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A Sociologia de Karl Marx

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AlGUNS ELEMENTOS DA SOCIOLOGIA CLÁSSICA EM KARL MARX
Karl Heinrich Marx, nasceu em 05 de maio de 1818, cursou Filosofia, Direito e História na Alemanha e foi um dos seguidores das ideias de Hegel. Foi expulso da maior parte dos países europeus devido ao seu radicalismo. Seu envolvimento com radicais franceses e alemães, no agitado período de 1840, fez com que ele levantasse a bandeira do comunismo e atacasse o sistema capitalista. Entre suas principais obras estão: 
A ideologia alemã (1845-1846), Manifesto comunista (1848), O 18 brumário de Luís Bonaparte (1852), O Capital(1867).
O TRABALHO HUMANO
A História dos homens como fruto do seu trabalho
RELAÇÃO DIALÉTICA 
 HOMEM NATUREZA
 HOMEM HOMEM 
TRABALHO 
MATERIALISMO HISTÓRICO – PRESSUPOSTOS:
Os homens devem estar em condições de viver para fazer história. A primeira realidade histórica dos homens é a produção da vida material.
Tão logo a primeira necessidade seja atendida a segunda necessidade é a de que novas necessidades são sempre criadas. 
Os homens criam suas próprias histórias e se recriam continuamente
O sistema de produção da vida material é também um sistema de vida social.
O homem tem consciência que nasce na relação com outros homens.
São os homens interagindo uns com os outros, para satisfazer suas necessidades que desencadeiam o processo histórico. Segundo Marx, o modo de produção da vida material condiciona os modos de vida.
A vida material (Economia)é a base da vida social.
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Estudo histórico AS CONDIÇÕES DE PROPRIEDADE nos diversos modos de produção:
 Modo primitivo de produção – PROPRIEDADE TRIBAL
Modo escravista – PROPRIEDADE COMUNAL
Modo asiático – PROPRIEDADE ESTATAL
Modo feudal – PROPRIEDADE FEUDAL
Modo capitalista – PROPRIEDADE CAPITALISTA
O CAPITALISMO
O TRABALHO → MERCADORIA
TESE DA EXPLORAÇÃO DO TRABALHADOR
MARX denuncia a exploração do trabalhador no capitalismo e a partir disso aponta um projeto político, REVOLUCIONÁRIO, para sua superação.
TESE DA ALIENAÇÃO
Manuscritos Econômicos e filosóficos - Marx desenvolve o conceito de alienação mostrando que a industrialização, a propriedade privada e o assalariamento separavam o trabalhador dos meios de produção – ferramentas, matéria-prima, terra e máquina-, que se tornaram propriedade privada do capitalista.
ALIENAÇÃO ECONÔMICA - separação do produto do seu próprio trabalho: aquilo que o trabalhador produz não pertence a ele mesmo. Alienação do processo de produção: o trabalhador não controla a atividade de produção. Alienação de sua própria natureza humana: o trabalho deixa de ser um meio de existência para que o homem consiga atender as suas necessidades.
	
ALIENAÇÃO POLÍTICA - Politicamente, também o homem se tornou alienado, pois o princípio da representatividade, base do liberalismo criou a idéia de Estado como um órgão político imparcial, capaz de representar toda a sociedade e dirigi-la pelo poder delegado pelos indivíduos. Marx mostrou, entretanto, que na sociedade de classe esse Estado representa apenas a classe dominante e age conforme o interesse desta.
ALIENAÇÃO FILOSÓFICA - Com o desenvolvimento do capitalismo, a filosofia, por sua vez, também passou a criar representações do homem e da sociedade. Diz Marx que a divisão social do trabalho fez com que a filosofia se tornasse a atividade de um determinado grupo. Ela é, portanto, parcial e reflete o pensamento desse grupo. 
 
O Direito em Karl Marx
A obra de Karl Marx apresenta um modo especial de entender o Direito concebendo-o não como autônomo, mas como resultado de um modo de produção e das relações das classes sociais. 
INFRAESTRUTURA SUPERESTRUTURA
Segundo a concepção materialista da história, de acordo com Marx, na produção da vida material os homens também geram outras espécies de produtos que não tem forma material: ideologias políticas, concepções religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais, de ensino , de comunicação.
Marx não tomou o Direito como objeto próprio de investigação. No entanto deixou um conjunto de escritos que servem para pensar o Direito.
Marx situa o Direito como um elemento da superestrutura;
Tendo em vista suas perspectivas de luta de classes e sua compreensão de que “as ideias dominantes são as ideias das classes dominantes”, é possível entender que para Marx o Estado de um lado e o Direito de outro são concebidos como instrumentos da vontade da classe dominante.
O Direito se constitui num discurso de poder
- Marx apresenta o Direito como mecanismo através do qual as relações socioeconômicas normalizam e legitimam a realidade social. 
	O marxismo não considera o direito como uma categoria ideal, objetiva, normativa ou metafísica, nem mesmo autônoma. Para o marxismo não existe filosofia ou ciência do direito, porque o jurídico não encontra explicação em si mesmo. 
	O direito só pode ser compreendido através da análise da realidade econômico-social de uma coletividade em determinada época da história. O que se chama “normatividade” do direito não passa de um reflexo das condições de vida material da sociedade, uma forma que recobre o conflito que existe em toda sociedade de classes, entre o modo de produção e as forças de produção. A luta de classes é o verdadeiro motor que impulsiona a formação do direito.
	Nesta perspectiva, o direito não evolui nunca, o que evolui é o modo de produção social, não se podendo falar em evolução do direito romano, medieval ou moderno, mas tão somente em sistemas diversos de propriedade: escravidão, servidão, capitalismo. O conteúdo do direito nunca é “jurídico”, mas econômico, político ou social. O direito é sempre uma forma desse conteúdo e inexplicável sem ele. 
	É uma forma de opressão socialmente organizada, que se revela com toda clareza nos choques entre classes que pretendem o poder. É uma ideologia da classe dominante, sem nenhum valor transcendental. É a forma de impor a uma sociedade um determinado modo de produção. Não existe justiça que não seja de classe, porque a fonte de todo direito é a vontade da classe dominante. 
	Só há um momento em que o direito representa os interesses de toda a sociedade: é quando a classe revolucionária toma o poder. Mas logo depois da tomada do poder, tanto pela burguesia como pelo proletariado, o direito retoma o seu caráter classista. 
	Só na sociedade socialista é que desaparecerão tanto o direito como o Estado, passando a haver apenas uma administração ou governo das coisas. Direito e Estado surgiram quando a sociedade se dividiu em classes e desaparecerão com a extinção delas.
	Direito e Estado se identificam de forma absoluta, um não sobrevive sem o outro, não há distinção cronológica entre eles. Pode haver sociedade sem Estado, mas este só surge onde existe divisão de classes. 
	Juízes, tribunais, corpos legislativos e métodos de interpretação da lei, não passam de instrumentos da classe dominante, estão a seu serviço, sendo ilusórias todas as chamadas “técnicas jurídicas” de aplicação do direito e todas as “garantias” de permanência no cargo para as pessoas encarregadas de aplicá-lo.

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