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guia de estudos CARREIRA JURIDICA (1)

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01 Os primeiros passos para a Carreira Jurídica 
 Página 3
02 A importância da vocação nas Carreiras Jurídicas 
 Página 7
03 Conheça os cargos das Carreiras Jurídicas 
 Página 11
04 Descubra as Vantagens e Desafios das 
Carreiras Jurídicas 
 Página 22
05 A importância da Oratória para as Carreiras Jurídicas 
 Página 25
06 Conheça o perfil de quem atua nas Carreiras Jurídicas 
 Página 30
07 Elabore o seu plano de estudos para as 
Carreiras Jurídicas 
 Página 35
08 O diferencial da Pós-graduação para as 
Carreiras Jurídicas 
 Página 40
09 As principais dúvidas sobre concurso público para 
Carreiras Jurídicas 
 Página 43
10 As principais disciplinas de concursos para 
Carreiras Jurídicas 
 Página 46
FICHA TÉCNICA
Realização: CERS Cursos Online
Revisão: Ana Laranjeira
Textos: Thaísa Moraes
Projeto Gráfico e Diagramação: Gustavo Peres
Ano: 2018
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GUIA DE ESTUDOS PARA CONCURSOS DE CARREIRA JURÍDICA
01 | Os primeirOs passOs para a Carreira JurídiCa
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OS PRIMEIROS PASSOS PARA A 
CARREIRA JURÍDICA
Ao iniciar a sua jornada, fique por dentro de tudo o que 
precisa fazer antes do concurso público para chegar mais 
perto de se tornar quem deseja
Você pretende seguir a Carreira Jurídica, mas não sabe por onde começar? Bem, o 
caminho realmente é longo, mas você pode e deve ser otimista! É que o cargo dos seus 
sonhos está ao seu alcance e não há desculpas para deixar de conquistá-lo.
O primeiro passo, inclusive, já foi dado no momento em que a ideia começou a fazer 
sentido em sua mente. Talvez, você só precise de um empurrãozinho, sabia? Por isso, 
prepare-se para entender e buscar a escolha que vai mudar a sua vida.
Para começar, entenda que a sua trajetória se inicia logo na graduação, seguida do 
Exame de Ordem. Paralelamente, você deve investir em congressos, atualizações do 
Direito e Prática Jurídica. Todos esses pontos vão levá-lo ao canal direto para atuar na 
CJ, que é mesmo o concurso público.
De cara, pode parecer uma caminhada bastante intensa, não é? Calma, vai dar tudo 
certo. Até porque você pode dar um passo de cada vez. E ao longo desse e-book, você 
vai ficar por dentro de tudo o que precisa fazer para chegar mais perto de se tornar 
quem deseja.
Que tal, então, se jogar na oportunidade? O CERS Cursos Online preparou esse mate-
rial valioso, repleto de dicas de estudo, motivação, conteúdo dos principais assuntos 
das disciplinas essenciais cobradas em certames, rol das profissões e muito mais!
Tudo isso especialmente para o ajudar na sua conquista e permanecer ao seu lado ao 
longo dos desafios que devem ser enfrentados. Você não está sozinho! Vamos juntos?
GRADUAÇÃO EM DIREITO É A BASE DO CONHECIMENTO JURÍDICO
Dê o seu ponto de partida já na escolha da sua graduação. A academia será a sua base 
para os estudos do mundo jurídico. Além disso, você já deve saber que para atuar na 
Carreira Jurídica é necessário possuir nível superior em Direito em instituição devida-
mente reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
Por este motivo, é importante que você pesquise bem a escola antes de se matricular, 
já que, no Brasil, a oferta é extensa. Para se ter uma ideia, o Conselho Nacional de Jus-
tiça (CNJ), informou, ainda no ano de 2015, que o país possui o recorde de mais cursos 
de Direito se comparado a qualquer outro país do mundo. São mais de mil faculdades 
distribuídas pelo território nacional e é preciso escolher com sabedoria.
Você pode tomar como pontos de desempate a formação do corpo docente, o desem-
penho dos alunos no Exame de Ordem e a empregabilidade no mercado de trabalho. 
Após a sua escolha, você precisa se dedicar aos estudos para concluir o curso da me-
lhor forma possível. Atrelado aos conhecimentos adquiridos nas aulas, você precisa 
pôr em prática o que aprendeu por meio de estágios. É o momento perfeito para você 
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GUIA DE ESTUDOS PARA CONCURSOS DE CARREIRA JURÍDICA
01 | Os primeirOs passOs para a Carreira JurídiCa
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compreender as disciplinas e temas exercendo a profissão. Além de assimilar melhor os 
assuntos, você já vai estar assumindo melhor o seu papel na sociedade.
EXAME DE ORDEM UNIFICADO: APROVAÇÃO É ESSENCIAL 
PARA ADVOCACIA
Não dá para falar em curso de Direito sem citar a prova da OAB. Qualquer bacharel 
sabe que precisa ser aprovado na prova no Exame de Ordem para poder exercer a ad-
vocacia. A tarefa não é das mais fáceis, mas você tem toda a condição de conquistar a 
sua tão esperada “carteirinha vermelha”. Vale lembrar que na avaliação não há concor-
rência. É só você e a banca examinadora do certame: a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em geral, as avaliações são consideradas difíceis, tendo em vista o índice de reprova-
ção que apresentam a cada edição. Entretanto, no XXV Exame de Ordem o índice de 
aprovação foi de 54%. Esse percentual aponta um aumento de aprovados em relação 
às provas anteriores.
A avaliação é dividida em duas fases. A primeira fase é a prova objetiva, com 80 ques-
tões de múltipla escolha sobre as disciplinas do Direito. Já a segunda fase se dá pela 
Prova Prática, com questões discursivas sobre uma matéria a escolha do candidato. 
Por conta do nível de cobrança da banca, muitos estudantes buscam ajuda em cursos 
preparatórios específicos.
Esse foi justamente o caso do advogado mais novo do Brasil, Mateus Ribeiro, que com 
apenas 18 anos conquistou a Carteira da OAB. O jovem buscou o Complexo de Ensino 
Renato Saraiva e adquiriu cursos para a primeira e segunda fase. Em entrevista conos-
co, ele deixou uma dica para quem está se preparando. “Estude bastante Ética. É uma 
disciplina relativamente pequena e que possui um bom número de questões na prova. 
Além disso, a resolução de questões também me ajudou muito”, explicou.
Você pode fazer como Mateus e estudar com qualidade para não ter problemas com o 
Exame de Ordem Unificado. A prova da OAB pode ser encarada apenas uma etapa bem 
concluída para a sua jornada na Carreira Jurídica.
ATUALIZAÇÕES JURÍDICAS
Um outro ponto fundamental aos estudantes assíduos do Direito é a necessidade de 
se manter atualizado. É válido ressaltar que as interpretações da Lei podem ser modifi-
cadas de acordo com as mudanças sofridas na atual conjuntura da sociedade. Por isso, 
você precisa estar preparado e deve levar em consideração as novas possibilidades.
Para você não acabar se perdendo em meio a tantas exigências que o meio jurídico en-
volve, aqui vai uma dica legal! Existem espaços bastante acessíveis que podem facilitar 
as indispensáveis e constantes atualizações jurídicas. No universo online, por exemplo, 
pode-se participar de congressos importantes, acompanhar sites de notícias referentes 
a decisões judiciais e jurisprudências.
Dentre tantos endereços eletrônicos disponíveis, o ideal é elencar os principais, de 
acordo com o seu interesse, já pensando na sua área de atuação. É interessante seguir 
o Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, JusBrasil e locais voltados para 
assuntos relacionados a atualizações jurídicas em geral e concursos públicos. No Portal 
de Notícias do CERS você pode encontrar facilmente esse tipo de conteúdo.
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PRÁTICA JURÍDICA
Bem, até aqui, você já entendeu que para conquistar o cargo dos seus sonhos, é pre-
ciso ser aprovado em concurso público. Todavia, você precisou passar por várias fases, 
como a graduação, o Exame de Ordem e as atualizações jurídicas constantes. Mas, para 
chegar aos certames, há ainda mais um passo: a Prática Jurídica.
A atividade é parte fundamental na carreira de qualquer operador do Direito, mas a 
formulação de peças e outras práticas podem ser umcalo para aqueles estudantes 
ou profissionais que vivem presos às teorias. A habilidade necessária para colocar em 
prática todo o conteúdo apreendido nos anos de faculdade, no entanto, só é adquirida 
no trato diário com o cliente e com as demandas judiciais. É o momento em que você 
atua como profissional.
Se você não teve a oportunidade de estagiar, trabalhar ou deseja aprofundar seu co-
nhecimento em uma área específica do Direito, existem cursos de prática jurídica que 
podem ajudar muito. São preparatórios de curta duração com uma imersão profunda 
no dia a dia do profissional que atua na área. Os alunos são orientados por uma equipe 
de mestres e doutores a fim de abordar, sob a perspectiva prática, os principais temas 
da área jurídica. Uma boa indicação é o site do CERS, que disponibiliza cursos online 
também para essa esfera. Vale a pena conferir.
ATIVIDADE JURÍDICA
A Atividade Jurídica será importantíssima para a conclusão do seu objetivo. Além de 
lhe proporcionar melhor compreensão da doutrina, ela é sempre exigida no edital de 
alguns certames.
Para exercer a Magistratura ou para assumir o cargo de Procurador da República, por 
exemplo, costuma-se definir, na ocasião da inscrição definitiva, um prazo mínimo de 
três anos de atividade jurídica.
Ainda está na dúvida sobre o que exatamente seria considerado como atividade jurídi-
ca? A Resolução nº75, do CNJ, no Art. 59 traz os detalhes. Leia na íntegra:
Art. 59. Considera-se atividade jurídica, para os efeitos do art. 58, § 1º, alínea “i”:
I–aquela exercida com exclusividade por bacharel em Direito;
II–o efetivo exercício de advocacia, inclusive voluntária, mediante a participação anual 
mínima em 5 (cinco) atos privativos de advogado (Lei nº 8.906, 4 de julho de 1994, art. 1º) 
em causas ou questões distintas;
III–o exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive de magistério superior, que exija a 
utilização preponderante de conhecimento jurídico;
IV–o exercício da função de conciliador junto a tribunais judiciais, juizados especiais, varas 
especiais, anexos de juizados especiais ou de varas judiciais, no mínimo por 16 (dezesseis) 
horas mensais e durante 1 (um) ano;
V–o exercício da atividade de mediação ou de arbitragem na composição de litígios.
§ 1º É vedada, para efeito de comprovação de atividade jurídica, a contagem do está-
gio acadêmico ou qualquer outra atividade anterior à obtenção do grau de bacharel 
em Direito.
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§ 2º A comprovação do tempo de atividade jurídica relativamente a cargos, empregos 
ou funções não privativos de bacharel em Direito será realizada mediante certidão cir-
cunstanciada, expedida pelo órgão competente, indicando as respectivas atribuições 
e a prática reiterada de atos que exijam a utilização preponderante de conhecimento 
jurídico, cabendo à Comissão de Concurso, em decisão fundamentada, analisar a vali-
dade do documento.
CONCURSO PÚBLICO
É chegado o momento crucial: a escolha do certame. Como fazê-la? Continue avan-
çando na leitura e você logo saberá!
Vamos juntos!
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02 | A importânciA dA vocAção nAs cArreirAs JurídicAs
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A IMPORTÂNCIA DA VOCAÇÃO NAS 
CARREIRAS JURÍDICAS
Entenda o seu perfil, conheça as áreas das CJs, identifique o 
mundo de possibilidades do Direito ao qual você pertence e 
ponha em prática o seu plano
Na hora de escolher a profissão, é preciso pesquisar bem para não se arrepender de-
pois. Para você que é estudante ou bacharel em Direito as possibilidades das Carreiras 
Jurídicas são as melhores possíveis. Salários atrativos, jornada de trabalho, estabilida-
de e reconhecimento são os aspectos que mais chamam a atenção dos concurseiros 
Brasil afora.
Além de todas as vantagens promissoras, um outro ponto é essencial para a sua tria-
gem. É que você deve partir do pressuposto de que estará direcionando a maior parte 
do seu tempo para algo do qual pretende viver. Por isso, é importante realizar a esco-
lha da sua vida baseando-se, principalmente, em algo bastante singular e fundamental. 
Trata-se da sua VOCAÇÃO! Ela deve estar diretamente ligada à atuação do cargo dos 
seus sonhos.
O VALOR DA VOCAÇÃO NO CICLO PROFISSIONAL
A partir da sua vocação, deverá ser construída a sua carreira. A partir daí, o trabalho 
surge como um agente determinante para construir parte da sua identidade no mundo. 
Ao longo de sua carreira, e a partir dos conhecimentos adquiridos nela, é natural que 
sejam construídas e desenvolvidas habilidades e atitudes. Elas estarão dentro do con-
texto do trabalho para consolidar suas competências. Identificar-se com elas é o ponto 
chave para sentir-se realizado.
Ajustar-se às exigências da carreira em autonomia, subordinação e liderança é um de-
safio na vida profissional. Ao longo dos anos, quando você percebe que está há um 
bom tempo em determinadas funções, precisará tomar uma decisão significativa. Vale 
a pena dar seguimento a sua carreira pelo rumo que está tomando? Independente de 
qual seja a sua resposta, você deve estar preparado para assumir o perfil que irá se en-
caixar e as responsabilidades que isso representará em uma visão de longo prazo.
Vale lembrar que a carreira que você escolhe seguir terá outras dimensões que vão 
além do trabalho exercido. Exemplos disso são os impactos e benefícios que estarão 
ligados à sua família, seu lazer e outras obrigações. É importante valorizar a vocação em 
seu ciclo profissional para que todas as áreas da sua vida fluam em constante equilíbrio.
DESCUBRA O SEU TALENTO
Para se ter uma ideia da importância da vocação nas Carreiras Jurídicas, a Fundação 
Getúlio Vargas do Rio de Janeiro realizou uma pesquisa sobre o assunto no ano de 2011. 
Na ocasião, o órgão constatou que apenas 42% dos participantes escolheram o curso 
de Direito em virtude de vocação.
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“Mas como vou saber a minha vocação?” Você pode se perguntar. Nesse sentido, uma 
autoanálise pode ser muito bem-vinda para descobrir qual caminho seguir. Vale lem-
brar que cada pessoa possui a própria trajetória e personalidade construindo qualidades 
específicas. Por isso, não se esqueça que há sim um talento (ou mais) dentro de você.
PLANO ESTRATÉGICO PARA CARREIRAS JURÍDICAS
Agora que você já se conhece, é chegado o momento de direcionar seus passos rumo 
ao cargo que almeja. Vale lembrar que sua carreira deve ser construída ao longo do 
tempo de serviço e em conjunto entre órgãos e Servidores. Assim, você deve escolher 
algo que realmente lhe dê prazer em planejar, executar e frequentar.
Para dar início a sua escolha, entenda como são distribuídas as áreas das Carreiras Jurí-
dicas e as principais características delas:
DEFENSORIA
Para atuar na área de Defensoria é preciso acordar todos os dias querendo fazer a 
diferença na vida de quem mais precisa. Por isso, é necessário ter disposição para solu-
cionar os processos da população. Apesar de lidar na maior parte das vezes com quem 
se encontra em situação carente, o Defensor Público deve agir independentemente 
da classe social da pessoa. Desta forma, é fundamental possuir sobretudo maturidade, 
sensibilidade e humanidade.
MAGISTRATURA
O “poder da decisão”. Esse é o primeiro pensamento que que à cabeça quando se fala 
em Magistratura. Julgar se o réu é inocente ou culpado ou mesmo sentenciar a pena 
que será aplicada no caso são algumas das atribuições de um Juiz. Alcançar o posto 
é uma honrosa vitória. O magistrado luta para defender os ideais e a hombridade da 
carreira perante si e a sociedade.Por isso mesmo, é preciso ter sobretudo prudência, 
imparcialidade e segurança.
PROCURADORIA
Para atuar na área de Procuradoria é preciso prestar assessoria jurídica ao órgão que 
representa. O profissional fica incubido de fiscalizar o cumprimento das leis que defen-
dem o patrimônio da sociedade e, muitas vezes, também cuidam da fiscalização dos 
tributos arrecadados pela instituição. Assim, vários projetos podem ser desenvolvidos 
em prol do bem comum. Dessa maneira, pode-se concluir que você deve ter sobretudo 
qualificação, ponderação e firmeza.
POLÍCIA
Chefiar a Polícia Investigativa, também chamada Polícia Judiciária, que abrange tanto 
a Polícia Civil quanto a Polícia Federal, é tarefa árdua e extremamente necessária. Co-
nhecido conhecido como Autoridade Policial, o Delegado tem a função de comandar a 
investigação de crimes, desvendando delitos e com isso permitindo a responsabilização 
dos infratores. Aliás, ao presidir o inquérito policial, o que o Delegado faz é coordenar 
os trabalhos, determinando quais diligências devem ser feitas, contra quem, onde e 
quando, para assim esclarecer os fatos de maneira imparcial. Assim, é necessário ter 
sobretudo liderança, equilíbrio e ética.
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PROMOTORIA
A área de Promotoria inclui os órgãos do Ministério Público. Seu principal objetivo é 
desempenhar as funções institucionais nas comarcas, nas esferas judicial e extrajudicial. 
O Promotor de Justiça é a ponte que liga o MP à sociedade. Participar de audiências 
públicas, solicitar informações, coletar dados, investigar e ouvir testemunhas são algu-
mas das funções executadas. A intenção dessas ações é apurar a ocorrência de irre-
gularidades e crimes nas suas diversas áreas de atuação. Desse modo, é essencial ter 
sobretudo humildade, proatividade e asserção.
OBS.: Vale a pena ressaltar que todas as qualidades destacadas acima são muito bem-
-vindas em qualquer uma das áreas abordadas. Todavia, também é válido avaliar onde 
seu talento se encaixa melhor de acordo com a notoriedade de cada campo.
FERRAMENTAS PARA PÔR EM PRÁTICA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Na hora de se planejar, é importante definir qual caminho seguir. Para ajudar na decisão, 
existem métodos específicos que direcionam bem pessoas em busca de aperfeiçoa-
mento pessoal e profissional. Que tal conhecer algumas? Uma delas pode ser exata-
mente o que você está precisando no momento.
COACHING
Você já ouviu falar sobre Coaching? Trata-se de uma metodologia aplicada para alcan-
çar determinado objetivo na vida. No processo, são aprendidas e desenvolvidas com-
petências e habilidades que ajudam o indivíduo a realizar grandes propósitos. A técnica 
também é utilizada no meio jurídico por profissionais e instituições.
Com ela, é possível progredir para se comunicar melhor, aperfeiçoar a capacidade 
de persuasão e conquistar seu objetivo. Aderi-la pode ser uma ótima ideia se você 
sentir que precisa de ajuda para criar estratégias que o ajudem a colocar em prática 
seus planos.
A Ad Verum, por exemplo, é uma empresa especializada em Coaching Jurídico. Seu 
método tem alicerce em bem-sucedidos conceitos pedagógicos que potencializam o 
aprendizado para quem vai prestar concurso ou Exame de Ordem.
RODA DA VIDA
Dentro do próprio processo de coaching, existe uma ferramenta bastante otimizadora 
para definir seus desejos e prioridades. A Roda da Vida serve para trazer uma reflexão 
profunda em relação ao estilo de vida que se deseja adotar. Com ela, é possível avaliar 
os aspectos profissional, social, familiar, espiritual, financeiro, físico e de lazer.
A grande relevância da utilização da Roda Vida é o alinhamento e a congruência entre 
todas as áreas do nosso todo. É uma excelente maneira de você prosperar em todos os 
aspectos, construindo o sucesso a partir da paz interior para finalmente chegar à tão 
sonhada felicidade.
Confira um exemplo de Roda Vida e aproveite a ferramenta:
EXEMPLO DE UMA RODA VIVA
Análise de SWOT
Há ainda um outro método que pode ajudá-lo em sua busca pelo aperfeiçoamento. A 
Análise SWOT foi criada pelos professores Kenneth Andrews e Roland Christensen da 
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Harvard Business School. O instrumento é utilizado para o planejamento estratégico de 
empresas. A ferramenta avalia quatro qualidades:
Strength, que pode ser traduzido por Força (identifica seus aspectos internos positivos 
para destacar pontos fortes, principais forças, qualidades, virtudes ou talentos.);
Weakness, que pode ser traduzido por Fraqueza (identifica seus aspectos internos ne-
gativos para mostrar os principais defeitos e dificuldades);
Opportunity, que pode ser traduzido por Oportunidade (identifica seus aspectos ex-
ternos negativos para destacar as forças e alcançar os objetivos); e
Threat, que pode ser traduzido por Ameaça (identifica aspectos externos negativos 
para alertar as ameaças que podem impedir você de alcançar seus objetivos por meio 
das suas virtudes e talentos).
FIQUE LIGADO!
Pronto! Até aqui você já conhece as áreas das Carreiras Jurídicas e também tem 
uma ideia geral dos papéis exercidos. Mas que tal descobrir todos os detalhes de 
cada uma das profissões oferecidas? No próximo passo você ficará por dentro 
dos cargos, salários, órgãos, funções desempenhadas e muito mais! Continue a 
leitura e aproveite todas as dicas.
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GUIA DE ESTUDOS PARA CONCURSOS DE CARREIRA JURÍDICA
03 | Conheça os Cargos das Carreiras JurídiCas
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CONHEÇA OS CARGOS DAS 
CARREIRAS JURÍDICAS
Fique por dentro da estimativa de salários, jornadas de 
trabalho, atribuições e outros detalhes das profissões
As profissões mais cobiçadas entre estudantes e bacharéis em Direito são as de De-
legado, Juiz, Promotor, Procurador e Defensor Público. Mesmo sendo concurseiro, 
você saberia dizer exatamente qual o cargo das Carreiras Jurídicas que pretende atuar? 
Conhecer os requisitos, atribuições, remunerações, órgãos e jornada de trabalho são 
pontos de grande relevância! Por isso, você deve avaliá-los antes de tomar sua decisão.
A NECESSIDADE DA CARTEIRA DA OAB
A licença para a advocacia não é exigida para grande parte das ocupações na área 
de CJ. Exemplos disso são as profissões de Juiz e Delegado. Entretanto, ao longo da 
sua trajetória, antes conquistar o cargos dos seus sonhos, é possível que você precise 
da vermelhinha. Por isso, é interessante garantir a aprovação no Exame de Ordem o 
quanto antes.
FIQUE POR DENTRO DOS CARGOS DAS CARREIRAS JURÍDICAS
Para que você esteja apto a escolher o cargo das Carreiras Jurídicas que vai fazê-lo 
realizar um sonho, o próximo passo é conhecer as características de cada profissão. A 
partir delas, você saberá onde está a sua vocação. Para se nortear nessa missão, confira 
as principais profissões com as suas respectivas particularidades.
JUIZ ESTADUAL
Órgão: Tribunal de Justiça (por Região).
Média salarial: R$ 20 mil.
Jornada de trabalho: 40 horas semanais.
Requisitos:
 – Ter nacionalidade brasileira.
 – Estar em dia com as obrigações eleitorais e, em caso de candidato do sexo masculino, 
também com as militares.
 – Ser bacharel em Direito, há três anos, no mínimo, por instituição de ensino superior 
oficial ou reconhecida, com diploma registrado pelo Ministério da Educação.
 – Ter três anos de atividade jurídica até a data da inscrição definitiva.
 – Ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições do cargo.
 – Não registrar antecedentes criminais.
 – Não estar sendo processado, nem ter sofrido penalidades por prática de atos desa-
bonadores no exercícioprofissional.
 – Ter até 65 anos de idade na data da inscrição definitiva.
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GUIA DE ESTUDOS PARA CONCURSOS DE CARREIRA JURÍDICA
03 | Conheça os Cargos das Carreiras JurídiCas
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Atribuições:
 – Julgar matérias que não sejam da competência dos demais segmentos do Judiciário 
– Federal, Eleitoral, Trabalho ou Militar –, sendo a sua competência, por isso, consi-
derada residual. A Justiça Estadual, que está presente em todos os estados, reúne a 
maior parte dos casos que chega ao Judiciário, referentes à área cível e criminal.
 – Atuar na Justiça comum estadual.
 – Responsabilizar-se por decidir conflitos de interesses entre pessoas físicas, empre-
sas e o poder público, objetivando a solução pacífica dos litígios, sempre de forma 
imparcial.
 – Analisar os autos processuais, realizar audiências de conciliação, elaborar despachos 
e sentenças.
JUIZ FEDERAL
Órgão: Tribunal Regional Federal (por Região).
Média salarial: R$ 25 mil.
Jornada de trabalho: entre 30 e 40 horas semanais.
Requisitos:
 – Ser aprovado no concurso público.
 – Estar no exercício dos direitos civis e políticos.
 – Ter nacionalidade brasileira ou portuguesa.
 – Estar em dia com as obrigações eleitorais e, em caso de candidato do sexo masculino, 
também com as militares.
 – Ser bacharel em Direito, há três anos no mínimo, e apresentar o diploma registrado 
pelo Ministério da Educação até a data da inscrição definitiva.
 – Ter, na ocasião da inscrição definitiva, três anos de atividade jurídica, exercida após a 
obtenção do grau de bacharel em Direito.
 – Ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições do cargo.
 – Ter comprovado bons antecedentes morais e sociais, bem como saúde física e mental 
e características psicológicas adequadas ao exercício do cargo.
 – Apresentar declaração pública de seus bens e prestar compromisso de desempenhar, 
com retidão, as funções do cargo, cumprindo a Constituição e as leis.
 – Não registrar antecedentes criminais.
 – Não estar sendo processado, nem ter sofrido penalidades por prática de atos desa-
bonadores no exercício profissional.
 – Cumprir as determinações do Edital.
Atribuições:
 – Julgar as ações em que a União, suas autarquias e empresas públicas federais são, de 
alguma forma, interessadas.
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03 | Conheça os Cargos das Carreiras JurídiCas
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 – Julgar também outras matérias, como aquelas envolvendo Estados estrangeiros, a 
disputa sobre direitos indígenas, as causas referentes à nacionalidade e à naturaliza-
ção e a execução de sentença estrangeira.
 – Julga os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, 
serviços ou interesses da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públi-
cas, os crimes contra a organização do trabalho e, regra geral, os crimes cometidos a 
bordo de navios ou aeronaves.
JUIZ DO TRABALHO
Órgão: Tribunal Regional do Trabalho (por Região)
Média salarial: R$ 25 mil.
Jornada de trabalho: entre 30 e 40 horas semanais.
Requisitos:
 – Estar no exercício dos direitos civis e políticos,
 – Ter nacionalidade brasileira
 – Estar em dia com as obrigações eleitorais e, em caso de candidato do sexo masculino, 
também com as militares.
 – Ter, por ocasião da inscrição definitiva, três anos de atividade jurídica, exercida após a 
obtenção do grau de bacharel em Direito.
 – Ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições do cargo.
 – Comprovar bons antecedentes morais e sociais, bem como saúde física e mental e 
características psicológicas adequadas ao exercício do cargo.
 – Não registrar antecedentes criminais.
 – Cumprir as determinações do Edital.
Atribuições:
 – Conciliar e julgar as ações judiciais entre empregados, empregadores e seus toma-
dores de serviços.
PROMOTOR DE JUSTIÇA
Órgão: Ministério Público (por Região).
Média salarial: R$ 25 mil.
Jornada de trabalho: entre 30 e 40 horas semanais.
Requisitos:
 – Ser brasileiro.
 – Ter concluído curso de bacharelado em Direito.
 – Possuir, no ato da inscrição definitiva, no mínimo, três anos de prática de atividade 
jurídica exercida após a conclusão do curso de bacharelado em Direito.
 – Estar quite com o serviço militar e obrigações eleitorais.
 – Estar no exercício dos direitos políticos.
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03 | Conheça os Cargos das Carreiras JurídiCas
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 – Apresentar comprovada idoneidade moral, no âmbito pessoal, profissional e familiar.
 – Ser detentor de aptidão física e mental para o exercício do cargo, comprovada por 
laudo médico oficial.
 – Preencher as demais condições exigidas em lei, neste Edital e no Regulamento 
do Concurso.
Atribuições:
 – Defender a ordem jurídica, o Regime Democrático e os interesses sociais e individu-
ais indisponíveis.
 – Atuar na área criminal no combate à criminalidade e na fiscalização das penas
 – Atuar na área cível nos interesses da sociedade.
PROCURADOR DO ESTADO
Órgão: Procuradoria Geral do Estado (por Região).
Média salarial: R$ 20 mil.
Jornada de trabalho: 30 horas semanais.
Requisitos:
 – Ter a nacionalidade brasileira ou portuguesa.
 – Estar em gozo dos direitos políticos.
 – Estar quite com as obrigações militares, em caso de candidato do sexo masculino.
 – Estar quite com as obrigações eleitorais.
 – Possuir os requisitos exigidos para o exercício do cargo, conforme item 2 deste edital.
 – Ter idade mínima de 18 anos completos na data da posse.
 – Ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições do cargo, comprovada por 
inspeção do serviço médico do Estado.
 – Não possuir antecedentes criminais nos últimos cinco anos.
 – Apresentar declaração de bens.
 – Se servidor público, apresentar certidão negativa de sanção no exercício da função.
 – Firmar declaração de não acumulação de cargos, empregos e funções públicas, salvo 
nos casos permitidos na Constituição Federal.
 – Cumprir as determinações do edital.
Atribuições:
 – Exercer a representação judicial e a consultoria jurídica do estado.
 – Desempenhar com zelo e presteza os serviços a seu cargo e os que, na forma da lei, 
lhe forem atribuídos pelo Procurador-Geral.
 – Observar sigilo profissional quanto às matérias dos procedimentos em que atuar.
 – Zelar pelos bens públicos confiados à sua guarda.
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 – Representar o Procurador-Geral sobre irregularidades no âmbito da Administração 
do Estado.
 – Sugerir ao Procurador-Geral a adoção de medidas para o aperfeiçoamento dos ser-
viços do órgão.
 – Desempenhar os deveres comuns atribuídos aos servidores públicos.
PROCURADOR DO MUNICÍPIO
Órgão: Procuradoria Regional do Município (por município).
Média salarial: R$ 20 mil.
Jornada de trabalho: 20 horas semanais.
Requisitos:
 – Ter a nacionalidade brasileira ou portuguesa.
 – Estar em gozo dos direitos políticos.
 – Estar quite com as obrigações militares, em caso de candidato do sexo masculino.
 – Estar quite com as obrigações eleitorais.
 – Possuir os requisitos exigidos para o exercício do cargo, conforme item 2 deste edital.
 – Ter idade mínima de 18 anos completos na data da posse.
 – Ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições do cargo.
 – O candidato deverá declarar, na solicitação de inscrição, que tem ciência e aceita 
que, caso aprovado, deverá entregar os documentos comprobatórios dos requisitos 
exigidos para o cargo por ocasião da posse.
 – Cumprir as determinações do edital.
Atribuições:
 – Representarjudicialmente e extrajudicialmente o Município e a cobrar sua dívida ativa.
 – Defender os atos e interesses do Município junto ao Tribunal de Contas do Estado, 
bem como exercer a assessoria e consultoria jurídica do Município em matérias de 
alta indagação.
PROCURADOR DO TRABALHO
Órgão: Ministério Público do Trabalho
Média salarial: R$ 25 mil.
Jornada de trabalho: 20 horas semanais.
Requisitos:
 – É necessário ser bacharel em Direito e comprovar três anos de atividade jurídica 
exercida após a obtenção do grau de bacharel.
Atribuições:
 – Atuar em áreas prioritárias e em âmbito nacional.
 – Solucionar problemas do mundo do trabalho.
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 – Trabalhar para evitar que o trabalho escravo contamine um setor inteiro da economia.
 – Buscar soluções pelo trabalho para o jovem da periferia.
 – Democratizar as relações sindicais.
 – Trabalhar para evitar mortes em obras e combater a favelização inerente ao alicia-
mento de trabalhadores para grandes obras.
 – Proteger o empregador cumpridor da legislação da competição desleal daqueles que 
a descumprem, garantir a oportunidade de todos no mercado de trabalho e proteger 
a dignidade de todos nesse mercado, tutelar centenas de vítimas de uma contamina-
ção química em uma fábrica, integrar povos pelo trabalho.
 – Manejar ações civis públicas.
DEFENSOR PÚBLICO
Órgão: Defensoria Pública do Estado (por Região).
Média salarial: R$ 20 mil.
Jornada de trabalho: 20 horas semanais.
Requisitos:
 – Ter nacionalidade brasileira ou portuguesa.
 – Ter idade mínima de dezoito anos completos.
 – Possuir o título de bacharel em Direito devidamente registrado, no momento da posse.
 – Estar em dia com as obrigações eleitorais.
 – Estar em dia com as obrigações militares, em caso de candidato do sexo masculino.
 – Ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições do cargo de Defensor 
Público, apresentando os laudos e submetendo-se a exames.
 – Apresentar declaração de bens e rendimentos.
 – Declarar se ocupa, ou não, outro cargo, emprego ou função pública.
 – Se possuir cargo, emprego ou função pública, apresentar certidão que comprove que 
não sofreu punições por falta grave no exercício do cargo, emprego ou função.
 – Não possuir condenação transitada em julgado em ação criminal ou em ação de im-
probidade administrativa.
 – Haver exercido atividade jurídica pelo período mínimo de 3 (três) anos, contados até 
a data da posse.
Atribuições:
 – Garantir o direito de acesso à justiça ao cidadão carente, desprovido de recursos 
financeiros para custear as despesas com a contratação de advogado particular.
 – Promover os Direitos Humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, 
dos direitos individuais e coletivos aos necessitados, de forma integral e gratuita.
 – Assistir juridicamente na área cível a exemplos de ações relacionadas ao direito de 
família, sucessões, posse e propriedade, relações de consumo, causas previdenciárias 
e demandas contra o Poder Público.
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DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
Órgão: Polícia Civil do Estado.
Média salarial: Entre R$ 10 mil e R$ 20 mil reais, a depender do estado.
Jornada de trabalho: Em torno de 36 horas semanais.
Requisitos:
 – Ter a nacionalidade brasileira ou portuguesa.
 – Estar em gozo dos direitos políticos.
 – Estar quite com as obrigações militares, em caso de candidato do sexo masculino.
 – Estar quite com as obrigações eleitorais.
 – Possuir os requisitos exigidos para o exercício do cargo.
 – Ter idade mínima de 18 anos completos na data da posse.
 – Ter plenas condições de saúde física e mental para suportar os exercícios.
 – Firmar declaração de não estar cumprindo sanção por inidoneidade.
 – Apresentar certidões negativas de antecedentes criminais.
 – Apresentar declaração de bens.
 – Ter boa conduta social.
 – Cumprir todas as determinações do edital.
Atribuições:
 – Instaurar e presidir, com exclusividade, inquéritos policiais, termos circunstanciados 
de ocorrência e outros procedimentos policiais legais para a apuração de infração 
penal ou ato infracional.
 – Exercer atribuições previstas na legislação processual penal de competência da au-
toridade policial; dirigir, coordenar, supervisionar e fiscalizar as atividades logísticas e 
finalísticas da unidade sob sua direção.
 – Determinar intimações e, em caso de não comparecimento injustificado, condução 
coercitiva.
 – Requisitar a realização de exames periciais e complementares, destinados a colher 
e resguardar indícios ou provas da ocorrência de infrações penais ou de quaisquer 
outros exames que julgar imprescindíveis à elucidação do fato investigado.
 – Representar à autoridade judiciária competente pela decretação de prisões e medi-
das cautelares e pela concessão de mandados de busca e apreensão domiciliar.
 – Fazer realizar as diligências requisitadas pelo Juízo Penal ou pelo representante do 
Ministério Público.
 – Fazer cumprir mandados de prisão expedidos pela autoridade judiciária;
 – Conceder liberdade provisória mediante fiança, arbitrando-a nos termos da lei pro-
cessual penal.
 – Adotar medidas necessárias ao controle da criminalidade.
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 – Atender o público, encaminhando providências e determinando o registro de ocor-
rências policiais.
 – Orientar equipes subordinadas, visando à coordenação, ao controle e ao desenvolvi-
mento técnico do trabalho policial.
 – Dirigir-se, quando possível, aos locais de crime, ou determinar quem o faça, providen-
ciando para que não se alterem, enquanto necessário, o estado e a conservação das 
coisas, supervisionando todos os atos.
 – Cumprir e fazer cumprir as ordens, normas e instruções emanadas de superior hie-
rárquico; fornecer a seus subordinados ordem de serviço, por escrito, das ações que 
a eles determinar.
DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL
Órgão: Polícia Federal
Média salarial: R$ 30 mil.
Jornada de trabalho: 40 horas semanais.
Requisitos:
 – Diploma, devidamente registrado, de bacharel em Direito, fornecido por instituição 
de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
 – Comprovação de três anos de atividade jurídica ou policial.
Atribuições:
 – Instaurar e presidir procedimentos policiais de investigação.
 – Orientar e comandar a execução de investigações relacionadas com a prevenção e 
repressão de ilícitos penais.
 – Participar do planejamento de operações de segurança e investigações.
 – Supervisionar e executar missões de caráter sigiloso.
 – Participar da execução das medidas de segurança orgânica, bem como desempenhar 
outras atividades, semelhantes ou destinadas a apoiar o órgão na consecução dos 
seus fins.
ADVOGADO DA UNIÃO
Órgão: Advocacia-geral da União.
Média salarial: R$ 15 mil.
Jornada de trabalho: 40 horas semanais.
Requisitos:
 – Ter nacionalidade brasileira ou portuguesa.
 – Apresentar cópia legível, recente e em bom estado do documento de identidade.
 – Estar em dia com as obrigações eleitorais e, em caso de candidato do sexo masculino, 
também com as militares.
 – Estar no gozo de seus direitos políticos.
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 – Apresentar, na data da posse, diploma ou certificado, devidamente registrado, de 
bacharel em Direito.
 – Ter registro de inscriçãona Ordem dos Advogados do Brasil.
 – Ter idade mínima de dezoito anos completos na data da posse.
 – Ter dois anos de prática forense, a serem comprovados no momento da inscrição 
definitiva.
 – Ter sido considerado(a) recomendado(a) na sindicância de vida pregressa.
 – Apresentar outros documentos que se fizerem necessários.
 – Ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições do cargo.
 – Cumprir as determinações do edital.
Atribuições:
Ao cargo de Advogado da União correspondem as atribuições que lhe prevê o artigo 
131 da Constituição Federal e o artigo 21 da Lei nº 9.028, de 12 de abril de 1995, com a 
redação 2 dada pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 24 de agosto de 2001, de re-
presentação judicial e extrajudicial da União, e o assessoramento jurídico dos órgãos da 
Administração Federal Direta do Poder Executivo.
Segundo a Constituição Federal estabelece, no art. 131, “a Advocacia-Geral da União é 
a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judi-
cial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser 
sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento 
jurídico do Poder Executivo”.
PROCURADOR FEDERAL
Órgão: Advocacia Geral da União (AGU).
Média salarial: R$ 20 mil.
Jornada de trabalho: 20 horas semanais.
Requisitos:
 – Ser bacharel em ciências jurídicas.
 – Inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
 – Nacionalidade brasileira, nato ou naturalizado.
 – Estar em dia com as obrigações eleitorais e militares.
 – Tempo de exercício de atividade jurídica de, no mínimo, 2 anos.
Atribuições:
 – Apresentar nos processos petições e manifestações em geral.
 – Exarar pareceres, notas, informações, cotas e despachos.
 – Interpretar as decisões judiciais, especificando a força executória do julgado e fixan-
do para o respectivo órgão ou entidade pública os parâmetros para cumprimento 
da decisão.
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 – Participar de audiências e sessões de julgamentos, proferindo sustentação oral sem-
pre que necessário.
 – Despachar com autoridades judiciais e administrativas assuntos de interesse da União, 
suas autarquias e fundações públicas.
 – Analisar a possibilidade de deferimento de parcelamentos e encaminhar a protesto 
os créditos cuja titularidade seja da União e de suas autarquias e fundações públicas.
 – Promover a análise de precatórios e de requisição de pequeno valor antes de seus 
pagamentos.
 – Propor, celebrar e analisar o cabimento de acordos e de transações judiciais e extra-
judiciais, nas hipóteses previstas em lei.
 – Manifestar-se quanto à legalidade e à constitucionalidade de minutas de atos 
normativos.
 – Realizar estudos para o aprofundamento de questões jurídicas ou para fins de unifor-
mização de entendimentos.
 – Participar de reuniões de trabalho, sempre que convocados.
 – Requisitar elementos de fato e de direito e informações necessárias à defesa judicial 
ou extrajudicial dos direitos ou dos interesses da União, de suas autarquias e de suas 
fundações.
 – Comunicar-se com outros órgãos e entidades pelos meios necessários ao atendi-
mento de demandas jurídicas.
 – Atender cidadãos e advogados em audiência para tratar de processos sob sua res-
ponsabilidade.
 – Atuar em procedimento de mediação, nos termos da Lei nº 13.140, de 26 de ju-
nho de 2015.
 – Instaurar procedimentos prévios para verificação de responsabilidade de terceiros 
em relação a danos ao erário, para fins de futura cobrança judicial ou extrajudicial.
 – Atuar na defesa de dirigentes e de servidores da União, de suas autarquias e de suas 
fundações públicas quando os atos tenham sido praticados dentro das atribuições 
institucionais e nos limites da legalidade, havendo solicitação do interessado.
 – Definir os parâmetros para elaboração de cálculos com todas as orientações neces-
sárias para fins de análise técnica da unidade de cálculos e perícias competente.
 – Utilizar os sistemas eletrônicos existentes e atualizar as informações sobre sua produ-
ção jurídica e demais atividades.
 – Analisar previamente a pauta de julgamento dos órgãos do Poder Judiciário, com o 
intuito de verificar a conveniência de distribuição de memoriais de julgamento e a 
realização de sustentação oral.
 – Conferir acompanhamento prioritário ou especial aos processos classificados como 
relevantes ou estratégicos.
 – Desenvolver outras atividades relacionadas ao exercício de suas atribuições ins-
titucionais.
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03 | Conheça os Cargos das Carreiras JurídiCas
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PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL
Órgão: Procuradoria-geral da Fazenda Nacional
Média salarial: R$ 15 mil.
Jornada de trabalho: 40 horas semanais.
Requisitos:
 – Ter nacionalidade brasileira ou portuguesa.
 – Estar quite com as obrigações eleitorais.
 – Estar quite com as obrigações do Serviço Militar, para os candidatos do sexo 
masculino.
 – Possuir Diploma de Bacharel em Direito, devidamente registrado, ou Certificado de 
Bacharel em Direito ou documento certificador da conclusão de curso de Direito.
 – Ter sido considerado apto, física e mentalmente, para o exercício do cargo.
 – Apresentar cópia legível, recente e em bom estado do documento de identidade.
 – Ter idade mínima de dezoito anos completos na data da posse.
 – Encontrar-se inscrito junto à Ordem dos Advogados do Brasil, salvo nos casos de 
incompatibilidade para o exercício da advocacia, quando o candidato deverá apre-
sentar comprovação da incompatibilidade certificada pela Ordem dos Advogados 
do Brasil.
 – Apresentar outros documentos que se fizerem necessários.
 – Possuir dois anos de prática forense.
Atribuições:
 – Apurar a liquidez e certeza da dívida ativa da União de natureza tributária, inscreven-
do-a para fins de cobrança, amigável ou judicial.
 – Representar privativamente a União, na execução de sua dívida ativa de caráter 
tributário.
 – Examinar previamente a legalidade dos contratos, acordos, ajustes e convênios que 
interessem ao Ministério da Fazenda, inclusive os referentes à dívida pública externa, 
e promover a respectiva rescisão por via administrativa ou judicial.
 – Representar a União nas causas de natureza fiscal.
 – Desempenhar as atividades de consultoria e assessoramento jurídicos no âmbito do 
Ministério da Fazenda
e seus órgãos autônomos e entes tutelados.
OBS.1: Todos os cargos citados acima precisam, necessariamente, de aprovação em 
concurso público.
OBS.2: Todas as informações sobre as características das Carreiras Jurídicas citadas 
acima foram retiradas de editais lançados. Assim, pode haver diferença nos tópicos 
entre concursos para o mesmo cargo, a depender do ano e local do certame.
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04 | Descubra as Vantagens e Desafios Das carreiras JuríDicas
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DESCUBRA AS VANTAGENS 
E DESAFIOS DAS 
CARREIRAS JURÍDICAS
Entenda os motivos que levam milhares de concurseiros a se 
dedicarem ao máximo pela conquista da aprovação para o 
cargo dos seus sonhos
Ao descobrir as vantagens e os desafios das Carreiras Jurídicas, o sonho de muitos 
concurseiros passa a ser planejado. Quando se deparam com o sentimento de cumprir 
a vocação e a importância dos cargos na sociedade, por exemplo, a garra pela conquis-
ta fica ainda maior. Além disso, os salários e as gratificações, bem como a estabilidade, 
são outros atrativos de grande relevância. Por isso, é necessário estar preparado para 
as etapas das CJs.
SENTIMENTO DE CUMPRIR A VOCAÇÃO
Ao assumiro seu cargo na área das Carreiras Jurídicas, você poderá sentir o prazer de 
cumprir a sua vocação. Trata-se de um fator que o fará exercer a sua profissão com 
empenho, esmero e qualidade de vida. Aliás, lembre-se que você passará grande parte 
do seu dia trabalhando.
Desse modo, será o seu propósito! E nada melhor do que sentir que está no lugar certo 
desempenhando um papel essencial para melhoria própria e progresso da sociedade. 
Inclusive, muitas vezes, quando o indivíduo se vê realizado no desejo profissional, o seu 
desempenho traz resultados inspiradores e eficazes.
Quer um exemplo? Suponhamos que você se torne um Defensor Público, ao defender 
pessoas desprovidas de recursos e que precisam de representação legal, você estará 
desempenhando um papel fundamental que fará toda a diferença não apenas na vida 
daquelas pessoas, mas de todas as que fazem parte do meio em que ela está inserida.
IMPORTÂNCIA DOS CARGOS NA SOCIEDADE
Seja na área de Procuradoria, Promotoria, Magistratura ou Polícia, todos os cargos são 
fundamentais para o equilíbrio da sociedade. Por isso, quando se ocupa uma das pro-
fissões da área de Carreiras Jurídicas, o senso de responsabilidade deve estar sempre 
presente em seu cotidiano.
SALÁRIOS E GRATIFICAÇÕES
Os funcionários públicos podem contar com sistemas de promoção de cargos e salá-
rios, além de progressão por tempo de serviço. Inclusive, na maioria das secretarias, 
fundações, autarquias e de outros órgãos públicos, os processos de avaliação de com-
petência são critérios para a ascensão profissional.
Assim, quem investe na própria formação cria novas oportunidades de crescimento 
enquanto profissional. Como isso é possível? Aperfeiçoando o conhecimento em prol 
das funções que são desempenhadas e podem ser melhoradas. A realização de cur-
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04 | Descubra as Vantagens e Desafios Das carreiras JuríDicas
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sos, especializações ou mesmo de outros processos de aprimoramento pode trazer 
o aumento ou, pelo menos, uma gratificação salarial, que independe da mudança ou 
não de cargo.
ESTABILIDADE
Por fim, dentre as vantagens apresentadas, para qualquer servidor público, de Carrei-
ra Jurídica ou não, o fator “Estabilidade” é um dos principais pontos avaliados. Mas, 
atenção! Após a nomeação do cargo, o candidato aprovado em concurso público vai 
passar pelo chamado “período probatório”. Trata-se de um tempo determinado, que 
em muitas vezes dura três anos, para que o profissional torne-se um servidor efetivo 
do órgão em que trabalha. Desse modo, depois desse período, dificilmente será ser 
exonerado do cargo.
ETAPAS DESAFIADORAS
Para ser efetivado nas Carreiras Jurídicas e seguir o caminho do serviço público, alguns 
desafios precisam ser enfrentados. Além do senso de responsabilidade que deve estar 
sempre com você, algumas etapas são determinantes para a sua ocupação. Na área de 
CJ, são necessários a aprovação em concurso público e o cumprimento do período 
probatório.
Vale ressaltar que, neste ciclo, você ainda poderá optar por novos desafios estimulan-
tes. Confira abaixo as etapas desafiadoras das Carreiras Jurídicas. Esse processo fun-
ciona como o crescimento de uma grande árvore. Primeiro, você precisará plantar e 
cultivar bem até colher os frutos que deseja.
1) CONCURSEIRO
O primeiro passo para ingressar nas Carreiras Jurídicas é estudar para concurso pú-
blico. Trata-se da preparação do terreno onde você plantará a sua árvore da carreira. 
Afinal, é a maneira que existe para se tornar efetivo no serviço público garantindo a 
vantagem da estabilidade. Nesta etapa, é preciso muita determinação e dedicação para 
conquistar a aprovação do cargo dos seus sonhos.
Um bom planejamento é ideal para conseguir enfrentar os percalços que podem surgir 
em meio a sua preparação. Isso representa a divisão dos horários de estudo, direcio-
namento, material de apoio, resolução de questões, provas anteriores e simulados. Um 
bom treino lhe dará melhores chances no concurso. Ao ser aprovado em classificação 
dentro das vagas, basta esperar a nomeação para assumir o seu cargo.
2) SEMENTE
Nesta fase, que se inicia em seu primeiro dia de trabalho no órgão em questão, você 
ainda estará sendo testado. É o que se denomina “Período Probatório”. Geralmente, 
ele tem a duração de três anos. Assim, pode-se dizer que, neste estágio, você estará 
plantando a semente de sua carreira.
É o momento de absorver e apreender as suas funções desenvolvendo a sua capacida-
de técnica. Com ela, a sua postura profissional deve estar alinhada com as expectativas 
de eficiência e comprometimento entre você, o órgão os demais servidores e ainda a 
população.
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04 | Descubra as Vantagens e Desafios Das carreiras JuríDicas
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3) MUDA
Após o período probatório, finalmente você será efetivado como servidor público e 
garantirá sua estabilidade. Assim, uma nova motivação surgirá para que você mantenha 
o ritmo ou melhore ainda mais o seu desempenho. Trata-se do desejo de ascensão pro-
fissional. Tal qual uma muda, você precisará cultivar bem a sua carreira, cuidando das 
suas demandas com bastante atenção e dedicação. 
É que, no serviço público, os cargos podem trazer gratificações que aumentam consi-
deravelmente a remuneração. Não é que o salário mude, mas serão acrescidos valores 
em cima do seu vencimento. Assim, você poderá aumentar a sua renda e ainda receber 
maior reconhecimento em suas atribuições.
4) ÁRVORE
Ao chegar até aqui, anos já se passaram. Muitos desafios já foram superados e você 
certamente já evoluiu bastante ao longo da sua trajetória. Neste ciclo, você já possui 
raízes sólidas e estáveis. Então, caberá a você realizar uma autoavaliação para entender 
se gostaria de permanecer onde está ou se está disposto a enfrentar novos desafios. 
Nesse último caso, pode participar de nova seleção ou mesmo ingressar em outras 
atividades as quais deseja desempenhar.
E MAIS!
Agora que você já sabe tudo sobre vocação, possibilidades, vantagens e desa-
fios, nada melhor que conhecer o perfil de pessoas que atuam na área das Car-
reiras Jurídicas. Continue a sua leitura e descubra!
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GUIA DE ESTUDOS PARA CONCURSOS DE CARREIRA JURÍDICA
05 | A importânciA dA orAtóriA pArA As cArreirAs JurídicAs
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A IMPORTÂNCIA DA ORATÓRIA PARA 
AS CARREIRAS JURÍDICAS
Entenda por que você precisa dominar técnicas de 
comunicação e a melhor maneira de elaborar a sua fala na 
seara forense
Já que você está se preparando para ingressar nas Carreiras Jurídicas, é bom saber se 
portar nas mais diversas situações profissionais. Ao estar diante de colegas, clientes e 
da população, o operador do Direito precisa se fazer entender bem. Já que a comuni-
cação será sua principal aliada, é fundamental se expressar com clareza e objetividade 
não só em texto, mas também na fala.
Para ajudar você na missão de se apresentar diante do universo forense, o professor 
Guilherme Miziara, especialista no assunto, explica técnicas valiosas que podem fazer 
toda diferença no seu discurso. 
Ele é palestrante e professor de Oratória Jurídica e Nego-
ciação do CERS Cursos Online e Docente da Graduação 
em Direito do Ibmec. Ministra disciplinas de Negociação, 
Comunicação Empresarial, Técnicas de Comunicação e 
Oratória e Sustentação Oral no Ibmec. É também Profes-
sor da disciplina Habilidades em Comunicação na FDC e 
no Coppead.
A EXIGÊNCIA DA ORATÓRIA
Trata-se de uma situação que se você ainda não passou, certamente, ainda vai pas-
sar. Inclusive, quando o profissional fala que estuda ou possui formação em Direito, é 
comum que as pessoas já o imaginem com uma excelente oratória. A princípio, vocêpode pensar que é exigência demais. Entretanto, ao longo da sua carreira, com certeza 
vai perceber que a fala assertiva nada mais é do que uma necessidade básica em sua 
profissão.
Quer um exemplo? Numa tribuna, a sua argumentação deve proposta de forma bem 
eloquente. Até aí, tudo bem. O problema é que a maioria das faculdades ensina dis-
ciplinas técnicas, mas esquece que, para implementar quase tudo do que é visto na 
faculdade, o profissional precisará se comunicar com excelência.
COM A PALAVRA, GUILHERME MIZIARA.
Como professor de Oratória Jurídica, posso afirmar que grande parte dos alunos sai 
despreparada no que tange à comunicação e oratória. Muitos conhecem o tema, mas 
não conseguem transmitir suas ideias de maneira eficaz. Falar em público é muito mais 
do que dominar o conteúdo e proferir belas palavras.
Conhecer as técnicas e entender como estruturar o discurso fará com que as palavras 
ganhem mais força. Com isso, você atingirá seu resultado com mais facilidade e menos 
desgaste físico e emocional. Vamos às táticas e ferramentas.
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GUIA DE ESTUDOS PARA CONCURSOS DE CARREIRA JURÍDICA
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BUSQUE INFORMAÇÕES!
Se você argumentar sempre da mesma maneira, atingirá somente parte do seu público. 
Busque informações quando for sustentar oralmente o discurso. Em caso de advoca-
cia, é válido conhecer as preferências do desembargador que ouvirá seus argumentos, 
a câmara em que vai sustentar e assistir a outros advogados sustentando. Qualquer 
informação que você tiver sobre quem julga será relevante para direcionar o discurso. 
Direcionando o discurso você vai levar muito mais argumentos relevantes e descartará 
os irrelevantes para aquela situação.
Logo após vem a necessidade de organizar o que tem a dizer. Muitos profissionais têm 
na cabeça tudo o que precisam dizer, mas na hora de argumentar simplesmente “jo-
gam” seus argumentos. Quando os julgadores não conseguem entender a coerência 
do discurso ou não percebem o ponto central da argumentação, fica muito mais difícil 
deferir a seu favor.
Se você não estrutura o seu discurso com início, meio e fim, os juízes ou desembarga-
dores podem perder o argumento principal e prestar atenção no argumento de menor 
importância. Em resposta, o juiz deve fazer-se entender bem pela sua decisão. No caso 
da área de polícia, por exemplo, o Delegado deve fazer sua equipe entender bem o caso 
e as funções que cada um irá desempenhar.
Construir o cenário e argumentar com provas e de forma lógica ajudará na compre-
ensão da mensagem. O que quero dizer com isso? É que preparação é fundamental. 
Uma “apresentação” de ideias visa somente “apresentar” aquilo que foi preparado an-
teriormente.
ORGANIZE SEU DISCURSO
Se você não entendeu os melhores argumentos, se não os selecionou e viu como eles 
impactariam, você não planejou e, consequentemente, não tem nada a apresentar. Pre-
pare o conteúdo e defina os melhores argumentos para aquela situação.
De posse das informações sobre o caso que estiver trabalhando, defina o que é rele-
vante ser comentado dentro da sua tese. Uma maneira muito boa para organizar os 
argumentos é você definir o “peso” de cada um deles e depois distribuir da seguinte 
forma. Se os argumentos forem muito fortes, coloque cada um deles de forma bem 
destacada, valorizando cada elemento e cada palavra, discorrendo sobre cada um deles 
durante o tempo que tiver disponível.
Se os argumentos forem fracos, coloque-os de uma vez só, dando a ideia de que são 
muitos para, com isso, dar a ideia de que eles têm muito peso e devem ser conside-
rados. Uma outra possibilidade é você ter argumentos com pesos diferente e, nesse 
caso, existe um erro muito comum: começa-se em ordem crescente para construir o 
pensamento e concluir com o gran finale! Não faça isso!
Os julgadores, outros profissionais ou a sua equipe de trabalho podem perder a atenção 
por não considerarem relevantes seus primeiros argumentos e podem não acompanhar 
o discurso até o fim. Caso você tenha pesos diferentes nos argumentos existe uma fór-
mula que deixará a audiência atenta: você poderá até deixar o melhor argumento para 
o fim e seguir em ordem crescente de relevância, mas precisa ter o segundo melhor já 
no início do discurso!
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FAÇA CONTATO VISUAL
O grande segredo da oratória para as Carreiras Jurídicas é equilibrar conteúdo (bons 
argumentos e fundamentação) com a forma (expressões corporais, faciais e voz). Al-
guns aspectos da forma destacam os pontos mais importantes do discurso e trazem 
mais impacto às suas palavras e facilitando a compreensão de seus pontos.
A ferramenta de grande destaque quando o assunto é forma certamente é o contato 
visual. Seja em uma audiência, em uma sustentação oral ou conversando com outros 
colegas de trabalho, você precisa olhar para todos os presentes. É muito comum ob-
servar um advogado, por exemplo, em uma sustentação oral, olhando somente para o 
presidente da mesa. Essa atitude é ruim porque, muitas vezes, o presidente nem voto 
tem e você, sem querer, deixa de olhar para os outros desembargadores.
Além de ser ruim porque os desembargadores se sentem excluídos, o contato visual 
tem a função de auxiliar na observação da postura deles. Muitas vezes, quem está ali do 
outro lado julgando, demonstra por meio de sua postura facial e corporal se entendeu 
ou não o que você quis dizer. Se ele entender, siga, se não entender, traga outro argu-
mento que reforce o primeiro.
MUDE O TOM DA SUA VOZ
Destacando mais aspectos que influenciam diretamente na sua argumentação, com um 
advogado, um juiz, um cliente ou qualquer operador do Direito), temos a variação da 
voz e o destaque nas palavras corretas. Leia a seguinte frase destacando (falando mais 
alto) a palavra com letras maiúsculas:
— Esse projeto vai trazer um retorno de ATÉ setenta por cento.
— Esse projeto vai trazer um retorno de até SETENTA por cento.
Qual projeto parece melhor? O segundo, certo? O que significa que, em uma mesma 
frase, você pode destacar ou omitir algum aspecto que julgue importante ou que ache 
impertinente. Saber variar o tom da voz e destacar as palavras mais importantes no 
discurso farão com que as pessoas prestem mais atenção aos pontos de destaque do 
seu discurso e fiquem mais concentradas em seus argumentos. Muitos alunos meus, 
principalmente na Graduação (por timidez), têm dificuldade de dar destaque nas pala-
vras por terem a voz baixa.
O ideal é destacar a palavra aumentando o volume da voz, mas existem técnicas que 
auxiliarão você que não consegue modular o volume. As técnicas a seguir conseguem 
quase o mesmo efeito. São duas as outras possibilidades: você pode colocar uma pausa 
antes e outra pausa depois da palavra que deseja destacar ou pode separar silabicamen-
te a palavra que gostaria de dar destaque. Tanto em uma quanto na outra você poderá 
manter o tom de voz que a palavra ganhará o devido destaque. Vale treinar e colocar 
em prática em seu próximo discurso.
Uma necessidade quando argumentamos é entender que as pessoas têm experiências 
diferentes das nossas e visões de mundo que podem não ser muito parecidas. Por isso, 
é necessário explicar uma sigla ou um jargão ou expressão técnica na hora que coloca-
mos nossos argumentos. Se as pessoas não entenderem o que você diz, é ruim, mas se 
elas acharem que entenderam pode ser pior.
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GESTICULE PARA PRENDER A ATENÇÃO DAS PESSOAS
Fator determinante para dar ênfase ao conteúdo, além da voz,é a gesticulação. Evite 
gestos muito amplos quando estiver próximo às pessoas. Assim, você acaba invadindo 
o espaço delas e esses gestos podem deixa-las desconfortáveis. Da mesma maneira, 
evite gestos muito curtos quando estiver com as pessoas afastadas (em uma palestra 
ou em uma tribuna, muito longe de quem avaliará o seu discurso) porque eles não darão 
a ênfase necessária.
Os gestos complementam seu discurso e precisam estar de acordo com as palavras. 
Os gestos devem ocorrer acima da linha da cintura e abaixo da linha do queixo. Se pre-
cisar sair desse campo, sem problema, desde que não seja o tempo todo. Realize 95% 
da sua gesticulação na área anteriormente mencionada. Quando sentado evite apoiar 
os cotovelos na mesa e gesticule de forma mais suave. Gestos ágeis durante uma con-
versa com o seu cliente, na mesa de reunião, poderá passar ansiedade e tirar o foco do 
conteúdo apresentado.
Uma dica de técnica para entender quando um gesto é bom: ele é dentro do padrão, 
ou seja, considerado um gesto perfeito e natural, quando ocorre durante ou um pouco 
antes da palavra que ele representa. Não é para você ficar pensando nisso! Apenas 
repare que se o gesto ocorrer após a palavra proferida, ele transmitirá uma ideia de 
artificialidade e não de naturalidade.
SEJA ESPONTÂNEO AO FALAR
Por último, não decore seus argumentos e, muito menos, leia seu discurso em um “pa-
pelzinho” escrito previamente. Você não está proibido de levar anotações e utilizá-las 
ao longo de uma conversa, mas ler na íntegra tudo que preparou pode dar a ideia de 
que não foi você quem redigiu. Pior ainda: não deixará seu discurso natural e você terá 
mais dificuldade de implementar as ênfases.
Todos os itens citados acima demonstram o quão complexo é o cenário na hora de 
expor seus argumentos. Esse cenário vai muito além da fala, pois também passa pela 
adequação da roupa, a capacidade de modular a voz, o vigor na gesticulação e, acima 
de tudo, a preparação de tudo isso. Destaco, aqui, que é preciso entender os aspectos 
e a importância da oratória, mas somente isso não será suficiente.
Como qualquer outra habilidade é preciso treinar e colocar em prática sempre que 
tiver oportunidade. De nada adianta assistir a vídeos de como jogar futebol, é preciso 
entrar em campo! O advogado precisará se comunicar profissionalmente, de forma 
oral, nos próximos 30 ou 40 anos, logo, é preciso que saiba como fazer. Caso contrário, 
ele se expressará sem saber.
DÊ O SEU MELHOR!
Comunicar-se é algo que faz parte da vida do operador do Direito e, já que ele precisa 
valer-se dessa habilidade, é bom que saiba como executá-la. Entenda as ferramentas, 
perceba os detalhes, prepare-se. Busque cursos na área, treine em frente ao espelho, 
grave as suas sustentações e apresentações no escritório. Depois observe como pla-
teia e pense o que você mudaria ali para tornar o discurso mais interessante e envolven-
te. Lembre-se que os argumentos são frios e que a forma como você os conduzir será 
a forma que os outros compreenderão.
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E não justifique que não nasceu para se comunicar! Aristóteles dizia que “a excelência 
não é um ato, mas um hábito”. Siga as dicas, capacite-se e treine muito! Você ficará 
impressionado já com a sua primeira experiência após implementar essas técnicas.
CONTEÚDO
No próximo tópico, você vai conferir as disciplinas que mais caem em concursos 
públicos da área de Carreiras Jurídicas. Com os melhores professores do Brasil, 
você vai descobrir os principais assuntos e a melhor forma de os estudar.
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06 | Conheça o perfil de quem atua nas Carreiras JurídiCas
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CONHEÇA O PERFIL DE QUEM ATUA 
NAS CARREIRAS JURÍDICAS
Fique por dentro das atividades e dos desafios do cotidiano de 
grandes personalidades da área para se inspirar!
Já que você está se preparando para ingressar nas Carreiras Jurídicas, elencamos duas 
personalidades da área para você entender melhor os perfis das profissões. Confira o 
nosso bate-papo com a Defensora Pública, Alynne Patrício, e o Delegado de Polícia, 
Henrique Hoffmann, para entender como eles lidam com as atividades e desafios do 
cotidiano.
ENTREVISTA COM ALYNNE PATRÍCIO
1) QUAIS OS REQUISITOS PARA SE TORNAR UM DEFENSOR PÚBLICO?
Para ser Defensor Público, conforme previsto nos artigos 24 e 25 da Lei Complementar 
80/94, Lei que disciplina a nossa carreira, é preciso ser aprovado em todas as etapas 
de concurso público de provas e títulos, sendo que para a participação nos certames o 
candidato deverá ser bacharel em Direito com dois anos de prática jurídica comprovada.
2) QUAIS AS FUNÇÕES DE UM DEFENSOR PÚBLICO?
As funções institucionais do Defensor Público são bastante abrangentes e estão elen-
cadas no artigo 4o da Lei Complementar 80/94, incluindo, dentre outras, a prestação 
de orientação jurídica e o exercício da defesa dos necessitados, em todos os graus, a 
promoção de forma prioritária da solução extrajudicial dos litígios, visando à composi-
ção entre as pessoas em conflito de interesses e a promoção, a difusão e a conscienti-
zação dos direitos humanos, da cidadania e do ordenamento jurídico.
3) QUE TIPOS DE PODERES E RESPONSABILIDADES POSSUI UM DEFENSOR PÚBLICO?
Os defensores públicos são detentores de diversas garantias e prerrogativas que in-
cluem a independência funcional no desempenho de suas atribuições, a inamovibili-
dade, a irredutibilidade de vencimentos e a estabilidade. Conforme previsão legal, os 
membros da Defensoria Pública devem ter o mesmo tratamento reservado aos magis-
trados e demais titulares dos cargos das funções essenciais à justiça.
Dentre os deveres e responsabilidades dos Defensores Públicos podemos elencar o 
desempenho, com zelo e presteza, dos serviços inerentes a seu cargo; atendimento 
ao expediente forense e participação dos atos judiciais, quando for obrigatória a sua 
presença e a interposição de recursos cabíveis sempre que encontrar fundamentos na 
lei, jurisprudência ou prova dos autos.
4) COMO O CARGO DE DEFENSOR PÚBLICO SE RELACIONA COM AS OUTRAS 
PROFISSÕES DAS CARREIRAS JURÍDICAS?
No âmbito de sua atuação, o Defensor Público interage diretamente com diversas ou-
tras carreiras jurídicas, dentre elas principalmente a Magistratura e o Ministério Pú-
blico. Ademais, o Defensor Público, no âmbito de sua atuação criminal, também re-
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laciona-se diretamente com delegados de polícia no acompanhamento de inquéritos 
policiais em curso.
5) O DEFENSOR PÚBLICO SEMPRE DEFENDE OU TAMBÉM ACUSA?
Existe no âmbito social a crença de que o Defensor Público atua exclusivamente na de-
fesa dos autores de crime o que, na verdade, representa apenas uma vertente de nossa 
atuação institucional. Os defensores públicos atuam em diversas áreas que incluem 
direito de família, da infância e juventude, consumidor, idoso, saúde... Vale ressaltar que 
no âmbito da sua atuação criminal os defensores públicos podem também exercer o 
papel de assistente de acusação então não é verdadeira a premissa de que o Defensor 
Público só defende.
6) QUAL PERFIL DEVE POSSUIR UM DEFENSOR PÚBLICO?
Para ser Defensor Público a pessoa deve ter um perfil humanístico, deve ter empatia 
com o próximo, deve gostar de atuar em causas sociais, deve ser dinâmica e compro-
metida com o trabalho.
7) NA SUA OPINIÃO, QUAL O MAIOR DESAFIO DA CARREIRA?
O maior desafio da carreira ainda é a pequena quantidade de defensores públicos em 
relação a demanda de pessoas que necessitam de assistência jurídica integrale gratuita. 
Vivemos em um país de desigualdades no qual 80% da população não tem condições de 
pagar um advogado. Assim, o volume de trabalho concentrado por Defensor Público é 
muito grande principalmente se comparado a demanda dos magistrados e promotores.
8) QUAL A MELHOR PARTE DE SER UMA DEFENSORA PÚBLICA?
Sou Defensora Pública há 14 anos e sou apaixonada pela carreira. Como defensora 
tive a oportunidade de crescer e amadurecer muito como ser humano. A satisfação de 
poder ajudar uma pessoa que depositou em você toda a esperança de ter a justiça con-
cretizada realmente não tem preço. Como Defensora Pública já tive a oportunidade de 
salvar vidas, de reatar laços de família, de conseguir absolver inocentes...A melhor parte 
de ser Defensora Pública é poder fazer a diferença na vida das pessoas.
9) QUAIS AS ETAPAS DE UM CONCURSO PÚBLICO PARA DEFENSOR PÚBLICO E QUAL 
A MELHOR MANEIRA DE SE PREPARAR?
Os concursos para ingresso na Carreira de Defensor Público estão cada vez mais con-
corridos e o nível dos candidatos está cada vez mais elevado. As etapas são divididas da 
seguinte forma:
1a etapa: Prova Objetiva
2a etapa: Prova Discursiva e Peças práticas
3a etapa: Prova Oral
4a Etapa: Prova de Títulos
A melhor maneira de se preparar é não esperar a publicação de editais específicos para 
iniciar os estudos. A preparação deve ser diária e contínua, com materiais atualizados e 
com direcionamento de temas específicos para a nossa carreira. O CERS tem um cur-
so específico para Defensoria Pública com diversos professores Defensores Públicos, 
profissionais que têm experiência prática e que estão constantemente acompanhando 
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os temas mais cobrados nos certames para Defensor. Se você sonha em ser Defensor 
Público conte com a nossa ajuda. Eu te espero no curso do CERS!
SOBRE ALYNNE PATRÍCIO
Alynne Patrício de Almeida Santos é Defensora Públi-
ca do Estado do Piauí desde 2004 e atualmente titular 
da 8a Defensoria de Família. Bacharel em Direito pela 
Universidade Federal do Ceará -UFC. Pós Graduada em 
Ciências Penais pela Universidade do Sul de Santa Ca-
tarina-UNISUL. Professora de Direito Penal, Processo 
Penal e Direito da Crianca e do Adolescente do CERS 
e do Instituto de Ensino Aplicado-INAPI. Coordenadora 
Pedagógica da Escola Superior da Defensoria Pública.
ENTREVISTA COM HENRIQUE HOFFMANN
1) QUAIS AS FUNÇÕES DE UM DELEGADO DE POLÍCIA?
O Delegado da Polícia é o chefe da Polícia Investigativa, a chamada Polícia Judiciária 
(que abrange tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Federal). Também conhecido como 
Autoridade Policial, o Delegado tem a função de comandar a investigação de crimes, 
desvendando delitos e com isso permitindo a responsabilização dos infratores.
A apuração das infrações penais é, via de regra, documentada em um inquérito policial. 
Ao presidir o inquérito policial, o que o Delegado faz é coordenar os trabalhos, deter-
minando quais diligências devem ser feitas, contra quem, onde e quando, para assim 
esclarecer os fatos de maneira imparcial.
2) QUAIS AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL E O 
DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL?
Uma primeira diferença consiste no fato de a Polícia Federal ser mantida pela União, 
enquanto as Polícias Civis serem organizadas pelos Estados e Distrito Federal. Logo, 
o Delegado da PC é servidor público estadual, enquanto o Delegado da PF é servidor 
público federal. Além disso, a grande distinção está no tipo de delito a ser investigado 
por cada um dos Delegados.
Enquanto o Delegado Federal apura basicamente os crimes políticos, crimes federais, 
crimes com repercussão interestadual ou internacional, bem como crimes de tráfico de 
drogas, contrabando e descaminho, o Delegado Civil investiga todos os demais delitos 
(exceto os militares). Numericamente, portanto, o Delegado da PC apura uma quanti-
dade de infrações penais muito maior, enquanto o Delegado da PF concentra esforços 
numa gama mais restrita de delitos. Apesar dessas diferenças, vale grifar que os requi-
sitos para os cargos e o nível de exigência dos concursos são os mesmos.
3) QUE TIPO DE PODERES E RESPONSABILIDADES POSSUI UM DELEGADO?
O Delegado tem o poder de em certas situações prender indivíduos, apreender bens 
e acessar dados sigilosos. Ou seja, a depender da deliberação do Delegado de Polícia, 
um cidadão pode ter sua liberdade, patrimônio e intimidade restringidos. Tem também 
a possibilidade de conceder liberdade provisória com fiança, realizar indiciamento, bus-
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cas em indivíduos, requisitar de perícias e documentos, nomear peritos e escrivães, 
expedir mandados de intimação e de condução coercitiva, determinar ação controlada, 
fazer acordo de colaboração premiada, ordenar destruição de plantações ilícitas e a 
incineração de drogas, dentre outros poderes.
O que muitos esquecem ou nem sabem é que, além da parte investigativa propria-
mente dita, o Delegado também atua de outras formas. Realiza a gestão de pessoas, 
comandando policiais subordinados que compõem a equipe, conciliando interesses di-
vergentes e exercendo liderança e hierarquia para manter a motivação e a disciplina 
do efetivo policial. Como se não bastasse, faz a administração dos recursos públicos 
colocados à sua disposição, prezando pelo bom funcionamento da Delegacia de Polícia.
4) COMO SE RELACIONAM AS DIVERSAS CARREIRAS POLICIAIS?
O Delegado de Polícia é o cargo de maior hierarquia dentro da Polícia Civil e da Polícia 
Federal, devendo emitir ordens e determinações para os demais policiais subordinados. 
A gestão do efetivo policial exige liderança e hierarquia para manter a motivação e a 
disciplina do efetivo policial. Nessa linha, a Autoridade Policial deve se certificar de que 
os policiais civis e federias estão cumprindo bem o seu papel, tomando providências 
para que o serviço público seja bem desempenhado. Enquanto o Delegado é chamado 
de Autoridade Policial, os demais policiais (de quaisquer Instituições Policiais) são agen-
tes da Autoridade.
Assim, não só os agentes e escrivães da Polícia Civil ou Polícia Federal, mas também 
praças e oficiais da Polícia Militar, agentes da Polícia Rodoviária Federal e guardas mu-
nicipais são agentes da Autoridade Policial. Em que pese o Delegado não ser hierarqui-
camente superior a policiais de outros Órgãos Policiais (por integrarem instituições di-
ferentes), a Autoridade Policial tem uma ascendência funcional sobre eles pelo fato de 
ser quem profere a última palavra no âmbito da atividade policial. Evidentemente todas 
as carreiras policiais são importantes e o relacionamento entre elas deve ser marcado 
pelo respeito e cordialidade.
5) O DELEGADO TEM A OBRIGAÇÃO DE PRENDER?
Não. Se entender que o fato não constitui crime, que não existiu situação de flagrante, 
ou mesmo que não há provas suficientes de que o suspeito é o autor do delito, a Auto-
ridade Policial não só pode como deve colocá-lo em liberdade.
O trabalho de esclarecimento dos fatos deve ser feito pelo Delegado de maneira im-
parcial. Diferentemente do membro do Ministério Público, o Delegado não tem com-
promisso com a acusação. O que a Autoridade Policial precisa é buscar a verdade, ainda 
que revele que o crime não ocorreu ou que o suspeito não foi o responsável pelo crime. 
Por isso que se diz que o Delegado é o primeiro garantidor dos direitos do cidadão.
6) QUAL PERFIL DEVE POSSUIR UM DELEGADO DE POLÍCIA?
O chamado perfil profissiográfico do cargo de Delegado de Polícia é bastante exigen-
te. O candidato a Autoridade Policial deve ter liderança, controle emocional e capaci-

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