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Aula 05 INFORMÁTICA E GESTÃO HOSPITALAR

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INFORMÁTICA E GESTÃO HOSPITALAR
AULA 5: INTEROPERABILIDADE
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Conteúdo Programático desta aula:
Identificar a necessidade de adoção de padrões em saúde com ênfase no Prontuário Eletrônico de Pacientes, bibliotecas médicas, farmacêuticas e materiais e insumos, imagens, exames;
Estabelecer e identificar a relação custo/benefício.
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INTEROPERABILIDADE – CONCEITO
Segundo Pressman, 2006, a Interoperabilidade no contexto da Engenharia de Software é “O esforço exigido para se acoplar um sistema a outro” e como já havíamos estudado, modularidade é a técnica de construção na qual “o software é dividido em componentes separadamente nomeados e endereçáveis, que são integrados para atender aos requisitos ditados pelo programa.
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Agora podemos acrescentar que componentes de software é o termo utilizado para descrever uma unidade independente de software, que pode ser utilizado com outros componentes para formar um sistema. Essa metodologia de desenvolvimento de sistemas é chamada de Orientação a Objetos (OO) que pode tornar o sistema, modular, mais eficiente e em especial com a possibilidade do código (linguagem de programação) ser reutilizado.
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Componentes integram módulos que por sua vez compõem sistemas. Esses (componentes, módulos e sistemas) precisam ter a capacidade de operarem entre si. Desta forma, dois importantes conceitos precisam ser estabelecidos para se atingir a interoperabilidade entre componentes, módulos e sistemas:
Interoperabilidade Funcional que é a interação de dois ou mais sistemas (equipamentos, sistemas de informação, bases de dados) para trocar informações de acordo com um conjunto de regras definidas e
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Interoperabilidade Semântica que é a capacidade de sistemas compartilharem informações compreendidas através da definição e conceitos dos termos.
Nos tópicos a seguir vamos estudar como a interoperabilidade funcional pode ser estabelecida através de objetos distribuídos e a como a interoperabilidade semântica é apoiada pelos trabalhos de mapeamentos cruzados entre os conceitos e termos dos principais sistemas de classificação em saúde.
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OBJETOS DISTRIBUÍDOS E A INTEROPERABILIDADE FUNCIONAL
Para Cummins, 2005, a integração de sistemas pode ser obtida a partir da construção de Objetos distribuídos, que segundo ele “são componentes que interagem como objetos que trocam mensagens em uma rede”.
Eles podem ser construídos a partir de frameworks de software que possuem códigos já escritos em linguagem específica e orientações e padrões de desenvolvimento.
A seguir alguns exemplos de plataformas tecnológicas que podem ser usadas para construção de objetos distribuídos e possam operar em ambiente e protocolos padrões:
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CORBA (Common Object Request Broker Architecture) foi criado pela Object Management Group - OMG - uma organização internacional que aprova padrões abertos para aplicações orientadas a objeto. Ele propõe estabelecer e simplificar a troca de dados entre sistemas distribuídos heterogêneos.
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CORBAmed foi também criado pelo Object Management Group - OMG - com arquitetura específica para a área médica, centrado na troca de informações entre sistemas heterogêneos com solução integrada de imagens, vídeos, áudios e registros de exames e consultas dos pacientes.
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COM+ (Component Object Model) é a plataforma da Microsoft para construção de componentes de software. É usada para permitir a comunicação entre processos e a criação dinâmica de objetos em qualquer linguagem de programação que suporte a tecnologia.
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EJB (Enterprise Java Beans) foi criado pela Sun Microsystems que é uma subsidiária da Oracle Corporation. Os principais objetivos da tecnologia EJB são fornecer um rápido e simplificado desenvolvimento de aplicações Java baseado em componentes distribuídos, transacionais, seguros e portáveis.
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Intercâmbio, integração, compartilhamento e recuperação de informação de saúde: em busca da interoperabilidade semântica
O Portal 5CQualiBr (figura a seguir) participante do Modelo de Qualidade do Software Público Brasileiro, projeto que conta com recursos da FINEP-Financiadora de Estudos e Projetos e com o apoio da Secretaria de Política de Informática-SEPIN, do Ministério da Ciência e Tecnologia discorre sobre a interoperabilidade semântica com o seguinte conteúdo: 
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“Conforme a European Interoperability Framework, interoperabilidade semântica refere-se à habilidade que um sistema deve ter para combinar dinâmicamente suas informações com outras, recebidas de outros sistemas, e processá-las para produzir um significado. O significado da informação deve ser compreendido de forma não ambígua, por humanos e por programas de computador, pressupondo-se a integração de dados como o seu acesso, agregação, correlação e transformação”.
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O HL7 é uma organização que desenvolve e implementa normas na área de saúde com regras, procedimentos de segurança, acessibilidade e comunicação sobre a troca, gerenciamento e a integração de informações na área de saúde. Proporciona condições para a criação de uma rede integrada de saúde, conforme projeto da Organização Mundial de Saúde – OMS.
HL7 (Health Level 7) foi criado com especificações técnicas, estruturas de programação e diretrizes para desenvolvimento de software para padronização da linguagem médica. Utiliza o padrão ANSI (American National Standards Institute) agregando informações sobre pacientes, remédios e outras constituídas de termos técnicos médicos padronizados. A sua intenção é universalizar a linguagem médica.
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SNOMED (Standard Nomenclature of Medicine) foi criado pelo College of American Pathologists dos Estados Unidos com a intenção de fazer a classificação a nomenclatura e a indexação para uso em registros clínicos eletrônico de pacientes contemplando sinais, sintomas, diagnóstico e procedimentos numa única estrutura de dados.
Conforme demonstrado na figura abaixo sua biblioteca conta com mais de 138.000 termos codificados dentro de sua diversidade clínica.
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UMLS (Unified Medical Language System) é um projeto da National Library of Medicine dos Estados Unidos, criado para recuperar e integrar informações biomédicas contidas em diferentes fontes. É dotado de métodos de acesso que realiza mapeamento cruzado entre os conceitos e termos constantes nos principais sistemas de classificação.
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DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine) mantida pela NationalElectrical Manufacturers Association – NEMA - que é a associação de fabricantes de equipamentos de imagens médicas dos Estados Unidos. Constitui-se de um conjunto de normas e padrões técnicos que estabelecem aos fabricantes de equipamentos de imagens (tomografias, ressonâncias magnéticas, radiografias, ultrassonografias e outras) gerarem os resultados.  
Dessa forma, os computadores em clínicas e hospitais podem “entendê-los”.
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LOINC (Logical Observation Identifiers, Names and Codes) foi criada pela Regenstrief Institute associada à University School of Medicine de Indiana, nos Estados Unidos, dotado de um padrão universal para identificação dos resultados e testes clínicos realizados em laboratórios.
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“a CID-10 foi conceituada para padronizar e catalogar as doenças e os problemas relacionados à saúde, tendo como referência a Nomenclatura Internacional de Doenças, estabelecida pela Organização Mundial de Saúde”. 
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Os sistemas de informações do Ministério da Saúde, tais como o Sistema de Informações Hospitalares do SUS – SIH/SUS e o Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS – SAI/SUS, dentre outros, utilizam o CID-10 para caracterizar a doença na qual o paciente foi diagnosticado e/ou em qual doença ele está sendo submetido a tratamento.
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PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO PACIENTE
Em Dick, Steen e Detmer, 1997, o Prontuário Eletrônico do Paciente é definido como “um registro computadorizado do paciente com informação mantida eletronicamente, com a situação de saúde e os procedimentos de cuidados que um indivíduo recebeu durante toda sua vida”.
Representa na verdade todo o acervo de informações coletadas pelos vários sistemas onde o paciente tenha sido atendido, tratado ou diagnosticado ao longo de sua vida (do nascimento a sua morte).
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Estes sistemas estão distribuídos em tecnologias heterogêneas, sua integração tem que independer da plataforma de hardware e software em que sejam construídos, por isso o Prontuário Eletrônico do Paciente precisa ser construído a partir de padrões e tecnologias  tais como as que estudamos nesta aula.
Algumas importantes providências estão sendo tomadas no Brasil. Eis algumas de caráter normativo:
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A Resolução do Conselho Federal de Medicina nº. 1821 de 2007 estabelece “normas técnicas concernentes à digitalização e ao uso dos sistemas informatizados para a guarda e o manuseio dos documentos dos prontuários dos pacientes, autorizando a eliminação do papel e a troca de informação identificada em saúde”.
O Ministério da Saúde estabelece o Cartão Nacional de Saúde (Cartão SUS) um sistema de identificação comum, integrando usuários, profissionais e estabelecimentos de saúde. Considerado do ponto de vista da atenção à saúde, sua adoção promove a identidade entre usuários e profissional com o Sistema Único de Saúde (SUS). Visto pelo ângulo da gestão, aprimora o processo de integração dos sistemas de informação em saúde e viabiliza o registro eletrônico de dados.
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No aspecto prático um bom exemplo e o da criação do B-RES (Base de Registro Eletrônico em Saúde) da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais. Esse projeto objetiva a criação dar condições de interoperabilidade de informações clínicas do cidadão. Estabelece a criação de um repositório central de informações para o Estado de Minas Gerais com padrão de interoperabilidade funcional entre sistemas de saúde através de serviços (webservices) para atualizar e recuperar informações clínicas e demográficas do cidadão originadas nas unidades de saúde das macrorregiões do Estado de Minas Gerais.
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PARA A INTEROPERABILIDADE SEMÂNTICA O 
PROJETO ADOTA:
CID-10 para padronizar e catalogar as doenças e os problemas relacionados à saúde;
O Glossário Temático de Saúde Suplementar contendo expressões técnicas e organizacionais utilizadas pela saúde suplementar; 
SIGTAP(Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS) dialetos sobre procedimentos médicos agrupados e Padronizados e 
SNOMED que é considerada a terminologia de cuidados em saúde multilíngue mais abrangente no mundo.
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RESUMINDO...
Nesta aula, você:
Analisou informações para identificar a necessidade da adoção de padrões em saúde com ênfase no Prontuário Eletrônico de Pacientes, bibliotecas médicas, farmacêuticas e materiais e insumos, imagens, exames;
Aprendeu informações que possibilitam estabelecer e identificar a relação custo/benefício.
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NA PRÓXIMA AULA:
Algumas dificuldades com a gestão da mudança na cultura institucional;
Padrões em saúde – uma questão cultural;
Os benefícios para a gestão de custos e acompanhamentos clínicos;
Aspectos sobre confiabilidade na relação médico/paciente e
O estado da arte em uso no Brasil e no exterior.
A Psicologia e sua importância nas relações humanas 
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