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atlas de urina

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Uranálise/Urianálise 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2014 
ANÁLISE FÍSICO QUÍMICA E MICROSCÓPICA DE URINA 
JAMES ORLAN 
WWW.CAFEBIOMEDICO.BMD.BR 
1. INTRODUÇÃO 
A análise de amostras de urina para fins diagnósticos já era realizada em 1000 AC por 
sacerdotes egípcios que utilizavam amostras de urina para realizar um procedimento que pode 
ser considerado como o primeiro teste diagnóstico descrito na literatura. O teste tinha como 
objetivo não apenas confirmar a gravidez, mas também identificar o sexo do feto e consistia em 
derramar urina recém emitida sobre uma mistura de sementes de cereais. Caso as sementes 
germinassem o teste era considerado positivo para gravidez, e dependendo do tipo de sementes 
que germinava seria possível prever o sexo do feto. 
O exame de urina, da forma como é realizado atualmente parece ter sido desenvolvido 
a partir da “uroscopia”, ou observação de características físicas de amostras de urina conforme 
de do livro “Os Prognósticos”, descrito por Hipócrates (460-370 AC). A uroscopia desenvolvida 
por Hipócrates se constituía na observação de verificadas na composição da urina durante o 
curso de estados febris verificados em crianças e adultos. Esta análise incluía a observação de 
diferenças na cor, no odor e no aspecto do sedimento das amostras de urina. 
Este procedimento passou por várias modificações e transformações tecnológicas 
antes de conhecermos o procedimento como ele é hoje. Atualmente, este procedimento inclui 
a análise física, química e macroscópica, sendo analisado desde o pH até a presença de alguns 
cristais, hemoglobinas, e outros achados não filtrados pelo rins. 
2. EXAME FÍSICO 
Atualmente o exame físico da urina é considerado, atualmente, a segunda etapa do 
exame de urina e é constituído da observação de características físicas como cor, odor, aspecto 
ou transparência, depósito e densidade. 
 
2.1. COR 
A urina, em condições normais apresenta cores amarelas, cuja tonalidade varia de 
acordo com a concentração dos cromógenos urocromo, uroeritrina e urobilina na 
amostra. O urocromo é um pigmento de cor amarela, encontrado em maior 
quantidade, normalmente, na urina. A urobilina e a uroeritrina são pigmentos de 
cor laranja e vermelha, respectivamente. Esses cromógenos, em condições 
normais, apresentam excreção aproximadamente constante no período de 24 
horas. A cor da urina está diretamente relacionada com a nível de hidratação do 
indivíduo. 
2.2. ODOR 
A verificação do odor da urina é realizada abrindo-se o frasco que contém a 
amostra de urina, mantendo o mesmo a uma distância de aproximadamente 40 
centímetros do nariz, em seguida deve-se fazer um leve deslocamento de ar desde 
o frasco em direção ao nariz. Odores anormais da urina podem ser fétido, 
amoniacal e frutado. 
2.3. ASPECTO 
O aspecto da urina avalia o grau de transparência da amostra de urina e reflete a 
quantidade de estruturas do sedimento organizado ou não organizado - ex. 
células, hemácias, leucócitos, cristais - em suspensão. Em condições normais as 
amostras de urina não apresentam alteração de sua transparência. Geralmente 
são classificadas em LÍMPIDA ou TURVA. 
3. EXAME QUÍMICO 
O exame químico da urina é a terceira etapa do exame de urina sendo, atualmente, 
realizado através de tiras reagentes que são tiras plásticas nas quais se encontram fixadas 
diferentes áreas reagentes. As tiras reagentes mais frequentemente utilizadas nos laboratórios 
são que disponibilizam dez áreas reagentes as quais permitem a realização da determinação 
semi-quantitativa de, bilirrubina, corpos cetônicos, densidade, glicose, hemoglobina, leucócitos, 
nitrito, pH, proteínas e urobilinogênio. 
 
3.1. PH 
O pH de uma solução é o resultado da quantificação de seus íons de hidrogênio. 
Dentre as funções dos rins é juntamente com os pulmões promover a manutenção 
do equilíbrio ácido-básico do organismo. Para manter o pH do sangue em, 
aproximadamente, 7,4 (7,35 a 7,45), os rins, responsáveis pela excreção dos ácidos 
fixos produzidos pelo metabolismo os rins excretam e reabsorvem maiores ou 
menores quantidades de H+ e sódio, respectivamente, a nível tubular renal. 
3.2. PROTEÍNAS 
Amostras de urina de indivíduos saudáveis apresentam eliminação de proteínas 
através da urina inferior a 10mg/dl ou 150mg/24 horas, exceto se submetidos a 
exercícios intensos ou frio intenso. Esta quantidade de proteínas, geralmente, não 
é detectada através dos métodos disponíveis através de tiras reagentes que 
apresentam reação positiva quando a concentração é ≥200mg/l. 
3.3. GLICOSE 
Em amostras de urina de indivíduos saudáveis se verifica glicosúria que varia de 1 
a 15mg/dl que não é detectável. A presença destes baixos níveis de glicose é 
decorrente do limiar renal de reabsorção tubular proximal que se encontra 
consideravelmente acima dos níveis séricos normais. Assim, apenas quando os 
níveis séricos de glicose excedem à aproximadamente 180mg/dl começa, 
geralmente, a ser detectada. A detecção de níveis elevados de glicose na urina é 
denominada de glicosúria. A presença deste achado na urina de indivíduos 
saudáveis é considerado uma deficiência de reabsorção dos túbulos renais. Por 
outro lado, completamente normal em indivíduos que apresentam um quadro de 
diabetes mellitus. 
3.4. BILIRRUBINAS 
A presença de bilirrubina na urina é denominada de bilirrubinúria e pode ser 
verificada em doenças hepáticas como, por exemplo, obstrução biliar, hepatite, 
hepatocarcinoma e cirrose hepática. A bilirrubinúria, em consequência de sua 
precocidade, é, muitas vezes, a primeira indicação laboratorial da ocorrência de 
hepatopatia. 
3.5. NITRITO 
A presença de nitrito em amostra de urina é decorrente da ação indireta de 
bactérias redutoras de nitrato a nitrito - uma vez que, a urina é rica em nitrato - o 
que inclui todas as entrerobactérias e a maioria das bactérias não fermentadoras, 
e alguns cocos Gram positivos. 
3.6. DENSIDADE 
Nos mostra o quão hidratado está o indivíduo. Indicando a concentração das 
substâncias sólidas diluídas na urina. 
4. EXAME MICROSCÓPICO 
O exame microscópico da urina é, geralmente, realizado através de microscopia de 
campo claro. O modo de preparação material, entre lâmina e lamínula e, na prática diária, não 
inclui a utilização de corantes, o que dificulta a observação das diferentes estruturas do 
sedimento organizado ou inorganizado que podem ser encontradas no sedimento urinário. 
4.1. CÉLULAS EPITELIAIS 
As células epiteliais podem pavimentosas ou escamosas, de transição ou renais. 
No exame microscópico de uma amostra de urina normal, adequadamente colhida 
e concentrada 10X podem ser observadas raras células pavimentosas, de transição 
e tubulares renais. 
 
 
4.2. LEUCÓCITOS 
A observação de leucocitúria no exame microscópico do sedimento urinário 
constitui em indicação de ocorrência de patologia inflamatória do trato urinário 
ou mesmo do trato genital. No caso de doença inflamatória do trato urinário a 
leucocitúria verificada é, geralmente, acentuadamente menor que nos processos 
infecciosos. 
 
 
4.3. HEMÁCIAS 
A hematúria pode ter origem ao longo do trato urinário e indicar a ocorrência de 
patologia severa. As hematúrias podem ser classificadas de acordo com a 
intensidade, frequência e repercussão clínica. Quanto à intensidade do 
sangramento podem ser macroscópicas, quando a cor da urina sugere a presença 
de hemácias em grande quantidade, ou microscópicas, quando a presença de 
hemácias pode ser detectada apenas através da microscopia.4.4. OXALATO DE CALCIO 
É a substância em maior quantidade nos cálculos renais (pedra nos rins), 
absorvidos pelo intestino o cálcio vai estar em quantidade elevada na urina de 
indivíduos que são “formadores de pedra”, podem ou não ir para formar pedras 
nos rins, dependendo de como a pessoa está bem hidratado. 
 
 
4.5. FOSFATO TRIPLO 
Forte indicativo de cálculos renais. 
 
4.6. CILINDROS 
A observação de cilindros no sedimento urinário está associada com a ocorrência de 
proteinúria. A formação de cilindros está associada, também, a concentração dos 
solutos, além do pH ácido do filtrado, razão pela qual, provavelmente, sua observação 
não ocorre em urinas diluídas e/ou urinas alcalinas. 
 
4.7. URATOS AMORFOS 
Uratos amorfos não tem qualquer significado com relação a alguma doença 
renal. Estes cristais aparecem na urina mais ácida, mas novamente, nao existe 
qualquer relação com doença renal, assim como a necessidade de modificação 
da alimentação. 
 
 
5. REFERÊNCIAS 
 Conselho Regional de Farmácia, Mato Grosso do Sul; 
 Salud y Sintomas, Analisis da Orina; 
 Patologia em Foco, Uranálise; 
 DALMOLIN, Magnus L. A Uranálise no diagnóstico de doenças renais, 2011; 
 Manual de Exames Hermes Pardini, 2002;

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