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Produção Gráfica 2 3 4

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Papéis 
Cargas minerais, colagem e celulose 
 
Cargas minerais 
Ingredientes de origem mineral como: caulim, carbonato de 
magnésio ou de cálcio, argila, gesso, amianto etc. 
 
Função = baratear o custo e dotá-los de determinadas 
características (melhorar suas condições de uso para escrita 
ou para um tipo específico de impressão, finalidade ou 
equipamento gráfico). 
 
Colagem 
Consiste na adição de resinas e similares (gelatina animal, 
amido etc.) para dificultar mais seu desfibramento e alterar 
características que as cargas minerais não conseguem 
melhorar. 
 
Existem papéis sem colagem, semicolados e colados. 
Para fabricação do papel é preciso, inicialmente, a obtenção da 
chamada pasta de celulose. 
 
1. Caules das árvores cortados em tora 
2. Passagem pelo descascador 
 
As cascas possuem muita lignina, uma resina natural bastante 
prejudicial ao papel. Sua presença na pasta de formação causa 
uma série de inconvenientes como amarelecimento e 
endurecimento prematuros do papel. 
 
Após remoção das cascas, os troncos são desfibrados 
por moagem; após a moagem, é realizada uma limpeza 
superficial do material produzido, resultando uma quantidade 
de pasta quase equivalente ao volume total de madeira usado. 
 
Utilizados em produtos de vida útil curta, como jornais. 
 
 
Caso necessite uma fibra de melhor qualidade, o processo de 
desfibramento da madeira deve ser químico e não mecânico, 
que visam a eliminar resinas e outros componentes 
indesejáveis. 
 
Posteriormente, as fibras de celulose passarão por todo um 
tratamento visando a obter seu branqueamento, sem alterar 
suas características. Esse processo reduz volume do material 
aproveitado da árvore, então, apresenta custo mais elevado, 
portanto é aplicado em papéis de melhor aparência e 
qualidade. 
 
Pigmentos » revestimentos » texturas (calandrados) 
 
 
 
 
 
Existem outras características dos papéis que são específicas 
para cada tipo fabricado: 
 
Opacidade: passagem à luz 
Maciez: compacto ou macio 
Alvura: mais ou menos branco (pode-se ainda adicionar um 
alvejante óptico à massa de formação do papel) 
 
Brancura, porosidade, alongamento, gramatura... 
 
 
 
 
 
A escolha do 
papel certo e 
da gramatura 
adequada 
Amaury Fernandes sugere uma série de questionamentos: 
 
1. Há necessidade de leitura em ambas as faces do papel? 
2. O trabalho terá impressões chapadas (muita carga de tinta)? 
3. Qual a vida útil do impresso? 
4. Como será manuseado pelo público-alvo? 
5. Quais as condições de exposição que deverá suportar? 
6. O impresso deverá acondicionar algo? De que peso? 
Protegido contra algum tipo de agressão? 
 
Cartão de visitas 
 
 
 
Timbrado 
 
 
 
Envelope 
 
 
 
Cartaz 
 
Formato e 
aproveitamento 
Lembrando que o papel pode vir 
em bobinas, folhas e resmas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Série A 
(padrão mundial) 
 
A0 - 841x1189mm 
A1 - 594x841mm 
A2 - 420x594mm 
A3 - 297x420mm 
A4 - 210x297mm 
A5 – 148x210mm 
 
 
Gráficos chamam o formato principal (no Brasil, 96x66 cm) 
de folha inteira e a primeira divisão de meia folha. 
 
Existem diversos outros formatos de papel fabricados para 
impressão e a melhor forma de saber quais estão disponíveis 
no mercado é procurar consultar fabricantes e distribuidores. 
 
É muito importante sabermos determinar corretamente o 
formato do trabalho, para calcular o aproveitamento máximo 
do papel de impressão sem que haja desperdício. 
 
Para que haja um perfeito aproveitamento do papel, é 
necessária a conjugação do formato do impresso com o 
formato do papel e com a área de impressão do equipamento. 
 
Em impressoras offset planas é necessário deixar uma área 
livre para o refile (0,5cm) e outra para a pinça da folha 
(2,5cm). 
 
 
Como calcular 
o número de folhas 
utilizadas em um 
impresso? 
 
 
 
 
Cálculo da 
lombada 
Ex. Livro de 252 páginas 
Usar a fórmula 
E : 1000 x n° de páginas do livro : 2 
 
E = espessura do papel em µm 
 
Papel StarMax L2 85 g/m2 (espessura 96 µm): 
 
96 : 1000 x 252 : 2 = 12,09 mm 
 
Lombada de 12,09 mm 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns problemas comuns 
da impressão offset plana 
 
01 
Problema: Após sua completa secagem (48 horas), a tinta impressa 
sobre cartão deixa-se arranhar com certa facilidade. 
 
Causa: Tinta não indicada ao suporte aplicado. 
 
02 
Problema: A cor da tinta impressa, quando exposta à luz, 
descora ou simplesmente desaparece. 
 
Causa: Tinta com pigmentação de baixa resistência à luz, 
ou seja, “fugitiva”. 
 
Solução: Aconselha-se utilizar tintas permanentes, quando a solidez à 
luz for necessária. Para a identificação da resistência à luz das tintas 
de impressão, faz-se necessário consultar o catálogo de cores do 
fabricante, onde a resistência está indicada; 
A solidez à luz é definida em oito níveis de resistência: 8)Excepcional; 
7)Excelente; 6)Muito Boa; 5)Boa; 4)Relativamente Boa; 3)Moderada; 
2)Pequena; 1)Muito Pequena; 
 
03 
Problema: Aderência indesejada entre as folhas de papel impressas 
que, ao serem empilhadas, se colam umas às outras. 
 
Causas: (1) Empilhamento muito alto do papel; (2) A tinta não secou 
suficientemente rápido no suporte; (3) Tinta com excessiva camada 
aplicada para atingir a intensidade desejada; (4) Papel de superfície 
muito fechada, com falta de absorção. 
 
04 
Problema: Após a secagem da tinta, o impresso apresenta 
acabamento sem uniformidade e sem brilho. 
 
Causas: (1) Tinta com excesso de aditivos; (2) com aglutinante de 
baixíssima viscosidade. 
 
Solução: Adicionar verniz brilho offset. 
05 
Problema: Formação de “olhinhos”. Defeito presente no impresso, 
com a forma de pontos cercados por áreas brancas, causados por 
partículas de tinta seca, fragmentos de borracha ou de moletom 
decomposto, sujeira do ambiente ou desprendimentos de resíduos 
indistintos acumulados, entre outros fatores. 
 
Causas: (1) Tinta com insuficiência de tack; (2) Papel contendo 
partículas soltas em sua superfície; (3) Poeira no ambiente etc. 
 
06 
Problema: “Ganho de ponto”. Nas áreas reticuladas, os pontos 
aumentam seus diâmetros originais, causando perda de definição e 
nitidez. 
 
Causas: (1) Tinta com partículas secas, devido à falha de fabricação 
ou por manuseio inadequado na gráfica; (2) Tinta com excesso de 
tack arrancando partículas do papel; (3) Tinta acumulando; (4) 
Blanqueta com excesso de pressão sobre o cilindro impressor; (5) 
Blanqueta muito frouxa; (6) Chapa impressora defeituosa; (7) Papel 
muito áspero. 
07 
Problema: Marmorização (áreas chapadas do impresso com aparência 
marmorizada, ou seja, sem uniformidade. 
 
Causas: (1) Água de molhagem insuficiente ou em excesso; (2) Papel 
com absorção irregular; (3) Blanqueta com irregularidade da 
superfície; (4) Tinta muito concentrada e com baixa transferência; (5) 
Rolos sujos ou gastos. 
 
08 
Problema: Podragem (após sua completa secagem, a tinta é 
facilmente retirada, mesmo com suave atrito). 
 
Causas: (1) Papel muito permeável para impressão; (2) Água de 
molhagem... 
 
 
 
 
 
 
Sugestões 
práticas 
 
 
 
BONECA 
 
Sempre envie uma "boneca" de montagem do seu trabalho para 
referência do fornecedor. Mesmo em baixa resolução é um grande 
auxílio na montagem, na paginação, colagens, dobras, etc. e 
simplificam o processo de produção. Não deixa também de ser a sua 
segurança. 
 
 
CARGA DE TINTA 
 
A soma de todas as cores sobrepostas (C + M + Y + K) ou a área 
mais escura da imagem não deve ultrapassar os 320%, a fim de 
evitar decalques e não comprometer a secagem do impresso. Cada 
papel tem seu percentualde absorção, porém este valor acima já 
assegura parte de proteção. 
 
 
CHAPADO PRETO + VERNIZ OFFSET 
 
Quando você escolhe o preto 100% para ser impresso em offset, a 
densidade desta tinta somente não é suficiente para dar um aspecto 
de negritude ideal. Para conseguir um fundo preto sem manchas e 
acinzentado, use 100% de Preto (K), sobreposto ou calçado com 40% 
de Cyan (C) + 20% de Magenta (M). Assim o chapado ficará mais 
brilhante e com um tom negro aveludado. Não se esqueça de utilizar 
um verniz de proteção para todos os materiais que contenham 
grandes áreas chapadas. 
 
 
COPY E PASTE DE IMAGENS 
 
Grande causador de problemas, este processo de copiar imagens 
entre programas distintos (de Ilustrator para QuarkXpress, ou de 
Corel para Indesign por exemplo) gera uma imagem no formato 
embedded no PC e pict no Mac. Ao ser enviado para impressoras 
postscript o arquivo pode ou não sair perfeito. É freqüente sair 
imagem incompleta, sem a mesma e também ocorrer erro postscript. 
Evite usar este procedimento mesmo que saia em sua impressora. 
 
ENQUADRAMENTO DA PÁGINA EM USO 
 
É freqüente agências e estúdios gerarem seus arquivos sem a 
definição da página de impressão. Defina sempre o formato da página 
lembrando que no Coreldraw existe o recurso de desaparecer com a 
borda da página de impressão. 
 
FALTA DE ARQUIVOS DE IMAGENS 
 
A simples presença de uma imagem na tela de seu computador não é 
a segurança de que ela realmente exista. Avalie sempre os links 
anexados ao arquivo e envie-os juntamente com o arquivo original. 
Alguns softwares são providos do recurso Salvar para Bureau de 
Impressão, que já automatiza todo o processo. 
 
 
FONTES (PARA O CASO DE ARQUIVO ABERTO) 
 
Para Mac, envie todos as fontes usadas que não forem originais 
Adobe. Para PC, envie todas as fontes usadas (extensões TTF para 
TrueType e PFB e PFM para fontes Tipo I) que não forem padrão no 
sistema operacional Windows. Arquivos fechados com a incorporação 
das fontes evita maiores transtornos. 
 
 
IMAGENS JUNTO COM CHAPADOS 
 
Cores especiais são recomendadas quando houver grandes áreas de 
chapados escuros juntamente com imagens (que usam pouca tinta). 
A limitação de alguns equipamentos de impressão offset pode 
comprometer as imagens para se obter as cores fortes do fundo. 
 
 
IMAGENS RGB 
 
Evite aplicar imagens no modo RGB em programas de editoração. A 
conversão feita pelos softwares que aceitam este tipo de imagem 
obedece a preferências particulares de cada software e pode gerar 
imagens acinzentadas. 
 
 
LETRAS E FIOS MUITO FINOS EM FUNDOS CHAPADOS COM VÁRIAS CORES 
 
Evite usar letras muito finas sobre fundos chapados escuros com 
várias cores. A absorção de tinta do papel, a sobreposição de tintas, a 
"abertura" (dilatação e retração) do papel e outros fatores podem 
afetar a espessura das letras. Utilize fontes médias ou negritadas 
nestes casos. Quando da redução de uma imagem vetorial no seu 
computador, avalie se a espessura resultante é suficientemente 
grande para ser exposta no fotolito ou chapa. 
 
 
MANCHAS DE MANUSEIO NOS IMPRESSOS 
 
Para se evitar manchas de dedos em áreas de cores escuras ou 
outras, devemos aplicar no impresso o verniz offset, verniz U.V., 
laminação ou plastificação. 
 
PROBLEMA NO ACABAMENTO - GRAMPO CANOA (EFEITO ESCADINHA) 
 
Quando um impresso com acabamento de dois grampos tem muitas 
páginas, é natural que as lâminas centrais "saiam" para fora das 
linhas de cortes. Não deixe imagens, tarjas, números de páginas ou 
textos muito próximos das laterais, para que elas não saiam cortadas 
no refile final do material. A Gráfica que irá realizar a impressão pode 
lhe informar o quanto de margem em cada lateral você deverá 
manter na editoração do trabalho. 
 
 
PROVAS DIGITAIS E ANALÓGICAS 
 
As provas digitais são todas as que são feitas diretamente e por 
intermédio de um arquivo digital, nelas se incluem as tecnologias jato 
de tinta, laser, térmicas, dye sublimation, Aproval... . São inúmeros 
fabricantes com diversos níveis de qualidade e tecnologia. Provas 
analógicas necessitam do fotolito para serem executadas, são elas 
prelo, cromalin, pressmatch e matchprint. 
 
 
SANGRIA 
 
A sangria é o excesso de imagem fora das marcas de cortes. 
Normalmente 3 mm de sangria são suficientes como margem de 
segurança das máquinas impressoras para acerto de refile. Valores 
acima de 3 mm podem comprometer o aproveitamento da chapa e do 
papel. 
 
 
TEXTOS EM CURVAS - CLIPPING PATH (NÓS) MUITO COMPLEXO 
 
Ao converter textos (fontes) para curvas evite a geração de uma 
quantidade muito grande de "nós". Os softwares têm controles 
(flatness) para gerir esta conversão. Além de poder comprometer o 
resultado do seu documento na impressão (textos serrilhados) pode 
interferir na geração de fotolitos ou chapas. Arquivos com muitos 
textos devem ser feitos em programas de paginação como o 
InDesign, PageMaker, Quark. Usar a Magic Wand no Photoshop para 
fazer uma seleção e criar um clipping path, pode gerar um path com 
um número muito grande de pontos (nós) de ancoramento e ser 
impossível de imprimir. No CorelDraw é possível saber qual é o 
número de nós apenas selecionando a curva (aparece na barra de 
informações); deve-se evitar um número maior que 400 nós. No 
Adobe Illustrator pode-se diminuir a complexidade de um path 
usando a opção split long paths. O FreeHand também possui esta 
opção, mas apenas no menu de impressão. 
 
 
TRANSPARÊNCIA E SOMBREAMENTO 
 
Para evitar problemas com efeitos (principalmente do CorelDraw) na 
hora de mandar para a gráfica, faça o seguinte: no caso de 
transparência (lentes) transforme em Bitmap (300dpi e CYMK); 
no caso de sombreamento e contorno interativo, separe-os do objeto.

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