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Formação Reticular transcrição

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Formação Reticular
Essa denominação vem dos aspectos histológicos, não sendo visto no aspecto macroscópico.
A formação reticular seria a região que se estende desde a porção caudal do bulbo até porção rostral do mesencéfalo se estendendo para a zona incerta do subtalamo.
Inicialmente foi dita como uma região desorganizada formada por axônios deslocados para vários sentidos e mergulhados nesses axônios tínhamos corpos celulares. Hoje, a formação reticular apresenta uma serie de núcleos com funções conhecidas e uma serie de vias que se projetam para cima e para baixo com caminhos conhecidos e ao contrário do que diziam no passado ela é altamente organizada e especifica. 
Funções: Viscerais, motoras, sensitivas e principalmente atuação no sono e vigília.
Ela se constitui uma serie de núcleos distribuído em uma área extensa do tronco encefálico, então consequentemente resolveu-se organizar essas estruturas. Os núcleos mais medianos são chamados de NUCLEOS DA RAFE, esses são organizados medianamente ao nível do tronco encefálico, se estendendo desde o mesencéfalo até o bulbo.
A peculiaridade desses núcleos é que em sua maioria eles são serotoninérgicos. 
NÚCLEOS DA RAFE SEROTONINERGICO (produzem serotonina)
Os grupos para-medianos, exemplo o tegumento da ponte. Núcleos mediais. Núcleos Laterais são outros núcleos que não possuem tanta relevância como o mediano.
Dentro da formação reticular temos por exemplo os centros vasomotores e centros da respiração que são viscerais e fazem parte da formação reticular.
Funções: 
- Viscerais: exemplo controle da PA, controle da deglutição, controle da respiração 
- Motora Somática: Vias descendentes, corticoespinal e a reticulo espinal que é dividida em pontina e bulbar e estar muito relacionada com a facilitação e inibição de músculos antigravitacionais – extensores, tônus muscular e postura do indivíduo. 
- Somatossensitiva: Locus Ceruglio, núcleo magno da rafe e de uma estrutura mesencefálica, temos uma via descendente que modula percepção de dor, sistema de analgesia endógena.
Os sistemas noradrenergicos e serotoninérgicos também participam da modulação da dor 
- Sono-vigilia
A formação reticular também pode ser vista do aspecto neuroquímico, como é que é modula todas essas funções. Existe dentro da formação reticular dois sistemas neuroquímicos extremamente importante que são o sistema monoaminergico difuso e o sistema colinérgico. 
Monoaminergico difusos: os núcleos da rafe fazem parte desse grupo e liberam serotonina, podem liberar noradrenalina em algumas áreas do cérebro, neurônios dopaminérgicos. Todos esses que compõem os monoaminergicos difusos mais os colinérgicos se distribuem por todo o encéfalo modulando determinadas funções encefálicas.
O sistema noradrenergicos cujo corpo celular está localizado a nível da ponte, saída do trigêmeo – porção superior, projeta vários axônios para distintas áreas corticais, medula espinal, cerebelo e nessas áreas eles vão liberar noradrenalina que vai ser importante para atenção, clico sono-vigília, dor, humor, ansiedade, aprendizado, memória. Ela vai modular essas funções. Locus Ceruglio 
O sistema Serotoninergico, os núcleos da rafe irão liberar serotonina na medula espinal, no cerebelo em áreas corticais e diencefalicas. A serotonina vai modular a dor, a locomoção, o humor, a ansiedade, a memória e a agressão. Não é a atoa que alguns fármacos para modular o humor mexem com serotonina. 
RESUMO: Os sistemas monoaminergicos difuso constituem como sendo núcleos na formação reticular com projeções axonicas para distintas partes do cérebro para liberação de determinados neuromoduladores para exercer modulação me determinadas mudanças.
Dopaminergicos – a nivel de mesencéfalo temos a substancia negra que projeta os axônios para os núcleos da base para libera dopamina. Que é importante para regular a motricidade. A substância negra compõe a formação reticular. Área tegmental ventral que se projeta para área pré-frontal, para o núcleo acumes, e que vai modular a recompensa. 
O Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA)
Moruzzi e Magoun em 1949, descobriram que se eu lesionar certas áreas do encéfalo e do tronco encefálico eu conseguiria modificar o traçado eletroencefalográfico daquela área. 
 As linhas pretas na figura compõem ondas dessincronizadas que possuem alta frequência, baixa amplitude e baixa voltagem. Essas ondas dessincronizadas têm a ver com a vigília. Quando estamos acordados o córtex encefálico mostra um padrão elétrico dessa forma. 
Quando entramos no sono pelo menos a maior parte dele esse padrão começa a se modificar, começa a ficar lento aumenta a amplitude, diminui a frequência e aumenta a voltagem e passa a ser sincronizado ou simplesmente ondas lentas ao contrário do estado de vigília.
Esses caras descobriram que tem uma área do trigêmeo que quando eu aplico um estimulo elétrico eu aumento a ocorrência do estado de vigília deixando o indivíduo alerta e quando eu lesiono faço com que esse indivíduo entre em coma. Então existe uma área que é promotora do estado de alerta do indivíduo, essa área é chamada de Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA). Se eu sofro uma transecção abaixo da saída do trigêmeo esse indivíduo vai se encontrar acordado, se eu fizer uma transecção acima da siada do trigêmeo esse indivíduo entra em coma. 
Sono na verdade é uma atividade que reduzimos nossa atividade motora, nós respondemos menos a certos estímulos ambientais, posturas estereotipadas e reversibilidade relativamente fácil. Do ponto de vista fisiológico, o sono é caracterizado na maior parte dele por ondas sincronizadas que possuem alta amplitude e baixa frequência. Do ponto de vista conceitual o sono seria um estado alterado da consciência que tem função fisiológica, que é importante para o bem-estar do organismo.
O sono é dividido em 2 componentes: o período de ondas lentas, que é estado onde o eletroencefalograma é caracterizado pelas ondas sincronizadas, e tem o período de sono REM. O período de ondas lentas corresponde aos períodos 1,2,3 e 4 do sono e possui aquelas características ditas anteriormente como alta amplitude e baixa frequência.
Estágio 1 – estagio de sonolência 
Estagio 2 – sono leve 
Estagio 3 – sono moderadamente profundo
Estagio 4 – sono profundo 
A cada estágio que vai passando o nível de responsividade do indivíduo vai diminuindo. Quando chegamos ao sono REM, o ultimo estagio do sono, ou sono paradoxal que tem esse termo por ter esse padrão encefalográfico do sono REM é mais condizente com o padram da vigília possuindo um padrão mais dessincronizado, só que do ponto de vista motor ele se assemelha muito ao estado de sono profundo por isso o paradoxo, tendo um estado cortical ativo e um estado motor como se fosse profundo, tendo queda da postura do pescoço e não responde ao ambiente, perde o tônus, não responde a temperatura do ambiente, responde mal a pco2 aumentada, predominância do sistema parassimpático isso justifica as ereções que acontecem nesse estado do sono, aqui é o momento dos sonhos (memória).
75% do sono corresponde as ondas lentas e 25% ao sono REM, sendo que o sono REM prenomina no final da noite e as ondas lentas no início da noite. Se tem normalmente um ciclo, nos primeiro 70 a 90 minutos ondas lentas e nos próximos 10 a 20 minutos sono REM e depois se repete o ciclo.
Quando eles descobriram que tinham uma área promotora da vigília, começou a se pesquisar sobre isso. Essa área o SARA sempre associe ele a um estado de alerta, ativador, ele está disposto na parte superior da ponte a nível de trigêmeo, se eu faço uma transecção abaixo do trigêmeo eu mantenho o SARA ativo e a capacidade desse indivíduo de ficar alerta e se eu bloquear essa parte ou fizer a separação do mesencéfalo com a ponte eu perco o SARA e consequentemente eu entro em um estado de coma. Lembrando que existe várias drogas que tem ação sobre o SARA inclusive o anestésico geral, quando ele é aplicado o indivíduo entra em coma, contudoas informações isso não quer dizer que as informações nociceptivas não chegam ao encéfalo, mas vc pode não ter a consciência dela. O estado de consciência é uma função encefálica. Essas áreas são sensíveis a outras medicações os tranquilizantes e ela é composta de dois sistemas um colinérgico (o azul claro na foto), presente na ponte - laterodorsal - ele projeta a informação para o tálamo para posterior liberação de acetilcolina na área cortical, esse sistema mantem o córtex ativo e outros sistemas chamados juntos de monoaminérgicos que é constituído pelo locus ceruglio, esse sistema monoaminérgico projeta diretamente para o córtex - noradrenalina, núcleos da rafe - serotonina - e substancia negra – dopamina - . Então vc tem projeções noradrenérgicas e serotoninérgicas para todo o córtex. Dois sistemas o colinérgico, a informação passa primeiro no tálamo para depois ir para o córtex e e o monoaminérgico que vai diretamente para o córtex, através de 3 monoaminas a noradrenalina, a serotonina, a dopamina e a histamina. Na maior parte do sono esses dois sistemas tanto o colinérgico como o monoaminérgico estão mandando para o córtex esses neurotransmissores para modular suas funções. Entre os sistemas se tem a modulação de histamina. Por isso medicamentos anti-histamínico como o antialérgico nos deixam com sono pois diminuem a incidência do SARA. 
O SARA mantem o córtex ativado, contudo nós temos áreas no hipotálamo importantes para o ciclo circadiano. O SARA funciona tonicamente durante o dia, e em um certo momento do dia ele é inibido pelos sincronizadores como a glândula pineal, metalatonina que é bem conhecida pelo núcleo pré-óptico lateral que lança mão do gaba para inibir o SARA e esse inibir o córtex. Não são apenas essas monoaminas que participam temos hoje também de orexinas, fome e saciedade. A histamina quando bloqueada ela compromete o sono REM e todas as outras substancias quando bloqueadas comprometem o sono sincronizado.

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