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Resumo sobre Mora

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Sobre a mora
Mora é o atraso ou a imperfeita satisfação obrigacional, para que ocorra mora, sua causa não poderá decorrer de caso fortuito ou força maior. De acordo com o artigo 394 que é autoexplicativo, considera-se mora o devedor que não efetuar o pagamento ou o credo que não quiser recebe-lo, no lugar, tempo, forma, que esteja previsto ou por lei ou pelo que pactuarão as partes.
A mora abrangente do devedor, é a responsabilidade do sujeito passivo da obrigação por todos os prejuízos causados ao credor, mais juros e correção monetária. Deve ao devedor demonstrar sua não culpa, assim como na responsabilidade civil subjetiva contratual, sendo que ao constituir mora o devedor é culpado. Constitui mora de pleno direito, quando a obrigação for liquida, quando há o descumprimento nas obrigações de não fazer, onde irá contar mora a partir do dia em que praticou o ato que se obrigou a abster. E nos atos ilícitos extracontratuais, como quando bate em algum carro. Esse devedor que cometeu uma dessas ações ficará responsável, por responder pelos prejuízos causados ao credor, podendo ser dano patrimonial ou moral, responderá pela impossibilidade da prestação, desde que tenha agido com culpa. 
Já a mora responsável pela recusa de receber, ou de não estar lá para receber, recairá sobre o credor, apesar de raro, para sua constituição basta o mero atraso ou inadimplemento relativo do credor, do qual não se discuti sua culpa. A mora gera 3 efeitos, dos quais, afasta o devedor de dolo e a responsabilidade do mesmo pela conservação da coisa, não respondendo o devedor por imprudência, negligencia ou imperícia. Obriga o credor a ressarcir o devedor pelas despesas empregadas para conservação da coisa, e sujeita ao credor a receber a coisa, no valor do cumprimento da obrigação e não do contrato. Lembrando que neste caso há possibilidade da consignação judicial ou extrajudicial ou mesmo a retenção. E caso haja mora do devedor e do credor, uma anulará a outra como se nenhuma das partes incorresse em mora, como uma compensação nos atrasos. 
	Sobre a purgação da mora
Purgar a mora, significa afastar ou neutralizar os efeitos decorrentes do inadimplemento parcial, onde tanto o credor quanto o devedor, podem sanar a falta cometida cumprindo a obrigação que ainda é útil à outra parte. Quando ocorre pelo devedor, se dá pela oferta da prestação com acréscimo de juros, correção monetária, multa e honorários sem prejuízos das eventuais perdas e danos. Já na esfera do credor, ocorre quando esse se oferece para receber a prestação do devedor, sujeitando-se aos efeitos da mora já ocorridos. Sendo assim a relação jurídica prossegue normalmente, caso houverem ainda prestações a serem saldadas, ou estará extinta o pagamento. Não mais incidindo em inadimplemento. 
Uma observação é que existe regra especifica quanto a mora, no caso de locação a purgação da mora só é admitida caso 40% do débito já tenha sido pago. Sumula do STF.

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