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aula gestão pública

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A ORIGEM DO ESTADO E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A palavra Administração deriva do latim ad (direção ou tendência para) e minister (subordinação ou obediência)
Administração, portanto, refere-se ao “conjunto de normas e funções que disciplinam os elementos de produção, submetem a produtividade a um controle de qualidade, organizam a estrutura e o funcionamento de um estabelecimento” (HOUAISS; VILLAR; FRANCO, 2009, p. 51). 
Gestão Pública é o termo que designa um campo de conhecimento (ou que integra um campo de conhecimento) e de trabalho relacionados às organizações cuja missão seja de interesse público. Abrange áreas como Recursos Humanos, Finanças Públicas e Políticas Públicas, entre outras.
O conceito de gestão pública surgiu a partir da década de noventa, principalmente na evolução dos processos pós-burocráticos que podemos chamar de administração onde vários estados já haviam implementado essa forma de administração pública como a Grã Bretanha no final da década de setenta, os Estados Unidos na década de oitenta e assim o Brasil a partir da segunda metade da década de noventa.
Uma organização pode ser privada ou pública, mas com interesses que afetam toda a comunidade. Por tanto, pode haver “Gestão Pública” em organizações públicas e privadas, embora seja bastante incomum uma preocupação real com a coletividade por parte de entes privados. 
O que é ser um Gestor?
Quando falamos de Gestor, falamos de um profissional responsável pelo detalhamento de mecanismos e estruturas consolidadas dentro das empresas. A figura do Gestor está ligada a tomada de decisões ágeis e flexíveis, uma vez que existem mercados que exigem tais medidas por parte das organizações empresariais.
Além disso, o Gestor é o profissional que tem como missão buscar soluções que garantam o bom andamento das tarefas dentro das empresas. Portanto, cabe também aos gestores lidar com questões estruturais como conexões de internet, ciclo de vida do produto, comunicação entre filiais, dentre outras demandas. É de responsabilidade do Gestor lidar com eficiência com a relação custo-benefício dos processos e tarefas adotados.
O Administrador é um profissional que pode atuar nos mais variados departamentos da empresa. Este profissional é responsável pela organização, planejamento e orientação para que haja um uso assertivo e eficaz de todos os recursos da empresa (físicos, tecnológicos, humanos, financeiros, entre outros). É de responsabilidade do Administrador garantir que não hajam gastos desnecessários, bem como não haja falhas na comunicação. 
Estas são algumas das diferenças que existem estes profissionais. Vale ressaltar que um não exclui o outro. Para o bom andamento dos processos dentro da empresa, é fundamental que estejam presentes um gestor e um administrador.
Vídeo Gestor Mario Cortela
Gestor
A ORIGEM DO ESTADO E ADM PÚBLICA
Monarquia/nepotismo
Monarquia é um sistema de governo em que o monarca, imperador ou rei, governa um país como chefe de Estado. O governo é vitalício, ou seja, até morrer ou abdicar. A transmissão de poder ocorre de forma hereditária (de pai para filho), portanto não há eleições para a escolha de um monarca.
Este sistema de governo foi muito comum em países da Europa durante a Idade Média e Moderna. Neste último caso, os monarcas governavam sem limites de poder
Hoje em dia, poucos países utilizam este sistema de governo e, os que ainda o usam, conferem poucos poderes nas mãos do rei. Neste sentido, podemos citar as Monarquias Constitucionais do Reino Unido, Austrália, Noruega, Suécia, Canadá, e Dinamarca. Nestes países, o rei possui poderes limitados e representa o país como uma figura decorativa e clássica.
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A monarquia ficou conhecida como absolutismo. Com a Revolução Francesa (1789), este sistema de governo entrou em decadência, sendo substituído pela República, na grande maioria dos países.
O período monárquico no Brasil ocorreu entre os anos de 1822 e 1889, com os reinados de D. Pedro I e D. Pedro II.
Pessoalidade O que é Absolutismo: Absolutismo é um regime político em que apenas uma pessoa exerce poderes absolutos, amplos poderes, onde só ele manda, geralmente um rei ou uma rainha. Absolutismo foi um período entre os séculos 16 e 18, e começou na Europa.
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Parlamentarismo
O parlamentarismo tem sua origem na Inglaterra Medieval. No final do século XIII, nobres ingleses passaram a exigir maior participação política no governo, comandado por um monarca. Em 1295, o rei Eduardo I tornou oficiais as assembleias dos representantes dos nobres. Nascia assim, o parlamentarismo inglês. 
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O Parlamentarismo é um sistema de governo em que o poder legislativo (parlamento) proporciona a sustentação política (apoio direito ou indireto) para o poder executivo. Sendo assim, o poder executivo necessita do poder do parlamento para ser constituído e também para governar. No parlamentarismo, o poder executivo é, na maioria das vezes, exercido por um primeiro-ministro (chanceler).
No Brasil o sistema parlamentarista existiu entre 7 de setembro de 1961 e 24 de janeiro de 1963, durante o governo do presidente João Goulart.
Regime/Ditadura Militar
A Ditadura Militar é uma forma de governo no qual o poder político é efetivamente controlado por militares, suprimindo direitos civis e reprimindo os que são contra este regime de governo. Este regime pode ser oficial ou não, ou misto, onde os militares exercem forte influência sem ser o dominante.
Na sua grande maioria, os regimes militares são constituídos após um golpe de Estado, derrubando o governo anterior.
No Brasil, o regime militar existiu entre os anos de 1964 a 1985, caracterizando-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contrários ao regime militar.
Presidencialismo
O presidencialismo é um sistema de governo no qual  o presidente é o Chefe de Estado e de Governo. Este presidente é o responsável pela escolha dos ministros que o auxiliam no governo.
No sistema de presidencialismo, o presidente exerce o poder executivo, enquanto os outros dois poderes, legislativo e judiciário, possuem autonomia.
O Brasil é uma República Presidencialista deste 15 de novembro de 1889, quando ocorreu a Proclamação da República.
A POLÍTICA E O PODER 
O homem é um ser social por natureza. Ou seja, lhe é impossível viver isolado, está sempre imerso em um conjunto de ações sociais que determinam sua condição de vida. E à medida que essas condições de vida são mais intensamente configuradas pela ação humana, a interdependência se torna mais intensa. 
 Pensamento de Aristóteles: Séc IV a. C.:
O homem é naturalmente um animal político , ou seja a necessidade e do ser humano em gerar discussões e debates a respeito da sociedade
Cícero Séc. I a. C. :
A espécie humana não nasceu para o isolamento, mas pela abundancia de todos os bens leva a procurar o apoio comum.
Política é a ciência da governança de um Estado ou Nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses. 
O termo tem origem no grego politiká, uma derivação de polis que designa aquilo que é público e tikós, que se refere ao bem comum de todas as pessoas. O significado de política é muito abrangente e está, em geral, relacionado com aquilo que diz respeito ao espaço público e ao bem dos cidadãos.
O sistema político é uma forma de governo que engloba instituições políticas para governar uma Nação. Monarquia e República são os sistemas políticos tradicionais. Dentro de cada um desses sistemas podem ainda haver variações significativas ao nível da organização. Por exemplo, o Brasil é uma República Presidencialista, enquanto Portugal é uma República Parlamentarista.
Nas sociedades onde o poder político tem pouca diferenciação, tanto do ponto de vista estrutural quanto cultural, o poder emana diretamente do status pessoal do indivíduo dentro de cada grupo social. 
FORMAS DE PODER SÃO AS SEGUINTES
Poder legítimo: poder de um indivíduo ou de um grupo, graças à posição
que ocupa dentro de uma organização ou sociedade. O poder legítimo confere uma autoridade formal delegada a quem o exerce.
Poder de referência: habilidade de certos indivíduos para persuadir ou influenciar os demais. Baseia-se no carisma e nas habilidades interpessoais de quem exerce o poder. A pessoa que está submetida ao poder o toma como modelo e tenta agir como ele.
Poder especializado: resulta das habilidades ou experiência de algumas pessoas e das necessidades que a organização ou a sociedade possuem dessas habilidades. Ao contrário das outras categorias, esse tipo de poder geralmente é muito específico e limitado à uma determinada área na qual o indivíduo está qualificado.
Poder de recompensa: depende da capacidade do líder de conceder recompensas materiais através de algum tipo de benefício, como por exemplo: tempo livre, presentes, promoções, aumentos salariais ou de responsabilidade.
Poder de coerção: baseia-se na capacidade de impor punições por parte de quem detém o poder. As pessoas se submetem para obterem algumas recompensas, mas também se submetem através de reforços negativos por medo de perderem algo. Esse medo é o que, em última análise, garante a efetividade desse tipo de poder.
O homem se encontra imerso em cada um desses aspectos da vida social, em situações constituídas por atividades inter-relacionadas, dirigidas a satisfazer as necessidades sociais. Nesse contexto, podemos entender a política como o governo dessas situações sociais, a atividade de dirigi-las, organizá-las 
e integrá-las. 
Toda atividade humana que tende a orientar as situações sociais para atingir metas ou organizá-las e integrá-las, atribuindo papéis, recompensas e sanções e resolvendo conflitos, é uma atividade política. Exemplo o que é feito em nossa cidade ??
A ideia de política como atividade humana está diretamente relacionada com a noção de poder. Quem faz política busca o poder ou o exerce sobre outro homem ou sobre determinado grupo social, com o objetivo de obter vantagem pessoal ou coletiva. 
No entendimento de Max Weber: “Todo homem que se entrega à política aspira ao poder – seja porque o considere como instrumento a serviço da consecução de outros fins, ideais ou egoístas, seja porque deseje o poder ‘pelo poder’, para gozar do sentimento de prestígio que ele confere” (WEBER: 1974, p. 57).
PODER E SOCIEDADE
Considerando o poder como a capacidade de obter obediência nas diversas situações sociais, ele não se manifesta da mesma maneira nas diversas sociedades. Há uma significativa diferença entre as sociedades desenvolvidas, industrializadas e as sociedades pré-modernas ou pré-industriais. 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
As relações na sociedade se dão de modo racional, pela diferença entre meios e fins, motivada por interesses exteriores e ao contrário das comunidade. 
A comunidade seria composta de relações de consanguinidade (família), de coabitação territorial (vizinhos) e afinidade espiritual (amigos). Se caracteriza pela vida social em conjunto, intimidade, laço entre as pessoas, são relações que tem valor por si mesmas, não dependem de algo externo a elas, são únicas. Trata-se de relações duráveis, que persistem ao longo do tempo.
Nesse contexto, política em sentido estrito, é a atividade dirigida a governar a sociedade por meio do poder político. Ao longo da história, ocorreu a transformação da sociedade tribal ao Estado moderno. Ao longo desse processo, sucederam-se diversas formas organizacionais do poder político, como as cidades-Estados na Antiga Grécia e os impérios burocráticos, como o Romano, o Inca e o Asteca.
A CIDADE-ESTADO (POLIS) GREGA
 
Na Grécia, numa etapa primitiva, havia coletividades de importância, como Creta e Micenas, onde as relações básicas (políticas e sociais) ocorriam no contexto de clãs que tinham caráter familiar. Com o decorrer do tempo, já no período clássico, surgiram outras estruturas políticas com maior complexidade que as anteriores formas de organização. 
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É quando se destacam as cidades (polis) de Esparta, Atenas, Tebas, Mileto e Corinto, entre outras. Nessas aglomerações urbanas, a polis se tornou a fórmula política por excelência e em seu interior se desenvolvia a vida político-social. 
As cidade gregas eram caracterizadas pela autossuficiência:
Instituições políticas e militares 
( própria) combate á concentração de poderes em uma só pessoa
Economia ( distinta da outra)
Participação do cidadão nas assembleias
A civitas romana 
 
As expressões romanas sobre as formas de organização política vão da monarquia, ou regnum, (poder real, autoridade real, realeza, governo monárquico» e «trono».) passando pela república, e culminando no império, imperium. Durante todo esse período, da mesma forma que na Grécia, sempre teve mais importância pertencer à comunidade que ao território; ou seja, o que identificava ou caracterizava o meio político não era somente o fato de viver em um lugar específico, mas de pertencer a um conglomerado de indivíduos, a um grupo de pessoas determinadas por meio de adesão e de acordo com o direito. 
Na ordem política-jurídica romana, as províncias são, ao mesmo tempo, aliadas e dependentes de Roma. Nesse contexto, a qualidade de cidadão é concedida unicamente àqueles que foram admitidos a tomar parte da comunidade da cidade e que possuem, portanto, o direito de cidadania. 
O civis romanus é, formal e especificamente, o cidadão da cidade de Roma. Na cultura romana, o Estado é a civitas, ou seja, a comunidade dos cidadãos. A civitas, portanto, é uma comunidade juridicamente organizada cujo centro é a cidade, e o regime dessa cidade é constituído pela assembleia, o senado e o povo. A cidade, nesse contexto, deve ser entendida como uma concentração de indivíduos, e não como um espaço territorial. 
A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NAS ANTIGAS SOCIEDADES
 
 A ideia de administrar as diversas situações sociais que ocorrem nas sociedades é antiga. Grandes empreendimentos que perduram até os dias atuais, como o Partenon, em Atenas, a Grande Muralha da China, os aquedutos romanos, as pirâmides egípcias, dos maias e dos astecas, não seriam possíveis sem gestão, organização, planejamento e controle
Paternon
Arquedutos Romanos
As diversas obras públicas da Antiguidade, sistemas de administração da justiça e grandes campanhas militares exigiram uma complexidade administrativa muito semelhante à atual. 
O SURGIMENTO DO ESTADO MODERNO 
O Estado é um conceito histórico que surge vinculado
à ideia e à prática da soberania no século XVI, enquanto o império e a polis haviam sido as formas políticas características da Antiguidade. No entanto, o Estado é produto de um amplo processo histórico; seu desenvolvimento e sua consolidação não ocorreram ao mesmo tempo nos diferentes países. 
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Apareceram as primeiras instituições permanentes integradas por administradores profissionais, desenvolveram-se os departamentos do tesouro e as cortes de justiça. A partir do século XI, verificou-se uma tendência de criação de um direito geral para todo o reino, superando os direitos particulares característicos de cada território feudal. 
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O Estado moderno surgiu entre os séculos XIV e XV, quando os reis aproveitaram a crise do feudalismo para retomar seu poder, transformando os mecanismos de governo e o exercício do poder. O Estado moderno surge caracterizado por um território com fronteiras determinadas, um governo comum exercido por autoridades e um sentimento de identificação cultural e nacional de seus habitantes como agrupação humana,
com assuntos de interesse comum.
O ESTADO MODERNO
  Estado Novo, ou Terceira República Brasileira, foi o regime político brasileiro instaurado por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, que vigorou até 31 de janeiro de 1946 Após a Constituição de 1937, Vargas consolidou seu poder. O Estado é uma criação cultural humana, que vive na estrutura funcional de seu quadro de funcionários, que possui um objetivo. Constitui uma entidade, não uma pessoa, formado por um aparato social, jurídico-administrativo, para se obter a institucionalização do poder político. 
 Essa entidade abstrata, instituição do poder político despersonalizado, é o Estado. Por isso, o Estado é sempre Estado de uma sociedade concreta. No entanto, é importante não se confundir Estado e sociedade. 
A sociedade é o conjunto, a pluralidade de pessoas vivendo juntas, convivendo. 
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Estrutura Administrativa
O estudo da Administração Pública em geral, compreendendo a sua estrutura e as suas atividades, devem partir do conceito de ESTADO, sobre o qual repousa toda a concepção moderna de organização e funcionamento dos serviços públicos a serem prestados ao administrado. 
Conceito de ESTADO
O Conceito de Estado é considerado:
Sob o aspecto político: é comunidade de homens, fixada sob um território, com poder superior de ação, de mando e de coerção.
Conceito de ESTADO
Na conceituação do nosso Código Civil: é pessoa jurídica de direito público interno (art. 14, I)
Como ente personalizado, o Estado tanto pode atuar no campo do direito público como no do direito privado, mantendo sempre sua única personalidade de direito público. 
Elementos do Estado
O Estado é constituído de três elementos:
POVO: é o componente humano do Estado
TERRITÓRIO: a sua base física
GOVERNO SOBERANO: é o elemento condutor do Estado, que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto organização emanada do Povo 
Organização do Estado
	A nossa Federação é formada unicamente pelas seguintes entidades estatais:
União – DF - Estados – Municípios
e o Distrito Federal
Somente com a Constituição de 1988, Brasília passou a ser a capital do país, situada no Distrito Federal, que, por sua vez, deixou de ser mera autarquia territorial para se tornar efetivamente um ente federativo, com autonomia parcialmente tutelada pela União.
Brasília, portanto, é atualmente a capital da República Federativa do Brasil, sede do Governo Federal e também sede do governo do Distrito Federal, conforme art. 6º de sua Lei Orgânica.
Governo é a autoridade governante de uma nação ou unidade política, que tem como finalidade regrar e organizar a sociedade.
O tamanho do governo vai variar de acordo com o tamanho do Estado, podendo ser ele local, regional e nacional.
O governo é a instância máxima de administração executiva, geralmente reconhecida como a liderança de um Estado ou uma nação. 
Dessa forma, o governo seria apenas uma das instituições que compõem o Estado, com a função de administrá-lo. Os governos são transitórios e apresentam diferentes formas, que variam de um lugar para outro, enquanto os Estados são permanentes.
O ESTADO DO BEM-ESTAR SOCIAL (WELFARE STATE) 
 
A ideia de um Estado de bem-estar social existe desde o século XIX O Estado do bem-estar social é um conceito político que tem a ver com uma forma de governo na qual o Estado se encarrega dos serviços e direitos de uma grande parte da população mais necessitada. 
, quando diferentes grupos sociais, especialmente o dos trabalhadores, começaram a lutar pelo reconhecimento de seus direitos em nível internacional. Desde então e, particularmente, no século XX, a partir de eventos como a Grande Depressão de 1929 ou das épocas posteriores à Primeira e à Segunda Guerras Mundiais, surge a noção de um Estado que se encarrega de prover as necessidades dos setores mais humildes ou desfavorecidos com determinados serviços e assistência social, para complementar aquilo que não puderam obter no sistema capitalista, considerado desigual e injusto.
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Esse tipo de Estado é um fenômeno bastante recente, que teve grande impulso em diferentes partes do mundo, particularmente na Europa, durante o século XX, em razão das diferentes crises econômicas, guerras e conflitos de diversos tipos que tornaram a vida mais difícil para grande parte da população.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
 I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Espaço público
Entende-se como público tudo aquilo que pertence a toda a sociedade, ou seja, é de domínio público. De modo geral, contrapõe-se ao conceito de privado. Nesse sentido, uma escola pública é aquela que é financiada com contribuições estatais ou, dito de outro modo, com o imposto pago pelos cidadãos e que não pertence a ninguém em particular. À escola pública pode ter acesso qualquer pessoa.
O conceito de administração pública
O conceito moderno de administração pública é utilizado para designar o conjunto de procedimentos, mecanismos e formas sociais por meio das quais o Estado administra tanto bens como serviços públicos, regulamenta a atividade econômica privada e contribui por meio da política econômica para o funcionamento do mercado.
A administração pública é constituída pelo conjunto de órgãos, funcionários e procedimentos utilizados pelos três poderes que integram o Estado para realizar suas funções. 
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54 deputados estaduais 9 vereadores medianeira e 3 senadores no parana
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Administração pública 
direta e indireta
A administração pública, de acordo com a Constituição Federal, está dividida em administração direta e indireta.
Estrutura Administrativa do Estado
Administração Pública
Em sentido instrumental amplo se divide em Centralizada e Descentralizada.
Atualmente denominadas:
Administração Pública Direta (centralizada)
Administração Pública Indireta (descentralizada)
Administração Pública
Administração Direta: É a administração mediante a ação dos próprios órgãos do Estado aos quais se confiam tarefas administrativas (funções de governo) 
Estão, portanto, presentes na estrutura da administração direta os Órgãos e Unidades da Administração Pública como Ministérios, Secretarias, Departamentos, entre outros responsáveis para o atendimento das necessidades básicas da população, como saúde, educação, lazer, assistência social, transportes, segurança pública, entre outras. 
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Administração Direta
Pertencem a Administração Direta os Poderes:
Legislativo – Judiciário – Executivo 
Administração Pública
Administração Indireta: É a transferência de atividades administrativas a pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado. 
Essas entidades da administração indireta prestam serviços públicos com base em legislação própria, mantêm um regime de relações de trabalho diferenciado em relação ao dos funcionários da administração direta (que ingressam por concurso público) no que se refere a garantias e direitos ligados à previdência social. Compreendem as autarquias, as fundações, as empresas públicas e as sociedades de economia mista (TEIXEIRA: 2012; COSTIN: 2010 & MATIAS-PEREIRA: 2014).
Autarquia
É o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica de direito público, patrimônio e receita próprios, 
para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa 
e financeira descentralizada. Algumas características adicionais:
serviço público;
regime de pessoal: estatutário;
São exemplos de autarquias: o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA),
a Universidade de São Paulo (USP), o Banco Central do Brasil (BCB), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), entre outros.
Fundação Pública
Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, É criada por meio da constituição de um patrimônio – por doação ou testamento para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. Outras características:
patrimônio público;
regime de pessoal: estatutário;
Constituem exemplos: a Fundação Nacional de Artes (FUNARTE), a Fundação Biblioteca Nacional, a Fundação da Universidade Estadual de Campinas (FUNCAMP), a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Fundação Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON), entre outras.
Empresas públicas: 
Organização que se destina a garantir a produção de bens e serviços fundamentais à coletividade (transporte, energia elétrica, combustível etc.)
Autorizada por Lei específica a se constituírem com capital exclusivamente público, com personalidade jurídica de direito privado
São exemplos: a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO), a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa Econômica Federal (CEF), a Companhia Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), entre outras.
Sociedade De Economia Mista (SEM)
São pessoas jurídicas de direito privado, com participação do Poder Público e de particulares no seu capital e na sua administração.
São criadas para realização de atividades econômicas ou serviço de interesse coletivo outorgado ou delegado pelo Estado.
São empresas estatais submetidas à lei da 
S.A., constituídas com a finalidade de explorar atividade econômica de interesse do Estado para cumprir seus fins. Essas entidades se distinguem das empresas públicas pela participação de acionistas, desde que minoritários, na direção e na gestão de seus negócios. São exemplos: a Empresa Brasileira de Petróleo (PETROBRAS), a Central Elétrica Brasileira (ELETROBRAS), o Banco do Brasil (BB), entre outras.
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