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Urbanização e Meio Ambiente Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dr. Vivian Fiori Revisão Textual: Profa. Esp. Márcia Ota Planejamento Urbano-Ambiental e Espaços Livres • Introdução • Gestão e Planejamento Urbano-Ambiental • Planejamento Urbano no Brasil • Estatuto da Cidade - Plano Diretor • Áreas Verdes Urbanas · Discutir algumas concepções sobre planejamento urbano-ambiental no Brasil. · Analisar a questão dos espaços livres e áreas verdes nas cidades brasileiras. OBJETIVO DE APRENDIZADO Nesta Unidade, abordaremos a temática da gestão e do planejamento ambiental e também da questão dos espaços livres e áreas verdes nas cidades brasileiras. Procure ler, com atenção, o conteúdo disponibilizado e o material complemen- tar. Saber planejar é um diferencial importante na sua formação profissional. Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais interativo possível é fundamental assistir à videoaula e realizar as ativida- des propostas. Cada material disponibilizado é mais um elemento para seu aprendizado. Bons estudos! ORIENTAÇÕES Planejamento Urbano-Ambiental e Espaços Livres UNIDADE Planejamento Urbano-Ambiental e Espaços Livres Contextualização É necessário distinguir gestão de planejamento urbano-ambiental. Usa-se muito o termo gestão atualmente, com expressões como gestão ambiental, de recursos humanos, urbana etc. Importante destacar que gestão refere-se ao período de administração pública ou de administração de uma determinada atividade numa instituição pública ou privada. O planejamento é uma atividade para o futuro. Planejar questões urbano- -ambientais tem relação com o planejamento que se faz das atividades urbanas para o futuro. Conforme diz Marcelo Lopes de Souza (2006a, 2006b), a expressão planeja- mento vem de: planning, planung, planification, planeamento - vem do latim planus - o plano desta construção. Planejar é prever a evolução de um problema ou situação e pensar as ações, estabelecer metas e diretrizes para as ações que serão realizadas, pois, conforme define o autor: Não obstante, a pretendida (não por todos, felizmente) substituição de planejamento por gestão baseia-se em uma incompreensão da natureza dos termos envolvidos. Planejamento e gestão não são termos intercambiáveis, por possuírem referenciais temporais distintos e, por tabela, por se referirem a diferentes tipos de atividades. Até mesmo intuitivamente, planejar sempre remete ao futuro: planejar significa tentar prever a evolução de um fenômeno ou, para dizê-lo de modo menos comprometido com o pensamento convencional, tentar simular os desdobramentos de um processo, com o objetivo de melhor precaver-se contra prováveis problemas ou, inversamente, com o fito de melhor tirar partido de prováveis benefícios. De sua parte, gestão remete ao presente: gerir significa administrar uma situação dentro dos marcos dos recursos presentemente disponíveis e tendo em vista as necessidades imediatas. O planejamento é a preparação para a gestão futura, buscando-se evitar ou minimizar problemas e ampliar margens de manobras; e a gestão é a efetivação, ao menos em parte (pois o imprevisível e o indeterminado estão sempre presentes, o que torna a capacidade de improvisação e a flexibilidade sempre imprescindíveis), das condições que o planejamento feito no passado ajudou a construir. Longe de serem concorrentes ou intercambiáveis, planejamento e gestão são distintos e complementares (SOUZA, 2006b, p. 46). Entretanto, planejar é uma atividade bastante complexa, pois envolve diferentes níveis de governo. É fundamental também observar algumas condições quando vamos fazer um planejamento, cujas situações serão explicitadas no texto teórico. 6 7 Introdução Nesta unidade, vamos tratar de planejamento urbano-ambiental, dando ênfase às formas de planejamento no Brasil e também à importância dos espaços livres nas cidades brasileiras, principalmente às áreas verdes. Gestão e Planejamento Urbano-Ambiental Gestão urbana e ambiental refere-se à gestão da administração pública, princi- palmente das políticas públicas implementadas pelos diferentes níveis de governo: federal, estadual e municipal sobre temáticas urbano-ambientais. Em alguns casos, as diretrizes e leis da política podem ser elaboradas no nível federal e sua gestão e prática ocorrerem no nível municipal ou estadual. No nível federal, tais políticas têm relação principalmente com o Ministério de Meio Ambiente (MMA) e Ministério das Cidades e, em muitas cidades de pequeno porte brasileiras, sequer há secretarias específicas para meio ambiente. O conceito de planejamento relaciona-se com uma ação proposta mediante planos para o futuro. Envolve diagnóstico, no qual os problemas e potencialidades locais de uma determinada cidade são levantados e, ao mesmo tempo, propostas ações e metas para o futuro. No Brasil, lamentavelmente, muitas prefeituras não realizam um planejamento a longo prazo, tampouco os governos estaduais que geralmente devem estar envolvidos em algumas temáticas ligadas à questão ambiental. Contudo, essas práticas precisam ser realizadas para que as cidades se organizem e possibilitem um modo de vida mais adequado e saudável aos seus moradores. Fundamental perceber que não se tratam apenas de definições técnicas do que é o melhor para cidade, mas também de decisões políticas e de participação da população requerendo e cobrando os governantes para uma cidade planejada e com uma gestão que considere as questões ambientais. Jan Bitoun comenta sobre as políticas territoriais no Brasil: Nessa multiplicidade, aninham-se orientações diversas que expressam contradições quanto aos objetivos das políticas territoriais. Há embates em curso, implícitos ou explícitos, que podem ser identificados nos textos oficiais e nas posições dos sujeitos envolvidos na elaboração e implantação dessas políticas: os próprios ministérios, com suas tradições técnicas, alianças políticas, e suas relações com os Poderes Legislativo e Judiciário; os estados e municípios, com suas preocupações de financiamento e de legitimação pelas sociedades locais; as representações da sociedade civil em conferências, conselhos e instâncias participativas; o empresariado interessado no direcionamento dos investimentos públicos; a comunidade 7 UNIDADE Planejamento Urbano-Ambiental e Espaços Livres acadêmica produtora de insumos para as citadas políticas. Tentar reconhecer como esses diversos interesses se organizam para defender as orientações de políticas territoriais é um grande desafio, sobretudo se considera que uma determinada orientação tomada na escala nacional pode ser profundamente modificada quando se “geograficiza” na escala local, em que o resultado das alianças pode ser bastante diferente (BITOUN, 2009, p. 21). O autor enfatiza o papel dos diferentes atores sociais e os embates existentes entre eles em relação às questões de planejamento e gestão territorial, dos seus diversos interesses e formas de pensar. De um lado, por exemplo, estão os Ministérios e Secretarias envolvidos com a economia, buscando que as cidades cresçam e se tornem mais dinâmicas economicamente; de outro, está o Ministério de Meio Ambiente, cujo discurso diz que o crescimento econômico não pode se realizar sem o cumprimento das legislações e preocupações com o meio ambiente. É comum, por exemplo, nas cidades haver casos sobre disputas devido às diferentes intencionalidades em relação à preservação ou não de uma determinada área verde, já que o interesse dos promotores imobiliários, muitas vezes, é auferir renda com esses espaços, em geral para a verticalização (construção de prédios). Portanto, a definição de uma política pública é complexa e não depende apenas de normas e legislações,embora elas possam ser importantes, mas sim de como se realizam concretamente nas diferentes cidades brasileiras. A primeira delas é a questão da multidimensionalidade das escalas, pois, o planejamento atua sobre diferentes escalas, sobretudo, hoje, com o processo de globalização. Embora, ao planejar, muitas vezes, exista a atuação mais direta da prefeitura, há também o nível do governo estadual, federal, bem como situações de municípios que se encontram em Regiões Metropolitanas. Além disso, com o processo de globalização, as influências globais e crises mundiais são cada vez mais frequentes e acabam interferindo na existência das cidades, sobretudo nas grandes metrópoles. Outro aspecto a ser considerado é que o mundo de hoje é marcado pelo sistema financeiro. Isso faz com que exista dificuldade de se pensar um território, cujo comando, além do próprio governo, se dá também por mecanismos econômicos, organizações e empresas que, muitas vezes, são globais. Portanto, como fazer um planejamento se há uma crise constante no território? Existem novas formas organizacionais de empresas transnacionais, bem como do sistema financeiro global, assim como há a privatização do território, com o uso corporativo do território pelos grandes atores hegemônicos, caso, por exemplo, dos agentes imobiliários e das grandes empresas comerciais e industriais. Isso faz com que, muitas vezes, as necessidades dessas empresas e desses atores hegemônicos se instalam no território como se fosse de interesse de toda população. Isso leva a uma condição na qual o planejamento acaba sendo feito, 8 9 cooptado pelos interesses do capitalismo e dos grandes agentes hegemônicos em detrimento dos interesses e usos sociais de toda população. Outra questão importante é a dimensão política. Ao pensarmos o planejamento de uma cidade, devemos ter em vista que para além da prefeitura, existem também atuações do governo estadual e federal nesta cidade. Como exemplo, lembramos que existem rodovias federais, outras estaduais e outras municipais. Desse modo, ao pensar o planejamento, é fundamental que ele seja integrado nos diferentes níveis de governo. Contudo, sabemos que, por uma questão política, esta atuação de forma inte- grada, nem sempre se faz de forma adequada, já que existem diferentes intencio- nalidades dos diferentes partidos políticos existentes, bem como, para além disso, existe também interesse do capitalismo, dos atores hegemônicos que, muitas vezes, apoiam os governos e, posteriormente, acabam ganhando benefícios pessoais em detrimento da maioria da população. Em muitos casos, o planejamento é feito, bem como a própria gestão, sem que se tenha uma participação da população, nos diferentes setores e interesses da população, sejam reconhecidos na hora de se realizar o planejamento. Como afirmamos anteriormente, planejar é pensar o futuro, é fazer um plano, é propor meta, diretrizes, é definir prioridades. Obviamente, também, para planejar, temos de reconhecer a necessidade da existência de recursos econômicos para a realização desse planejamento. Isso se faz a partir do orçamento. Por isso, as crises mundiais que afetam, muitas vezes, os países também são fatores que acabam dificultando a existência de um planejamento eficaz. Existem diferentes teorias e formas de pensar o planejamento, que serão discutidas a seguir: Planejamento Pragmático Existem diferentes formas de se pensar planejamento. Uma delas é conhecida como planejamento pragmático. Esta concepção parte do princípio que para planejar deve-se ter uma objetividade e uma neutralidade técnica. Contudo, sabemos que o planejamento, bem como a gestão urbana são ações políticas, esta neutralidade, em geral, não existe. Outro aspecto desta perspectiva é que, geralmente, ela se dá de uma forma a qual denominamos heteronomia, ou seja, o planejamento se faz sem que haja a participação da população e há uma definição técnica que decide e define como planejar e como atuar na cidade, numa ação impositiva- de cima para baixo. Portanto, essa perspectiva de planejamento acaba sendo uma forma de centrali- zação do poder, na qual costumeiramente há prioridade para a criação dos objetos, as normas e as leis do que para as relações sociais. 9 UNIDADE Planejamento Urbano-Ambiental e Espaços Livres Logo, é uma abordagem mais tecnocrática, na qual se dá importância da definição técnica de planejamento, sem que se observem as prioridades sociais ou o entendimento e interesse da população. Conforme explica Marcelo Lopes de Souza sobre esta abordagem tecnocrática de gestão e planejamento: Uma abordagem tecnocrática típica preconiza o primado dos “especia- listas”, pretensamente neutros ou imparciais, a eles cabendo tanto a ela- boração da proposta de intervenção quanto do diagnóstico que, muitas vezes, antecede a elaboração da proposta (ainda que o diagnóstico seja, frequentemente, superficial, e não considere a percepção e a vivência dos usuários dos espaços). Como já se viu, a proposta de intervenção é elaborada parcialmente com base no diagnóstico, mas é sobretudo condicionada por modelos normativos referentes à “cidade ideal” (sem contar, é evidente, as injunções políticas). Impermeável à participação popular ou, na melhor das hipóteses, reduzindo esta a uma participação despida de verdadeiro poder decisório (participação, por conseguinte, entre aspas), o tecnocratismo mostra-se presente de modo cristalino no Urbanismo modernista e no planejamento regulatório clássico em geral, mas não está ausente também de quase todas as outras concorrentes (SOUZA, 2006b, p. 182). Deste modo, essa abordagem - mais comum no planejamento brasileiro, acaba por não fazer a relação entre os interesses da sociedade e a realização das etapas e ações, bem como o que vai ser prioritário para o planejamento de uma cidade. Planejamento Crítico Outra forma existente e corrente do pensamento do planejamento é o chamado planejamento crítico. Nele é fundamental a participação e conhecimento da população em relação ao planejamento. Desse modo, existem assimetrias de acessos aos processos decisórios e informações. Quando afirmamos que existem assimetrias, estamos nos referindo ao fato de que poucos têm informações sobre o que acontece na sua própria cidade. Muitas vezes, as pessoas desconhecem por completo qual é o papel do prefeito, do governador, o papel das diversas secretarias existentes e ainda confundem os diferentes níveis de poder, por exemplo, o que é o governo estadual, federal e municipal. Seja por ignorar estas informações ou por também não terem interesse em política, o fato é que as definições sobre o que é feito com o orçamento da cidade, como é feito o planejamento da cidade, pouco é conhecido pela população, com algumas exceções, entre elas algumas lideranças comunitárias que, muitas vezes, são informadas e também os atores hegemônicos que buscam se informar para que possam se aproveitar da melhor forma da gestão e do planejamento existente, conforme seus próprios interesses. 10 11 O autor Cornélius Castoriadis propõe que o planejamento seja autonomista, ou seja, que tenha participação da população nas decisões no planejamento, seja nas cidades ou em quaisquer outros tipos de planejamentos existentes. Cabe-nos indagar: Por que certas obras são feitas enquanto outras não? Por que em certas partes da cidade há inúmeras obras sendo realizadas enquanto nas partes mais pobres essas mesmas obras não ocorrem? É importante perceber que para além da dimensão técnica existe também a dimensão política por trás das decisões de como são feitas a gestão e o planejamento urbano no Brasil. Desse modo, é fundamental considerar o conhecimento técnico dos consultores, dos engenheiros, dos geógrafos, dos arquitetos, entre outros técnicos que geralmentelidam e atuam na área de planejamento. Entretanto, para além do conhecimento técnico, é importante fazer uma mediação sobre o interesse do conhecimento da população, já que, muitas vezes, as obras são realizadas sem uma consulta prévia e nenhuma forma de participação popular, o que contraria, atualmente, algumas formas de gestão e planejamento no Brasil. Estabelecendo Prioridades Ao planejar, portanto, devem-se considerar quais são os usos já existentes no presente e prever mudanças no futuro, por exemplo: Para onde a cidade deve crescer? Quais são os lugares ou os bairros que merecem maior investimento? Quais diferentes usos deverão existir na cidade? Estas são algumas perguntas que, ao fazer planejamento, precisam ser respondidas. Os investimentos, portanto, do poder público sobre o território, caso de infraestrutura, equipamentos viários, entre outros, precisam ser defi nidos e escolhidos conforme a prioridade. Quais são as áreas que carecem de maiores infraestruturas? Para aonde deve ir o dinheiro do orçamento? Como estão distribuídas as atividades como abastecimento de água e esgoto, a energia elétrica, as áreas verdes e espaços livres na cidade? Ex pl or Planejamento Urbano no Brasil O planejamento urbano no Brasil já existe há tempos, principalmente a partir do final do século XIX, mas efetivamente, mesmo até hoje, muitas vezes, o que se faz é apenas a gestão, ou seja, o cotidiano das atividades administrativas públicas, mas, em geral, não se observa a necessidade de planejar a longo prazo. Outro aspecto a ser destacado: planejamento não é só fazer diagnóstico (levan- tamento dos problemas e potencialidades) e sim também pensar e definir as ações após este diagnóstico, levantando-se as prioridades, estabelecendo-se metas que sejam possíveis de serem alcançadas num determinado tempo. 11 UNIDADE Planejamento Urbano-Ambiental e Espaços Livres Outro problema da gestão e planejamento no Brasil é o fato de não ter continuidade das políticas públicas. Muitas vezes, obras são inacabadas, prioridades são mudadas à medida que muda a gestão pública – em geral, no Brasil, isto ocorre a cada quatro anos (ou mais conforme a reeleição). Com o processo de redemocratização do Brasil, pós 1985, e a criação da Nova Constituição Federal Brasileira, em 1988, a questão urbana passa novamente a ser tratada como prioridade. Após esse período, o governo federal criou o Ministério das Cidades que prioriza a definição de políticas públicas específicas para as cidades brasileiras, sobretudo as grandes cidades. A seguir, vamos detalhar um pouco dessas políticas, explicando a Lei do Estatuto da Cidade (2001) e a necessidade de existência de Plano Diretor para algumas cidades brasileiras. Estatuto da Cidade - Plano Diretor O Estatuto da Cidade, Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (BRASIL, 2001), preconiza a necessidade que regulamenta o artigo 182 e 183 da Constituição Federal, estabelecendo diretrizes gerais da política urbana brasileira. Nesse Estatuto, tornado lei, estabelecem-se normas de ordem pública de interesse social para regular o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e o bem-estar dos cidadãos, bem como também se busca o equilíbrio ambiental. Esta é uma política de ordenamento e do uso do solo, com caráter desenvolvi- mentista e de planejamento urbano. Nessa legislação disponibilizada nos sites da Presidência da República e da Casa Civil, estabelece-se uma série de artigos, nos quais se propõem uma legislação de uso e ocupação do solo, do parcelamento e outros instrumentos jurídicos e urbanísticos. A partir do Estatuto da Cidade, tornou-se obrigatório o Plano Diretor, ou seja, que os municípios criassem um plano de uso e ocupação do solo para as cidades. No Brasil, o Plano Diretor é obrigatório para os municípios: • Com mais de 20 mil habitantes; • Pertencentes às Regiões Metropolitanas e às Aglomerações Urbanas; • Integrantes de áreas de especial interesse turístico, segundo as definições dos Estados e do governo federal; • Localizados em áreas de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental na região ou no País, como usinas hidrelétricas, aeroportos, portos, grandes obras rodoviárias. 12 13 O Plano Diretor é uma lei municipal que deve ser aprovada na Câmara Municipal e corresponde a uma política com regras de uso e ocupação do solo sobre o território municipal como um todo, não apenas na área urbana. É um instrumento de política de desenvolvimento urbana e que deve ter por obrigação a participação popular. Deve, ainda, ser a parte integrante do planejamento municipal que é mais amplo, pois existem os planos setoriais, entre eles podemos citar: na área de educação, na área de saúde, do meio ambiente, da habitação, entre outros setores municipais. Além desses planejamentos já existentes, as cidades são obrigadas também a fazer o Plano Diretor e a partir daí devem incorporar as propostas no Plano Plurianual e nas Diretrizes Orçamentárias, ou seja, o Plano Diretor não deve ser só um conjunto de ideias, mas deve constar nas diretrizes e orçamento da cidade. As principais funções do Plano Diretor devem ser: • propiciar o crescimento e indicar as formas de crescimento da cidade; • buscar garantir a legalização dos assentamentos irregulares e clandestinos; • almejar a qualidade ambiental para o município. Além disso, deve: • buscar atender aos interesses de todos os cidadãos e não apenas alguns segmentos; e • cumprir à risca o que está definido no Estatuto da Cidade, que é a sua princi- pal legislação. Desse modo, conforme diz o artigo n. 40 do Estatuto da Cidade, o Plano Diretor é um componente do planejamento municipal e os seus instrumentos econômicos, tributários e financeiros deverão ser articulados para a implementação da política urbana que for definida no Plano Diretor. Para realizar um Plano Diretor, é fundamental que exista uma equipe que pode ser formada pelos funcionários das secretarias municipais e também por consultorias especializadas, para a realização de uma leitura e um levantamento técnico do município. Neste diagnóstico, devem-se evidenciar: os aspectos da ocupação do solo (diferentes usos da cidade), da geologia e dos aspectos físico-ambientais (relevo, vegetação, bacias hidrográficas, resíduos sólidos etc.), do transporte, da moradia, da questão jurídica, considerando-se também outras legislações e planos já existentes no município. É fundamental considerar também outras legislações que tenham relação com as formas de ocupação da cidade ou outras formas de planejamento já pré-existentes, por exemplo, a Agenda 21, se houver, planos de comitês de bacias hidrográficas, planos para a preservação do patrimônio cultural e ambiental, planos de turismo, ou seja, todos os planos já existentes no município devem ser considerados ao se realizar o Plano Diretor. 13 UNIDADE Planejamento Urbano-Ambiental e Espaços Livres Numa leitura comunitária da cidade, é fundamental que na discussão do Plano Diretor exista a participação popular, já que isso é lei, segundo o Estatuto da Cidade. Desse modo, é fundamental que a população seja avisada por diferentes meios e mecanismos de divulgação para a participação, seja mediante jornais ou por panfletos, rádios, rádios comunitárias, entre outros. Após a leitura técnica dos diferentes aspectos da cidade, bem como da participação da população, são realizadas reuniões para definição das prioridades e a organização e sistematização das informações definidas. A leitura técnica deve ser feita a partir de informações e levantamentos feitos sobre os aspectos sociais, econômicos, ambientais e culturais do município. Devem ser sistematizados os dados por meio de mapas, informações sobre o município, bases de dados, mapas e fazer umaleitura e síntese dessas informações, caso, por exemplo, de diversos indicadores, tais como: • Indicador de mobilidade e circulação (questão das vias, avenidas, estradas, meios de transporte existente etc.); • Caracterização da população e a sua mobilidade na cidade; • Quais são os bairros existentes, a densidade da população por bairro ou distrito, as condições de emprego e renda por distrito; • O crescimento da população, onde está crescendo mais a população no município etc.; • Os diferentes usos de ocupação do solo urbano e rural (tipos de ocupação, tipos de atividades existentes, áreas industriais, áreas desocupadas, áreas de cultivo agrícola); • A infraestrutura urbana existente, rede de equipamentos (educação, cultura, esporte, saúde, meio ambiente etc.); • As condições do meio físico (rede hídrica, bacia hidrográfica, vegetação e assim por diante. Desse modo, mediante a leitura técnica e as reuniões empreendidas com a população, definem-se as prioridades para o município e observam-se no orçamento existente na cidade, essas prioridades. Logo, é importante lembrar que o Plano Diretor é obrigatório para alguns tipos de cidades, bem como a participação popular também. Caso não exista essa participação, os munícipes podem fazer um documento reclamando no Ministério Público, da não observação do que consta na legislação do Estatuto da Cidade, ou seja, é necessário que exista essa participação popular. 14 15 Ao mesmo tempo, tudo que consta no Plano Diretor deverá considerar as leis existentes, caso, por exemplo, da Lei Orgânica Municipal (LOM), legislações ambientais, leis de parcelamento do solo, entre outras, para que se tenha correspondência entre o que está estabelecido nas leis e a existência deste plano. É importante que o Plano Diretor considere alguns aspectos, caso da regulação do uso e do parcelamento do solo urbano, considera as desigualdades existentes na cidade e os diferentes grupos sociais sejam representados (INSTITUTO PÓLIS, 2005). Para isso, é fundamental eleger alguns temas prioritários e não se podem confundir planejamentos setoriais, caso, por exemplo, planejamento da área de saúde com o plano diretor, que é um plano de uso e ocupação do solo. No Plano Diretor, deve constar macrozoneamentos e os zoneamentos existentes para definição das prioridades e de que lugares da cidade devem crescer mais e quais aqueles que, por uma questão de lei, não permitem essa expansão urbana, caso, por exemplo, de legislações que não permitem ocupação em áreas, cuja lei ambiental de área de preservação permanente, por exemplo, ou ainda, a criação de Zona Especial de Proteção Ambiental (ZEPAM), macrozoneamento ambiental, entre outros mecanismos de preservação ou recuperação ambiental. Alguns exemplos de temas prioritários poderiam ser: moradia digna para todos; a importância de se considerar o patrimônio ambiental e cultural ameaçado de degradação; as áreas com riscos ambientais e a expansão do município para as periferias, que muitas vezes ocorre de forma inadequada. Todos esses aspectos, portanto, precisam ser considerados. A seguir, vamos aprofundar a temática sobre as áreas verdes urbanas e suas formas de planejar tais áreas nas cidades. Áreas Verdes Urbanas É comum, nas grandes cidades brasileiras, cada vez menos espaços livres para atividades de lazer para população, bem como de áreas verdes sejam praças, parques urbanos, caminhos verdes ou outros. Em algumas cidades, há uma distribuição desigual destes equipamentos públicos, quando comparamos os espaços dos mais ricos e mais pobres das cidades. 15 UNIDADE Planejamento Urbano-Ambiental e Espaços Livres Parques e Áreas Verdes Parque urbano é uma área verde com função ecológica, estética e de lazer, no entanto, com uma extensão maior que as praças e jardins públicos. De acordo com o Art. 8º, § 1º, da Resolução CONAMA Nº 369/2006, considera-se área verde de domínio público “o espaço de domínio público que desempenhe função ecológica, paisagística e recreativa, propiciando a melhoria da qualidade estética, funcional e ambiental da cidade, sendo dotado de vegetação e espaços livres de impermeabilização”. As áreas verdes urbanas são consideradas como o conjunto de áreas intraurbanas que apresentam cobertura vegetal, arbórea (nativa e introduzida), arbustiva ou rasteira (gramíneas) e que contribuem de modo significativo para a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental nas cidades. Essas áreas verdes estão presentes numa enorme variedade de situações: em áreas públicas; em áreas de preservação permanente (APP); nos canteiros centrais; nas praças, parques, florestas e unidades de conservação (UC) urbanas; nos jardins institucionais; e nos terrenos públicos não edificados. Exemplos de áreas verdes urbanas: praças; parques urbanos; parques fluviais; parque balneário e esportivo; jardim botânico; jardim zoológico; alguns tipos de cemitérios; faixas de ligação entre áreas verdes. Confira o texto na íntegra no link abaixo: https://goo.gl/PZ8W9b. Ex pl or As áreas verdes são fundamentais tanto como possibilidade de lazer para a população da cidade quanto como fator ecológico que pode contribuir para a preservação de espécies da fauna e da flora. Elas podem existir enquanto unidade de conservação, criadas formalmente, considerando-se a legislação vigente pelo Sistema Nacional Unidades de Conservação (SNUC), e também como parques urbanos, parques lineares, praças, ruas arborizadas, caminhos e corredores verdes, entre outras. Em geral, cabem aos níveis municipais e estaduais de governo a criação e manutenção de espaços livres e áreas verdes nas cidades brasileiras e as prefeituras ficam com a incumbência da manutenção da arborização em ruas e praças públicas. Tais áreas verdes (vide figura 1), desde que em grandes espaços, cumprem um papel ecológico na cidade, pois podem auxiliar nas condições microclimáticas das cidades, melhorando o conforto térmico, bem como podem reduzir a poluição sonora, dependendo de como estão dispostas no espaço, poluição esta ocasionada, por exemplo, pelos veículos automotores em vias públicas ou por indústrias. Desse modo, as áreas verdes em espaços urbanos podem contribuir principal- mente para: melhoria das características microclimáticas mediante ampliação do conforto térmico, associado ao aumento da umidade do ar e à sombra; a proteção do solo e dos corpos hídricos; a proteção em relação ao vento e seu redireciona- mento; o abrigo da fauna silvestre; a melhoria da infiltração da água, diminuindo o escoamento superficial; a estética e embelezamento das cidades; a diminuição da poluição do ar; a formação de barreiras sonoras e visuais, entre outros. 16 17 É fundamental também que a população ajude a manter os espaços públicos e áreas verdes, pois existem casos, nos quais certos grupos ou indivíduos destroem tais equipamentos públicos ou espaços; afinal, não percebem a importância ecológica urbana das áreas verdes. A cidade de Curitiba no Brasil, por exemplo, tem vários parques urbanos integrados à paisagem da cidade, tendo valor ecológico, estético e também de lazer para a população. Figura 1 – Parque Urbano – Cidade de Piracicaba -SP Fonte: Acervo da Conteudista Contudo, é importante diferenciar os espaços verdes de grande porte, tais como praças e parques urbanos, dos elementos urbanísticos que contenham verde. Felisberto Cavalheiro et alli. (2003) aponta alguns critérios importantes para diferenciá-los: Vegetação e solo permeável devem ocupar, pelo menos, 70% da área verde; devem servir à população, propiciando um uso e condições para recreação. Canteiros, pequenos jardins de ornamentação, rotatórias e arborização não podem ser considerados áreas verdes, mas sim “verde de acompanhamento viário”, que com as calçadas (sem separação totalem relação aos veículos) pertencem à categoria de espaços construídos ou espaços de integração urbana (CAVALHEIRO et alii, 1999, p. 7). De qualquer forma, tais elementos urbanísticos, sejam de grande porte ou não, são importantes para estética e compõem as paisagens urbanas e devem ser preservados. 17 UNIDADE Planejamento Urbano-Ambiental e Espaços Livres É interessante a existência de espaços livres com áreas verdes para que exista possibilidade de infiltração da água, minimizando o impacto das chuvas e a possibilidade de enchentes. Entre essas práticas, podemos citar as calçadas com espaços verdes (vide figura 2), bem como os jardins em casas, condomínios de prédios residências ou comerciais. Figura 2 – Calçada Verde Fonte: istock/getty images Em relação à arborização, é fundamental considerar alguns aspectos técnicos- paisagísticos, entre os quais destacamos a arborização de vias públicas e de parques e jardins. Arborização de Vias Públicas A arborização de vias públicas (ruas e avenidas) pode ser em calçadas, bem como em canteiros que separam ruas e avenidas. É importante que no entorno das árvores plantadas exista uma área permeável, que pode ser um canteiro, ou um piso que facilite a drenagem. O espaço ideal, desde que possível de ser implantado, é para árvores de copa pequena 2 m² (diâmetro de 4m) e de 3m² para árvores de copa grande. É fundamental considerar a norma técnica (NBR 9050/94) que define que o espaço livre mínimo para pedestres deve ser de 1,20m. As calçadas devem ter piso com texturas antiderrapantes, guias rebaixadas para carros e pedestres, bem como área de passeio para transeuntes. Além disso, em espaços livres, é necessário considerar a norma do Decreto nº 5.296/04 que regulamenta as Leis n° 10.048/00 e n° 10.098/00 que estabelecem as normas gerais e os critérios de acessibilidade de pessoas com deficiência. 18 19 Em áreas de passeio com menos de 1,50 m, o ideal é não ter plantio de árvores. Se a área de passeio for maior de 2,50 m, então, poderão ser plantadas árvores ou arbustos de pequeno-médio porte chegando em torno de 12 m de altura. Em geral, nas calçadas, o tipo ideal de porte das espécies é de pequeno porte, de 2 a 5 m, que não tenham raízes grandes e nem espinhos, além de flores que possam entupir bueiros. É interessante, sempre que possível, que se busquem espécies arbustivas ou arbóreas regionais. A escolha correta da espécie a ser plantada, conforme as condições do meio circundante, pode facilitar a questão da manutenção e poda da árvore, principalmente considerando-se a rede elétrica que no Brasil quase sempre é exposta e fica no alto. Conforme exemplo da tabela 1, a seguir, é necessário considerar a distância das espécies, conforme o porte delas, em relação às placas de identificação que houver na rua-avenida, dos postes, das instalações subterrâneas (gás, água, telecomunicações etc.), mobiliário urbano (bancas, cabines telefônicas, entre outros), galerias e esquinas, além de outras situações e equipamentos urbanos. Tabela 1 – Distância Conforme Características das Espécies Tabela de Distanciamento Características da Espécie Distância Mínima em Relação a: Pequeno Porte Médio Porte Grande Porte Esquina (referenciada ao ponto de encontro dos alinhamentos dos lotes da quadra em que se situa) 5,00 m 5,00 m 5,00 m Iluminação Pública (1) (1) (1) e (2) Postes 3,00 m 4,00 m 5,00 m (2) Placas de identificação e sinalizações (3) (3) (3) Equipamentos de segurança (hidrantes) 1,00 m 2,00 m 3,00 m Instalações subterrâneas (gás, água, energia, telecomunicações, esgoto, drenagem) 1,00 m 1,00 m 1,00 m Ramais de ligações subterrâneas 1,00 m 3,00 m 3,00 m Mobiliário urbano (bancas, cabines, guaritas, telefones) 2,00 m 2,00 m 3,00 m Galerias 1,00 m 1,00 m 1,00 m Caixas de inspeção (boca-de-lobo, boca-de-leão, poço- de-visita, bueiros, caixas de passagem. 2,00 m 2,00 m 3,00 m Fachadas de edificação 2,40 m 2,40 m 3,00 m Guia rebaixada, gárgula, borda de faixa de pedestre. 1,00 m 2,00 m 1,5 R (5) Transformadores 5,00 m 8,00 m 12,00 m Espécies arbóreas 5,00 (4) 8,00 (4) 12,00 (4) (1) Evitar interferências com cone de iluminação. (2) Sempre que necessário, a copa de árvores de grande porte deverá ser conduzida (precocemente), através do trato cultural adequado, acima das fiações aéreas e da iluminação pública. (3) A visão dos usuários não deverá ser obstruída. (4) Caso as espécies arbóreas sejam diferentes, poderá ser adotada a média aritmética. (5) Uma vez e meia o raio da circunferência circunscrita à base do tronco da árvore, quando adulta, medida em metros. Fonte: PMSP, 2005, p. 17. 19 UNIDADE Planejamento Urbano-Ambiental e Espaços Livres É essencial haver um planejamento sobre como será realizada a arborização da cidade, desde sua implantação até sua manutenção. Definindo-se as normas, os tipos ou características das espécies a serem plantadas, as formas de relação com outras atividades tais como as redes de gás, de energia elétrica e água que podem interferir nos espaços verdes, conforme aponta a tabela 1. Manejo da Arborização Para o correto manejo da arborização, é necessária e muito importante a disponibilidade de informações do número e qualidade das árvores existentes no local de interesse, seja um canteiro, uma rua, um bairro ou uma cidade inteira. Para tanto, duas ações devem ser adotadas: realizar um inventário da arborização existente para que se conheça o patrimônio arbóreo com o qual se está trabalhando e uma avaliação do sistema de manejo da arborização utilizado. Estes diagnósticos deverão indicar: • Distribuição quantitativa e qualitativa da arborização existente. • Existência de espaços livres para novos plantios. • Avaliação das demandas e tecnologias empregadas na manutenção – plantio, poda, supressão, destoca e controle sanitário. • Avaliação do sistema de manutenção – rotina, programas e resposta às solicitações. • Avaliação das prioridades de acordo com as necessidades. • Avaliação do volume e da distribuição do trabalho e dos recursos necessários. • Avaliação da satisfação da população – tempo de atendimento e qualidade do serviço. Confira o texto na íntegra no link abaixo: https://goo.gl/xCzsQL Ex pl or Parques e Jardins Em espaços livres como parques e jardins, é importante ter uma variedade de espécies, tanto arbóreas quanto arbustivas e herbáceas. Além disso, que tenha diversidade em relação ao tipo de época do florescimento e frutificação, de tamanho, e dos aromas agradáveis. A biodiversidade diminui a possibilidade de perda por pragas. É interessante que se busquem espécies de copas grandes para o sombreamento; que sejam nativas da flora do Brasil e mais resistentes ao ataque de pragas e doenças; evitar-se as de baixa resistência, que tenham frutos ou flores venenosas ou que causem alergia; equilibrar-se o uso de espécies caducifólias com perenes, levando em conta no caso de espécies caducifólias a presença de calhas e bueiros. Existem outras tantas práticas importantes que podem tornar as cidades brasileiras melhores. Para isso, é essencial que se cumpram as legislações existentes, bem como exista uma participação mais efetiva da população na manutenção, fiscalização e cobrança das políticas urbano-ambientais, para que as cidades possam proporcionar melhor qualidade de vida a todos. 20 21 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Plano diretor de São Paulo propõe melhorar Problemas de Moradia e Transporte Rede Globo. Bom Dia Brasil. 06/01/2015. https://goo.gl/RYJT5V Leitura Plano Diretor Participativo: Guia para Elaboração pelos Municípios e Cidadãos BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Plano diretor participativo: guia para ela- boração pelos Municípios e cidadãos. Brasília: Ministériodas Cidades, Confea, 2005. https://goo.gl/hjAkMj Plano Diretor: Participar é um Direito INSTITUTO PÓLIS. Plano Diretor: participar é um direito. São Paulo: Editora do Instituto Pólis, 2005. https://goo.gl/E22TGk 21 UNIDADE Planejamento Urbano-Ambiental e Espaços Livres Referências BITOUN, Jan. Tipologia das cidades brasileiras e políticas territoriais: pistas para reflexão. In: Desenvolvimento e Cidades no Brasil. Contribuições para o Debate sobre as Políticas Territoriais / Jan Bitoun... [et al.]; organizadores Jan Bitoun; Lívia Miranda. Recife: FASE: Observatório das Metrópoles, 2009, p. 17-44. BRASIL. Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001. Brasília, Presidência da República- Casa Civil. 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm. Acesso em 20/05/2010. CAVALHEIRO, F.; NUCCI, J.C; GUZZO, P.; ROCHA, Y.T. Proposição de terminologia para o verde urbano. Rio de Janeiro, Boletim Informativo da SBAU (Sociedade Brasileira de Arborização Urbana), ano VII, n. 3 - Jul/ago/set de 1999. COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS (CEMIG). Manual de arbori- zação. Belo Horizonte: Cemig / Fundação Biodiversitas, 2011. Disponível em: http://www.cemig.com.br/sites/imprensa/ptbr/Documents/Manual_Arborizacao _Cemig_Biodiversitas.pdf. Acesso em 10/01/2016. INSTITUTO PÓLIS. Plano Diretor: participar é um direito. São Paulo: Editora do Instituto Pólis, 2005. Disponível em: http://www.polis.org.br/uploads/959/959. pdf. Acesso em 10/05/2010. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Parques e Áreas Verdes. Brasília. Disponível em: https://goo.gl/PZ8W9b. MORAES, Antonio Carlos Robert. Notas sobre formação territorial e políticas ambientais no Brasil. Revista Território, v. 4, n. 7, Rio de Janeiro, 1999, p. 43-50. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO (PMSP). Manual técnico e arborização urbana. São Paulo: Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, 2005. SOUZA, Marcelo Lopes de. A prisão e a ágora: reflexões em torno da democratização do planejamento e da gestão das cidades. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006a. SOUZA, Marcelo Lopes de. Mudar a cidade: uma introdução crítica ao planejamento e à gestão urbanos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006b. 22
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