Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 1 PORTUGUÊS – QUESTÕES DE 01 A 20 • Leia o texto abaixo e responda às questões a ele referentes: Uma alternativa ao desespero Pedro Bandeira* (§ 1) Menino santista, caçula com irmãos muito mais velhos, não me lembro de sentir-me solitário, pois logo vivi cercado por uma multidão de companheiros: cacei onças com meu amigo Pedrinho, mergulhei nas águas claras dos riachos com minha namorada Narizinho, rolei de rir com as “asneiras” da Emília, voei em cipós com Tarzan e seus macacos, esgrimi contra os aristocratas com Scaramouche e contra os “guardas do cardeal” com Dartagnan, estive preso na ilha de If com o Conde de Montecristo, fugi de Javert com Jean Valjean, sobrevivi numa ilha deserta com Robinson Crusoe, persegui Moby Dick com um comandante maluco de uma perna só, fui enganado pelo fantástico pirata Long John Silver, ajudei Miles Hendon a proteger o príncipe nas roupas do mendigo, vagabundeei pelo Mississipi com Huck e Tom Sawyer, demoli moinhos de vento com a lança de Don Quixote, espionei Arsène Lupin roubando colares de diamante, ajudei Quasimodo a badalar seus sinos pelo amor da cigana Esmeralda, enregelei-me no Alasca afagando o pêlo espesso de Caninos Brancos e cavalguei destemido pelos pampas gaúchos na companhia de Rodrigo Cambará. Que trabalheira! Quantos amigos! Que gostoso! (§ 2) Começo dos anos 80 do século passado, já havia dez anos escrevendo histórias infantis para revistas de banca, eu recém havia me decidido pela dedicação total àquela atividade: depois de mais de 300 historinhas publicadas nas tais revistinhas, minhas invenções começavam a sair em livros. E, como todos do meu ramo, iniciava-se também a tarefa paralela de quem escreve para crianças e adolescentes: as visitas a escolas, para as chamadas “palestras com os alunos”, tarefa árdua que desempenhávamos com vigor e alegria. Sob o ponto de vista das editoras, o intuito daquela atividade era “promover” a venda dos livros, mas acabávamos comparecendo a escolas estaduais e municipais, cujas professoras jamais poderiam pedir aos alunos que comprassem nossos livros. Dentro de meu peito, porém, pulsava um coração esperançoso à espera do dia em que a obscena exclusão da maioria dos brasileiros diminuísse através da democrática oferta de conhecimento para todos os brasileiros. (§ 3) Foi nessa época que visitei uma escola municipal em São Paulo, na carente periferia, chamada “Conde Carneiro”, se não me engano. Tendo já visto tantas escolas públicas mal conservadas, vidraças quebradas, comentei com a diretora a beleza daquela, toda reluzente, branquinha FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 2 comentei com a diretora a beleza daquela, toda reluzente, branquinha como no dia de sua inauguração. E a diretora explicou-me que, na verdade, a escola estivera tão destruída como tantas que eu conhecia, mas que acabara de ser reformada, pois havia sido totalmente incendiada... pelos próprios alunos. (§ 4) Ainda sob o espanto da informação, fui conversar com uma pequena multidão de jovens daquela escola. Dentre eles, no meio de tantas expressões desconfiadas, algumas até agressivas, destacou-se uma jovem, não tão bonita, ansiosa, que não parava de perguntar. Suas nervosas indagações eram sempre sobre livros, sobre enredos variados, numa demonstração rara de ligação com a Literatura. Findo o encontro, fui tomar o costumeiro cafezinho na sala dos professores e indaguei à diretora sobre a menina, destacando que, apesar da admirável ligação com os livros, ela merecia cuidados especiais, pois sua ansiedade beirava o patológico. E a diretora me reservava mais uma surpresa: a menina morava nas condições mais subumanas que se possa imaginar, seu pai era um alcoólatra desempregado que surrava a mulher e os filhos todos os dias e a pobrezinha vivia em puro desespero. Como alternativa à loucura, ela havia descoberto um refúgio: os livros. Freqüentava as aulas pela manhã e, apesar de a escola não oferecer ensino em período integral, alerta para as dificuldades da aluna a diretora permitia que ela almoçasse e jantasse na escola junto com os funcionários que dividiam suas marmitas com a garota, e permanecesse na biblioteca durante toda a tarde, depois durante todo o período noturno do supletivo. Só quando a escola tinha de ser fechada, a garotinha ia para seu barraco, levando livros da biblioteca. Ela havia ganho de uma professora uma lanterna a pilha e, refugiada em um canto da crueldade do pai alcoolizado, lia até adormecer. (§ 5) Ela era o que eu fora! Mesmo sem ter morado em favela, mesmo sem ter tido pai alcoólatra, até porque meu pai falecera deixando-me ainda no útero de minha mãe que, em vez de tapas, só me encheu de carinho, a menina havia encontrado um refúgio para a loucura e para o desespero semelhante à que eu encontrara para minha solidão infantil: mergulhada nos livros, ela vivia outras vidas, sonhava outros sonhos, consolava-se da vida injusta que lhe coubera e alcançava outras dimensões enquanto esperava passar as dores das pancadas do tresloucado pai. (§ 6) Do ponto de vista de meus professores, talvez eu tenha sido um “mau” aluno, porque, na véspera de alguma prova de Física, eu varava a noite lendo romances de Machado, Dostoiévski, Jorge Amado ou peças de Ibsen e William Shakespeare. Mais do que pela escola, eu fui educado pela Literatura. Graças a essa educação heterodoxa, aprendi um mundão de coisas, estudei e estudo demais tudo aquilo que quero, fiz a faculdade que escolhi e, hoje, vivo feliz e cuido muito bem de minha família, tendo livros traduzidos até para a língua Grega. Por que, então, outros meninos FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 3 pobres como eu fui não poderão construir sua felicidade futura navegando por páginas impressas, sentindo o cheiro da cola nas lombadas e apalpando a maciez do papel enquanto sua mente viaja por mundos fantásticos, raciocina sobre as emoções humanas, aprende a viver? (§ 7) O Programa Vivaleitura concorda comigo. Apoiando milhares de iniciativas por todo o País, a cargo de brasileiros especializados em amor, oferece essa que, para mim, é a única alternativa à loucura e ao desespero: a leitura prazerosa e livre. No meu entender, o aprendizado é uma tarefa individual – ninguém aprende com os professores, todos aprendemos sozinhos. O professor não ensina: sua missão é propor, estimular, provocar, seduzir, de modo que os alunos possam, motivados, buscar solitariamente nos livros os caminhos da liberdade e de sua felicidade futura. (§ 8) O Brasil é pobre, violento, atrasado, porque os caminhos desastrados de nossa História produziram uma sociedade em que somente 26% dos brasileiros entendem o que lêem. Construímos um País sem livros, sem acesso democrático ao Sonho, ao Conhecimento e à Esperança. Três quartos de nossa população vive excluída, porque jamais lhes foi oferecida a única arma que pode levá-los à vitória na batalha pela vida: o livro. Em pleno século XXI, como podemos sonhar com um futuro melhor nessas circunstâncias? (§ 9) Mas hoje vivemos numa democracia e ouvimos já muita gente importante clamando por uma educação universal e de boa qualidade, exigindo o acesso ao livro, a todos os livros. E apoiamos iniciativas heróicas como o Programa Vivaleitura, que trabalha para que se espalhem livros ao vento como um semeador planta a vida. Graças à sorte, que há mais de 50 anos me permitiu trilhar esses caminhos, eu pude construir uma vida feliz e realizada. (§10) Será que aquela menina da Escola Municipal Conde Carneiro conseguiu? Ah, eu espero que sim! Ah, eu sonho que sim! Eu gostaria de saberque as aventuras loucas que escrevi com paixão a tenham marcado mais do que as pancadas do seu pai. Querida menina nervosa de quem eu nem me lembro o nome, é para pessoinhas como você que eu escrevo. É pela sua felicidade que eu vivo. * Pedro Bandeira, natural de Santos, é um dos maiores nomes da literatura infanto- juvenil brasileira. Trabalhou em teatro profissional como ator, diretor e cenógrafo. Foi redator, editor e ator de comerciais de televisão. A partir de 1983 tornou-se somente escritor. Sua obra, direcionada a crianças e jovens, recebeu diversos prêmios, como o Jabuti, APCA, Adolfo Aizen e Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Escreveu, entre outras obras A droga da Obediência e A Onça e o Saci. Disponível em: http://www.moderna.com.br/moderna/literatura/apoio/artigos/2005/novembro-01.htm FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 4 O texto apresenta-se, fundamentalmente, como um texto: a) Narrativo, centrado em uma seqüência de episódios históricos. b) Expositivo, orientado para trazer informações acerca de um tema. c) Jornalístico, redigido de forma imparcial com informações a respeito de um assunto específico. d) Poético, direcionado para questões estéticas. 01. e) Metalingüístico, construído com o único objetivo de apresentar uma terminologia. Segundo o texto, todas as alternativas estão corretas, EXCETO: a) O autor iniciou a sua vida literária precocemente, fato este que o estimulou a ser um bom escritor. b) O fato de ter sido escritor de histórias infantis para revistas de banca foi um entrave à sua carreira. c) Havia um desejo, por parte do autor, de que a maioria dos brasileiros tivesse acesso ao conhecimento. d) As chamadas “palestras com os alunos” eram, para o autor, motivo de satisfação e alegria. 02. e) O autor hoje possui realizações profissionais, pessoais e pôde ver sua obra publicada em outros idiomas. Observe o trecho “a escola estivera tão destruída como tantas que eu conhecia”. (§ 3) Nesta frase, fica evidente uma relação semântica de: a) Condicionalidade b) Conformidade c) Comparação d) Concessão 03. e) Causalidade FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 5 A alternativa em que a palavra sublinhada NÃO tem relação com o sentido indicado na palavra em negrito é: a) “[...] cavalguei destemido pelos pampas gaúchos na companhia de Rodrigo Cambará.” (§ 1) – intrépido. b) “O Brasil é pobre, violento, atrasado, porque os caminhos desastrados de nossa História produziram uma sociedade em que somente 26% dos brasileiros entendem o que lêem.” (§ 8) – desencontrados. c) “[...] comentei com a diretora a beleza daquela, toda reluzente, branquinha como no dia de sua inauguração.” (§ 3) – resplandecente. d) “[...] e alcançava outras dimensões enquanto esperava passar as dores das pancadas do tresloucado pai.” (§ 5) – desvairado. 04. e) “[...] à espera do dia em que a obscena exclusão da maioria dos brasileiros diminuísse através da democrática oferta de conhecimento para todos os brasileiros.” (§ 2) – restrita. Leia o trecho seguinte: “No meu entender, o aprendizado é uma tarefa individual – ninguém aprende com os professores, todos aprendemos sozinhos. O professor não ensina: sua missão é propor, estimular, provocar, seduzir, de modo que os alunos possam, motivados, buscar solitariamente nos livros os caminhos da liberdade e de sua felicidade futura.” (§ 7) A partir do contexto em que foi empregado, observe as seguintes afirmações: I - Somente sozinhos, sem a ajuda de outras pessoas, podemos ser bons leitores. II - Os professores não ensinam, sendo assim, atrapalham o acesso aos livros. III - O professor é um grande mediador entre o aluno e a leitura. IV - A felicidade do aprendizado pode nascer de um estímulo causado pela motivação de um professor. Podemos afirmar que: a) As alternativas I e II são falsas. b) São falsas as alternativas II e III. c) As alternativas II e IV são corretas. d) Somente a alternativa III é correta. 05. e) Todas as alternativas são corretas. FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 6 Leia o seguinte trecho: “[...] tarefa árdua que desempenhávamos com vigor e alegria.” (§ 2) No contexto, a palavra em destaque possui equivalência de sentido em todas as alternativas, EXCETO: a) Dificultosa b) Trabalhosa c) Ineficiente d) Pesada 06. e) Dura Verbo transitivo é aquele que exige complemento verbal. Qual a transitividade do verbo na frase: "Dentro de meu peito, porém, pulsava um coração esperançoso."? a) Verbo intransitivo b) Verbo transitivo indireto c) Verbo transitivo direto e indireto d) Verbo transitivo direto 07. e) Verbo de ligação Todas as alternativas abaixo estão corretas quanto à concordância nominal, EXCETO: a) As declarações devem seguir anexas ao currículo. b) Meia classe permanecerá após o sinal de meio-dia e meia. c) O rapaz agradeceu: “— Muito obrigado”. d) As jogadoras estavam meio desgastadas pela competição. 08 e) Sempre o vejo usando óculos escuro. FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 7 Leia o trecho a seguir: Aquela pessoa disse que não _______________ razões para acreditarmos nela, pois ______________ provas suficientes e ______________ anotações convincentes. A alternativa que completa as lacunas de forma adequada é: a) faltava, haviam, existiam b) faltavam, havia, existiam c) faltavam, haviam, existiam d) faltava, havia, existia 09. e) faltavam, haviam, existia Eu não sei ______________ as pessoas daquela ______________ eleitoral não assistem a uma ______________ completa do ciclo de palestras. Assinale a alternativa que completa as lacunas do período: a) porque, cessão , seção b) porquê, sessão, cessão c) por que, seção , sessão d) por quê, cessão , sessão 10. e) por que, seção , cessão Leia o trecho: “Talvez eu tenha sido um ‘mau’ aluno”. Observando a norma padrão, no que se refere à ortografia, um trecho em que NÃO se respeitou tal norma é: a) Falaram mal dos nossos livros. b) A escola possuía um mal aspecto. c) O homem que se julga um bom leitor não dá mau exemplo. d) Ele mal começou a ler e já ficou entusiasmado. 11. e) O aluno continua sem gostar de ler, este é o seu mal. FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 8 Observe as duas frases extraídas da obra A hora da estrela, de Clarice Lispector, e marque a alternativa CORRETA: - Mas o que doía mais era ser privada da sobremesa de todos os dias: goiabada com queijo, a única paixão na sua vida. - E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo a sua “goiabada-com-queijo”. a) O encontro, para Macabéa, não se fazia essencial. b) O encontro, para Macabéa, era tão comum como goiabada com queijo. c) O encontro era algo corriqueiro para Macabéa. d) O encontro era algo irrisório para Macabéa. 12. e) O encontro, para Macabéa, era algo extraordinário. No Arcadismo, estética literária do século XVIII, o fazer poético, geralmente, estava ligado ao fingir um contentamento de harmonia em encontro com o ideal de perfeição da natureza. Leia o trecho do poeta brasileiro e assinale a alternativa INCORRETA: "Minha bela Marília, tudo passa; A sorte deste mundo é mal segura; Se vem depois dos males a ventura, Vem depois dos prazeres a desgraça". (Tomás Antônio Gonzaga) a) a existência considerada pelo prisma da religião cristã. b) a vida muito breve e a felicidade inconstante.c) a sorte como determinante da existência humana. d) que depois dos prazeres, certamente, vem a desventura. 13. e) o convite do poeta para que Marília aproveite o tempo antes que ele passe. A proposta “Queremos exprimir nossa mais livre espontaneidade dentro da mais espontânea liberdade” lembra a poesia: a) Barroca b) Árcade c) Simbolista d) Modernista 14. e) Realista FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 9 O romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, do último quartel do século XIX, inaugura concepções estéticas e filosóficas que se opõem ao: a) Naturalismo b) Realismo c) Romantismo d) Arcadismo 15 e) Simbolismo O Realismo se tingirá de ___________ no romance e no conto, sempre que fizer personagens e enredos submeterem-se ao destino cego das leis naturais que a ciência da época julgava ter codificado. (BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira) A alternativa que preenche a lacuna é: a) Parnasianismo b) Modernismo c) Romantismo d) Naturalismo 16. e) Simbolismo O estilo literário de que Olavo Bilac é representante sofreu violento ataque de intelectuais ligados: a) à Semana de Arte Moderna. b) aos poetas - introdutores do Romantismo em Portugal. c) aos poetas - introdutores do Romantismo no Brasil. d) aos escritores do Realismo brasileiro. 17. e) aos poetas do Barroco. Complete as lacunas: O índio idealizado, transformado em herói nacional, consagrou-se na poesia de _________ e na prosa de ____________, artistas do ___________ brasileiro. a) Gonçalves Dias - Manuel Antônio de Almeida - Romantismo. b) Álvares de Azevedo - Bernardo Guimarães - Romantismo. c) Gonçalves Dias - José de Alencar - Romantismo. d) Castro Alves - Machado de Assis - Realismo. 18. e) Cláudio Manuel da Costa - Mário de Andrade - Modernismo. FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 10 Em “A hora da estrela”, Clarice Lispector vale-se de um narrador problemático, sempre às voltas com o ato de narrar, tal como se nota no seguinte trecho: a) Bem, a despedida pode não ser para já, pode até demorar um pouco. b) Macabéa ficava contente com a posição dele porque também tinha orgulho de ser datilógrafa, embora ganhasse menos que o salário mínimo. c) Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu morreria simbolicamente todos os dias. d) — Olhe, eu era muito asseada e não pegava doença ruim. Só uma vez me caiu uma sífilis, mas a penicilina me curou. 19. e) Madame Carlota havia acertado tudo, Macabéa estava espantada. Só então vira que sua vida era uma miséria. Saiu da casa da cartomante aos tropeços e parou no beco escurecido pelo crepúsculo — crepúsculo que é hora de ninguém. Sobre Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, é INCORRETO afirmar: a) O livro apresenta um defunto-autor como narrador, mas isto não tem importância para o propósito da obra. b) Brás Cubas não se mostra desiludido no capítulo das Negativas, apesar de não ter produzido nada durante sua vida. c) Através da crítica ao interesse comercial de Marcela, Brás Cubas faz uma crítica à postura da mulher que já não se casava por amor. d) O relacionamento de Brás Cubas com Quincas Borba tem em comum o final “sem frutos” de ambos os personagens. 20. e) O autor das memórias coloca na sua obra experiências comuns à sua própria vida, construindo uma autobiografia. FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 11 REDAÇÃO “A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde”. (André Maurois - romancista, ensaísta, biógrafo e historiador francês do século XIX) “Os livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas”. (autoria desconhecida) Escreva um texto, de cunho dissertativo, com um mínimo de 20 e um máximo de 25 linhas, posicionando-se a respeito da importância da leitura, temática abordada nas duas frases anteriores. Dê um título a seu texto. FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 12 INGLÊS – QUESTÕES DE 21 A 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 How important is leisure time? How important is time to relax and to collect yourself? Many doctors believe that learning to relax in order to relieve day-to-day tension could one save your life. In our fast-paced world, it is almost impossible to avoid building up tension from stress. All of us confront stress daily; anything that places an extra demand on us is stress. We encounter stress on the job, and we face it at home. The body responds to stress by “mobilizing its defenses.” Blood pressure rises and muscles get ready to act. If our tension is not relieved, it can start numerous reactions. Both physical and psychological. Yet, we can learn to cope with stress effectively and to avoid its consequences. How? By relaxing in the face of stress. According to research Hans Selye of the University of Montreal, the effects of stress depend not on what happens to us, but on the way we react. In times of stress, taking a few moments to sit quietly and relax can make anyone feel better. Some people enjoy listening to classical music, while others are interested in going to rock concerts. One person may be fascinated by watching an eagle in its nest, whereas another might be bored by sitting in a field for hours, studying the eagle through binoculars. It may be pure pleasure for you to play endless hours of chess, but for others it could be pure frustration. Fortunately, people have invented countless ways of amusing themselves, and whatever your particular taste is, no doubt there’s a physical or mental activity for you to get involved in and enjoy. Of course, finding the activity that is right for you is half the fun! And don’t forget: take your time to smell the flowers. (WERNER, P.K Mosaic I: A content-based Grammar. New York: Random House, 1985.) The main idea of this text is: a) The effects of stress on blood pressure b) The value of learning to relax c) The relationship between stress and illness d) The pleasure of listening to classical music 21. e) The importance of physical activities FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 13 Based on your understanding of the first paragraph, it can be concluded that “leisure time” means: a) Hard time b) Overtime c) Lifetime d) Present time 22. e) Free time In the text, the author mentions the following ways of dealing with stress, EXCEPT: a) Listening to classical music b) Going to rock concerts c) Bird-watching d) Going to an amusement park 23. e) Playing chess In the sentence “Yet, we can learn to cope with stress effectively and to avoid its consequences” (line 11), the underlined word can best be replaced by: a) Accept b) Cause c) Fight d) Treat 24. e) Escape In the sentence “ The body responds to stress by ‘mobilizing its defenses’”. (line 8), the underline word refers to: a) Blood b) Stress c) Body d) Pressure 25. e) Tension FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 14 According to the text (lines 12, 13 and 14), researcher Hans Selye believes that the effects of stress have to do with: a) Excessive leisure b) What happens to us c) Too much work d) The way we react to it 26. e)A fast-paced world In line 20, the word “others” refers to: a) People b) Binoculars c) Rock concerts d) Hours 27. e) Moments The sentence which is grammatically correct is: a) Some people are enjoying play chess b) Some people enjoy playing chess c) Some people enjoy play chess d) Some people enjoying playing chess 28. e) Some people enjoy to play chess In the sentence: “We encounter stress on the job, and we face it at home” (lines 6 and 7), the underlined, word refers to: a) Stress b) Job c) Face d) Home 29. e) We The expression: “take your time to smell the flowers” (line 25), means: a) Buy flowers b) Go to a flower shop c) Have fun d) Open the windows 30. e) Give flowers FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 15 ESPANHOL – QUESTÕES DE 21 A 30 La ambición en las mujeres. ¿Por qué nos imponen límites? 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 ¿Me he convertido en una trepa? ¿Por qué cuando el término ambición se aplica a una mujer tiene una carga peyorativa de la que carece cuando se le atribuye a un hombre? Él es un luchador mientras que ella es un peligro. ¿A qué se debe esto? ¿Acaso soy demasiado ambiciosa?, se pregunta Ana después de que su compañera de trabajo le haya comunicado que renuncia al puesto de jefatura que le han ofrecido porque significa permanecer más tiempo en la empresa. Ya llego bastante tarde a casa y veo poco a mis hijos. No estoy dispuesta a continuar con este ritmo de trabajo, argumenta su compañera. A Ana le ha sorprendido la noticia porque aquella mujer era muy buena en su trabajo. ¿Por qué se negaba a ascender? ¿Por los hijos? Ella no haría nunca eso. Se imaginaba en puestos cada vez más altos, con más poder de decisión, lo que le proporcionaba una gran satisfacción. Aunque sus dos hijos llenaran una parte importante de su vida y fueran lo primero para ella, jamás dejaría por eso de promocionarse en su trabajo. La decisión de su compañera le provocó algunas preguntas sobre sí misma. Ana reconocía que era ambiciosa y que le gustaba el poder porque le permitía cambiar las cosas. Trabajaba como creativa en una empresa de publicidad y pensaba levantar en el futuro un negocio propio. Era, por otra parte, consciente de la importancia de su trabajo, con el que transmitía una forma de ver el mundo. Había estudiado el modo en el que la publicidad llega al inconsciente de las personas y estaba empeñada en ayudar a romper algunos moldes sexistas que se repetían en los anuncios, reproduciendo un modelo que ella consideraba detestable. El padre de Ana le transmitió siempre la idea de que la ambición en el mundo laboral era tan legítima para ella como para su hermano. Esto, junto a la relación con una madre que confiaba en su hija y tenía una capacidad alta para disfrutar de la vida y de su feminidad, favoreció mucho que Ana no se sintiera culpable por desempeñar cargos de responsabilidad en su empresa. Siempre lo compatibilizó con la educación de sus dos hijos, para lo que, por supuesto, tenía ayuda. Por fortuna, su marido siempre la animaba a intentar conseguir sus anhelos. El poder y el dinero El poder y el dinero son atributos fálicos, asociados FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 16 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 tradicionalmente al hombre, por lo que algunas mujeres se sienten culpables al desearlos, como si su obtención supusiera, de un lado, apropiarse de algo que no les pertenece y, de otro, atacar su feminidad. Estos sentimientos no son conscientes; se producen a partir de la interiorización de figuras que han sido muy importantes en nuestra historia emocional, principalmente, los padres y los adultos significativos. Si estas figuras han actuado de forma despectiva o han transmitido ideas que minusvaloran la feminidad, a la mujer le costará realizar conquistas que vayan más allá del ámbito doméstico, pues no las sentirá del todo lícitas. El lado positivo de la ambición La ambición puede representar algo bueno o se puede convertir en un impedimento que no nos deje disfrutar de la vida. Siempre proviene de un deseo interno, pero en el primer caso nos ayuda a realizar aquéllo que hemos soñado y a sentirnos mejor con nosotras mismas, porque está ajustada a la medida de nuestras posibilidades y a la aceptación de nuestras debilidades y límites. Cuando lo que ambicionamos es bueno para nosotras, nos sentimos bien con lo que conseguimos. La ambición desmedida, sin embargo, puede arruinar la satisfacción interna, porque está al servicio de compensar carencias o fantasías que no estamos dispuestos a admitir. Como por ejemplo, la de que, si no triunfábamos en algo, no seríamos queridas. O a la de que nuestros éxitos son un modo de atacar a alguien. De hecho, algunas mujeres creen inconscientemente que superar los logros de la madre constituye un modo de atacarla. En tal caso, la culpa boicotea el proyecto y no permite a la mujer disfrutar de sus éxitos. Según el texto podemos afirmar que: a) es un peligro para la mujer ser ambiciosa b) si un hombre es ambicioso se le ve como un luchador c) la mujer trabaja más horas al día que el hombre d) los hombres no cuidan a los hijos 21. e) ambición no es propia de los hombres FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 17 En la frase “A Ana le ha sorprendido la noticia porque aquella mujer…” (línea 12) ¿La palabra aquella se refiere a quién? a) A una mujer ambiciosa b) A Ana c) A la jefa de Ana d) A una mujer cualquiera 22. e) A la compañera de Ana En relación al tercer y cuarto párrafo, decida si la sentencia es VERDADERA (V) o si la sentencia es FALSA (F), y enseguida, de acuerdo con el texto, marque la opción CORRECTA. I. Ana afirma que sus hijos son muy importantes para ella, pero nunca se negaría a ascender. II. A Ana le encantaría llegar a puestos cada vez más altos, con más poder de decisión. III. Ana se negó a ascender por los hijos, pues son muy importantes para ella. a) FVF b) VFF c) VFV d) FFV 23. e) FVV ¿Cuál es el masculino de ella? a) Ello b) El c) Ele d) Ell 24. e) Èl FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 18 Sobre el subtítulo el poder y el dinero, el texto afirma que: a) las mujeres cuando alcanzan puestos altos se sienten más femeninas b) las mujeres que no trabajan fuera del hogar es porque padecen problemas psicológicos inconscientes c) el poder y el dinero tradicionalmente fueron asociados al hombre d) las mujeres son muy conscientes de lo que quieren y por lo tanto desean ascender en la profesión 25. e) los padres son los culpables por el fracaso de las mujeres En la frase “ …se sienten culpables al desearlos (línea 40) […] de algo que y les pertenece…” (línea 41 ). Los y les en la frase se refieren respectivamente a: a) algunas mujeres / hombres b) el poder y el dinero / hombres c) algunas mujeres / mujeres d) el poder y el dinero / mujeres 26. e) atributos fálicos / algunas mujeres En la frase “Como por ejemplo, la de que…” (línea 62), la partícula la se refiere a: a) Satisfacción interna b) Carencias c) Fantasías d) Satisfacción o fantasías 27. e) Carencias o fantasías FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/200619 Sobre el subtítulo El lado positivo de la ambición, todas las frases son verdaderas EXCEPTO: a) Cuando la ambición proviene de un deseo interno nos hace sentir mejor con nosotras mismas. b) La ambición es un deseo interno donde buscamos éxito en nuestras actividades para atacar a alguien. c) La ambición desmedida no es buena para la satisfacción interna, pues usamos nuestros éxitos para atacar a alguien. d) Muchas mujeres creen que superando a la madre es una manera de atacarla. 28. e) La ambición nos impide de disfrutar de la vida cuando la queremos para atacar a alguien. En relación al quinto y sexto párrafo, decida si la sentencia es VERDADERA (V) o si la sentencia es FALSA (F), y enseguida, de acuerdo con el texto, marque la opción CORRECTA. I. Ana cree que el poder le permite cambiar las cosas II. Ana tiene su negocio propio III. Ana se considera ambiciosa a) VFV b) VVF c) FFV d) FVF 29. e) FVV En el texto aparecen algunos conectores: mientras (línea 5), aunque (línea16), pero (línea 54) y sin embargo (línea 60). La correspondencia que mejor se traduce al portugués es: a) Pero = por isso b) Aunque = ainda c) Mientras = enquanto d) Sin embargo = sem embargo 30. e) Ninguna de las anteriores FACULDADE DE VIÇOSA VESTIBULAR – 2006-II GAB. 1 Julho/2006 20
Compartilhar