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SUCESSO NA ESCRITA ACADÊMICA 
 
O objetivo deste trabalho é simples: mostrar de forma clara e 
acessível como escrever com êxito em contextos 
acadêmicos. O seu conteúdo serve para ajudar estudantes 
de graduação e pós-graduação que tenham dúvidas ou 
dificuldades na hora de escrever suas resenhas, ensaios, 
artigos, dissertações, teses e ademais. Também é um meio 
para pesquisadores e pesquisadoras que precisam melhorar 
sua escrita na hora de publicar seus textos em periódicos 
especializados em suas mais diversas áreas, ou submeter 
seus trabalhos para congressos científicos. Além disso, este 
material é útil para docentes que ensinam disciplinas sobre 
redação acadêmica e metodologia de pesquisa ou qualquer 
outra disciplina, pois pode ser usado em aulas e servir de 
referência para seus alunos e alunas. 
O conteúdo foi elaborado por profissionais com doutorado em Letras e vasta experiência em redação e 
publicação para fins científicos e em ensino de escrita acadêmica e metodologia de pesquisa. Ressalta-se 
que o mostrado aqui não é a única maneira de escrever no âmbito acadêmico, mas algumas das possíveis 
formas de fazê-lo. 
Esperamos que essa página contribua com a sua jornada no mundo da escrita acadêmica. 
 
Gêneros acadêmicos 
Existem diferentes tipos de textos acadêmicos. Nesta seção, apresentamos as características mais comuns 
de alguns deles. 
O artigo 
A resenha 
O ensaio 
O fichamento 
O relato de experiência 
TCC, monografia, dissertação e tese 
 
O artigo 
O artigo apresenta uma investigação científica em todas as suas fases fundamentais: um problema 
digno de ser pesquisado, os objetivos, materiais e métodos de pesquisa, a análise e as considerações sobre 
a investigação. É, então, um texto dissertativo que busca apresentar à comunidade científica e leitora um 
estudo novo em dada área de conhecimento. 
Esse gênero pode ser de dois tipos principais. O artigo de divulgação, também chamado de artigo 
original, é aquele que traz um tema novo ou uma metodologia nova, apresentando essa novidade na forma 
de um estudo completo e que, assim, poderá ser replicado (repetido) futuramente (inclusive pelo leitor, se for 
o caso). Ele pode ser teórico, ou empírico (ou seja, baseado em dados coletados pelo autor ou autora). Já 
o artigo de revisão trabalha com estudos já publicados, analisando e discutindo essas contribuições 
anteriores sob uma nova ótica ou ponto de vista a ser considerado. 
O artigo apresenta uma introdução que contextualiza a área temática e o problema específico 
investigado. O problema é exposto acompanhado dos objetivos de sua investigação. O texto também traz 
uma revisão de literatura e fundamentação teórica, as quais podem vir em seções próprias ou diluídas na 
introdução. A seguir, o artigo descreve os materiais e os métodos usados para conduzir a investigação do 
problema, e expõe os resultados e sua devida discussão. Após isso, é apresentada a conclusão, que 
responde diretamente ao problema investigado (para mais sobre cada um desses elementos, clique aqui 
(texto na nuvem do Google)). A isso se segue a lista de referências bibliográficas e, se necessário, 
apêndices e anexos. 
Observe que mesmo o artigo de revisão, descrito anteriormente, tem um problema central de análise 
naquela dada literatura, bem como métodos específicos para a análise do material (isto é, os estudos 
anteriores revisados) e respectivas conclusões sobre o que for dissertado na análise. 
Além da estrutura vista, é convenção incluir no artigo, após o título e identificação do autor, um resumo com 
palavras-chave adequadas para a correta indexação do texto. O resumo geralmente deve ser tanto em 
língua portuguesa quanto em uma língua estrangeira. Alguns periódicos solicitam o resumo em dois 
idiomas estrangeiros, outros delimitam o número de palavras-chave em até 5 ou até 6, outros pedem 
tradução também do título, entre outras variações. Assim, é sempre preciso verificar as diretrizes para 
autores do periódico específico em questão. 
Um exemplo de artigo acadêmico aqui. 
A resenha 
A resenha é um tipo de texto que serve para divulgar obras novas e apresentar uma obra que o(a) leitor(a) 
geralmente não leu ou não conhece. Ela pode, assim, atualizar o público leitor de modo breve sobre outras 
produções científicas, especialmente recentes. 
É comum periódicos científicos dedicarem uma seção inteira de sua publicação apenas para resenhas, já 
que elas representam uma atualização sobre quais publicações estão surgindo na área de interesse da 
revista. Por isso, normalmente, as resenhas costumam ser de obras recentes. 
As revistas normalmente especificam um período limite diferente para obras nacionais (por exemplo, 
aceitando apenas resenhas de obras publicadas no último ano, ou nos últimos dois anos, etc.), e para obras 
lançadas no exterior (geralmente, obras publicadas nos últimos cinco anos). É preciso atentar para a 
especificação feita pelo periódico em questão. 
A resenha, nesse papel de divulgar e apresentar uma dada obra, geralmente cumpre três passos essenciais: 
1) identifica a obra a ser resenhada; 2) apresenta/descreve resumidamente o conteúdo desta obra; e 3) 
aprecia/avalia criticamente esse conteúdo (mas, como veremos mais adiante, há um tipo de resenha que 
não realiza essa apreciação). 
A identificação detalha o nome do (a) autor (a) e inclui breves informações sobre sua carreira (outras obras 
dele ou dela). A identificação também informa o trabalho resenhado, seu local e editora de publicação, a 
data, e apresenta demais informações que se apliquem, como por exemplo o nome da coleção ou série a 
que a obra pertence, o número de volumes, o nome do tradutor, se for o caso, e assim por diante. 
A apresentação do conteúdo da obra consiste no resumo dos principais argumentos feitos, um 
levantamento das ideias apresentadas e defendidas pelo autor. Pode ser organizada conforme os fatos ou 
dados aparecem na obra (resumindo os capítulos ou as partes em sua ordem sequencial na obra) ou então 
em agrupamento de conjuntos de ideias. 
Já a apreciação do conteúdo pode ser tanto positiva quanto negativa, desde que seja fundamentada. De 
qualquer modo, é importante que a apreciação seja feita com respeito e zelo. 
Recomenda-se que já na apresentação do resumo da obra se insiram pequenas sinalizações sobre o tom 
da apreciação crítica (se houver). Isso pode ser feito, por exemplo, com expressões do tipo: “o autor 
sabiamente desenvolve o argumento . . .”, ou “o autor discute o ponto X de modo relativamente apressado . . 
.”. 
Tipos de resenha: 
A resenha pode ser do tipo descritiva (também chamada de resenha técnica ou resenha científica), ou 
então do tipo crítica (também conhecida como resenha opinativa). A resenha descritiva se concentra na 
avaliação do conteúdo enquanto conhecimento, ciência ou verdade, ou seja, ela faz um julgamento de 
verdades. Já a resenha crítica avalia a obra considerando valor, estilo, estética, beleza, etc. (julgamento 
de valores). Assim, a resenha crítica exige maior grau de detalhes para a fundamentação da crítica (seja ela 
positiva ou negativa), já que trata de questões menos palpáveis e mais subjetivas. 
Existem ainda as chamadas resenhas temáticas. Nesse tipo de resenha, há a apresentação de vários 
textos de diferentes autores que tratam de um mesmo tema principal. Na resenha temática, cada um 
desses textos é identificado e apreciado em termos de sua real contribuição (e o grau de qualidade dessa 
contribuição) para o tema em questão. 
Se uma resenha não emitir qualquer avaliação sobre o conteúdo, temos o caso da resenha-resumo. Esse 
tipo de resenha se limita aos dois primeiros passos descritos anteriormente, isto é, apenas identificar a obra 
e resumir seu conteúdo. Então, essa modalidade cumpre uma função meramente informativa, e nãobusca 
convencer o leitor sobre a importância ou valor de ler dada obra ou não. 
Veja um exemplo de resenha aqui. 
O ensaio 
O ensaio é um texto de caráter crítico sobre certo debate ou questão de ordem científica. Nesse 
sentido, o ensaio é discursivo, no sentido de mostrar o posicionamento e as reflexões do autor a 
respeito do ponto sob consideração. O autor ‘ensaia’ um discurso de manifestação sobre um ponto de 
vista, a partir de questionamentos, críticas, experimentações e ponderações sobre o tema. 
Para tanto, o ensaio, ainda que trazendo posicionamento nítido, se apresenta de modo formal e bem 
articulado, a fim de expor lógica e claramente as reflexões e argumentação do(a) autor(a). As reflexões 
devem ser feitas com racionalidade e seriedade, a partir da capacidade do(a) autor(a) de articular 
conhecimentos e posicionamentos e proceder interpretações e avaliações sobre a área na qual 
reflete. O modo de fazer tais articulações é mais flexível do que em outros gêneros, mas ainda assim o 
rigor e a organização são fundamentais, assim como o comprometimento e maturidade intelectual 
de quem redige o ensaio. 
Já que defende um ponto de vista, o ensaio não exige, como o artigo ou as dissertações e teses, a 
inclusão extensiva de referenciais teóricos de apoio ou de provas e evidências empíricas para cada item 
argumentado. É evidente que o texto precisa ser sensato em sua argumentação, no sentido de 
oferecer reflexões plausíveis a partir do que a ciência já demonstrou na área, não podendo, portanto, 
ser caótico nem aleatório. Nesse sentido, diz-se que o ensaio é um gênero que permite certa transição 
entre o cultural, o literário, o didático e o não-didático, o científico e o filosófico. 
Um exemplo de um ensaio pode ser encontrado aqui. 
O fichamento 
O fichamento não se constitui em um material publicável como um artigo ou uma resenha. Trata-se, na 
verdade, de um registro criado durante a fase de pesquisa bibliográfica para a realização de um 
dado estudo. Se o fichamento é bem feito, ele também viabiliza ao estudante a assimilação de 
conteúdo. Ele é um método de armazenar informações e consultar sobre obras lidas, podendo-se 
fazer fichamento de uma obra na íntegra ou apenas de um capítulo ou parte que for de interesse da 
pesquisa. Como o nome sugere, o fichamento é feito em fichas, como veremos mais adiante na 
exemplificação de seus diferentes tipos. 
Normalmente, se faz um fichamento de obras de modo a poder acessar mais rapidamente, no ato da 
escrita do texto em si, os conteúdos sobre o assunto pesquisado. Então, no fichamento, basicamente 
se registra a identificação completa da obra (autor, editora, título, tradutor, edição, cidade, etc.) e 
os principais pontos de seu conteúdo, de modo resumido. 
Tipos de fichamento: 
O fichamento de conteúdo (ou de resumo) se concentra no pensamento do (a) autor (a) da obra e no 
desenvolvimento lógico de suas ideias. Ele pode registrar não apenas o progresso dessas ideias no 
texto como também suas fundamentações, justificativas, exemplos, etc. Isso deve ser feito nas palavras 
do (a) autor (a) do fichamento (ou seja, você), que escreve com seus termos o que o (a) autor (a) da 
obra sob fichamento discute. Exemplo: 
Assunto: Os professores diante do saber: esboço de uma problemática do saber docente (p. 31-
55). Capítulo 1. 
Fonte: TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 16. ed. Petrópolis: 
Editora Vozes, 2014. 
O trabalho do autor baseia-se em uma pesquisa sociológica desenvolvida desde o surgimento, 
nos anos 1980, da preocupação científica com os saberes dos professores. O autor divide o 
capítulo em três partes, sendo a primeira sobre a pluralidade do saber docente, a segunda sobre 
a importância do saber experiencial na visão dos próprios educadores, e a terceira trazendo 
conclusões preliminares. Tardif argumenta que o saber docente é composto pelos seguintes 
aspectos: os saberes de formação profissional, os saberes da disciplina em si, os saberes 
experienciais e os saberes curriculares da instituição escolar.(etc.) 
 
O fichamento de citações (ou de transcrição) consiste no registro de citações diretas da obra, 
observando-se absoluto rigor para anotar o trecho tal e qual consta no trabalho original, e marcando 
as aspas de início e fim da citação e sua página. Exemplo: 
Assunto: Os professores diante do saber: esboço de uma problemática do saber docente (p. 31-
55). Capítulo 1. 
Fonte: TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 16. ed. Petrópolis: 
Editora Vozes, 2014. 
“Pode-se chamar de saberes profissionais o conjunto de saberes transmitidos pelas instituições 
de formação de professores (escolas normais ou faculdades de ciências da educação” (p. 36). 
“Ao longo de suas carreiras, os professores devem também apropriar-se de saberes que 
podemos chamar de curriculares. Estes saberes correspondem aos discursos, objetivos, 
conteúdos e métodos a partir das quais a instituição escolar categoriza e apresenta os saberes 
sociais por ela definidos e selecionados como modelos da cultura erudita e de formação” (p. 38). 
(etc.) 
 
Há também o fichamento bibliográfico, no qual são registrados os tópicos abordados e feitos 
comentários descritivos sobre a obra (diferente do fichamento de conteúdo, que apenas resume o 
pensamento do autor ou da autora). Em qualquer caso, a identificação completa da obra é fundamental 
para você não correr riscos de escrever informações imprecisas ou erradas, ou cometer, 
intencionalmente ou não, casos de plágio. 
Assunto: Os professores diante do saber: esboço de uma problemática do saber docente (p. 31-
55). Capítulo 1. 
Fonte: TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 16. ed. Petrópolis: 
Editora Vozes, 2014. 
A obra insere-se nos campos de pesquisa educacional e de formação profissional. O autor 
aborda o tema de forma analítica e comentada, fundamentando-se em coleta qualitativa de dados 
e estabelecendo relações entre diferentes contextos no que tange o tema em pauta.(etc.) 
Quando professores e professoras pedem para seus estudantes fazerem um fichamento, geralmente se 
referem aos tipos bibliográfico ou de conteúdo. Cabe ao aluno ou aluna seguir as instruções dadas 
por cada instrutor (a). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O relato de experiência 
O relato de experiência é um texto que descreve precisamente uma dada experiência que possa 
contribuir de forma relevante para sua área de atuação (por exemplo, um curso novo ministrado 
sobre determinado assunto, um projeto profissional, etc.). Ele traz as motivações ou metodologias para 
as ações tomadas na situação e as considerações/impressões que a vivência trouxe àquele (a) que a 
viveu. O relato é feito de modo contextualizado, com objetividade e aporte teórico. Em outras 
palavras, não é uma narração emotiva e subjetiva, nem uma mera divagação pessoal e aleatória. 
Enquanto alguns defendem que nesse tipo de texto exista maior liberdade para descrever impressões e 
tecer considerações com uma linguagem mais pessoal, outros mantêm que, sendo um trabalho 
científico, ele deve manter a impessoalidade e seriedade (isto é, o não envolvimento emocional) que a 
academia requer. Dada essa dicotomia de pensamentos, recomendamos, na medida do possível, que 
você sempre verifique o tom dos relatos de experiência em sua área de atuação, nos periódicos em 
que gostaria de publicar, e também em anais de edições anteriores de eventos científicos dos quais 
você queira participar. 
Seja como for, o relato deve trazer considerações (a partir da vivência sobre a qual se relata e reflete) 
que sejam significativas para a área de estudos em questão. Isto é, é importante que seu relato não 
fique apenas no nível de descrever uma situação. Ele deve ir além e estabelecerponderações e 
reflexões, embasadas na experiência relatada e no seu respectivo aparato teórico. É esperado que tais 
experiências possam contribuir para outros pesquisadores da área, ampliando o efeito da sua 
experiência como potencial exemplo para outros estudos e vivências. 
O relato de experiência normalmente inclui uma introdução com marco teórico de referência para a 
experiência. A seguir, traz os objetivos da vivência e expõe as metodologias empregadas para 
realizar tal experiência, incluindo descrição do contexto e dos procedimentos. Após isso, 
apresentam-se os resultados observados e as considerações tecidas a partir dos mesmos. 
Um exemplo de relato de experiência pode ser encontrado aqui. 
O projeto de pesquisa 
Em muitas ocasiões, principalmente em cursos e seleções de mestrado e doutorado, é comum que 
alunos (as) necessitem escrever um projeto de pesquisa. O projeto de pesquisa é, basicamente, um 
documento que explica a seus leitores (as) (geralmente membros de uma banca avaliadora) o que 
você pretende fazer na pesquisa proposta. 
Portanto, um projeto de pesquisa típico geralmente contém os seguintes elementos: 
● Introdução, incluindo tema, objetivos, justificativa, perguntas de pesquisa e/ou hipóteses; 
● Revisão de literatura feita até o momento; 
● Método a ser utilizado; 
● Cronograma de atividades. 
Fica claro, então, que os elementos do projeto de pesquisa são similares aos primeiros elementos do 
texto acadêmico clássico, como o artigo, TCC, monografia, tese e dissertação. Para uma explicação 
detalhada de cada um desses elementos (introdução, revisão de literatura e método), clique aqui 
.http://www.escritaacademica.com/topicos/elementos/ 
Além disso, o projeto de pesquisa pode conter elementos pré- e pós-textuais. Eles geralmente são: 
● Elementos pré-textuais: capa, folha de rosto, sumário, resumo; 
● Elementos pós-textuais: referências bibliográficas, apêndices e anexos. 
Mais uma vez, destacamos o fato desses elementos serem similares aos encontrados no trabalho final. 
No entanto, há pelo menos 3 grandes diferenças entre o trabalho final e o projeto de pesquisa. Essas 
são: 
1. O seu projeto de pesquisa trata do que você ainda irá fazer. Sendo assim, ele geralmente é 
escrito no futuro, enquanto seu texto final (dissertação, tese, etc.) é escrito no passado, pois 
se refere a algo que você já fez; 
2. Espera-se que as seções do texto final estejam mais desenvolvidas que as do projeto, uma 
vez que você teve mais tempo e dedicação ao trabalho. 
3. Portanto, não se recomenda simplesmente transformar seu projeto nos primeiros 
capítulos de seu texto final. Ao invés disso, tome ele como base, ampliando sempre que 
necessário e possível; 
4. No projeto de pesquisa, você tem que adicionar um cronograma de atividades, que 
geralmente corresponde a uma tabela mostrando os passos que você irá seguir no decorrer 
dos próximos meses ou anos para completar sua pesquisa e seu texto final. O exemplo 
abaixo (fictício) pode servir de base para seu cronograma. 
Exemplo de cronograma de pesquisa (baseado em pesquisa básica, geralmente de TCC ou 
monografia, dado o curto espaço de tempo): 
 
TCC, monografia, dissertação e tese 
Os trabalhos de conclusão de curso (TCCs) de graduação, as monografias de especialização, as 
dissertações de mestrado e as teses de doutorado são textos semelhantes em termos de linguagem, 
estilo e estrutura (ou seja, sendo compostos por elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais). No 
entanto, esses tipos de trabalho são muito diferentes no que tange seus graus de complexidade, de 
detalhamento e de originalidade. 
Evidentemente, do primeiro texto (o TCC) até o último (a tese), os graus de complexidade e 
detalhamento aumentam progressiva e significativamente, acompanhando o próprio 
amadurecimento intelectual do (a) pesquisador (a), nos seus processos de obter o título de licenciado 
(a) ou bacharel, de especialista, de mestre ou de doutor (a). Essa progressão também vai ao encontro 
da melhor instrumentalização do (a) aluno (a), que, avançando em seus estudos de pós-graduação, 
torna-se cada vez melhor capacitado (a) para realizar procedimentos metodológicos e lidar com 
problemas de pesquisa mais densos. Já a questão de originalidade é requerimento primordial da tese 
de doutorado, visto que a mesma exige uma efetiva contribuição nova a ser agregada para dada área 
de estudos. 
Sobre as semelhanças, o estilo do texto requer linguagem clara, concisa, formal, impessoal, objetiva, 
com tom sóbrio e apresentando rigor e organização textual que respeitem as partes do estudo e os 
objetivos propostos. Já a estrutura, de modo geral, deve incluir em todos esses tipos de trabalho uma 
ordem lógica de introdução do estudo, seu desenvolvimento, e as respectivas conclusões sobre a 
pesquisa conduzida (veja mais aqui), além dos elementos pré- e pós-textuais (para mais, clique aqui). 
Vejamos as definições específicas para esses trabalhos, segundo as diretrizes da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): 
Conforme publicado nas normas NBR 14724, de 2002*, os trabalhos de conclusão de curso de 
graduação (TCCs) e os de curso de especialização (monografias) devem “expressar conhecimento 
do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo 
independente, curso, programa e outros ministrados” (p. 4). 
A dissertação de mestrado, por sua vez, “representa o resultado de um trabalho experimental ou 
exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com 
o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura 
existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato” (p. 3). 
Já a tese de doutorado, que, como a dissertação, também lida com um trabalho de caráter 
experimental ou a elucidação de estudo sobre tema específico, ainda exige sua elaboração “com base 
em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão” (p. 4). 
*Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e 
documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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