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Equações Diferenciais de 2ª Ordem Em geral são da forma Tipos mais simples: Integrando, obtemos: Integrando novamente, temos: Fazendo a mudança de variável, chamemos . Analogamente, temos que . Chegamos numa EDO de 1ª ordem, não homogênea e linear. Equações Diferenciais de 2ª Ordem Lineares Em geral são colocadas na forma: Ou ainda: Obs.: Em se , a EDO é chamada homogênea. Neste momento, estudaremos as EDO’s de 2ª ordem lineares e homogêneas. Conceitos Preliminares Teorema: Sejam e soluções da EDO, linear e homogênea . Então a combinação linear de e , ou seja, também é solução com e constantes arbitrárias. Exemplo: Verifique se é solução de . Neste exemplo, temos que e Derivando duas vezes e e substituindo na EDO . Se o resultado der zero, então e é solução de . Vejamos: é solução, pois é solução, pois Verificando se também é solução. Substituindo na EDO: Portanto, é solução. Independência linear Duas funções e são linearmente dependentes se existirem constantes e não nulas tais que Caso contrário, L.I. Wronskiano: Uma condição necessária e suficiente para que duas soluções e sejam Linearmente Dependentes é que o determinante do Wronskiano seja zero. Caso as soluções são L.I. Conjunto Fundamental de Soluções Duas soluções e formam um conjunto fundamental de soluções se forem Linearmente Independentes. Exemplo: e formam um conjunto fundamental de soluções para . Portanto, é a solução geral. Método Redução de Ordem Se conhecemos uma solução da EDO de 2ª ordem, linear e homogênea. Assim, busquemos tal que seja solução de . Exemplo: Solução: Substituindo , e na EDO: Fazendo a mudança de variável, Como e queremos , então integramos ambos os lados. Para integrar, utilizaremos o método de integração por frações parciais. Mas antes iremos fatorar o denominador para, então, utilizarmos o método. Agora que fatoramos o denominador, utilizaremos o método de integração por frações parciais. Mas ainda precisamos saber os valores de e . Então: Agora multiplicando ambos os lados da igualdade por , temos: Assim temos que Substituindo os valores encontrados na integral, temos: Assim, Solução geral: Exemplo: Encontre uma segunda solução para a EDO Solução: Substituindo , e na EDO. Integrando duas vezes, obtemos . Mas para este caso não precisamos da constante . Então: Agora que descobrimos quem é , temos que a solução geral para esta EDO é dada por Equações Diferenciais lineares homogêneas com coeficientes constantes São do tipo com . Vamos supor como solução Substituindo na EDO 1º Caso: Seja a equação característica Assim, São soluções da EDO cuja solução geral é dada por . Exemplo: Encontre a solução geral da EDO Solução: Equação característica: Logo, a solução geral para a EDO é Resolva o P.V.I. Solução: Temos que e . Isto implica que e . E, portanto, a solução geral é . Aplicando o P.V.I., temos: Montando o sistema: e E, portanto temos que a solução particular é . 2º Caso: Equação característica: Usando redução de ordem: Substituindo , e em Observe que e como neste caso o delta é zero, então: Encontramos , mas queremos . Então integrando duas vezes, obtemos . Como na solução geral já contem as constantes que precisamos, então desconsideremos as constantes de . Logo, . Assim, E a solução geral é dada por Exemplo: Ache a solução geral de Solução: Assim, E a solução geral é 3º Caso: As soluções da equação característica são: Vamos procurar soluções reais: Formula de Euler: Então temos que, E a solução geral é dada por Teorema: Seja uma solução complexa da equação diferencial Também são soluções de . Exemplos: Resolva as EDO’s e os PVI’s quando dados. e Soluções: Aplicando os PVI’s, temos: e => Solução particular Equações lineares não homogêneas com coeficientes constantes São da forma Onde são constantes e uma função contínua. A equação homogênea correspondente é chamada “equação homogênea associada”. Teorema: A solução geral da equação não homogênea pode ser escrita como: Onde é a solução geral da homogênea associada (2) e é a solução particular da não homogênea (1). Buscamos encontrar a solução particular da equação não homogênea. Há dois métodos: Coeficientes Indeterminados: Método simples, porém aplica-se à uma classe restrita de funções para toda função . Variação dos Parâmetros: Pode ser aplicado para toda função , no entanto é mais difícil utilizá-lo. Método Coeficientes Indeterminados Exemplo: Resolva a EDO Solução: Encontrando solução da homogênea associada: Solução geral: Encontrando : Para encontrar devemos supor e derivar duas vezes e, assim, substituir na EDO. Substituindo na EDO Logo E a solução geral: 1º Caso: Se , deve-se supor , onde é um polinômio de grau com coeficientes. Exemplo anterior 2º Caso: Se supor , onde é um polinômio de grau com coeficientes. Exemplo: Solução: Encontrando : Substituindo e na EDO: Assim, Logo a solução geral é: 3º Caso: Se ou deve-se supor Onde e são polinômios de grau com coeficientes . Exemplo: Solução: Vamos supor Como encontramos em uma solução já pertencente a , multiplicamos por . Assim: Derivando duas vezes e substituindo na EDO Reorganizando, Reorganizando, Agora substituindo na EDO, obtemos: Temos que, E a solução geral é dada por Exemplo: Solução: Encontrando : Substituindo e na EDO: Assim, Solução geral: Método Variação dos Parâmetros Vamos supor que após resolver escrevemos a solução onde e são constantes. Vamos substituir e por funções e . Procuramos uma solução da equação não homogênea . * * Vamos supor: * Substituindo em Então e devem satisfazer: Como Pela Regra de Cramer: Exemplo: Solução: Queremos encontrar e . Sabemos que pela Regra de Cramer, Então, resolvendo e e depois integrando, iremos obter e . Integrando , obtemos: Integrando , obtemos: Substituindo e em , temos: Somando e , obtemos . Digitalizado por: Ismael Alexandre da Silva Página 5
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