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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA AMAZÔNIA CURSO: ENGENHARIA CIVIL TOPOGRAFIA MÉTODOS DE LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO BOA VISTA - RR 2018 ALESSANDRA TAUANE OLIVEIRA E OLIVEIRA CAMILA DE ARAÚJO MARINHO IURY MANOEL AMORIM DE LIMA JAMES DA CONCEIÇÃO SILVA RAIR BARROS RODRIGUES RAIMUNDA LAVOR DA SILVA TOPOGRAFIA MÉTODOS DE LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO Trabalho apresentado ao curso de Engenharia Civil, na instituição de ensino Estácio da Amazônia. Como requisito para a obtenção de nota na disciplina de Topografia, ministrada pelo Professor Luís Gustavo. . BOA VISTA - RR 2018 SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3 1.1 Conceito da Altimetria ...................................................................................................................... 4 2.0 Métodos do Levantamento Altimétrico ............................................................................................ 4 2.1 Nivelamento Geométrico ou Nivelamento Direto ............................................................................ 4 2.2 Nivelamento Trigonométrico ............................................................................................................ 4 2.3 Nivelamento Taqueométrico ............................................................................................................ 4 3.0 Processo de nivelamento .................................................................................................................. 5 3.1 Nivelamento trigonométrico ............................................................................................................. 5 3.1.1 Determinação da diferença de nível .............................................................................................. 5 3.1.2 Nivelamento com clinômetro ........................................................................................................ 5 3.1.3 Nivelamento com teodolito ........................................................................................................... 6 3.1.4 Determinação da diferença de nível de um ponto inacessível ...................................................... 7 3.1.5 Nivelamento com teodolito - Exemplo .......................................................................................... 8 3.2 Nivelamento Taqueométrico ............................................................................................................ 9 3.2.1 Fórmulas Básicas .......................................................................................................................... 10 3.3 Nivelamento Geométrico ................................................................................................................ 11 4.0 Métodos de nivelamento geométrico ............................................................................................ 13 4.1 Métodos de Visadas Iguais .............................................................................................................. 13 4.2 Métodos de Visadas Extremas ........................................................................................................ 14 4.3 Métodos de Visadas Equidistantes ................................................................................................. 14 4.4 Métodos de Visadas Recíprocas ...................................................................................................... 15 5.0 Nivelamento geométrico simples ................................................................................................... 15 6.0 Nivelamento geométrico composto ............................................................................................... 16 7.0 Erros em Nivelamentos “Causas” .................................................................................................... 17 8.0 Nivelamento e Contranivelamento ................................................................................................. 18 9.0 NBR13133 - Execução de levantamento topográfico ..................................................................... 19 10.0 Equipamentos ............................................................................................................................... 20 11.0 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 21 12.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................... 22 3 1.0 INTRODUÇÃO Ao iniciar o estudo da Altimetria faz-se necessário, primeiramente, relembrar a definição de Topografa e sua divisão. Define-se Topografia como a ciência aplicada baseada na geometria e trigonometria plana, que utiliza medidas de distâncias (horizontais ou inclinadas), ângulos (horizontais e verticais), orientação (azimute) e diferenças de nível, com o fim de obter a representação, em projeção ortogonal sobre um plano de referência, dos pontos que definem a forma, dimensão e posição relativa de uma porção limitada do terreno, sem considerar a curvatura da Terra. Visando atender seus objetivos, a Topografa se divide em Topometria e Topologia. A Topometria estuda os procedimentos de medida de distâncias, ângulos e diferença de nível. Encarrega-se, portanto, da medida de grandezas lineares e angulares, quer seja no plano horizontal ou no plano vertical. Por sua vez a Topometria se divide em: Planimetria e Altimetria. Enquanto a planimetria estuda e estabelece os procedimentos e métodos de medida de ângulos e distâncias no plano horizontal, a altimetria estuda e estabelece os procedimentos e métodos de medida de ângulos verticais e diferenças de nível (diferença de alturas) entre pontos do terreno. A operação topográfica que visa a obtenção de dados altimétricos é o nivelamento. 4 1.1 Conceito da Altimetria Arte e ciência da medição de alturas ou de elevações, bem como a interpretação de seus resultados. Parte da topografia que tem como objetivo determinar as alturas relativas de diferentes pontos do terreno, isto é, medir as diferenças de nível entre dois ou mais pontos no terreno. 2.0 Métodos do Levantamento Altimétrico Basicamente três métodos são empregados para a determinação dos desníveis: Nivelamento Geométrico, Trigonométrico e Taqueométrico. 2.1 Nivelamento Geométrico ou Nivelamento Direto “Nivelamento que realiza a medida da diferença de nível entre pontos no terreno por intermédio de leituras correspondentes avisadas horizontais, obtidas com um nível, em miras colocadas verticalmente nos referidos pontos”. ABNT (1994, p3). 2.2 Nivelamento Trigonométrico “Nivelamento que realiza a medição da diferença de nível entre pontos no terreno, indiretamente, a partir da determinação do ângulo vertical da direção que os une e da distância entre estes, fundamentando-se na relação trigonométrica entre o ângulo e a distância medidos, levando em consideração a altura do centro do limbo vertical do teodolito ao terreno e a altura sobre o terreno do sinal visado”. ABNT (1994, p4). 2.3 Nivelamento Taqueométrico “Nivelamentotrigonométrico em que as distâncias são obtidas taqueometricamente e a altura do sinal visado é obtida pela visada do fio médio do retículo da luneta do teodolito sobre uma mira colocada verticalmente no ponto cuja diferença de nível em relação à estação do teodolito é objeto de determinação”. ABNT (1994, p4). 5 3.0 Processo de nivelamento • Nivelamento trigonométrico; • Nivelamento geométrico; • Nivelamento estadimétrico. 3.1 Nivelamento trigonométrico O nivelamento trigonométrico é baseado na resolução de um triângulo retângulo. Valores conhecidos: uma base (distância horizontal) e o ângulo de inclinação do terreno (α). Os ângulos de inclinação do terreno são medidos com o emprego do teodolito ou clinômetro. O nivelamento trigonométrico é empregado quando se trata de determinar a diferença de nível entre dois pontos acessíveis, separados por grande distância, ou quando se tem um ponto acessível e outros inacessíveis. 3.1.1 Determinação da diferença de nível DN = DH . Tg α α = ângulo de inclinação do terreno; DH = Distância horizontal; DN = Diferença de nível 3.1.2 Nivelamento com clinômetro Usado em serviços de conservação de solos, nivelamento de seções transversais em estradas, etc. 6 DN = DH . Tg α EST. ANG/DIST DIF. NÍVEL (m) COTAS OBS. + - A - B 20° / 30,00 10,92 60,92 cota A = 50m B - C -18° / 11,00 3,57 57,35 C - D 0° / 15,00 - - 57,35 D - E 9° / 25,00 3,96 61,31 3.1.3 Nivelamento com teodolito Esse tipo de nivelamento é útil quando se quer obter diferenças de nível para pontos de difícil acesso ou distantes. DN = DH . Tg i + hi – FM e DN = DH . Cotg Z + hi –FM 7 i = ângulo vertical; Z = ângulo zenital; DH = Distância horizontal; DN = Diferença de nível; hi = altura do instrumento; FM = leitura do fio médio. A planilha abaixo contém as observações de campo de um nivelamento trigonométrico efetuado na poligonal aberta ABCD. EST. Z DH hi (m) FM DN COTA OBS. (m) (m) A - B 92°14'00'' 524,35 1,48 1,000 - 19,96 Cota B Cota A 130,04 150 m B - C 91°54'00'' 732,46 1,52 1,000 - 23,77 Cota C Cota B 106,27 130,04 C - D 87°23'00'' 631,24 1,50 1,000 + 29,34 Cota D Cota C 135,61 106,27 3.1.4 Determinação da diferença de nível de um ponto inacessível Considerando-se a figura, seja P o ponto cuja cota queremos determinar, com o auxílio de uma base AB. Com o teodolito medimos os ângulos horizontais a e b e os ângulos zenitais Z1, Z2 e Z3. 8 3.1.5 Nivelamento com teodolito - Exemplo Determinar a diferença de nível entre um ponto A (acessível) e um ponto C (inacessível). Procedimento: 1. Marcar no terreno uma base de comprimento conhecido; 2. Centralizar o teodolito em A e medir o ângulo horizontal a; 3. Nessa posição, medir o ângulo zenital Z; 4. Mede-se a altura do instrumento; 5. Centralizar o teodolito em B e medir o ângulo horizontal b. 9 Queremos saber a altura de uma árvore BE cujo ápice visamos de dois pontos A e D, distanciados entre si de 45.60 m, com um goniómetro estacionado à altura de 1.60 m, acima do terreno plano e horizontal. Os ângulos a e b, lidos são respectivamente de 5.8200 grados e 13.7200 grados. 3.2 Nivelamento Taqueométrico 10 Nivelamento Taqueométrico 3.2.1 Fórmulas Básicas DH = Distância Horizontal DH = (FS –FI) x 100. sen² Z DV = Distância Vertical DV = (FS –FI) x 100. sen Z x cos Z Cota A = Cota B + AI ± DV – FM DN = Diferença de nível DN = hi + DV - Fm 11 3.3 Nivelamento Geométrico As diferenças de nível são determinadas com instrumentos (nível) onde se visa a reta focal (centro óptico do nível) que intercepta a mira (régua vertical - mira taqueométrica) colocada nos pontos da superfície topográfica, em que se deseja determinar as cotas (desnível). Determina-se assim os valores em relação ao ponto onde está instalado o instrumento. OBS.: No nivelamento geométrico, não se importa o local onde o nível fica estacionado mas sim, a sua altura (cota). Sendo assim, não é necessário centrar o aparelho sobre um ponto ou piquete. 12 Nivelamento Geométrico É fundamental que o instrumento esteja estacionado em nível, sendo necessário uma verificação visual constantemente. 13 4.0 Métodos de nivelamento geométrico Visadas Iguais; Visadas Extremas; Visadas Equidistantes; Visadas Recíprocas. 4.1 Métodos de Visadas Iguais Processo mais empregado; Consiste em leituras feitas sobre duas miras igualmente afastadas do nível colocadas sobre os pontos dos quais se deseja definir a diferença de altitude ou cota. A necessidade do nível estar a igual distância entre as miras não implica necessariamente que o mesmo deva estar alinhado entre elas. 14 4.2 Métodos de Visadas Extremas Neste método determina-se o desnível entre a posição do nível e da mira através do conhecimento da altura do nível e da leitura efetuada sobre a mira. 4.3 Métodos de Visadas Equidistantes Neste método de nivelamento geométrico efetuam-se duas medidas para cada lance. Uma das principais aplicações para este método é a travessia de obstáculos, como rios, terrenos alagadiços, depressões, rodovias movimentadas, etc. 15 4.4 Métodos de Visadas Recíprocas Consiste em fazer a medida duas vezes para cada lance, sendo que diferentemente dos outros casos, o nível deverá estar estacionado sobre os pontos que definem o lance. O nivelamento geométrico é classificado em dois tipos - Nivelamento geométrico simples; - Nivelamento geométrico composto. 5.0 Nivelamento geométrico simples É um método onde de um único ponto do terreno, se determina as diferenças de nível entre todos os pontos topográficos necessários para o objetivo. É importante saber que a leitura inicial ou ponto visado como (ré), deve sempre ter um valor de cota ou altitude conhecida. DN(AB) = Ré - Vante O cálculo das diferenças de nível poderá ser feito considerando a diferença de nível total entre o ponto A e os demais, ou calculando as diferenças de nível parciais entre os pontos nivelados. A diferença de nível total entre A e F será a soma algébrica das diferenças de nível parciais. 16 Nivelamento geométrico simples 6.0 Nivelamento geométrico composto Consiste numa sequência de nivelamento geométrico simples, interligadas em estacionadas do aparelho, aplicadas em situações como: 1. Em terrenos muito íngreme, onde diferença de nível entre dois pontos sequenciais ultrapassam a altura da mira taqueométrica que têm 4 metros. 2. Quando a distância entre os dois pontos a nivelar ultrapassam o alcance ideal de visada do nível, e isso acontece quando há muita reverberação da insolação sobre a superfície, ó que induz à leituras erradas. DN(AB) = DN(AM) + DN (MB) 17 Montar a tabelade nivelamento geométrico e preenchê-la Cota de 1 = 100,000 7.0 Erros em Nivelamentos “Causas” 1. Desvio na horizontalidade do eixo da luneta do nível; 2. Falta de arrumamento na verticalidade da mira; 3. Erro leitura da mira taqueométrica “acuidade visual” 4. Refração atmosférica e reverbação. 18 8.0 Nivelamento e Contranivelamento O erro cometido no total das operações de um nivelamento geométrico em poligonal aberta é determinado por outro nivelamento em sentido contrário, denominado contranivelamento. As diferenças de nível totais entre as duas operações realizadas dever ser iguais, porem de sinais contrários. Em se tratando de uma poligonal fecha da, a soma algébrica d as diferenças de níveis parciais deve ser nula. A diferença encontrada deve e star abaixo de uma tolerância estabelecida. Normalmente está tolerância é dada por: Tolerância altimétrica = n . k1/2 Onde n é um valor em centímetros ou milímetros e k é a distância média nivelada em quilômetros, ou seja a média da distância percorrida no nivelamento e contranivelamento. Por exemplo, sejam fornecidos os valores abaixo correspondentes ao nivelamento e contranivelamento de uma seção, definida pelos pontos A e B, realizar a verificação do trabalho. • Desnível do nivelamento ΔHNIV = 2,458m (sentido de A para B) • Desnível do contranivelamento ΔHCON = -2,460m (sentido de B para A) • Distância nivelada (nivelamento) DNIV = 215,13m • Distância nivelada (contranivelamento) DCON = 222,89 m • Tolerância altimétrica: (n) =20mm 19 9.0 NBR13133 - Execução de levantamento topográfico Os níveis são classificados segundo desvio-padrão de 1km de duplo nivelamento, conforme Tabela a seguir. As referências de nível do apoio topográfico altimétrico, sempre que possível, devem estar vinculadas às referências do nível do apoio geodésico de alta precisão, de precisão ou de fins topográficos. A vinculação deve-se dar por intermédio de nivelamento geométrico duplo (nivelamento e contranivelamento), desde a referência de nível de apoio geodésico até uma das referências de nível do apoio topográfico. As referências de nível, espaçadas de acordo com o terreno, área a ser levantada e condições peculiares da finalidade do levantamento, devem ser implantadas por meio de nivelamento geométrico duplo - nivelamento e contranivelamento - em horários distintos, em princípio, a partir de referências de nível do SGB. São recomendados cuidados usuais, a fim de se rem evitadas a ocorrência e a propagação de erros sistemáticos, muito comuns nas operações de nivelamento geométrico, devendo para tanto ser consultados os manuais dos fabricantes dos níveis. Os comprimentos das visadas de ré e de vante devem ser aproximadamente iguais e de, no máximo, 80 m, sendo ideal o comprimento de 60 m, de modo a compensar os efeitos da curvatura terrestre e da refração atmosférica, além de melhorar a exatidão do levantamento por facilitar a leitura da mira. 20 Para evitar os efeitos do fenômeno de reverberação, as visadas devem situar- se acima de 50 cm do solo. As miras devem ser posicionadas aos pares, com alternância a vante e a ré, de modo que a mira posicionada no ponto de partida (lida a ré) seja posicionada, em seguida, no ponto de chegada (lida a vante), sendo conveniente que o número de lances seja par. As miras, devidamente verticalizada s, devem ser apoiadas sobre chapas ou pinos e, no caminhamento, sobre sapatas, mas nunca diretamente sobre o solo. 10.0 Equipamentos - Nível; - Tripé; - Sapata; - Cantoneira de nível; - Caderneta de campo; - Mira; - Planilha de Nivelamento Geométrico. 21 11.0 CONCLUSÃO Após essa pesquisa elaborada sobre os métodos de levantamento altimétrico, aprendemos o papel da altimetria na Topografia que tem como objetivo determinar as alturas relativas de diferentes pontos do terreno, isto é, medir as diferenças de nível entre dois ou mais pontos no terreno. Verificamos que existe basicamente três métodos que são empregados para a determinação dos desníveis: Nivelamento Geométrico, Trigonométrico e Taqueométrico. Logo após aprendemos sobre a função de cada um desses métodos utilizado na topografia. A pesquisa foi de grande importância para se obter um conhecimento sobre a topografia contribuindo para nossa formação e nos ajudando a se tornar grandes profissionais. 22 12.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 13133: Execução de levantamento topográfico. Rio de Janeiro. 1994. BORGES, Alberto de Campos. Topografia: volume 1. 2. ed. São Paulo: Editora Blucher, 1977. ESPARTEL, Lélis. Curso de Topografia: volume 1. 7. ed. Porto Alegre: Ed Globo S.A, 1980. MENEGHELLI, Regiani Cristina. Anotações de aula; disciplina de Topografia. UNIVALI, Itajaí. 2009.
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