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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE- MEDICINA VETERINÁRIA 
TÓPICOS ESPECIAIS - MEDICINA DE PEIXES 
 
 
 
PARECER PROFISSIONAL 
 
 
 
 
Este trabalho tem como objetivo estabelecer 
um parecer profissional das visitas técnicas 
supostamente realizadas, com a finalidade 
de aplicar os conhecimentos adquiridos em 
aula. 
 
 
 
DISCENTE: JULIENI BIANCHI MORAIS 
DOCENTE: ED JOHNNY DA ROSA PRADO 
 
 
 
 
 
Sinop, 2018 
PRIMEIRA VISITA TÉCNICA 
REQUERENTE:FAZENDA AQUÍCOLA 
DESCRIÇÃO: problemas com mortalidade e aparecimento de peixes doentes. O responsável 
alega que o aparecimento destes problemas aconteceram após o manejo de classificação por 
tamanho de cada animal do cardume, onde tal prática é usada para separar os animais em lotes 
mais homogêneos. 
AVALIAÇÃO DO LOCAL: Manipulação brusca e excessiva dos animais (podendo causar 
lesões, estresse e patogenias); retirada dos peixes água por tempo prolongado. Manejo 
estressante. 
Introdução e análise da propriedade: O estresse agudo causado pelas práticas comuns na 
aquicultura, como a separação de lotes por tamanho, promovem ágil aumento nos níveis de 
lactato plasmático e muscular, assim como diminuição do pH e da concentração de oxigênio no 
sangue. Ainda, as mudanças também se associam à liberação de catecolaminas, que favorecem 
a perda de íons do sangue para o meio externo, por difusão, resultando desequilíbrio iônico. As 
catecolaminas também são capazes de promover a glicogenólise, que promoverá liberação de 
glicose, levando à hiperglicemia. 
Embora as práticas do manejo possam ter curta duração, os parâmetros fisiológicos podem 
sofrer alterações significativas. Essas práticas são potenciais causadoras de estresse agudo, 
possibilitando injúrias físicas relacionadas à hiperatividade dos peixes. Desta maneira, é preciso 
realizar de maneira cautelosa e rápida; por vezes é necessário utilizar tranquilizantes e 
anestésicos. Os efeitos primários responsivos ao estresse são de nível endócrino, com liberação 
de cortisol; os secundários são realizados pelo metabolismo, que se altera a fim de prover 
homeostase e osmorregulação, podendo causar imunossupressão; a ação destes hormônios em 
diversos órgãos-alvo provocam modificações bioquímicas e fisiológicas, descritas como 
respostas secundárias ao estresse. O terceiro efeito do estresse é a exaustão, causada pela 
exposição duradoura ao estressor, ou a gravidade do mesmo, essa resposta é capaz de progredir 
para uma condição patológica ou morte. O estresse pode ser definido como estado provocado 
por fatores que levam a respostas adaptativas, reduzindo significativamente as chances de 
sobrevivência. 
Conclusão: 
Estabelecer o equilíbrio osmorregulatório é importante na prevenção e controle de distúrbios e 
doenças. O sal pode ser usado em diversas situações, pois é capaz de reduzir o estresse, 
contribuir para com o equilíbrio osmótico, além de amenizar toxicidade por nitrito e 
inflamações das brânquias. Os tanques de classificação podem ser melhorados com a 
implantação de aeração, utilizar água salinizada na classificação de tamanho, a fim de manter o 
equilíbrio hidroeletrolítico. É necessário capacitar os funcionários, com a finalidade de reduzir 
danos físicos ao animal e estresse do mesmo. A duração do processo classificatório deve ser 
menor possível. 
Resumo e simplificação do assunto: 
A classificação por tamanho pode ser uma prática traumática para o peixe, causando estresse 
intenso que, como consequência, tem a capacidade de levar o animal à morte. Ao retirar o 
animal da água por um longo período ou pegá-lo sem cuidado, pode-se desencadear o estresse. 
Sendo assim, ocorre um desequilíbrio no sistema que regula o organismo do peixe, que pode 
perder mais água para o ambiente (como se fosse o suor em humanos). Quando o animal não 
consegue realizar a sua respiração e regulação corretamente, entra em estado de estresse e a 
imunidade fica baixa, ficando sujeito a microorganismos presentes no ambiente, que podem 
causar-lhes doenças mais facilmente. Como já dito, pode levar o animal à morte. 
 
SEGUNDA VISITA TÉCNICA 
REQUERENTE: FAZENDA AQUÍCOLA 
DESCRIÇÃO: O gerente da fazenda aquícola solicitou esclarecimento e soluções para os 
problemas com mortalidade e aparecimento de peixes doentes. O responsável alega que o 
aparecimento do problema acontece após a vacinação de cada animal do cardume; tal pratica é 
feita para prevenir o aparecimento de doença por vírus da necrose hematopoética infecciosa. 
AVALIAÇÃO DO LOCAL: manipulação brusca e excessiva do animal; retirada do animal da 
água para aplicação de vacinas, sem medidas para controle osmorregulatório e respiratório; 
mesma agulha para os diversos animais, facilitando disseminação de agentes patogênicos; 
exposição prolongada do animal a local sem água para realização da respiração, ocasionando 
em hipóxia. 
Introdução e análise da propriedade: 
A retirada dos peixes do ambiente aquático para algumas técnicas de manejo promovem 
estresse, que culminam em elevação na concentração de cortisol no plasma dos peixes. O 
cortisol é capaz de aumentar a permeabilidade dos tecidos branquiais, desta forma, há um 
abundante extravio de sais do peixe, causando desequilíbrio hidroeletrolítico, que consegue 
abreviar a vida dos peixes. O cortisol também inibe a resposta imunológica, facilitando 
infecções nos peixes, chamadas de respostas secundárias, causadas por fungos, bactérias, e 
outros agentes patogênicos. Essas condições podem culminar em morte do animal. A utilização 
de água salinizada pode minimizar os riscos de estresse osmótico, amenizando também 
respostas secundárias à imunossupressão do peixe (exemplo: Columnariose ou podridão das 
nadadeiras). 
Estresse pode ser considerado como uma Síndrome Geral de Adaptação, apresentada em três 
etapas: (1) reação de alarme: alterações fisiológicas, respondendo ao estímulo inicial; acontece 
na tentativa de compensar o distúrbio; (2) resistência: respostas fisiológicas (de ajuste ou 
compensatórias), a fim de regressar à homeostase; (3) exaustão: a exposição ao estressor pode 
ter duração ou gravidade que excedem os limites, sendo capaz de progredir a uma condição 
patológica ou morte. A redução da resposta imunológica, causada por estresse e desequilíbrio 
hidroeletrolítico, podem culminar em alta incidência de patogenias, bem como mortalidade dos 
peixes. 
Conclusão: 
Manter o equilíbrio osmorregulatório é essencial para prevenir e controlar distúrbios e doenças. 
O sal pode ser usado em diversas situações, pois reduz o estresse, contribui para com o 
equilíbrio osmótico, ainda, ameniza a toxicidade por amônia e inflamações das brânquias. 
Utilizar água salinizada na classificação de tamanho pode ser uma estratégia, a fim de manter o 
equilíbrio osmorregulatório. É necessário capacitar os funcionários, com a finalidade de reduzir 
danos físicos ao animal e estresse do mesmo. Faz-se mister otimizar o tempo de aplicação das 
vacinas e reduzir o tempo dos animais fora d’água. 
Resumo e simplificação do assunto: 
Pegar o animal de maneira agressiva e/ou excessivamente, bem como retirá-lo da água por um 
tempo prolongado para aplicação de vacinas, sem medidas para controle de perda de água e 
respiração causa estresse ao animal; que responde reduzindo a capacidade de combater doenças 
que podem levar à morte; o animal não consegue respirar fora d’água, ficando asfixiado. Ainda, 
compartilhar a agulha para muitos animais facilita a ocorrência de doenças, que podem reduzir 
a vida do peixe. O animal que vive na água não pode ficar muito tempo fora dela, sendoassim, 
é preciso vacinar e devolver rapidamente para o tanque, não provocando asfixia e, 
consequentemente, reduzindo o estresse, que podem causar doenças e morte. 
 
TERCEIRA VISITA TÉCNICA 
REQUERENTE: HOTEL FAZENDA 
DESCRIÇÃO: O gerente de um hotel fazenda o contratou para esclarecer e solucionar a 
ocorrência de grande número de peixes mortos em um lago da propriedade. O administrador 
alega que foi a primeira vez o acontecimento e não se tem histórico algum da criação dos 
peixes neste lago. 
AVALIAÇÃO DO LOCAL: O lago do local, onde são colocados os peixes, encontra-se em 
estado de eutrofização por fitoplânctons, que são favorecidos pelo excesso de alimentos e fezes, 
tornando a água com aparência turva e esverdeada; nota-se que há redução na incidência de luz 
solar na água, bem como diminuição nas concentrações de oxigênio. Ainda, na localidade, foi 
visto que não há um sistema de abastecimento de água visível (entrada de água) e a saída de 
água é na região superficial. O administrador alega que foi a primeira vez o acontecimento e 
não se tem histórico algum da criação dos peixes neste lago. 
Introdução e análise da propriedade: 
Os parâmetros de qualidade da água em sistemas de criação de peixes tem sido um fator 
preocupante, a avaliação desses parâmetros auxilia na definição dos atributos de manejo 
(calagem, limpeza), origem da água, espécie cultivada e quantidade, composição e 
digestibilidade do alimento exógeno disponibilizado ao animal. A eutrofização consiste em 
uma alteração comumente gerada pelo homem, em geral pelo aporte demasiado de nutrientes 
nos ambientes aquáticos. Pode ocorrer de forma natural ou artificial, sendo um processo lento e 
contínuo, resultante, também, de nutrientes trazidos pelas chuvas e águas superficiais da 
superfície terrestre. Ao passo que as concentrações de alimentos e nutrientes aumentam, as 
algas têm sua produção acelerada, transformando a ecologia aquática. À medida que as 
concentrações de nutrientes aumentam, há aceleração da produtividade de algas, alterando as 
relações do sistema aquático. Os alimentos lançados na água colaboram com o aumento da 
produção orgânica do ambiente, aumentando a biomassa fitoplanctônica e reduzindo a 
penetrabilidade da luz. Algumas das principais consequências da eutrofização são: queda do 
oxigênio dissolvido, podendo levar a morte, e desenvolvimento de cianobactérias tóxicas. 
Em cenários eutrofizados ocorre com frequência o florescimento de cianobactérias 
potencialmente tóxicas. Essas toxinas podem levar a alterações no sabor e odor da água, além 
de provocar toxicidade no ambiente, sendo capaz de causar morte dos animais por insuficiência 
hepática e, ainda, desenvolver tumores cancerígenos; a multiplicação demasiada do 
fitoplâncton pode provocar diminuição do oxigênio no período noturno e supersaturação 
durante o dia, sendo capaz de causar a obstrução das brânquias dos peixes e inibição do 
crescimento das algas mais integráveis. A taxa de decomposição e consumo de O2 pelos 
organismos do local, podem acarretar na produção e liberação de metano e gás sulfídrico. 
O ecossistema aquático é capaz gerar mais matéria orgânica do que consegue ingerir e 
decompor. A amônia é o resíduo nitrogenado prevalentemente excretado pelos peixes, 
decorrente do metabolismo proteico; promove o favorecimento da decomposição microbiana 
matéria orgânica como: restos de alimentos, fezes e adubos orgânicos. A proporção de 
nutrientes nos resíduos gerados pela aquicultura consegue realizar diversas modificações físicas 
e químicas, como variações evidentes no pH, causando da morte de peixes em consequência do 
desequilíbrio ambiental. 
Saber a destinação do alimento oferecido ao animal é importante para as práticas de manejo, a 
fim de melhorar a qualidade da água e minimizar colisões negativas. “A ração não consumida é 
convertida em gás carbônico, amônia, fosfatos e outras substâncias dissolvidas pela ação 
microbiana, gerando impacto nos sistemas de criação de peixes”. A absorção da ração ocorre 
parte no intestino e outra, é mineralizada em processos metabólicos; é preciso balancear a 
ração, com a finalidade de reduzir a excreção de fósforo, melhorando a qualidade da água, 
consequentemente. A digestibilidade da matéria seca dos alimentos é de cerca de 70%, ou seja, 
cerca de 30% da ração é excretado como material fecal. É implacável a acumulação de resíduos 
orgânicos e metabólitos no ambiente. Uma estratégia para reduzir a descarga de efluentes é 
aumentar o teor energético e digestibilidade da dieta. Altas concentrações de fósforo 
evidenciam processo de enriquecimento por matéria orgânica, sendo assim, pode deteriorar a 
qualidade da água. 
Conclusão: 
É necessário aplicar na propriedade um sistema para entrada de água limpa e de qualidade no 
lago, para eu ocorra fluidez e retirada de resíduos e materiais orgânicos do ambiente; a entrada 
de água deve ocorrer pela extremidade superior do lago (por cima). Ainda, é preciso inserir um 
método de promover a troca e retirada de conteúdos e resíduos do fundo do lago, pois é onde 
ficam acumuladas as fezes, bactérias, e microorganismos em geral; a saída deve, 
preferencialmente, ocorrer na extremidade oposta e inferior do lago (por baixo), para que as 
correntes de água promovam escoamento de efluentes. 
Resumo e simplificação do assunto: 
A água está esverdeada e com aparência turva, impedindo a entrada de luz nas partes mais 
profundas do lago. A grande quantidade de alimentos que o peixe não comeu, ou não 
aproveitou e colocou para fora do organismo na forma de fezes (coco), ficam acumulados na 
água e servem de alimento para animais que não conseguimos ver a olho nu, os 
microorganismos, que se reproduzem e tornam a água esverdeada. Isso afeta a qualidade da 
água e favorece a ocorrência de doenças, que podem reduzir a vida do animal (peixe). Fica 
difícil para o peixe respirar nesse ambiente, sendo assim, ficará estressado, reduzindo a 
imunidade e capacidade de combater doenças. O estresse do animal está diretamente 
relacionado com a facilidade dele em ficar doente e vir a óbito. É preciso criar um sistema que 
abasteça e drene o local; a entrada/abastecimento de água deve ocorrer por cima, e a 
drenagem/retirada da água e sujeiras deve ser por baixo. 
 
QUARTA VISITA TÉCNICA 
REQUERENTE: SÍTIO, LAGOA. 
DESCRIÇÃO: Um proprietário rural solicitou esclarecimento para o acontecimento na 
propriedade dele. Alega que comprou 500 tilápias de aproximadamente 0,5 quilograma para 
colocar no pequeno lago de seu sítio. Ainda, após ter colocado os peixes no lago, o proprietário 
notou que os peixes vêm nadando na região superficial durante o dia todo. 
AVALIAÇÃO DO LOCAL: Visita ao local ocorreu bem de manhã. No local deparamo-nos 
com a superlotação dos animais; os peixes nadam até a superfície do lago e caracterizam 
hipóxia, sendo assim é provável que o oxigênio dissolvido no lago esteja abaixo dos níveis 
recomendados. Nota-se uma cor mais turva e esverdeada da água. Na visita ao local (lago) foi 
visto que não há um sistema de abastecimento de água visível (entrada de água) e a saída de 
água é na região superficial. 
Introdução e análise da propriedade: 
A hipóxia pode ocorrer quando a lotação do tanque, ou no caso, lago, está acima da capacidade 
de suporte, aumentando a demanda por oxigênio, que não consegue ser suprida. Processa-se o 
aumento de resíduos metabólicos, como: o dióxido de carbono e a amônia. A hipóxia acontece 
principalmente à noite, momento em que todos os seres da biota aquática, inclusive algas e 
plantas aquáticas, fazem uso de O2. 
Com a intensificação dos sistemas de produção, há uma elevada dependência de alimento 
exógeno; há utilizaçãode menores áreas e mais dependência de rações, bem como maior 
necessidade de aerar a água e promover a troca e fluidez do ambiente, a fim de manter a 
qualidade da água nos níveis adequados. Períodos prolongados de exposição à hipóxia 
provocam nos peixes alterações dos níveis de cortisol e de lactato plasmático. 
Os baixos níveis de oxigênio na água resultam em estresse que dificultam a manutenção da 
homeostase. Estresse pode ser considerado como uma Síndrome Geral de Adaptação, 
apresentada em três etapas: (1) reação de alarme: alterações fisiológicas, respondendo ao 
estímulo inicial; acontece na tentativa de compensar o distúrbio; (2) resistência: respostas 
fisiológicas (de ajuste ou compensatórias), a fim de regressar à homeostase; (3) exaustão: a 
exposição ao estressor pode ter duração ou gravidade que excedem os limites, sendo capaz de 
progredir a uma condição patológica ou morte. Infecções bacterianas podem ser favorecidas 
por condições como: estresse, o excesso de matéria orgânica na água, baixa concentração de 
oxigênio dissolvido e alta densidade animal. 
Conclusão: 
Para solucionar os problemas é possível utilizar aeradores, a fim de renovar o oxigênio e 
manter as concentrações adequadas. Reduzir a densidade populacional, pois esse é um fator 
estressor. Promover a fluidez de água na propriedade, inserindo um sistema para entrada de 
água limpa e de qualidade no lago, para eu ocorra retirada de resíduos e materiais orgânicos do 
ambiente; a entrada de água deve ocorrer pela extremidade superior do lago (por cima). É 
preciso realizar a troca e retirada de conteúdos e resíduos do fundo do lago, pois é onde ficam 
acumuladas as fezes, bactérias, e microorganismos em geral; a saída deve, preferencialmente, 
ocorrer na extremidade oposta e inferior do lago (por baixo), para que as correntes de água 
promovam escoamento de efluentes, e a água possa fluir. 
Resumo e simplificação do assunto: 
A lagoa está com muitos animais; os peixes nadam até a superfície para procurar ar, pois não 
conseguem respirar dentro do lago. Além disso, a água apresenta coloração esverdeada. A 
“falta de ar” causa estresse no animal, é preciso evitá-lo para que não ocorra a morte dos 
peixes. É preciso instalar um aerador, que irá adicionar ar renovado ao sistema aquático (água). 
É necessário fazer um sistema de renovação da água do lago (ainda não instalaram nenhum), 
onde a água entrará por cima e as sujeiras da água sairão por baixo, em uma abertura para 
escoamento e movimento de água. A renovação da água e ar deixará os animais confortáveis e 
sem estresse. 
 
QUINTA VISITA TÉCNICA 
REQUERENTE: FAZENDA AQUÍCOLA 
DESCRIÇÃO: O gerente da fazenda aquícola estabelecida há 30 anos no mercado buscou 
solução para um problema de baixa concentração de oxigênio nos tanques de terminação, o 
gerente adiantou o possível problema, pois já tem algum conhecimento. 
AVALIAÇÃO DO LOCAL: foi visto que há um sistema de abastecimento de água visível 
(entrada de água) e a saída de água é na região mais inferior (fundo) dos tanques. Na anamnese, 
em relação ao uso do aerador, foi descrito que o equipamento sempre é ligado ao amanhecer e 
permanece ligado até que os peixes não se encontrem na região superficial e próxima do 
aerador. 
Introdução e análise da propriedade: 
É comum a ocorrência de hipóxia durante a noite, pois se trata de um período em que há 
aumento no número de organismos “respirando” presentes no ecossistema aquático, desta 
maneira, há demanda maior por O2; aumentam também os resíduos metabólicos como dióxido 
de carbono e amônia. O intervalo noturno consiste no momento em que todos os seres do 
ambiente, inclusive algas e plantas aquáticas, consomem oxigênio e liberam dióxido de 
carbono, em razão da necessidade da troca gasosa (O2 <-> CO 2). Durante o dia, muitas dessas 
plantas e algas realizam a fotossíntese, no entanto, ao anoitecer, a ausência de luz não permite a 
realização do processo e estas passam a exigir mais O2. 
Conclusão: a utilização de aeradores é mais eficiente quando realizada em períodos 
vespertinos/noturnos, momento cuja demanda por oxigênio na biota aquática está aumentada. 
Trata-se de um estágio mais crítico na obtenção de O2, pois mais organismos realizam troca, e 
não efetuam a fotossíntese; concerne um potencial causador de hipóxia nos animais que sobem 
à superfície em busca de ar. 
Resumo e simplificação do assunto: 
Principalmente durante a noite, a quantidade de ar oxigenado (bom) fica diminuída. Isso 
acontece, pois as plantas que vivem na água também respiram ao anoitecer (quando não há 
luz), sendo assim reduz ainda mais a quantidade de oxigênio dentro da água, dificultando a 
respiração dos peixes, que vão para parte de cima do tanque à procura de ar. Para resolver isso, 
basta alterar o momento de ligação dos aeradores (que colocam “ar renovado” na água); é 
necessário ligar quando não há mais luz do sol, promovendo conforto aos animais e evitando 
que eles subam até a superfície da água para tentar respirar. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
FIGUEIREDO, Henrique César Pereira; LEAL, Carlos Augusto Gomes. Tecnologias aplicadas 
em sanidade de peixes. R. Bras. Zootec., Viçosa , v. 37, n. spe, p. 8-14, July 2008 . 
Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
35982008001300002&lng=en&nrm=iso>. access on 12 Dec. 2018. 
http://dx.doi.org/10.1590/S1516-35982008001300002. 
DIAS, Marcos Tavares. Manejo e sanidade de peixes em cultivo. Embrapa Amapá, Livro 
técnico- Infoteca. Amapá, 2009. 
VIEIRA, Bruna Horvath; PEREIRA, Ricardo Henrique Gentil; DERBÓCIO, Alice Maria. 
ANÁLISE QUALITATIVA DA COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA DE UM 
ECOSSISTEMA AQUÁTICO UTILIZADO PARA O CULTIVO DE PEIXES EM TANQUE-
REDE, PANTANAL DE MIRANDA, MS. Departamento de Biociências, Universidade 
Federal de Mato Grosso do Sul. Aquidauana, 2009. 
MACEDO, Carla Fernandes; SIPAÚBA-TAVARES, Lúcia H.. EUTROFIZAÇÃO E 
QUALIDADE DA ÁGUA NA PISCICULTURA: CONSEQUÊNCIAS E 
RECOMENDAÇÕES. Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas - Universidade 
Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Centro de Aquicultura da UNESP - Universidade 
Estadual Paulista. Cruz das Almas, 2010. 
AMÉRICO, Juliana Heloisa Pinê; TORRES, Nádia Hortense; MACHADO, Angela Aparecida; 
CARVALHO, Sérgio Luís. PISCICULTURA EM TANQUES-REDE: IMPACTOS E 
CONSEQUÊNCIAS NA QUALIDADE DA ÁGUA. Revista Científica ANAP Brasil, v. 6, n. 
7, jul. 2013, p. 137-150. 
SILVEIRA, Ulisses Simon; LOGATO, Priscila Vieira Rosa; PONTES, Edvânia da Conceição. 
FATORES ESTRESSANTES EM PEIXES. Revista Eletrônica Nutritime, v.6, nº4, p.1001-
1017 Julho/Agosto, 2009. 
PEDRAZZANI, Ana Silvia; MOLENTO, Carla Forte Maiolino; CARNEIRO, Paulo César 
Falanghe; CASTILHO, Marisa Fernandes. SENCIÊNCIA E BEM-ESTAR DE PEIXES: UMA 
VISÃO DE FUTURO DO MERCADO CONSUMIDOR. Panorama da AQUICULTURA, 
julho/agosto, 2007. 
KUBITZA, Fernando. Manejo na produção de peixes: Boas práticas nas despescas, manuseio e 
classificações dos peixes. Revista: Panorama da AQUICULTURA, vol. 19, nº113, p. 14-23, 
maio/junho, 2009.

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