Prévia do material em texto
Palestrante: Danilo Carneiro 04 de outubro de 2008. Curso: Fitoterapia na saúde da Mulher CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS RESOLUÇÃO No- 402, DE 30 DE JULHO DE 2007 Regulamenta a prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas, e dá outras providências. O Conselho Federal de Nutricionistas, no exercício das competências previstas na Lei n° 6.583, de 20 de outubro de 1978, no Decreto n° 84.444, de 30 de janeiro de 1980 e no Regimento Interno aprovado pela Resolução CFN n° 320, de 2 de dezembro de 2003, e tendo em vista o que foi deliberado na 186ª Sessão Plenária, Ordinária, realizada nos dias 16 e 17 de junho de 2007; e CONSIDERANDO que a fitoterapia tem grande interface com a Nutrição e que as plantas medicinais têm finalidades terapêuticas, bioativas e em alguns casos funções nutricionais evidenciadas cientificamente por estudos específicos; CONSIDERANDO que órgãos internacionais, em especial a Organização Mundial de Saúde vêm reconhecendo, valorizando e incentivando o uso de plantas medicinais e fitoterápicos dentro dos serviços públicos de saúde; CONSIDERANDO que a II Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional realizada em 2004, ratificou o valor das plantas medicinais e fitoterápicos na saúde da população; CONSIDERANDO o reconhecimento crescente do Ministério da Saúde e o uso da Fitoterapia nas áreas de plantas medicinais e fitoterápicos, nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS em diversos Estados e Municípios; CONSIDERANDO a Portaria do Ministério da Saúde no- 971, de 03/05/2006, que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, que inclui plantas medicinais e fitoterapia com um caráter de atuação multidisciplinar no SUS; CONSIDERANDO o Decreto Presidencial no- 5.813, de 22/06/06, que aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências; CONSIDERANDO que o uso das plantas medicinais e fitoterápicos deve se dar de forma segura e eficaz, buscando promover o uso sustentável da biodiversidade brasileira; CONSIDERANDO as informações levantadas e avaliadas pelo Conselho Federal de Nutricionistas sobre o tema desde julho de 2002, com a criação, em janeiro de 2004, do Grupo Técnico Nacional de Terapias Complementares, que inclui a fitoterapia; CONSIDERANDO que a prática da prescrição das plantas e drogas vegetais constitui estratégia complementar à prescrição dietética elaborada pelo Nutricionista; CONSIDERANDO o art. 2o- , o inciso VI do art. 6o- e os incisos IV e X do art. 7o- , da Resolução CFN no- . 334/2004, que dispõe sobre o Código de Ética do Nutricionista; CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar a prática da prescrição fitoterápica, para uma atuação ética e a qualidade na prestação de serviços individuais ou coletivos; RESOLVE: Art. 1o- . Regulamentar a prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas. Art. 2o- . Considera-se para os fins desta Resolução as seguintes definições: Fitoterapia: terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal. Fitoterápico: é o produto obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais, caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecno-científicas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Plantas Medicinais: todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semi- sintéticos. Droga Vegetal: planta medicinal ou suas partes após processo de coleta, estabilização e secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. Pós: plantas cortadas e depois moídas. Os pós devem ser empregados na obtenção de extratos ou algumas vezes podem ser usados como tal. Infuso: preparação extrativa que resulta do contato da planta com água fervente. Indicado para folhas e flores. Decocto: preparação extrativa onde os princípios ativos são extraídos com água até a ebulição. Mais indicado para raízes, cascas e rizomas. Macerado: Preparação extrativa realizada a frio, que consiste em colocar a parte da planta dentro de um recipiente contendo água, álcool ou óleo. Ao fim do tempo previsto, filtra-se o líquido. Extratos: São preparações líquidas, sólidas ou semi-sólidas obtidas pela extração de drogas vegetais frescas ou secas, por meio líquido, extrator adequado, seguida de uma evaporação total ou parcial e ajuste do concentrado a padrão previamente estabelecido. Tintura: extração hidroalcóolica, onde se utiliza sempre a planta seca na proporção de 20% (vinte por cento). Alcoolatura: extração hidroalcóolica, onde se utiliza sempre a planta fresca na proporção de 50% (cinqüenta por cento). Nomenclatura botânica: gênero e espécie. Art. 3o- . A Prescrição Fitoterápica é parte do procedimento realizado pelo Nutricionista na prescrição dietética que deverá conter, obrigatoriamente: I – nomenclatura botânica, sendo opcional o nome popular; II - parte usada; III - forma farmacêutica/modo de preparo; IV - tempo de utilização; V - dosagem; VI - freqüência de uso; VII - horários. Parágrafo único. As formas farmacêuticas permitidas para o uso pelo profissional nutricionista são exclusivamente as de uso oral, tais como: I - infuso; II - decocto; III - tintura; IV - alcoolatura; V - extrato. Art. 4o- . O Nutricionista terá total autonomia para prescrever os produtos objetos desta Resolução, quando julgar conveniente a necessidade de complementação da dieta de indivíduos ou grupos, atuando isoladamente ou como membro integrante de uma equipe multiprofissional de saúde. Parágrafo Único. O Nutricionista, quando integrante da equipe multiprofissional de saúde, poderá contribuir com orientações técnicas para a utilização de produtos fitoterápicos sob prescrição médica, no que se refere às possíveis interações entre estes produtos e os alimentos, bem como no melhor aproveitamento biológico da dieta prescrita. Art. 5o- . O Nutricionista, quando prescrever os produtos objetos da presente Resolução, deverá fazê-lo recomendando os de origem conhecida, quando industrializados, com rotulagem adequada às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, e, quando in natura, que o consumidor observe as condições higiênico-sanitárias da espécie vegetal prescrita. Art. 6o- . O Nutricionista não poderá prescrever aqueles produtos cuja legislação vigente exija prescrição médica. Art. 7o- . O Nutricionista somente poderá prescrever aqueles produtos que tenham indicações terapêuticas relacionadas ao seu campo de conhecimento especifico. Art. 8o- . O Conselho Federal de Nutricionistas recomenda que o Nutricionista, que optar por utilizar em suas prescrições os produtos objetos desta Resolução, seja devidamente capacitado. Art. 9o- . Os casos omissos nesta Resolução serão resolvidos pelo Plenário do Conselho Federal de Nutricionistas. Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. RESOLUÇÃO - RE Nº 89, DE 16 DE MARÇO DE 2004 LISTA DE REGISTRO SIMPLIFICADO DE FITOTERÁPICOS Aesculus hippocastanum L. Nome popular : Castanha da Índia Parte usada : Sementes Padronização/Marcador : Escina Formas de uso : Extratos Indicações / Ações terapêuticas : Fragilidade capilar, insuficiência venosa Dose Diária : 32 a 120 mg de escina Via de Administração : OralRestrição de uso : Venda sem prescrição médica Allium sativum L. Nome popular :Alho Parte usada : Bulbo Padronização/Marcador : Aliina ou Alicina Formas de uso : Tintura, óleo, extrato seco Indicações / Ações terapêuticas : Coadjuvante no tratamento da hiperlipidemia e hipertensão arterial leve; prevenção da aterosclerose Dose Diária : Equivalente a 6-10 mg aliina Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Aloe vera ( L.) Burm f. Nome popular : Babosa ou áloe Parte usada : folhas - gel mucilaginoso Padronização/Marcador : 0,3% polissacarídeos totais Formas de uso : Creme, gel Indicações / Ações terapêuticas : Tratamento de queimaduras térmicas (1o e 2o graus) e de radiação Dose Diária : Preparação com 35 a 70% do gel duas vezes ao dia Via de Administração : Tópico Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Arctostaphylos uva-ursi Spreng. Nome popular : Uva-ursi Parte usada : Folha Padronização/ Marcador : Quinonas calculadas em arbutina Formas de uso : Extratos, tinturas Indicações / Ações terapêuticas : Infecções do trato urinário Dose Diária : 400 a 840 mg quinonas (arbutina) Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sob prescrição médica; não utilizar continuamente por mais de 1 semana nem por mais de 5 semanas/ano; não usar em crianças com menos de 12 anos. Calendula officinalis L. Nome popular : Calêndula Parte usada : Flores Padronização/Marcador : Flavonóides totais expressos em quercetina ou hiperosídeos. Formas de uso : Tintura, extratos Indicações / Ações terapêuticas : Cicatrizante, anti-inflamatório Dose Diária : 8,8-17,6 mg de flavonóides Via de Administração : Tópico Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Centella asiatica (L.) Urban, Hydrocotile asiatica L. Nome popular : Centela, “Gotu kola” Parte usada : Caule e Folhas Padronização/Marcador : Ácidos triterpênicos (asiaticosídeos, madecassosídeo) Formas de uso : Extrato seco Indicações / Ações terapêuticas : Insuficiência venosa dos membros inferiores Dose Diária : 6,6-13,6 mg de asiaticosídeos Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sob prescrição médica Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. Nome popular : Cimicífuga Parte usada : Raiz ou rizoma Padronização/Marcador : 27-deoxyacteína ou ácido isoferúlico Formas de uso : Extratos Indicações / Ações terapêuticas : Sintomas do climatério Dose Diária : 1-8 mg de 27-deoxyacteína Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sob prescrição médica Cynara scolymus L. Nome popular : Alcachofra Parte usada : Folhas Padronização/Marcador : Cinarina ou Derivados do ácido cafeoilquínico expressos em Ácido Clorogênico Formas de uso : Tintura, extratos Indicações / Ações terapêuticas : Colerético, colagogo Dose Diária : 7,5 mg a 12,5 mg de cinarina ou derivados Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Echinacea purpurea Moench Nome popular : Equinácea Parte usada : Caule e Folhas (partes aéreas) Padronização/Marcador : Derivados do ácido cafeico - ác. Clorogênico, ác. Chicórico Formas de uso : Extratos Indicações / Ações terapêuticas : Preventivo e coadjuvante na terapia de resfriados e infecções do trato respiratório urinário Dose Diária : 12-31 mg de ácido Chicórico Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sob prescrição médica Ginkgo biloba L. Nome popular : Ginkgo Parte usada : Folhas, partes aéreas (caule e flores) Padronização/Marcador : Extrato a 24% ginkgoflavonóides (Quercetina, Kaempferol, Isorhamnetina), 6% de terpenolactonas (Bilobalide, Ginkgolide A,B,C,E) Formas de uso : Extrato Indicações / ações terapêuticas : Vertigens e zumbidos (tinidos) resultantes de distúrbios circulatórios; distúrbios circulatórios periféricos (claudicação intermitente), insuficiência vascular cerebral Dose Diária : 80-240 mg de extrato padronizado, em 2 ou 3 tomadas ou 28,8-57,6 mg de ginkgoflavonóides e 7,20-14,4 mg de terpenolactonas. Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sob prescrição médica Hypericum perforatum L. Nome popular : Hipérico Parte usada : Partes aéreas Padronização/Marcador : Hipericinas totais Formas de uso : Extratos, tintura Indicações / Ações terapêuticas : Estados depressivos leves a moderados, não endógenos Dose Diária : 0,9 a 2.7 mg hipericinas Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sob prescrição médica Matricaria recutita L. Nome popular : Camomila Parte usada : Capítulos Padronização/Marcador : Apigenina -7 - glucosídeo Formas de uso : Tintura, extratos Indicações / Ações terapêuticas : Antiespasmódico, anti-inflamatório tópico, distúrbios digestivos, insônia leve. Dose Diária : 4 a 24 mg de Apigenina -7 - glucosídeo Via de Administração : Oral e tópico, tintura apenas tópico Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss. Nome popular : Espinheira-Santa Parte usada : Folhas Padronização/Marcador : Taninos totais Formas de uso : Extratos, tintura, Indicações / Ações terapêuticas : Dispepsias, coadjuvante no tratamento de úlcera gástrica Dose Diária : 60 a 90 mg de Taninos ao dia Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Melissa officinalis L. Nome popular : Melissa, Erva-cidreira Parte usada : Folhas Padronização/Marcador : Ácidos hidroxicinâmicos calculados como ácido rosmarínico Formas de uso : Tintura, extratos Indicações / Ações terapêuticas : Carminativo, antiespasmódico, distúrbios do sono Dose Diária : 60-180 mg de ácido rosmarínico Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Mentha piperita L. Nome popular : Hortelã-pimenta Parte usada : Folhas Padronização/Marcador : Mentol 30%-55% e mentona 14%-32% Formas de uso : Óleo essencial Indicações / Ações terapêuticas : Carminativo, expectorante, cólicas intestinais Dose Diária : óleo 0,2g a 0,8 g Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Panax ginseng C. A. Mey. Nome popular : Ginseng Parte usada : Raiz Padronização/Marcador : Ginsenosídeos Formas de uso : Extratos, tintura Indicações / Ações terapêuticas : Estado de fadiga física e mental, adaptógeno Dose Diária : 5mg a 30 mg de ginsenosídeos totais (Rb1, Rg1) Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica (utilizar por no máximo 3 meses) Passiflora incarnata L. Nome popular : Maracujá, Passiflora Parte usada : Folhas Padronização/Marcador : Flavonóides totais expressos na forma de isovitexina ou vitexina Formas de uso : Tintura, extratos Indicações / Ações terapêuticas : Sedativo Dose Diária : 25mg a 100 mg de vitexina/isovitexina Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Paullinia cupana H.B.&K. Nome popular : Guaraná Parte usada : Sementes Padronização/Marcador : Trimetilxantinas (cafeína) Formas de uso : Extratos, tinturas Indicações / Ações terapêuticas : Astenia, estimulante do SNC Dose Diária : 15 a 70 mg de cafeína Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Peumus boldus Molina Nome popular : Boldo, Boldo-do-Chile Parte usada : Folhas Padronização/Marcador : Alcalóides totais calculados como boldina Formas de uso : Tintura e extratos Indicações / Ações terapêuticas : Colagogo, colerético, tratamento sintomático de distúrbios gastrointestinais espásticos Dose Diária : 2 a 5 mg de boldina Viade Administração : Oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Pimpinella anisum L. Nome popular : Erva-doce, Anis Parte usada : Frutos Padronização/Marcador : Trans-anetol Formas de uso : Tinturas, extratos Indicações / Ações terapêuticas : Antiespasmódico, carminativo, expectorante, distúrbios dispépticos; Dose Diária : 0-1 ano: 16-45mg de trans-anetol; 1-4 anos: 32-90 mg de trans-anetol; adultos: 80-225mg de trans-anetol Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Piper methysticum Forst. f. Nome popular : Kava-kava Parte usada : Rizoma Padronização/Marcador : Kavapironas Kavalactonas Formas de uso : Extratos, tintura, Indicações / Ações terapêuticas : Ansiedade, insônia, tensão nervosa, agitação Dose Diária : 60-120 mg de kavapironas Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sob prescrição médica - utilizar no máximo por 2 meses Rhamnus purshiana DC. Nome popular : Cáscara Sagrada Parte usada : Casca Padronização/Marcador : Cascarosídeo A Formas de uso : Extratos,Tintura Indicações / Ações terapêuticas : Constipação ocasional Dose Diária : 20-30 mg cascarosídeo A Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Salix alba L. Nome popular : Salgueiro branco Parte usada : Casca Padronização/Marcador : Salicina Formas de uso : Extratos Indicações / Ações terapêuticas : Antitérmico, antiinflamatório, analgésico Dose Diária : 60-120 mg de salicina Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Senna alexandrina Mill. Nome popular : Sene Parte usada : Folhas e frutos Padronização/Marcador : Derivados hidroxiantracênicos (calculados como senosídeo B) Formas de uso : Extratos Indicações / Ações terapêuticas : Laxativo Dose Diária : 10-30 mg de derivados hidroxiantracênicos (calculados como senosídeo B) Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Serenoa repens (Bartram) J.K. Small Nome popular : “Saw palmetto” Parte usada : Frutos Padronização/Marcador : Ácidos graxos Formas de uso : Extrato Indicações / Ações terapêuticas : Hiperplasia benigna da próstata Dose Diária : 272mg a 304 mg de ácidos graxos Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sob prescrição médica Symphytum officinale L. Nome popular : Confrei Parte usada : Partes aéreas e raízes Padronização/Marcador : Alantoína Formas de uso : Extrato Indicações / Ações terapêuticas : Cicatrizante Dose Diária : Preparação com 5% a 20% da droga seca Via de Administração : Tópico Restrição de uso : Venda sem prescrição médica. Utilizar por no máximo 4-6 semanas / ano Tanacetum parthenium Sch. Bip. Nome popular : Tanaceto Parte usada : Folhas Padronização/Marcador : Partenolídeos Formas de uso : Extratos, tintura Indicações / Ações terapêuticas : Profilaxia da enxaqueca Dose Diária : 0,2-1 mg de partenolídeos Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sob prescrição médica Zingiber officinale Rosc. Nome popular : Gengibre Parte usada : Rizomas Padronização/Marcador : Gingeróis (6-gingerol, 8-gingerol, 10-gingerol, 6-shogaol, capsaicin) Formas de uso : Extratos Indicações / Ações terapêuticas : Profilaxia de náuseas causada por movimento (cinetose) e pós-cirúrgicas Dose Diária : Crianças acima de 6 anos: 4-16mg de gingeróis; adulto: 16-32mg de gingeróis Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Valeriana officinalis Nome popular : Valeriana Parte usada : Raízes Padronização/Marcador : Sesquiterpenos (ácido valerênico, ácido acetoxivalerênico) Formas de uso : Extrato, tintura Indicações / Ações terapêuticas : Insônia leve, sedativo, ansiolítico Dose Diária : 0,8-0,9 mg de sesquiterpenos Via de Administração : Oral Restrição de uso : Venda com prescrição médica Mikania glomerata Sprengl. Nome popular : Guaco Parte usada : Folhas Padronização/Marcador : cumarina Formas de uso : Extrato, tintura Indicações / Ações terapêuticas : Expectorante, broncodilatador Dose Diária : 0,525-4,89 mg de cumarina Via de Administração : oral Restrição de uso : Venda sem prescrição médica Hamamelis virginiana Nome popular : Hamamelis Parte usada : Folha Padronização/Marcador : Taninos Formas de uso : Extrato, tintura Indicações / Ações terapêuticas : Hemorróidas - uso interno; hemorróidas externas, equimoses - uso externo Dose Diária : 160-320 mg taninos Via de Administração : Oral e tópica Restrição de uso : Venda com prescrição médica Polygala senega Nome popular : Polígala Parte usada : Raízes Padronização/Marcador : Saponinas triterpenicas Formas de uso : Extrato, tintura Indicações / Ações terapêuticas : Bronquite crônica, faringite Dose Diária : 18-33 mg de saponinas triterpenicas Via de Administração : Oral Restrição de uso : Sem prescrição médica Eucalyptus globulus Nome popular : Eucalipto Parte usada : Folhas Padronização/Marcador : Cineol Formas de uso : Óleo , extrato, tintura Indicações / Ações terapêuticas : Antisséptico e antibacteriano das vias aéreas superiores; expectorante Dose Diária : 14 - 42,5 mg cineol Via de Administração : Oral Restrição de uso : Sem prescrição médica Arnica Montana Nome popular : Arnica Parte usada : Sumidades floridas Padronização/Marcador : Lactonas sesquiterpênicas totais Formas de uso : Extrato, tintura Indicações / Ações terapêuticas : Equimoses, hematomas, contusões em geral Dose Diária : Tintura: 1 mg/ml de lactonas sesquiterpênicas, diluir de 3 a 10x; Cremes e pomadas : 0,20-0,25 mg/mg de lactonas sesquiterpênicas; Via de Administração : Tópica Restrição de uso : Venda sem prescrição; não usar em ferimentos abertos. RACIONALIDADES MÉDICAS e FITOTERAPIA CIENTÍFICA : • RACIONALIDADES MÉDICAS • Conjunto de conhecimentos e idéias integradas entre si de maneira lógica e racional. • Corpo de saber sobre estruturas de conhecimentos relacionados ao corpo humano, à fisiologia e fisiopatologia, ao entendimento do Ser Humano e sobre como integrá-los para aliviar e curar. • A Fitoterapia Científica é uma Racionalidade Médica, uma Fitoterapia Racional, pois preconiza o uso de Plantas Medicinais com base em evidências científicas, nos paradigmas científicos válidos nos dias atuais. • FITOTERAPIA CIENTÍFICA : TEM POR OBJETIVOS : • A validação científica de plantas tradicionais. • Estudos de plantas medicinais ainda não pesquisadas. • Regulamentação e oficialização da Fitoterapia. • Inclusão da Fitoterapia nos meio acadêmico • Inserção da Fitoterapia dos Serviços Públicos de Saúde • Integração da Fitoterapia no meio científico moderno • Servir à medicina como um instrumento eficaz e eficiente, tanto na prevenção e cura de doenças como também na promoção de longevidade com saúde. • Prover medicamentos naturais, de alta efetividade e baixa toxicidade, oferecendo à medicina uma opção terapêutica segura, harmônica e confiável. • CONHECIMENTO CIENTÍFICO EM FITOTERAPIA : • O conhecimento científico em Fitoterapia é originado a partir de diversas áreas de pesquisa. • A Fitoterapia é uma ciência de caráter multi-disciplinar e inter-disciplinar. • Cada profissional dessa rede multidisciplinar tem a sua área de atuação e todas apresentam o mesmo grau de importância dentro do contexto global da fitoterapia • O que ocorreria de os profissionais de uma área resolvesse entrar e interferirnas áreas dos outros profissionais ? • Médicos manipulando remédios em seus consultórios e administrando aos pacientes .... • Farmacêuticos consultando, solicitando exames, fazendo os diagnósticos e prescrevendo... • Agrônomos orientando as questões higieno-dietéticas e nutricionais ... • Enfermeiros cuidando de classificar botanicamente as plantas ... • Odontólogos cultivando e colhendo as plantas em seus consultórios ... • Biólogos extraindo dentes e colocando compressas de plantas para não sangrar ... • Seria o caos !!! Diferentes Níveis de Evidências Científicas em Fitoterapia Nível Etnomédico Nível Etnofarmacológico Nível Farmacológico Nível Fitoquímico Nível Pré-Clínico Nível Clínico Nível de Segurança Toxicológica Nível de Controle de Qualidade Nível Metanalítico Validação Científica De Plantas Medicinais • OMS : TRADITIONAL MEDICINE PROGRAMME • Recomenda o uso da Medicina Tradicional e da Fitoterapia como um método eficiente e eficaz. (Conferência de Alma Ata - 1978). • 80% da população mundial (4 bilhões de habitantes) usam a medicina tradicional como tratamento primário. • Incentiva o estudo, pesquisa e inclusão da Fitoterapia dentro de programas sociais • Considera o uso tradicional, seguido de estudos fitoquímicos e de um efetivo controle de qualidade como suficientes para uma validação do uso das plantas. • VALIDAÇÃO CIENTÍFICA SEGUNDO A OMS : • “As diretrizes da OMS para a validação de plantas medicinais defendem o reconhecimento de que o uso histórico prolongado de uma erva em uma medicina tradicional constitui uma hipótese de segurança, a menos que alguma pesquisa científica moderna a contradiga.” (The Complete German Comission E Monographs). • RELATÓRIO DA OMS : • “No caso das medicinas tradicionais, as exigências de provas de eficácia para o tratamento de desordens menores e para indicações não-específicas, merecem algum relaxamento, levando-se em consideração a extensão do uso tradicional ; as mesmas considerações se aplicam para o uso profilático. Experiências com relatos de casos individuais feitos por médicos, terapeutas tradicionais, ou pacientes tratados devem ser levados em consideração. Onde o uso tradicional ainda não foi estabelecido, evidências clínicas apropriadas devem ser levadas em conta” . (OMS - 1991). • A COMISSÃO - E ALEMÃ : • 1976 : A República Federal da Alemanha definiu os FITOTERÁPICOS da mesma maneira que os outros remédios, considerando-se as PLANTAS MEDICINAIS como um medicamento único (apesar de sua composição química complexa --- diferentemente do que ocorre com os princípios ativos isolados). • A Agência Federal de Saúde da Alemanha (atual Federal Institute for Drugs and Medical Device) estabeleceu um comitê de experts em medicamentos fitoterápicos, composto por 24 membros propostos por associações de profissionais de saúde de diversas áreas (medicina, farmácia, farmacologia, toxicologia, bio-estatística, terapias alternativas ; e representantes das indústrias farmacêuticas . • 50% desses membros eram especialistas no campo terapêutico ou clínico. FITOTERAPIA RACIONAL / COMISSÃO - E REGRAS BÁSICAS PARA A FITOTERAPIA RACIONAL De acordo com a Comissão-E, a Fitoterapia Racional pode ser baseada em quatro regras básicas : � Relação Dose-Resposta e Estabelecimento da Dose : Os Fitofármacos, na área terapêutica, podem ser aplicados de um modo em que fique clara a relação entre a dose administrada e eficiência da resposta. Possíveis efeitos adversos dose-dependentes não deveriam ser interpretados como “efeitos homeopáticos” e nem sempre podem ser considerados como “agravações iniciais normais” nos tratamentos naturais. Devemos nos lembrar que, algumas vezes, uma variação na dose de um Fitofármaco pode produzir efeitos diferentes no organismo humano e isto pode ser devido à relação dose- resposta, que pode ser modificada com o aumento ou diminuição da dosagem daquele medicamento. Por exemplo, a Glycyrrhiza glabra (Alcaçuz da Europa) em pequenas dosagens pode não apresentar qualquer efeito terapêutico ou no máximo um alívio de irritações leves da garganta ou do estômago. Em doses terapêuticas, ele tem ação comprovada na cicatrização de úlceras gastroduodenais; mas em doses mais altas ou o uso prolongado podem provocar efeitos tipo mineralocorticóides, com retenção de sódio e água e perda de potássio, o que pode se acompanhar de hipertensão, edema e hipocalemia. � Relação Eficácia / Constituintes Químicos A eficácia (experimentalmente demonstrada por estudos clínicos) ou a eficiência (observada em um paciente em um levantamento clínico) podem ser deduzidas, na maioria dos casos, a partir dos componentes químicos do Fitofármaco. Esses constituintes químicos encontrados na planta são co- determinantes da eficiência . Na verdade, na maioria dos casos não apenas um, mas dois ou mais diferentes constituintes da planta são reconhecidamente responsáveis pela eficiência observada. Por exemplo, a atividade do Hypericum perforatum (Erva-de-São-João) no tratamento de pacientes portadores de casos leves a moderados de depressão mental é atualmente atribuída a pelo menos três tipos de substâncias encontradas nas flores a folhas : a hipericina, a hiperforina e os flavonóides. � Extrato total X Constituintes isolados - Tipicamente, os Fitofármacos constituídos por extratos padronizados compostos pelos seus componentes ativos primários, os componentes secundários e mais os cofatores (compostos acompanhantes) manifestam melhores efeitos e uma maior área de abrangência terapêutica do que medicamentos à base de compostos isolados (ou seja, drogas convencionais), além de apresentarem uma ação mais harmônica do medicamento, com menos possibilidade de reações adversas ou efeitos colaterais. Por exemplo, a Rauwolfia serpentina é uma planta cientificamente aprovada, em sua forma integral, para casos de hipertensão essencial leve, especialmente com elevada tensão do sistema nervoso simpático. Contudo a administração isolada de um dos seus mais famosos princípios ativos, a reserpina, revelou-se em pouco tempo uma terapia de difícil controle e permeada de efeitos colaterais, que atingiam os sistema circulatório, nervoso, digestivo e até o sistema imunológico. � Controle de Qualidade Farmacêutica Fitofármacos com um alto nível de qualidade farmacêutica e medicinal são o requisito básico para o sucesso da Fitoterapia. Por exemplo, alguns relatos de medicamentos fitoterápicos que produziram resultados negativos puderam ser atribuídos à administração de materiais inadequados , os quais, após exames especializados , foram considerados de baixa qualidade. PRESCRIÇÃO E USO CORRETO DE FITOTERÁPICOS : => INTEGRAÇÃO Médico/Paciente/Farmacêutico * Relação de confiança * Garantia do controle de qualidade * Fidelidade à medicação e à linha terapêutica * Acompanhamento de intercorrências * Controle e administração dos efeitos obtidos * Orientação uníssona ao paciente => FORMAS DE APRESENTAÇÃO * * Uso Interno - Chás --------------------------------------- - Tinturas (extratos hidroalcoólicos) - Xaropes ----------------------------------- - Melitos - Pós ----------------------------------------- - Cápsulas - Comprimidos ------------------------------ - Extrato seco - Ext. seco padronizado -------------------- - Ext. seco seletivo - Preparações especiais tradicionais : MTC / Ayurveda * Uso Externo - Pomadas - Cremes - Xampus - Óleos - Sprays - Supositórios - Soluções => POSOLOGIA E MODO DE PRESCRIÇÃO* Especificação da forma de apresentação * Dose * Modo de Usar * Tempo de Uso * Explicação das ações e efeitos desejados * Abordagem de efeitos indesejáveis e possíveis efeitos colaterais * Consideração das contra-indicações e relação custo-benefício => EXEMPLOS DE PRESCRIÇÃO * 1- Passiflora incarnata (extr. Seco) - 200 mg Mandar 60 cáps. Tomar 1 cápsula 2 vezes ao dia ( às refeições ) (* Uso contínuo até a próxima consulta * ) OU 1- Panax ginseng (extr. seco) - 50 mg Pfaffia paniculata (extr. Seco) - 300 mg Mandar 90 cápsulas Tomar 1 cápsula 3 vezes ao dia (7 - 13 e 19 h) ( * Continuamente por três meses * ) OU 1- Valeriana officinalis (ext. seco) - 200 mg Erythrina mulungu (pó) - 300 mg Mandar 90 cápsulas Tomar 1 cápsula 3 vezes ao dia ( 8 - 16 - 22 h) ( * Usar durante 30 dias * ) OU SEGUNDOS OUTRAS FORMAS DE APRESENTAÇÃO, EM HARMONIA COM FARMACÊUTICOS DE CONFIANÇA PARA INDICAÇÃO CORRETA DA CONCENTRAÇÕES, APRESENTAÇÕES E DOSES. MATÉRIA MÉDICA RESUMIDA DE PLANTAS COM AÇÃO NO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Jill Stansbury ANGELICA SINENSIS Nome Comum : Dong Quai, Tang Kuei Um grande número de estudos e de relatos científicos atestam a utilidade da Angelica sinensis em diversas queixas ginecológicas, incluindo infertilidade, TPM, dismenorréias, metrorragias, amenorréias, abortos repetitivos e sintomas da menopausa. Essa planta age fortemente sobre os órgãos reprodutores femininos, mas sua ação não parece ser hormonal. Atribuem-se seus efeitos muito mais a um aumento do metabolismo no útero e, especialmente, nos ovários. A Angelica sinensis estimula o metabolismo dentro dos órgão reprodutores através de um aumento da atividade celular, da utilização da glicose e a síntese do DNA. Além disso, ela age como um relaxante da musculatura lisa sobretudo, mas estimula leve e brevemente antes de relaxa-lo. Essa curiosa ação é o resultado de dois constituintes da Angelica sinensis que apresentam efeitos opostos sobre o útero.Estudos em animais (coelhos, gatos, cães) mostraram um aumento da excitabilidade do útero, mas o ritmo de contrações foi acalmado até tornar-se lento e forte, em oposição às contrações rápidas, irregulares e fracas. Por essa ação, Angelica sinensis tem sido freqüentemente usada em casos de dismenorréia e espasmos uterinos. Numerosos constituintes da Angelica sinensis são considerados antiespasmódicos, incluindo a butilidenftalida, ligustilida, and butiftalida. Além desses, a Angelica sinensis contém ácido ferúlico, que apresenta ação analgésica de grande valor nas dismenorréias. O ácido ferúlico é um antiespasmódico do útero e pode ser usado para acalmar arritimias cardíacas. A Angelica sinensis contém também o ácido nicotínico, que apresenta ação vasodilatadora. No tratamento da dismenorréia, a Angelica sinensis pode tornar o fluxo mais pesado, possibilidade que deve ser informada à paciente e deve ser levada em conta pelo médico. Por isto, muitos fitoterapeutas recomendam que a Angelica sinensis deve ser suspensa durante o período menstrual, especialmente se o fluxo menstrual já se encontra aumentado. Dose : Extrato seco : 100 a 200 mg 2 ou 3 x ao dia CIMICIFUGA RACEMOSA (RESTRITO PARA PRESCRIÇÃO MÉDICA) Nome Comum : Black Cohosh A Cimicfuga racemosa tem sido usada tradicionalmente no tratamento de várias queixas músculo-esqueléticas devidas a traumas ou reumatismos. Ela apresenta efeitos antiespasmódicos vasculares e neurálgicos, bem como uma especial ação antiinflamatória e antiespasmódica sobre o útero. Tem se mostrado muito útil na prevenção de aborto e de trabalho de parto prematuro. A Cimicfuga racemosa contém o ácido salicílico, conhecido antiinflamatório, que a torna útil em dores de origem inflamatória, bem como sobre uma variedade de sintomas ginecológicos. Apresenta um efeito estrogênico, via redução da liberação do LH pela hipófise e via uma pequena quantidade de Isoflavonas estrogênicas : formonetina. As indicações mais específicas da Cimicfuga racemosa são dirigidas a pessoas nervosas com sensação de peso nas pernas e cólicas uterinas que se manifestam na pelve e irradiam-se para as coxas. Uma vez que a Cimicifuga racemosa é també usada para sintomas artríticos e reumáticos em geral, as dores pélvicas e menstruais que apresentam característica de rigidez, dor à pressão e irradiações são especialmente cobertas por esse medicamento. Dose : Extrato seco: 1 a 8 mg de glicosídeos triterpênicos (deoxiacteína) dia , divididos em 2 a 3 tomadas. DIOSCOREA VILLOSA Nome Comum : Yam mexicano A Dioscorea villosa contém as substâncias estrogênicas diosgenina e pregnenolona. Apresenta também ação antiespasmódica e antiinflamatória, devidas em parte aos seus constituintes cortisona-like.. A diosgenina, por si mesma, é levemente antiespasmódica. A Dioscorea villosa tem sido usada no alívio de náuseas decorrentes de altos níveis hormonais. Isto se deve à competição da diosgenina pelos receptores estrogênicos. A Dioscorea villosa é especialmente indicada para contrações uterinas espásticas com náuseas, dor em peso irradiada do umbigo para for a e dores que melhoram com pressão local. A Dioscorea villosa tem sido usada na medicina tradicional chinesa como um tônico. A diosgenina tem sido usada na síntese de estrógenos e progesterona. Dose: Extrato seco : 100 a 300 mg ao dia, divididos em 2 a 3 tomadas. ELEUTHREOCOCCUS SENTICOSUS Nome Comum : Ginseng siberiano Assim como o Panax ginseng, o Eleuthrococcus senticosus tem uma ação adpatogênica e propriedades imuno-estimulantes. Tem sido muito útil para pessoas que sofrem de astenia geral, seja física ou mental. Tem sido tradicionalmente usada ao longos dos séculos por pessoas na terceira idade, mas também é muito indicado para pessoas com fadiga e situações de estresse. Atualmente existe uma crescente evidência de que o Eleuthrococcus senticosus atua diretamente sobre o hipotálamo para regular os hormônios do corpo. Dose : Extrato seco : 200 a 400 mg 2 x ao dia (de manhã e no almoço) GLYCYRRHIZA GLABRA Nome Comum : Alcaçuz-da-Europa A Glycyrrhiza glabra apresenta atividades hormonais, respiratórias, gastrointestinais, anti-virais e reguladoras da glicose. Ela contém saponinas estrogênicas e é considerada uma planta anfotérica : alguns autores incluem a Glycyrrhiza glabra como um medicamento tanto progesterônico quanto estrogênico. Ela contém substâncias cortisona-like e também inibe a quebra da cortisona pelo fígado. Uma concomitante ação pseudoaldosterona pode causar retenção hídrica e elevação da pressão sanguínea. Estudos realizados no Japão mostraram resultados positivos no tratamento da oligomenorréia devida ao aumento dos hormônios androgênicos em relação aos estrógenos. Dose : Pó : 300 a 500 mg 3 x ao dia HUMULUS LUPULUS Nome Comum : Lúpulo O Humulus lupulus tem sido classificado como um tônico amargo e um sedativo do SNC. De fato, o Humulus lupulus apresenta constituintes estrogênicos, incluindo traços de estradiol. É melhor indicado na fase folicular do ciclo menstrual e deve ser continuado por longo tempo. Pesquisas recentes revelaram quem o Humulus lupulus pode auxiliar o organismo no metabolismo de toxinas naturais. A resinaproduzida pelos estróbilos do Humulus lupulus contém lupulina, um conhecido agente calmante do SNC a útil em casos de insônia, cefaléias e sintomas emocionais da TPM devidas a ansiedade e excesso xe estimulação mental. A lupulina e outros constituintes, incluindo os humulonas e as lupulonas conferem ao Humulus lupulus um efeito antiespasmódico. Por tudo isso, o Humulus lupulus é particularmente indicado em casos de dismenorréias e insônia de origem nervosa. Dose : Pó : 100 a 250 mg 2 ou 3 x ao dia HYPERICUM PERFORATUM (RESTRITO PARA PRESCRIÇÃO MÉDICA) Nome Comum : Erva-de-são-joão, hipérico O Hypericum perforatum é uma planta medicinal anti-depressiva, sedativa e antiinflamatória, rica em flavonóides (hipericina e carotenos),taninos, Vit. C e óleos voláteis. Quanto ao uso no sistema ginecológico, o Hypericum perforatum é útil para dores pélvicas de origem tensional. A Farmacopéia Britânica de 1983 indica o Hypericum perforatum especialmente para as neuroses da menopausa. Dose : Extrato seco com 0,3 % de hipericina (Jarsin extract) : 300 a 900 mg ao dia SALVIA OFFICINALIS Nome Comum : Sálvia A Salvia officinalis é uma planta com ação carminativa, antiespasmódica e digestiva, com altos teores de Zinco. Como um agente hormonal, ela contém fitoesteróis com ação estrogênica. É considerada uma planta refrescante, bastante útil nos sintomas de fogachos da menopausa. Apresenta também ação redutora das secreções mucosas e da produção do leite materno, bem como um efeito anti-sudorífico. Muito fitoterapeutas tradicionais indicam a Salvia officinalis especialmente para casos de hemorragia uterina com sangue vermelho vivo e para cólicas uterinas que pioram com o calor e melhoram com o frio. Dose : Pó : 300 a 500 g 3 x ao dia Tintura : 30 a 50 gotas 2 ou 3 x ao dia, comágua SERENOA REPENS (RESTRITO PARA PRESCRIÇÃO MÉDICA) Nome Comum : Saw Palmetto A Serenoa repens inibe a formação da dihidro-testosterona, devido à presença de liposterol em sua composição. É um fitoterápico cientificamente aprovado para o tratamento dos sintomas da HBP. Pelos mesmos mecanismos, a Serenoa repens pode ser útil em mulheres com hirsutismo e excesso de andrógenos, tal como ocorre em certos casos de ovários policísticos. Dose : Extrato seco : 160 mg 2 x ao dia VITEX AGNUS CASTUS Nome Comum : Vitex O Vitex agnus castus promove o equilíbrio dos hormônios femininos devido muito mais à sua ação sobre o eixo hipotálamo-hipofisário do que a um efeito estrogênico propriamente dito. Essa ação central do Vitex reduz a secreção do FSH e aumenta a secreção do LH, estimulando assim o corpo lúteo e aumentando os níveis de progesterona. A ação progesterônica do Vitex é útil nos casos sintomas pré-menstruais tais como acnes e retenção hídrica. Inibe a liberação de PRL pela hipófise, principalmente em situações de stress.O Uso prolongado (acima de 3 meses) normalizar os ciclos menstruais, aliviando a hipermenorréia, metrorragia, polimenorréia , oligomenorréia, amenorréia secundária e os sintomas da TPM, tais como acnes, mastalgia e retenção hídrica. Outras indicações são : hiperprolactinemia, infertilidade devida a níveis diminuídos de progestreona ou devido à hiperprolactinemia. Dose : Extrato seco : 25 mg 2 x ao dia TRIFOLIUM PRATENSE Nome Comum : Red Clover ; Trevo Vermelho Red Clover é o extrato seco padronizado das folhas do Trifolium pratense L., espécie vegetal rica em Isoflavonas. As Isoflavonas e seus metabólitos ativam principalmente os receptores Estrogênicos tipo Beta (receptores – β), que são predominantes no cérebro, ossos e coração; por outro lado, apresentam pouca atividade sobre os receptores tipo Alfa (receptores – α), predominantes nas mamas e útero. Os quatro tipos de Isoflavonas do Red Clover aparecem rapidamente no plasma e atingem concentrações máximas em 4 a 6 horas após a tomada. O Red Clover reduz a incidência e a severidade das ondas de calor , reduz o risco de acidentes vasculares em mulheres na menopausa, especialmente por aumentar a complacência arterial sistêmica e os níveis do HDL – Colesterol, além de inibir a agregação plaquetária. Reduz a perda óssea associada à menopausa e não provoca sangramento ou espessamento endometrial e nem o aumento de peso corporal. Por todas essas ações, provou-se que ele melhora do bem-estar e da qualidade de vida das mulheres no climatério. O Red Clover está indicado no alívio dos sintomas da Pré e Peri-menopausa, no tratamento das ondas de calor e do mal-estar geral com perda de qualidade de vida relacionados ao climatério. Também na prevenção de osteoporose associada à menopausa e na prevenção de acidentes cardiovasculares associados à menopausa. As contra- indicações relatadas são : gestantes, lactantes e crianças. Quanto `as iterações medicamentosas, pode ocorrer competição pelos mesmos receptores se associado com hormônios sexuais e Tamoxifen . Pode ocorrer redução da eficácia do Red Clover se associado com antagonistas H2 , inibidores da bomba de prótons e antibióticos. Dose : extrato seco padronizado : 490 mg do extrato seco, que equivalem a 40 mg de Isoflavonas. Tomar 1 cápsula ao dia, pela manhã., sob uso contínuo. ISOFLAVONAS DA SOJA Denominação Científica: Genisteíne e Daidzeíne As Isoflavonas são é largamente utilizado na área ginecológica. Ele consiste num conjunto de substâncias naturais retiradas da soja, chamadas isoflavonas. Sua atividade é semelhante aos hormônios femininos, dentre os quais o genisteíne e o daidzeíne, que são considerados vitais para a saúde da mulher. Quando ingeridos, os fitoestrógenos da soja sofrem transformação estrutural no decorrer da digestão e são convertidos numa forma fraca de estrógeno. As Isoflavonas têm capacidade de normalizar os níveis de estrógenos circulantes, quer estejam altos ou baixos. Ao que parece, as Isoflavonas ocupam os receptores dos estrógenos e reduz a ação desses hormônios quando eles estão em excesso no organismo da mulher. Por outro lado, dietas pobres em componentes graxos provocam redução nos níveis de estrógenos, que regulam a ingestão de óleo na alimentação, como acontece com as mulheres anoréxicas e corredoras de maratonas. Isto representa um risco para a função reprodutiva feminina, assim como para os ossos e outros sistemas. As Isoflavonas são igualmente útil nestes casos devido ao seu efeito estrogênico intrínseco, que contribui para elevar a atividade estrogênica. De fato, esse grupo de mulheres normalmente se alimenta de produtos à base de soja, como o tofú, leite de soja, tempeh e outros derivados para compensar a carência de óleo na alimentação. Existem fortes evidências médicas sugerindo que o consumo diário de soja e grãos diversos, bem como frutas e vegetais que podem proteger o organismo contra numerosas doenças. A alimentação japonesa, por exemplo, é rica em produtos derivados da soja. Acredita-se que a menor incidência de sintomas da menopausa, osteoporose e cânceres estrógeno-dependentes nessa população esteja relacionada com a ingestão de isoflavonas, contidas principalmente na soja. As Isoflavonas podem ser úteis na redução da incidência de doenças do coração e nas disfunções das taxas colesterolêmicas. O extrato da soja é padronizado para conter aproximadamente 40% de isoflavonas totais, dentre as quais genisteíne e genistin estão presentes em aproximadamente 30% e daidzeíne e daidzin, em torno de 10%. As Isoflavonas também são ricos em saponinas, que são substâncias imunoestimulantes, e também é uma excelente fonte de ácido fítico, o qual se acredita quelar os íons férricos em excesso no organismo e prevenir a formação de radicais livres. A quantidade de fitoestrógenos consumidos depende do alimento ingerido,por isso a utilização de um extrato padronizado é interessante para disponibilizar concentrações constantes de isoflavonas na dieta diária. Doses: Recomenda-se a utilização de 50 a 150 mg de Isoflavonas ao dia, em uma a três tomadas. REAÇÕES ADVERSAS: Não foram encontradas em literatura consultada. OBSERVAÇÃO: É curioso saber que o extrato da soja é a única fonte de genisteíne disponível hoje. Apesar de não se encontrar citação de incompatibilidades com este produto natural, é importante lembrar da necessidade de precaução ao associar as Isoflavonas com contraceptivos e hormônios femininos. Tribulus terrestris Nome Científico : Tribulus terrestris Outras Espécies de Uso : Tribulis lenuginosus, Tribulis aeylanicus (5) Família: Zygophyllaceae Nome Comum: Gokshura Nome em outros idiomas : Inglês = Small Caltrops, Goats head, Puncture Vine, Sânscrito = Gokshura Parte Usada : Fruto Habitat : Cresce em diversas regiões de clima moderado e áreas tropicais. Constituintes Químicos : Tribulus terrestris é um hormônio não-esteroidal, propalado por incrementar os níveis de testosterona através do aumento das taxas do Hormônio Luteinizante (LH). O LH é um hormônio da hipófise que ativa a produção natural de testosterona. Realmente, estudos revelam que o Tribulus terrestris tem o potencial de aumentar a produção do LH. (2) A planta é rica em substâncias grande potencial biológico, incluindo saponinas, flavonóides, alcalóides e outros nutrientes. (2) O fruto contém alcalóides, resinas e óleo fixo (3,5 a 5,0, consistindo principalmente de ácidos insaturados), taninos, açúcares reduzidos, estreóis, um óleo essencial, nitratos, peroxidase e traços de glicosídeos e um novo flavonóide chamado de tribulosídeo. Grandes quantidades de potássio e nitrato estão também presentes nos frutos. (2) Relatou-se a presença do alcalóide Harmano na planta e da Harmina nas sementes. (2) Ações Farmacológicas : O extrato alcoólico dos frutos mostrou uma atividade anti-urolitíase. Com uma dose oral de 100mg/kg, administrada por 2 a 4 semanas, ele reduziu significativamente o peso dos cálculos urinários induzidos artificalmente em ratos albinos. Este e outros extratos inibiram quase completamente a formação de cálculos urinários. Além disso, os extratos mostraram um significante atividade diurética. (1) As principais ações descritas são : analgésica, afrodisíaca, diurética, litotríptica, tônica. (5) Indicações : (3, 4) Na medicina tradicional, a planta é indicada como • Diurético, • Tônico, • Afrodisíaco Os frutos em pó seco são usados em casos de espermatorréia, doenças do trato genito-urinário, tais como : (3, 4) • Disúria, cistite crônica, cálculos urinários, incontinência urinária. • Gota • Impotência . Na medicina Ayurvédica, é tradicionalmente usada com diversas finalidades, sendo as seguintes as principais indicações (5, 6) : • Dorsalgias, lombalgias, ciatalgia • Cistites, nefrites e outras condições genito-urinárias (disúria, cálculos urinários, hematúria, queimação uretral). • Como um diurético. • Diabetes, dificuldades respiratórias. • Gota, hemorróidas, neuralgias, reumatismos. • Tônico, afrodisíaco. • Impotência, infertilidade, debilidade seminal. Doses : Extrato seco : • Pacientes com até 60kg – 500 mg 2 x ao dia. • Pacientes de 60kg a 90kg – 750 mg 2 x ao dia. • Pacientes acima de 90kg - 1000 mg 2 x ao dia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS : 1. Santha Kumari et al. Ind. Jour. Med. Res., July 1967; 55 : 7. 2. Anand et al, Indian J. Pharmacol., 1989; 21 : 74. 3. The Wealth of Asia. P.I.D. C.S.I.R. New Delhi, 1996. (CD ROM version) 3. The Indian Materia Medica, K.M. Nadkarni , 1230 - 1231. 4. Pandith Vishwanath Bhavaprakasha, Motilal Banarasidas publication, 1988; 157. 5. http://holisticonline.com/Herbal-Med/_Herbs/h148.htm 6. CHOPRA, R. N. et als. - Glossary of Indian Medicinal Plants – Council of Scientific & Industrial Research – New Delhi - 1956