Buscar

Direito civil III: Obrigações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sumário 
INTRODUÇÃO.................................................................................................................2 
TEORIA DO NEGÓCIO JURÍDICO................................................................................4 
1.FATO JURÍDICO.........................................................................................................4 
INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES......................................................4 
OBRIGAÇÃO “PROPTER REM” OU REAL..................................................................6 
FONTE DAS OBRIGAÇÕES...........................................................................................6 
1.CLASSIFICAÇÃO LEGAL: .......................................................................................6 
2. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINARIA: .........................................................................7 
MODALIDADE DE OBRIGAÇÃO..................................................................................7 
1.QUANTO AO OBJETO DA OBRIGAÇÃO: ..............................................................7 
CLASSIFICAÇÕES DAS OBRIGAÇÕES.......................................................................7 
1.QUANTO AOS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS: ..................................................7 
2.QUANTO À MULTIPLICIDADE DE OBJETOS: .....................................................7 
3.QUANTO AO ÔNUS DA PROVA DA CULPA: .......................................................8 
4.QUANTO AOS ELEMENTOS ACIDENTAIS: .........................................................9 
5.QUANTO À AUTONOMIA: ......................................................................................9 
6.QUANTO À EXECUÇÃO OU AO CUMPRIMENTO: .............................................9 
OBRIGAÇÃO DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS.................................................................9 
1.OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL (REGRA GERAL): .........................................................9 
2.OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL (EXCEÇÃO): ..............................................................9 
OBRIGAÇÕES SO LIDARIAS......................................................................................11 
1.SOLIDARIEDADE ≠ O BRIGAÇÃO INDIVISÍVE L..............................................11 
2.SOLIDARIEDADE ATIVA (MAIS DE UM CREDOR) ..........................................11 
3.SOLIDARIEDADE P ASSIVA (MAIS DE UM DEVEDOR) ...................................12 
OBRIGAÇÃO DE DAR..................................................................................................13 
1.OBRIGAÇÃO DE D AR COISA CERTA.................................................................14 
2.OBRIGAÇÃO DE D AR COISA INCERTA.............................................................17 
3.OBRIGAÇÃO DE FAZER.........................................................................................17 
4.OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER...............................................................................18 
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................19 
INTRODUÇÃO 
Adimplemento - s.m.Lat. ad+implore. Juris+mento. 
 1. Ação de completar; complemento. 
 2. Realização preenchimento, cumprimento, vencimento. 
 
Contratos, vencimento de obrigações. 
O pagamento ou adimplemento, no Direito Civil, é uma das formas de extinção de uma 
Obrigação, caracterizando-se pelo cumprimento voluntário desta pelo devedor, geralmente pela entrega de dinheiro ao credor. Feito o pagamento, a obrigação é solucionada (solutio) e o devedor é liberado da obrigação. 
* Artigos 304 a 333, do Código Civil (Parte Especial, Livro I, Título III, Capítulo I). 
 
Inadimplemento - s.f. Jurídico. Ação ou efeito de inadimplir; descumprimento de um contrato ou de qualquer uma de suas condições; inadimplência. 
(Etm. Inadimplir + mento). 
* Artigos 389 a 393, do Código Civil (Parte Especial, Livro I, Título III, Capítulo I)
O inadimplemento pode ser absoluto ou relativo: 
1. A inadimplência absoluta ocorre quando há o descumprimento ou frustração total no cumprimento da obrigação, não mais sendo possível cumpri -lá de alguma forma. 
2. A inadimplência relativa, ou cumprimento imperfeito, ocorre quando a obrigação, apesar de cumprida, dá-se de maneira negligente, inadequada e sem os cuidados necessários, ensejando-se a reparação dos danos adicionais ou suplementares. Isso porque o devedor não está obrigado a cumprir somente o objeto da obrigação, mas também a cumpri -lá diligentemente, efetuando a prestação devida de um modo completo e específico, no tempo e lugar determinado. 
A inadimplência opera-se no descumprimento das obrigações nas seguintes formas: 
I. - Obrigações de dar: quando o devedor recusa a entrega, devolução ou restituição da coisa. 
II.- Obrigações de fazer: quando se deixa de cumprir a atividade devida. 
III.- Obrigações negativas: quando se executa o ato de que se devia abster. 
IV.- Obrigações personalíssimas: quando a obrigação de fazer não é executada pela pessoa determinada, cujas qualidades pessoais são essenciais ao cumprimento da prestação, não podendo ser substituída. 
 
 A regra é a de que a obrigação nasce para ser cumprida (pacta sunt servanda) através do adimplemento ou pagamento. O inadimplemento é o descumprimento da obrigação assumida, voluntaria ou involuntariamente, do estrito dever jurídico criado entre os que se comprometeram a dar, a fazer ou a se omitir de fazer algo, ou o seu cumprimento parcial, de forma incompleta ou malfeita. 
Cronograma das aula
I. Fato jurídico 
II. Planos do negócio jurídico 
III. Direito das obrigações 
IV. Elementos constitutivos 
V. Direitos reais x pessoas/obrigacionais 
VI. Obrigação “ propter rem’ 
VII. Fontes 
VIII. Modalidades 
IX. Obrigação de dar 
X. Obrigação de fazer 
XI. Obrigação de não fazer 
XII. Transmissão das obrigações 
XIII. Adimplemento 
XIV. Regras dogmáticas do pagamento 
XV. outras modalidades de extinção das obrigações 
XVI. Inadimplemento 
 
TEORIA DO NEGÓCIO JURÍDICO 
 Fato Jurídico: fato natural ou humano que cria, extingue ou modifica as relações jurídicas. 
São fatos que produzem efeitos no direito. 
 
1. Fato da natureza não tem relevância para o direito. 
2. Fato Jurídico “STRICTO SENSO”: participação humana é irrelevante. 
3. Ato Jurídico: ação ou omissão. 
a. Ato Jurídico ilícito: causador de danos. (Art. 186 e 937, CC) 
b. Ato Jurídico Lícito: vontade humana. 
i. Ato Jurídico licito “STRICTO SENSO”: vontade fática. 
ii. Negócio Jurídico: Vontade Jurídica.
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, vi olar direito e c ausar dano a outrem, ainda que ex clusivamente 
moral, comete ato ilícito. 
Art. 937. O dono de edifíc io ou construção responde pelos danos que resultarem 
de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse 
manifesta.
Questão casamento é ATO ou NEGÓCIO? 
 
FATO JURÍDICO 
 
INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
LATO SENSO
FATO JURIDICO
ATO JURIDICO 
ILICI TO
ATO JURIDICO LICITO
--------------------- --- ----
NEGOCIO JURIDICO
FATO JURIDICO
FATO JURIDICO
ATO 
JURIDICO
ATO JURIDICO ILICITO
NEGOCIO JURIDICO
STRICTO SENSO
FATO JURIDICO
ATO JURIDICO ILICITO
ATO JURIDICO LICITO
----------------------------
NEGOCIO JURIDICO
Parte Especial, Livro I, Títulos I a X. 
Origem: Direito Romano 
 
Sentido Amplo: Submissão a regra de conduta, cuja autoridade é reconhecida forçosamente ou se impõe (Gonçalves). Ex.: Obrigações morais, sócias e religiosas. 
 
Sentido Estrito: vinculo jurídico pelo qual o devedor (sujeito passivo) compromete -se a realizar em favor do credor (sujeito ativo) uma prestação economicamente apreciável de dar, fazer ou não fazer. 
 
Caio Mario / Obrigação Jurídico = vinculo + Sujeição coercitiva 
 
Elementos constitutivos – vinculo existenteentre as partes 
 Partes (elementos subjetivos) 
 Prestação (elemento objetivo) 
* toda pessoa pode ser parte/ mesmo que incapaz, é claro que com representante. 
* o nascituro não pode ter dividas, pode resguardar direito de uma expectativa de prole eventual. 
Não tem obrigações, mas sim, direitos. E não figura como parte. 
 
Obs.: Ausência de um dos elementos implica em inexistência ou extinção da obrigação. 
 
 SE LIAME 
Vinculo: “OB LIGATIO” > No Direito Romano o vínculo era sobre a pessoa física do devedor, pois o inadimplemento poderia causar a escravidão ou morte do devedor - “ LE X POETE LIA PAPIRA” (326 d.C.) retirou o caráter corporal, passando a recair a responsabilidade sobre os bens do devedor. 
 
Moderamento: em caso de não cumprimento, credor pode exigir judicialmente sob pena de execução Exceção (Art. 5º, LXVII, CF) 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei , sem distinção de qualque r natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei , sem distinção de qualque r natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à v ida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguinte s: LXVII - não have rá prisão ci vil por dív ida, 
salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescu sável de 
obrigação alimentícia e a do depositário infiel. 
Prestação: (bem ou serviço) 
Obrigação: (licita, possível e determinada) 
Comprar carro sem saber especificações, comprar o carro e não um carro. Compra de carros é determinável. 
Conteúdo de Vinculo Obrigacional: 
Relação crédito – debito. 
 
- O crédito existe quando a obrigação é contraída, mas a pretensão (direito de exigir) só surge como inadimplemento da obrigação. 
 
- Silvio Rodrigues 
* Divida – (Schuld), ex.: dívida de jogo. 
* Responsabilidade – (Hattung), ex.: fiança (aval).
OBRIGAÇÃO “PROPTER REM” OU REAL: 
 
Constituem um misto de direito real (das coisas) e de direito pessoal, sendo também classificadas como obrigações híbridas. Obrigação propter rem é aquela que recai sobre determinada pessoa por força de determinado direito real. Existe somente em decorrência da situação jurídica entre a pessoa e a coisa. 
Por exemplo, as obrigações impostas aos vizinhos, no direito de vizinhança, por estarem figurando como possuidores do imóvel. 
 
Obrigação reipersecutório ou ambulatório é obrigação pessoal, mas origina -se de direito real. Ex.: 
Obrigação de pagar IPTU, condomínio, hipoteca e etc.
DIREITO OBRIGACIONAL 
DIREITO REAL 
 - Direito pessoal, vínculo entre pessoas 
(INTER PARTES). 
 - Subordinação de pessoa a coisa (ERGA OMNES). 
 - Comportamento de devedor em favor do credor. 
 - Exercício direto e imediato sobre a coisa. 
Exs: contrato, negócio jurídico. Relação pessoa e pessoa. 
Exs: posse, propriedade e etc. Relação pessoa e objeto. 
 
Art. 861. Aquele que, sem autorização do interessado, intervém na gestão de 
negócio alheio, dirigi -lo-á segundo o interesse e a v ontade presumível de seu 
dono, ficando responsável a este e às pessoas com que tratar. 
Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a 
restituir; obrigação que incumbe àquele que recebe dív ida c ondi cional ante s de 
cumprida a condição. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINARIA: 
 
a) Vontade humana; 
Ex.: Contrato, declaração de vontade, testamento e etc. 
b) Ato ilícito: danos dolosos e culposos; 
c) Lei. Ex.: Alimentos, Tributos, Responsabilidade Civil Objetiva. 
 
Obs. Sentença Judicial não cria direito, apenas o declara e garante a executabilidade. 
 
MODALIDADE DE OBRIGAÇÃO 
 
1# QUANTO AO OBJETO DA OBRIGAÇÃO: 
 
- Positivas: Obrigação de dar (entregar, transferência de posse, “DARE”) e fazer (prestar serviço, 
“ FACERE”); 
 
- Negativas: Obrigação de não fazer. (NON FACERE) 
 
Obs.: Obrigações Naturais X Obrigação Positiva. 
 
CLASSIFICAÇÕES DAS OBRIGAÇÕES 
 
1# QUANTO AOS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS: 
 
1. Obrigação Simples 
a) Sujeito ativo; 
b) sujeito passivo; 
c) Objeto (protegido). 
2. Obrigação composta, múltiplo ou completo. 
a) Mais de um sujeito ativo, sujeito passivo ou objeto. 
 
2# QUANTO À MULTIPLICIDADE DE OBJETOS: 
 
1. Cumulativas/Conjuntivas: mais de uma prestação; e o de vedor se desonera somente se adimplir todas elas. Obrigação conjuntiva de duas ou mais prestações cumulativamente exigíveis, o devedor exonera -se com o prestar das prestações de forma conjunta (regra do "E" = por exemplo, um contrato de aluguel onde a o término o deve dor se obriga a entregar 
O imóvel reformado E pintado E com piso novo. Somente todas as cláusulas em conjunto satisfazem a obrigação). 
Ex.: Entregar carro e moto. 
Ex.: Um carro e uma casa. 
 
2. Alternativas/Disjuntivas: mais de uma prestação, e o devedor se desonera se cumprir quaisquer delas. Caracteriza-se pela multiplicidade dos objetos devidos. Mas, diferentemente da obrigação cumulativa, na qual também há multiplicidade de objetos devidos e o devedor só se exonera da obrigação entregando todos. (Regra do “OU” = por exemplo, contrato de aluguel onde a o término o devedor se obriga a entregar o imóvel reformado OU pintado OU piso novo. A execução de qualquer uma das cláusulas satisfaz a obrigação). 
Ex.: Entregar carro e /ou moto. 
Ex.: Um carro e/ou uma casa. 
 
3. Facultativas: uma prestação principal, cabe ao devedor a opção de substituir por outra previamente determinada. Obrigações com faculdade alternativa de cumprimento da ao devedor possibilidade de substituir o objeto prestado por outro de caráter subsidiário, já estabelecido na relação obrigacional. 
Ex.: Obrigação de entregar a moto, mas há a opção de entregar um cavalo. 
Ex.: Seguradora deve pagar o conserto de carro, mas pode, ao invés, entregar outro carro.
Ex.: Art. 1234, CC. 
Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do artigo 
antecedente, te rá direi to a uma recompensa não inferior a ci nco por cento do 
seu valor, e à indeni zação pelas despesas que houver fe ito com a conservação 
e transporte da coisa, se o dono não preferir abandoná-la. 
 
Obs.: nas obrigações disjuntivas, caso uma das obrigações seja extinta, o devedor deve cumprir umas das remanescentes. Nas obrigações facultativas, caso a principal seja extinta, o acessório também o será. 
 
3# QUANTO AO ÔNUS DA PROVA DA CULPA: 
 
1. Obrigação de meio (médico, advogado, etc.). É aquela em que o devedor, ou seja, o sujeito passivo da obrigação, utiliza os seus conhecimentos, meios e técnicas para alcançar o resultado pretendido sem, entretanto, se responsabilizar caso este não se produza. Como ocorre nos casos de contratos com advogados, os quais devem utilizar todos os meios para conseguir obter a sentença desejada por seu cliente, mas em nenhum momento será responsabilizado se não atingir este objetivo. 
 
2. Obrigação de resultado (cirurgia estética, transporte, reparo, etc.). É aquela que o sujeito passivo não somente utiliza todos os seus meios, técnicas e conhecimentos necessários para a obtenção do resultado, como também se responsabiliza caso este seja diverso do esperado. Sendo assim, o devedor (sujeito passivo) só ficará isento da obrigação quando alcançar o resultado almejado. Como exemplo para este caso temos os contratos de empresas de transportes, que têm por fim entregar tal material para o credor (sujeito ativo) e se, embora utilizado todos os meios, a transportadora não efetuar a entrega (obter o resultado), não estará exonerada da obrigação. 
 
4# QUANTO AOS ELEMENTOS ACIDENTAIS: 
 
1. Pura e Simples: já produz efeitos, não tem condição,termo nem encargo. 
2. Condicional: e vento futuro e incerto (eficácia suspensa). 
3. Modal/Condicional: há contraprestação posterior (não suspende eficácia). 
4. A termo: e vento, futuro e certo 
 
5# QUANTO À AUTONOMIA: 
 
1. Obrigação Principal (dar, fazer e não fazer essenciais). 
2. Obrigação Acessória (pressupõe a existência da obrigação principal, ex.: juros, clausula penal, etc.). 
6# QUANTO À EXECUÇÃO OU AO CUMPRIMENTO: 
 
1. Instantâneas – ex.: venda, doação, etc. 
2. Periódicos – ex.: aluguel, pensão, etc. Se renova a cada mês. 
 
*O acessório segue o principal. 
*O acessório não segue o principal, só nos casos de dividas contra a fazenda pública. 
 
OBRIGAÇÃO DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS 
 
1# OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL (REGRA GERAL): 
A obrigação é dividida em partes iguais ao número de credores/devedores (art.257).
2# OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL (EXCEÇÃO): 
Prestação tem por objeto coisa ou fato não possíveis de divisão, devido à natureza, a ordem econômica ou a razão determinante do negócio (art. 258). 
3.1 assim, com dois ou mais devedores de prestação não divisível, cada um será obrigado pela dívida toda (art. 259, par. Único.). 
3.2 assim, com dois ou mais credores cada um destes pode exigir a dívida toda; devedor deve pagar em conjunto ou com a retificação dos outros (art. 260, I e II). 
Obs.: Perdão da dívida por um só dos credores, não gera perdão dos outros, mas causa desconto de cota (art. 262 par. único).
Obs.: Se convertida em perdas e danos, a obrigação passa a ser divisível, mas deve pagar toda a dívida somente quem der causa à conversão (art. 263, inc. 1 e 2).
3.3 Serviço indivisível prestado parcialmente, tem se que não foi prestado. 
 
OBRIGAÇÕES SOLIDARIAS 
 
*Solidariedade: Na mesma obrigação há mais de um credor ou devedor, cada um com direito ou obrigação à dívida toda. 
SOLIDARIEDADE NÃO SE PRESUME, resulta de lei ou vontade das partes (art. 264 e 265); ou seja, EM REGRA NÃO HÁ SOLIDARIEDADE. 
1# SOLIDARIEDADE ≠ O BRIGAÇÃO INDIVISÍVEL. 
Convertendo-se em perdas e danos, mantem-se a solidariedade. 
 
2# SOLIDARIEDADE ATIVA (MAIS DE UM CREDOR). 
2.1 Credor solidário pode exigir a dívida por inteiro (art. 267). 
Obs.: se o credor solidário falecer, cada herdeiro pode exigir cota até quinhão hereditário, salvo obrigação indivisível (art. 270).
Obs.: Se credor solidário perdesse a dívida responde aos outros credores (art. 272). 
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento 
responderá aos outros pela parte que l hes caiba. 
Obs.: Exclusão judicial de credor não afeta outros credores (art. 274).
3# SOLIDARIEDADE PASSIVA (MAIS DE UM DEVEDOR). 
3.1 Credor pode receber de um ou de algum dos devedores, parcial ou totalmente, dívida comum (art. 275). 
Art. 275. O credor te m direito a exigir e receber de um ou de al guns dos 
devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido 
parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo 
resto. 
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de 
ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores. 
Obs.: Pagamento parcial não libera nenhum devedor (art. 275 a 277). 
Obs.: Cobrança de só um devedor não libera os demais. 
Obs.: Falecimento de devedor solidário limita cobrança até quinhão hereditário, exceto se for obrigação individual. No caso, TODOS O S HERDEIROS REUNIDOS SÃO CONSIDERADOS UM DEVEDOR SOLIDARIO EM RELAÇÃO AOS DEMAIS DEVEDORES (art. 276).
 
OBRIGAÇÃO DE DAR 
Conceito; “Entrega ou substituição de coisa pelo devedor ao credor. ” (Barros) 
 
OBRIGAÇÕES DE DAR, que se subdivide em dar coisa certa ou incerta; 
Ex.: Dar um documento a alguém. 
OBRIGAÇÃO DE FAZER; 
Ex.: fazer uma reforma em parede divisória entre terrenos. 
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER; 
Ex.: Não fazer um muro elevado a certa altura. 
1# OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA 
 
1. Perda antes da tradição (entrega de bem móvel, abrange principal e a acessória) ou havendo condição suspenso; resolução (art. 234). 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a c oisa se perder, sem cul pa do 
devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a 
obrigação para ambas as partes; se a pe rda resultar de culpa do devedor, 
responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
1.1 Culpa do devedor: perdas e danos (art. 234). 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do 
devedor, antes da tradição, ou pendente a condi ção suspensiva, f ica resolvida a 
obrigação para ambas as partes; se a pe rda resultar de culpa do devedor, 
responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
1.2 Perda antes da restituição, tradição: 
1.2.1 sem culpa do devedor: resolução da obrigação resolvidas direitos até o dia da perda (art. 238)
Ex.: Custódia de capital acionário perdido por culpa de terceiro – os rendimentos são devidos até a perda. 
1.2.2 com culpa de devedor: responde pelo equivalente, mais perdas e danos (art. 239). 
2. Deterioração da coisa: 
2.1 com culpa do devedor: suspensabilidade (perdas e danos) (art. 236).
2.2 sem culpa do devedor: resolução ou aceitação com abatimento (art. 235). 
Art. 235. Deste riorada a coi sa, não sendo o devedor cul pado, poderá o credor 
resolver a obrigação, ou ac eitar a c oisa, abat ido de seu preço o valor que 
perdeu. 
3. Melhoramento / Acréscimo da coisa pertence ao detentor (devedor). Assim, pode o devedor exigir aumento no preço, SE NÃO PAGO, pode resolver a obrigação (art. 237). 
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com o s seus 
melhoramentos e acrescidos, pelos quais pode rá exigir aumento no preço; se o 
credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. 
3.1 Frutos (art. 237, parágrafo único). 
 
- Percebidos (devedor). 
- Pendente (credor). 
3.2 Melhoramento com trabalho ou despesa: indenização ao detentor de boa-fé das necessárias, uteis, voluptuárias; pode levantar as voluptuárias se não causar danos; pode exercer direito de retenção das duas primeiras (art. 240 e 1219); detentor de má-fé cabe indenização somente das necessárias (art. 1220).
Obs.: Direito de retenção: opção do credor de manter consigo coisa que possui de boa-fé, pertencente ao devedor, ou de só restituí-la quando satisfeita a obrigação. 
Obs.: Aplica-se aos frutos o item 3.2 (Art. 242, par. Único). 
3.3 Melhoramento sem trabalho ou despesa: ao credor (Art. 241).
2.OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA 
2.1 Coisa incerta: pelo gênero ou pela igualdade (Art. 243). 
Art. 243. A coisa i ncerta será indic ada, ao menos, pe lo gêne ro e pela 
quantidade. 
2.2 Antes da escolha da coisa incerta: não é alegável perda ou deterioração, mesmo se por caso fortuito ou força maior (Art. 246). 
Art. 246. A ntes da e scolha, não pode rá o devedor alegar perda ou deterioração 
da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. 
2.3 Coisa incerta: determinada pelo gênero ou quantidade (art. 243). 
Art. 243. A coisa i ncerta será indic ada, ao menos, pe lo gêne ro e pela 
quantidade. 
2.4 Antes da escolha não é alegável perda ou deterioração, nem por caso fortuito ou força maior. 
2.5 Escolha do devedor (art. 244): regra geral. 
2.6 após escolha e ciência do devedor: conversão em obrigação de dar coisa certa (art. 245). 
3.OBRIGAÇÃO DE FAZER 
*Silvio Rodrigues: na obrigação de fazer, devedor se vincula a determinado ato ou tarefa em favor do credor.
Espécies: 
1. Atividade intelectual 
2. Atividade física 
3. Ato Jurídico 
 
*Conversão: em perdas e danos 
 
1. Recusa: Obrigação só exequível pelo devedor (art. 247); exequível por outrem – devedor arca com as despesas, além de perdas e danos. 
Art. 247. Incorre na obrigação de indeni zar perdas e danos o devedor que 
recusara prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível. 
 
2. Impossibilidade de comprimento: 
a) COM culpa do devedor: reparação, perdas e danos; 
b) SEM culpa do devedor: resolução → EXTINÇÃO. 
4. OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER 
4.1 Impossibilidade de fazer o proibido: extinção. 
 
4.2 Impossibilidade de não fazer o proibido: 
a) COM culpa; 
b) SEM culpa. 
 
4.3 Pratica do ato proibido: 
a) dever de desfazer; 
b) perdas e danos.
BIBLIOGRAFIA 
 
- CÓDIGO CIVIL. 
- CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
- RODRIGUES, Silvio. Direito Civil, Parte Geral. Saraiva. São Paulo, 2003. 
- GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, Teoria Geral das Obrigações, v. 2. São Paulo: Saraiva, 2013. 
- HIRONAKA, Giselda Maria F. N. Direito Civil – Estudos. Belo Horizonte: Del Re y. 2000. 
- MONTEIRO, Washington de Barros. Direito Civil vol. 4 – Parte Especial. São Paulo: 
Saraiva. 2003. 
 
Bibliografia Complementar 
 
- GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo Curso de Direito Civil vol. II, São Paulo: Saraiva. 2012. 
- LOPES, Miguel Maria de Serpa. Curso de Direito Civil: fontes contratuais das obrigações – responsabilidade civil. 4º ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1995. 
- PEREIRA, Caio Mario da Silva. Instituição de Direito Civil v. 2. São Paulo: Forense. 
- ROSENVALD, Nelson et FARIAS, Cristiano Chaves de Curso de Direito Civil – Obrigação. Rio de Janeiro: Lúmen Júris. 
- VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: teoria geral das obrigações e teoria geral dos contratos. 3ª, 8ª ed. São Paulo, Atlas, 2003.

Outros materiais