Buscar

14235885 regime de previdencia complementar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 136 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 136 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 136 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PREVIDENCIÁRIO
PARA CONCURSOS
REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
Livro Eletrônico
CASSIUS GARCIA
Bacharel em Direito pela Universidade Federal 
de Pelotas – UFPel. Professor de Direito Pre-
videnciário para concursos desde 2013. Audi-
tor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
3 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
SUMÁRIO
1. Introdução – Regime de Previdência Complementar ....................................5
Beneficiários ..............................................................................................9
Planos de Benefícios – Disposições Gerais ......................................................9
2. Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) ..........................11
3. Plano de Benefícios das EFPC..................................................................20
4. Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) ............................30
5. Planos de Benefícios das EAPC ................................................................34
6. Intervenção e Liquidação Extrajudicial .....................................................36
6.1. Intervenção .......................................................................................36
6.2. Liquidação Extrajudicial.......................................................................38
6.3. Disposições Especiais..........................................................................40
7. Regime Disciplinar ................................................................................41
8. Previdência Complementar do Servidor – Introdução .................................43
8.1. FUNPRESP – Lei n. 12.618/2012 ..........................................................44
Resumo ..................................................................................................94
Questões Comentadas em Aula ................................................................ 103
Questões de Concurso – Lista I ................................................................ 113
Gabarito ................................................................................................ 124
Questões de Concurso – Lista II ............................................................... 125
Gabarito ................................................................................................ 135
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
4 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
Olá, aluno(a)!
Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada.
Antes de qualquer coisa, quero pedir a você um favorzinho: avalie o curso. Dê 
sua nota com toda a honestidade. Se quiser deixar uma mensagem, escreva 
com a mais absoluta sinceridade. Quero saber em que ponto este curso carece de 
melhorias. Também quero saber quais conteúdos mais o(a) agradaram. Quero sa-
ber em que ponto falei demais ou de menos. Solte o verbo!
Pensava que esse momento não chegaria nunca? Pois chegou: estamos na úl-
tima aula do nosso curso.
Nesta aula trataremos do seguinte:
TÓPICO
1. Introdução – Regime de Previdência Complementar
2. Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC)
3. Plano de Benefícios das EFPC
4. Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC)
5. Plano de Benefícios das EAPC
6. Intervenção e Liquidação Extrajudicial
6.1. Intervenção
6.2. Liquidação Extrajudicial
6.3. Disposições Especiais
7. REGIME DISCIPLINAR
8. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO SERVIDOR - INTRODUÇÃO
8.1. FUNPRESP – Lei 12.618/2012
9. RESUMO DA AULA
10. QUESTÕES COMENTADAS NA AULA
11. QUESTÕES PROPOSTAS
12. GABARITO
“Bora” trabalhar que o tempo é curto, a matéria é longa e o dia da prova está 
cada vez mais próximo.
Um grande abraço e bons estudos. 
Que Deus permaneça conosco.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
5 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
1. Introdução – Regime de Previdência Complementar
Previdência Social no Brasil abrange, conforme inferimos da leitura combinada 
do art. 9º da LBPS com o art. 6º do RPS:
• O Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
• Os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) dos servidores públicos 
civis e dos militares;
• O Regime Facultativo Complementar de Previdência Social.
Estudaremos, a partir de agora, a Previdência Complementar. A Constituição 
traça normas gerais para este regime em seu art. 202:
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado 
de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultati-
vo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e 
regulado por lei complementar.
§ 1º A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos 
de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relati-
vas à gestão de seus respectivos planos.
§ 2º As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previs-
tas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência 
privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção 
dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos 
da lei.
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, em-
presas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na 
qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição 
normal poderá exceder a do segurado.
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito 
Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia 
mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de en-
tidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de 
previdência privada.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
6 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, 
às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços pú-
blicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada.
§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4º deste artigo estabelecerá os requisitos 
para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência 
privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão 
em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação.
Destaquei algunsdos trechos principais desses dispositivos. Como você deve 
ter percebido, a regulamentação desse artigo compete a Lei Complementar. Sua 
redação foi dada pela Emenda Constitucional n. 20, de 16 de dezembro de 1998. 
Os excelentíssimos congressistas brasileiros levaram dois anos e meio para edi-
tar as Leis Complementares aí exigidas. Acha que é muito tempo? Nem de longe! 
Há artigos da redação original da Constituição (ou seja, de 1988) que ainda 
dependem de regulamentação até hoje! Sob essa ótica, a agilidade dos Deputados 
e Senadores no caso da previdência complementar foi surpreendente! Em 29 de 
maio de 2001 foram aprovadas as Leis Complementares n. 108/2001 (que dispõe 
sobre a relação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, suas 
autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas 
e suas respectivas entidades fechadas de previdência complementar, e dá outras 
providências) e n. 109/2001 (que dispõe sobre o Regime de Previdência Comple-
mentar e dá outras providências).
As entidades de Previdência Complementar podem ser abertas ou fechadas.
As entidades abertas (EAPC) são constituídas unicamente sob a forma de so-
ciedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de 
caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento 
único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas (LC n. 109/2001, art. 36).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
7 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
As entidades fechadas (EFPC — LC n. 109/2001, art. 31), que deverão se orga-
nizar sob a forma de fundação são aquelas acessíveis, na forma regulamentada 
pelo órgão regulador e fiscalizador, exclusivamente:
• aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas;
• aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
• aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, 
classista ou setorial.
1. (CEPERJ/RIO PREVIDÊNCIA/ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA SOCIAL/2012) As 
entidades fechadas de previdência complementar devem assumir a personalidade 
jurídica de:
a) empresa
b) fundação
c) autarquia
d) sociedade anônima
e) sociedade de economia mista
Letra b.
A banca quer saber apenas qual deve ser a forma de organização das EFPC (Enti-
dades Fechadas de Previdência Complementar). 
Vamos à LC n. 109/2001 à caça de nossa resposta:
Art. 31. [...] 
§ 1º As entidades fechadas organizar-se-ão sob a forma de fundação ou sociedade 
civil, sem fins lucrativos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
8 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
Obs..:� o formato empresarial de sociedade civil foi extinto com a entrada em vigor 
do novo Código Civil, no ano de 2002. Por isso deve ser desconsiderado 
como resposta... Felizmente a banca, fugindo da polêmica, não incluiu essa 
hipótese dentre as alternativas.
2. (CESPE/SENADO FEDERAL/CONSULTOR LEGISLATIVO/2002) Acerca do sistema 
de previdência complementar, julgue o item subsequente.
O atual sistema de previdência complementar, instaurado em 1977, divide o siste-
ma de previdência privada nacional em entidades abertas — onde a associação é 
facultada a qualquer pessoa — e entidades fechadas — onde a associação é restrita 
aos empregados da(s) empresa(s) mantenedora(s).
Certo.
A afirmação do enunciado é justamente o que distingue a EFPC da EAPC.
A LC n. 109/2011 estabelece o seguinte:
Art. 4º As entidades de previdência complementar são classificadas em fechadas e 
abertas, conforme definido nesta Lei Complementar.
Prosseguindo a leitura desta LC, temos acerca das EFPC o que vai abaixo:
Art. 12. Os planos de benefícios de entidades fechadas poderão ser instituídos por 
patrocinadores e instituidores, observado o disposto no art. 31 desta Lei Comple-
mentar. [...]
Art. 16. Os planos de benefícios devem ser, obrigatoriamente, oferecidos a todos os 
empregados dos patrocinadores ou associados dos instituidores. 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
9 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
E sobre as EAPC, o que ela dispõe??
Art. 26. Os planos de benefícios instituídos por entidades abertas poderão ser:
I – individuais, quando acessíveis a quaisquer pessoas físicas; ou
II – coletivos, quando tenham por objetivo garantir benefícios previdenciários a pessoas 
físicas vinculadas, direta ou indiretamente, a uma pessoa jurídica contratante.
§ 1º O plano coletivo poderá ser contratado por uma ou várias pessoas jurídicas.
Alguma dúvida?
Beneficiários
No regime de previdência complementar, não existe a figura do segurado, in-
dissociável do RGPS. O art. 8º da LC n. 109/2001 denomina participante a pessoa 
física que aderir aos planos de benefícios (em outras palavras, quem contrata o pla-
no e ainda está “na ativa”, contribuindo); mas quem está em gozo de benefício (seja 
o participante, seja um beneficiário por ele designado) é denominado assistido.
Planos de Benefícios – Disposições Gerais
As entidades de previdência complementar somente poderão instituir e operar 
planos de benefícios para os quais tenham autorização específica, segundo as 
normas aprovadas pelo órgão regulador e fiscalizador.
Os planos de benefícios atenderão a padrões mínimos fixados pelo órgão re-
gulador e fiscalizador, com o objetivo de assegurar transparência, solvência, 
liquidez e equilíbrio econômico-financeiro e atuarial.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
10 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
O órgão regulador e fiscalizador normatizará planos de benefícios nas modali-
dades de benefício definido, contribuição definida e contribuição variável, 
bem como outras formas de planos de benefícios que reflitam a evolução técnica 
e possibilitem flexibilidade ao regime de previdência complementar.
“Professor, explica aí essas modalidades.”
Pode deixar comigo, tô aqui pra isso! Mas o nome delas já poupa a maior parte 
do meu trabalho, não é??
• Benefício definido: é o plano programado com base no valor a receber fu-
turamente. O contrato fixa o valor do benefício a ser pago e o valor das 
prestações é apurado com base nessa meta. Ou, usando os termos do órgão 
regulador (CNPC): aquele cujos benefícios programados têm seu valor ou ní-
vel previamente estabelecidos, sendo o custeio determinado atuarialmente, 
de forma a assegurar sua concessão e manutenção.
• Contribuição definida: é o oposto do benefício definido. Eu decido com quanto 
quero contribuir e, no futuro, por meio de cálculo, saberei quanto terei direito 
a receber a título de benefício. Ou, nos termos do CNPC:aquele cujos bene-
fícios programados têm seu valor permanentemente ajustado ao saldo 
de conta mantido em favor do participante, inclusive na fase de percepção 
de benefícios, considerando o resultado líquido de sua aplicação, os valores 
aportados e os benefícios pagos.
• Contribuição variável: adivinha? É uma “mistura” dos dois modelos acima. 
Aquele cujos benefícios programados apresentem a conjugação das caracte-
rísticas das modalidades de contribuição definida e benefício definido. É mui-
to comum que entidades de previdência complementar utilizem a sistemáti-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
11 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
ca de contribuição definida para os benefícios programados (aposentadoria 
por tempo de contribuição) e de benefício definido para os não programados 
(pensão por morte ou benefícios por invalidez). Isso é, sem dúvida, uma mo-
dalidade de “contribuição variável”, pois utiliza os dois outros modelos em um 
mesmo plano.
Vamos prosseguir, tendo sempre como base as disposições gerais constitucio-
nais, aprofundando a análise dessas duas Leis Complementares. Acompanhe...
2. Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC)
São descritas e reguladas nos artigos 31 a 35 da Lei Complementar n. 109/2001.
Popularmente conhecidas como fundos de pensão, são acessíveis, nos termos 
do art. 31 da LC n. 109/2001, exclusivamente:
Art. 31. [...] 
I – aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas e aos servidores da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores; e
II – aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista 
ou setorial, denominadas instituidores.
As EFPC são organizadas sob a forma de fundação sem fins lucrativos (LC n. 
109/2001, art. 31, § 1º). A organização sob a forma de sociedade civil, prevista no 
mesmo dispositivo, encontra óbice no novo Código Civil, que extinguiu tal formato 
societário.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
12 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
As EFPC constituídas por instituidores (art. 31, II) deverão:
• terceirizar a gestão dos recursos garantidores das reservas técnicas e 
provisões mediante a contratação de instituição especializada autorizada 
a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou outro órgão competente. Tal ins-
tituição deverá manter segregado e totalmente isolado o seu patrimônio dos 
patrimônios do instituidor e da entidade fechada;
• ofertar exclusivamente planos de benefícios na modalidade contri-
buição definida.
As EFPC têm como objeto a administração e execução de planos de bene-
fícios de natureza previdenciária. 
“Pô, professor! Isso é mais que óbvio, nós estamos falando de entidades fecha-
das de previdência complementar!!! Fale algo que eu não saiba!”
Meeeenos, meu(minha) amigo(a)... acalme-se! Antes da edição da LC n. 
109/2001, de onde foi extraído este dispositivo, havia entidades de previdência 
complementar que prestavam serviços de assistência à saúde e até mesmo de 
assistência financeira (empréstimos com taxas um tanto amistosas) O objeto 
PRINCIPAL era a previdência, mas havia esse foco secundário. O legislador achou 
por bem proibir essa confusão. A fim, no entanto, de evitar mexer em situações já 
consolidadas, inseriu a seguinte regra no art. 76:
Art. 76. As entidades fechadas que, na data da publicação desta Lei Complementar, 
prestarem a seus participantes e assistidos serviços assistenciais à saúde poderão 
continuar a fazê-lo, desde que seja estabelecido um custeio específico para os pla-
nos assistenciais e que a sua contabilização e o seu patrimônio sejam mantidos 
em separado em relação ao plano previdenciário.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
13 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
§ 1º Os programas assistenciais de natureza financeira deverão ser extintos a 
partir da data de publicação desta Lei Complementar, permanecendo em vigência, até o 
seu termo, apenas os compromissos já firmados.
§ 2º Consideram-se programas assistenciais de natureza financeira, para os efeitos 
desta Lei Complementar, aqueles em que o rendimento situa-se abaixo da taxa mínima 
atuarial do respectivo plano de benefícios.
3. (CESPE/TRF 1ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2015) Acerca do regime previdenciário 
do servidor estatutário, do regime de previdência privada e das entidades de pre-
vidência complementar, assinale a opção correta.
a) Com o fim da regra de paridade entre ativos e inativos, o servidor que ingressar 
no serviço público federal, no âmbito do Poder Executivo, nos dias atuais não pode-
rá se aposentar voluntariamente, pelo regime próprio, com proventos equivalentes 
à remuneração do cargo efetivo, devendo o cálculo de seus proventos ser feito com 
base na média aritmética simples da remuneração percebida nos últimos cinco 
anos de exercício no cargo.
b) O regime de previdência privada tem como características a complementarida-
de, a autonomia em relação ao RGPS, bem como o caráter facultativo, e baseia-se 
na constituição de reservas que assegurem o benefício contratado.
c) As entidades fechadas de previdência complementar têm como objetivo único a 
administração e execução de planos de benefícios de natureza previdenciária e são 
constituídas sob a forma de sociedade anônima.
d) Tanto as entidades abertas de previdência complementar quanto as fechadas — 
bem como os planos de benefícios por elas operados — são acessíveis a quaisquer 
pessoas interessadas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
14 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
e) Após a Emenda Constitucional n. 20/1998, passou-se a exigir um tempo mínimo 
de cinco anos de efetivo exercício no serviço público para a concessão da aposen-
tadoria voluntária de servidor público. Além disso, passou a ser requisito, conco-
mitantemente com o tempo de contribuição, uma idade mínima de sessenta anos 
para o homem e de cinquenta e cinco anos para a mulher.
Letra b.
Comentários, item a item.
O gabarito está fundamentado no art. 202 da Constituição:
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de 
forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, 
baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e re-
gulado por lei complementar.
Questãozinha boa para revisar vários pontos da legislação da previdência comple-
mentar e, de brinde, repassar algumas regras de RPPS.
a) Errada. O enunciado começa muito bem... do início até o trecho “média aritmé-
tica simples”está tudo certinho. O erro está no período utilizado para o cálculo. 
Sabemos que, para os servidores públicos nomeados após o fim da paridade e in-
tegralidade, deve-se realizar o cálculo do benefício com base na... bem, vou deixar 
que a Lei n. 10.887/2004 responda:
Art. 1º No cálculo dos proventos de aposentadoria dos servidores titulares de cargo 
efetivo de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios, incluídas suas autarquias e fundações, previsto no § 3º do art. 40 da Constituição 
Federal e no art. 2º da Emenda Constitucional n. 41, de 19 de dezembro de 2003, será 
considerada a média aritmética simples das maiores remunerações, utilizadas 
como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve 
vinculado, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contri-
butivo desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se 
posterior àquela competência.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
15 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
Entendido? Posso prosseguir?
c) Errada. Mais uma vez, o enunciado começou bem. O objeto de ação das EFPC 
é exatamente o que consta na proposição, como podemos conferir na leitura da LC 
n. 109/2001:
Art. 32. As entidades fechadas têm como objeto a administração e execução de 
planos de benefícios de natureza previdenciária.
Parágrafo único. É vedada às entidades fechadas a prestação de quaisquer ser-
viços que não estejam no âmbito de seu objeto, observado o disposto no art. 76.
Mas, quanto à forma de organização das EFPC, o examinador escorregou. A 
organização em forma de Sociedade Anônima é exclusiva das entidades abertas 
de previdência complementar. As entidades fechadas se organizam como FUNDA-
ÇÕES (LC n. 109/2001, art. 31, § 1º).
d) Errada. Preciso mesmo comentar? “Abertas” a todos os interessados, o próprio 
nome indica, são as entidades abertas de previdência complementar. As EFPC têm 
um rol de participantes mais restrito. Vamos às regras da LC n. 109/2001?
Art. 31. As entidades fechadas são aquelas acessíveis, na forma regulamentada pelo 
órgão regulador e fiscalizador, exclusivamente:
I – aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas e aos servidores da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores; e
II – aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista 
ou setorial, denominadas instituidores. 
Art. 36. As entidades abertas são constituídas unicamente sob a forma de sociedades 
anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previ-
denciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a 
quaisquer pessoas físicas.
Fechando a questão, vamos à letra e...
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
16 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
e) Errada. Vamos repassar, de forma resumida, os requisitos para a aposentadoria 
no RPPS?
Sabemos que a aposentadoria voluntária, no RPPS, divide-se em duas espécies:
Com proventos integrais, tem como requisitos:
• 35 anos de contribuição, se homem; 30 anos, se mulher;
• 60 anos de idade, se homem; 55, se mulher;
• 10 anos de efetivo exercício no serviço público;
• 5 anos de efetivo exercício no cargo da aposentadoria.
Já encontramos a justificativa para o erro, né? No requisito que destaquei. Não 
são 5, mas dez anos de exercício no serviço público para ter direito à aposentadoria.
Vamos aproveitar o ensejo só para revisar os requisitos da aposentadoria volun-
tária com proventos proporcionais?
• 65 anos de idade, se homem; 60, se mulher;
• 10 anos de efetivo exercício no serviço público;
• 5 anos de efetivo exercício no cargo da aposentadoria.
Tudo entendido?
O órgão regulador das EFPC é o Conselho Nacional de Previdência Complemen-
tar (CNPC), que segue as disposições do Decreto n. 7.123/2010. 
O órgão fiscalizador é a PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência 
Complementar, criada pela Lei n. 12.154/2009.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
17 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
Dependerão de prévia e expressa autorização do órgão regulador e fiscaliza-
dor a constituição e o funcionamento da EFPC, bem como a aplicação dos res-
pectivos estatutos, dos regulamentos dos planos de benefícios e suas alterações; 
as operações de fusão, cisão, incorporação ou qualquer outra forma de reorga-
nização societária, relativas às entidades fechadas; as retiradas de patrocinadores; 
e as transferências de patrocínio, de grupo de participantes, de planos e de 
reservas entre entidades fechadas.
Excetuadas as retiradas de patrocinadores, acima mencionadas, é vedada a 
transferência para terceiros de participantes, de assistidos e de reservas constitu-
ídas para garantia de benefícios de risco atuarial programado, de acordo com nor-
mas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscalizador.
As EFPC são classificadas da seguinte forma:
1) de acordo com os planos que administram:
1.1) de plano comum, quando administram plano ou conjunto de planos 
acessíveis ao universo de participantes; e
1.2) com multiplano, quando administram plano ou conjunto de planos de 
benefícios para diversos grupos de participantes, com independência 
patrimonial.
2) de acordo com seus patrocinadores ou instituidores.:
2.1) singulares, quando estiverem vinculadas a apenas um patrocina-
dor ou instituidor; e
2.2) multipatrocinadas, quando congregarem mais de um patrocina-
dor ou instituidor.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
18 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
As EFPC deverão manter estrutura mínima composta por conselho deliberativo, 
conselho fiscal e diretoria-executiva. O estatuto deverá prever representação dos 
participantes e assistidos nos conselhos deliberativo e fiscal, assegurado a eles 
no mínimo um terço das vagas. Na composição dos conselhos das entidades 
qualificadas como multipatrocinadas, deverá ser considerado o número de parti-
cipantes vinculados a cada patrocinador ou instituidor, bem como o montante dos 
respectivos patrimônios.
4. (CESPE/FUNPRESP/ESPECIALISTA/2016) Com base na legislação que trata da 
previdência complementar, das entidades fechadas de previdência complementar e 
da previdência complementar dos servidores públicos, julgue o item que se segue.
Entidades fechadas de previdência complementar com patrocínio público, assim 
como a FUNPRESP–EXE, são constituídas de conselho deliberativo, conselho fiscal 
e diretoria-executiva. A instituição de uma entidade fechadade previdência com-
plementar com patrocínio público com estrutura organizacional diversa constitui 
infração administrativa.
Certo.
Se queremos saber algo sobre as entidades fechadas de previdência complementar 
com patrocínio público, vamos correndo à LC n. 108/2001. Veja só o que ela 
estabelece:
Art. 9º A estrutura organizacional das entidades de previdência complementar a que 
se refere esta Lei Complementar é constituída de conselho deliberativo, conselho fiscal 
e diretoria-executiva.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
19 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
Vemos que a primeira frase do enunciado está 100% correta. Mas aí não diz que 
uma estrutura diversa configurará infração...
Mas isso não é problema. Descendo alguns artigos na mesma Lei Complementar, 
temos o seguinte:
Art. 28. A infração de qualquer disposição desta Lei Complementar ou de seu 
regulamento, para a qual não haja penalidade expressamente cominada, sujeita a 
pessoa física ou jurídica responsável, conforme o caso e a gravidade da infração, às 
penalidades administrativas previstas na Lei Complementar que disciplina o caput 
do art. 202 da Constituição Federal.
“Qualquer disposição” só pode significar, meu(minha) amigo(a), qualquer disposi-
ção, inclusive a do art. 9º. Logo, qual é nosso gabarito?
Os membros da diretoria-executiva, do conselho deliberativo ou do conselho 
fiscal deverão atender aos seguintes requisitos mínimos:
I – comprovada experiência no exercício de atividades nas áreas financeira, administra-
tiva, contábil, jurídica, de fiscalização ou de auditoria;
II – não ter sofrido condenação criminal transitada em julgado; e
III – não ter sofrido penalidade administrativa por infração da legislação da seguridade 
social ou como servidor público.
Aos membros da diretoria-executiva exige-se, ainda, formação de nível 
superior.
Será informado ao órgão regulador e fiscalizador o responsável pelas aplicações 
dos recursos da entidade, escolhido entre os membros da diretoria-executiva. Os 
demais membros da diretoria-executiva responderão solidariamente com o diri-
gente indicado na forma do parágrafo anterior pelos danos e prejuízos causados à 
entidade para os quais tenham concorrido.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
20 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
Sem prejuízo da ausência de finalidade lucrativa das EFPC, os membros da dire-
toria-executiva e dos conselhos deliberativo e fiscal poderão ser remunerados, 
de acordo com a legislação aplicável.
Em caráter excepcional, poderão ser ocupados até trinta por cento dos car-
gos da diretoria-executiva por membros sem formação de nível superior, sendo 
assegurada a possibilidade de participação neste órgão de pelo menos um membro, 
quando da aplicação do referido percentual resultar número inferior à unidade.
3. Plano de Benefícios das EFPC
Os planos de benefícios de entidades fechadas poderão ser instituídos por pa-
trocinadores (quando acessíveis aos empregados de uma empresa ou grupo de 
empresas e aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
cípios) e instituidores (quando voltados aos associados ou membros de pessoas 
jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial).
A formalização da condição de patrocinador ou instituidor de um plano de bene-
fício dar-se-á mediante convênio de adesão a ser celebrado entre o patrocina-
dor ou instituidor e a entidade fechada, em relação a cada plano de benefícios 
por esta administrado e executado, mediante prévia autorização do órgão regula-
dor e fiscalizador.
Com o evidente intuito de favorecer a viabilidade dos planos de previdência 
complementar, mediante ampliação do número de beneficiários, a LC n. 109/2001 
admite solidariedade entre patrocinadores ou entre instituidores, com rela-
ção aos respectivos planos, desde que expressamente prevista no convênio de 
adesão.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
21 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
O órgão regulador e fiscalizador, dentre outros requisitos, estabelecerá o nú-
mero mínimo de participantes admitido para cada modalidade de plano de 
benefício. Essa exigência, presente no art. 13, § 2º, da LC n. 109/2001, é óbvia 
decorrência da exigência constitucional segundo a qual o regime de previdência 
complementar se baseia na constituição de reservas que garantam o bene-
fício contratado (CF/1988, art. 202, caput) e, mais diretamente, do art. 7º da 
mesma LC:
Art. 7º Os planos de benefícios atenderão a padrões mínimos fixados pelo órgão regu-
lador e fiscalizador, com o objetivo de assegurar transparência, solvência, liquidez e 
equilíbrio econômico-financeiro e atuarial.
Os planos de benefícios devem prever, observadas as normas estabelecidas pelo 
órgão regulador e fiscalizador (neste caso, a Resolução MPS/CGPC n. 06/2003, da 
qual extraímos os conceitos abaixo expostos), os seguintes institutos:
• Benefício Proporcional Diferido: faculta ao participante, em razão da 
cessação do vínculo empregatício com o patrocinador ou associativo com o 
instituidor antes da aquisição do direito ao benefício pleno, optar por 
receber, em tempo futuro, o benefício, proporcional ao período de 
contribuição, decorrente dessa opção. É também denominado vesting.
Para poder optar pelo benefício proporcional diferido é necessário que ocorram, 
simultaneamente: (1) cessação do vínculo empregatício do participante com o 
patrocinador ou associativo com o instituidor; e (2) cumprimento da carência de 
até três anos de vinculação do participante ao plano de benefícios.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
22 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
É importante ainda destacar que a opção do participante pelo benefício propor-
cional diferido não impede posterior opção pela portabilidade ou resgate.
• Portabilidade: instituto que faculta ao participante transferir os recur-
sos financeiros correspondentes ao seu direito acumulado para outro pla-
no de benefícios de caráter previdenciário operado por entidade de 
previdência complementar ou sociedade seguradora autorizada a operar o 
referido plano.
A portabilidade é direito inalienável do participante, vedada sua cessão sob 
qualquer forma.
Denomina-se plano de benefícios originário aquele do qual serão portados 
os recursos financeiros que representam o direito acumulado. 
O plano para o qual serão portados os recursos é denominado plano de be-
nefícios receptor.
Os mesmos requisitos para a obtenção do benefício proporcional diferido (ces-
sação do vínculo empregatício e 3 anos decarência) também se aplicam para a 
portabilidade.
Quando o plano de benefícios receptor for de uma entidade aberta de pre-
vidência complementar (EAPC), a portabilidade somente será admitida quando a 
integralidade dos recursos financeiros correspondentes ao direito acumulado 
do participante for utilizada para a contratação de renda mensal vitalícia ou 
por prazo determinado, cujo prazo mínimo não poderá ser inferior ao período 
em que a respectiva reserva foi constituída, limitado ao mínimo de quinze anos, 
observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscalizador.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
23 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
O direito acumulado pelo participante no plano de benefícios originário, para 
fins de portabilidade, corresponde às reservas constituídas pelo participante ou à 
reserva matemática, o que lhe for mais favorável.
• Resgate: instituto que faculta ao participante o recebimento de valor 
decorrente do seu desligamento do plano de benefícios.
Logicamente, o exercício do resgate implica a cessação dos compromissos 
do plano administrado pela entidade fechada de previdência complementar em 
relação ao participante e seus beneficiários.
É vedado o resgate de valores portados.
No caso de plano de benefícios instituído por patrocinador, o regulamento de-
verá condicionar o pagamento do resgate à cessação do vínculo empregatício.
No caso de plano de benefícios instituído por instituidor, o regulamento deve-
rá prever prazo de carência para o pagamento do resgate, de seis meses a dois 
anos, contado a partir da data de inscrição no plano de benefícios.
O resgate não será permitido caso o participante já tenha preenchido os re-
quisitos de elegibilidade ao benefício pleno, inclusive sob a forma antecipada, 
de acordo com o regulamento do plano de benefícios.
O valor do resgate corresponde, no mínimo, à totalidade das contribuições 
vertidas ao plano de benefícios pelo participante, descontadas as parcelas do 
custeio administrativo que, na forma do regulamento e do plano de custeio, se-
jam de sua responsabilidade. Deste valor poderá ser deduzida a parcela destinada 
à cobertura dos benefícios de risco que, na forma do regulamento e do plano de 
custeio, seja de responsabilidade do participante.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
24 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
• Autopatrocínio: faculdade de o participante manter o valor de sua con-
tribuição e a do patrocinador, no caso de perda parcial ou total da re-
muneração recebida, para assegurar a percepção dos benefícios nos níveis 
correspondentes àquela remuneração ou em outros definidos em normas re-
gulamentares. A cessação do vínculo empregatício com o patrocinador deverá 
ser entendida como uma das formas de perda total da remuneração recebida.
A opção do participante pelo autopatrocínio não impede posterior opção pelo 
benefício proporcional diferido, portabilidade ou resgate.
5. (CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2009) Julgue o item subsequente, acerca 
da previdência privada complementar.
A portabilidade abrange o direito de o participante mudar de um plano para outro 
no interior de uma mesma entidade fechada de previdência privada, sem necessa-
riamente haver ruptura do vínculo empregatício com o patrocinador.
Errado.
O enunciado começou bem. A portabilidade é justamente a possibilidade de trans-
ferir os recursos financeiros correspondentes ao seu direito acumulado para outro 
plano de benefícios de caráter previdenciário. É possível que essa transfe-
rência se dê de uma entidade aberta para uma fechada; de uma entidade fechada 
para outra fechada; de uma entidade aberta para outra entidade aberta... ou até 
mesmo de um plano para outro no interior de uma mesma entidade de previdência 
complementar.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
25 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
Mas só começou bem. O fim do enunciado é um verdadeiro desastre. Contraria 
disposição expressa da LC n. 109/2001:
Art. 14. [...] 
§ 1º Não será admitida a portabilidade na inexistência de cessação do vínculo empre-
gatício do participante com o patrocinador.
E vamos voltar para a aula, ainda temos muito o que aprender.
Os planos de benefícios devem ser, obrigatoriamente, oferecidos a todos 
os empregados dos patrocinadores ou associados dos instituidores, mas a 
adesão é sempre facultativa.
6. (CESPE/CPRM/ANALISTA EM GEOCIÊNCIAS/2013) Considerando as normas que 
regem a previdência privada complementar, julgue o item que se segue.
Considerando que a previdência complementar privada é de filiação facultativa, é 
correto afirmar que a contratação de um empregado não implica sua adesão au-
tomática ao plano de previdência patrocinado pelo empregador. As contribuições 
feitas ao plano, entretanto, possuem caráter compulsório.
Errado.
De onde a banca tirou esse absurdo? O caput do art. 202 da CF/1988 nos esclarece, 
com todas as letras, que o regime de previdência complementar será facultativo.
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de 
forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, 
baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado 
por lei complementar.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
26 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
O próprio enunciado afirma isso! Haveria alguma razão para o “bônus” (o recebi-
mento dos benefícios) ser facultativo, mas o ônus (a contribuição) ser compulsó-
rio???
A participação no plano complementar é facultativa! Isso significa que a CON-
TRIBUIÇÃO e o RECEBIMENTO DE BENEFÍCIOS dependem de OPÇÃO do segurado.
O plano de custeio, com periodicidade mínima anual, estabelecerá o nível de 
contribuição necessário à constituição das reservas garantidoras de benefícios, 
fundos, provisões e à cobertura das demais despesas, em conformidade com os 
critérios fixados pelo órgão regulador e fiscalizador. O regime financeiro de ca-
pitalização é obrigatório para os benefícios de pagamento em prestações que 
sejam programadas e continuadas.
As contribuições destinadas à constituição de reservas terão como finalidade 
prover o pagamento de benefícios de caráter previdenciário. Essas contribuições 
se classificam em normais – destinadas ao custeio dos benefícios previstos no 
respectivo plano – e extraordinárias – aquelas destinadas ao custeio de deficits, 
serviço passado e outras finalidades não incluídas na contribuição normal.
O resultado superavitário dos planos debenefícios das entidades fechadas, 
ao final do exercício, satisfeitas as exigências regulamentares relativas aos mencio-
nados planos, será destinado à constituição de reserva de contingência, para 
garantia de benefícios, até o limite de vinte e cinco por cento do valor das 
reservas matemáticas.
Constituída a reserva de contingência, com os valores excedentes será cons-
tituída reserva especial para revisão do plano de benefícios. A não utilização da 
reserva especial por três exercícios consecutivos determinará a revisão obriga-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
27 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
tória do plano de benefícios da entidade. Se a revisão do plano de benefícios im-
plicar redução de contribuições, deverá ser levada em consideração a proporção 
existente entre as contribuições dos patrocinadores e dos participantes, inclusive 
dos assistidos.
O resultado deficitário nos planos ou nas entidades fechadas será equacionado 
por patrocinadores, participantes e assistidos, na proporção existente entre 
as suas contribuições, sem prejuízo de ação regressiva contra dirigentes ou tercei-
ros que deram causa a dano ou prejuízo à entidade de previdência complementar. 
Esse equacionamento poderá ser feito, dentre outras formas, por meio do au-
mento do valor das contribuições, instituição de contribuição adicional ou 
redução do valor dos benefícios a conceder, observadas as normas estabele-
cidas pelo órgão regulador e fiscalizador.
A redução dos valores dos benefícios não se aplica aos assistidos, sendo ca-
bível, nesse caso, a instituição de contribuição adicional para cobertura do acrésci-
mo ocorrido em razão da revisão do plano.
7. (CS UFG/AL-GO/PROCURADOR/2015) O regime de financiamento da Previdência 
Social possui técnicas básicas, podendo identificar dois regimes básicos: o de re-
partição simples e o de capitalização. Assim, no
a) regime de repartição simples, os segurados contribuem para um fundo único, 
responsável pelo pagamento de todos os beneficiários.
b) regime de capitalização, há o pacto intergeracional, ou seja, a contribuição das 
gerações é fundamental para o equilíbrio desse próprio regime.
c) regime de repartição simples, o envelhecimento populacional ou a inversão da 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
28 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
pirâmide etária pouco influenciam em seu equilíbrio econômico financeiro.
d) financiamento da previdência complementar, é utilizado o regime de repartição 
simples.
Letra a.
Começamos pelo gabarito. A assertiva descreve exatamente o funcionamento do 
regime de repartição simples, que é o que visualizamos, por exemplo, no INSS. 
O dinheiro das contribuições dos segurados ativos vai para um mesmo “cofre”, do 
qual sai para pagar os benefícios dos aposentados e pensionistas.
Comentários, item a item.
Eis um tema que jamais vi figurar em uma questão de Direito Previdenciário. Re-
gimes de financiamento.
Sempre estudamos isso. Nos cursos abordamos, de forma bastante superficial, os 
regimes de previdência e suas formas de financiamento. Mas até hoje eu não havia 
me deparado com uma questão que tratasse especificamente da distinção entre os 
regimes de capitalização e de repartição. Excelente!
O sistema previdenciário nacional é baseado no pacto de gerações, ou seja, a 
geração economicamente ativa sustenta os benefícios previdenciários da geração 
anterior. No futuro, seus benefícios serão custeados pelas contribuições dos traba-
lhadores na ativa... e assim sucessivamente. Logo, o RGPS é sistema de reparti-
ção, e não de capitalização.
No sistema de capitalização, minha contribuição só serve para custear o MEU be-
nefício futuro. Parece mais justo quando se fala de aposentadoria por idade ou por 
tempo de contribuição, que necessita de longo período contributivo para fruição, 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
29 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
mas basta pensarmos na aposentadoria por invalidez para vermos que o sistema 
de capitalização tem seus pontos fracos. Doenças e acidentes são riscos imprevisí-
veis... e se eu tiver poucas contribuições e for acometido de uma doença grave? No 
sistema de capitalização puro, o fundo que eu tivesse conseguido constituir (quanto 
menos tempo de contribuição, menor o fundo) é que seria dividido de acordo com 
o número provável de pagamentos futuros. Imagine a “merreca” que eu receberia.
Por isso os sistemas de previdência complementar – e também os regimes próprios 
que se baseiam em sistemas de capitalização – às vezes adotam regras mistas: 
capitalização para os benefícios programados (aposentadorias por tempo de con-
tribuição e por idade) e repartição para os imprevistos (doença, invalidez, morte).
Com essa rápida explanação já conseguimos analisar as assertivas.
b) Errada. O pacto de gerações, ou, nos termos do enunciado, pacto intergeracio-
nal, é característico do sistema de repartição. Na capitalização cada participante 
do plano é responsável pelo custeio de seu próprio benefício.
c) Errada. O sistema de repartição, como expliquei, implica que os trabalhadores 
ativos sustentam os benefícios dos aposentados e pensionistas. 
Agora pense comigo... a relação entre ativos e aposentados precisa, para garantir 
a solvência de um sistema de repartição, respeitar certos limites. Traduzindo: o 
valor que ENTRA nos cofres com as contribuições dos ativos deve ser, na pior das 
hipóteses, exatamente IGUAL ao que sai com o pagamento dos benefícios. 
Assim fica fácil enxergar que o envelhecimento populacional (cada vez mais apo-
sentados e cada vez menos trabalhadores ativos) causa sério impacto nas finanças 
dos regimes de repartição, não é? Uma hora a relação custeio x benefícios se dese-
quilibra e há apenas DUAS alternativas: aumentar as alíquotas de contribuição ou 
dificultar o acesso a benefícios com alteração das regras de aposentadoria.
d) Errada. No financiamento da Previdência Complementar é utilizado o regime de 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
30 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
capitalização. A Lei Complementar n. 109/2001, que trata da Previdência Com-
plementar, impõe a utilização do regime de capitalização para os benefícios de 
prestação continuada:
Art. 18. [...] 
§ 1º O regime financeiro de capitalização é obrigatório para os benefícios de paga-
mento em prestações que sejam programadas e continuadas. 
Da leitura do dispositivo concluímos que é possível utilizar outro regime financeiro 
para cálculo dos valores de prestaçõesdecorrentes de pagamento único, como os 
pecúlios por morte ou invalidez.
4. Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC)
Estão nos artigos 36 a 40 da Lei Complementar n. 109/2001.
Ao contrário das entidades fechadas, que são acessíveis apenas a determinados 
grupos, os planos das entidades abertas são – com perdão da redundância – aber-
tos a qualquer pessoa que deseje participar. Ou, nos termos do art. 36 da LC n. 
109/2001, acessíveis a quaisquer pessoas físicas.
As EAPC são constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas, 
e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário 
concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
31 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
Compete ao órgão regulador – que, no caso das EAPC, é o Conselho Nacional 
de Seguros Privados (CNSP), vinculado ao Ministério da Fazenda – entre outras 
atribuições que lhe forem conferidas por lei, estabelecer:
I – os critérios para a investidura e posse em cargos e funções de órgãos esta-
tutários de entidades abertas, observado que o pretendente não poderá ter sofrido 
condenação criminal transitada em julgado, penalidade administrativa por infração da 
legislação da seguridade social ou como servidor público;
II – as normas gerais de contabilidade, auditoria, atuária e estatística a serem 
observadas pelas entidades abertas, inclusive quanto à padronização dos planos de 
contas, balanços gerais, balancetes e outras demonstrações financeiras, critérios sobre 
sua periodicidade, sobre a publicação desses documentos e sua remessa ao órgão fis-
calizador;
III – os índices de solvência e liquidez, bem como as relações patrimoniais a 
serem atendidas pelas entidades abertas, observado que seu patrimônio líquido não 
poderá ser inferior ao respectivo passivo não operacional; e
IV – as condições que assegurem acesso a informações e fornecimento de dados relati-
vos a quaisquer aspectos das atividades das entidades abertas.
8. (CEPERJ/RIO PREVIDÊNCIA/ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA SOCIAL/2012) 
Os pretendentes a cargos estatutários de entidades de previdência complementar 
abertas não podem ter sofrido punição caracterizada por:
a) condenação criminal transitada em julgado
b) penalidade administrativa por infração da legislação bancária
c) sanção disciplinar como integrantes de Câmara Municipal
d) perda dos direitos políticos por decisão do Congresso Nacional
e) cassação de mandato eletivo por decisão de Assembleia Legislativa
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
32 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
Letra a.
Diz o enunciado que os pretendentes a cargos estatutários de entidades de previ-
dência complementar aberta não podem ter sofrido certo tipo de punição.
Qual punição, entre as arroladas, poderia impedir uma pessoa de assumir cargo de 
gestão de EAPC?
Que venha a LC n. 109/2001 em nosso socorro!
Art. 37. Compete ao órgão regulador, entre outras atribuições que lhe forem conferidas 
por lei, estabelecer:
I – os critérios para a investidura e posse em cargos e funções de órgãos estatutários 
de entidades abertas, observado que o pretendente não poderá ter sofrido conde-
nação criminal transitada em julgado, penalidade administrativa por infração 
da legislação da seguridade social ou como servidor público;
Vemos que, das 5 alternativas, apenas uma encontra guarida no texto legislativo.
O órgão fiscalizador das EAPC é a SUSEP – Superintendência de Seguros Pri-
vados, também vinculada ao Ministério da Fazenda. A ela cabe aprovar, previa-
mente e de forma expressa:
I – a constituição e o funcionamento das entidades abertas, bem como as disposi-
ções de seus estatutos e as respectivas alterações;
II – a comercialização dos planos de benefícios;
III – os atos relativos à eleição e consequente posse de administradores e membros de 
conselhos estatutários; e
IV – as operações relativas à transferência do controle acionário, fusão, cisão, incorpo-
ração ou qualquer outra forma de reorganização societária.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
33 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
9. (CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2004) Acerca de entidades previdenciárias 
privadas e públicas e de entidades abertas e fechadas, julgue o item subsequente.
As entidades abertas de previdência complementar somente podem ser organiza-
das sob a forma de sociedades anônimas, sendo a sua constituição e o seu fun-
cionamento dependentes de prévia e expressa aprovação da Superintendência de 
Seguros Privados (SUSEP).
Certo.
Questão baseada na literalidade da LC n. 109/2001:
Art. 36. As entidades abertas são constituídas unicamente sob a forma de socie-
dades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter 
previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessí-
veis a quaisquer pessoas físicas.
Art. 38. Dependerão de prévia e expressa aprovação do órgão fiscalizador:
I – a constituição e o funcionamento das entidades abertas, bem como as dispo-
sições de seus estatutos e as respectivas alterações;
E onde diz que é a SUSEP o órgão fiscalizador? Ora essa... também na LC n. 
109/2001:
Art. 74. Até que seja publicada a lei de que trata o art. 5º desta Lei Complementar, 
as funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador serão exercidas pelo Ministério 
da Previdência e Assistência Social, por intermédio, respectivamente, do Conselho de 
Gestão da Previdência Complementar (CGPC) e da Secretaria de Previdência Comple-
mentar (SPC), relativamente às entidades fechadas, e pelo Ministério da Fazenda, por 
intermédio do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência 
de Seguros Privados (SUSEP), em relação, respectivamente, à regulação e fiscali-
zação das entidades abertas.
Simples assim.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
34 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
As entidades abertas deverão comunicar ao órgão fiscalizador, no prazo e na 
forma estabelecidos, os atos relativos às alterações estatutárias e à eleição de 
administradores e membros de conselhos estatutários, bem como o responsável 
pela aplicação dos recursos das reservas técnicas, provisões e fundos, es-
colhido dentre os membros da diretoria-executiva.
Os demais membros da diretoria-executiva responderão solidariamente com 
o dirigente indicado pelos danos e prejuízos causados à entidade para os quais 
tenham concorrido.
5. Planos de Benefícios das EAPC
Os planos de benefícios instituídos por entidades abertas poderão ser indi-
viduais, quandoacessíveis a quaisquer pessoas físicas, ou coletivos, quando 
tenham por objetivo garantir benefícios previdenciários a pessoas físicas vincu-
ladas, direta ou indiretamente, a uma pessoa jurídica contratante.
A contratação de um plano individual se dá diretamente entre a pessoa física 
e a EAPC, sem qualquer interferência da empresa na qual o contratante trabalha.
O plano coletivo é contratado por pessoa jurídica (uma ou várias) e destinado 
ao atendimento de pessoas físicas a ela(s) vinculadas, direta ou indiretamente.
“Professor, como alguém pode ser ‘indiretamente vinculado’ a uma pessoa jurídica?”
Boa pergunta, meu(minha) amigo(a)! A LC n. 109/2001 nos esclarece, no art. 
26, § 2º, que esse vínculo indireto se refere aos casos em que uma entidade 
representativa de pessoas jurídicas contrate plano previdenciário coletivo para 
grupos de pessoas físicas vinculadas a suas filiadas. Isso ocorre, por exemplo, 
quando uma associação comercial contrata um plano coletivo para os funcionários 
dos estabelecimentos de comércio a ela associados.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
35 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
Esses “grupos de pessoas” acima referidos poderão ser constituídos por uma 
ou mais categorias específicas de empregados de um mesmo empregador, poden-
do abranger empresas coligadas, controladas ou subsidiárias, e por membros de 
associações legalmente constituídas, de caráter profissional ou classista, e seus 
cônjuges ou companheiros e dependentes econômicos.
A implantação de um plano coletivo será celebrada mediante contrato, na 
forma, nos critérios, nas condições e nos requisitos mínimos a serem estabelecidos 
pelo órgão regulador.
Aos participantes de plano de benefício de EAPC são assegurados os direitos à 
portabilidade e ao resgate.
A portabilidade, você bem sabe, é o instituto que faculta ao participante trans-
ferir os recursos financeiros correspondentes ao seu direito acumulado para outro 
plano de benefícios de caráter previdenciário operado por entidade de previ-
dência complementar ou sociedade seguradora autorizada a operar o referido pla-
no. É permitido ao participante portar os recursos para outra EAPC ou para EFPC. 
É vedado, no entanto, o trânsito dos recursos pelos participantes, sob qualquer 
forma, e também a transferência de recursos entre participantes.
O resgate é o recebimento de valor pelo participante, em decorrência do seu 
desligamento do plano de benefícios.
Compete ao órgão regulador (CNSP), entre outras atribuições que lhe forem 
conferidas por lei:
I – fixar padrões adequados de segurança atuarial e econômico-financeira, para preser-
vação da liquidez e solvência dos planos de benefícios, isoladamente, e de cada entida-
de aberta, no conjunto de suas atividades;
II – estabelecer as condições em que o órgão fiscalizador pode determinar a suspensão 
da comercialização ou a transferência, entre entidades abertas, de planos de benefícios; e
III – fixar condições que assegurem transparência, acesso a informações e fornecimen-
to de dados relativos aos planos de benefícios, inclusive quanto à gestão dos respectivos 
recursos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
36 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
6. Intervenção e Liquidação Extrajudicial
6.1. Intervenção
Para resguardar os direitos dos participantes e assistidos poderá ser decretada 
a intervenção na entidade de previdência complementar, desde que se verifique, 
isolada ou cumulativamente:
I – irregularidade ou insuficiência na constituição das reservas técnicas, provisões e 
fundos, ou na sua cobertura por ativos garantidores;
II – aplicação dos recursos das reservas técnicas, provisões e fundos de forma inade-
quada ou em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos competentes;
III – descumprimento de disposições estatutárias ou de obrigações previstas nos re-
gulamentos dos planos de benefícios, convênios de adesão ou contratos dos planos 
coletivos;
IV – situação econômico-financeira insuficiente à preservação da liquidez e solvência de 
cada um dos planos de benefícios e da entidade no conjunto de suas atividades;
V – situação atuarial desequilibrada;
VI – outras anormalidades definidas em regulamento.
A intervenção será decretada pelo prazo necessário ao exame da situação da 
entidade e encaminhamento de plano destinado à sua recuperação. Dependerão de 
prévia e expressa autorização do órgão competente os atos do interventor que 
impliquem oneração ou disposição do patrimônio.
A intervenção cessará quando (1) aprovado o plano de recuperação da 
entidade pelo órgão competente ou (2) se decretada a sua liquidação extra-
judicial.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
37 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
10. (CEPERJ/RIOPREVIDÊNCIA/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO/2012) No regime 
da Previdência Complementar, em caso de irregularidade ou insuficiência na cons-
tituição das reservas técnicas, provisões e fundos, ou na sua cobertura por ativos 
garantidores, sendo a entidade fechada, para resguardar os direitos dos participan-
tes e assistidos poderá ocorrer o seguinte ato:
a) concordata
b) intervenção
c) falência
d) resgate
e) aquisição
Letra b.
Acerca da hipótese de irregularidade ou insuficiência na constituição das reservas, 
é isso que prevê a LC n. 109/2001:
Art. 44. Para resguardar os direitos dos participantes e assistidos poderá ser decreta-
da a intervenção na entidade de previdência complementar, desde que se verifique, 
isolada ou cumulativamente:
I – irregularidade ou insuficiência na constituição das reservas técnicas, provi-
sões e fundos, ou na sua cobertura por ativos garantidores;
II – aplicação dos recursos das reservas técnicas, provisões e fundos de forma inade-
quada ou em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos competentes;
III – descumprimento de disposições estatutárias ou de obrigações previstas nos regu-
lamentos dos planos de benefícios, convênios de adesão ou contratos dos planos coleti-
vos de que trata o inciso II do art. 26 desta Lei Complementar;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
38 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
IV – situação econômico-financeira insuficiente à preservação da liquidez e solvência de 
cada um dos planos de benefícios e da entidade no conjunto de suas atividades;
V – situação atuarial desequilibrada;
VI – outras anormalidades definidas em regulamento.
Preciso dizer mais alguma coisa?
6.2. Liquidação Extrajudicial
As EFPC não poderão solicitar concordata e não estão sujeitas à falência, 
mas somente à liquidação extrajudicial, queserá decretada quando reconhecida a 
inviabilidade de recuperação da entidade de previdência complementar ou pela 
ausência de condição para seu funcionamento (o não atendimento às condi-
ções mínimas estabelecidas pelo órgão regulador e fiscalizador).
A decretação da liquidação extrajudicial produzirá, de imediato, os seguintes 
efeitos:
I – suspensão das ações e execuções iniciadas sobre direitos e interesses relativos 
ao acervo da entidade liquidanda;
II – vencimento antecipado das obrigações da liquidanda;
III – não incidência de penalidades contratuais contra a entidade por obrigações venci-
das em decorrência da decretação da liquidação extrajudicial;
IV – não fluência de juros contra a liquidanda enquanto não integralmente pago o pas-
sivo;
V – interrupção da prescrição em relação às obrigações da entidade em liquidação;
VI – suspensão de multa e juros em relação às dívidas da entidade;
VII – inexigibilidade de penas pecuniárias por infrações de natureza administrativa;
VIII – interrupção do pagamento à liquidanda das contribuições dos participan-
tes e dos patrocinadores, relativas aos planos de benefícios.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
39 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
Tais efeitos, contudo, não são aplicáveis às ações e aos débitos de natu-
reza tributária.
Os participantes, inclusive os assistidos, dos planos de benefícios, terão 
privilégio especial sobre os ativos garantidores das reservas técnicas e, 
caso esses não sejam suficientes para a cobertura dos direitos respectivos, terão 
privilégio geral sobre as demais partes não vinculadas ao ativo.
Os participantes que já estiverem recebendo benefícios, ou que já tiverem 
adquirido esse direito antes de decretada a liquidação extrajudicial, terão pre-
ferência sobre os demais participantes.
As preferências e privilégios acima mencionados não atingem os créditos de na-
tureza trabalhista ou tributária. 
Isso significa que verbas trabalhistas e tributos não entram no “bolo” que será 
preferencialmente distribuído aos participantes e assistidos. Créditos trabalhistas e 
tributários, dado seu caráter social, têm prioridade sobre os demais.
A liquidação extrajudicial poderá, a qualquer tempo, ser levantada, desde 
que constatados fatos supervenientes que viabilizem a recuperação da enti-
dade de previdência complementar.
A liquidação extrajudicial das EFPC encerrar-se-á com a aprovação, pelo órgão 
regulador e fiscalizador, das contas finais do liquidante e com a baixa nos devi-
dos registros.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
40 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
6.3. Disposições Especiais
A intervenção e a liquidação extrajudicial determinam a perda do mandato 
dos administradores e membros dos conselhos estatutários das entidades, sejam 
titulares ou suplentes.
Os créditos das entidades de previdência complementar, em caso de liquidação 
ou falência de patrocinadores, terão privilégio especial sobre a massa, respeitado 
o privilégio dos créditos trabalhistas e tributários. Traduzindo: se o patrocinador de 
um plano de previdência complementar falir, em primeiro lugar, pagam-se as ver-
bas trabalhistas; a seguir, as dívidas tributárias. Depois (se sobrar algum tostão) 
a prioridade é da entidade de previdência complementar patrocinada, e só então 
surgem os demais credores.
No caso de liquidação extrajudicial de EFPC motivada pela falta de aporte de 
contribuições de patrocinadores ou pelo não recolhimento de contribuições de 
participantes, os administradores daqueles também serão responsabilizados pe-
los danos ou prejuízos causados.
Os administradores, controladores e membros de conselhos estatutários das 
entidades de previdência complementar sob intervenção ou em liquidação extra-
judicial ficarão com todos os seus bens indisponíveis, não podendo, por qual-
quer forma, direta ou indireta, aliená-los ou onerá-los, até a apuração e liquidação 
final de suas responsabilidades. Essa indisponibilidade decorre do ato que decretar 
a intervenção ou liquidação extrajudicial e atinge todos aqueles que tenham 
estado no exercício das funções nos doze meses anteriores.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
41 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
E para os espertinhos que tentam se desfazer de bens a fim de evitar a cons-
trição, a LC n. 109/2001 nos esclarece que a indisponibilidade poderá ser esten-
dida aos bens de pessoas que, nos últimos doze meses, os tenham adquirido, a 
qualquer título, das pessoas acima referidas, desde que haja seguros elementos 
de convicção de que se trata de simulada transferência com o fim de evitar 
o gravame.
7. Regime Disciplinar
Os administradores de entidade, os procuradores com poderes de gestão, os 
membros de conselhos estatutários, o interventor e o liquidante responderão ci-
vilmente pelos danos ou prejuízos que causarem, por ação ou omissão, às 
entidades de previdência complementar.
São também responsáveis os administradores dos patrocinadores ou institui-
dores, os atuários, os auditores independentes, os avaliadores de gestão e outros 
profissionais que prestem serviços técnicos à entidade, diretamente ou por inter-
médio de pessoa jurídica contratada.
O órgão fiscalizador competente, o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valo-
res Mobiliários ou a Secretaria da Receita Federal, constatando a existência de prá-
ticas irregulares ou indícios de crimes em entidades de previdência complementar, 
noticiará ao Ministério Público, enviando-lhe os documentos comprobatórios.
O sigilo de operações não poderá ser invocado como óbice à troca de in-
formações entre os órgãos mencionados, nem ao fornecimento de informa-
ções requisitadas pelo Ministério Público.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KAREN REGINA TEIXEIRA - 95087826172, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
42 de 136
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Regime de Previdência Complementar
Prof. Cassius Garcia
www.grancursosonline.com.br
A infração de qualquer disposição da LC n. 109/2001 ou de seu regulamento, 
para a qual não haja penalidade expressamente cominada, sujeita a pessoa fí-
sica ou jurídica responsável, conforme o caso e a gravidade da infração, às se-
guintes penalidades administrativas, observado o disposto em regulamento:
I – advertência;
II – suspensão do exercício de atividades em entidades de previdência complementar 
pelo prazo de até cento e oitenta dias;
III – inabilitação, pelo prazo de dois a dez anos, para o exercício de cargo ou função em 
entidades de previdência complementar, sociedades seguradoras, instituições financei-
ras e no serviço público; e
IV – multa de dois mil reais a um milhão de reais, devendo esses valores, a partir da 
publicação desta

Continue navegando