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INFLAMAÇÃO Reação dos tecidos vascularizados (destrói e bloqueia) a um agente agressor (biológico, físico ou químico) pela saída de líquidos e de células do sangue para o interstício (espaço entre as células). - > Características gerais da inflamação: * Aguda - Horas ou dias. - Início rápido e duração curta; - Caracterizada pela: exsudação de fluido de proteínas plasmáticas e migração dos leucócitos (resposta I) - transferência de fluido do vaso sanguíneo p/ fora da célula. * Crônica: Semanas / Meses / Anos. - Duração maior. - Presença de linfócitos (resposta II) e de vasos sanguíneos, fibrose e necrose tissular. A inflamação termina quando o agente agressor é eliminado e os mediadores secretados são destruídos e ou dispersos. -> Causas: - Infecção - Bactérias, vírus, fungos e parasitas. - Trauma - Corte, perfuração. - Agentes físicos - queimadura, frio excessivo, radiação. - Corpos estranhos - farpas, suturas, poeira. - Injúria imunológica - doença autoimune. - Tecido morto (inflamação na área necrosada). Se não tiver resposta inflamatória nunca cessaria o processo de inflamação. Então evoluiriam sem controle. Por exemplo, queimaduras não cicatrizariam feridas ficaram abertas. São recrutados leucócitos, linfócitos, plaquetas, monócitos e odo conteúdo para o local da infecção. -> Sinais Cardinais: - Rubor: vermelhidão devido a dilatação dos vasos. - Dor: devido ao aumento de pressão, acúmulo de fluidos intersticial, mediadores químicos. - Calor: aumento de fluxo sanguíneo, eleva a temperatura. - Inchaço: acúmulo extra vascular de fluído p/ interstício. - Perda de função: devido ao inchaço e dor. * Inflamação AGUDA. Resposta imediata e inicial ao agente agressor. - > Componentes: 1- Alteração no calibre vascular (+fluxo sanguíneo). Há vasodilatação arteriolar, causando aumento do fluxo sanguíneo e abertura dos capilares. É a causa de vermelhidão e calor, indicações características de inflamação aguda. 2 - Aumento da permeabilidade vascular: causa saída de líquido rico em proteínas para o interstício devido também a maior pressão hidrostática intravascular - causa vermelhidão e dor. Com o aumento da permeabilidade da circulação capilar, o líquido intravascular, rico em proteínas, extravasa para dentro dos tecidos extravasculares. Esta perda de líquido pelo sangue faz com que a concentração de hemácias aumente, causando aumento da viscosidade do sangue que diminui a velocidade do fluxo sanguíneo. - 2.1 - Contração endotelial: Mais comum pela histamina e bradicinina. - 2.2 - Exsudato: Saída de líquido ou de outras substâncias como proteínas e glicídios. O líquido intravascular, rico em proteínas, extravasa para dentro dos tecidos extra vasculares. Esta perda de líquido pelo sangue faz com que a concentração de hemácias aumente, causando aumento da viscosidade do sangue, que diminui a velocidade do fluxo sanguíneo. - 2.3 - Transudato: Caracterizado pela baixa quantidade de proteínas, causado pelo aumento da pressão hidrostática. Saí líquido, mas continua proteína no vaso sanguíneo. Vasodilatação arteriolar e o aumento do volume sanguíneo provocam aumento da pressão hidrostática intravascular, resultando em saída de líquido dos capilares para o tecido. Este líquido, chamado de transudato, e é, essencialmente, um “filtrado” do plasma, com poucas proteínas. 3 - Acúmulo de leucócitos: Células de defesa na região agredida. -3.1 - Diapedese leucocitária e fagocitose: Recrutamento de células para o local da inflamação - através dos vasos sanguíneos até a célula-alvo - Marginação leucocitária: Leucócitos, principalmente neutrófilos, começam a se acumular ao longo da superfície endotelial vascular, um processo chamado de marginação. - Rolagem: Os leucócitos rolam pela superfície endotelial, se aderindo transitoriamente ao longo do caminho por um processo chamado rolagem. - Adesão. Trata-se de adesões fracas e transitórias. - Diapedese leucocitária. Após a aderência, os leucócitos migram através da parede do vaso, “espremendo-se" entre as junções intercelulares endoteliais. - Quimiotaxia: Substância química que atrai os leucócitos para região. Após a diapedese, os leucócitos migram em direção ao local da lesão ou infecção ao longo de uma gradiente de quimiocinas (produtos bacterianos, ocitocinas), um processo chamado de quimiotaxia. - Ativação leucocitária. Uma vez recrutados para o local de infecção ou lesão, os leucócitos devem ser ativados para exercerem suas funções. Os estímulos para a ativação incluem micróbios, produtos das células necróticas e vários mediadores. Os leucócitos possuem uma gama de receptores diferentes, que, quando ativados, induzem um numero de respostas nos leucócitos que fazem parte da sua função normal de defesa – conjuntamente, chamadas de ativação leucocitária, que resulta em: funções dos leucócitos. - > Funções dos leucócitos: - Fagocita. -Destrói bactérias. - Degrada tecido necrosado, - Degrada corpos estranhos. - Podem prolongar inflamação. - Induzem lesão tecidual por liberação de enzimas, mediadores químicos e radicais tóxicos de oxigênio. - Mediadores químicos da inflamação: Os fenômenos vasculares e celulares observados durante a inflamação dependem de série de mediadores químicos. Aminas Vasoativas - > Histamina e Serotonina: Vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e contração endotelial. Como por exemplo: histamina, que causa produção de mastócitos, basófilos; bradicinina, que é um vasodilatador - plaquetas; enzimas. Cada mediador químico é responsável por um processo e função na resposta inflamatória. - Aminas vasoativas: São armazenadas (principalmente nos mastócitos) como moléculas pré-formadas e estão entre os primeiros mediadores a serem liberados na inflamação aguda. a. Histamina: produzida por vários tipos celulares, mas especialmente mastócitos, adjacentes aos vasos e residentes do conjuntivo, e pelos basófilos e plaquetas circulantes. - A histamina pode ser liberada em resposta a vários estímulos, como: lesão física (ex: trauma, calor), reações imunes envolvendo IgE, fragmentos do complemento, proteínas de liberação de histamina derivadas de leucócitos, neuro peptídeos (ex: substância P) e ocitocinas. - A histamina causa dilatação de arteríolas e é o principal mediador da fase imediata de aumento da permeabilidade vascular , induzindo a contração do endotélio venular. Após sua liberação, a histamina é inativada pela histaminase. b. Serotonina: possui efeitos iguais à histamina. É encontrada principalmente nos grânulos das plaquetas (junto a histamina)e liberada durante a agregação plaquetária. Progressão para a inflamação crônica: Ocorre no caso do agente nocivo não ter sido removido. Dependendo da extensão da lesão inicial e da sua continuidade, bem como a capacidade de regeneração dos tecidos afetados, a inflamação crônica pode ser sucedida por restauração da estrutura e função normais, ou pode resultar em cicatrização. *Inflamação CRÔNICA - Duração maior. - Proliferação de vasos - porque o agente agressor está permanente. - Forma fibrose (cicatrização) Trata-se de uma inflamação prolongada (de meses ou anos), na qual a inflamação propriamente dita, a lesão tissular e a tentativa de reparo dos danos ocorrem simultaneamente. Pode ser a continuação de uma inflamação aguda, mas, normalmente, começa de maneira enganosa, como uma reação pouco intensa, geralmente assintomática. A inflamação crônica é a causa de dano tecidual em algumas das doenças mais debilitantes (ex: tuberculose, doenças pulmonares crônicas, arteriosclerose). -> Características gerais: - Infiltração de linfócitos, macrófagos e plasmócitos. - Destruição de tecidos. Pela persistência do agente nocivo ou pela reação / processo inflamatório - necrose. - Reparação por substituição por tecido conjuntivo (angiogênese e fibrose) - Tentativa de cicatrização pela substituição de tecido danificado por tecido conjuntivo, efetuadoatravés da proliferação de pequenos vasos sanguíneos (angiogênese) e fibrose. Obs: Nem toda inflamação crônica passa pelo processo de inflamação aguda. -Infiltração celular (infiltração leucocitária): invasão de uma concentração muito grande de células de defesa contra uma bactéria de uma determinada região. O macrófago é a célula predominante na inflamação crônica. Do sangue, os monócitos migram para os tecidos e se diferenciam em macrófagos. Os monócitos começam a migrar para os tecidos extra vasculares logo no início da inflamação aguda, e, cerca de 48h depois, tendem a ser as células predominantes. O processo de migração de macrófagos é idêntico ao de neutrófilos. Nos tecidos, macrófagos são ativados por citocinas, e outros mediadores químicos. A ativação resulta em aumento do tamanho celular, aumento da quantidade de enzimas lisossomiais, aumento do metabolismo e melhora da habilidade fagocítica. Os macrófagos ativados secretam uma variedade de produtos biologicamente ativos, que, se não forem controlados, resultam em lesão tecidual e fibrose característica da inflamação crônica. - A progressão para a inflamação crônica ocorre quando não é possível resolver a resposta inflamatória aguda por: a) Persistência do agente agressor. b) Interferência no processo normal de cura. - > Origens: - Infecções persistentes: Por certos microrganismos (bacilos da tuberculose, fungos). - Exposição prolongada: Por agentes potencialmente tóxicos (sílica, aterosclerose). Devido a placa de gorduras. - Autoimunidade: esclerose múltipla é um exemplo. > Células: Na inflamação crônica proliferam basicamente em células mesenquimais. Essas células situam-se normalmente ao redor de capilares e de pequenos vasos sanguíneos no tecido conjuntivo frouxo: Fibroblastos, Células endoteliais e Macrófagos. *Fibroblastos: -Responsável pela biossíntese de colágeno do tipo I. - Produz substância intercelular e origina células de outros tecidos conjuntivos - regeneração do tecido lesado. *Endoteliais: - Participam da resposta imune, gerando citocinas que modulam atividade dos linfócitos. Proteínas sendo produzidas / chamar célula ou gerar um óxido p/ matar o agente agressor. Os monócitos circulantes são recrutados para a área de inflamação, aderem ao endotélio vascular e emigram para o tecido, transformando-se em macrófagos teciduais, que serão ativados. Tal ativação pode ocorrer por via não-imunológica, através da endotoxina, fibronectina e mediadores químicos ou através da via imunológica, com a presença de células T ativadas. A ativação macrocitária vai causar lesão tecidual. *Macrófagos. - Extravasamento para o local da lesão diapedese. - No tecido extracelular - diferencia em célula fagocítica. - Responsável por grande parte da destruição tecidual e estimula fibrose. - Óxido nítrico e radicais livres - Substâncias liberadas. - Protease - sistema complemento (Trata-se de um conjunto de proteínas plasmáticas que exercem papel importante na imunidade do organismo e na inflamação). - Fatores - angiogênese. - Fatores fibrinogênicos. - Acúmulo de macrófagos no tecido. A presença de macrófagos do tecido cronicamente inflamado é garantida pelo recrutamento de monócitos no sangue, proliferação local de macrófagos e imobilização local dos macrófagos, sendo o primeiro mecanismo o mais importante. As citocinas produzidas pelos macrófagos serão importantes no recrutamento de leucócitos, prolongando a resposta inflamatória. * Granulomas - Se fundem e formam células gigantes. - Acúmulo de macrófagos. - Cercados de linfócitos. - Inflamações granulosas: - Bacterianas: Ocorre em algumas condições imuno mediadas, em doenças infecciosas e em doenças não-infecciosas. A tuberculose, a sífilis, a hanseníase e a doença da arranhadura do gato são algumas condições em que esse tipo de inflamação se desenvolve. - Parasitária: Esquistossomose. - Corpos estranhos. -> Reparação por tecido conjuntivo (fibrose): - Angiogênese. - Migração e proliferação extra-celular. - Maturação organização do tecido fibroso (remodelamento). - > Padrões morfológicos - AGUDAS E CRÔNICAS. 1 - Inflamação serosa. 2 - Inflamação fibrinosa. 3 - Infl. supurativa ou purulenta. 4- Ulcerativa. 1- Inflamação serosa: - Presente nas primeiras fases das lesões inflamatórias. - Vesículas e bolhas. - Caracterizada pelo extravasamento de um fluido aquoso, relativamente pobre em proteínas que, dependendo do local da lesão, podem se originar do soro sanguíneo ou das células que revestem pleura, pericárdio e peritônio. Bons exemplos são a bolha cutânea formada na queimadura. O líquido em uma cavidade serosa é chamado de efusão. 2 - Inflamação fibrinosa. - Predomínio de exsudato fibrosa que origina placas esbranquiçadas principalmente sobre as mucosas e as serosas. É característico da inflamação do revestimento de cavidades (ex: meninges, pericárdio, pleura). - Ocorre em consequência de lesões mais graves. - Permite que moléculas grandes (ex: fibrinogênio) atravessem a barreira endotelial. Histologicamente, a fibrina extra vascular acumulada aparece como uma rede eosinofílica de filamentos ou, às vezes, como coágulo amorfo. 3 - Infecção supurativa - purulenta. - Composto por pus, líquido de densidade, cor e cheiro variáveis, constituído por soro, exsudato e células mortas - principalmente por neutrófilos e macrófagos. Ex: pústula, furúnculo, abcesso. a - Infecção supurativa - Abcesso: Grande quantidade de neutrófilos num órgão ou tecido, com destruição das estruturas normais, e formação de líquido viscoso chamado, pus. - Os abscessos são coleções organizadas de pus e podem ser causados por micro-organismos purulentos que infectaram tecidos ou por infecções secundárias de focos necróticos. b- Infecção supurativa - Furúnculo: Estafilococos que penetram nos folículos pilosos, causando inflamação aguda do folículo e das glândulas sebáceas. É formado por bactérias, restos celulares, secreção glandular, sangue e neutrófilos. Estas substâncias formam pus. 4 - Ulcerativa. Típica de epitélios de revestimento (pele e mucosa) com necrose profunda, atingindo a submucosa provocando frequentemente hemorragia. Ex: gástrica. -> Efeitos sistêmicos na inflamação: Febre e leucocitose. Reparo de lesões - >Reparação: Quando a célula é lesionada por agente agressor ocorre morte da célula e inicia-se a reparação. - Agressão: Leva a desorganização e morte tecidual. - Reparo: Substituição das células e tecidos alterados por um tecido novo, derivado das células sobreviventes no local injuriado. - > Pode ser via: - Regeneração: Reposição de um grupo de um grupo de células destruídas pelo mesmo tipo de célula. - As células que sobram se multiplicam e recolonizam o local. - Cicatrização: Tecido original é substituído por tecido fibroso. OBS: Ambos requerem crescimento celular, diferenciação e interação entre célula e matriz extracelular. - O nível do reparo depende do nível da lesão. - > Características da proliferação celular. * Células lábeis (renovam-se sempre): - Encontram-se em constante divisão. - Pele, cavidade oral, trato gástrico, hematopoese, linfócitos. * Células Estáveis (quiescentes): - Tem baixo nível de replicação; - Proliferação rápida quando ativada / Estimulada quando há lesões. - Fígado, rim pâncreas endotélio e fibroblastos. *Células permanentes (não se dividem): - Perderam a capacidade de divisão. - Tecido morto substituído por uma cicatriz. - Células nervosas, músculos cardíacos e esqueléticos. - > Regeneração tecidual: - Processo onde o tecido lesado é reposto por células com as mesmas características daquelas que se perderam (fígado). - Restitui à área lesada a completa normalidade, tanto morfológica quanto funcional. - Controla da por ESTÍMULOS BIOQUÍMICOS, liberados em resposta à lesão celular reversível, necroses ou traumas mecânicos. - Lesão não pode ser extensa demais. ->>Cicatrização; - Substituição do tecido lesado por tecido conjuntivo fibroso. - Perda da função fisiológica: da região comprometida. - Para que a cicatrização se efetue: a - Eliminação do agente agressor - inflamação. b - Potencial de proliferação das células. c- Irrigação sanguínea e nutrição suficientes (angiogênese) * Fases da Cicatrização: a - Fase inflamatória ou Exsudativa: - 48 a 72 h. - Sinais Inflamatórios: Dor, Calor, Rubor e Edema. - Mediadores químicos provocam vasodilatação aumentam a permeabilidade dos vasos e favorecem a quimiotaxia dos leucócitos. - vão p/ o local do agente agressor. - Neutrófilos (primeiras 24h) - combatem os agentes invasores e macrófagos realizam fagocitose. b - Fase Proliferativa (3 a 14 dias) - após a fase inflamatória. - Re-epitelização: Nas primeiras 24 h, células basais das bordas da ferida, proliferam-se e se alongam, e começa a migrar p/ o outro lado (bordas contrárias) da superfície da ferida, migração de fibroblastos. Obs: Se a célula lesiona em um local que não é capaz de se proliferar forma fibras. / Se sim, a pele se regenera, mas c/ presença de poucas fibras. - Formação do tecido de granulação: 4 dias após o início da lesão, a ferida é invadida por tecido de granulação (fase proliferativa), fibroblastos, células inflamatória, capilares neoformadas (p/oxigenar a célula) (angiogênese) envoltos em colágeno, fibronectina e ácido hialurônico. c- Síntese proteica: 5 dias depois da lesão, predominam a síntese de colágeno por características do paciente e da ferida. Comum no fígado, pâncreas, rim, células endoteliais e fibroblastos. d- Contração da ferida: Inicia-se de 4 a 5 dias após a lesão e continua por cerca de 2 semanas ou mais nas feridas crônicas. A contração é caracterizada pela predominância de miofibroblastos na periferia da ferida. e- Fase de remodelagem ( 7 dias a 1 ano): - Ocorre equilíbrio entre taxa de síntese e degradação de colágeno. Este processo é controlado por mediadores presentes na lesão; - A remodelagem é essencial para a formação de uma cicatriz resistente (contração da ferida); - A cicatrização é mais duradoura em processos inflamatórios reincidentes. ->> Cicatrização de feridas: * Primeira intenção ou cicatrização primária. - Processo em que uma ferida limpa é imediatamente reaproximada ou ferida superficial limpa é imediatamente suturada. - Fatores que interferem na cicatrização: Quantidade de tecido necrótico, presença de espaço morto, suturas muito apertadas, infecção, etc. - Incisão limpa / linha de fechamento precisa / desidratação na superfície cria crosta / 24: neutrófilos, mitose do epitélio basal / 1 – 2 dias epitélios basais crescem ao logo da derme / 3 dias – neutrófilos, macrófagos, entram, tecido granulação se forma/ 5 dias – espaço preenchido com tecido de granulação e por pontes de união de feridas colágenas / espessamento da epiderme permanece normal / 2 semanas – acúmulo de colágeno, fibroblastos (edema, inflamação reduzidos) / fim do 1 mês – tec. Conj. Sem inflamação, epiderme intacta / força de tensão aumenta de 70 – 80%. * Segunda intenção ou cicatrização secundária. - Ocorre quando a área lesada é mais extensa e os bordos não podem ser fechados por suturas, ex: úlceras, abcessos ou devido alguma contaminação de incisão cirúrgica. - O processo básico é o mesmo da primária, a diferença é que a área lesada é maior, grande quantidade de exsudato inflamatório e restos necrosados. E a cicatrização ocorre em grande quantidade de tecido cicatricial. ->> Fatores que interferem a cicatrização: - Má alimentação / Hipóxia / diabetes / infecção contaminada p/ bactérias/ drogas e outros fatores. ->> Queloide: Depósito excessivo de colágeno que se forma em cicatrizes da pele. Predisposição genética. ___________________________________ Distúrbios do Crescimento e da diferença celular - Crescimento (multiplicação celular): Indispensável ao desenvolvimento normal do organismo é necessário para reposição de célula que morrem pelo processo normal do envelhecimento. - Diferenciação: refere-se a especialização morfológica e funcional das células. Diferencia tanto no formato quanto na função. -> Classificação do volume celular. - Hipertrofia: Célula sofre um estímulo, aumentando a síntese de seus constituintes básicos e seu volume. - Hipotrofia "atrofia": Célula com volume menor. Causas: agressão que resulta em diminuição da nutrição, do metabolismo e da síntese necessária das moléculas para a renovação de suas estruturas. * Hipertrofia - Aumento quantitativo dos constituintes e das funções celulares, resultando em aumento volumétrico das células e dos órgãos atingidos. - Adaptação à sobrecarga de trabalho podendo ser fisiológica ou patológica. **Exigências: - Aumento de O2 de de nutrientes. - Integridade celular (organelas e substâncias enzimáticas). - Inervação preservada. a) Hipertrofia fisiológica: São fenômenos programados, como, por exemplo, a hipertrofia uterina durante a gravidez. b) Hipertrofia patológica: Não são programadas e aparecem em consequências de vários estímulos. Ex: hipertrofia do miocárdio (Quando há sobrecarga do coração como a resistência vascular periférica), hiper. da musculatura esquelética (musculação, luxação), hipertrofia de hepatócitos. * Hipotrofia - Redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares, resultando em diminuição do volume das células e do órgão atingido. - Mecanismo básico: redução do anabolismo celular. - Causas: Diminuição da carga de trabalho. Perda de inervação. Diminuição do suprimento sanguíneo (isquemia). Nutrição inadequada, envelhecimento. - Pode ser fisiológica ou patológica. a) Hipotrofia fisiológica: - Senilidade não há prejuízo funcional. (perda de conexos, diminução vol celular) - Útero após o parto. - Glândulas mamárias e endométrio na menopausa. b) Hipotrofia patológica: - Desuso: Ex: músculos esqueléticos - uso de tala. - Compressão: Ex: tumores. - Obstrução vascular. -Substâncias tóxicas. - Redução de certos hormônios. Ex: tireoidismos, GH, testosterona. - Perda de inervação. Ex: paraplégico. -> Alterações da taxa de divisão celular. * Hiperplasia: Consiste no aumento de número de células de um órgão ou parte dele, por aumento da proliferação celular mas com diferenciação normal. - Desencadeia por agente que estimula funções específicas da célula. - Pode ocorrer concomitantemente com hipertrofia. a) Hiperplasia fisiológica: - Hiper. compensadora: fígado (hepatectomia), rim (após nefrectomia). Quando é tirado e depois fisiologicamente o organismo compensa com a hiperplasia, aumentando a divisão celular na região. - Hiper. Secundária à estimulo hormonal: Ex: Útero na gravidez; Mama na puberdade e lactação. Devido a alteração da proporção hormonal e consequentemente aumenta a divisão celular para aumentar e manter a espessura do endométrio, onde o embrião se instala. Na puberdade, na amamentação ocorre essas alterações hormonais. - Aumento de estrógeno - > hiper. de mama e do endométrio. - Aumento de TSH - > Hiper. da tireoide. - Aumento de ACTH -> Hiper do córtex suprarrenal. b) Hiperplasia Patológica: - Homem acima de 50 anos, maior nº de receptor para diidrotestosterona. Estímulo para aumentar a divisão celular > volume > nº de células na região. - Grandes nódulos comprimem o canal uretral: Retenção urinária - distensão e hipertrofia da parede da bexiga. * Hipoplasia: Diminuição da população celular de um tecido, órgão ou parte dele. - A região afetada é menor e meno pesado do que o normal. Conserve o padrão arquitetural básico (padrão celular). a) Hipo. Patológico: Hipo dos órgãos linfonóides, na AIDS em consequência da destruição de linfócitos devido ao uso de corticóides. - Hipo da medula óssea provocada por agentes tóxicos ou infecções (anemia hipoplásica). * Aplasia: Sem proliferação. - > Alterações da diferenciação celular: * Metaplasia: Alterações reversíveis na qual um tipo celular diferenciado é substituído por outro tipo celular em respostaao estímulo. Ex: Cigarro é uma irritação química. A irritação química como um estímulo, o tabaco, faz com que o epitélio mude o tecido para proteger o organismo. - Mudança de um tipo de tecido adulto em outro da mesma linhagem (epitelial - > outro tipo de epitelial, mas não para um mesenquimal). Continua sendo epitelial, mas muda o formato, mais resistente. - É o resultado de irritações persistentes que acabam levando ao surgimento de um tecido mais resistente. -> Alteração do crescimento e da diferenciação celular. * Neoplasia: proliferação autônoma com perda da diferenciação. Sem controle. * Displasia: alterações da proliferação e da diferenciação celulares acompanhadas de redução ou perda de diferenciação das células. Comum proceder o câncer. * Tumor: Lesão expansiva ou intumescimento (expansão) localizado. *Oncologia ou cancerologia: Ramo da patologia que estuda as neoplasias. Proliferação anormal de maneira descontrolada e autônoma, irreversível onde as células reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar. * Neoplasia maligna: Câncer. Progressividade: proliferação celular descontrolada e excessiva e não coordenada, e de intensidade progressiva. / Perda da diferenciação celular. * Independência: Ausência da resposta aos mecanismos de controle. / Autônoma de crescimento. * Irreversibilidade: Ausência de dependência da continuidade do estímulo. -> Estímulo da neoplasias: - Na grande maioria dos casos é desconhecida. - Mas existem vários fatores que se não determinam, pelo menos predispõem a oncogênese. - "Carcinogênicos" e "Cocarcinogênicos". - Processo de proliferação (desequilibrada) e diferenciação celular. ______________________________
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