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Estudo de Caso - EF na 2ª Infancia

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EDUCAÇÃO FÍSICA NA 2ª INFÂNCIA
(BACHAREL)
No clube Brasiliense Handebol e Regatas, um clube de alto padrão da região, onde crianças desde muito pequenas começam a treinar. A professora Mariluce Siqueira propôs uma queimada para crianças de 11 anos de idade, utilizando diferentes materiais, entre eles bexigas com água, bolas de plástico, bolas de meia e de jornal. Alguns alunos tiveram dificuldade de locomoção e de desviar dos materiais arremessados. Sendo assim: 
Promova uma reflexão sobre crescimento e desenvolvimento infantil considerando a influencia do nível de escolaridade dos pais, qualificação ocupacional dos pais, renda familiar e de qualidade de moradia, baseado na história social da criança. 
Faça uma análise crítica sobre a estratégia adotada pela professora, dê um enfoque no aspecto motor considerando (características da faixa etária e objetivos estratégia metodológica).
Todo ser humano possui um potencial genético de crescimento e desenvolvimento, que pode ou não ser atingido, dependendo das condições de vida a que está submetido. Segundo BEE (2003): “(...) todo o desenvolvimento é produto de várias formas de interação entre influências internas e externas”. Ou seja, a criança sofrem sim, influências externas em seu processo de crescimento e desenvolvimento.
A escolaridade dos pais, por exemplo, podem influenciar a criança de maneira positiva. Quanto maior o nível de escolaridade da mãe, mais ela saberá o que é importante para promover a saúde de seu filho, como procurar melhores condições de saúde ao nascimento, uma prática nutricional e de higiene adequadas, etc.
A ocupação dos pais e a renda familiar, também influenciam positivamente no desenvolvimento da criança, pois uma ocupação e/ou uma renda mais qualificada, abrirá caminho à aquisição de bens e serviços de melhor qualidade.
Qualidade da moradia, este é outro fator importante, pois um domicílio inadequado, com falta de água potável e de saneamento básico, pode aumentar o risco de doenças e infecções, e com isso influenciar no crescimento e desenvolvimento infantil.
Já a respeito da situação descrita no enunciado, à postura do clube em treinar crianças desde muito novas, é erronia. Segundo TANI, FERRAZ & TEIXEIRA (1991), muitas modalidades esportivas exigem o desenvolvimento de capacidades que não deveriam ser enfatizadas na infância.
“A criança não é uma miniatura do adulto, e sua mentalidade não é só qualitativa, mas também quantitativamente diferente da do adulto, de modo que a criança não é só menor, mas também diferente” (Claparède, 1937).
Crianças com 11 anos – analisando pela perspectiva motora – são caracterizadas pelos problemas de reestruturação corporal e crescimento acelerado, mudanças naturais no início da puberdade que perturbam as coordenações motoras. Diante disso, o objetivo da atividade deveria ser a reestruturação da coordenação motora, a fim de ajudar a criança a se ajustar as suas novas proporções corporais.
A queimada proposta pela professora Mariluce é uma ótima estratégia de reestruturação, pois trabalha muitas habilidades motoras ao mesmo tempo. Mas ao ser realizado com materiais diversificados, o jogo tornou-se um grande desafio.
A bexiga com água, a bola de meia, a bola de papel e a de plástico, possuem densidades diferentes. A força necessária para lançá-las assim como a velocidade aplicada para se esquivar, varia de um material para outro e colocando isso na realidade de crianças que passam por perturbações na coordenação motora, temos as várias falhas de locomoção e de desviar dos materiais arremessados.
É importante lembrar, que se a criança relacionar a atividade a muita pressão ou a algo extremamente difícil, acabará sentindo-se desmotivada e desistirá da prática do exercício. Para a faixa etária em questão, as atividades esportivas podem ajudar a criança na reestruturação de sua coordenação, portanto, o jogo em sua forma mais básica já pode ser o suficiente.

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