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Aparelho reprodutor masculino e feminino. HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA SDE3907 TATIANA M. F. CASARINO CORDEIRO Aparelho reprodutor masculino O desenvolvimento é inic iado a part ir do momento em que o ovócito (óvulo) é fertilizado pelo espermatozoide. Aparelho reprodutor masculino Constituição: • Testículos; • Ductos genitais; • G l â n d u l a s acessórias; • Pênis. Aparelho reprodutor masculino Testículos • Cada test ículo é envolvido por uma cápsula f ibrosa denominada de túnica albugínea. Desta, partem septos incompletos para o interior do testículo formando cavidades –Lóbulos. • Os lóbulos são ocupados por cordões chamados de túbulos seminíferos. • Os testículos dividem-se em cerca de 250 lóbulos testiculares, cada lóbulo possui 1 a 4 túbulos seminíferos muito enrolados e compactados e inseridos num tecido rico e vasos sanguíneos. Aparelho reprodutor masculino túnica albugínea túbulos seminíferos Aparelho reprodutor masculino Túbulos seminíferos: • São estruturas enoveladas que se iniciam em fundo cego e terminam em curtos tubos chamados de retos que comunicam-se com a rede testicular. • São constituídos por uma parede chamada de epitélio germinativo onde irá ocorrer a produção dos gametas sexuais masculinos. Aparelho reprodutor masculino Epitélio germinativo: Corte histológico de testículo evidenciando túbulos seminíferos e tecido conjuntivo ao redor. Túbulos seminíferos Tecido conjuntivo frouxo com vasos, nervos e Células de Leydig Essas células são estimuladas pelo hormônio luteinizante (LH) por volta da puberdade e passa a produzir: testosterona, androstenediona e dehidroepiandrosterona (DHEA). Aparelho reprodutor masculino • São poligonais e eosinófilas. • Possuem um núcleo arredondado e vesicular. Contém também vesículas lipídicas. • Formam-se durante a 16ª e a 20ª semana de gestação e estão dormentes até à puberdade. Aparelho reprodutor masculino Espermatogênese Dentro do epitélio germinativo existem duas células: • Células de Sertoli • Células da linhagem espermatogênica . Aparelho reprodutor masculino Células de Sertoli • São piramidais e envolvem parcialmente as células da linhagem espermatogênica. • Dão suporte, proteção e suprimento nutricional aos espermatozoides em desenvolvimento. • Fagocitam o excesso de citoplasma durante a espermiogênese. • Secretam continuamente um fluido carreador dos espermatozoides. Aparelho reprodutor masculino Células de Sertoli • Produzem o hormônio antimülleriano – regressão dos ductos de Müller e indução de estruturas derivadas dos ductos de Wolf. Desenvolvimento do sexo masculino. • Formação da barreira hematotesticular. • São estimuladas pelo hormônio testosterona das células de Leydig. Aparelho reprodutor masculino Aparelho reprodutor masculino Epidídimo Aparelho reprodutor masculino Canal Deferente Ou ducto deferente é um canal muscular que conduz os espermatozóides a partir do epidídimo, que é o local onde eles são armazenados após serem produzidos nos testículos Aparelho reprodutor masculino Aparelho reprodutor masculino Vesícula seminal • Produzem secreção amarelada rica em: frutose, prostaglandina e proteínas – fonte de energia para os espermatozoides. • Constitui 70% do volume seminal. • Sua função é regulada pela testosterona. Aparelho reprodutor masculino Próstata Aparelho reprodutor masculino Próstata • O antígeno específico da próstata (prostate spicific antigen, PSA) é um produto específico da próstata secretado no sangue e sua concentração aumenta na presença de tumores malignos Aparelho reprodutor masculino Curiosidade • Geralmente quando o câncer de próstata está presente o nível do PSA está acima de 4 ng/ml. • Entretanto, um nível abaixo desse valor não significa que o câncer não exista. • Quase 15% dos homens com PSA abaixo de 4 ng/ml são diagnosticados com câncer de próstata na biópsia. • Os homens com nível de PSA na faixa de 4 ng/ml a 10 ng/ml, têm chance de 1 em 4 de ter a doença. Se o PSA se encontra acima de 10 ng/ml, a probabilidade de ter câncer de próstata é superior a 50%. Aparelho reprodutor masculino Curiosidade O nível de PSA pode estar aumentado por outras razões, como: • Aumento de tamanho da próstata: hiperplasia prostática benigna, ou um aumento não canceroso da próstata comum em homens idosos. • Idade: os níveis de PSA normalmente aumentam lentamente à medida que o homem envelhece. • Infecção ou inflamação da próstata. • A ejaculação pode causar aumento do PSA por um tempo curto, que cai logo em seguida. • Andar de bicicleta. • Alguns procedimentos urológicos. • Estimulação constante da próstata. Aparelho reprodutor masculino Glândulas Bulbouretrais (Cowper) • Re s p o n s áv e l p e l a s e c r e ç ã o do fluido pré-ejaculatório que integra em cerca de 5% o fluido seminal. • Esse f luido v iscoso faci l i ta a relação sexual, devido ao caráter lubrificante que apresenta. Aparelho reprodutor masculino Pênis Formado pela uretra e 3 corpos cilíndricos de tecido erétil: • Dois corpos cavernosos – corpo cavernoso dorsal do pênis. • Um corpo cavernoso da uretral ou corpo esponjoso – na sua extremidade distal se dilata e forma a glande do pênis. Ao longo da uretra peniana se encontram as glândulas de Littré – secretam muco. Aparelho reprodutor masculino Pênis Ereção – Quando os corpos cavernosos se enchem de sangue. A glande é rica em terminações nervosas e sensível à estimulação sexual. Aparelho Reprodutor Feminino Órgão internos A vulva, chamada por alguns de pudendo feminino Clitóris – tecido erétil. Ele se enche de sangue e incha durante a excitação sexual. É considerado um órgão similar ao pênis no homem. Revestido por epitélio estratificado pavimentoso. Órgão Externo - VULVA fina membrana altamente vascularizada chamada de hímen. é um canal de 9 a 10 centímetros de comprimento por 3 centímetros de diâmetro Glândulas de Bartholin produzem um líquido que serve para lubrificar a vagina e facilitar a penetração do pênis. Formado de pele e tecido adiposo Limites laterais da vulva. Superfície externa coberta de pelos e interna com glândulas sebáceas. Possui musculo liso, tecido adiposo, nervos, vasos e outras glândulas Epitélio Estratificado Pavimentoso Queratinizado Desprovidos de Gordura Parte do clitóris até a região inferior Vestíbulo Onde se abre o orifício da vagina monte de vênus – monte pubiano Aparelho Reprodutor Feminino Aparelho Reprodutor Feminino Vagina • Órgão de cópula da mulher; • Tu b o f i b ro m u s c u l a r – fo r m a d a basicamente por músculo; • Revestido por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado; • Presença do hímen no orifício vaginal; • A medida que a parede da vagina sobe para o útero a parede vai se tornando mais larga. Aparelho Reprodutor Feminino Citologia Esfoliativa Observação dos tipos celulares formam o tecido da vagina e do colo do útero. •Estado hormonal da paciente. •Observação de células cancerosas Aparelho Reprodutor Feminino • O útero é um órgão oco com forma e tamanho semelhantes a uma pera (piriforme). • Suas paredes internas são revest idas pelo endométrio, que cresce durante o ciclo ovulatório, descamando-se ao final dele (quando não ocorre gravidez), sendo eliminado como fluido menstrual. • A parede uterina tem 2,5 cm de espessura e é composta por músculos que se dilatam durante a gravidez. Aparelho Reprodutor FemininoÚtero • Órgão muscular oco; • Pelve menor – local onde o útero se encontra em mulheres não grávidas; • Posição Antivertida – inclinada para frente e para cima e relação ao eixo da vagina; • Posição Antifletida – curvada anteriormente em relação ao colóm. • Lembre-se: a posição varia visto que fica acima da bexiga e este se enche de urina. Aparelho Reprodutor Feminino • Corpo – 2/3 superiores e encontra o istmo (mais estreito); • Colo – 1/3 possui a porção supra vaginal e vaginal (colo do útero). Útero Hisotologicamente • Compo sto por três cam adas Perimétrio é a camada mais externa, constituída por tecido conjuntivo. Miométrio é camada intermediária, constituída de musculatura lisa. O miométrio possibilita as contrações no momento do parto. Durante a gestação as fibras lisas aumentam de número e tamanho. Endométrio é a camada mais interna formada de tecido epitelial altamente vascularizado. Ele reveste toda a cavidade uterina. Cérvice úterina - Colo uterino • A estrutura histológica dessa região difere do resto do útero. A mucosa é revestida por um epitélio colunar simples secretor de muco. • A cérvix possui poucas fibras de musculatura lisa consistindo, aproximadamente, 85% de tecido conjuntivo denso. • A mucosa da cérvix contém as glândulas mucosas cervicais, que se ramificam intensamente. Esta mucosa não passa por mudanças aparentes durante o ciclo menstrual da mulher, não descamando durante esse período. Cérvice úterina - Colo uterino • As secreções cervicais possuem um importante papel na fertilização. Na época da ovulação, as secreções mucosas são mais fluidas, facilitando assim a penetração do esperma no útero. Na fase l ú t e a o u n a g e s t a ç ã o , o n í v e i s de progesterona alteram a secreção de modo que elas tornam-se mais v iscosas e previnem a p a s s a g e m d o e s p e r m a , a s s i m c o m o d e microrganismos, para o interior do útero. Ovários • As gônadas femininas são os ovários, que medem cerca de 3 cm de comprimento e são encontrados na região das virilhas. São eles os responsáveis pela produção dos gametas femininos, os óvulos, a p a r t i r d o p r o c e s s o c h a m a d o de ovogênese ou ovulogênese. Ovários Os ovários são constituídos de: • Córtex – Folículos em diferentes estágios de desenvolvimento e células hilares (semelhantes a de Leydig). • Medula – Células estromais, células hilares, fibras de músculo liso, vasos e nervos. • Hilo – Onde penetram vasos e nervos. Ovário • Síntese de estrógenos e progesterona. • Maturação dos ovócitos e ovocitação – formação dos folículos ovarianos (córtex ovariano). Folículos Ovarianos • Antes puberdade: Folículos primordiais. • Puberdade: os folículos primordiais passam a folículos primários – completam a primeira fase da meiose. • Secreção de líquido folicular pelas células da granulosa – cavidade – crescimento. • Folículos secundários). Folículos Ovarianos Ovário – corte histológico Ciclo menstrual normal • Costuma durar entre 25 e 30 dias, • O ciclo menstrual na mulher adulta possui uma média de 28 dias. Importante ressaltar que as modificações que ocorrem no útero e que levam a descamação do endométrio (período menstrual) são regidas pelas alterações que ocorrem nos ovários – ciclo ovariano. •Ciclo ovariano – período entre duas ovulações sucessivas. •Ciclo uterino – alterações no útero que acompanham o ciclo ovariano para que haja implantação do embrião. Ciclo menstrual normal Compreende 3 fases: •Fase folicular – pré-ovulatória (9 a 23 dias). Desenvolvimento final do folículo ovariano. Predomínio do estrogênio. •Fase ovulatória – ocorre pico dos hormônios LH e FSH e ocorre a ovulação (1 a 3 dias). •Fase lútea – se inicia após a ovulação em que predomina a progesterona (14 dias) e termina com a menstruação. Ciclo menstrual normal Fase folicular: essa fase começa no primeiro dia da menstruação e dura até o dia da ovulação. Normalmente ela dura entre 09 e 16 dias e tem esse nome por ser a época em que os folículos ovarianos crescem e começam a preparar o corpo para uma possível gravidez. Há um aumento da produção do hormônio folículo estimulante (FSH), que faz com que os folículos que contém os óvulos se desenvolvam. produzem os estrógenos, que ao chegar no pico máximo de produção, o corpo deixa de produzir FSH. É nesse momento que ocorre a ovulação, ou seja, o folículo se rompe e o óvulo sai em direção as trompas. Aí começa a fase lútea. Endométrio - Fases do ciclo menstrual Fase proliferativa: inicia-se com o crescimento rápido dos folículos ovarianos – iniciam a produção de estrógenos que estimulam a proliferação do endométrio (passa de 0,5 mm para 3 mm de espessura). Ciclo menstrual normal Fase Lútea ou Secretória: essa fase ocorre após a ovulação, quando os hormônios femininos começam a reduzir gradativamente sua concentração no organismo. O folículo começa a produzir progesterona, mas se ele não for fecundado, a quantidade desse hormônio cai também, junto com os estrógenos - isso sempre acontece em 14 dias. Quando a gravidez não ocorre, é nessa fase que as paredes do útero descamam e a mulher menstrua. Portanto, quem determina a duração do ciclo é a fase folicular, Endométrio - Fases do ciclo menstrual Fase secretória ou lútea: Máxima espessura (5mm). Endométrio - Fases do ciclo menstrual Fase menstrual: se não houver implantação o corpo lúteo entra em atresia e deixa de produzir progesterona. Os níveis de estrógenos e progesterona diminuem provocando retração das artérias que nutrem a camada funcional. Ocorre isquemia e necrose dessa região - Descamação Ciclo menstrual normal Ruptura da parede do folículo maduro com a liberação do ovócito. Ocorre quando o hormônio hipofisário LH (hormônio luteinizante) atinge o seu pico Após a ovocitação as células restantes do folículo irão se transformar em corpo lúteo pela ação do LH. Passarão, então, a secretar progesterona. Avaliação de rendimento esportivo x ciclo menstrual Ciclo menstrual normal PUBERDADE Estimula o desenvolv im ento dos fo lículos ovarianos FSH Estim ula a ovula玢 o LH ADENO HIPÓ FISE Libera玢 o de gonadotrofinas HIPO TÁLAMO Fatores liberadores de gonadotrofinas Hormônios Femininos hormônio foliculotrófico ou folículo- estimulante hormônio luteinizante Ciclo Hormonal Retirado de: http://www.ufrgs.br/espmat/disciplinas/midias_digitais_II/modulo_II/fisiologia2.htm Se houver implantação do embrião no útero, as células trofoblásticas (embrião) produzem gonadotrofina coriônica que estimula o corpo lúteo a continuar produzindo progesterona. Reação decidual ou da decídua – os fibroblastos da lâmina própria acumulam glicogênio e passam a exibir características de células produtoras de proteínas. Endométrio A- Sincíciotrofoblasto B- Citotrofoblasto C- Hipoblasto D- Cavidade Aminiótica E- Epiblasto Tubas Uterinas • Também chamadas de ovidutos ou ainda; trompas de Falópio, comunicam-se com a parte superior do útero e possuem suas extremidades mais largas e repletas de franjas. No interior das tubas uterinas há células com cílios, cujos batimentos criam uma corrente de sucção que atrai, para o interior da tuba uterina, o óvulo liberado pelo ovário. Anatomia das Trompas Parte Uterina: localiza-se na parede do útero Corresponde à porção medial, menos calibrosa e menos móvel do órgão; onde em geral ocorre a fecundação. É a parte mais longa e calibrosa extremidade da tuba, que se abre próximoao ovário. espécies de franjas que se abrem na cavidade do peritônio por meio de uma abertura denominada óstio abdominal. Fisiologia das Trompas • Quando um ovócito é liberado pelo ovário, ele logo é captado pelas f ímbrias. A fecundação ocorre geralmente na ampola, quando os espermatozoides alcançam a tuba. • Fecundado ou não, o movimento do óvulo até o útero é mediado por células ciliadas do epitélio interno e por peristaltismo da túnica muscular. Esse processo leva de três a quatro dias. • Há casos em que o óvulo fixa-se na tuba, ocorrendo a gravidez ectópica. Referências Moore K L., Persaud T. V. N. Embriologia Clínica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Moore, K. Embriologia Básica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Sadler, T. W. Langman: Embriologia Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. Junqueira, L. C.; Carneiro, J. Histologia Básica. 11. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan., 2008. 1) Fase folicular A fase folicular começa no primeiro dia da menstruação, ou seja, no primeiro dia do ciclo. No início desta fase, os hormônios estrogênio e progesterona estão baixos e o útero está menstruando, apesentando uma parede (endométrio) bem fina. O ovário nesta fase está em repouso. Neste momento, a glândula pituitária (hipófise), que se localiza no sistema nervoso central, começa a aumentar a produção de um hormônio chamado hormônio folículo estimulante (FSH), que como o próprio nome diz, estimula os folículos do ovário. Abro aqui um rápido parênteses. Ao contrário dos homens que produzem seus espermatozóides continuamente, as mulheres nascem com um número contado de óvulos. São cerca de 450.000 e eles ficam estocados nos ovários, na forma imatura, dentro dos folículos ovarianos. Na presença do FSH, os folículos começam a se desenvolver, crescendo e amadurecendo. Sete dias após o início do ciclo, é possível detectar na ultrassonografia do ovário vários folículos medindo entre 9 e 10 milímetros. Estes folículos, agora, começam a produzir estrogênio. Conforme os níveis de estrogênio vão crescendo, um dos folículos se torna dominante, se desenvolvendo mais rápido que os outros, que na verdade, param de crescer e começam a involuir. O folículo dominante cresce cerca de 2 milímetros por dia até o tamanho final de 20 a 26 mm, quando completa seu desenvolvimento. Este folículo dominante é quem vai liberar o óvulo no momento da ovulação. Além do desenvolvimento do folículo dominante, o estrogênio também age sobre o útero, preparando-o para uma eventual gravidez. A membrana da parede do útero, chamada de endométrio, começa a se proliferar, adquirindo camadas, tornando-se, assim, mais espessa. 2) Fase Lútea O pico de estrogênio ocorre 1 dia antes da ovulação. No momento de concentração máxima do estrogênio, outro hormônio da hipófise é liberado, o hormônio luteinizante (LH). Estamos agora exatamente no meio do ciclo, 14º dia em casos de ciclos menstruais de 28 dias. O pico de estrogênio e surgimento do LH, fazem com que a mulher comece a produzir um muco viscoso, chamado de muco fértil, que favorece a mobilidade dos espermatozoides. A liberação do LH completa o processo de maturação do folículo dominante, e aproximadamente 36 horas após a sua liberação, ocorre o rompimento do folículo e a liberação do óvulo, ou seja, a mulher ovula. Clique na imagem ao lado para ampliar a tabela do ciclo menstrual. Algumas mulheres apresentam dor no momento da ovulação pela irritação do peritônio após o rompimento do folículo ovariano. Esta dor se localiza na parte inferior do abdômen, no lado do ovário que ovulou. Esta dor pode durar algumas horas e costuma ser cíclica, ocorrendo praticamente tod0 mês. Esta síndrome recebe o nome de mittelschmerz, que significa dor do meio (do ciclo), em alemão. Logo após o pico de LH que induz a ovulação, a temperatura corporal da mulheres se eleva discretamente, cerca de 0,5ºC, permanecendo assim por mais 10 dias. A medicação da temperatura é um método bom para saber retrospectivamente se a mulher ovulou recentemente, mas essa subida costuma ocorrer tardiamente em relação a ovulação, não servindo para indicar o momento certo da relação sexual. Corpo lúteo Logo antes da ovulação, as células ao redor do folículo ovariano, sob influência do LH, começam a formar o corpo lúteo, estrutura responsável pela produção de estrogênio e, principalmente, progesterona. Quando a mulher ovula, o óvulo é liberado em direção às trompas, permanecendo apenas o corpo lúteo no ovário. Durante toda a parte final do fase lútea, o corpo lúteo permanece produzindo a progesterona, que age inibindo a secreção de LH pela hipófise. No útero, a progesterona age interrompendo a proliferação do endométrio. Na verdade, a progesterona organiza as camadas da mucosa tornando-a mais homogênea, deixando-a rica em fluídos e nutrientes para o potencial feto. Quando se faz um ultra-som do útero na fase proliferativa do ciclo, é possível detectar 3 camadas distintas de endométrio. Quando o mesmo exame é feito na fase lútea, não há mais essa distinção e o endométrio encontra-se todo uniforme, pronto para receber o óvulo fecundado. Como a progesterona inibe o LH, se o óvulo não for fecundado, a queda do LH faz com que o corpo lúteo começa a involuir, o que por sua vez provoca a queda na produção de progesterona e estrogênio pelo mesmo. Sem esses hormônios a grossa parede do endométrio não mais se sustenta, seu suprimento de sangue é cortado, e ela acaba por desabar, caracterizando a menstruação e reiniciando o ciclo na fase folicular. A ovulação ocorre 14 dias antes do primeiro dia da próxima menstruação. Portanto, se você menstruou, conte 14 dias para trás e saberá quando ovulou. Se o óvulo for fecundado, o embrião começa a produzir um hormônio chamado gonadotropina coriônica, responsável por manter o corpo lúteo e a produção de progesterona ativos.
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