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Direito Constitucional I
Professor: Onélio Luis Soares dos Santos
Aluno: Mateus Corrêa Cardoso
Poder Constituinte: conceito, origem, espécies. Reforma e revisão constitucional. Limites do Poder Derivado (revisional e reformador).
Poder Constituinte: é a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, social e juridicamente organizado. É aquele poder capaz de criar, modificar ou implementar normas de força constitucional.
Origem: Século XVIII, de ideologia revolucionária, posteriormente sendo denominado liberalismo, que insurgiu contra o absolutismo real para defender a liberdade individual.
Espécies: 
Poder Constituinte Originário: estabelece a constituição de um novo Estado, organizando e criando os poderes destinados a reger os interesses de uma sociedade. Não deriva de nenhum outro, não sofre qualquer limite e não se subordina a nenhuma condição.
Características:
Inicial: não se fundamenta em nenhum outro; é a base jurídica de um Estado.
Autônomo/ilimitado: não está limitado pelo direito anterior, não tendo que respeitar os limites postos pelo direito positivo anterior, não há nenhum condicionamento material.
Incondicionado: não está sujeito a qualquer forma pré-fixada para manifestação de sua vontade; não está submisso a nenhum procedimento material.
Poder Constituinte Derivado: é o nome dado ao poder que é legado pelos cidadãos de determinada coletividade a um representante que terá a tarefa de atualizar ou então inovar a Ordem Jurídica Constitucional. Também chamado de instituído, reformador ou de segundo grau. É secundário, pois deriva do poder originário. Encontra-se na própria Constituição e tem suas limitações (explícitas e implícitas) por ela impostas.
Características:
Derivado: deriva de outro poder que o instituiu, retirando força do Poder Constituinte Originário;
Subordinado: está subordinado a regras materiais; encontra limitações no texto constitucional.
Condicionado: seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas no texto da Constituição Federal; é condicionado a regras formais de procedimento legislativo.
Subdivide-se em:
I – Poder Constituinte Derivado Reformador: criado pelo Poder Constituinte Originário para modificar as normas constitucionais já estabelecidas através de Emendas Constitucionais.
II - Poder Constituinte Derivado Decorrente: também obra do Poder Constituinte Originário. É o poder investido aos Estados Membros para elaborar sua própria constituição, dando a possibilidade dos mesmos estabelecerem sua auto-organização.
III - Poder Constituinte Derivado Revisor: Destina-se a adaptar a Constituição à realidade que a sociedade aponta como necessária.
Limites do Poder Derivado
Limites Expressos: derivam da letra constitucional
Limites Temporais: o objetivo é fixar e assim mostrar sua soberania para, dessa forma, adquirir respeito;
Limites Circunstanciais: são limitações consubstanciadas em normas aplicáveis a situações excepcionais, de extrema gravidade nas quais a livre manifestação do poder derivado reformador possa estar ameaçado;
Limites Materiais: impedem a alteração de determinados conteúdos consagrados no texto constitucional. São denominadas Cláusulas Pétreas.
Limites Implícitos: Representam limites à possibilidade de mexer na constituição.
Revisão Constitucional: está prevista no art. 3° do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que estabelece que a revisão constitucional seja realizada cinco anos após a promulgação da constituição, por deliberação de maioria absoluta do Congresso Nacional, em sessão unilateral.
Características:
Procedimento simplificado: exigia, apenas, maioria absoluta do Congresso Nacional, em sessão unilateral, para modificar a Constituição.
Procedimento único: só foi prevista uma revisão constitucional, cinco anos após a promulgação da CF/88, ocorrida em 93/94. Não poderá ocorrer outra com base na autorização do art. 3° do ADCT.
Vedação aos Estados-Membros: os Estados-Membros não podem criar um procedimento simplificado de revisão para modificação de suas Constituições.
Promulgação das Emendas: as Emendas Constitucionais aprovadas durante a revisão constitucional são denominadas “Emendas Constitucionais de Revisão (ECR)”, e foram promulgadas pela Mesa do Congresso Nacional (foram aprovadas pelo Congresso Nacional, em sessão unicameral).
Reforma Constitucional: prevista no art. 60 da CF/88, é um procedimento bem mais complexo e dificultoso do que o processo de revisão.
Características:
Procedimento árduo e rígido: exige votação em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, necessitando da aprovação de 3/5 dos votos em ambos os turnos;
Procedimento Permanente: ao contrário da revisão, o processo de reforma é permanente. Enquanto a Constituição estiver vigente, poderá ser modificada por meio de reforma, estabelecida no art. 60 CF/88;
Vinculação dos Estados-Membros: o processo de reforma, previsto no art. 60 da CF/88 é de observância obrigatória dos Estados-Membros, no tocante a modificação de suas Constituições.
Promulgação de Emendas: as Emendas resultantes de reforma constitucional são promulgadas pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

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