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Direito previdenciário do servidor público

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO DO SERVIDOR PÚBLICO
REGIMES DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
O ordenamento jurídico brasileiro abarca diferentes regimes de previdência social, tais quais: rgps, rpps, rppe e rppm, rppc e rpm. 
RGPS (regime geral de previdência social): leis nºs 8.213/91 (trata dos benefícios desse regime) e Lei 8.212/91 (trata do custeio, embora tenha outras leis que também tratem do tema). Composto pelos segurados obrigatórios e facultativos, que percebem seus benefícios através do INSS; artigos 201 e 202 da CF também trata do tema; decreto nº 3.048/99 (regulamento da previdência social); instrução normativa INSS nº 77/2015 (“Estabelece rotinas para agilizar e uniformizar o reconhecimento de direitos dos segurados e beneficiários da previdência social).
RPPS (regime próprio de previdência social): lei nº 8.112/90 e alterações. Composto pelos servidores públicos civis da União, autarquias e fundações públicas federais;
RPPE (regime próprio de previdência social dos estados) e RPPM (regime de previdência social dos municípios): composto pelos servidores estaduais e municipais, sua normatização é dada pela constituição federal no artigo 149, parágrafo 1º c/c artigo 40 da CF, além de leis estaduais e municipais;
RPPC (regime de previdência privada complementar): este tipo de regime pode ser aberto ou fechado. É aberto quando todos têm acesso. Ex: título de capitalização previdenciária do Banco do Brasil. Fiscalizadas pela SUSEP – MP; É fechado quando apenas certos empregados de uma empresa tem acesso. Ex: telos. Fiscalizada pelo MPS. Nas sociedades de economia mista, por exemplo, é comum ter o RPPC fechado.
RPM (regime de previdência militar): previsto nos artigos 42 e 142 da CF. Regime dos militares. Os militares não são mais considerados servidores públicos, está previsto na Emenda 18. 
ATENÇÃO! Embora o regime próprio possua fundamento constitucional diferente do regime geral, sendo certo que o primeiro está previsto no artigo 40 e o segundo nos artigos 201 e 202, ambos possuem princípios similares (tanto gerais quanto específicos da seguridade social – art. 194); Ademais, o direito à previdência social continua a ser um direito social fundamental (art. 6º), inclusive quando se trata de regime próprio. 
O artigo 24 da CF, XII, prevê que compete à União, aos Estados e ao DF legislar concorrentemente sobre previdência social. A União faz normas gerais enquanto os Estados fazem as normas específicas, e inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena. Se lá na frente surgir uma lei federal, a norma do Estado terá sua eficácia suspensa. No inciso I do artigo 30 da CF, competirá ao Município legislar sobre os assuntos de interesses predominantemente locais e suplementar as leis federais ou estaduais quando for assunto local e necessitarem ser suplementadas.
REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (com inovações da EC nº 103/2019)
Art. 40, CF. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentadoria e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial (redação da EC nº 103/2019).
Parágrafo 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social e de mais de um órgão ou entidade gestora desse regime em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes, órgãos e entidades autárquicas e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento, observados critérios, os parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei complementar de que trata o parágrafo 22. (redação da EC nº 103/2019).
Parágrafo 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei complementar federal estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de organização, de funcionamento e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Previdência Social; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos recursos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) III - fiscalização pela União e controle externo e social; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e para vinculação a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer natureza; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os princípios relacionados com governança, controle interno e transparência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem atribuições relacionadas, direta ou indiretamente, com a gestão do regime; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) IX - condições para adesão a consórcio público; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de contribuições ordinárias e extraordinárias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Portanto, uma lei complementar poderá EXTINGUIR o RPPS (“desconstitucionalização”). Isso significa retirar um tema da constituição e permitir que uma lei trate dele, isso fragiliza o procedimento.
A EC nº 103/2019: permitiu tratamento diferenciado para servidores da União, Estados e Municípios. Fez alterações para servidores da União, mas…
Artigo 10, parágrafo 7º. Aplicam-se às aposentadorias dos servidores dos Estados, do DF e dos Municípios as normas constitucionais e inconstitucionais anteriores à data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, enquanto não promovida alterações na legislação interna relacionada ao respectivo regime próprio de previdência social.
Norma reproduzida no art. 4º, parágrafo 9º da EC nº 103/2019. 
PEC nº 133/2019 (“PEC paralela”)
Até a EC nº 103/2019 as regras da previdência eram as mesmas para os servidores da União, dos Estados e dos Municípios. A EC alterou muito as aposentadorias e pensões para servidores federais (União), mas essas mesmas alterações só valeriam para os Estados e Municípios quando e se eles fizessem as alterações na sua legislação interna. 
Tema altamente controverso segundo alguns autores, pois acreditam que a EC nº 103/2019 teria ferido os princípios da isonomia e federativo, ao realizar as alterações apenas para os servidores da União e condicionar as alterações para os Estados, DF e Municípios quando houvesse alteração da legislação interna deles, sendo que os Estados e Municípios são os entes que mais necessitavam dessa alteração, pois eram os que possuíam mais déficits. 
Cargo efetivo
Analisando o caput do artigo 40 da Constituição Federal, pode-se depreender que o alvo do regime próprio de previdência social são os servidores titulares de cargos efetivos. Mas como saber quem são os servidores de cargos efetivos? Na maior parte dos casos são aqueles aprovados em concurso público. Existem alguns casos em que a pessoa não ingressou por concurso, como por exemplo, o membro do tribunal que ingressou pelo quinto constitucional da advocacia, mas é considerada servidor de cargo efetivo.
Cargo em comissão
O RPPS não se aplica as pessoas que ocupam cargo em comissão exclusivo. O regime para essas pessoas está previsto no artigo 40, parágrafo 13 da Constituição Federal.
Art. 40, §13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandatoeletivo, ou de emprego público, o regime geral de previdência social (redação da EC 103/2019).
Lei nº 8.213/91:
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: I – como empregado:
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais. 
As pessoas que ocupam cargo comissivo exclusivo podem ser exoneradas à vontade sem nenhuma formalidade. 
Os empregados públicos são aqueles que integram as empresas públicas ou as sociedades de economia mista. Eles não são servidores públicos, mas empregados, é uma relação empregatícia regida pela CLT.
Outro adendo sobre os cargos efetivos
Lei nº 8213/91:
Art. 12. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
A criação de um regime próprio é muito custosa para os Municípios, então eles não costumam criar regimes próprios. Além disso, a EC 103 vedou a criação de novos regimes próprios após a sua entrada em vigor.
§ 1º Caso o servidor ou o militar venham a exercer, concomitantemente, uma ou mais atividades abrangidas pelo Regime Geral de Previdência Social, tornar-se-ão segurados obrigatórios em relação a essas atividades. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
A pessoa que exerce concomitantemente duas atividades poderão ser abrangidas por regimes diferentes, RPPS e RGPS. Terá que contribuir nos dois e se, nada mudar, poderá se aposentar nos dois.
§ 2o Caso o servidor ou o militar, amparados por regime próprio de previdência social, sejam requisitados para outro órgão ou entidade cujo regime previdenciário não permita a filiação, nessa condição, permanecerão vinculados ao regime de origem, obedecidas as regras que cada ente estabeleça acerca de sua contribuição. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
Quem, além dos servidores públicos, integra o regime próprio de previdência? Magistrados, membros do MP e dos Tribunais e Contas. Essa inserção ocorreu após a EC nº 20/98.
Art. 93, CF. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
VI – a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40; (redação da Emenda nº 20/98).
Art. 129, CF. […] §4º aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93.
Art. 73, CF. […] § 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.
Art. 75, CF. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do DF, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
Na redação original do art.93, VI: “a aposentadoria com proventos integrais é compulsória por invalidez ou aos setenta anos de idade, e facultativa aos trinta anos de serviço, após cinco anos de exercício efetivo na judicatura”;
PORTANTO, admitia um regramento diferenciado para a magistratura.
Inclusão discutida no STF:
ADI 3308, 3363, 3998, 4802 e 4803 (nenhuma delas julgadas – Relator Ministro GILMAR MENDES – primeira ação distribuída em 2004).
Iniciado o julgamento “virtual” em outubro/2019 – retirado por pedido de destaque do Min. Ricardo Lewandovski (vai ser presencial).
Art. 93, CF […] VIII – o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundir-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo Tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
Redação da EC nº 103/2019:
Art. 93, CF […] VIII – o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
Portanto, desapareceu do sistema a aposentadoria como sanção disciplinar para Magistrados.
Isso aconteceu, pois o senso comum via a aposentadoria como sanção como um prêmio. Mas para os não leigos isso é um equívoco, pois o magistrado, enquanto estivesse afastado, respondia criminalmente pelo crime.
Apesar de ter sido retirada da CF, a aposentadoria ainda está presente na lei orgânica da magistratura e há quem entenda que ela ainda pode ser aplicada, pois está na lei, mas ao ver do professor, esse entendimento não é correto, pois a lei deve ser considerada derrogada nesse ponto.
Características do regime próprio
1) caráter contributivo e solidário (art. 40, “caput”);
- “solidariedade contributiva”? O art. 40, caput, CF, menciona a solidariedade contributiva. As contribuições beneficiam a todos e não apenas aquele que contribuiu. Essa solidariedade contributiva inclui ainda a contribuição do próprio ente federativo (isso foi deixado de lado na reforma da previdência). Também no artigo 40 da CF pode-se perceber que quem contribui no RPPS é o servidor ativo, o aposentado e o pensionista, isto é, no RPPS o pensionista continua contribuindo mesmo depois que a pessoa o qual deixou a pensão morreu. No RGPS isso não acontece, pois há uma isenção para o aposentado e para o pensionista. Quem se aposentou em um emprego e continua trabalhando no outro tem que pagar a contribuição referente a esse emprego o qual ainda está trabalhando.
- “prêmio por tempo de serviço”? 
2) Equilíbrio financeiro e atuarial
- reformas? Emendas 20/98, 41/2003, 47/2005, 70/2012 e 88/2015. PEC 287 e EC nº 103/2019.
Custeio do regime próprio
Art. 40, “caput”, CF: “mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas”. (redação da EC nº 103/2019).
Art. 249, CF. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento de proventos de aposentadoria e pensões concedidas aos respectivos servidores e seus dependentes, em adição aos recursos dos respectivos tesouros, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão constituir fundos integrados pelos recursos provenientes de contribuições e por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e a administração desses fundos.
Isto é, a Constituição permite que, além dos recursos que estão nos orçamentos desses entes federativos, sejam criados fundos para prover o custeio do regime próprio. Apesar disso, não é muito usado.
Lei nº 9.717/98 (se aplica a União e a outros entes da federação). Dispõe sobre regras gerais para a organização e o funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do DF e dá outras providências.
Principais tópicos:
Art. 1º. Regras de funcionamento e organização dos regimes próprios.
Art. 2º. Contribuição do ente público não pode ser menor do que a contribuição do servidor ativo, bem maior do que o dobro desta.
§ 1º. Tesouros respectivos cobrem os “rombos”.
Art. 3º. Contribuição dos ativos de Estados, Municípios/DF não pode ser menor do que dos ativos da União; contribuição dos inativos e das pensões deve ser igual à dos ativos.
Regras foram “constitucionalizadas” pela EC nº 103/2019 (art. 9º). Aquilo que servia para facilitar a vida do segurado foi desconstitucionalizado, podendo ser alterado por simples ordinária ou complementar, mas aquilo que é de interesse do sistema foi constitucionalizado, sendo a lei incorporada no artigo 9º da CF. A desconstitucionalização fragilizou a proteção previdenciária dos segurados.
Lei nº 10.887/2004 (regulamenta o custeio da contribuição para o servidor público federal, da União, das autarquias federais e das fundações públicas federais.
Antes da EC nº 103/2019,a contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União era de 11% conforme prevê o artigo 4º da Lei nº 10.887/2004.
Art. 4º A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de 11% (onze por cento), incidentes sobre: (Redação dada pela Lei nº 12.618, de 2012)
I - a totalidade da base de contribuição, em se tratando de servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do regime de previdência complementar para os servidores públicos federais titulares de cargo efetivo e não tiver optado por aderir a ele; (Incluído pela Lei nº 12.618, de 2012)
II - a parcela da base de contribuição que não exceder ao limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social, em se tratando de servidor: (Incluído pela Lei nº 12.618, de 2012)
a) que tiver ingressado no serviço público até a data a que se refere o inciso I e tenha optado por aderir ao regime de previdência complementar ali referido; ou (Incluído pela Lei nº 12.618, de 2012)
b) que tiver ingressado no serviço público a partir da data a que se refere o inciso I, independentemente de adesão ao regime de previdência complementar ali referido. (Incluído pela Lei nº 12.618, de 2012)
REGIME COMPLEMENTAR
A EC nº 20/98 permitiu que fossem criados regimes de previdência complementar dentro do serviço público. Assim passaríamos a ter um regime próprio de previdência básico e também teríamos um regime de previdência complementar de caráter facultativo, isto é, o servidor adere se quiser. A EC passou a permitir que o servidor público se mantivesse apenas o regime próprio básico e pagaria uma contribuição de 11% somente até o valor que era igual ao teto do INSS (R$ 6.433,57). A aposentadoria seria no máximo o teto do INSS. Se quisesse receber mais do que o teto do INSS, ele teria que aderir a uma previdência complementar e pagar mais contribuições para ter um benefício maior. 
Quando o regime supracitado foi instalado, eles se depararam com uma quantidade enorme de servidores que eram antigos. A contribuição deles era feita da seguinte maneira: era de 11% sobre o total da sua remuneração, mas não tinha teto. Se ele ganhasse 10mil, ele ia contribuir 11% sobre 10mil, pois não tinha teto. Era uma contribuição alta. Quando vieram os regimes de previdência complementar, eles fizeram o seguinte: quem entrar no serviço público a partir de data x, já está no sistema novo, ou seja, paga uma contribuição de 11% até o teto do INSS em caráter obrigatório e se quiser uma aposentadoria de valor menor, deve pagar mais contribuições para a previdência complementar. A lei previu que aqueles que já estavam no serviço público e pagavam 11% sobre o total poderiam continuar do mesmo jeito, pois o benefício deles seria maior que o teto do INSS e não seria justo. Quem entrou no serviço público depois que o regime complementar passou a vigorar teria que pagar 11% até o teto do INSS e se quisesse mais benefício teria que pagar previdência complementar. Os antigos também poderiam aderir a nova modificação da lei, pois quem optasse por migrar do sistema antigo para o novo veriam todas as suas contribuições até aquela data integrarem um fundo e esse dinheiro seria inteiramente devolvido para este servidor com correção monetária quando ele se aposentasse. 
PORTANTO, regimes contributivos diferenciados:
1) quem ingressou ANTES dos sistemas de previdência complementar e optou pelas regras anteriores, paga 11% sobre o bruto;
2) quem ingressou DEPOIS, paga 11% só até o teto de contribuição do RGPS – Em 2020: R$ 6.101,06 (tem contribuição adicional no regime complementar – 6,5% a 8,5% no Funpresp-Jud; 7,5% a 8,5% no Funpresp-Exe) – adesão facultativa.
3) quem ingressou ANTES, mas optou por migrar para a previdência complementar, paga também 11% só até o teto de contribuição do RGPS (tem contribuição adicional no regime complementar).
Início dos sistemas de previdência complementar:
1) Para os servidores federais com a Lei nº 12.618/2012;
Decreto nº 7.806/2012 criou o FUNFRESP (servidores do Executivo, legislativo, ministros e servidores do tribunal de Contas da União); autorizado a funcionar para o executivo pela Portaria nº 44, de 04.02.2013, da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC). Para o legislativo, Portaria PREVIC nº 239, de 07.5.2013.
Resolução STF nº 496, de 25.10.2012, que criou o FUNPRESP-JUD (membros e servidores do Poder Judiciário da União e aos ocupantes de cargos efetivos do MPU e do CNJ. Aplicável para todo membro e servidores efetivos de todo o Judiciário Federal (inclui Tribunais Superiores, CNJ e MPU) que ingressaram a partir de 14.10.2013.
2) Para os servidores estaduais e municipais, de acordo com as leis respectivas;
SPREV-COM (servidores do Estado de São Paulo que ingressaram a partir de 21.01.2013).
Migração – prazo prorrogado
MP nº 853, de 25.9.2018, convertida na Lei nº 13.809/2019 prorrogou até 29.3.2019 o prazo para quem quiser migrar para as novas regras.
Vantagem? Menor contribuição e “benefício especial” (art. 3º da Lei nº 12.618/2012).
Em 2017 tentaram modificar a previsão do artigo 4º aumentando a contribuição do servidor, tornando-a progressiva, mas o STF já decidiu que essa MP seria inconstitucional. 
EC nº 103/2019
Instituiu alíquota base de 14% para servidores federais e também:
- redução ou majoração conforme a renda: de 7,5% a 22% (!)
- cobrança em “faixas”, similar ao imposto de renda.
- “faixas” serão reajustadas pelo mesmo índice e critério do RGPS (art. 11, §3º).
- IFRRF: até 27.5%
- Constituição Federal;
- art. 50. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios: IV – utilizar tributo com efeito de confisco;
Esse aumento de 11% da contribuição até 22% é enxergado como um confisco para o professor e o tributo com efeito de confisco é vedado pela CF, devendo, portanto, se tornar inconstitucional tal alteração.
Além da progressividade, a EC nº 103/2019 trouxe também contribuições extraordinárias.
Art. 149. § 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões.
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e pensionistas poderá incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salário-mínimo.
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial, é facultada a instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos servidores públicos ativos, dos aposentados e dos pensionistas.
§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B deverá ser instituída simultaneamente com outras medidas para equacionamento do deficit e vigorará por período determinado, contado da data de sua instituição.
Art. 9º. § 8º Por meio de lei, poderá ser instituída contribuição extraordinária pelo prazo máximo de 20 (vinte) anos, nos termos dos §§ 1º-B e 1º-C do art. 49 da Constituição Federal.
Só 20 anos para custear um déficit atuarial em relação ao qual o servidor não deu causa.
Estes aumentos de alíquota foram impugnados por ADIn’s 6254, 6255, 6256, 6258, 6271 e 6367 (Rel. Min. Roberto Barroso) – liminares indeferidas, por decisões monocráticas em 14.5.2020 (quanto à progressividade das alíquotas).
A EC nº 103/2019 autorizou a instituição de regime complementar, antes disso era apenas uma mera possibilidade introduzida pela EC nº 20/98.
Art. 40. § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo,poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida.
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar. 
Prazo para instituir: 2 anos a partir da EC nº 103/2019 (artigo 9º, parágrafo 6º).
ATENÇÃO! De um lado a EC diz que os entes não poderão criar novos regimes próprios, CONTUDO, aqueles que tem regime próprio, mas não criaram regime complementar, terão o prazo de 2 anos para criá-los. 
Lei nº 10.887/2004
Base de cálculo e exclusões: Art. 4º, § 1º. Entende-se como base de contribuição o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os adicionais de caráter individual ou quaisquer outras vantagens, excluídas:
I - as diárias para viagens;
II - a ajuda de custo em razão de mudança de sede;
III - a indenização de transporte;
IV - o salário-família;
V - o auxílio-alimentação;
VI - o auxílio-creche;
VII - as parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho;
VIII - a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função comissionada ou gratificada; (Redação dada pela Lei nº 12.688, de 2012)
IX - o abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003; (Redação dada pela Lei nº 12.688, de 2012)
X - o adicional de férias; (Incluído pela Lei nº 12.688, de 2012)
XI - o adicional noturno; (Incluído pela Lei nº 12.688, de 2012)
XII - o adicional por serviço extraordinário; (Incluído pela Lei nº 12.688, de 2012)
XIII - a parcela paga a título de assistência à saúde suplementar; (Incluído pela Lei nº 12.688, de 2012)
XIV - a parcela paga a título de assistência pré-escolar; (Incluído pela Lei nº 12.688, de 2012)
XV - a parcela paga a servidor público indicado para integrar conselho ou órgão deliberativo, na condição de representante do governo, de órgão ou de entidade da administração pública do qual é servidor; (Incluído pela Lei nº 12.688, de 2012)
XVI - o auxílio-moradia; (Incluído pela Lei nº 12.688, de 2012)
XVII - a Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso, de que trata o art. 76-A da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; (Incluído pela Lei nº 12.688, de 2012)
XVIII - a Gratificação Temporária das Unidades dos Sistemas Estruturadores da Administração Pública Federal (GSISTE), instituída pela Lei nº 11.356, de 19 de outubro de 2006 ; (Incluído pela Lei nº 12.688, de 2012)
XIX - a Gratificação Temporária do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática (GSISP), instituída pela Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro de 2009; (Redação dada pela Lei nº 13.328, de 2016)
XX - a Gratificação Temporária de Atividade em Escola de Governo (GAEG), instituída pelabLei nº 11.907, de 2 de fevereiro de 2009 ; (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)
XXI - a Gratificação Específica de Produção de Radioisótopos e Radiofármacos (GEPR), instituída pela Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro de 2009; (Incluído pela Lei nº 13.328, de 2016)
XXII - a Gratificação de Raio X; (Redação dada pela Lei nº 13.464, de 2017)
XXIII - a parcela relativa ao Bônus de Eficiência e Produtividade na Atividade Tributária e Aduaneira, recebida pelos servidores da carreira Tributária e Aduaneira da Receita Federal do Brasil; (Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017)
XXIV - a parcela relativa ao Bônus de Eficiência e Produtividade na Atividade de Auditoria-Fiscal do Trabalho, recebida pelos servidores da carreira de Auditoria-Fiscal do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.464, de 2017)
XXVI - o Bônus de Desempenho Institucional por Perícia Médica em Benefícios por Incapacidade (BPMBI); e (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
XXVII - o Bônus de Desempenho Institucional por Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade do Monitoramento Operacional de Benefícios (BMOB). (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
Vantagens não incorporáveis aos proventos de aposentadoria:
RE 593.068, Rel. Min. Roberto Barroso, em regime de repercussão geral:
Conclusão de julgamento em 11.10.2018:
Tese: “Não incide contribuição previdenciária sobre verba não incorporável aos proventos de aposentadoria do servidor público, tais como terço de férias, serviços extraordinários, adicional noturno e adicional de insalubridade.”
Se incidir sobre a aposentadoria, será considerada indevido, ensejando ação de repetição de indébita. Caso ao servidor tenha pago contribuição sobre valor que não deveria pagar e não levou esse valor para a aposentadoria, caberá ação de revisão da aposentadoria para que a verba seja incorporada. Ou seja, ou pede a contribuição de volta ou pede para rever o benefício. Os pedidos podem ser subsidiários e não alternativos, nem sucessivo. 
MAS, ATENÇÃO, nem sempre o órgão gestor é o mesmo que arrecadou o benefício. Quem arrecada a receita da contribuição do servidor público federal é a receita federal. Quem faz a defesa da União em juízo de matéria tributária é a Procuradoria da Fazenda. Noutro giro, supondo que o servidor trabalhe no IBAMA, autarquia federal, a revisão da aposentadoria será solicitada ao IBAMA, pois é o órgão que concedeu a aposentadoria. Contudo, se quiser a contribuição de volta, deverá pedir a União. Em uma ação onde o servidor queira rever a aposentadoria e não sendo possível reaver a contribuição, esta será ajuizada em face do IBAMA e da União.
CONTRIBUIÇÃO DE INATIVOS E PENSIONISTAS
Breve histórico sobre as contribuições dos servidores públicos:
Antes de 1988: aposentadoria era “prêmio por tempo de serviço”, custeada pelo Tesouro da União/Estados/Município e DF.
Constituição de 1988: manteve o caráter não contributivo;
Emenda nº 3/93; 40, § 6º: “As aposentadorias e pensões dos servidores públicos federais serão custeadas com recursos provenientes da União e das contribuições dos servidores, na forma da lei”.
Emenda nº 20/98: “equilíbrio financeiro atuarial”;
- Lei nº 9.783/99: contribuições de 11% sobre o total da remuneração dos ativos, inativos e pensionistas;
- STF: ADIn nº 2010: é inconstitucional a contribuição sobre inativos e pensionistas, já que não autorizada pela Constituição Federal.
Emenda nº 41/2003: “Art. 40, “caput”: “mediante contribuição do respectivo entre público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas”.
Mantida pela EC nº 103/2019 (a emenda nº 41/2003 falava “ente público” e com a EC nº 103/2019, agora fala em “ente federativo”).
ABONO DE PERMANÊNCIA EM SERVIÇO
Art. 2º, § 5º, da Emenda nº 41/2003: valor pago ao servidor que, embora já tenha completado os requisitos para aposentadoria, opta por permanecer em atividade (ele deixa de pagar a contribuição previdenciária)
Valor igual ao da contribuição previdenciária sobre a remuneração do servidor e será pago até que este complete as exigências para a aposentadoria compulsória.
Este “abono” vinha previsto, de forma um tanto diversa, no art. 3º, § 1º, da Emenda nº 20/98, e consistia, na verdade, em regra de imunidade tributária, já que determinava a não-incidência da contribuição previdenciária sobre a remuneração dos servidores que permanecessem em atividade, mesmo já tendo completado os requisitos para a aposentadoria.
Lógica financeira ou orçamentária na alteração da regra, promovida pelo EC nº 41/2003. A imunidade prevista na EC nº 20/98 fazia com que NENHUM VALOR fosserecolhido dos cofres do RPPS; ao substituir a imunidade pelo abono, a contribuição ingressa nos cofres da RPPS e o valor do abono passa a ser pago pela Administração Pública.
EC nº 103/2019 realizou a alteração abaixo:
Art. 40, § 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo o servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, do valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória.
Esse instituto foi desconstitucionalizado, agora passou a ser uma possibilidade (poderá fazer jus)
PORTANTO, permite à lei (ordinária) reduzir, modificar ou mesmo extinguir o abono de permanência.
Alteração só explicável pelo interesse em extinguir cargos públicos vagos. Novas pessoas não seriam contratadas e a prestação do serviço ficaria prejudicada. Não se sabe quando haverá novo concurso para preencher essas vagas. 
A EC nº 103/2019 preservou o direito adquirido ao abono, portanto, 
Art. 3º da PEC: § 3º Até que entre em vigor lei federal de que trata o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o servidor de que trata o caput que tenha cumprido os requisitos para aposentadoria voluntária com base no disposto na alínea “a” do inciso III do § 1º do art. 40 da Constituição Federal, na redação vigente até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, ou no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005, que optar por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória.
Art. 8º. Até que entre em vigor lei federal de que trata o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o servidor público federal que cumprir as exigências para a concessão da aposentadoria voluntária nos termos do disposto nos arts. 4º, 5º, 20, 21 e 22 e que optar por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória.
Preservado o direito adquirido ao abono, portanto.
Reflexões sobre as reformas
1) Sistemas complementares resolvem a questão financeira/atuarial para o futuro; serão necessárias reformas para os atuais servidores?
2) “tendência” para igualar os regimes que deve ser uma via de mão dupla (contribuição do inativo, contribuição sem teto, FGTS, etc.).
Estamos caminhando para a igualação do RPPS e do RGPS, mas de forma a prejudicar o servidor, o que não é o certo. Deve haver um equilíbrio.
BENEFÍCIOS EM ESPÉCIE
Premissas
1) “Tempus regit actum”;
- Princípio válido no RGPS e também no regime próprio
Exemplos:
Súmula 359 do STF: “ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela lei vigente ao tempo em que o militar, ou o servidor civil, reuniu, os requisitos necessários.”
Súmula 240 do STJ: “A lei aplicável à pensão por morte previdenciária é aquela vigente na data do óbito do segurado”.
2) Segurança jurídica, direito, adquirido, proteção da confiança, proibição do retrocesso social, ou mera expectativa de direito?
Princípio da segurança jurídica
Segurança jurídica é uma proteção que a CF dá para as pessoas para que elas possam ter conhecimento antecipado e reflexivo das consequências diretas de seus atos e seus fatos à luz da liberdade que lhes é reconhecida.
Artigo 5º, “caput”, da CF, cláusula pétrea.
“Previsibilidade” dos comportamentos humanos.
Exemplos: do princípio da anterioridade em matéria tributária (artigo 150, III, “b” e “c”), do princípio da irretroatividade da lei tributária (artigo 150, III, “a”), da irretroatividade da lei penal incriminadora (artigo 5º, XXXIX e XL), e do princípio da anterioridade da lei eleitoral (artigo 16 da CF e ADIn 3.685/DF, Rel. ELLEN GRACIE).

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