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Aula 05 Tricomoníase 1

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19/02/2019
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Trichomoníase
DOENÇAS CAUSADAS POR 
PROTOZOÁRIOS:
AULA 05: GIARDIA, BALANTIDIUM E TRICHOMONAS
Parasitologia
Trichomonas vaginalis - Morfologia
 TROFOZOÍTO 
 Célula polimorfa em 
hospedeiros: podem ser 
elipsoides ou esféricas;
 Emitem pseudópodes para 
alimentação;
 Locomovem-se através dos 
seus quatro flagelos;
 Não encistam;
 Reprodução por fissão binária 
longitudinal. 
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=739102 e morfologia de T. 
vaginalis - FONTE: Rey, L. Parasitologia Médica. 3ª ed.
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AULA 05: GIARDIA, BALANTIDIUM E TRICHOMONAS
Parasitologia
Trichomonas vaginalis - Morfologia
 TROFOZOÍTO 
 Condições de crescimento:
 Desenvolvimento em pH 5,0 e 7,5 (pH vaginal = 3,5-4,5);
 Temperatura entre 20 a 40 °C; 
 Anaeróbio facultativo;
 Utilização de glicose, maltose e galactose presentes na secreção vaginal para 
produção de energia (o parasito não possui mitocôndria);
 Armazenam glicogênio (reserva energética).
Trofozoíto de 
Trichomonas vaginalis
O parasita
 O trofozoíto é suscetível a 
dessecação, mas pode viver fora 
do seu habitat por algumas 
horas sob condições de 
umidade.
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Epidemiologia
 A tricomoníase é uma das DST mais prevalentes no mundo 
 Mais comum em mulheres
 Incide de preferência no grupo etário de 16 a 35 anos
Ciclo Biológico Monoxênico
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Parasitologia
Trichomonas vaginalis – Ciclo biológico
 A transmissão de T. vaginalis ocorre através da relação sexual ou outras fontes úmidas 
(ex. toalhas de banho molhadas, peças íntimas úmidas, fômites etc.);
 O parasito infecta o aparelho geniturinário do homem (uretra, próstata e vesículas 
seminais) e a vagina de mulheres; 
 Nesses locais, T. vaginalis reproduz-se por divisão binária; 
 Não sobrevive fora do aparelho geniturinário e não resiste a dessecação;
 Não se instala na cavidade bucal, nem no intestino.
Quadro clínico
 Mulheres:
 Corrimento abundante, amarelo-esverdeado ou cinzento,
 Odor
 Altera o pH da vagina
 Prurido ou irritação vulvar 
 Dor pélvica 
 Dor ou ardor ao urinar 
 Câncer cervical
 Infertilidade.
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Tricomoníase - Patogenia
 Nas mulheres:
 A infecção da vagina é facilitada por alterações do meio vaginal, como: diminuição 
da quantidade de glicogênio nas células epiteliais; aumento da descamação da 
mucosa; diminuição da acidez vaginal; e, modificações da flora bacteriana 
(especialmente os bacilos de Dördelein);
 A colonização (que pode chegar até a cérvix) leva a erosão da mucosa genital, com 
infiltrado inflamatório, que manifesta-se através de corrimento vaginal;
 A flora bacteriana associada pode modificar o aspecto do corrimento quanto a 
cheiro, cor, viscosidade ou caráter espumoso;
 A irritação da pele do períneo chega a torná-lo inflamado e edemaciado.
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Parasitologia
Tricomoníase - Manifestações clínicas
 Nas mulheres: infecções assintomáticas são comuns, mas sinais clínicos podem começar 
a aparecer 20 dias após a infecção.
 A principal manifestação é um corrimento vaginal fluido abundante, branco, 
bolhoso, sem sangue e com odor fétido (especialmente no período pós-menstrual);
 Não causa corrimento endocervical purulento (exceto quando há infecções 
bacterianas associadas);
 A mulher apresenta dor durante as relações sexuais, desconforto genital, dor ao 
urinar e frequência miccional aumentada;
 Vagina: hiperemia, prurido, irritação local e mau odor;
 Vulva: são observadas secreção branca-acinzentada.
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Parasitologia
Tricomoníase - Manifestações clínicas
 Complicações na gravidez
 A resposta inflamatória gerada pela infecção por T. vaginalis pode provocar:
 Alterações na membrana placentária, com a ruptura prematura da mesma;
 Baixo peso de recém-nascido ;
 Endometrite;
 Natimorto e morte neonatal. 
 Complicações na fertilidade
 A infecção do trato urinário superior ocasiona a destruição da estrutura tubária 
danificando as células ciliadas, o que ocasiona a inibição da passagem dos 
espermatozoides e/ou óvulos.
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Parasitologia
Tricomoníase - Manifestações clínicas 
 No homem: a colonização do aparelho geniturinário é assintomática.
 No homem: assintomático, mas pode ocorrer quadro de uretrite com fluxo leitoso ou 
purulento – corrimento claro, viscoso e pouco abundante antes da primeira micção da 
manhã, além da sensação de leve sensação de prurido na uretra e ardência ao urinar.
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Parasitologia
Tricomoníase - Fatores de risco
 Relação sexual desprotegida (sem preservativo);
 Parasito sobrevive por uma semana sobre prepúcio do homem sadio; 
 Podem ser levados à vagina através da ejaculação; 
 Sobrevive em ambientes úmidos, inclusive em roupas íntimas, toalhas e outros objetos 
pessoais:
 Toalhas (roupas) úmidas: 24 horas; 
 Urina coletada: 3 horas;
 Sêmen ejaculado: 6 horas; 
Profilaxia 
•Uso de preservativo durante o ato sexual
• Uso individual de roupas íntimas
• Esterilização dos aparelhos ginecológicos
• Higiene em relação aos sanitários públicos.
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Tratamento
• Uso de nitroimidazóis (oral e vaginal). 
• Tratamento da mulher e também do seu 
parceiro sexual, já que se trata de uma DST. 
• Evitar a ingestão de álcool
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Parasitologia
Tricomoníase - Diagnóstico
 Homens:
 O parasito é melhor encontrado no sêmen do que na urina ou esfregaços uretrais;
 Não realizar higienização e não urinar antes da coleta;
 Secreção uretral e material subprepucial: “swab” umedecido em solução isotônica 
seguido de centrifugação e análise do sedimento. 
 Mulheres:
 Suspender o uso de medicação ou anticoncepcionais um ou dois dias antes do 
exame, que deve ser feito logo após a menstruação (maior concentração de 
parasitos);
 Não realizar higienização matinal de 18 a 24 h antes da coleta;
 Coleta de material através de swab.
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Diagnóstico
• Utiliza-se o exame direto
(a fresco) do conteúdo
vaginal ao microscópio, de
fácil interpretação e
realização.
• Colhe-se uma gota do
corrimento, coloca-se
sobre a lâmina com uma
gota de solução fisiológica
e observa-se ao
microscópio.
REFERÊNCIAS
• NEVES, D. P. Parasitologia Humana. ED. São 
Paulo: Ed. Atheneu, 2011. Cap. 13

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