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LMF 3 - NECROSE Luiz Valério, Victor Alexandrino, John Kennedy e Fernando Diogo S3 - TURMA D 2019 PERA, ANTES DOS TIPOS, O QUE É MESMO UMA NECROSE? ★ Necrose e apoptose coexistem no mesmo tecido ★ Apoptose é dependente de ATP; necrose ocorre na falta dela ★ Na necrose, aumento da permeabilidade de lisossomos ★ Na do tipo caseosa, a lise das células não é muito evidente NECROSE CASEOSA ➢ Tipo de necrose coagulativa ➢ Típico de reação inflamatória ➢ Aspecto rosado e granuloso ❖ Apoptose de macrófagos epiteloides ❖ Ativação da via alternativa dos macrófagos (M2) ❖ Ação da TNF-alfa ❖ Enzimas e espécies reativas de oxigênios MAS E O TAL DO GRANULOMA? ➔ Granuloma pode ser via TH1 ou via TH2 ➔ TH1: IFN-gama e IL-12 ➔ TH2: IL-4, IL-10 e IL-13 Ainda na necrose caseosa... ➔ Células necróticas viram uma massa acidófila e homogênea ➔ Alguns núcleos picnóticos e outros fragmentados (cariorrexe) ➔ Proteínas pró-apoptose e redução de proteínas antiapoptóticas ➔ Reação exsudativa ok. já aprendi necrose caseosa. então, que órgão é esse? NECROSE COAGULATIVA ❖ Causa mais frequente: isquemia ❖ Área atingida é esbranquiçada e realça-se a superfície do órgão ❖ Halo avermelhado (hiperemia que tenta compensar a isquemia) ❖ Citoplasma acidófilo e granuloso ❖ No início, os contornos celulares são nítidos TÁ... MAS EU QUERO VER ISSO ANATOMICAMENTE! QUERO VER QUEM APRENDEU… - caso clínico Mulher de 73 anos, negra, natural de Caldas (MG), procedente de Campinas, empregada doméstica aposentada, procurou atendimento médico com os seguintes antecedentes: diabetes mellitus tipo II, diagnosticado há 12 anos; em uso de hipoglicemiante oral, sem controle preciso dos níveis glicêmicos, que variavam entre 100 e 300mg/dl; insuficiência cardíaca congestiva, referida há "muitos anos", secundária a uma doença valvar; negava hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia. Na última internação, chegou ao Pronto Socorro com precordialgia há dois dias, com características semelhantes aos episódios anteriores, porém com intensificação nas últimas horas. Negou dispnéia, taquicardia e perda de consciência. Ao exame físico, apresentou-se em satisfatório estado geral. A ausculta pulmonar revelou estertores crepitante sem bases e campos médios. O ictus não era palpável. A ausculta cardíaca revelou 2 bulhas normofonéticas em focos mitral e tricúspide, com sopro sistólico de ++ e protodiastólico + em ruflar, localizados em foco mitral. Em focos da base, apresentava hipofonese das bulhas. Encontrava-se em ritmo de fibrilação atrial com freqüência cardíaca variando entre 50 e 60bpm e pressão arterial de 80 x 65mmHg. Não havia sinais de insuficiência cardíaca direita ao exame físico. Foi descartada a hipótese diagnóstica para Doença de Chagas. NECROPSIA DA PACIENTE O exame macroscópico do coração revelou infarto transmural com halo hiperemiado em parede diafragmática do ventrículo esquerdo e múltiplas áreas de fibrose em parede lateral. O estudo histológico mostrou pequenos infartos cicatrizados em parede lateral e infartos de várias idades em parede diafragmática: células miocárdicas "mumificadas", células com degeneração hidrópica e infiltrado inflamatório polimorfonuclear (poucas horas); tecido de granulação (sete dias); e fibrose densa (antigo). necrose de liquefação ❖ Causas:isquemia, anóxia, infecção... ❖ Características ➢ Acúmulo de células inflamatórias ➢ É causada pela liberação de enzimas lisossomais ➢ Ocorre pus em infecções agudas ➢ A área necrosada adquire consistência liquefeita infarto cerebral vamos ver mais a fundo... esteatonecrose ➔ Causas:Lesões traumáticas,isquêmica s ou químicas que podem levar à ruptura de células adiposas . ➔ Características: Necrose do tipo adiposo, comum na hipoderme, mama e retroperitônio, por exemplo . Okay … Mas e aí , como funciona? ➔ Lipases pancreáticas liberam ácidos graxos dos triglicérides e estes reagem com íon Ca++ dos líquidos intersticiais formando sabões insolúveis de cálcio, que têm aspecto semelhante a cera de vela. NECROSE GORDUROSA ➢ Liberação de enzimas lipolíticas (lipases) na substância do pâncreas e na cavidade peritoneal. O que leva à digestão (liquefação) das membranas dos adipócitos do peritônio e quebra das ligações estéricas dos triglicérides, liberando assim ácidos graxos livres. ➢ Estes ácidos graxos se combinam com íons Ca (reação de saponificação) e formam áreas esbranquiçadas no tecido adiposo. EXEMPLO CLÍNICO: PANCREATITE AGUDA ➢ A ingestão excessiva de álcool aumenta o risco de pancreatite aguda e crônica. ➢ Essas áreas permitem ao cirurgião e ao patologista identicar as lesões. Ao exame histológico, os focos de necrose exibem contornos sombreados de adipócitos necróticos com depósitos de cálcio basofílicos circundados por reação in amatória. NECROSE FIBRINOSA ➢ Geralmente observada nas reações imunes ➢ Complexos de antígenos e anticorpos são depositados nas paredes das artérias. ➢ Os imunocomplexos + a Brina que tenha extravasado dos vasos. ● Exemplo de doenças imunologicamente mediadas: a Poliarterite Nodosa. ➢ Aparência amorfa e róseo-brilhante, pela coloração do H&E, conhecida pelos patologistas como brinoide. EXEMPLO CLÍNICO: POLIARTERITE NODOSA ➢ O tecido necrótico adquire um aspecto hialino (róseo e vítreo), acidofílico, semelhante a fibrina. ➢ Caracterizada inflamação necrosante da parede dos vasos sanguíneos, provavelmente de origem imunológica. ➢ Qualquer tipo de vaso sanguíneo pode ser envolvido — artérias, arteríolas, veias ou capilares. ALGUMA DÚVIDA?? OBRIGADO A TODOS! REFERÊNCIAS PARA ESSA APRESENTAÇÃO ABBAS, A.K., FAUSTO, N, KUMAR, V. Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas das Doenças 8ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2010. BRASILEIRO-FILHO, G. e cols. Patologia. Bogliolo. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2011. BRANCO, Tiago Pugliese; TEIXEIRA, Carlos Osvaldo; TEIXEIRA, Maria Aparecida Barone. Caso 2/03 - Paciente do sexo feminino, 73 anos, portadora de diabetes mellitus, com dor torácica há 2 dias. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 80, n. 4, p. 446-450, Apr. 2003 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-7 82X2003000400008&lng=en&nrm=iso>. access on 25 Feb. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2003000400008. NECROSE - ANATPAT. Universidade de Campinas, {entre 2009-2019}. Disponível em: http://anatpat.unicamp.br/tanecrose1.html. Acesso em: 24 fev. 2019.
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