, são diferentes, a primeira se caracteriza como 
uma concepção de Educação Física que surge da prática social dos trabalhadores e 
a segunda pela reivindicação de um profissional de Educação Física para as escolas.
Teorias Pedagógicas da Educação Física 35
2
TEORIAS METODOLÓGICAS 
DA EDUCAÇÃO FÍSICA
CONHECIMENTO
Conhecer teorias metodológicas da Educação Física e suas orientações 
conceituais na prática escolar. 
HABILIDADES
 Identificar as concepções e perspectivas pedagógicas que orientam o 
processo de ensino em Educação Física.
ATITUDES
Saber utilizar as diferentes abordagens pedagógicas em Educação Física 
Escolar no contexto pedagógico.
Teorias Pedagógicas da Educação Física 37
Enfoques teóricos da Educação Física
A Educação Física brasileira sempre esteve atrelada as teorias, em especial a 
dos métodos ginásticos, como também a medicina higienista que vem influencian-
do na formação do profissional da Educação Física, por meio do discurso e da prá-
tica dos seus médicos. 
Diante da perceptibilidade das correntes epistemológicas do conhecimento 
científico, diversas abordagens foram elaboradas e instituídas na Educação Física 
ao longo do seu processo histórico brasileiro. As abordagens de ensino nascidas 
no Brasil, a partir dos anos 1980, continuam refletindo, social e politicamente, a 
multiplicidade de acordos em consideração sobre quais “necessitam ser” as funções 
sociais e quais os alicerces metodológicos do ensino da Educação Física. 
Tendências Pedagógicas na Prática Escolar 
As tendências pedagógicas são divididas em duas linhas que norteiam a práti-
ca educacional: Tendência Liberal e Tendência Progressista. 
Tendência Liberal 
A Tendência Liberal tem como principal ideia que a escola tem por função pre-
parar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, e cada indivíduo precisa 
aprender a se adaptar aos valores e normas vigentes na sociedade. Está dividida em: 
Tradicional: o estudante é educado para atingir suas metas peloseu próprio 
esforço, cada um tem que lutar pelo que quer; lutar para superar as dificuldades. 
Não há relação entre o estudante e professor, os conteúdos preparam os educandos 
para vida, mostrando a verdade social. O professor não interage com os estudantes, 
não há tempo para dinâmicas, para brincadeiras. Tudo o que importa é o aprender, 
o conhecimento absoluto.
Renovada: essa tendência, ainda vêm sendo aplicada nas escolas, por que 
se torna um pouco difícil dos professores de forma tão rápida mudar toda a sua 
metodologia. Procura fazer um ensino ativo onde, o estudante tenha experiências 
Teorias Pedagógicas da Educação Física38
sobre as atividades. O educando tem aulas dinâmicas, onde o professor ensina-o a 
trabalhar em grupo, educa-o da forma que para ele possa ser mais fácil de aprender. 
A ideia é de fazer os discentes aprenderem praticando.
 Tecnicista: ligada à profissionalização técnica do indivíduo, o conteúdo da 
realidade não era o essencial, mas a preparação para o mercado de trabalho. A es-
cola utilizava manuais, apostilas e livros com conteúdo técnico. Nessa tendência o 
professor é um transmissor de conteúdo. 
Tendência Pedagógica Progressista 
Mostra as finalidades sociopolíticas da educação, sustentada a partir de uma 
análise crítica da realidade social. Está interligada ao meio social, não tem como 
institucionalizar-se ao capitalismo, no qual é um instrumento de busca constante 
dos professores e outras práticas sociais em busca de um bem maior, a educação. A 
tendência pedagógica progressista se manifesta em três: 
• Libertadora: sua marca vem de uma atuação ‘’não-formal’’, onde professores 
e estudantes entram em uma mediatização pela realidade, extraem o conteúdo de 
aprendizagem, conscientizando-se dessa realidade, para nela atuarem, participando 
de uma transformação social. O modo de ensino é aplicado a partir de uma igual-
dade entre educador e educando, ou seja, o diálogo entre professor e estudante 
faz com que ambos possam adquirir conhecimento e obter novas experiências de 
aprendizagem, no qual é feita em torno da prática social. 
• Libertária: a tendência progressista libertária relaciona que os trabalhos em 
grupo façam com que os estudantes possam interagir uns com os outros, buscando 
o conhecimento que é gerado a partir de experiências vividas. Espera-se que a es-
cola exerça uma transformação na personalidade do estudante. A escola transmite 
o conhecimento a ele, objetivando que o mesmo possa levar tudo o que aprendeu 
para sociedade. Põem nas mãos dos educandos os conteúdos mais não são cobra-
dos. 
• Crítico Social dos Conteúdos: consiste na preparação do estudante para o 
mundo adulto e suas contradições. Os conteúdos não bastam que sejam apenas 
ensinados, têm que se ligar a sua significação humana e social, que os mesmos 
sejam o auxílio ao seu esforço de compreensão da realidade. Confronto de ideias, 
experiências vividas do estudante.
Teorias Pedagógicas da Educação Física 39
Abordagens na Educação Física Escolar
A Educação Física passou por transformações ao longo dos anos. A sua inclu-
são nas escolas brasileiras se deu através da Reforma Couto Ferraz, em 1851, a qual 
aborda as condições para ensino da Educação Física. Em 1882, através de reforma 
realizada por Rui Barbosa, houve uma recomendação que a ginástica constituísse 
obrigatória para ambos os sexos, e oferecida para Escolas Normais. Somente a partir 
de 1920, os Estados Brasileiros incluíram a Educação Física na escola. 
Abordagem Higienista
A abordagem higienista é baseada na fase higienista da Educação Física, ten-
do como principal característica a preocupação com a saúde de seus praticantes, 
pregando a prática de exercícios físicos associados aos bons hábitos de higiene e 
saúde.
Soares (1992), afirma que a burguesia, estava interessada em um trabalhador 
com um físico bem cuidado. Para alcançar este objetivo, a abordagem tinha em seu 
discurso os cuidados com a higiene e com a saúde, orientando a tomar banho, esco-
var os dentes e lavar as mãos. Tal relação com a saúde, fez com que esta tendência 
se aproximasse da medicina. Oliveira (2006) questiona:
Será o professor de Educação Física uma espécie de 
médico, ou um auxiliar deste?
Abordagem Militarista
A abordagem militarista buscava tornar seus praticantes homens fortes que 
pudessem defender a pátria. Essa abordagem possui uma estreita relação com uma 
educação tradicional. 
Sua principal característica é a disciplina imposta pelo professor, além da situa-
ção de submissão dos estudantes, onde não existe espaço para a troca de conheci-
mentos, o estudante deve absorver o que o professor apresenta, sem questionar. Ele 
deve assumir uma posição de respeito às ordens de seus superiores, assim, como os 
Teorias Pedagógicas da Educação Física40
militares respeitam a hierarquia do exército, os estudantes devem respeitar a hierar-
quia da escola. Onde o professor é seu superior. Soares (1992), complementa que 
“constrói-se nesse sentido, um projeto de homem disciplinado, obediente, submis-
so, profundo respeitador da hierarquia social”. (SOARES et al 1992, p.53)
Abordagem Competitivista
Esta abordagem possui elementos essenciais da fase tecnicista da Educação 
Física no Brasil. Privilegiando o esporte em detrimento dos demais conteúdos clás-
sicos, destacando um quadro comum em Educação Física escolar, que são os jogos 
de competição que culminam numa pedagogia que se apresenta e tem como carac-
terística o modelo esportivista de educação.
Entende-se que exaltar a competição esportiva é promover o esporte elitista, 
onde os mais habilidosos possuem papel de destaque e os demais permanecem a 
margem como ressalta Taffarel (1985) ao comentar sobre “os menos capazes seriam 
relegados a um segundo plano, como se não lhes fosse dado o direito de valerem-
-se dos benefícios da Educação Física”. (TAFFAREL, 1985, p.12). Duas características 
são predominantes nesta abordagem, o caráter seletivo e fator de exclusão. 
Abordagem da Psicomotricidade
É caracterizada pelo surgimento da preocupação com o desenvolvimento da 
criança e com sua aprendizagem psicomotora. Aprendizagem não está reduzida 
a gestos técnicos, mas vista de forma ampla onde, devem ser consideradas as 
qualidades psicomotoras como a lateralidade, o equilíbrio, a coordenação espaço-
temporal, o esquema corporal, entre outros. 
A Abordagem Psicomotricista segundo Freitas (2008), utiliza-se da atividade 
lúdica como impulsionadora dos processos de desenvolvimento e aprendizagem. 
Focaliza-se na criança pré-escolar, destacando sua pré-história como fator de ado-
ção de estratégias pedagógicas e de planejamento. Busca analisar e interpretar o 
jogo infantil e seus significados. 
Essa abordagem utiliza-se da atividade lúdica, ação e movimento, como im-
pulsionadora dos processos de desenvolvimento da aprendizagem. Trata das apren-
dizagens significativas, espontâneas e exploratórias da criança e de suas relações 
interpessoais. 
Teorias Pedagógicas da Educação Física 41
 Abordagem Desenvolvimentista
Tem como preocupação o desenvolvimento infantil marcado por fases, onde 
o professor deverá privilegiar as fases da criança em seu desenvolvimento motor, 
respeitando as transformações afetivas e sociais. Os conteúdos são as habilidades 
básicas e específicas, jogos, esportes e dança, centrada na adaptação aos valores 
presentes na sociedade. 
 Abordagem Construtivista-Interacionista
Esta abordagem tem como principal característica a importância que se dá 
às interações da criança com o mundo. Através desse processo interativo a criança 
deverá desenvolver seu conhecimento, anteriormente adquirido, na resolução de 
problemas e na construção de um novo conhecimento.
A abordagem construtivista-interacionista é reconhecida no Brasil através dos 
trabalhos de João Batista Freire, ebaseada nas ideias de Jean Piaget (1999), que 
sobre o construtivismo acrescenta que o principal objetivo da educação é criar in-
divíduos capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras 
gerações fizeram. 
Uma forte crítica a essa abordagem seria a falta de especificidade em relação 
aos conteúdos próprios da Educação Física, onde a professora Darido afirma: o que 
não fica esclarecido na discussão desta questão é qual conhecimento que se deseja 
construir através da prática em Educação Física Escolar. Se for o mesmo buscado 
pelas outras disciplinas, tornaria a área um instrumento de auxílio ou de apoio para 
aprendizagem de outros conteúdos. (DARIDO, 1999, p.7).
Na metodologia adotada a construção do conhecimento surge a partir da in-
teração do sujeito com o mundo, respeitar o universo cultural do estudante, ex-
plorando as diversas possibilidades educativas de atividades lúdicas espontâneas, 
propondo tarefas mais complexas e desafiadoras com vistas a construção do co-
nhecimento, valorizando as experiências e os saberes. A proposta construtivista é 
trabalhar os métodos diretivos alicerçados na prática da Educação Física. 
O jogo na abordagem construtivista-interacionista é privilegiado como sendo 
‘um instrumento pedagógico. Enquanto a criança brinca, ela aprende, e que esse 
momento ocorra em um ambiente lúdico e prazeroso. 
Filogenia:
história das 
relações de pa-
rentesco entre as 
espécies. 
http://www.diciona-
rioinformal.com.br/
Ontogenético:
Origem e desen-
volvimento de 
um organismo 
desde o embrião. 
A personalidade 
é formada pela 
interação entre 
filogenia (ca-
racterísticas da 
espécie), ontoge-
nia (histórico de 
desenvolvimento 
e aprendizagem) 
e contexto socio-
cultural.
www.dicionarioinfor-
mal.com.br
João Batista Freire (1992, p. 13), enfatiza que todas as situações de 
ensino sejam interessantes para a criança, e que “corpo e mente devem ser 
entendidos como componentes que integram um único organismo, ambos 
devem ter assento na escola, não (a mente) para aprender e o outro (o cor-
po) para transportar, mas ambos para se emancipar”. 
Abordagem dos Jogos Cooperativos
Sugere as práticas da Educação Física Escolar numa perspectiva de 
cooperação. Brotto (s/d), apud Darido (1999), deixa claro que o espírito de 
competição dentro de uma sociedade é condicionado pela estrutura social, 
onde essa estrutura é que determinará se seus membros irão competir ou 
cooperar entre si. Esta proposta está comprometida com a transformação 
social. 
A proposta de jogos cooperativos rompe os paradigmas da competi-
tividade, sugerindo atividades que contemple a participação de todos, mar-
cada essencialmente pela sensação de vitória coletiva. 
Abordagem Cultural
Nesta abordagem o estudante deve ser reconhecido como um ser 
social, que tem sua própria história, suas interações sociais concretizadas 
filogênica e ontogenicamente. Aguiar (2005), acrescenta que movimento 
humano é o elemento próprio da Educação Física, e reveste-se de uma di-
mensão humana que extrapola os limites biológicos.
Darido (1999), afirma que se um homem fosse considerado igual ao 
outro, então a prática do professor deveria ser a mesma. Entretanto os ho-
mens diferem em sua cultura, e as práticas profissionais também devem se 
adequar a essas características.
Abordagem Humanista
Apresenta-se como uma proposta onde a Educação Física propicia aos 
estudantes a reflexão de suas práticas sobre os valores humanitários. Santos 
Teorias Pedagógicas da Educação Física42
Teorias Pedagógicas da Educação Física 43
(2003), ao tratar sobre a abordagem humanista afirma que seus objetivos educa-
cionais obedecem ao desenvolvimento psicológico do educando. Possui influências 
da pedagogia renovada, cria um ambiente nas aulas, onde as atividades contêm 
elementos que extrapolam ao caráter fisiológico, importando para mesma a refle-
xão sobre os valores humanitários como a não violência, a solidariedade, o amor 
ao próximo, características essas recorrentes na pedagogia renovada. “A avaliação 
valoriza aspectos afetivos (atitudes) com ênfase na autoavaliação” (SANTOS, 2003, 
p.82). Sendo que a mesma é caracterizada como um dos momentos relevantes para 
a aplicação desta abordagem, pela sua não-diretividade.
 Abordagem da Concepção de Aulas Abertas 
O modelo de aula aberta está fundamentada nos movimentos das crianças, na 
história de vida e na construção da biografia esportiva dos estudantes de Educação 
Física. Essa abordagem parte do próprio estudante, é a partir dele que surgem as in-
tenções pedagógicas, onde o planejamento do professor dá lugar a uma orientação 
dos desejos e interesses dos estudantes, como forma de ampliar sua inserção nas 
aulas, na sociedade e, sendo assim, no mundo. 
Azevedo e Shigunov (2000), consideram que essa nova visão possibilitaria ao 
profissional de Educação Física ter sua preparação alterada na qual lhe permitiria 
criar outros sentidos de aulas para as crianças no que se refere ao jogo, movimento, 
esporte e prática docente. 
O ponto forte dessa concepção de aula está na compreensão dos professores 
e estudantes sobre o sentido que ela tem e, ao mesmo tempo, sobre os objetivos, 
conteúdos e métodos. Hildebrandt & Laging (1986), afirmam que: as concepções 
de ensino são abertas quando os estudantes participam das decisões em relação 
aos objetivos, conteúdos e âmbitos de transmissão ou dentro desse complexo de 
decisão.
Abordagem Saúde Renovada 
A Principal característica é promover a saúde através das aulas de Educação Físi-
ca, trabalha de tal forma que os estudantes busquem adquirir um estilo de vida ativo, 
inclusive após sua vida escolar. Eles devem construir consciência da importância da 
prática de exercícios físicos. 
Teorias Pedagógicas da Educação Física44
Xavier (2005), acrescenta que esta abordagem se preocupa em criar hábitos que 
promovam a saúde, de uma forma que esse aprendizado seja usado também na idade 
adulta. 
A abordagem em aptidão física, visava a capacidade de realizar as atividades 
cotidianas com tranquilidade e menor esforço. Por muito tempo essa abordagem foi 
trabalhada nas escolas, associada à ideia de saúde. Existem duas abordagens, uma é a 
aptidão física relacionada à saúde e a outra é a relacionada à performance esportiva.
Guedes & Guedes (1993), deixa claro o caráter biologicista desta abordagem 
quando cita que aptidão física relacionada à saúde abriga aqueles aspectos da função 
fisiológica, que oferecem alguma proteção aos distúrbios orgânicos provocados por 
um estilo de vida sedentário.
 
Abordagem Crítico-Superadora
A abordagem crítico-superadora, segundo Darido (1999) possui uma reflexão 
pedagógica, e é compreendida como sendo um projeto político-pedagógico. A re-
levância desta abordagem se faz presente pelo caráter inovador e de igualdade na 
participação da elaboração das atividades.
Ghiraldelli apud DARIDO (1999), importante influenciador da abordagem crí-
tico-superadora, vai mais longe quando critica a falta de propostas pedagógicas na 
área. Porém deve-se considerar o caráter de transição desta abordagem, que propõe 
reflexões críticas, até então negadas, o que a torna suscetível a críticas, pela sua não 
sistematização, ocasionada pelo discurso de despertar para a crítica.
Essa percepção permite visualizar que qualquer consideração sobre a pedagogia 
mais apropriada deverá versar não somente sobre questões de como ensinar, mas 
também sobre a compreensão, por parte do estudante, de que a produção da huma-
nidade expressa uma determinada fase e que houve mudanças ao longo do tempo.
Abordagem Crítico-Emancipatória
Kunz (apud Azevedo 2009) afirma que a abordagem crítico-emancipatória, ca-
racteriza-se por preocupar em formar um jovem com consciência cidadã e emanci-
pado, a educação deve iralém do ensino de determinadas técnicas.
Teorias Pedagógicas da Educação Física 45
Darido (1999), afirma, que do ponto de vista das orientações didáticas, o papel 
do professor na concepção crítico-emancipatória confronta, num primeiro momen-
to, o estudante com a realidade do ensino, o que o autor denominou de transcen-
dência de limites. Concretamente a forma de ensinar pela transparência de limites 
pressupõe três fases. 
Na primeira os estudantes descobrem, pela própria experiência manipulativa, 
as formas e meios para uma participação bem-sucedida em atividades de movimen-
tos e jogos. Na segunda, os estudantes devem manifestar, pela linguagem ou re-
presentação cênica, e terceira, e último, depois que experimentaram e aprenderam 
em uma forma de exposição prática, os estudantes devem aprender a perguntar e 
questionar sobre sua aprendizagem e descobertas, com a finalidade de entender o 
significado cultural da aprendizagem.
LLEITURA OBRIGATÓRIAEste ícone apresenta uma obra indicada pela professor-autor que será indispensável para a formação profissional do estudante. e
Teorias Pedagógicas da Educação Física 47
Leitura Obrigatória
Sugerimos a leitura do livro Educação Física e Felici-
dade: lazer, inclusão social e práticas pedagógicas 
no sertão, organizado por Francisco Irapuan Ribeiro. 
Na obra, em especial, leia o capítulo 06, além, da ênfase 
apresentada a partir do capítulo 10, no qual discorrem 
sobre as abordagens pedagógicas da Educação Física, 
inclusão e discussões de temáticas contemporâneas em 
Educação Física escolar.
GUIA DE ESTUDO
Qual abordagem está diretamente vinculada a Profª. Suraya Cristino Darido? 
E quais temáticas mais recorrentes o Profº Mauro Betti tem abordado em seus 
artigos científicos na atualidade?
RsREVISANDOÉ uma síntese dos temas abordados com a intenção de possibilitar uma oportunidade para rever os pontos fundamentais da disciplina e avaliar a aprendizagem.
Teorias Pedagógicas da Educação Física 49
As teorias pedagógicas na Educação Física apresentam pontos marcantes que 
fundamentam o estudo da Educação Física no Brasil.
Na Unidade 1 estudamos as Correntes pedagógicas na Educação Física embasa-
das na teoria de Francis Bacon e René Descartes, que nos fazem refletir o pensamento 
moderno na estruturação da disciplina e do profissional da Educação Física.
Na visão de Descartes, o saber não é algo a ser produzido, mas um conjunto de 
regras a serem seguidas, é produto da razão. O saber, é um conhecimento que precisa 
ser descoberto, pois o mesmo existe na natureza. 
Já na concepção de Francis Bacon, procurou afastar-se dos saberes subjetivos 
dos sofistas e dos religiosos ao defender a construção do conhecimento pautado na 
experiência que em si apresentasse caminhos metodológicos precisos. O mesmo es-
tava além, de seu período histórico e muito colaborou para evolução do pensamento 
científico, pois libertou a sociedade das amarras do seu tempo pautadas apenas nos 
sentidos e nas tradições. Bacon foi de grande relevância para o surgimento da ciência 
moderna. Embora reduzido ao método da indução, sua contribuição foi fundamental 
para desencadear estudos no século XVII.
É perceptível a influência do pensamento moderno na Educação Física, o que 
repercute no modo como conhecimento da área é pesquisado, analisado e posto em 
prática na formação dos professores.
Aprendemos, também, sobre as fases que compõem a Educação Física e como 
estas influenciaram as abordagens pedagógicas no decorrer da evolução do profis-
sional da Educação Física.
Na unidade 2 estudamos as teorias metodológicas da Educação Física, desta-
cando as tendências pedagógicas e as abordagens que geram debates e pressupostos 
para o ensino da disciplina no país. 
A abordagem higienista tinha como preocupação a saúde associada aos bons 
hábitos de higiene. Na militarista buscava tornar seus praticantes homens fortes para 
defender a pátria. Na abordagem competitivista tinha como característica o modelo 
esportivista de educação. A abordagem psicomotricidade abordava as atividades lú-
dicas, ação e movimento. 
Na abordagem desenvolvimentista visava as fases do desenvolvimento da crian-
ça. A construtivista-interacionista se dava pela construção do conhecimento e a inte-
ração da criança com o mundo. A abordagem dos jogos cooperativos caracterizava-se 
Teorias Pedagógicas da Educação Física50
pela participação de todos nos jogos. Na abordagem cultural o estudante é conhecido 
como um ser social que tem sua própria história. A humanista propicia a reflexão so-
bre os valores humanitários. 
Na abordagem da concepção de aulas abertas e experiências fundamenta-se 
no conhecimento prévio do estudante, o qual escreve sua biografia esportiva. A abor-
dagem saúde renovada promove a saúde através das aulas de Educação Física. A 
abordagem crítico superadora, propõe a transformação social e a abordagem crítico-
-emancipatória preocupa-se em formar um jovem com consciência cidadã e emanci-
pado. 
A Educação Física atual conta com quatro propostas de destaque: Educação 
Aberta, Construtivista, Crítico-Superadora e Crítico-Emancipatória. Os dados 
apresentados a seguir foram coletados e descritos por Oliveira (1997), a partir de uma 
série de respostas oferecidas pelos próprios idealizadores ao autor.
Na Metodologia do Ensino “Aberta” os idealizadores eram: Reiner Hildebrandt & 
Ralf Laging (Alemanha) e Grupo de Trabalho Pedagógico (Brasil).
Referencial Teórico
Teoria Sociológica do Interacionismo Simbólico (Mead/Blumer).
Teoria Libertadora (Paulo Freire).
Interacionismo Simbólico (Blumer).
O atributo simbólico é justificado pela premissa de que os homens agem ba-
seados nos significados em relação a coisas e pessoas. Os significados são adquiridos 
em interações sociais e podem ser modificados através de processos interpretativos.
Objeto de Estudo: o mundo do movimento e suas implicações sociais.
Objetivos Gerais: trabalhar o mundo do movimento em sua amplitude e 
complexidade com a intenção de proporcionar, aos participantes, autonomia para as 
capacidades de ação.
Seriação Escolar: pode ser trabalhada dentro da atual estrutura curricular escolar. 
Preocupa-se mais em como trabalhar, acessar e tornar significativo os conteúdos aos 
participantes.
Conteúdos Básicos: o mundo do movimento e suas relações com os outros e 
as coisas.
Teorias Pedagógicas da Educação Física 51
Enfoque Metodológico:
Os conteúdos são construídos por meio da definição de Temas Geradores e 
são desenvolvidos promovendo-se ações problematizadoras. As ações metodológi-
cas são organizadas de forma a conduzir um aumento no nível de complexidade dos 
temas tratados e realiza-se em uma ação participativa, onde professor e estudante 
interagem na resolução de problemas e na definição dos temas geradores. O ensino 
aberto exprime-se pelo estímulo à “subjetividade” dos participantes, aparecendo as 
intenções do professor e os objetivos de ação dos educandos.
 O Grupo de Trabalho Pedagógico defende uma aula de Educação Física que 
procura uma ligação do aprender escolar com a vida de movimento dos estudantes. 
Considera as necessidades e interesses, medos e aflições dos estudantes, e que não 
os reduz a condições prévias de aprendizagem motora. Mantém o caráter de brinca-
deira no movimento e na forma natural dos estudantes, desenvolvida na discussão 
social. Considera a relação entre movimento, percepção e realização e possibilita aos 
estudantes a participação em todas as etapas do processo ensino e aprendizagem.
A Relação Professor e Estudante estabelece-se dentro de uma ação participa-
tiva que se amplia conforme o amadurecimento e responsabilidade assumida pelos 
integrantes do grupo. O engajamento, competência e responsabilidade docente são 
fatores fundamentais para a efetivação e ampliação das ações pedagógicasno ensi-
no aberto. A avaliação privilegia o processo ensino e aprendizagem.
Os Livros que abordam as Metodologia do Ensino “Aberta” são: Concepções 
Abertas no ensino da Educação Física (Hildebrandt & Laging, 1986). Visão Didática 
da Educação Física (Grupo de Trabalho Pedagógico, 1991). Criatividade nas aulas de 
Educação Física (Taffarel, 1985).
Vários grupos de educadores estão trabalhando na tendência de Metodologia 
Construtivista com o propósito de redirecioná-la e aperfeiçoá-la. Na educação já se 
trabalha com a linha denominada de sócioconstrutivismo, um avanço, segundo os 
educadores, do construtivismo original. Os idealizadores são: João Batista Freire (na 
Educação Física).
Referencial Teórico: Piaget, especialmente com as obras «O nascimento da 
inteligência na criança” e “O possível e o necessário, fazer e compreender”.
Tendência Educacional: construtivista (com tendência ao sóciointeracionismo 
e ao socioconstrutivismo).
Teorias Pedagógicas da Educação Física52
Objeto de Estudo: motricidade humana, entendida como o conjunto de 
habilidades que permitem ao homem produzir conhecimento e se expressar.
Objetivos Gerais: ensinar as pessoas a terem consciência de que são corpo. 
Mais especificamente seria ensinar as habilidades que permitem as expressões no 
mundo.
Seriação Escolar: pode ser adaptada ao currículo atual, mas aponta, para 
alterações no currículo, inclusive na seriação.
Conteúdos Básicos: trabalhar, inicialmente, com a cultura dos próprios 
participantes, de modo a tornar, o conhecimento significativo. Trabalhar com a 
educação dos sentidos, educação da motricidade, educação do símbolo.
Enfoque metodológico: trabalha com a metodologia do conflito. A partir do 
que o sujeito sabe, sugere mudanças.
De acordo com Rondinelli, em artigo publicado no site Brasil Escola, o termo 
Educação Física pressupõe a ideia de controle do corpo ou, ainda, de controle do 
físico. Educar, desde o século XVII, é uma ação que está intimamente relacionada à 
disciplina corporal: a separação proposta por Descartes, entre corpo e mente, tor-
na-se base de todo o processo educacional ocidental. Fato bastante visível nas salas 
de aula: o corpo fica sentado e parado, sem “atrapalhar” o exercício de raciocínio e 
de aprendizado feito pela mente.
Atualmente a Educação Física é uma disciplina complexa que deve, ao mesmo 
tempo, trabalhar as suas próprias especificidades e se inter-relacionar com os outros 
componentes curriculares. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), 
documento oficial do Ministério da Educação, a Educação Física na escola deve ser 
constituída de três blocos: 
Jogos, Ginásticas, Esportes e Lutas Atividades rítmicas e expressivas
Conhecimentos sobre o corpo
 Essas três partes são relacionadas entre si e podem ou não ser trabalhadas 
em uma mesma aula. O primeiro bloco, “jogos, ginásticas, e lutas”, compreende 
atividades como ginástica artística, ginástica rítmica, voleibol, basquetebol, salto em 
altura, natação, capoeira e judô. O segundo bloco abrange atividades relacionadas à 
expressão corporal, como a dança, por exemplo. Já o terceiro bloco propõe ensinar 
ao estudante conceitos básicos sobre o próprio corpo, que se estendem desde a 
noção estrutural anatômica, até a reflexão sobre como as diferentes culturas lidam 
Teorias Pedagógicas da Educação Física 53
com esse instrumento.
A Educação Física tem uma vantagem educacional que poucas disciplinas têm: 
o poder de adequação do conteúdo ao grupo social em que será trabalhada. Esse 
fato permite uma liberdade de trabalho, bem como uma liberdade de avaliação, do 
grupo e do indivíduo por parte do professor, que pode ser bastante benéfica ao 
processo geral educacional do estudante.
Se analisarmos, a Educação Física passou por transformações na prática social 
e cultural do movimento. Atualmente, essa disciplina faz parte do currículo escolar e 
convive harmoniosamente com as demais disciplinas na escola.
AvAUTOAVALIAÇÃOMomento de parar e fazer uma análise sobre o que o estudante aprendeu durante a disciplina.
Teorias Pedagógicas da Educação Física 55
1ª Observe o lugar onde você mora e descreva uma situação que apresente um caso 
de método cartesiano?
2ª Conforme Veloso, sobre o pensamento cartesiano responda. Você já passou por 
alguma situação parecida ao longo de sua vida escolar nas aulas de Educação Física?
3ª Conforme a leitura do texto, quais são as fases da Educação Física no Brasil mais 
consensual?
4ª identifique quais os conceitos abordados nas Tendências Pedagógicas Liberais e 
nas Tendências Pedagógicas Progressistas? Faça uma análise entre os conceitos e as 
tendências. 
5ª Apresente duas características e quatro abordagens pedagógicas da Educação 
Física.
6ª Identifique quais as abordagens pedagógicas da Educação Física que podem ser 
consideradas progressistas? Cite-as.
BbBIBLIOGRAFIAIndicação de livros e sites que foram usados para a constituição do material didático da disciplina.
Teorias Pedagógicas da Educação Física 57
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Teorias Pedagógicas da Educação Física 61

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