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A importância do transporte pré hospitalar à vítima de trauma e o papel do enfermeiro emergencista

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1 
 
A importância do transporte pré-hospitalar à vítima de trauma e o papel do enfermeiro 
emergencista1 
The importance of transport prehospital trauma victim and the role of nurses emergency room 
La importancia del transporte prehospitalario víctima de trauma y el papel de las enfermeras sala 
de emergencias 
Antunes Renata Aparecida Rodrigues, Elias Lorraynne Camilla Dias, Marques Alice Aparecida 
Batista2, Brasileiro Marislei Espíndula3. A importância do trauma pré-hospitalar à vítima de 
trauma e o papel do enfermeiro emergencista. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de 
Estudos de Enfermagem e Nutrição [serial on-line] 2013 ago-dez 4(4) 1-15. Available from: 
 <http://www.ceen.com.br/revistaeletronica>. 
Resumo 
Objetivo: identificar e descrever as condutas no transporte terrestre pré-hospitalar da vítima com 
trauma, impedindo a piora do quadro até a chegada ao hospital. Materiais e Método: estudo 
bibliográfico, exploratório, descritivo com análise integrativa, qualitativa da literatura disponível 
em bibliotecas convencionais e virtuais. Resultados: após a análise dos dezesseis artigos 
emergiram duas categorias: a primeira delas identificou a importância do adequado transporte 
terrestre da vítima com trauma; a segunda referência que é destacar a importância da 
qualificação do enfermeiro frente ao transporte terrestre da vítima com trauma. Conclusão: o 
estudo confirma que ainda na fase pré-hospitalar mesmo que não se reverta um quadro 
extremamente grave, a rapidez a chegada à cena do acidente e o transporte adequado, ágil, e 
eficaz até o hospital, assim como as intervenções iniciais adequadas, venham a prevenir o 
agravamento do quadro, e das lesões, melhorando as condições para alguns casos, e até atrasam 
resultados fatais, dando á vítima à chance de chegar ao tratamento definitivo e se beneficiar dele. 
Descritores: Enfermagem, Emergência, Transporte, Causas Externas, Lesões. 
 
 
1 Artigo apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Enfermagem em Emergência e Urgência, turma nº 15, do Centro de 
Estudos de Enfermagem e Nutrição/Pontifícia Universidade Católica de Goiás. 
² Enfermeiras, especialistas em Emergência e Urgência do CEEN – PUC-GO, email: 
alicegml@hotmail.com, lorraynnecamilla@hotmail.com,renatarodrigues_enfermeira@hotmail.com 
3 Doutora em Ciências da Saúde – FM-UFG, Doutora – PUC-Go, Mestre em Enfermagem - UFMG, Enfermeira, Docente do 
CEEN, e-mail: marislei@cultura.trd.br 
 
2 
 
Summary 
Objective: To identify and describe the behaviors in land transport pre hospital trauma to the 
victim, preventing the worsening of until arrival at the hospital. Materials and Methods: an 
exploratory study, bibliographic with integrative analysis, qualitative literature available in 
conventional and virtual libraries. Results: After the analysis of the sixteen articles fell into two 
categories: the first identified the importance of land transport the victim to trauma, the second 
reference is to highlight the importance of qualifications of nurses across the inland transport of 
trauma victims. Conclusion: The study confirms that even in the pre-hospital not reverse an 
extremely serious, the speed of the scene and arrival at the hospital, as well as initial 
interventions appropriate preventer worsening quarto and the appearance of new lesions, 
improve conditions for some cases, even fatal delay results, will give victim a chance to get to 
definitive treatment and benefit from it. 
Keywords: Nursing, Emergency, Transport, External Causes, Injuries. 
Resumen 
Objetivo: Identificar y describir los comportamientos en el transporte terrestre prehospitalaria 
trauma a la víctima, evitando el agravamiento de hasta la llegada al hospital. Materiales y 
métodos: un estudio exploratorio, bibligráfico con análisis integrador, la literatura cualitativa 
disponible en las bibliotecas convencionales y virtuales. Resultados: Tras el análisis de los 
dieciséis artículos se dividen en dos categorías: la primera se menciona la importancia del 
transporte terrestre a la víctima a un trauma, la segunda referencia es poner de relieve la 
importancia de las calificaciones de las enfermeras de todo el transporte terrestre de las víctimas 
de trauma. Conclusión: El estudio confirma que, incluso en la pre-hospitalaria no revierte una 
extrema gravedad, la velocidad de la escena y la llegada al hospital, así como las intervenciones 
iniciales previner apropiada empeoramiento quardo y la aparición de nuevas lesiones, mejorar las 
condiciones de algunos casos, los resultados de retardo incluso fatales, darán víctima la 
oportunidad de llegar a un tratamiento definitivo y beneficiarse de ella. 
Palabras clave: Enfermería, emergencia, transporte, causas externas, las lesiones. 
1 Introdução 
A partir da década de 1980 as causas externas passaram a representar a segunda causa 
de morte no Brasil e a primeira para aqueles que se encontram entre 5 e 39 anos de idade. 
Observou-se que o enfermeiro que atua na área de Urgência e Emergência deve ter 
3 
 
experiência técnica e prática na hora de socorrer e transportar a vítima, pois a presença desse 
profissional no atendimento poderá reduzir danos e melhorar a sobrevida. 
Estima-se em 1,2 milhões o número de mortes em 50 milhões de acidentes de trânsito no 
mundo e esses acidentes tem-se configurado como problema de saúde pública pela alta 
mortalidade, morbidade, custos, potencial de vidas perdidas e impacto para o indivíduo, sua 
família e sociedade1. 
O trauma é a principal causa de mortalidade em pessoas menores de 45 anos de idade, 
seu prejuízo é imensurável, pois não há como quantificar seu impacto social e suas sequelas. 
Alega-se que o custo médio empregado no tratamento de cada vítima de trauma automobilístico 
internado é de US$600.302. 
Os óbitos por trauma ocorrem em três picos: o primeiro acontece em segundos ou 
minutos após a lesão e é provocado por traumatismo da aorta, coração, medula, tronco cerebral 
ou por insuficiência respiratória aguda3. 
O segundo pico ocorre em algumas horas após o trauma e é decorrente de hemorragias e 
de lesão do sistema nervoso central. O terceiro pico ocorre após 24 horas, em decorrência da 
falência de múltiplos órgãos e infecção4. 
A escolha do tema, portanto, se deu com a intenção de se especializar cada vez mais para 
o melhor transporte da vítima lesionada, tentando ao máximo, salvar suas vidas evitando lesões 
traumáticas. 
O transporte é, decididamente, parte importante de um sistema organizado de 
atendimento ao traumatizado, pois quando há necessidade de transferência da unidade hospitalar 
originalmente, o transporte é o responsável pelo atendimento, normalmente dotada de mais 
recursos humanos ou materiais. 
Quando ocorre a lesão, colisão envolvendo pelo menos um veículo em movimento em uma 
via pública ou privada resulta em pelo menos uma pessoa com lesão fatal ou não fatal. Então a 
importância dos primeiros socorros, pois o primeiro atendimento pode salvar a vida de uma 
pessoa, e é uma série de procedimentos simples com o intuito de manter vidas em situações de 
emergência, feitos por pessoas comuns com esses conhecimentos, até a chegada de 
atendimento especializado 1-8. 
De acordo com os dados do Ministério da Saúde (MS), o Brasil registrou em 2010 143.256 
óbitos por causas externas. Registrando 12,9% das mortes no país, 21% a mais do que 2000 
4 
 
(118.397), sendo a terceira causa de óbitos entre os brasileiros, perdendo apenas para as 
doenças do aparelho circulatório (29%) e cânceres (16%)5. 
Em Goiás, de acordo com a Secretaria Estadual De Saúde (SES), o Estado, em 2010, 
registrou1.939 acidentes de trânsito por causas externas, e em 2011 foram registradas 1.842 
pelo mesmo fato6. 
Estudos que já apresentaram soluções para o problema, mas não se mostraram efetivos: 
Atendimento pré-hospitalar às múltiplas vítimas com traumas simulados, Janeiro/Junho 2012. A 
triagem e o transporte foram executados satisfatoriamente, entretanto, maiores atenções devem 
ser dadas à exposição e proteção contra hipotermia das vítimas, já que esse item comprometeu o 
tratamento. 
Quanto ao transporte, 95% das vítimas foram conduzidas pela Unidade de Transporte 
adequada ao seu estado de gravidade. Pacientes em estado grave possuem risco de vida 
imediato, necessitam de transporte rápido em unidade de suporte avançado para centro 
especializado de atendimento ao trauma. Já as vítimas verdes podem ser transportadas na 
unidade de suporte básica7. 
Nesse cenário, é de fundamental importância a regulação de todos os fluxos de pacientes 
para os locais disponíveis. Observaram que 26,2% dos 442 pacientes com trauma 
cranioencefálico que chegavam ao hospital possuíam escala de coma de glasgow (ECG<8), e 
listam a baixa na ECG como um dos fatores ligados ao pior prognóstico, bem como, lesões 
ventriculares e bi-hemisféricas8. 
É acrescentado que operações precoces e menos invasivas em conjunto com o 
encurtamento do tempo de transporte para o hospital poderiam diminuir as taxas de mortalidade. 
As agências de atendimento inicial pré-hospitalar às múltiplas vítimas em Vitória-ES se 
encontram em fase de aprimoramento. 
Maior atenção deve ser realizada quanto à exposição e proteção contra hipotermia da 
vítima, já que esse item comprometeu o resultado do atendimento. Investimentos devem ser 
realizados na capacitação de profissionais, a fim de que se possa reduzir a morbimortalidade da 
principal doença do século XXI: o trauma9. 
Nesse contexto o Enfermeiro possui um papel importante na prevenção como: prestar os 
cuidados aos pacientes juntamente com o médico, preparar e administrar medicamentos, 
viabilizar a execução de exames especiais procedendo a coleta, instalar sondas nasogástricas, 
nasoenterais e vesicais nos pacientes, realizar troca de traqueostomia e punção venosa com 
5 
 
cateter, efetuar curativos de maior complexidade. 
Diante disso surge o questionamento: Em que concordam os estudos publicados nos 
últimos 10 anos a respeito do Transporte da vítima com trauma? 
 Espera-se que esse estudo possa subsidiar os profissionais que trabalham, ou desejam 
trabalhar na área de urgência e emergência, no transporte terrestre da vítima com trauma, de 
como devem se posicionar frente a essa atuação. 
Esse estudo pode ajudar de alguma forma, com informações, dados específicos, a 
contribuir para a diminuição de acidentes, e quando for inevitável, prestar um atendimento de 
primeiros socorros de forma mais ágil, eficaz, e tentar ao mínimo deixar as vítimas com algum 
tipo de trauma. 
A pesquisa pode contribuir para buscar formas mais ágeis, mais eficientes, tanto nos 
primeiros socorros, quanto para o tratamento dessa vítima, pois informações e soluções 
atualizadas, só tendem há melhorar cada dia mais o transporte da vítima e os seus cuidados. 
É também importante para concluir quais serão as melhores condições, para socorrer e 
transportar essa vítima, deixando ao mínimo, quando não for possível eliminar o risco de trauma, 
o risco de lesões e o risco a sua vida. 
2 Objetivos 
2.1 Objetivo geral 
Identificar a importância do adequado transporte terrestre da vítima com trauma. 
2.2 Objetivo Específico 
Destacar a importância da qualificação do enfermeiro frente ao transporte terrestre da 
vítima com trauma 
3 Materiais e Método 
Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico, exploratório, descritivo com análise 
integrativa. 
O estudo bibliográfico se baseia em literaturas estruturadas, matérias já elaboradas 
obtidas de livros e artigos científicos. O estudo exploratório permite aumentar a experiência em 
determinado problema, podendo ser descritiva quando observa, registra, analisa e correlaciona 
6 
 
fatos com os fenômenos sem manipulá-lo. O estudo descritivo tem como objetivo primordial a 
descrição das características de determinada população ou fenômeno10. 
A análise integrativa é um método de pesquisa que permite a busca, a avaliação crítica e a 
síntese das evidências disponíveis do tema investigado, sendo o seu produto final o estado atual 
do desenvolvimento do tema investigado11. 
Após a definição do tema foi feita uma busca em bases de dados virtuais em saúde, 
especificamente na Biblioteca Virtual de Saúde - Bireme. Foram utilizados os descritores: 
enfermagem, emergência, transporte, causas externas e lesões. O passo seguinte foi uma leitura 
exploratória das publicações apresentadas no Sistema Latino-Americano e do Caribe de 
informação em Ciências da Saúde - LILACS, Bancos de Dados em Enfermagem – BDENF, 
Scientific Electronic Library online – Scielo, banco de teses USP. Os critérios de inclusão foram: 
serem publicados nos últimos dez anos e responderem aos objetivos do estudo. Foram excluídos 
os anteriores a 2002 ou que não respondiam aos objetivos. 
Realizada a leitura exploratória e seleção do material, principiou a leitura analítica, por 
meio da leitura das obras selecionadas, que possibilitou a organização das idéias por ordem de 
importância e a sintetização destas que visou a fixação das idéias essenciais para a solução do 
problema da pesquisa. 
Após a leitura analítica, iniciou-se a leitura interpretativa que tratou do comentário feito 
pela ligação dos dados obtidos nas fontes ao problema da pesquisa e conhecimentos prévios. Na 
leitura interpretativa houve uma busca mais ampla de resultados, pois ajustaram o problema da 
pesquisa a possíveis soluções. 
Feita a leitura interpretativa se iniciou a tomada de apontamentos que se referiram a 
anotações que consideravam o problema da pesquisa, ressaltando as idéias principais e dados 
mais importantes. 
A partir das anotações da tomada de apontamentos, foram confeccionados fichamentos, 
em fichas estruturadas em um documento do Microsoft Word, que objetivaram a identificação das 
obras consultadas, o registro do conteúdo das obras, o registro dos comentários acerca das obras 
e ordenação dos registros. 
 Os fichamentos propiciaram a construção lógica do trabalho, que consistiram na 
coordenação das ideias que acataram os objetivos da pesquisa. Todo o processo de leitura e 
análise possibilitou a criação de três categorias. Os resultados foram submetidos à leituras por 
professores da Pontifícia Universidade Católica de Goiás que concordaram com o ponto de vista 
7 
 
dos pesquisadores. 
A seguir, os dados apresentados foram submetidos à análise de conteúdo. Posteriormente, 
os resultados foram discutidos com o suporte de outros estudos provenientes de revistas 
científicas e livros, para a construção do relatório final e publicação do trabalho no formato 
Vancouver. 
4 Resultados e Discussão 
Nos últimos dez anos ao se buscar as Bases de Dados Virtuais em Saúde, tais como a 
LILACS, MEDLINE e SCIELO, utilizando-se as palavras-chave: enfermagem, emergência, 
transporte, causas externas, lesões encontrou-se 16 artigos publicados entre 2002 e 2012. 
Foram excluídos cinco, por inadequação ao estudo, sendo, portanto, incluídos neste estudo 
15 publicações. Após a leitura exploratória dos mesmos, foi possível identificar a visão de 
diversos autores a respeito do transporte terrestre da vítima com trauma. 
4.1 A importância do adequado transporte pré-hospitalar a vítima com trauma 
Dos quinze artigos, cinco estão em consenso quanto ao fato de que o transporte terrestre 
da vítima com traumaem condições necessárias são essenciais para a redução de danos a 
melhoria na sobrevida do mesmo. 
Esse serviço deve ser entendido como uma atribuição da área de saúde, com equipe de 
profissionais, frotas de veículos compatíveis com as necessidades da população, que tem como 
finalidade proteger a vida das pessoas e garantir qualidade no atendimento.1 
O objetivo principal desse serviço é permitir uma melhor organização da assistência á 
saúde, garantindo um transporte seguro, rápido e eficaz a vítima.4 
O conhecimento do tempo total consumido no atendimento é uma observação importante. 
Vários autores já comprovaram a estreita relação entre o tempo consumido até o cuidado 
definitivo e a probabilidade de sobrevivência12. 
A chegada ao hospital deve ocorrer em até uma hora após o acidente e mostrou melhora 
ainda maior nos índices de sobrevivência das vítimas que chegaram ao hospital em até 30 
minutos.7 
No entanto, nenhuma associação entre o tempo total no Atendimento Pré Hospitalar e os 
resultados alcançados pela vítima pode ser estabelecido de forma clara. O autor alerta que, antes 
8 
 
de criticar o maior tempo consumido na cena, há que analisar os muitos espaços de tempo desde 
a ativação do sistema de emergência até o início dos procedimentos e, posteriormente, até a 
chegada ao tratamento definitivo, que também são responsáveis pelo possível atraso. Se a 
deterioração é atrasada, a sobrevivência será certamente maximizada com as chances que a 
vítima terá no intra-hospitalar.10 
A triagem e o correto encaminhamento das vítimas para hospitais adequados para seu 
atendimento é um importante aspecto do atendimento pré-hospitalar. 
Percebe-se então, que os autores concordam que o rápido transporte de pacientes graves 
da cena para os centros de trauma com equipe de profissionais, frota de veículos compatíveis, 
transporte seguro, rápido e eficaz a vítima, com o conhecimento do tempo total em até 30 
minutos a triagem e o correto encaminhamento das vítimas para hospitais adequados é 
fortemente associado com a redução da mortalidade e morbidade. 
4.2 O papel do enfermeiro no transporte pré-hospitalar da vítima com trauma. 
Dos quinze artigos, cinco estão em consenso quanto ao fato de que o transporte terrestre 
da vítima com trauma em condições necessárias são essenciais para a redução de danos a 
melhoria na sobrevida do mesmo. 
Por possuir como características manobras invasivas, de maior complexidade o 
atendimento pré-hospitalar avançado é realizado exclusivamente por médico e enfermeiro. Assim, 
a atuação do enfermeiro está justamente relacionada à assistência direta ao paciente sobre o 
risco de morte13. 
O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN instituiu resoluções dando subsídios legais 
para atuação da enfermagem no atendimento pré-hospitalar. A Resolução nº. 225 de 28 de 
fevereiro de 2000 dispõem sobre o cumprimento de prescrição/terapêutica a distância, tornando 
legal, para os profissionais da enfermagem, a prática de cumprir prescrições médicas vias rádio 
ou telefone em caso de urgências14. 
Em 2001, o COREN de São Paulo editou a Resolução DIR/01/2001 que "dispõe sobre a 
regulamentação da assistência de enfermagem em atendimento pré-hospitalar e demais 
situações relacionadas com o suporte básico e avançado de vida"15. 
De acordo com a lei do exercício profissional nº. 7.498 de 25 de junho de 1986, no seu 
artigo 11º, está determinado como privativo do enfermeiro no item I, inciso 1: " cuidados direto 
de enfermagem a paciente grave com risco de vida; e no inciso m - cuidados de enfermagem de 
9 
 
maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de 
tomar decisões imediatas", e a decisão com COREN-SP-DIR 01/2001, no parágrafo terceiro do 
artigo 2º, fica estabelecido conforme a Lei 7.498/86, que " a assistência de enfermagem em 
unidades móveis de UTI e Suporte Avançado de Vida, deverá ser prestada pelo enfermeiro4. 
Nesses termos, entende-se que seja impossível que a assistência de enfermagem seja 
prestada por qualquer outra pessoa que não seja o profissional enfermeiro, uma vez que o 
próprio Ministério da Saúde regulamentou esta prática e há necessidade da presença constante 
do enfermeiro dessa atividade. 
Compete ao enfermeiro no transporte terrestre, as seguintes atividades7: 
- Administrar tecnicamente o serviço de atendimento pré-hospitalar; 
- Fazer controle de qualidade do serviço nos aspectos inerentes à sua profissão; 
- Participar da formação dos bombeiros, policiais rodoviários e dos demais profissionais na 
área de urgência e emergência pré-hospitalar; 
- Prestar assistência direta as vítimas, quando indicado; 
- Avaliar a qualidade dos profissionais atuantes nos atendimentos pré-hospitalares e 
proporcionar-lhes supervisão em serviço; 
- Subsidiar os responsáveis pelo desenvolvimento de recursos humanos para as 
necessidades de educação continuada da equipe; 
- Participar do desenvolvimento de recursos humanos para o serviço e a comunidade caso 
integre ao Núcleo de Educação em Urgências e proposição de grades curriculares para 
capacitação de recursos da área; 
- Exercer todas as funções legalmente reconhecidas a sua formação profissional. Nos 
termos da legislação específica que regulamenta a profissão de enfermagem - Lei nº. 7.498/86 e 
Decreto nº. 94.406/877. 
Assim de acordo com os autores, o grau de capacidade técnica se torna imprescindível ao 
atendimento de emergência no transporte da vítima grave, destacando a capacidade de formação 
para a atuação do enfermeiro nesses serviços, bem como, a necessidade de pré-requisitos 
específicos, que amparados a lei do exercício profissional, tornam o enfermeiro profissional 
realmente necessário ao serviço. 
10 
 
5 Considerações finais 
O objetivo deste estudo foi descrever a importância do transporte eficaz da vítima com 
trauma, ressaltando a atuação primordial do enfermeiro. 
Após a análise dos estudos foi possível concluir que o transporte se realizado em 
condições necessárias, em tempo hábil e com profissionais qualificados, estará associado à 
redução da mortalidade e morbidade, bem como alcançar melhores chances de sobrevida e 
diminuir os riscos de lesões traumáticas a essa vítima. 
Ainda que na fase pré-hospitalar não se reverta um quadro extremamente grave, a 
rapidez de chegada à cena e ao hospital, bem como as intervenções iniciais apropriadas, 
previnem agravamento do quadro e o surgimento de novas lesões, melhoram condições para 
alguns casos e até atrasam resultados fatais, dando à vítima a chance de chegar ao tratamento 
definitivo e se beneficiar dele. 
6 Referências 
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Brasil Virginia Visconde. Morbidade por acidentes de transporte entre jovens de Goiânia, Goiás. 
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2084. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232010000400021&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232010000400021. 
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2005. Rev. Saúde Pública [serial on the Internet]. 2009 Apr [cited 2013 July 13] ; 43(2): 
275-282. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89102009000200008&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102009000200008 
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revisão da bibliografia. 2ª Edição da Revista Linkania Júnior, São Paulo; [serial on the Internet]. 
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http://linkania.org/index.php/junior/article/view/31 
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crianças menores de dez anos: Brasil, 2006 a 2007. Ciênc. saúde coletiva [serial on the 
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232009000500008&lng=en. 
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232009000500008. 
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